power point - projeto retas reversas

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Geometria Espacial Conceitos primitivos São conceitos primitivos ( e, portanto, aceitos sem definição) na Geometria espacial os conceitos de ponto, reta e plano. Habitualmente, usamos a seguinte notação: pontos: letras maiúsculas do nosso alfabeto retas: letras minúsculas do nosso alfabeto planos: letras minúsculas do alfabeto grego Observação: Espaço é o conjunto de todos os pontos. Por exemplo, da figura a seguir, podemos escrever: 1

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Page 1: Power Point - Projeto Retas Reversas

Geometria Espacial

Conceitos primitivos

     São conceitos primitivos ( e, portanto, aceitos sem definição) na Geometria espacial os conceitos de ponto, reta e plano. Habitualmente, usamos a seguinte notação:

pontos: letras maiúsculas do nosso alfabeto 

retas: letras minúsculas do nosso alfabeto

   

planos: letras minúsculas do alfabeto grego

Observação: Espaço é o conjunto de todos os pontos.

Por exemplo, da figura a seguir, podemos escrever:

1

Page 2: Power Point - Projeto Retas Reversas

                           

 

Axiomas

      Axiomas, ou postulados (P), são proposições aceitas como verdadeiras sem demonstração e que servem de base para o desenvolvimento de uma teoria.

     Temos como axioma fundamental:existem infinitos pontos, retas e planos.

 

Postulados sobre pontos e retas

P1)A reta é infinita, ou seja, contém infinitos pontos.

                                      

P2)Por um ponto podem ser traçadas infinitas retas.

 

2

Page 3: Power Point - Projeto Retas Reversas

P3) Por dois pontos distintos passa uma única reta.

P4) Um ponto qualquer de uma reta divide-a em duas semi-retas.

 

Postulados sobre o plano e o espaço

P5) Por três pontos não-colineares passa um único plano.

P6) O plano é infinito, isto é, ilimitado.

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Page 4: Power Point - Projeto Retas Reversas

P7) Por uma reta pode ser traçada uma infinidade de planos.

P8) Toda reta pertencente a um plano divide-o em duas regiões chamadas semiplanos.

P9) Qualquer plano divide o espaço em duas regiões chamadas semi-espaços.

 

Posições relativas de duas retas

No espaço, duas retas distintas podem ser concorrentes, paralelas ou reversas:

 

4

Page 5: Power Point - Projeto Retas Reversas

 Temos que considerar dois casos particulares:

retas perpendiculares:

 retas ortogonais:

 

Postulado de Euclides ou das retas paralelas   

P10) Dados uma reta  r e um ponto P r, existe uma única reta s, traçada por P, tal que r // s:      

           

                           

   Determinação de um plano

              Lembrando que, pelo postulado 5, um único plano passa por três pontos não-colineares, um plano também pode ser determinado por:

5

Page 6: Power Point - Projeto Retas Reversas

uma reta e um ponto não-pertencente a essa reta:

                                                                                 

duas retas distintas concorrentes:

                                                                                     

duas retas paralelas distintas:

 

Posições relativas de reta e plano

      Vamos considerar as seguintes situações:

a) reta contida no plano

     Se uma reta r tem dois pontos distintos num plano , então r está contida nesse plano:

6

Page 7: Power Point - Projeto Retas Reversas

 

b) reta concorrente ou incidente ao plano

    Dizemos que a reta r "fura" o plano ou que r e são concorrentes em P quando .

Observação: A reta r é reversa a todas as retas do plano que não passam pelo ponto P.

c) reta paralela ao plano

    Se uma reta r e um plano não têm ponto em comum, então a reta r é paralela a uma reta t contida no plano ; portanto, r //

Em existem infinitas retas paralelas, reversas ou ortogonais a r.

P11) Se dois planos distintos têm um ponto em comum, então a sua intersecção é dada por uma única reta que passa por esse ponto.

Perpendicularismo entre reta e plano

         Uma reta r é perpendicular a um plano se, e somente se, r é perpendicular a todas as retas de que passam pelo ponto de intersecção de r e .

7

Page 8: Power Point - Projeto Retas Reversas

Note que:

se uma reta r é perpendicular a um plano , então ela é perpendicular ou ortogonal a toda reta de :

para que uma reta r seja perpendicular a um plano , basta ser perpendicular a duas retas concorrentes, contidas em :

Observe, na figura abaixo, por que não basta que r seja perpendicular a uma única reta t de para que seja perpendicular ao plano:

8

Page 9: Power Point - Projeto Retas Reversas

 

Posições relativas de dois planos

          Consideramos as seguintes situações:

a) planos coincidentes ou iguais

b) planos concorrentes ou secantes

     Dois planos, , são concorrentes quando sua intersecção é uma única reta:

c) planos paralelo

    Dois planos, , são paralelos quando sua intersecção é vazia:

9

Page 10: Power Point - Projeto Retas Reversas

Perpendicularismo entre planos

     Dois planos, , são perpendiculares se, e somente se, existe uma reta de um deles que é perpendicular ao outro:

Observação: Existem infinitos planos perpendiculares a um plano dado; esses planos podem ser paralelos entre si ou secantes.

Projeção ortogonal

     A projeção ortogonal de um ponto P sobre um plano é a intersecção do plano com a reta perpendicular a ele, conduzida pelo ponto P:

      A projeção ortogonal de uma figura geométrica F ( qualquer conjunto de pontos) sobre um plano é o conjunto das projeções ortogonais de todos os pontos de F sobre :

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Page 11: Power Point - Projeto Retas Reversas

Distâncias

      A distância entre um ponto e um plano é a medida  do segmento cujos extremos são o ponto e sua projeção ortogonal sobre o plano:

      A distância entre uma reta e um plano paralelo é a distância entre um ponto qualquer da reta e o plano:

      A distância entre dois planos paralelos é a distância entre um ponto qualquer de um deles e o outro plano:

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Page 12: Power Point - Projeto Retas Reversas

      A distância entre duas retas reversas, r e s, é a distância entre um ponto qualquer de uma delas e o plano que passa pela outra e é paralelo à primeira reta:

Ângulos

      O ângulo entre duas retas reversas é o ângulo agudo que uma delas forma com uma reta paralela à outra:

      O ângulo entre uma reta e um plano é o ângulo que a reta forma com sua projeção ortogonal sobre o plano:

Observações:

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Page 13: Power Point - Projeto Retas Reversas

 

Diedros, triedos, poliedros

Diedros

      Dois semiplanos não-coplanares, com origem numa mesma reta, determinam uma figura geométrica chamada ângulo diédrico, ou simplesmente diedro:

Triedos

         Três semi-retas não-coplanares, com origem num mesmo ponto, determinam três ângulos que formam uma figura geométrica chamada ângulo triédrico, ou simplesmente triedro:

Ângulo poliédrico

      Sejam  n semi-retas de mesma origem tais que nunca fiquem três num mesmo semiplano. Essas semi-retas determinam n ângulos em que o plano de cada um deixa as outras semi-retas em um mesmo semi-espaço. A figura formada por esses ângulos é o ângulo poliédrico.

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Page 14: Power Point - Projeto Retas Reversas

Poliedros

      Chamamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos, pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois somente uma aresta em comum. Veja alguns exemplos:

      Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos polígonos são as arestas e os vértices do poliedro.   

Poliedros convexos e côncavos

      Observando os poliedros acima, podemos notar que, considerando qualquer uma de suas faces, os poliedros encontram-se inteiramente no mesmo semi-espaço que essa face determina. Assim, esses poliedros são denominados convexos.

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Page 15: Power Point - Projeto Retas Reversas

        Isso não acontece no último poliedro, pois, em relação a duas de suas faces, ele não está contido apenas em um semi-espaço. Portanto, ele é denominado côncavo.   

Classificação

      Os poliedros convexos possuem nomes especiais de acordo com o número de faces, como por exemplo:

tetraedro: quatro faces pentaedro: cinco faces hexaedro: seis faces heptaedro: sete faces octaedro: oito faces icosaedro: vinte faces

Poliedros regulares

      Um poliedro convexo é chamado de regular se suas faces são polígonos regulares, cada um com o mesmo número de lados e, para todo vértice, converge um mesmo número de arestas.

       Existem cinco poliedros regulares:

Poliedro Planificação Elementos

Tetraedro

4 faces triangulares

4 vértices

6 arestas

Hexaedro

6 faces quadrangulares

8 vértices

12 arestas

Octaedro

8 faces triangulares

6 vértices

12 arestas

Icosaedro

20 faces triangulares

12 vértices

30 arestas

 

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Page 16: Power Point - Projeto Retas Reversas

Relação de Euler

      Em todo poliedro convexo é válida a relação seguinte:

V - A + F = 2

em que V é o número de vértices, A é o número de arestas e F, o número de faces.

Observe os exemplos:

V=8   A=12    F=6

8 - 12 + 6 = 2

V = 12  A = 18   F = 8

12 - 18 + 8 = 2

Se você não escalar a montanha nunca verá a planície 

 

Poliedros platônicos

      Diz-se que um poliedro é platônico se, e somente se:

a) for convexo;

b) em todo vértice concorrer o mesmo número de arestas;

c) toda face tiver o mesmo número de arestas;

d) for válida a relação de Euler.

       Assim, nas figuras acima, o  primeiro poliedro é platônico e o segundo, não-platônico.

Aplicação

01. (EsPCEx-96) Considere as seguintes proposições:

I - Toda reta paralela a um plano é paralela a qualquer reta desse plano.

II - Uma reta e um ponto determinam sempre um único plano.

III - Se uma reta é perpendicular a duas retas concorrentes de um plano, então ela é perpendicular a esse plano.

Pode-se afirmar que:

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Page 17: Power Point - Projeto Retas Reversas

a) Só I é verdadeira. b) Só III é verdadeira. c) Só I e III são verdadeiras. d) Só III é falsa. e) Só I e III são falsas.

02. (EEAR-00) Assinale a afirmativa VERDADEIRA:

a) Dois planos paralelos a uma reta são paralelos entre si.

b) Dois planos perpendiculares a uma reta são perpendiculares entre si.

c) Duas retas perpendiculares a um plano são paralelas entre si.

d) Duas retas paralelas a um plano são paralelas entre si.

03. (AFA-97) Qual das afirmações abaixo é verdadeira?

a) Por uma reta dada pode-se conduzir um plano paralelo a um plano dado.b) Se uma reta é paralela a dois planos, então esses planos são paralelos.c) Por um ponto qualquer é possível traçar uma reta que intercepta duas retas reversas dadas.d) Se duas retas concorrentes de um plano são, respectivamente, paralelas a duas retas de outro plano, então estes planos são paralelos.

04.(AFA-97) A intersecção de 3 superfícies esféricas distintas pode ser, somente, ou

a) 1 ponto, ou vazia, ou 1 circunferência.

b) 1 ponto, ou vazia, ou 2 circunferências.

c) 1 segmento de reta, ou vazia, ou 1 circunferência.

d) 2 pontos, ou 1 ponto, ou vazia, ou 1 circunferência.

05.(AFA-98) Quatro pontos não-coplanares determinam, exatamente, quantos planos?

a)1 b) 2 c) 3 d) 4

06. (AFA-00) A quantidade de pares de retas reversas que contêm as arestas de um cubo é :

a) 12 b) 24 c) 36 d) 48

07. (AFA-01) O conjunto de soluções de uma única equação

linear é representado por um plano

no sistema de coordenadas retangulares xyz (quando a1,

a2, a3 não são todos iguais a zero). Analise as figuras a seguir.

Assinale a opção verdadeira.

a) A figura I representa um sistema de três equações com uma única solução.

b) A figura III representa um sistema de três equações cujo conjunto solução é vazio.

c) A figura II representa um sistema de três equações com uma infinidade de soluções.

d) As figuras I e III representam um sistema de três equações com soluções iguais.

08.(AFA-01) Considere as proposições a seguir:

I - Se dois planos são paralelos, então toda reta que é paralela a um deles é paralela ou está contida no outro.

II - Se uma reta é paralela a um plano, então é paralela a todas as retas do plano.

III -Se uma reta possui dois pontos distintos num plano, então ela está contida no plano.

IV - Se dois planos são secantes, toda reta de um, sempre intercepta o outro plano.

Pode-se afirmar que as proposições verdadeiras são:

a) I e IV b) II e III c)I e III d)II e IV

09. (AFA-02.Corpo Feminino) Analise as alternativas e marque V (verdadeiro) ou F (falso).

a) Se dois planos e são perpendiculares entre si e um plano é perpendicular a um deles, então, o plano é paralelo ao outro plano.

b) Se um plano é paralelo a uma reta r, então, qualquer reta do plano é reversa à reta r.

c) Três pontos distintos não colineares determinam um único plano.

d) A distância entre um ponto P e um plano é a distância entre esse ponto P e um ponto qualquer do plano .

Assinale a seqüência correta.

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(II) Três planos se cortando num ponto

(I) Três planos se cortando numa reta

(III) Três planos sem interseção

Page 18: Power Point - Projeto Retas Reversas

a) F, F, V, F

b) F, F, V, V

c) V, V, F, F

d) V, F, V, F

10.(Esc. Naval-91) Em uma pirâmide quadrangular retangular a altura é 2 e a aresta da base é 8. O cosseno do ângulo diedro entre duas faces laterais adjacentes vale:

(A) 4

1

(C) 2

1

(E) 5

4

(B) 3

1

(D) 4

3

11. (Esc.Naval-93) Um poliedro convexo possui 11 faces. Sabemos que, de um de seus vértices partem 5 arestas, de 5 outros vértices partem 4 arestas e de cada vértice restante partem 3 arestas. O número de arestas do poliedro é:

(A) 20 (B) 25 (C) 30

(D) 37 (E) 41

12. (Esc.Naval-01) Um poliedro convexo de 25 arestas tem faces triangulares, quadrangulares e pentagonais. O número de faces quadrangulares vale o dobro do número de faces pentagonais e o número de faces triangulares excede o de faces quadrangulares em 4 unidades. Pode-se afirmar que o número de vértices deste poliedro é:

a) 14 b) 13 c) 11 d) 10

13. (EEAR-02)  Assinale V (verdadeiro) ou F (falso), considerando a geometria de posição espacial e plana.

(    ) A condição r s = é necessário para que as retas r e s sejam paralelas distintas.

(    ) Duas retas que formam um ângulo reto são necessariamente perpendiculares.

(    ) Se duas retas têm um único ponto em comum, então elas são concorrentes.

(    ) A condição r s = é suficiente para que as retas r e s sejam reversas.

A seqüência correta é:

a) V – V – V – V c) F – V – F – V

b) V – F – V – F d) F – F – F – F

14. (AFA-02.Corpo feminino) Um poliedro platônico, cujas faces são triangulares, tem 30 arestas. Determine o número de arestas que concorrem em cada vértice.

a) 3 b) 4 c) 5 d) 6

15. ( EsPCex -02) Considere as afirmativas abaixo:

I- Se um plano encontra dois planos paralelos , então as intersecções são retas paralelas

II- Uma reta perpendicular a uma reta de um plano e ortogonal a outra reta desse plano é perpendicular ao plano

III- Se a intersecção de uma reta r com um plano é o ponto P, reta essa não perpendicular ao plano, então existe uma única reta s contida nesse plano que é perpendicular à reta r passando por P.

Pode-se afirmar que:

a) todas são verdadeiras

b) Apenas I e II são verdadeiras

c) apenas I e III são verdadeiras

d) apenas II e III são verdadeiras

e) todas são falsas

16.(ITA-98) Um poliedro convexo de 16 arestas é formado por faces triangulares e quadrangulares. Seccionando-o por um plano convenientemente escolhido, dele se destaca um novo poliedro convexo, que possui apenas faces quadrangulares. Este poliedro possui um vértice a menos que o original e uma face a mais que o número de faces quadrangulares do original. Sendo m e n , respectivamente, o número de faces e o número de vértices do poliedro original, então:

(A) 7,9 nm

(B) 9nm (C) 10,8 nm

(D) 8,10 nm

(E) 9,7 nm

17.(ITA-700 Quando a projeção de um ângulo sobre um plano paralelo a um de seus lados é um ângulo reto,podemos afirmar que :

a) 90º < < 180º b) < 90º c) = 90º

d) = 2 rad e) nda

18. (ITA-77) Seja p um plano .Sejam A, B , C e D pontos de p e M um ponto qualquer não pertencente a p . Então:

a) Se C dividir o segmento AB em partes iguais a MA= MB, então o segmento MC é perpendicular a p.

b) Se ABC for um triângulo eqüilátero e D for eqüidistante de A,B e C , então o segmento MD é perpendicular a p.

c) Se ABC for um triângulo eqüilátero e D for eqüidistante de A,B e C , então MA = MB = MC implica que o segmento MD é perpendicular a p.

d) Se ABC for um triângulo eqüilátero e o segmento MD for perpendicular a p, então D é eqüidistante de A , B e C.

e) nda

19. (Esc.Naval-88) Um poliedro convexo é formado por 10 faces triangulares e 10 faces pentagonais . O número de diagonais desse poliedro é:

a) 12 b) 10 c) 8 d) 6 e) 4

20. (UFPE-84) Assinale a alternativa correta , considerando r,s e t como retas no espaço.

a) Se r e s são ambas perpendiculares a t , então r e s são paralelas.

b) e r é perpendicular a s e s é perpendicular a t , então r é perpendicular a t.

c) Se r é perpendicular a s e s é perpendicular a t , então r e s são paralelas .

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Page 19: Power Point - Projeto Retas Reversas

d) Se r é perpendicular a s e é um plano que contém s , então r é perpendicular a .

e) Se r e t são perpendiculares a s no mesmo ponto , então existe um pano que contém r e t e é perpendicular a s.

 

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Page 20: Power Point - Projeto Retas Reversas

Prismas

       Na figura abaixo, temos dois planos paralelos e distintos, , um polígono convexo R contido em e uma reta r que intercepta

, mas não R:

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Page 21: Power Point - Projeto Retas Reversas

      Para cada ponto P da região R, vamos considerar o segmento , paralelo à reta r :

      Assim, temos:

      Chamamos de prisma ou prisma limitado o conjunto de todos os segmentos congruentes paralelos a r.

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Page 22: Power Point - Projeto Retas Reversas

Elementos do prisma

      Dados o prisma a seguir, consideramos os seguintes elementos:

bases:as regiões poligonais R e S

altura:a distância h entre os planos

arestas das bases:os lados ( dos polígonos)

arestas laterais:os segmentos faces laterais: os paralelogramos AA'BB', BB'C'C, CC'D'D, DD'E'E, EE'A'A

Classificação

      Um prisma pode ser:

reto: quando as arestas laterais são perpendiculares aos planos das bases; oblíquo: quando as arestas laterais são oblíquas aos planos das bases.

Veja:

prisma reto

prisma oblíquo

    Chamamos de prisma regular todo  prisma reto cujas bases são polígonos regulares:

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Page 23: Power Point - Projeto Retas Reversas

prisma regular triangular

prisma regular hexagonal

Observação: As faces de um prisma regular são retângulos congruentes.   

Secção

      Um plano que intercepte todas as arestas de um prisma determina nele uma região chamada secção do prisma.

        Secção transversal é uma região determinada pela intersecção do prisma com um plano paralelo aos planos das bases ( figura 1). Todas as secções transversais são congruentes ( figura 2).

 

Áreas

      Num prisma, distinguimos dois tipos de superfície:as faces e as bases. Assim, temos de considerar as seguintes áreas:

a) área de uma face (AF ):área de um dos paralelogramos que constituem as faces;

b) área lateral ( AL ):soma das áreas dos paralelogramos que formam as faces do prisma.

      No prisma regular, temos:

AL = n . AF (n = número de lados do polígono da base)

c) área da base (AB): área de um dos polígonos das bases;

d) área total ( AT): soma da área lateral com a área das bases

AT = AL + 2AB

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Page 24: Power Point - Projeto Retas Reversas

      Vejamos um exemplo.

      Dado um prisma hexagonal regular de aresta da base a e aresta lateral h, temos:

     

Paralelepípedo

      Todo prisma cujas bases são paralelogramos recebe o nome de paralelepípedo.Assim, podemos ter:

a) paralelepípedo oblíquo

b) paralelepípedo reto

         Se o paralelepípedo  reto tem bases retangulares, ele é chamado de paralelepípedo reto-retângulo,ortoedro ou paralelepípedo retângulo.   

Paralelepípedo retângulo

      Seja o paralelepípedo retângulo de dimensões a, b e c da figura:

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Page 25: Power Point - Projeto Retas Reversas

      Temos quatro arestas de medida a, quatro arestas de medida b e quatro arestas de medida c; as arestas indicadas pela mesma letra são paralelas.

 

Diagonais da base e do paralelepípedo

      Considere a figura a seguir:

db = diagonal da basedp = diagonal do paralelepípedo

      Na base ABFE, temos:

         No triângulo AFD, temos:

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Page 26: Power Point - Projeto Retas Reversas

Área lateral

      Sendo AL a área lateral de um paralelepípedo retângulo, temos:

AL= ac + bc + ac + bc = 2ac + 2bc =AL = 2(ac + bc)

   Área total

      Planificando o paralelepípedo, verificamos que a área total é a soma das áreas de cada par de faces opostas:

AT= 2( ab + ac + bc)

 

Volume

      Por definição, unidade de volume é um cubo de aresta 1. Assim, considerando um paralelepípedo de dimensões 4, 2 e 2, podemos decompô-lo em 4 . 2 . 2 cubos de aresta 1:

26

Page 27: Power Point - Projeto Retas Reversas

      Então, o volume de um paralelepípedo retângulo de dimensões a, b e c é dado por:

V = abc

      Como o produto de duas dimensões resulta sempre na área de uma face e como qualquer face pode ser considerada como base, podemos dizer que o volume do paralelepípedo retângulo é o produto da área da base AB pela medida da altura h:

 

Cubo

      Um paralelepípedo retângulo com todas as arestas congruentes ( a= b = c) recebe o nome de cubo. Dessa forma, as seis faces são quadrados.

Diagonais da base e do cubo

      Considere a figura a seguir:

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Page 28: Power Point - Projeto Retas Reversas

dc=diagonal do cubodb = diagonal da base

     Na base ABCD, temos:

  No triângulo ACE, temos:

Área lateral

      A área lateral AL é dada pela área dos quadrados de lado a:

AL=4a2

Área total

      A área total AT é dada pela área dos seis quadrados de lado a:

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Page 29: Power Point - Projeto Retas Reversas

AT=6a2

Volume

      De forma semelhante ao paralelepípedo retângulo, o volume de um cubo de aresta a é dado por:

V= a . a . a = a3

Generalização do volume de um prisma

      Para obter o volume de um prisma, vamos usar o princípio de Cavalieri ( matemático italiano, 1598 - 1697), que generaliza o conceito de volume para sólidos diversos.

      Dados dois sólidos com mesma altura e um plano , se todo plano , paralelo a , intercepta os sólidos e determina secções de mesma área, os sólidos têm volumes iguais:

        Se 1 é um paralelepípedo retângulo, então V2 = ABh.

       Assim, o volume de todo prisma e de todo paralelepípedo é o produto da área da base pela medida da altura:

Vprisma = ABh

Aplicação de prismas / Poliedros Força Aérea brasileira

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Page 30: Power Point - Projeto Retas Reversas

Ninho das Águias

01. (AFA-02/ 03) Um poliedro platônico, cujas faces são triangulares, tem 30 arestas. Determine o número de arestas que concorrem em cada vértice.

a) 3 b) 4 c) 5 d) 6

02. (AFA-02/03.C.Fem) Um prisma quadrangular regular circunscreve um cilindro circular reto, de raio da base R e altura H. A razão entre a área lateral do prisma e o volume do cilindro, nessa ordem, é:

a) RH

b) R2

c) R

8

d) RH

8

03. (AFA.98 / 99) Qual deve ser a medida da altura de um prisma reto, cuja base é um triângulo equilátero de lado a, para que seu volume tenha valor a3?

a) b) c) d)

04. (EEAR.02/ 03) Se uma das dimensões de um paralelepípedo reto-retângulo é 6 cm, a soma das outras duas dimensões é 25 cm e a área total é 600 cm2, então a razão entre as duas dimensões desconhecidas é

a) 3

2

. b) 5

3

. c) 2

1

. d) 5

2

.

05. (EEAR.02/ 03.C.F.T) Uma caixa d’água, com forma de um paralelepípedo retângulo, terá seu volume reduzido à metade do que tinha sido projetado inicialmente. Para isso, o construtor deverá diminuir as dimensões da base dessa caixa de 20% e 50%, respectivamente. Já em relação à medida da altura dessa caixa d’água, o construtor irá

a) aumentá-la de 30%. c) diminuí-la de 30%.

b) aumentá-la de 25%. d) diminuí-la de 25%.

06. (EEAR.02) A figura abaixo é a planificação de um poliedro

convexo FE;DCBA

. O volume desse poliedro, em unidades de volume, é

a) 2

425

b) 3

850

c) 3

425

d) 2

850

07. (EEAR.02.A)  A base de um prisma regular é um hexágono inscrito num círculo de raio R. Se o prisma é equivalente ao cubo, cuja base está inscrita no mesmo círculo, então a altura do prisma hexagonal, em cm, é

a) 2R c) 3

6R4

b) 3

6R2

d) 9

6R4

08. (EsPCEx.98 /99) Uma piscina em forma de paralelepípedo retângulo tem largura de 6 metros, diagonal do fundo com 10 metros e diagonal da face que contém o comprimento igual a

54 metros. Para enchê-la com água será utilizado um caminhão tanque com capacidade de 6000 litros. O número de cargas completas, desse mesmo caminhão, necessárias para que a piscina fique completamente cheia é:

(A) 24 (B) 28 (C) 32 (D) 54 (E) 80

09.(EsPCEx.00/01)

30

A

BC

D

E

F

O

1313

13

13 13

25

25

25

25

25

25

25

25

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Cilindro

      Na figura abaixo, temos dois planos paralelos e distintos, , um círculo R contido em e uma reta r que intercepta , mas não R:

      Para cada ponto C da região R, vamos considerar o segmento , paralelo à reta r :

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Page 33: Power Point - Projeto Retas Reversas

      Assim, temos:

      Chamamos de cilindro, ou cilindro circular, o conjunto de todos os segmentos congruentes e paralelos a r.

   Elementos do cilindro

      Dado o cilindro a seguir, consideramos os seguintes elementos:

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bases: os círculos de centro O e O'e raios r

altura: a distância h entre os planos

geratriz: qualquer segmento de extremidades nos pontos das circunferências das bases ( por exemplo, ) e paralelo à reta r

Classificação do Cilindro

      Um cilindro pode ser:

circular oblíquo: quando as geratrizes são oblíquas às bases; circular reto: quando as geratrizes são perpendiculares às bases.

      Veja:

      O cilindro circular reto é também chamado de cilindro de revolução, por ser gerado pela rotação completa de um retângulo por um de

seus lados. Assim, a rotação do retângulo ABCD pelo lado gera o cilindro a seguir:

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Page 35: Power Point - Projeto Retas Reversas

      A reta contém os centros das bases e é o eixo do cilindro.

 

Secção

      Secção transversal é a região determinada pela intersecção do cilindro com um plano paralelo às bases. Todas as secções transversais são congruentes.

      Secção meridiana é a região determinada pela intersecção do cilindro com um plano que contém o eixo.

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Page 36: Power Point - Projeto Retas Reversas

Áreas

      Num cilindro, consideramos as seguintes áreas:

a) área lateral (AL)

     Podemos observar a área lateral de um cilindro fazendo a sua planificação:

      Assim, a área lateral do cilindro reto cuja altura é h e cujos raios dos círculos das bases são r é um retângulo de

dimensões :

 

b) área da base ( AB):área do círculo de raio r

c) área total ( AT): soma da área lateral com as áreas das bases

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Page 37: Power Point - Projeto Retas Reversas

 

 Volume

      Para obter o volume do cilindro, vamos usar novamente o princípio de Cavalieri.

       Dados dois sólidos com mesma altura e um plano , se todo plano , paralelo ao plano , intercepta os sólidos e determina secções de mesma área, os sólidos têm volumes iguais:

 

         Se 1 é um paralelepípedo retângulo, então V2 = ABh.

         Assim, o volume de todo paralelepípedo retângulo e de todo cilindro é o produto da área da base pela medida de sua altura:

Vcilindro = ABh

          No caso do cilindro circular reto, a área da base é a área do círculo de raio r ;

portanto seu volume é:

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Page 38: Power Point - Projeto Retas Reversas

   

Cilindro eqüilátero

      Todo cilindro cuja secção meridiana é um quadrado ( altura igual ao diâmetro da base) é chamado cilindro eqüilátero.

:

Cone circular

      Dado um círculo C, contido num plano , e um ponto V ( vértice) fora de , chamamos de cone circular o conjunto de todos os

segmentos .

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Page 39: Power Point - Projeto Retas Reversas

     

Elementos do cone circular

      Dado o cone a seguir, consideramos os seguintes elementos:

altura: distância h do vértice V ao plano geratriz (g):segmento com uma extremidade no ponto V e outra num ponto da circunferência raio da base: raio R do círculo

eixo de rotação:reta determinada pelo centro do círculo e pelo vértice do cone

 

Cone reto

      Todo cone cujo eixo de rotação é perpendicular à base é chamado cone reto, também denominado cone de revolução. Ele pode ser gerado pela rotação completa de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos.

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Page 40: Power Point - Projeto Retas Reversas

      Da figura, e pelo Teorema de Pitágoras, temos a seguinte relação:

g2 = h2 + R2

Secção meridiana

      A secção determinada, num cone de revolução, por um plano que contém o eixo de rotação é chamada secção meridiana.

      Se o triângulo AVB for eqüilátero, o cone também será eqüilátero:

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Page 41: Power Point - Projeto Retas Reversas

Áreas

  Desenvolvendo a superfície lateral de um cone circular reto, obtemos um setor circular de raio g e comprimento :

          Assim, temos de considerar as seguintes áreas:

a) área lateral (AL): área do setor circular

b) área da base (AB):área do circulo do raio R

c) área total (AT):soma da área lateral com a área da base

Volume

       Para determinar o volume do cone, vamos ver como calcular volumes de sólidos de revolução. Observe a figura:

d = distância do centro de gravidade (CG) da sua superfície ao eixo e

S=área da superfície

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Page 42: Power Point - Projeto Retas Reversas

         Sabemos, pelo Teorema de Pappus - Guldin, que, quando uma superfície gira em torno de um eixo e, gera um volume tal que:

         Vamos, então, determinar o volume do cone de revolução gerado pela rotação de um triângulo retângulo em torno do cateto h:

        O CG do triângulo está a uma distância  do eixo de rotação. Logo:

 

Pirâmides

      Dados um polígono convexo R, contido em um plano , e um ponto V ( vértice) fora de , chamamos  de pirâmide o conjunto de

todos os segmentos .

Elementos da pirâmide

        Dada a pirâmide a seguir, temos os seguintes elementos:

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Page 43: Power Point - Projeto Retas Reversas

base: o polígono convexo R

arestas da base: os lados do polígono

arestas laterais: os segmentos faces laterais: os triângulos VAB, VBC, VCD, VDE, VEA altura: distância h do ponto V ao plano

 

Classificação

      Uma pirâmide é reta quando a projeção ortogonal do vértice coincide com o centro do polígono da base.

        Toda pirâmide reta, cujo polígono da base é regular, recebe o nome de pirâmide regular. Ela pode ser triangular, quadrangular, pentagonal etc., conforme sua base seja, respectivamente, um triângulo, um quadrilátero, um pentágono etc.

        Veja:

Observações:

1ª) Toda pirâmide triangular recebe o nome do tetraedro. Quando o tetraedro possui como faces triângulos eqüiláteros, ele é denominado regular ( todas as faces e todas as arestas são congruentes).

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Page 44: Power Point - Projeto Retas Reversas

2ª) A reunião, base com base, de duas pirâmides regulares de bases quadradas resulta num octaedro. Quando as faces das pirâmides são triângulos eqüiláteros, o octaedro é regular.

Secção paralela à base de uma pirâmide

        Um plano paralelo à base que intercepte todas as arestas laterais determina uma secção poligonal de modo que:

as arestas laterais e a altura sejam divididas na mesma razão; a secção obtida e a base sejam polígonos semelhantes; as áreas desses polígonos estejam entre si assim como os quadrados de suas distâncias ao vértice.

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Page 45: Power Point - Projeto Retas Reversas

 

Relações entre os elementos de uma pirâmide regular

      Vamos considerar uma pirâmide regular hexagonal, de aresta lateral l e aresta da base a:

    Assim, temos:

 A base da pirâmide é um polígono regular inscritível em um círculo de raio OB = R.

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Page 46: Power Point - Projeto Retas Reversas

A face lateral da pirâmide é um triângulo isósceles.

Os triângulos VOB e VOM são retângulos.

Áreas

Numa pirâmide, temos as seguintes áreas:

a) área lateral ( AL): reunião das áreas das faces laterais

b) área da base ( AB): área do polígono convexo ( base da pirâmide)

c) área total (AT): união da área lateral com a área da base

AT = AL +AB

        Para uma pirâmide regular, temos:

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Page 47: Power Point - Projeto Retas Reversas

em que:

 

Volume

        O princípio de Cavalieri assegura que um cone e uma pirâmide equivalentes possuem volumes iguais:

Troncos

          Se um plano interceptar todas as arestas de uma pirâmide ou de um cone, paralelamente às suas bases, o plano dividirá cada um desses sólidos em dois outros: uma nova pirâmide e um tronco de pirâmide; e um novo cone e um tronco de cone.

          Vamos estudar os troncos.

Tronco da pirâmide

      Dado o tronco de pirâmide regular a seguir, temos:

as bases são polígonos regulares paralelos e semelhantes; as faces laterais são trapézios isósceles congruentes.

   

Áreas

      Temos as seguintes áreas:

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Page 48: Power Point - Projeto Retas Reversas

a) área lateral (AL): soma das áreas dos trapézios isósceles congruentes que formam as faces laterais

b) área total (AT): soma da área lateral com a soma das áreas da base menor (Ab) e maior (AB)

AT =AL+AB+Ab

Volume

     O volume de um tronco de pirâmide regular é dado por:

 

        Sendo V o volume da pirâmide e V' o volume da pirâmide obtido pela secção é válida a relação:

Tronco do cone

      Sendo o tronco do cone circular regular a seguir, temos:

 

as bases maior e menor são paralelas; a altura do tronco é dada pela distância entre os planos que contém as bases.

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Page 49: Power Point - Projeto Retas Reversas

Áreas

      Temos:

a) área lateral

b) área total

   

Volume

       Sendo V o volume do cone e V' o volume do cone obtido pela secção são válidas as relações:

Esfera

   Chamamos de esfera de centro O e raio R o conjunto de pontos do espaço cuja distância ao centro é menor ou igual ao raio R.

     Considerando a rotação completa de um semicírculo em torno de um eixo e, a esfera é o sólido gerado por essa rotação. Assim, ela é limitada por uma superfície esférica e formada por todos os pontos pertencentes a essa superfície e ao seu interior.

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Volume

   O volume da esfera de raio R  é dado por:

 

Partes da esfera

Superfície esférica

   A superfície esférica de centro O e raio R é o conjunto de pontos do es[aço cuja distância ao ponto O é igual ao raio R.

   Se considerarmos a rotação completa de uma semicircunferência em torno de seu diâmetro, a superfície esférica é o resultado dessa rotação.

        A área da superfície esférica é dada por:

 

Zona esférica

   É a parte da esfera gerada do seguinte modo:

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Page 51: Power Point - Projeto Retas Reversas

  

    A área da zona esférica é dada por:

Calota esférica

   É a parte da esfera gerada do seguinte modo:

    Ä área da calota esférica é dada por:

 

Fuso esférico

   O fuso esférico é uma parte da superfície esférica que se obtém ao girar uma semi-circunferência de um ângulo em torno de seu eixo:

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Page 52: Power Point - Projeto Retas Reversas

   A área do fuso esférico pode ser obtida por uma regra de três simples:

Cunha esférica

   Parte da esfera que se obtém ao girar um semicírculo em torno de seu eixo de um ângulo :

    O volume da cunha pode ser obtido por uma regra de três simples:

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