precipitacÃo de compostos de
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INFLutNCIA DE ALGUt-I.AS I~PUF.EZAS Nl\ PRECIPITACÃO DE COMPOSTOS DE VANÂDIO EM MEIO SULFATO -
Afonso Henriques Martins (1) José Clodoaldo Silva.Cassa (2)
R E S U M O
Neste trabalho são apresentados os resultados do estudo so bre a influência de algumas impurezas na precipitação de compostos de vanádio em meio sulfato a 60 oc. O efeito de concentraçóes de cálcio, magnésio, fósforo e sílica, típi cas do licor da lixiviação do minério de Fe-Ti-V de Campo Alegre de Lourdes (Bahia) , na recuperação e teores de V no precipitado, bem como, nos teores das impurezas presentes no precipitado foram investigadas usando a abordagem esta tistica do planejamento fatorial. -
A B S T R A C T
This work presents the results of the influence of some im purities in the precipitation of vanadium compounds from aqueous solutions in sulphate media at 60 °C. The effect of concentrations of Ca, Mg, P and Si02, considered representative of those present in a leach liquor from the ore obtained at Campo Alegre de Lourdes (Bahia) , in the van~ di um recovery and grade in the precipita te, as well as,, the impurity grades in the obtained product were investigated using a statistical approach of factorial planning.
1) D.Sc., M.Sc., Eng. Metalúrgico, Pesquisador do CEMAR/FTI. No mo mente é Associated Professor, Department of Metallurgy/University of Utah, Salt Làke City - USA
2) PhD, DIC, M.Sc., Eng. Químico, Professor Adjunto, DCTM-Escola Po li técnnica/UFBa.
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l, INTRODUÇÃO
A crença generalizada em relação à química do vanádio é
de que pouca informação Útil pode ser obtida na literatura. As
referências em relação à sua precipitação, recuperado a partir
do processamento dos minérios vanadíferos, destacam o fato de
que esta tem se desenvolvido mais como arte do que ciência(l}.
O desenvolvimento e otimização dos processos relativos
à metalurgia extrativa do vanãdio tem como fator limitante a com
plexidade da sua química, responsável pela incerteza do com~orta
mento de uma série de reações, de modo ,TU€, ain~a hoie,
a maioria dos compostos inorgânicos deste metal na o
possuem uma formulação química definida. Ps esp~cies iônicas g~
radoras do composto ainda são alvo de grande controvérsia em re
lação,não só, às suas características químicas, como também, à pr§
pria existência de algumas delas.
Os principais fatores responsáveis pela complexidade da
química do vanádio em solução aquosa são: os cinco estados de oxi
dação apresentados, sua natureza anfótera (caráter básico nos e~
tados de oxidação inferiores e ácido nos superiores}, a multipli
cidade dos íons de vanádio e grande variedade de íons complexos
através da formação de poliácidos.
Embora seja um elemento encontrado com frequência, exis
tem pelo menos puas razões pelas quais a química do vanádio é
uma das menos conhecidas: o comportamento químico difícil e com
plexo e a escala relativamente nequena da produção e uso do van~
dio e seus compostos, o que limita os recursos financeiros disp~
níveis para a pesquisa básica ou aplicada.
A crescente sofisticação dos processos industriais vem
empregando materiais com propriedades especiais e cara~terização
mais rígidá. Assim, para o campo de aplicações de compostos ino~
gânicos para a fabricação de catalisadores, por exemplo, tornou
se indispensável o conhecimento do comportamento do vanádio du
983
rante a precipitação para o efetivo controle operacional das
unidades de processamento visando a obtenção de produtos adequ~
dos às ··;;ovas exigências tecnológicas.
O presente trabalho apresenta os resultados experimen
tais obtidos sobre o estudo da influência de algumas impurezas
(Ca, Mg, P e Si02l, consideradas típicas do licor de lixiviação
do minério de Campo Alegre de Lourdes (Bahia) , sobre a precipi-o
taç ão de compostos inorgânicos '0.e vanádio em :rreio sulfrJ.to a 60" C,
Este s resultados integram o conjunto daqueles que compõem o
p rojeto de pesquisa experimental cujas etapas anteriores consi~
tiram no estudo da química do vanádio em solução aquosa (2,3),
na influência de algumas variáveis operacionais(4
) e otimização . - d . . - (6) das cond~çoes e prec~p~taçao .
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O procedimento experimental adotado consistiu na titu
lação com H2so4(3,0 N) de soluções alcalinas contendo vanádio
(0 ,2M.i , em um reator cilíndrico de vidro com 100 mm de diâmetro
e l30rrrn àe altura, onde foi mantida uma temperatura de 60 ± 2°C,
por meio de um banho térmico a uma placa aquecedora com centro
le automático de temperatura. As soluções foram inicialmenteali
mentadas ao reator na temperatura ambiente e em seguida
das até 60 ± 2°c. O tempo médio de aquecimento de uma
aqueci
solução
de teste foi de cêrca de 20 minutos. A agitação da solução deu
se por intermédio de uma hélice de vidro de 25 mm de diâtn.etro
sustentada por uma haste de 200 mm de comprimento também de vi
dro, impulsionada por um motor de corrente contínua, controlado
por uma fonte de 10 V e 7 A. A adição de solução titulante ocoE
reu através de uma bureta graduada de vidro com capacidade de
50 ml e sensibilidade de 0,1 ml. O pH da solução ao longe da
neutralização foi determinado através de um medidor de pH digi
tal da marca Celme, utilizando um eletrodo combinado da marca
Orion, que · também permitiu acompanhar a variação do potencial
984
eletroquímico do sistema. O medidor de pH foi periodicamente p~
tronizado a 25°C, com soluções tampão previamente preparadas.As
leituras de pH a 60°C foram efetuadas com o auxílio do disposi
tivo de termocompensaçao acoplado ao aparelho.
As impurezas utilizadas no trabalho foram adicionadas
à solução de vanadato de sódio nas formas de Ca(OH)2, Hg(OH)2)
Na';2H'P03 • 12H20 e Na20 . Si02, respectivamente.
2.1 MtTODOS ESTAT!STICOS
Uma vez estabelecida as condições Ôtimas para a preci
pitação de compostos de vanádio em meio sulfato a 60°C, a partir
dos resultados da análise estatística efetuada em função do efe!
to das variáveis operacionais( 4), passou-se ao estudo da influ
ência das impurezas sobre a participação de vanádio empregando-
se o planejamento fatorial completo e renlicado (S) em que as re
feridas impurezas foram estudadas como variáveis de processo as
sumindo um nível superior (maior concentração) e um nível infe
rior (menor concentração em solução) . Apôs a resolução do fato
rial, testou-se a confiabilidade dos resultados obtidos
zando-se o Teste de Fisher. (fi)
utili
o principal objetivo desta avaliação estatistica foi o
de estabelecer uma relação entre o produto precipitado e o efei
to das impurezas, individualmente ou associadas, sobre a sua
composição quimica. Deste modo seria possível determinar quais
tipos de compostos de vanádio podem ser precipitados quando ti
verem presentes as impurezas estudadas e naauelas concentrações
estabelecidas. A identificação dos compostos inorgânicos prese~
tes nos precipitados obtidos nos sistemas contaminados com Ca,
Mg, P, Si02 e sistema puro , foi efetuada atravês de análise
:tJOr difração de raios X. (G)
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3.. EFEITO DAS !~.PUREZAS
Nas Tabelas 1 e 2 sao apresentados os resultados expe
rimentais para a recuperação de vanâdio contido na solução,teor
de v2o5 presente no precipitado obtido e os teores de Ca, Mg,
P e Si02 contidos no material produzido.
TABELA 1 - Planejamento Fatorial Completo e Replicado para o E~
tudo da Influência das Impurezas sobre a Precipit~
çao do Vanâdio obtido.
VARIÂVEIS RECUPERAÇÃO 'IIDR DE V205 no V(%) - PFECIPrmro (%)
EXPERin!CIA Ca Mg p Si02 Rl R2 R3 R4
1 o o o o 96,5 98,9 89,20 91,20
2 1 g o o o 65,5 63,0 75,40 72,90
3 o 1 a o o 52,7 54,0 70,10 71,40
4 1 Cf 1 Cf o o 60,2 57,2 6R,70 65,70
5 o o 0,024 g o 34,5 36,0 39,30 40,80
6 1 g o 0,204 q o 28,1 30,0 32,00 33,90
7 o 1 a 0,024 Cf o 29,0 32,5 33,00 35,20
8 1 a 1 g 0,024 g o 23,0 26,4 26,00 29,40
9 o o o 0,86 g 72,2 69,4 81,60 84,40
10 1 c: o o 0,86 Cf 64,3 65,0 72,60 73,30
11 o 1 g o 0,86 g 62,1 65,5 70,10 73,50
12 1 c: 1 Cf o 0,86 9 63,6 65,1 71,80 70,30
13 o o 0,024 q 0,86 ç 49,8 47,3 56,20 53,70
14 l q o 0,024 g 0,86 g 40,8 42,5 46,00 47,70
15 o l g 0,024 g 0,86 a 39,9 37,4 44,00 42,40
16 1 g 1 g 0,024 g 0,86 g 35,3 35,0 38,90 38,60
986
TABELA 2 - Teor de Impurezas no Precipitado para cada Unidade
Experimental com Testes Replicados
~ CIA % Ca % ~ % p % Si
1 o o o o o o o o 2 12,42 11,70 o o o o o o 3 o o 8,50 9,00 o o o o 4 10,70 10,60 6, 70 6,49 o o o o 5 o o o o 0,10 0,11 o o 6 6,90 6,90 o o 0,14 0,10 o o 7 o o 4,36 4,40 0,09 0,12 o o 8 7,72 7,65 5,44 5,44 0,12 0,12 o o 9 o o o o o o 2,57 2,60
10 11,50 11,00 o o o o 3,14 3,00
11 o 0; 7,40 7,20 o o 3,00 3,10
12 12,00 12,10 8,55 8,55 o o 3,57 3,64
13 o o o o 0,12 0,13 2,14 2,10
14 8,45 8,60 o o 0,13 0,13 2,40 2,40
15 o o 8,00 8,00 0,12 0,12 2,29 2,25
16 8,30 8,40 7,25 7,20 0,11 0,11 3,34 3,30
Nas ~~las 3-6 sao ap7esentados os resultados da an~l!
se estatística dos efeitos das impurezas sobre a recupera~ão de
vanádio e teor de V205 no precipitado. Os níveis superior (+) e
inferior (-), adotados nos testes estatísticos, foram seleciona
dos com o auxílio dos resultados obtidos de experimentos em que
foi verificada a influência individualizada dos teores da impur~
zas estudadas sobre a precipitação de vanádio.
_,. .. ._. ... .. ~ ... .,.,.. -.,.., ....... , ~-.~--.. ..,,.--. - -· _.,,.. _........,~,..,.~"""'""''-''1!1~-~'f'>:""""'_..,..,·!-'' '""'' •·:.·•:""''..,· '':•:IO,~•.),'r. <" - ' - :··''•'"·-.-•
TABELA 3 - Análise Estatística dos Resultados para o Efeito das Inpurezas sobre a Recuperação de Vanádio
TESTE Y-3 Y-4 (Y-4) /16 2 t
SICNIFICÂNCIJI R1 + ~ Y-1 Y-2 [M EFEI'ID (Rl-R2) CALCUIADJ
1 195,4 323,9 548 787,5 1642,7 -102,6 T 5,76 86,50 s 2 128,5 224,1 239,5 855,2 -112,7 7,0 A 6,25 5,93 s 3 106,7 106,7 128,6 - 80,7 -164,9 - 10,3 B 1,69 8,72 s 4 117,5 110,9 328 - 32 98,1 6,1 AB 9 5,16 s 5 70,5 270,9 - 56,2 -117,5 -502,7 - 31,7 c 2,25 26,86 s 6 58,1 256,3 - 24,5 - 47,4 22,1 1,38 AC 3,61 1,16 NS
7 61,5 180,4 - 11,2 77,9 63,9 3,9 BC 12,25 3,30 s 8 49,4 147,6 - 20,8 20,2 - 83,9 - 5,2 ABC 11,56 4,40 s 9 141,6 - 66,9 - 99,8 -308,5 67,7 4,2 D 7,84 3,55 s
10 129,3 10,7 - 17,7 -199,2 48,7 3,0 AD 0,49 2,54 s 11 127,6 - 12,4 - 14,6 31,7 70,1 4,3 BD 11,56 3,64 s 12 128,7 - !2,1 - 22,8 - 9,6 - 57,7 - 3,6 ABD 2,25 3,05 s 13 97,1 - 12,3 77,6 82,1 109,3 6,8 CD 6,25 5,75 s 14 83,3 1,1 0,3 - 18,2 - 41,3 - 2,5 ACD 2,89 2,11 s 15 77,3 - 13,8 13,4 - 77,3 -100,3 - 6,2 BCD 6,25 5,25 s 16 70,3 7 6,8 - 6,6 70,7 4,4 AOCD 0,09 3,72 s
!-=89,99 --
J:l.1 - diferença nédia Efeito - mostra-se a influência devido às variáveis principais ou às suas interações Significância - nostra qual variável ou interaçoo tem efeito significativo ao nível de 95% de ronfiança t - valor cbtido errpregando o teste t de Student (ttabelado = 1, 74 <I> = 16 e a = 5%) S - existe diferenr'~ significativa entre os níveis superior e inferior da variável ou interação NS- não há diferença significativa entre os níveis suf,erior e inferior da variável ou interação
i
I
-{) (D '.J
988
Onde:
- Desvio ~adrão ( O'expl
-;E (R·1 - R2 } 2
o exp - 2.$exp
Q1 (grau de liberdade} lb exp
- Erro padrão da diferenga das médias (EPDM}
EPDM =
4
+ _<_o...:e"'x'""po..l_2 __
4
Para cada unidade experimental: tcal
'"tabelado
DM - diferença das média
a - grau de confiança
$ - 9raus de liberdade
DM
EPDM
A influência das variávels A (Cal , B (Mg} , C (P} e D (Si02l
e suas interaçÕes AB, AC, BC, ABC, AD, BD, ABD, CD, ACD, BCD e
ABCD, são significativas ao nível de confiança de 95% sobre a
precipitação de vanádio em termos de nível das variáveis e in
teração AC, isto é, o efeito conjunto da adição de 1 9 de Ca e
0,024 a de P, não influencia a recuperação de vanádio para os
níveis estudados.
TABELA 4- Determinac;ão da Resposta Prevista
C6DIGO COEFICIENTES XB X c X o RESPOSTA RESPOSTA
SQR xA. PREVISTA EXPERIMENTAL
( 1) 51,30 -1 -1 -1 -1 95,85 96,5 98,9 9,72
a - 3,50 +1 -1 -1 -1 65,75 65,5 63,0 7,62 b 5,15 -1 +1 -1 -1 51,85 52,7 54,0 5,34
ab 3,05 +1 +l -1 -1 60,35 60,2 57,2 9,94 c - 15,85 -1 -1 +1 -1 34,25 34,5 36,0 3,12
a c 0,65 +l -1 +l -1 30,20 28,1 30,0 4,45 bc 1,95 -1 +1 +1 -1 29,25 29,0 32,5 10,62
abc - 2,60 +1 +1 +1 -1 26,15 23,0 26,4 9,98 d 2,10 -1 -1 -1 +1 72,25 72,2 69,4 8,12
ad 1,50 +l -1 -1 +l 63,15 64,3 65,0 4,74
db 2,15 -1 +1 -1 +1 64,90 62,1 65,5 8,20
abc - l. 80 +l +1 -1 +1 63,10 63,10 63,6 4,25
cd 3,40 -1 -1 +l +l 49,70 49,8 47,3 5,77
acd - 1,25 +1 -1 +l +1 40,50 40,8 42,5 4,09
0c<1 - 3,10 -1 +1 +1 +1 39,7() 39,9 37,4 5,13
abcd 2,20 +1 +1 +l +l 33,55 35,3 35,0 5,16
~=106,45
Resposta prevista (R) = 51,3 - 3,5XA- 5,15B + 3,05XAXB - 15,85Xc + 1,95XBXc - 2,60XAXBXc + 2,10Xo +
+ 2,15xtJXo - l,BOXAXBXo + 3,40XcXo - 1,25XAXcXo - 3,10xtJXcXo + 2,20XAXBXCXo ± 0,35
A aplicação Cb teste d:l Fisher indica que to<bs os tenros da equação acima são significativos.
-.()
ro -.()
990
TABELA 5 - Análise Estatística dos Resultados para o Efeito das
Impurezas sobre o Teor de V20s no Precipitado.
TESTE EFEITO CALCULADO SIGNIFICÂNCIA
1 T 104,50 s 2 A 6,50 s 3 B 8,04 s 4 AB 3,05 s 5 c 32,37 s 6 AC 0,55 NS
7 BC o ,91 NS
8 ABC 2,05 s 9 D 5,26 s
10 AD 1,17 NS
11 BD 0,48 NS
12 ABD 0,08 NS
13 CD 5,97 s 14 ACD 0,95 NS
15 BCD 2,47 s 16 ABOD 0,76 NS
..
( t tabE!lacb = 1 , 7 4 , ~ 16 e a 5%)
A influência das variáveis A(Ca), B(Mq), C(P) e D(Sio2 J e
suas interações AB, ABC, CD e BCD, sao significativas ao nível
de confiança de 95%, sobre o teor de v2os no precipitado, nos
níveis considerados, As interações BC, AD, ACD e ABCD, influen
ciam o teor de V205 no precipitado no sistema com impurezas, em
um qrau de confiança de 75% enquanto as interações AC, BD e ABD
influenciam em grau de confiança de 50%, nos níveis estudados,
portanto, não são siqnificativas estatisticamente. A análise e~
tatística. mostrou ainda que a influência mais significati
va é a do fósforo, o que já havia sido comprovado experimental
mente.
TABELA 6 - Determinação da Resposta Prevista
c6oic-.o XA XB X c X o RESPOSTA RESPOSTA COEFICIENTES PREVISTA EXPERIMENTAL
(l) 57,45 -1 -1 -1 -1 90 '19 89,30 91,20
a - 3,55 +1 -1 -1 -1 73,71 75,40 72,90
b - 4,38 -1 +1 -1 -1 70,77 70,10 71,40
ab 1,66 +1 +1 -1 -1 67,21 68,70 65,70
c - 17,63 -1 -1 +1 -1 41,71 39 '30 40,80
a c 0,30 +1 -1 +1 -1 35,65 32,00 33,90
bc 0,50 -1 +1 +1 -1 33,59 33,00 35,20 abc - 1,12 +1 +1 +1 -1 27,71 26,00 29,40 d 2' 86 -1 -1 -1 +1 82,99 81,60 84,40 ad 0,64 +1 -1 -1 +1 72,95 72,60 73,30 bd 0,26 -1 +1 -1 +1 71,77 70,10 73,50 abd - 0,04 +1 +1 -1 +1 71,05 71,80 70,30 CC 3,25 +1 -1 +1 +1 54,93 56,20 53,70 acd - 0,52 +1 -1 +1 +1 46,85 46,00 47,70 bcd - 1,34 -1 +1 +1 +1 43,19 44,00 42,40 abcd 0,41 +1 +1 +1 +1 38,75 38,90 38,60
i -L....
Res posta prevista (R) = 57,45- 3,55XA- 4,38J<s + 1,66~~- 17,63Xc + 0,3XAXc; + 0,5:X-BXc- l.12XAXaXc
+ 2,86Xo + 0,64XAXD + 0,26XBXo- 0,04XAXBXD + 3,25XcXo- 0,52~XcXo + 1,34J<sXcXo
+ O, 4lXAXf3XcXD Aplicação éb teste de Fi.sher indica que toébs os ternos da equação acill1a são significativos.
;
I
-o ·()
992
3.1 -Contaminação dos Precipitados Obtidos
Cóm objetivo de avaliar o arau de contaminação do preci
pitado pela adição das impurezas, foi efetuado um planejamento
estatístico que levou em consideração como resposta o nível de
concentração das impureza no precipitador Deste modo foi poss1
vel avaliar a influência de cada impureza na precipitação das d~
mais. A sec:mir '300 apresentadas .:o.s análises estatísticas efetuadas
em relação a precipitação de Ca, Mg, •P e ~j _nos oreci nitarlos to
mando-se por base os resultados apresentados na Tabela 2.
3.1.1 Influência sobre a precipitação de Ca
VARIÂVEIS TESTE C a Mg p Si EFEITO CAI.CUU\[(1 SICNIFI~ClJ!
2 lg o o o C a 37,34 s 4 lq la o o ca/Mg o NS
6 lg o 0,024g o ca/P 6,88 s 8 lçr lg 0,024a O Ca/M:r/P 0,57 NS
lO lçr o o 0,86a C a/Si 1,48 NS
12 lg lg o 0,86g C~/Si 0,59 NS
14 lq o 0,024g 0,86çr Ca/P/Si 1,23 NS
16 lg lg 0,024g 0,86g ~IP/3 1,51 NS
ttabelaoo= 1,86 ( ~ = 8 e a= 5%)
A presença do cálcio ê afetada pela quantidade de eál
cio inicial e pela presença de fósforo no sistema.
993
3.1.2 Influência sobre a Precipitação de Mg
.. VARIÂVEIS t
SJ:GNIFICÂNCIJ · '!'ESTE - EFEITO C'alculadc C a ~la p Si
3 o 1 (J o o Mq 127,90 s 4 1 CT 1 g o o ~ 1,27 NS
7 o 1 (J 0,024a O ~/P 13,81 s 8 1 g 1 g 0,024g o CGV'Mg/P 2,81 s
11 o 1 g o 0,86g Mg/Si 13,54 s 12 1 g 1 g o 0,86g ca,/Ma/Si 3,63 s 15 o 1 g 0,024g 0,86g MCI/P/Si 11,18 s 16 1 g 1 c:r 0,024g 0,86g ~i 11,72 s
tabelado 1,86 (~ = 8 e ~ = 5%)
A precipitação do magnésio sobre a influência da quan
tidade inicial e da presença das outras impurezas. O cálcio
presente no sistema, isoladamente, não afeta à precipit.ação do
magnésio.
3.1.3 Influência sobre a precipitação de Si
VARIÂVEIS S I~oi'<Lr JJ..R.'I\. 11 TESTE C a Ma p Si EFEITO
'tal.culadc
9 o o o o 186 g Si 140 s 10 lg o o 0,86 g Cá/Si 14,75 s 11 o la o 0,86 g M;J/Si 12,75 s 12 ls lg o 0,86 g C'a,/M:!/Si 5,25 s 13 o o 0,024a 0,86 g P/Si 13,75 s 14 lg o 0,024g 0,86 a CI!./P/Si 1,75 NS
15 o lg 0,024g 0,86 g t'q/P/Si 0,25 NS 16 ' lg lg 0,024q o 86 a C~MJJP/S' 4,25 s
ttabelado = 1,86 (~ = 8 e ~ = 5%)
994
A precipitação de Si é influenciada pela quantidade in~
cial de Sio2 e pela interação das demais impurezas. A presença
do fósforo neutraliza o efeito do cálcio e magnésio na precipit~
ção de Si, quando estes se apresentam isoladamente no sistema.
3.1.4 Influência sobre a precipitação de P
VARIÂVEIS talculadc ~ICNIFICJ\NC:rn TESTE p Si
EFEITO C a Mq
5 o o 0,024a o p 20,90 s
6 la o 0,024g o C.a,/P 0,54 NS
7 o lq 0,024g o ~/P 0,54 NS
8 lq lg 0,024g o Ca./M:r/P 0,27 NS
13 o o o,024g 0,86g P/Si o, 72 NS
14 lg o 0,024g O,R6q Ca/P/Si 0,72 NS
15 o lg o,024g 0,86g .Mg/P/Si 0,54 NS
16 lg lg 0,024g 0,86(f Ca,Mq.'P/Si 0,27 NS
ttabelacb "' 1,56 (q, "' 8 e = 5%)
A presenç a de fósforo no precipitado é influenciada ~
penas pela quantidade inicial de fÓsforo no Sistema.
995
4. CONCLUSÔES
Pelos resultados obtidos e nas condições experimentais
estudadas, pode-se, resumidamente, concluir o seguinte:
a. A presença de Ca no precipitado depende da quantid~
de inicial e da presença de P.
b. O Ca não afeta a precipitação do magnésio no siste-
ma.
c. A presença de P no precipitado depende
quantidade inicial no sistema.
d. A presença de Si02 no precipitado depende
apenas da
da sua
quantidade inicial e da interaçao das demais impur~
zas, todavia, a presença de P neutraliza o efeito
mútuo do Ca e Mg na precipitação do Si02 1 nas condi
ções estudadas.
Assim sendo, para haver uma recuperaçao sisnifi.aati v a
de vanádio o nfvel de concentração do P deve ser reduzido ao má
ximo, ou preferencialmente, ser eliminado do sistema. Além dis
so, os nfveis de Ca e M.g devem ser mantidos baixos, oois a recu
peração de vanádio cai acentuadamente com a sua presença no sis
tema. No que diz respeito a presença de Sio2 , foi a impureza
que mesmo mantida nos seus nfveis mais elevados de concentração
em relação às demais, apresentou a menor influência sobre are
cuperação de vanádio.
996
BIBLIOGRAFih
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