manual metodologia usj mar 2011 1

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SO JOS FUNDAO EDUCACIONAL DE SO JOS CENTRO UNIVERSITRIO MUNICIPAL DE SO JOS USJ PROF. MSC. RENATA SILVA PROF. DR. GILSON KARKOTLI ORGANIZADORES

MANUAL DE METODOLOGIA CIENTFICA DO USJ 2011-1

So Jos Maro/2011

SILVA, Renata; KARKOTLI, Gilson (Orgs.). Manual de metodologia cientfica do USJ 2011-1. So Jos: Centro Universitrio Municipal de So Jos USJ, mar. 2011. Metodologia. Pesquisa cientfica. Normalizao. Trabalhos Acadmicos. Estgios. TCC. Projeto de pesquisa. Prefeitura Municipal de So Jos. Fundao Educacional de So Jos. Centro Universitrio Municipal de So Jos USJ.

CENTRO UNIVERSITRIO MUNICIPAL DE SO JOS Manual de Metodologia Cientfica do USJ 2011-1 Prof. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.)

APRESENTAO

O trabalho intelectual desenvolvido durante a formao universitria exige conhecimentos de ordem conceitual, tcnica e lgica, que agrupadas instigam o pensamento e o raciocnio cientfico, por meio da utilizao de mtodos e procedimentos acadmicos. A pesquisa objetiva a produo de conhecimentos por meio do emprego de procedimentos cientficos colabora para a resoluo de problemas e processos do dia-a-dia nas mais diversas atividades humanas, no ambiente do trabalho, na sociedade, no processo de formao, e outros. (SILVA, 2007); (SILVA, 2006). Este conjugado de diretrizes metodolgicas foi desenvolvido em 2008-1 para utilizao na Disciplina de Metodologia Cientfica dos Cursos de Administrao e Cincias Contbeis do Centro Universitrio Municipal de So Jos. No mesmo ano foi solicitado por vrios professores dos referidos Cursos, como tambm do Curso de Pedagogia e posteriormente do Curso de Cincias da Religio o uso em sala de aula nos trabalhos acadmicos bem como nas orientaes de Estgio e TCC. Em 2010-2 este Manual foi reelaborado a pedido da Reitoria e Vice-Reitoria Acadmica para que oficialmente se tornasse o instrumento de normatizao do Centro Universitrio para todos os Cursos de Graduao e Ps-graduao. Durante o desenvolvimento, foi fundamental a participao dos Coordenadores de Curso e dos Professores por meio de sugestes para melhorar o documento normativo, e da mesma forma o constante apoio da Vice-Reitoria Acadmica. Em 2011-1 feita ento a correo do Manual de Metodologia do Curso de Administrao, desenvolvido pelo Coordenador de Curso. Diante da solicitao da Reitoria Gesto 2011 para que se tenha somente um manual para todas os Cursos do USJ foram unidas as informaes j existentes neste manual com aquelas disponveis no Manual de Administrao. Portanto, resultado deste esforo coletivo foi consolidado neste Manual de Metodologia Cientfica do USJ 2011-1 focado aos acadmicos e professores dos Cursos Graduao e Ps-Graduao do USJ para a elaborao de trabalhos cientficos. As orientaes seguem os critrios estabelecidos pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT por meio das NBRs 6023 (referncias) de 2002, 6024 (numerao progressiva das sees de um documento escrito) de 2003, 6027 (sumrio) de 2003, 6028 (resumo) de 2003, 10520 (citaes de 2002), 14724

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(trabalhos acadmicos) de 2005, todas em conformidade com as decises institucionais do USJ. Vale esclarecer que a NBR6023 de Referncias (2002) e a NBR 10520 de citaes (2002) so obrigatrias em todas as Instituies de Ensino Superior no Brasil e que a NBR 14724 de Apresentao de Trabalhos Acadmicos (2005) opcional, ficando a critrio da IES fazer suas definies. Desta forma, o Manual se baseia na norma opcional NBR14724, em consonncia as necessidades e exigncias dos Cursos, por meio dos Coordenadores e Reitoria do USJ. relevante salientar que outras instituies podem ento ter outros modelos para a apresentao e formatao de seus trabalhos acadmicos j que a norma opcional. Portanto preciso seguir as normas de cada IES respeitando assim no s a instituio mas tambm professores e alunos, a comunidade acadmica. O objetivo deste manual orientar os alunos e professores quanto ao desenvolvimento dos trabalhos acadmicos estimulando a padronizao, o uso das normas tcnicas e a produo tcnico-cientfica. Assim, apresenta breves esclarecimentos sobre a pesquisa cientfica, seus conceitos, modalidades e etapas, redao, como tambm as normas metodolgicas quanto a apresentao grfica e estruturao, bem como informaes sobre trabalhos acadmicos como artigo cientfico, paper, fichamento, resumo, entre outros. Vale salientar que nos apndices so apresentadas as explicaes sobre os trabalhos especficos (TCC, Estgio, Artigo, e outros) de cada curso do USJ. Para o desenvolvimento adequado de uma pesquisa cientfica necessrio planejamento cuidadoso e investigao de acordo com as normas da metodologia cientfica tanto aquela referente forma como ao contedo. (OLIVEIRA, 2002, p. 62 apud SILVA, 2007, p. 7) A pesquisa um processo planejado solicitando do investigador a execuo de diversas atividades relacionadas com a cincia estudada obtendo conhecimentos prticos e tericos que ampliam sua experincia de vida. (SILVA, 2007). Este manual pretende contribuir para o estudo das teorias, caractersticas e perspectivas dos cursos, atravs da produo de documentos tcnico-cientficos elaborados pelos acadmicos em conjunto com as orientaes dos professores. Assim, so apresentadas a seguir as definies para os trabalhos no USJ, como tambm, exemplos da formatao solicitada. Tenha uma excelente pesquisa!! Profa. MSc. Renata Silva [email protected]

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Ao ingressar em um curso superior, todo aluno deve buscar conhecer as normas de elaborao de trabalhos acadmicos, alm de compreender o que leitura de estudo. Essa necessria no cotidiano de estudantes universitrios e, como afirma Freire (2001, apud CASTELO-PEREIRA, 2003, p. 55), para estudar um texto, apropriar-se da sua significao profunda, necessrio recri-lo, reescrev-lo. Existem diversos instrumentos que so utilizados na construo do conhecimento por meio da leitura de estudo e da escrita na academia como: o artigo cientfico, o fichamento, a resenha crtica, o resumo, o posicion paper, bem como o Trabalho de Concluso de Curso. Exercendo a tarefa de elaborar esses trabalhos acadmicos, o estudante tem a oportunidade de ampliar seu conhecimento e iniciarse no mtodo da pesquisa e da reflexo. Prof. Dr.Gilson Karkotli [email protected]

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SUMRIO

CAPTULO I Renata Silva 1 PESQUISA CIENTFICA ................................................................................... 8 1.1 MODALIDADES DA PESQUISA ...................................................................... 9 1.1.1 Natureza....................................................................................................... 9 1.1.2 Abordagem do problema ........................................................................... 10 1.1.3 Objetivos ..................................................................................................... 10 1.1.4 Procedimentos metodolgicos ................................................................. 11 1.2 ETAPAS DA PESQUISA .................................................................................. 14 1.2.1 Tema ............................................................................................................ 14 1.2.2 Problema de pesquisa................................................................................ 15 1.2.3 Objetivos ..................................................................................................... 15 1.2.4 Justificativa ................................................................................................. 16 1.2.5 Fundamentao terica ............................................................................. 16 1.2.6 Procedimentos metodolgicos ................................................................. 17 1.2.7 Coleta de dados .......................................................................................... 17 1.2.8 Anlise e interpretao dos dados ........................................................... 20 1.2.9 Consideraes finais.................................................................................. 21 1.2.10 Redao e apresentao da pesquisa ...................................................... 21

CAPTULO II Gilson Karkotli 2 REDAO ......................................................................................................... 23 2.1 OBJETIVIDADE E COERNCIA ..................................................................... 23 2.2 CLAREZA ......................................................................................................... 23 2.3 PRECISO ....................................................................................................... 24 2.4 IMPESSOALIDADE ......................................................................................... 24 2.5 UNIFORMIDADE ............................................................................................. 25

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CAPTULO III Renata Silva 3 NORMAS METODOLGICAS .......................................................................... 26 3.1 APRESENTAO GRFICA ........................................................................... 26 3.2 ESTRUTURA ................................................................................................... 28 3.3 ELEMENTOS PR-TEXTUAIS ........................................................................ 31 3.3.1 Capa ........................................................................................................... 31 3.3.2 Lombada ...................................................................................................... 32 3.3.3 Folha de rosto ............................................................................................. 33 3.3.4 Errata ........................................................................................................... 34 3.3.5 Folha de aprovao .................................................................................... 34 3.3.6 Dedicatria .................................................................................................. 35 3.3.7 Agradecimentos ......................................................................................... 35 3.3.8 Epgrafe ....................................................................................................... 35 3.3.9 Resumo ....................................................................................................... 36 3.3.10 Lista de ilustraes .................................................................................. 37 3.3.11 Lista de tabelas ......................................................................................... 37 3.3.12 Lista de abreviaturas e siglas.................................................................. 37 3.3.13 Lista de smbolos ..................................................................................... 38 3.3.14 Sumrio ..................................................................................................... 38 3.4 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................ 38 3.4.1 Introduo ................................................................................................... 39 3.4.2 Desenvolvimento ........................................................................................ 39 3.4.2.1 Ttulos e indicativos numricos das sees ............................................... 40 3.4.2.2 Apresentao de figura, grfico, quadros e tabelas ................................... 41 3.4.2.3 Citaes ...................................................................................................... 44 3.4.3 Consideraes finais ................................................................................. 51 3.5 ELEMENTOS PS-TEXTUAIS ........................................................................ 51 3.5.1 Referncias ................................................................................................. 52 3.5.2 Glossrio ..................................................................................................... 68 3.5.3 Apndice ..................................................................................................... 68 3.5.4 Anexo ........................................................................................................... 68 3.5.5 ndice ........................................................................................................... 68

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CAPTULO IV Gilson Karkotli 4 TRABALHOS ACADMICOS E TCNICOS-CIENTFICOS ............................ 69 4.1 ARTIGO CIENTFICO ...................................................................................... 69 4.1.1 Finalidade de um artigo cientfico............................................................. 69 4.1.2 Estrutura ...................................................................................................... 69 4.2 FICHAMENTO ................................................................................................. 72 4.2.1 Estrutura do fichamento ............................................................................ 72 4.2.2 Formato ....................................................................................................... 73 4.3 RESENHA CRTICA ........................................................................................ 74 4.3.1 Estrutura da resenha crtica ...................................................................... 74 4.4 RESUMO ......................................................................................................... 75 4.4.1 Procedimentos para realizar um resumo ................................................. 76 4.4.2 Estrutura do resumo .................................................................................. 76 4.5 SHORT PAPER ............................................................................................... 77 4.5.1 Estrutura do short paper............................................................................ 77 4.6 POSITION PAPER ........................................................................................... 78 4.6.1 Estrutura do position paper....................................................................... 79 4.7 TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO TCC ......................................... 80

REFERNCIAS ....................................................................................................... 95

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CAPTULO I Renata Silva

1 PESQUISA CIENTFICA

A pesquisa objetiva a produo de novos conhecimentos atravs da utilizao de procedimentos cientficos. Contribui para o trato dos problemas e processos do dia-a-dia nas mais diversas atividades humanas, no ambiente do trabalho, nas aes comunitrias, no processo de formao, e outros. A cincia desenvolvida por meio da pesquisa um conjunto de procedimentos sistemticos, baseados no raciocnio lgico, com o objetivo de encontrar solues para os problemas propostos mediante o emprego de mtodos cientficos e definio de tipos de pesquisa. (CERVO; BERVIAN, 2002); (ALVES, 1999) O conhecimento torna-se uma premissa para o desenvolvimento do ser humano e a pesquisa como a consolidao da cincia. A pesquisa, tanto para efeito cientfico como profissional, envolve a abertura de horizontes e a apresentao de diretrizes fundamentais, que podem contribuir para o desenvolvimento do conhecimento. (OLIVEIRA, 2002, p. 62) O desenvolvimento da pesquisa demanda investimentos governamentais como tambm de instituies privadas, em cincia e tecnologia, e, ainda, de criatividade, rigor, conhecimento e competncia dos pesquisadores - acadmicos e/ou cientistas j consagrados. (MENEZES; VILLELA, 2006) O pesquisador utiliza conhecimentos tericos e prticos. necessrio ter habilidades para a utilizao de tcnicas de anlise, entender os mtodos cientficos e os procedimentos, com o objetivo de encontrar respostas para as perguntas formuladas. Collis e Hussey (2005, p. 16) ressaltam que o objetivo da pesquisa pode ser: * Revisar e sintetizar o conhecimento existente; * Investigar alguma situao ou problema existente; * Fornecer solues para um problema; * Explorar e analisar questes mais gerais; * Construir ou criar um novo procedimento ou sistema; * Explicar um novo fenmeno;

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* Gerar novo conhecimento; * Uma combinao de quaisquer dos itens acima. Os pesquisadores necessitam de mtodos e procedimentos precisos, planejamento eficaz, critrios e instrumentos adequados que passem confiana e credibilidade tanto aos envolvidos quanto no resultado do trabalho. (MENEZES; VILLELA, 2006) Os resultados das pesquisas cientficas podem ser encontrados na forma de trabalhos tcnico-cientficos, publicados em revistas cientficas, eventos e em faculdades e universidades. Dentre os principais tipos de trabalhos tcnicocientficos esto as pesquisas desenvolvidas nos cursos de graduao e de psgraduao: Trabalhos de Concluso de Curso, Monografias (graduao ou especializao), Dissertaes (mestrado), Teses (doutorado), e Artigos Cientficos, Papers, Resenhas Crticas etc., sendo os trs ltimos solicitados em cursos de graduao e ps-graduao. Entretanto, estes documentos cientficos possuem especificidades individuais como a estrutura e sistemtica, o nvel de investigao, a fundamentao, o grau de profundidade, a metodologia, e, a originalidade da pesquisa para a cincia.

1.1 MODALIDADES DA PESQUISA A pesquisa cientfica uma atividade que se volta para o esclarecimento de situaes problema ou novas descobertas. Para tal, indispensvel o uso de processos cientficos que por sua vez so bem diversos, dependendo do campo de conhecimento. Pode ser caracterizada por tipologias e desta forma, segue abaixo a elucidao das classificaes da pesquisa: a) Do ponto de vista da sua natureza; b) Quanto a abordagem do problema; c) Referente aos objetivos; d) De acordo com os procedimentos tcnicos.

1.1.1 Natureza Do ponto de vista da sua natureza a pesquisa pode ser considerada como:

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Pesquisa Bsica: objetiva produzir conhecimentos novos, teis para o avano da cincia sem aplicao prtica prevista. Envolve verdades e interesses universais (GIL,1999). Assim, o pesquisador busca satisfazer uma necessidade intelectual pelo conhecimento e sua meta o saber. (CERVO; BERVIAN, 2002)

Pesquisa Aplicada: gera conhecimentos para aplicao prtica dirigidos soluo de problemas especficos. Envolve interesses locais. (GIL, 1999). A pesquisa visa aplicao de suas descobertas a um problema. (COLLIS; HUSSEY, 2005)

1.1.2 Abordagem do problema Quanto a forma de abordagem do problema a pesquisa pode ser: Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificvel, o que significa traduzir em nmeros opinies e informaes para classific-los e analislos. Requer o uso de recursos e de tcnicas estatsticas (percentagem, mdia, moda, mediana, desvio padro, coeficiente de correlao, e outros). (GIL, 1999). Assim, a pesquisa quantitativa focada na mensurao de fenmenos, envolvendo a coleta e anlise de dados numricos e aplicao de testes estatsticos. (COLLIS; HUSSEY, 2005). Pesquisa Qualitativa: considera que h uma relao dinmica entre o mundo real e o sujeito, isto , um vnculo indissocivel entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que no pode ser traduzido em nmeros. A interpretao dos fenmenos e a atribuio de significados so bsicas no processo de pesquisa qualitativa. No requer o uso de mtodos e tcnicas estatsticas. O ambiente natural a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador o instrumento chave. (GIL, 1999). A pesquisa qualitativa utiliza tcnicas de dados como a observao participante, histria ou relato de vida, entrevista e outros. (COLLIS; HUSSEY, 2005). 1.1.3 Objetivos Referente aos objetivos a pesquisa pode ser classificada como: Pesquisa Exploratria: proporciona maior proximidade com o problema visando torn-lo explcito ou definir hipteses. Procura aprimorar ideias ou descobrir intuies. Possui um planejamento flexvel envolvendo em geral levantamento bibliogrfico, entrevistas com pessoas que tiveram experincias prticas com o

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problema pesquisado e anlise de exemplos similares. Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliogrficas e estudos de caso. (GIL, 1996); (DENCKER, 2000). Esse tipo de pesquisa voltado a pesquisadores que possuem pouco conhecimento sobre o assunto pesquisado, pois, geralmente, h pouco ou nenhum estudo publicado sobre o tema. (COLLIS; HUSSEY, 2005). Pesquisa Descritiva: visa descrever as caractersticas de determinada populao ou fenmeno ou o estabelecimento de relaes entre variveis. A forma mais comum de apresentao o levantamento em geral realizado mediante questionrio ou observao sistemtica que oferecem uma descrio da situao no momento da pesquisa. Metodologia indicada para orientar a forma de coleta de dados quando se pretende descrever determinados acontecimentos. (GIL, 1996); (DENCKER, 2000). direcionado a pesquisadores que tem conhecimento aprofundado a respeito dos fenmenos e problemas estudados. Pesquisa Explicativa: aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razo, o por que das coisas, e, por isto, o tipo mais complexo e delicado, j que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. Visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrncia dos acontecimentos. Caracteriza-se pela utilizao do mtodo experimental (nas cincias fsicas ou naturais) e observacional (nas cincias sociais). Geralmente utiliza as formas de Pesquisa Experimental e Ex-post-facto. Mtodo adequado para pesquisas que procuram estudar a influncia de determinados fatores na determinao de ocorrncia de fatos ou situaes. (GIL, 1996); (DENCKER, 2000). 1.1.4 Procedimentos tcnicos De acordo com os procedimentos tcnicos a pesquisa pode ser: Pesquisa Bibliogrfica: utiliza material j publicado, constitudo basicamente de livros, artigos de peridicos e atualmente com informaes disponibilizadas na Internet. Quase todos os estudos fazem uso do levantamento bibliogrfico e algumas pesquisas so desenvolvidas exclusivamente por fontes bibliogrficas. Sua principal vantagem possibilitar ao investigador a cobertura de uma gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. (GIL, 1999). A tcnica bibliogrfica busca encontrar as fontes primrias e secundrias e os materiais cientficos e tecnolgicos necessrios para a realizao do trabalho cientfico ou tcnico-cientfico. Realizada em

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bibliotecas pblicas, faculdades, universidades e, atualmente, nos acervos que fazem parte de catlogo coletivo e das bibliotecas virtuais. (OLIVEIRA, 2002). Pesquisa Documental: elaborada a partir de materiais que no receberam tratamento analtico, documentos de primeira mo, como documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, dirios, filmes, fotografias, gravaes etc., ou ainda documentos de segunda mo, que de alguma forma j foram analisados, tais como: relatrios de pesquisa, relatrios de empresas, tabelas estatsticas etc. (GIL, 1999). Localizados no interior de rgos pblicos ou privados como manuais, relatrios, balancetes e outros. Levantamento: envolve a interrogao direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer a cerca do problema estudado para, em seguida, mediante anlise quantitativa, identificar as concluses correspondentes aos dados coletados. O levantamento feito com informaes de todos os integrantes do universo da pesquisa origina um censo. (GIL, 1999). O levantamento usa tcnicas estatsticas, anlise quantitativa e permite a generalizao das concluses para o total da populao e assim para o universo pesquisado, permitindo o clculo da margem de erro. Os dados so mais descritivos que explicativos. (DENCKER, 2000, p. 127) Estudo de Caso: envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. (GIL, 1999). O estudo de caso pode abranger anlise de exame de registros, observao de acontecimentos, entrevistas estruturadas e no-estruturadas ou qualquer outra tcnica de pesquisa. Seu objeto pode ser um indivduo, um grupo, uma organizao, um conjunto de organizaes, ou at mesmo uma situao. (DENCKER, 2000, p. 127). A maior utilidade do estudo de caso verificada nas pesquisas exploratrias. Por sua flexibilidade, sugerido nas fases iniciais da pesquisa de temas complexos, para a construo de hipteses ou reformulao do problema. utilizado nas mais diversas reas do conhecimento. A coleta de dados geralmente feita por mais de um procedimento, entre os mais usados esto: a observao, anlise de documentos, a entrevista e a histria da vida. (GIL, 1999) Pesquisa-Ao: concebida e realizada em estreita associao com uma ao ou com a resoluo de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes

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representativos da situao ou do problema esto envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (GIL, 1999). Implica no contato direto com o campo de estudo envolvendo o reconhecimento visual do local, consulta a documentos diversos e, sobretudo a discusso com representantes das categorias sociais envolvidas na pesquisa. delimitado o universo da pesquisa, e recomenda-se a seleo de uma amostra. O critrio de representatividade dos grupos investigados na pesquisa-ao mais qualitativo do que quantitativo. importante a elaborao de um plano de ao, envolvendo os objetivos que se pretende atingir, a populao a ser beneficiada, a definio de medidas, procedimentos e formas de controle do processo e de avaliao de seus resultados. (GIL, 1996). No segue um plano rigoroso de pesquisa, pois o plano readequado constantemente de acordo com a necessidade, dos resultados e do andamento das pesquisas. O investigador se envolve no processo e sua inteno agir sobre a realidade pesquisada. (DENCKER, 2000) Pesquisa Participante: realizada atravs da integrao do investigador que assume uma funo no grupo a ser pesquisado, mas sem seguir a uma proposta pr-definida de ao. A inteno adquirir conhecimento mais profundo do grupo. O grupo investigado tem cincia da finalidade, dos objetivos da pesquisa e da identidade do pesquisador. Permite a observao das aes no prprio momento em que ocorrem. (DENCKER, 2000). Esta pesquisa necessita de dados objetivos sobre a situao da populao. Isto envolve a coleta de informaes scio-econmicas e tecnolgicas que so de natureza idntica aos adquiridos nos tradicionais estudos de comunidades. Estes dados podem ser agrupados por categorias como: geogrficos, econmicos, educacionais e outros. (GIL, 1996) Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionamse as variveis que seriam capazes de influenci-lo, definem-se as formas de controle e de observao dos efeitos que a varivel produz no objeto. (GIL, 1999). A pesquisa experimental necessita de previso de relaes entre as variveis a serem estudadas, como tambm, o seu controle e por isto na maioria das situaes invivel quando se trata de objetos sociais. (GIL, 1996). geralmente utilizada nas cincias naturais. Pesquisa Ex-Post-Facto: quando o experimento se realiza depois dos fatos. O pesquisador no tem controle sobre as variveis. (GIL, 1999). um tipo de

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pesquisa experimental, diferindo apenas pelo fato do fenmeno ocorrer naturalmente sem que o investigador tenha controle sobre ele, ou seja, neste caso, o pesquisador passa a ser um mero observador do acontecimento. Por exemplo: a verificao do processo de eroso sofrido por uma rocha por influncia do choque proveniente das ondas do mar. (BOENTE; BRAGA, 2004). Esta pesquisa geralmente utilizada nas cincias naturais.

1.2 ETAPAS DA PESQUISA Para o desenvolvimento adequado de uma pesquisa cientfica necessrio planejamento cuidadoso e investigao de acordo com as normas da metodologia cientfica tanto aquela referente forma como ao contedo. (OLIVEIRA, 2002, p. 62) O planejamento e execuo da pesquisa fazem parte de um procedimento sistematizado que compreende etapas que podem ser definidas como: (LAKATOS; MARCONI, 2001); (BARROS; LEHFELD, 2000); (CERVO; BERVIAN, 2002): a) Delimitao do tema b) Formulao do problema c) Determinao de objetivos d) Justificativa e) Fundamentao terica f) Metodologia g) Coleta de dados h) Anlise e discusso dos resultados i) Concluso dos resultados j) Redao e apresentao da pesquisa

Quadro 1: Etapas da PesquisaFonte: elaborado pela autora, 2007.

Assim, fundamental a apresentao das fases da pesquisa nos documentos tcnico-cientficos, citadas no quadro 1, e que so elucidadas a seguir: 1.2.1 Tema A escolha do tema da pesquisa geralmente um momento de angstia para o pesquisador. Este deve considerar alguns critrios (SILVA, 2006a); (GIL, 1996): Conhecimento prvio de autores, temas, assuntos, matrias; Disponibilidade de tempo e de recursos para a pesquisa; Existncia de bibliografia disponvel no assunto; Possibilidade de orientao e superviso adequada dentro do assunto;

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Relevncia e a fecundidade do assunto. A definio do tema dever ser guiada no apenas por razes intelectuais, mas por questes como a instituio, o nvel de conhecimento e a perspectiva profissional. 1.2.2 Problema de pesquisa O problema de uma pesquisa algo a ser formulado pelo autor no incio de seu processo. A partir de uma viso global do contexto, deve surgir o problema a ser pesquisado. Ele deve ser identificado claramente. Delimitar os aspectos ou elementos que sero abordados. Deve apresentar a situao problema da pesquisa que no necessariamente ser uma limitao. A palavra problema no significa uma dificuldade, um obstculo real a ao ou a compreenso, mas sim ao foco, o assunto, o tema especfico delimitado e formulado pelo pesquisador, para ser alvo de seu estudo e de sua prtica. Pode ser uma oportunidade percebida pelo aluno sobre uma temtica a ser pesquisada. Este um dos primeiros itens elaborados em uma pesquisa. (SILVA, 2006b) Um trabalho de pesquisa deve apresentar uma ou mais perguntas de pesquisa, que so os questionamentos que surgem naturalmente a partir da descrio do problema. Escrito na forma de uma pergunta a ser respondida ao longo da pesquisa, o problema deve referir-se especificamente ao interesse a ser investigado pelo autor. 1.2.3 Objetivos Os objetivos de um projeto de estudos, de pesquisa, no representam somente as intenes do autor, mas a possibilidade de obteno de metas, resultados, finalidades, que o trabalho deve atingir. A linguagem deve ser objetiva, precisa, clara e sem figuras retricas. Do ponto de vista tcnico, o objetivo deve sempre iniciar no infinitivo, representando a ao que se quer atingir e concluir com o projeto, como: compreender, constatar, analisar, desenvolver, capacitar entre outros. Os objetivos classificam-se em objetivo geral e objetivos especficos. (SILVA, 2006c) O objetivo geral refere-se diretamente ao problema do trabalho. Inicia-se a frase do objetivo geral com um verbo abrangente e na forma infinitiva, envolvendo o cenrio pesquisado e uma complementao que apresente a finalidade (iniciando no

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gerndio). J os especficos podem ser considerados uma apresentao pormenorizada e detalhada das aes para o alcance do objetivo geral. Tambm so iniciados com verbos que admitam poucas interpretaes, e sempre no infinitivo. (SILVA, 2006c) O verbo utilizado no objetivo geral deve ser amplo e no deve ser o mesmo utilizado para um objetivo especfico do mesmo projeto. Lembrando que em um bom planejamento assim como em uma execuo e desenvolvimento, fundamental que se tenha de maneira clara, qual objetivo se deseja alcanar. (SILVA, 2006a) 1.2.4 Justificativa Demonstra a relevncia e necessidade do estudo do tema escolhido para o trabalho. O autor deve informar ao seu leitor sobre a importncia da discusso sobre o tema, abordando sua viso de forma geral para a especfica sobre o assunto tratado. Em conjunto a isto, devem-se utilizar citaes diretas e indiretas. A abordagem da justificativa deve ser tcnica e cientfica, argumentando a favor da motivao da pesquisa ao mercado e a formao do pesquisador. Deve ser elaborada tendo em vista o seguinte (SILVA, 2006c): Por que se pretender realizar esta investigao? Propsito ou inteno; Possibilidades (formao, experincia) no desenvolvimento da mesma; Importncia do tema (utilidade ou necessidade da investigao). O texto dever convencer de que a pesquisa importante, que tem um significado cientfico, uma relevncia social. Citar informaes se for o caso, de pesquisas j realizadas sobre o tema. 1.2.5 Fundamentao terica Esta fase da pesquisa apresenta o tema proposto fundamentando-o com uma reviso crtica de fontes de pesquisa relacionadas ao tema de forma ampla para depois especfica. O aluno deve relacionar sua viso sobre o tema fundamentado aos acontecimentos atuais e trabalhos j realizados na rea, bem como, opinies de autores. A fundamentao terica, reviso da literatura ou reviso bibliogrfica apresenta os conceitos tericos que nortearo o trabalho. O texto deve ser construdo expressando as leituras e os dilogos tericos entre o pesquisador e os

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autores pesquisados. (SILVA, 2006c). necessrio o cumprimento da ABNT NBR 10.520 (2002). 1.2.6 Procedimentos metodolgicos Para o desenvolvimento de qualquer pesquisa cientfica necessria a definio dos procedimentos metodolgicos. Este item deve apresentar as modalidades da pesquisa, ou seja, os caminhos e formas utilizadas no estudo. Assim, importante citar os tipos de pesquisa e caractersticas do trabalho, que conforme Gil (1999) pode ser quanto : Natureza da pesquisa (bsica ou aplicada); Abordagem do problema (qualitativa ou quantitativa, ou ambas combinadas); Realizao dos objetivos (descritiva, exploratria ou explicativa); Procedimentos tcnicos (bibliogrfica, documental, levantamento, estudo de caso, participante, pesquisa ao, experimental e ex-post-facto). Assim, o pesquisador deve citar e explicar os tipos de pesquisa que o estudo trata, conforme item 1.1, justificando cada item de classificao e a relao com o tema e objetivos da pesquisa. Deve-se fazer uso de citaes para enriquecer a argumentao. Toda e qualquer fonte deve ser referenciada precisando data e pgina. (SILVA, 2006c) 1.2.7 Coleta de dados Apresentar como foi organizada e operacionalizada a coleta dos dados relativos ao processo de pesquisa. Todas as formas usadas de coleta devem ser mencionadas (leituras, entrevistas, questionrios, documentos, observao) e onde foram coletadas (identificando o ambiente, a populao e a amostra para a pesquisa). As principais coletas so: Questionrio Esta tcnica de investigao composta por questes apresentadas por escrito as pessoas, tem a inteno de identificar o conhecimento de opinies, crenas, sentimentos, interesses, expectativas, situaes vivenciadas e outras. (GIL, 1996).

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Deve-se refletir sobre os objetivos da pesquisa e pass-los para questes especficas. As respostas que iro esclarecer o problema da pesquisa. Gil (1999) cita trs tipos de questes em relao forma: questes fechadas, abertas e relacionadas. J Dencker (2000) acrescenta ainda perguntas com escala na questo fechada. Antes da aplicao definitiva do questionrio deve ser realizado um pr-teste. Este serve para evidenciar possveis falhas na redao do questionrio, como: complexidade das questes, impreciso na redao, desnecessidade das questes, constrangimentos aos informantes, exausto etc. O pr-teste dever ser aplicado de 10 a 20 provas, a elementos pertencentes populao pesquisada. (GIL, 1999); (DENCKER, 2000) Para a distribuio do questionrio, aps a adequao do pr-teste, podem ser utilizados os seguintes meios: correio, e-mail, telefone, pessoalmente (individual ou em grupo). Para todos os meios devem-se ter precaues para a aplicao, preenchimento e retorno dos questionrios. (LABES, 1998); (GIL, 1999). A delimitao da populao/amostra e o tratamento estatstico devem atender a dois momentos: seleo e definio do universo; e organizao do questionrio tabulao. (LABES, 1998). O universo ou populao o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracterstica em comum [...] dependem do assunto a ser investigado. (OLIVEIRA, 2002, p. 72) A amostra de uma pesquisa pode ser conceituada como subconjunto finito de uma populao (LABES, 1998, p. 22) e dividida em quatro tipos: 1) Amostragem Causal ou Aleatria Simples: sorteio/ seleo espontnea da amostra; 2) Amostragem Sistemtica: quando a populao encontra-se ordenada como, por exemplo, em subgrupos. Quando se conhece a proporo e a disperso geogrfica; 3) Amostragem Proporcional Estratificada: definida por variveis (sexo, idade, etc.); 4) Amostragem Probabilstica: possibilidade de todos os elementos serem pesquisados aleatoriedade da amostra. Conhecer a probabilidade de ocorrncia de um evento. A tabulao de questionrios pode se voltar amplitude das variveis/categorias, ao cruzamento de variveis e a tabulao manual e

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processamento eletrnico. Na utilizao de grficos deve-se preocupar com: proporcionalidade; ttulo, grandezas numricas, relaes, e outros. (LABES, 1998) A anlise dos dados consiste em: relacionar, comparar, medir, identificar, agrupar, classificar, concluir, deduzir. Os procedimentos de anlise so: definio de variveis, e tabulao (adotando uma ou mais variveis como referncia). Entrevista A entrevista uma comunicao verbal entre duas ou mais pessoas com um nvel de estruturao previamente determinado, com a inteno de obter informaes de pesquisa. uma das tcnicas de coleta de dados mais usadas nas cincias sociais. (DENCKER, 2000); (GIL, 1999) O pesquisador deve planejar a entrevista delineando o objetivo a ser alcanado e cuidando de sua elaborao, desenvolvimento e aplicao. As entrevistas podero ser estruturadas (com perguntas definidas) ou semi-estruturadas (permite maior liberdade ao pesquisador). (DENCKER, 2000) recomendada nos estudos exploratrios a entrevista informal que visa abordar realidades pouco conhecidas pelo pesquisador. o tipo de entrevista menos estruturada possvel e s se distingue da simples conversao porque tem como objetivo bsico a coleta de dados. Utilizam-se como informantes-chaves, que podem ser especialistas no tema em estudo, lderes formais ou informais, personalidades e outras. (GIL, 1999) Em situaes experimentais, com o objetivo de explorar a fundo alguma experincia vivenciada interessante o uso da entrevista focalizada. utilizado com grupos de pessoas que passaram por uma experincia especfica, como assistir a um filme, presenciar um acidente e outros. (GIL, 1999) A entrevista por pauta apresenta certo nvel de estruturao, pois se guia por uma relao de pontos de interesse do entrevistador, ordenadas e relacionadas entre si. So feitas poucas perguntas diretas e deixa o entrevistado falar livremente. (GIL, 1999) O desenvolvimento de uma relao fixa de perguntas, cuja ordem e redao permanecem invariveis para todos os entrevistados (que geralmente so em grande nmero) a entrevista estruturada. (GIL, 1999)

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Observao Constitui elemento fundamental para a pesquisa. utilizada de forma exclusiva ou conjugada a outras tcnicas. Pode-se definir a observao como o uso dos sentidos com vistas a adquirir conhecimentos do cotidiano. (GIL, 1999) Segundo os meios utilizados, a observao pode ser estruturada ou noestruturada. De acordo com o nvel de participao do observador, pode ser participante ou no-participante. Gil (1999) afirma que a observao participante tende a utilizar formas no estruturadas, pode-se adotar a seguinte classificao, que combina os dois critrios considerados: observao simples, observao participante e observao sistemtica. Na observao simples o pesquisador permanece alheio comunidade, grupo ou situao que pretende estudar e observa de maneira espontnea os fatos que ocorrem. O pesquisador muito mais um expectador que um ator. A observao participante ocorre por meio do contato direto do investigador com o fenmeno observado, para recolher as aes dos atores em seu contexto natural, considerando sua perspectiva e seus pontos de vista. (CHIZZOTTI, 2001). O observador assume o papel de um membro do grupo. (GIL, 1999) Nas pesquisas que tm como objetivo a descrio precisa dos fenmenos ou teste de hipteses, frequentemente utilizada a observao sistemtica. Pode ocorrer em situaes de campo ou laboratrio. O pesquisador, antes da coleta de dados, elabora um plano especfico para a organizao e o registro das informaes. Para tal, necessrio estabelecer antecipadamente as categorias necessrias a analise da situao. 1.2.8 Anlise e interpretao dos dados O objetivo da anlise reunir as informaes de forma coerente e organizada visando responder o problema de pesquisa. A interpretao proporciona um sentido mais amplo aos dados coletados, fazendo a relao entre eles. (DENCKER, 2000) Esta etapa pode ser de carter quantitativo ou qualitativo, utilizando vrias tcnicas para o tratamento dos dados. conveniente a realizao de uma anlise descritiva, apresentando uma viso geral dos resultados, e na sequncia, anlise dos dados cruzados, que possibilita perceber as relaes entre as categorias de informao, e da anlise interpretativa. (DENCKER, 2000)

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A estatstica na anlise e interpretao de dados pode ser classificada como (LABES, 1998): Estatstica descritiva (descrio e anlise sem inferncias e concluses) e Estatstica indutiva (inferncias, concluses, tomadas de deciso e previses). Assim, a pesquisa deve prezar pela necessidade de apresentao, formal e oficial, dos resultados do estudo; explicitao dos objetivos, de metodologia e dos resultados; e prioridade fidedignidade na transmisso das descobertas feitas. (LABES, 1998) Todas as informaes importantes constatadas na pesquisa devem ser apresentadas em forma de texto, ou de elementos de apoio ao texto, se for necessrio, como figuras, quadros, grficos e tabelas. Pode-se apresentar um quadro compreendendo o perodo em que se realizaram as atividades da pesquisa. 1.2.9 Consideraes finais Descreve-se neste momento uma sntese da anlise, algumas sugestes tanto de pesquisa, bem como em relao ao tema em questo. Pode-se tambm salientar a contribuio e benefcios que o pesquisador se props quando justificou a importncia do mesmo no estudo. Os resultados devero ser relacionados aos objetivos (geral e especficos) e aos possveis benefcios, como tambm, a importncia do tema. Este tpico no deve apresentar assunto novo, como tambm, citaes diretas ou indiretas. 1.2.10 Redao e apresentao da pesquisa O estilo de redao utilizado em pesquisas chamado tcnico-cientfico, [...] diferindo do utilizado em outros tipos de composio, como a literria, a jornalstica, a publicitria. (UFPR, 2000, p.1). Aborda temtica referente cincia, utilizando seu instrumental terico e objetivando a discusso cientfica. Utiliza linguagem tcnica ou cientfica em seu nvel padro ou culto, respeitando as regras gramaticais. Todo texto formado por pargrafos e por isto a preocupao deve ser na sua elaborao e harmonia das ideias. O pargrafo formado por um conjunto de enunciados que devem convergir para a produo de um sentido. A primeira frase de cada pargrafo, denominada tpico frasal, sempre muito importante, devendo ter uma palavra forte que possa ser explorada. A m definio dificulta a redao.

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Assim, devem-se evitar abstraes e lembrar que cada pargrafo deve explorar uma s ideia. Explorar vrias ideias ao mesmo tempo torna o texto confuso e sem coerncia. A construo de sentido no texto relaciona-se com a coeso e a coerncia dele. Um texto coerente um conjunto harmnico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar, de modo que no haja nada destoante, ilgico, contraditrio, ou desconexo. J o texto coeso quando seus vrios enunciados esto organicamente articulados entre si, quando h concatenao entre eles. Aps os procedimentos de planejamento e execuo, tem-se a divulgao dos resultados obtidos na pesquisa. Assim, o pesquisador deve apresent-los comunidade cientfica por meio de eventos, revistas, e outros. O modelo de apresentao do documento dever seguir as regras definidas para sua tipologia (monografia, artigo cientfico, e outros) e a instituio solicitante (universidade, revista cientfica, evento e outros). A seguir so apresentadas mais informaes sobre as caractersticas da redao tcnico-cientfica que devem ser seguidas nos trabalhos acadmicos.

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CAPTULO II REDAO Gilson Karkotli

2 REDAO DE TRABALHOS TCNICO-CIENTFICOS

O estilo da redao de trabalhos tcnico-cientficos e acadmicos diferenciase de outros tipos de composio, como a literria, a jornalstica, a publicitria, apresentando algumas caractersticas prprias. Este texto pretende identificar e explicar alguns princpios bsicos que devem ser observados na referida redao.

2.1 OBJETIVIDADE E COERNCIA Deve-se observar linguagem direta e simples, obedecendo a uma sequncia lgica e ordenada no desenvolvimento das ideias, evitando-se assim, o desvio do assunto em questo com consideraes irrelevantes. A exposio deve se apoiar em dados e provas e no em opinies que no possam ser comprovadas. Deve-se observar tambm a estrutura da frase, o tamanho dos perodos e a organizao dos pargrafos. Frases curtas e com nica ideia central so preferidas frases longas contendo vrias ideias. Ao dividir o trabalho em partes deve-se cuidar do equilbrio, coeso e sequncia lgica entre elas, cuidando-se para que no haja uma desproporo entre as diversas partes que o constituem. Ao redigir os ttulos devese cuidar de sua homogeneidade, no usando ora substantivos para uns, ora frases ou verbos para outros.

2.2 CLAREZA O pesquisador deve ser claro na apresentao de suas ideias. Tal clareza de expresso obtida em funo do conhecimento que se tem de determinado assunto. Se voc no tem ideia bem clara, ntida do que pretende expressar deve retomar o fio da meada, relendo suas anotaes ou o texto original. Deve-se evitar

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ambiguidade, isto , expresses com duplo sentido, para no originar interpretaes diversas do que se quer dar. Assim, deve-se usar vocabulrio preciso, evitando- se a linguagem rebuscada e prolixa, utilizando a nomenclatura tcnica aceita no meio cientfico.

2.3 PRECISO Cada expresso empregada deve traduzir com exatido o que se quer transmitir principalmente quanto a registros de observaes, medies e anlises realizadas. Deve-se evitar adjetivos que no indiquem claramente propores e quantidades, tais como: mdio, grande, pequeno, bastante, muito, pouco, mais, menos, nenhum, quase todos, a maioria, metade e outros termos ou expresses similares, procurando substitu-los pela indicao precisa em nmeros ou porcentagem. Deve-se evitar o uso de adjetivos, advrbios, locues e pronomes que indiquem o tempo, modo ou lugar, tais como: em breve, aproximadamente, antigamente, recentemente, lentamente, adequado, inadequado, nunca, sempre, em algum lugar, provavelmente, possivelmente, talvez, que deixam margem a dvidas sobre a lgica, clareza e preciso da argumentao.

2.4 IMPESSOALIDADE No texto tcnico-cientfico e acadmico utiliza-se, preferencialmente, da forma impessoal dos verbos, isto , verbo na terceira pessoa do singular mais a partcula se. O uso da primeira pessoa do plural (plural majesttico) permitido no caso de relatrios de participao em eventos, ao fazer justificativas para ingresso em cursos de ps-graduao, ou em ideaes, apreciaes e inferncias no caso de fichamentos, resenhas crticas, papers, entre outros. Devese atentar para a padronizao da pessoa do discurso ao longo de todo trabalho, isto , no permitido usar a forma impessoal e a primeira pessoa do plural no mesmo trabalho.

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2.5 UNIFORMIDADE Deve-se manter a uniformidade no decorrer de todo o texto em relao aspectos como: forma de tratamento, pessoa gramatical, utilizao de nmeros, smbolos, unidades de medida, datas, horas, siglas, abreviaturas, frmulas, equaes, fraes, citaes e ttulos das partes do trabalho acadmico etc.

Portanto, a elaborao de trabalhos acadmicos exige dedicao e comprometimento quanto ao estilo de redao. Salienta-se que o hbito da leitura de forma geral, mas principalmente aquela leitura de material tcnico-cientfico proporciona ao pesquisador maior facilidade na escrita e elaborao de documentos acadmicos. Alm desta preocupao com a redao fundamental o cumprimento tambm das normas metodolgicas quanto a apresentao dos trabalhos. Assim, as normas para apresentao grfica e as subdivises dos trabalhos no USJ so aquelas definidas pela ABNT (NBR 14724, 2005) para trabalhos tcnico-cientficos de carter monogrfico, apresentadas a seguir neste manual.

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CAPTULO III NORMAS METODOLGICAS Renata Silva

3 NORMAS METODOLGICAS

3.1 APRESENTAO GRFICA Diante das informaes sobre as formas e tcnicas de pesquisa e da importncia da formatao e apresentao grfica dos trabalhos acadmicos, seguem as normas para os documentos cientficos do USJ, com base na ABNT NBR 14.724 de 2005 e mais adiante os modelos visuais destas regras. So elas: Papel: folhas brancas de tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm), de boa qualidade. Margens: esquerda e superior de 3 cm.; direita e inferior de 2 cm. Espaamento entrelinhas: de 1,5 cm. para o texto. Nas citaes longas (mais de 3 linhas), notas de rodap, ttulos de ilustraes e tabelas, bem como fontes so em espaos simples. As referncias devem ser separadas entre si por dois espaos simples. Pargrafo: de 1,25 cm. recuado da margem esquerda. Os pargrafos das citaes diretas longas (mais de trs linhas) devem ser recuados a 4 cm. da margem esquerda, com letra menor (recomenda-se 10) e espaamento simples entrelinhas. Formato do texto: texto justificado sem a separao silbica. Nos elementos pr-textuais so usados em alguns casos o texto centralizado e alinhado a direita. As referncias so obrigatoriamente alinhadas a direita. Tipo e tamanho da fonte: Arial ou Times New Roman de tamanho 12 para o texto e tamanho 10 para citaes longas, notas de rodap e nmero de pgina. Paginao: as pginas so numeradas com algarismos arbicos colocados no canto superior direito da pgina a 2 cm. da borda superior. A capa no contada (considerada a pgina zero). A contagem iniciada a partir da folha de rosto que no deve receber nenhuma numerao. A numerao inicia nos elementos textuais (introduo). As pginas de apndices e anexos recebem numeraes contnuas do trabalho.

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Sees do texto do trabalho: Os ttulos das sees so numerados progressivamente em algarismos arbicos, alinhados margem esquerda, dando espao de um caractere entre as numeraes e um ttulo. As principais divises do texto so chamadas de sees primrias (captulos). Estas subdividem-se em sees secundrias, que se subdividem em tercirias, que se subdividem em quaternrias, que se subdividem em quinrias. A NBR6024 - 3.3 no prev a sexta seo, acabando na quinta (Ex: 2.1.3.1.4). Deve-se evitar o excesso de subdivises de um texto, porque o torna muito fragmentado o que interrompe a fluidez da leitura. As sees primrias iniciam-se em uma nova folha, na margem superior 3 cm e ao lado da margem esquerda 3 cm. Os ttulos dos diferentes nveis de seo devem ser diferenciados tipograficamente. Usam-se letras maisculas negritadas para sees primrias, letras maisculas sem negrito para as sees secundrias; letras minsculas (somente a primeira letra da primeira palavra maiscula) negritadas, para sees tercirias; e letras minsculas (somente a primeira letra da primeira palavra maiscula), sem negrito, para sees quaternrias e quinrias. Exemplo: 3 ADMINISTRAO; 3.1 MARKETING; 3.1.1 Anlise interna; 3.1.1.1 Pontos fortes. Itlico: utiliza-se para grafar termos em outro idioma como: check in, resumen, travel, e outras. As palavras estrangeiras j registradas em dicionrios de Lngua Portuguesa, bem como os nomes prprios, no devem ser em itlico. Aspas: usa-se no incio e no final de citao direta curta (at trs linhas) as aspas duplas; e quando houver as aspas duplas deve-se substituir por aspas simples. dentro de citaes diretas

Notas de rodap: podem ser utilizadas para apresentar alguma explicao ou para aprofundar alguma assunto abordado no texto mas que no foi colocado no texto para no desviar a ateno do leitor quanto ao contedo. Portanto, serve para explicar algo ou situar o leitor sobre o significado de algo. No caso das citaes de trabalhos usa-se o sistema autor-data (referenciando diretamente no corpo do texto) mas em livros, principalmente aqueles produzidos por vrios autores (captulos) so usadas as notas de rodap para as citaes. Visualmente no rodap as notas devem ser colocadas no p da pgina a 2cm. da margem inferior em letra 10 alinhadas a esquerda e espaamento simples entrelinhas. O texto separado da nota de rodap por um filete. As notas de rodap so

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numeradas pelo sistema arbico contnuo. Sugere-se a insero de notas automaticamente no documento digital. No texto a nota representada pela nmero sobrescrito a palavra que se pretende explicar.

3.2 ESTRUTURA Por razes de normalizao, a estrutura dos trabalhos acadmicos foram classificadas em elementos pr-textuais, textuais e ps-textuais, sendo cada uma delas com suas subdivises, conforme quadro 1: ELEMENTOS ETAPAS Capa (obrigatrio) Lombada (opcional) Folha de rosto (obrigatrio) Errata (opcional) Folha de aprovao (obrigatrio) Dedicatria(s) (opcional) Agradecimento(s) (opcional) Epgrafe (opcional) Resumo em lngua verncula (obrigatrio) Resumo em lngua estrangeira (opcional) Lista de ilustraes )opcional) Lista de tabelas (opcional) Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Lista de smbolos (opcional) Sumrio (obrigatrio) Introduo Desenvolvimento Consideraes Finais Referncias (obrigatrio) Glossrio (opcional) Apndice(s) (opcional) Anexo(s) (opcional) ndice(s) (opcional) Quadro 1: Disposio dos ElementosFonte: ABNT NBR 14724, 2005

Pr-textuais

Textuais

Ps-textuais

Quanto a estrutura da pesquisa possvel definir que os elementos prtextuais, tambm chamados de parte preliminar ou ante-texto, compe-se das informaes iniciais necessrias para uma melhor caracterizao e reconhecimento da origem e autoria do trabalho, descrevendo tambm, sucinta e objetivamente,

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algumas informaes importantes para os interessados numa anlise mais detalhada do tema (ttulo, resumo, palavras-chave). (SILVA, 2006c) Os elementos textuais, assim como os pr-textuais, excetuados os elementos obrigatrios, constituem-se com base no tipo e nos objetivos do trabalho cientfico, conforme o tipo de trabalho, rea de conhecimento ou metodologia adotada. A estrutura dos trabalhos cientficos quase sempre a mesma, compreendendo uma introduo, desenvolvimento e consideraes finais, conforme sugesto da ABNT NBR 14724 (2005) de Trabalhos Acadmicos. A introduo dos trabalhos costuma abranger os objetivos da pesquisa, bem como os problemas, as delimitaes e a metodologia adotada para a realizao do trabalho. O desenvolvimento o corpo principal da pesquisa e de estrutura flexvel, podendo o pesquisador dissertar sobre o tema propriamente dito, sem, contudo, abandonar pontos importantes como a demonstrao e a anlise dos resultados. Por fim, o autor poder escrever suas concluses a respeito da discusso realizada ou dos resultados obtidos. neste ponto que o pesquisador ser enftico, ressaltando as posies que deseja defender ou refutar. (SILVA; TAFNER, 2006); (ROESCH, 2001) A parte do trabalho que rene os elementos complementares ao texto chamada de elementos ps-textuais, que envolve tanto aqueles obrigatrios (como as referncias) como aqueles que so extenses do texto (anexo, apndice, glossrio e ndice). (ABNT, NBR 14724, 2005) As referncias devem ser colocadas em ordem alfabtica dentro das normas tcnicas especificadas. Em territrio brasileiro utiliza-se a ABNT NBR 6023 (2002) para normalizar as referncias apontadas durante o trabalho. Conforme a ABNT NBR (2002, p. 1) [...] esta norma fixa a ordem dos elementos das referncias e estabelecem convenes para transcrio e apresentao de informao originada do documento e/ou outras fontes de informao. S devem ser mencionados nas referncias as fontes ou os autores que foram citados no texto. Os documentos consultados, porm no citados, devero constar de notas de rodap, no fazendo parte da lista de referncias ou serem arrolados em outras listas, denominadas Bibliografia Recomendada, Documentos Consultados ou Obras Consultadas, as quais devem figurar logo aps a lista de referncias.

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A figura 1 demonstra a ordenao dos elementos (opcionais e obrigatrios):PR-TEXTUAIS TEXTUAIS PS-TEXTUAIS

SUMRIO

3 CONSIDERAES FINAIS 2 DESENVOLVIMENTO 1 INTRODUO

NDICE

LISTAS

ANEXO

RESUMO

APNDICE

EPGRAFE

GLOSSRIO

AGRADECIMENTO

REFERNCIAS

DEDICATRIA FOLHA DE APROVAO FOLHA DE ROSTO CAPA

Figura 1: Apresentao dos Elementos no Trabalho MonogrficoFonte: Silva, 2008 (adaptado pela autores, 2011).

A seguir so apresentados os modelos e esclarecimentos dos elementos prtextuais, textuais e ps-textuais.

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3.3 ELEMENTOS PR-TEXTUAIS 3.3.1 Capa (obrigatrio) Constituem informaes essenciais a serem fornecidas: identificao da instituio de ensino superior e curso na parte superior da folha e aps uma linha em branco o nome do(s) autor(es) (alunos) ambos em caixa alta. Na metade da folha o ttulo do trabalho (caixa alta) e subttulo se houver, separado do ttulo por dois pontos (maiscula e minscula). Na parte inferior da folha a cidade e ano (pode-se colocar o ms junto ao ano). Todas estas informaes so em fonte 12, espacejamento 1,5 entrelinhas, centralizadas e negritadas Salienta-se que os Trabalhos de Concluso de Curso devero ser entregues com encadernao em capa dura conforme caracterstica do Curso quanto as cores de letras e fundo. Desta forma, no curso de: Administrao fundo azul escuro com letras prateadas. Cincias Contbeis fundo preto com letras douradas. Pedagogia fundo azul royal com letras douradas Cincias da Religio em definio. Pos-Graduao (Especializao) em Gesto de Defesa Civil fundo verde escuro com letras prateadas. A seguir apresentado o modelo de capa conforme explicaes iniciais.

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3 cm

PREFEITURA MUNICIPAL DE SO JOS FUNDAO EDUCACIONAL DE SO JOS CENTRO UNIVERSITRIO MUNICIPAL DE SO JOS USJ CURSO DE ADMNISTRAO NOME COMPLETO DO(S) ALUNO(S) (em ordem alfabtica)

3 cm

TTULO DO TRABALHO Subttulo (se houver) 2 cm

So Jos 2011

2 cm

3.3.2 Lombada (opcional) Utilizado geralmente em trabalhos de final de curso. a parte lateral da capa que rene as folhas do trabalho, onde devem ser impressos: a) nome do autor, impresso longitudinalmente, do alto ao p da lombada; b) ttulo do trabalho, impresso da mesma forma que o do autor.

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3.3.3 Folha de rosto (obrigatrio) Apresenta-se de forma semelhante a capa, com a insero do texto de identificao da disciplina, curso e professor solicitante. Neste ltimo, deve-se inserir a abreviao da titulao do professor (Esp. para especialista, MSc. ou Ms. para mestre e Dr. para doutor). Estas informaes devem aparecer em fonte 11 com espaamento simples entrelinhas e recuada a 8cm. da margem esquerda. Apenas o ttulo e o subttulo devem estar em negrito, conforme modelo abaixo.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SO JOS FUNDAO EDUCACIONAL DE SO JOS CENTRO UNIVERSITRIO MUNICIPAL DE SO JOS USJ CURSO DE ADMNISTRAO NOME COMPLETO DO(S) ALUNO(S) (em ordem alfabtica)

TTULO DO TRABALHO Subttulo (se houver)

Trabalho elaborado para a disciplina de M.................. C.................... do Curso de .......................... do Centro Universitrio Municipal de So Jos - USJ. Orientador: Prof. MSc. R............ S...........

So Jos 2011

Salienta-se que o texto de identificao deve seguir o definido pelo trabalho que o aluno est elaborando, ou seja, trabalho de concluso de curso, relatrio de estgio, projeto de pesquisa e outros.

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3.3.4 Errata (opcional) Consiste em lista das folhas e linhas onde h erros, com as respectivas correes. As informaes so apresentadas em colunas como no exemplo abaixo: ERRATA Folha 21 Linha 7 Onde se l trabalo Leia-se trabalho

3.3.5 Folha de aprovao (obrigatrio) Contm o nome do aluno, ttulo do trabalho e subttulo (se houver) em negrito, texto de identificao do grau do trabalho (com espaamento simples entrelinhas) conforme texto de identificao da Folha de Rosto, e espaos para as assinaturas dos professores que avaliaro o trabalho com seus nomes. Todas as informaes so em fonte 12). O modelo abaixo refere-se ao TCC.

NOME COMPLETO DO(S) ALUNO(S) (em ordem alfabtica) TTULO Subttulo Trabalho de Concluso de Curso elaborado como requisito parcial para obteno do grau de bacharel .................... do Centro Universitrio Municipal de So Jos USJ avaliado pela seguinte banca examinadora:

Orientador:

Prof. Fulano de Tal, titulao. Prof. Fulano de Tal, titulao Prof. Fulano de Tal, titulao

So Jos, XX de xxxxx de XXXX. (data da defesa do TCC)

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3.3.6 Dedicatria (opcional) O autor dedica sua obra ou presta homenagens (s) pessoa(s). A dedicatria deve ser localizada na parte inferior direita da folha e em fonte 12.

Dedico meu trabalho aaaaaa aaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaa.

3.3.7 Agradecimentos (opcional) Podero ser feitos agradecimentos assistncia relevante na elaborao do trabalho, bem como, da realizao da pesquisa. Todo o texto deve ser em fonte 12, inclusive a palavra agradecimentos que deve ser ressaltada em letras maisculas. Deve ser na parte superior da folha.

AGRADECIMENTOS Blaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Blaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aa.

3.3.8 Epgrafe (opcional) Aparece aps os agradecimentos. Consiste na transcrio de uma frase, pensamento, ditado ou parte de um texto que o autor deseja destacar. Apesar de ser escrita por outra pessoa, no deve vir entre aspas. A autoria da mensagem deve ser apresentada do lado direito, abaixo do texto, fora de parnteses. Epgrafes tambm

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podem ser colocadas na abertura das divises do texto (captulos ou ttulos de primeiro nvel). Localizada na parte inferior direita da folha.

Talvez uma vez em cada cem anos, uma pessoa pode ter sido arruinada por excesso de louvor, mas certamente que uma vez em cada minuto algum morre por falta dele. Cecil G. Osborne

3.3.9 Resumo (opcional) Este item obrigatrio para o Trabalho de Concluso de Curso - TCC. O resumo deve apresentar o objetivo geral da pesquisa, o mtodo, os resultados e as concluses do trabalho, formando por uma seqncia corrente de frases concisas e no de uma enumerao. (ABNT, NBR 6028, 2003). O texto deve ser em pargrafo nico, sem recuo, com texto justificado e sem recuo de pargrafo, espao simples entrelinhas, sendo apenas a palavra resumo em negrito, conforme modelo. Sobre a extenso do resumo, essa norma define de 150 a 500 palavras para trabalhos acadmicos. Aps o resumo, mas na mesma folha, devem ser apresentadas de 3 a 6 palavras-chave ou termos representativos do contedo do trabalho, separados por ponto final.

RESUMO Blaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Palavras-chave: Ttttttt. Mmmmm. Oooooo.

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3.3.10 Lista de ilustraes (opcional) Deve ser apresentada uma lista para cada elemento (quadro, figura e grfico) contendo ttulo, numerao e respectivo nmero de pgina a que se encontra o elemento no texto. Recomenda-se que a lista de figuras agrupe elementos como: desenho, esquema, fluxograma, fotografias, grficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros, todos considerados figuras. A organizao da lista tem apresentao similar do sumrio e pode, em uma mesma folha, aparecer listagem de vrios elementos. Sugere-se a elaborao das listas quando no trabalho houver mais de trs inseres daquele elemento. A seguir so apresentados os modelos de listas.

LISTA DE QUADROS Quadro 1 Distncias rodovirias ................. Quadro 2 Distncias areas ........................ Quadro 3 Cronograma ................................ Quadro 4 Levantamento da Legislao ...... 11 11 32 37

LISTA DE GRFICOS Grfico 1 Sexo ............................................ Grfico 2 Faixa etria ................................. Grfico 3 Renda familiar ............................. Grfico 4 Procedncia ................................ 15 16 17 18

LISTA DE FIGURAS Figura 1 Mapa de localizao ..................... Figura 2 Foto Area de Florianpolis .......... Figura 3 Pilares da sustentabilidade ........... Figura 4 SISTUR - Sistema de Turismo ...... 12 13 41 45

3.3.11 Lista de tabelas (opcional)Elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome especfico, acompanhado do respectivo nmero da pgina (mesmo modelo das listas de ilustraes).

3.3.12 Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Consiste na relao alfabtica de abreviaturas e siglas contidas no texto, seguidas do seu significado (expresses ou palavras correspondentes), escritas por extenso. Tambm recomendada a elaborao de lista prpria para cada um dos tipos (abreviatura ou sigla). A estrutura deve ser a mesma utilizada na lista de ilustraes.

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3.3.13 Lista de smbolos (opcional) Apresenta o conjunto de smbolos utilizados no texto, na ordem em que aparecem, com o respectivo significado. A estrutura deve ser a mesma utilizada nas listas anteriores (ilustraes, siglas e outras). 3.3.14 Sumrio (opcional) Este item obrigatrio para o Trabalho de Concluso de Curso - TCC. Consiste na relao enumerada das principais divises e dos elementos pstextuais, na ordem em que aparecem no texto. No sumrio devem-se observar os seguintes aspectos: o sumrio tem o ttulo centralizado, negrito, em letras maisculas e sem pontuao; a numerao das divises das subdivises (tpicos) deve obedecer a utilizada no texto; elementos pr-textuais no devem constar no sumrio; e indica a pgina inicial em que se localiza a parte correspondente. (ABNT, NBR 6027, 2003)

SUMRIO 1 INTRODUO ....................................... 2 JUSTIFICATIVA .................................... 3 ADMINISTRAO...... ........................... 3.1.1 Anlise interna.................................. . . 6 CONSIDERAES FINAIS... ................ REFERNCIAS......................................... 52 54 4 6 8 14

3.1 MARKETING............................................ 12

3.4 ELEMENTOS TEXTUAIS Os elementos textuais, assim como os pr-textuais, excetuados os elementos obrigatrios, constituem-se com base no tipo e nos objetivos do trabalho acadmico-

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cientfico. Conforme o tipo de trabalho, rea de conhecimento ou metodologia adotada, h distintos modos de organizar o texto. De modo geral, o texto acadmico-cientfico se inicia com uma introduo, a qual se segue o desenvolvimento, finalizando com ou consideraes finais. 3.4.1 Introduo a apresentao inicial do trabalho. Possibilita uma viso global do assunto tratado, com definio clara, concisa e objetiva do tema; e a delimitao precisa das fronteiras do estudo em relao ao campo selecionado e ao problema a ser estudado. (SILVA, 2006) Segundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) a introduo [...] a parte inicial do texto, onde devem constar a delimitao do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessrios para situar o tema do trabalho. Assim, a introduo deve apresentar as seguintes etapas: contextualizao do assunto (nvel macro), relevncia do tema (justificativa); pergunta (problema de pesquisa), objetivo da pesquisa (geral), tipos de pesquisa e forma coleta de dados e informaes e os tpicos do desenvolvimento (citar as etapas do trabalho). (SILVA, 2008) 3.4.2 Desenvolvimento a parte principal, mais extensa e consistente do trabalho. O autor deve dividir o desenvolvimento em quantas forem necessrias para dar lgica e articulao adequada ao tema que pretende defender. No existe exatamente uma norma rgida que oriente esta seo. (SILVA, 2008) Conforme a Associao Brasileira de Normas Tcnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) o desenvolvimento [...] a parte principal do texto, que contm a exposio ordenada e pormenorizada do assunto. Dividi-se em sees e subsees, que variam em funo da abordagem do tema e do mtodo. Da mesma forma que na introduo, os elementos que integram o desenvolvimento do trabalho podero variar nas suas divises e subdivises, em funo da sua natureza e da rea de conhecimento a que pertencem.

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O desenvolvimento deve apresentar conceitos, teorias e principais ideias sobre o tema focalizado. No texto dever haver ideias de autores. As informaes devem ser apresentadas de forma integrada, substancial, criativa e lgica. O aluno pode utilizar recursos complementares no corpo do texto como os elementos de apoio ao texto como grficos, figuras, quadros e grficos. A seguir so apresentadas outras regras que devem ser seguidas para os ttulos e indicativos numricos; quadros, grficos, tabelas, figuras e citaes. 3.4.2.1 Ttulos e indicativos numricos das sees As partes que dividem o texto de um documento, contendo a exposio ordenada do assunto, so denominadas de captulos (divises) e tpicos (subdivises). Cada captulo deve apresentar o ttulo e o subttulo. Os ttulos de primeira ordem (inteiros como 1, 2, 3, 4 e outros) devem aparecer em pgina nova. Segue abaixo modelo sobre os espaos entre os ttulos e texto (pargrafos).

3 ADMINISTRAO (2 linhas em branco) Aaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaa. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaa. Aaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaa.. (2 linhas em branco) 3.1 MARKETING (1 linha em branco) Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, (1 linha em branco) 3.1.1 Anlise interna Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. aaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. aaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

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A numerao deve ser progressiva e alinhada esquerda. As divises (captulos) com seus ttulos de primeiro nvel (3 ADMINISTRAO) devem iniciar em folha distinta. No se utiliza nenhuma pontuao ou caractere entre o nmero e o ttulo (ABNT, NBR 6024, 2003). Os ttulos das divises e das subdivises so destacados gradativamente, usando-se de forma racional os seguintes recursos:

TTULO 3 ADMINISTRAO 3.1 MARKETING 3.1.1 Anlise interna 3.1.1.1 Pontos fortes

FORMATAO Letras maisculas e negritas Letras maisculas e sem negrito Apenas a 1 letra maiscula e todas negritas Apenas a 1 letra maiscula; e sem negrito Quadro 1: Ttulos e FormataoFonte: elaborado pela autora, 2008.

No se aconselha o uso de subttulos aps a quinta seo com marcaes numricas (3.1.1.1.1.1). Se houver necessidade de subdivises sugere-se utilizar as letras minsculas com parnteses ou os marcadores. Todos devem ser alinhados margem esquerda, conforme modelo abaixo: a) Dcada de 1990 Processos sociais Benefcios familiares. 3.4.2.2 Apresentao de figura, grfico, quadros e tabelas A apresentao dos elementos (figuras, grficos, quadros, tabelas) deve conter, alm da exposio do elemento (em boa qualidade), a relao com o assunto abordado e anlise de suas informaes. So inseridos em um trabalho cientfico quando apresentam dados verdadeiramente necessrios compreenso do texto. Recomenda-se a utilizao, no desenvolvimento, de elementos como grficos, quadros, tabelas e figuras. Devese deixar uma linha em branco entre o texto (Pargrafo) e o elemento a ser

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apresentado e da mesma forma uma linha em branco para iniciar o prximo pargrafo aps o elemento. Todos os elementos devem conter fonte, podendo esta ser de um livro, de um site ou outra fonte de pesquisa e tambm ter sido produzido pelo acadmico, ento neste caso deve-se colocar elaborado pelo acadmico. Em todas as situaes necessrio a insero do ano que foi retirado/elaborado o elemento (exemplos abaixo). Figuras As figuras devem ser apresentadas centralizadas, com ttulo e fonte abaixo do desenho. As fotografias so consideradas e catalogadas como figura, assim como desenho, fluxograma, mapas, organogramas, plantas, e outros.

Figura 1: Mapa de LocalizaoFonte: Instituto de Planejamento Urbano de Florianpolis, 2007.

Grficos Os grficos devem ter cores bem diferentes para as suas variveis e deve

evitar o uso de modelo pizza para situaes com mais de quatro variveis, pois dificulta a leitura e interpretao das informaes. Devem-se utilizar ento os modelos de barras ou colunas. A legenda deve aparecer na lateral direita ou abaixo do grfico.

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50% 40% 30% 20% 10% 0% Mato Grosso Rio Grande do S ul

46% 31% 17% 2%S o Paulo

4%

Paran

Rio de Janeiro

Grfico 1: Procedncia de turistasFonte: elaborado pela autora, 2007.

Quadros Os quadros resumem um conjunto de dados que no so passveis de

tratamento estatstico, enquanto as tabelas (lista e forma especfica) apresentam dados estatsticos. A estrutura do quadro deve apresentar as bordas fechadas (molduras). O tamanho da letra dentro do quadro deve estar entre 10 e 12.

CIDADE So Paulo Porto Alegre Curitiba Rio de Janeiro

KM 705 476 300 1.144

Quadro 2: Distncia de Florianpolis a outras cidadesFonte: Guia Floripa, 2007.

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Tabelas As tabelas devem apresentar o ttulo do elemento com numerao arbica

(fonte 12), a tabela em si, e abaixo a fonte (autor e ano) em letra 10. Estes elementos expem dados estatsticos e devem ter a lateral da sua estrutura sem borda, conforme modelos abaixo. Tabela 1: Notas da Turma 201

ALUNO Aline de Oliveira Carlos Henrique Vargas Daniel Santos

ATIVIDADE 1 9 7 8

ATIVIDADE 2 9 8 9

MDIA 9 7,5 8,5

Fonte: Souza (2004, p. 71).

3.4.2.3 Citaes Segundo Ruiz (1991, p. 83) Citaes so os textos documentais levantados com a mxima fidelidade durante a pesquisa bibliogrfica e que se prestam para apoiar a hiptese do pesquisador ou para documentar sua interpretao. As citaes, ao contrrio do que possa parecer inicialmente, enriquecem um trabalho e demonstram o estudo e a atitude cientfica do autor. As citaes tm muitos objetivos, dentre os quais se destacam (SILVA, 2006): corroborar com as ideias ou da tese que o autor defende; contrariar a ideia ou a tese que o autor defende; permitir a identificao do legtimo dono das ideias apresentadas; possibilitar o acesso ao texto original. A apresentao das citaes se encontra na NBR 10520 de agosto de 2002 da ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Indicao das citaes: Para citaes de ideias ou trechos de obras pesquisadas, sugere-se o sistema Autor-Data, que consiste em mencionar o nome do autor e a data da

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publicao da obra no prprio texto, deixando as notas de rodap apenas para eventuais explicaes que porventura forem necessrias para o melhor entendimento do texto. (SILVA, 2006) No podem ser includas as fontes em rodap, exceto aquelas pesquisadas, porm no citadas no texto. Tipos de citaes * Citao direta: meno de uma informao extrada de outra fonte (NBR 10520, 2002, p. 1), isto , transcrio literal extrada do texto consultado, respeitando-se redao, ortografia e pontuao original. a) Citao de at trs linhas ou curta: a citao de at trs linhas deve ser inserida no pargrafo entre aspas duplas. As aspas simples so utilizadas para indicar citao no interior da citao. Exemplos: A vida real muitas vezes se confunde com a arte da representar e nos leva a atitudes teatrais: no se mova, faa de conta que est morta. (CLARAC; BONNIN, 1985, p. 72). Ou Segundo Clarac e Bonnin (1985, p. 72) a vida real muitas vezes se confunde com a arte da representao e nos leva a atitudes teatrais, como: no se mova, faa de conta que est morta. b) Citao de mais de trs linhas ou longa: deve aparecer em pargrafo distinto, com recuo de 4 centmetros da margem esquerda, com espaamento simples, sem aspas e em fonte menor. Sugere-se a utilizao de fonte 10. Entre as citaes longas deve-se deixar uma linha em branco acima e outra abaixo da citao. Exemplos: Os mtodos de ensino da leitura e da escrita abrangiam apenas o ensino do alfabeto, suas combinaes e produo de sons, seguido depois pelo ensino da gramtica como coisa pronta e acabada. De acordo com Rizzo (1998, p. 22):Com Ferdinand Saussure (1916), fundador da lingstica, a investigao cientfica passou das lnguas (todas as existentes) lngua (de concepo abstrata), percebida como e enquanto meio de comunicao do pensamento e definida como sistema de relaes, determinado por

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suas propriedades internas, cujas possibilidades combinatrias oferecem-se verificao emprica: as regras gramaticais.

Ou Os mtodos de ensino da leitura e da escrita abrangiam apenas o ensino do alfabeto, suas combinaes e produo de sons, seguido depois pelo ensino da gramtica como coisa pronta e acabada.Com Ferdinand Saussure (1916), fundador da lingstica, a investigao cientfica passou das lnguas (todas as existentes) lngua (de concepo abstrata), percebida como e enquanto meio de comunicao do pensamento e definida como sistema de relaes, determinado por suas propriedades internas, cujas possibilidades combinatrias oferecem-se verificao emprica: as regras gramaticais. (RIZZO, 1998, p. 22).

c) Omisses em citaes: um recurso utilizado quando no necessrio citar integralmente o texto de um autor. So recomendadas apenas se no alterarem o sentido do texto original. As omisses (indicadas por reticncias, colocadas entre colchetes) podem aparecer no incio, no fim e no meio de uma citao. Exemplos: Os professores devem aceitar o desafio, recusando o fracasso escolar e buscando a melhoria da prtica social coletiva construda no processo ensinoaprendizagem.[...] s na reflexo que busca o entendimento ns, seres humanos, poderemos nos abrir mutuamente para espaos de coexistncia nos quais a agresso seja um acidente legtimo da convivncia e no uma instituio justificada com uma falcia racional. [...] Se no agirmos desse modo, [...] s nos restar fazer o que continuamente estamos fazendo [...]. (MATURANA; VARELA, 1995, p. 25-26).

Ou Os professores devem aceitar o desafio, recusando o fracasso escolar e buscando a melhoria da prtica social coletiva construda no processo ensinoaprendizagem. Conforme Maturana e Varela (1995, p. 25-26):[...] s na reflexo que busca o entendimento ns, seres humanos, poderemos nos abrir mutuamente para espaos de coexistncia nos quais a agresso seja um acidente legtimo da convivncia e no uma instituio justificada com uma falcia racional. [...] Se no agirmos desse modo, [...] s nos restar fazer o que continuamente estamos fazendo [...].

d) Destaque em citaes: so utilizadas somente em citaes diretas quando se quer dar destaque e realar uma palavra, uma expresso ou mesmo uma frase

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no texto do autor citado. Deve-se destacar a parte do texto, e inserir a expresso grifo nosso (destaque feito pelos alunos) ou grifo do autor (destaque feito na obra consultada), ambas aps o nmero da pgina. Exemplo: Nossas vises do mundo so as tradues do mundo (MORIN, 2000, p. 63, grifo nosso), ou seja, o que se acredita ser a realidade o fruto da interpretao feita pelo crebro dos estmulos que chegam a ele via rede nervosa a partir dos terminais sensoriais. * Citao de Citao: a citao de parte de um texto encontrado em um determinado autor, referente a outro autor, ao qual no se teve acesso. Utiliza-se apenas quando no houver possibilidade de acesso ao documento original. indicado pela expresso apud (citado por, conforme, segundo). Exemplo: A teoria da Gestalt tem nesta perspectiva sua orientao terica, centrandose nos conceitos de estrutura e totalidade. Segundo Piaget (apud MOLL, 1996, p. 80) ela consiste em explicar cada inveno da inteligncia por uma estruturao renovada e endgena do campo da percepo ou do sistema de conceitos e relaes. Ou A teoria da Gestalt tem nesta perspectiva sua orientao terica, centrandose nos conceitos de estrutura e totalidade. Ela consiste em explicar cada inveno da inteligncia por uma estruturao renovada e endgena do campo da percepo ou do sistema de conceitos e relaes. (PIAGET apud MOLL, 1996, p. 80) Outros exemplos: Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser [...].......... [...] o vis organicista da burocracia estatal, preservado de modo..... ...Carta de 1946. (VIANNA, 1986, p. 172 apud SEGATT0, 1995, p. 214-215). No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um processamento serial. * Citao indireta: transcrio no literal das palavras do autor, mas que reproduz o contedo e as ideias do documento original, devendo-se indicar sempre a fonte de onde foi retirada. Neste tipo de citao no so utilizadas aspas. Cita-se obrigatoriamente o autor e o ano, sendo a pgina opcional. As citaes indiretas podem ser chamadas de parfrase (transcrio de trecho de uma obra - pargrafo) e

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condensao (transcrio de uma parte da obra captulo). Exemplos de parfrase (mais comum nos trabalhos acadmicos): Morin (1999) afirma que todo conhecimento que se tem do mundo decorrente da interpretao que o crebro faz do universo percebido pelos sentidos, deste modo os medos e emoes acabam multiplicando os riscos de erro na concepo e construo das ideias. Ou Todo conhecimento que se tem do mundo decorrente da interpretao que o crebro faz do universo percebido pelos sentidos, deste modo os medos e emoes acabam multiplicando os riscos de erro na concepo e construo das ideias (MORIN, 1999).

* Modelos de citao relativos ao sistema autor-data (os exemplos so referente a citao direta mas a mesma regra dos autores se utiliza nas citaes diretas): a) Citao de trabalhos de um autor: sobrenome do autor, ano de publicao, nmero da pgina. Exemplo: Conforme Souza (2001, p. 42) bl............................................................. Bl.................................................................., conforme Souza (2001, p. 42). Bl...............................................................................(SOUZA, 2001, p. 42). b) Citao de trabalhos de dois autores: sobrenome dos autores (separados por ; se estiverem dentro do parnteses ou e se estiverem fora), ano de publicao, nmero da pgina. Exemplo: O Brasil......................................... (SANTOS; VIEIRA, 2003, p. 45). De acordo com Santos e Vieira (2003, p. 45) o Brasil.................................. c) Citao de trabalhos de trs autores: sobrenome dos autores, ano de publicao, nmero da pgina. Exemplo: Segundo Santos, Vieira e Corra (20