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Técnico Judiciário – Área Administrativa Português Prof. Juliano Viegas

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Técnico Judiciário – Área Administrativa

Português

Prof. Juliano Viegas

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Português

Professor Juliano Viegas

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Edital

PORTUGUÊS: Interpretação de texto.

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Português

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO

DinâmicaComandos

Compreensão x Interpretação

Segundo o texto... Depreende-se...O autor do texto diz... Infere-se...O texto informa que... O texto permite deduzir que...

Autor afirma que... Qual é a intenção do autor ao

Compreensão:

........

Interpretação:

DICAS objetivo-práticas

• Ler a questão • Ler o texto (por trechos) • Ler a fonte do texto • Marcar a palavra-chave • Marcar os advérbios • Marcar alteração de assunto no texto

PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.

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TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES

"O HOMEM UNIDO”

A INTEGRAÇÃO DO MUNDO A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE A UNIÃO DO HOMEMHOMEM + HOMEM = MUNDOA MACACADA SE UNIU (SÁTIRA)

PRÁTICA DA REPORTAGEM

Texto 1:

Em 2011, surtos isolados de meningite, principalmente no Nordeste, deram a entender que a doença estaria ganhando força no país. Na Costa do Sauípe, por exemplo, três funcionários de um complexo hoteleiro morreram, em setembro, devido à variante mais perigosa da enfermidade. Em Sergipe, outras sete mortes. Até celebridades foram vitimadas: a cantora Ivete Sangalo foi acometida pela forma mais branda da meningite, causada por vírus, e teve de ser internada, em dezembro. A impressão de que a doença está se espalhando, porém, não condiz com a realidade. No ano passado, o Ministério da Saúde incluiu duas novas vacinas contra formas bacterianas da doença no calendário básico de vacinação e conseguiu reduzir tanto o número de casos quanto o de mortes. Até novembro deste ano, foram registrados 15.065 casos, frente a 20.498 em 2010 (veja números abaixo).

Esses números devem cair ainda mais nos próximos anos. As vacinas que protegem contra a infecção bacteriana têm ajudado a reduzir o número de casos e mortes no país (veja gráfico). "A adoção da vacina tetravalente (DTP +9 Hib) no final de 1999 significou uma redução de 90% nas internações causadas pela bactéria Haemophilusinfluenzae", diz Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Atualmente, no calendário nacional de vacinação, três tipos estão disponíveis: a tetravalente (contra a bactéria HaemophilusInfluenzae), a pneumocócica 10 conjugada (meningites bacterianas pneumocócicas) e a meningocócica C conjugada (meningite do tipo C). Todas são dadas gratuitamente, em três doses, para bebês a partir dos dois meses de idade.

Os adultos costumam ser vacinados contra a doença apenas em situações de surto ou epidemias. A melhor maneira de tentar evitar o contágio é lavar sempre as mãos, evitar lugares fechados e o contato com pessoas doentes. No inverno, quando é comum a aglomeração em lugares fechados.

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TEXTO 2:

Por volta de 15.000 anos atrás, o planeta estava saindo da última Era do Gelo. À noite, lobos rondavam as primeiras aldeias pré-históricas, em busca de comida fácil, os restos jogados fora pelos humanos. Era o início de uma grande e duradoura amizade. Ao longo de gerações, as duas espécies foram se aproximando e os homens passaram a criar filhotes de lobo. Os mais mansos ficaram nas aldeias e foram se diferenciando de seus ancestrais. Sem ter que dilacerar a caça, foram perdendo a força da mordida. Mal alimentados pelos homens, com sobras, perderam tamanho. E se tornaram uma espécie diferente dos lobos, a primeira espécie animal que surgiu graças à interferência humana.

Esta é a teoria mais aceita pela maioria dos cientistas. O pesquisador americano Mark Derr, no entanto, desenvolveu novos argumentos para afirmar que a parceria homem/cão é muito mais antiga do que se pensa. No livro How the dog became the dog – from wolves to our best friends(Como o cão se tornou o cão dos lobos aos nossos melhores amigos, sem edição em português), Derr se baseia em novos estudos genéticos e arqueológicos para defender que os primeiros cachorros apareceram há pelo menos 30.000 ou 40.000 anos, quando o Homo sapiens ainda se comportava de maneira nômade.

O autor afirma que não há provas arqueológicas cabais desse encontro porque os lobos que se aproximaram do homem não se diferenciaram fisiologicamente de seus irmãos selvagens pelos milênios seguintes. "Mas eles viajavam juntos há muito tempo e continuam fazendo isso até hoje", afirmou ele, em entrevista. Para Derr, os lobos cinzentos se aproximaram dos humanos por curiosidade. A fase de observação deve ter durado gerações. "Os animais têm diferentes personalidades, como os humanos. Assim como há homens corajosos, há os que têm medo da própria sombra. Eu acho que os lobos mais sociáveis e os humanos mais sociáveis se aproximaram, começaram a correr juntos e nunca mais pararam."

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TEXTO 3:

Que sedentarismo faz mal à saúde não é novidade, mas uma pesquisa concluiu que passar o dia sentado pode aumentar as chances de uma série doenças, mesmo que exercícios físicos sejam realizados diariamente. O estudo, realizado por diversas universidades do Canadá, analisou outras 41 pesquisas sobre saúde, que indicaram que um alto nível de sedentarismo aumentam em 15% a 20% as chances de desenvolvimento ou morte a partir de doenças cardíacas ou câncer e até 90% o risco de diabetes.

Apesar da conclusão, os autores do estudo não conseguem avaliar exatamente quanto tempo é considerado demais – para isso, eles afirmam que necessariam de mais dados e tempo de pesquisa. Mesmo assim, o doutor David Alter, um dos pesquisadores envolvidos, recomenda que todos realizem pequenas doses de exercício regularmente, como alguns minutos de caminhada a cada 30 minutos.

“Mais da metade do dia de uma pessoa normal é gasta sendo sedentária – sentada, assistindo televisão, ou trabalhando ao computador”, afirma Alter ao jornal canadense “The Globeand Mail”. “O resumo é que nós estamos tentando treinar as pessoas a levantarem conscientemente e andarem. Assim que elas estiverem engajadas em ‘eu tenho que levantar, eu tenho que me mover’, o resto é natural. As pessoas começam a pegas as escadas ao invés de elevadores”, ele conclui.

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DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO

Palavra com significação restrita. Palavra com significação ampla, criada pelocontexto.

Palavra com o sentido comum, aquele encontrado no dicionário.

Palavra com sentidos que carregam valores sociais, afetivos, ideológicos, etc.

Palavra utilizada de modo objetivo. Palavra utilizada de modo criativo, artístico.

Linguagem exata e precisa. Linguagem expressiva, rica em sentidos.

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Texto

Mas há sempre algum altruísmo nas pessoas. Serão valores embutidos em nossa cultura por um legado religioso? Ou um impulso inato, recebido da natureza ao nascer? Sangue, e rios de tinta, ainda não responderam a essa pergunta. No século 18 J.J Rousseau, invertendo muitos séculos da visão pessimista do homem naturalmente pecador e mau, embutida na tradição cristã, substituiu-a por uma idéia oposta: a do homem que nasce virtuoso, e degenera na sociedade. É o "bom selvagem", uma das contribuições iniciais da descoberta do Brasil ao pensamento europeu.

No texto , foram empregadas em sentido conotativo as seguintes palavras:

a) Visão e pecadorb) Tradição e idéiac) Altruísmo e valoresd) Cultura e legadoe) Sangue e rios

TIPOLOGIA TEXTUAL

1.

2.

3.

4.

1. Narração

Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.

2. Descrição

Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um ob-jeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracteri-zadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se pega.

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É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.

3. Dissertação

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.

3.1. Dissertação-Argumentação :

Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando conven-cê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza lin-guagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.

3.2 Dissertação-Exposição

Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta in-formações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é in-formar, esclarecer. Ex.: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc.

4. Injunção/Instrucional

Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex.: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de compor-tamento; textos de orientação (ex.: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).

Classifique os textos em (1) descritivo, (2) narrativo ou (3) dissertativo. Justifique a sua resposta.

TEXTO I

( ) Ele tinha o olhar fixo no anúncio luminoso, suspenso no fundo negro de um céu sem estrelas. Já fazia uma hora que tinha o olhar fixo no anúncio onde um cisne branco aparecia fosforescente em primeiro plano no espaço tumultuado de nuvens. Logo em seguida, com ondulações de pétalas mansas, abria-se em torno do cisne um pequeno lago que chegava até quase a meia-lua branca da qual saía o letreiro. Cortado pelo perfil de um edifício. Só as cinco letras do anúncio eram visíveis, as outras desapareciam detrás do cimento armado.

(Lygia Fagundes Telles)

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TEXTO II

( ) Enfim, chegou a hora da recomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver, tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas. As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela. Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.

(Machado de Assis)

TEXTO III

( ) A agressão ao meio que ameaça, hoje, todo o equilíbrio climático e a própria existência da vida no planeta é uma consequência dos modos de produção capitalista. As evidências dessa constatação saltam aos olhos quando se analisam os elementos que mais contribuem para a destruição do meio ambiente. Veja-se, primeiramente, a questão central da poluição do ar e das águas. O modelo industrial, implementado pelo capitalismo, continua a jogar gases tóxicos no ar e seus rejeitos nos rios e mares. Além disso, é importante frisar um fato específico, ligado à realidade brasileira: a gravíssima e insana devastação das nossas florestas. As indústrias da madeira e de mineração, aliadas à brutalidade de fazendeiros, vêm provocando um verdadeiro desastre ambiental sem chances de reversão. Mais uma vez a noção de lucro supera a preocupação com o meio e o pior é que, neste caso, a intervenção das autoridades responsáveis continua a ser tímida [...]

(Adaptado – Caderno de Redação – Colégio QI)

FIGURAS DE LINGUAGEM:

São figuras de palavras:

a) comparação e) catacrese i) antítese m) hipérbole

b) metáfora f) sinestesia j) eufemismo n) perífrase

c) metonímia g) antonomásia k) ironia o) pleonasmo

d) sinédoque h) onomatopéia l) prosopopéia

a) "Amou daquela vez como se fosse máquina"

b) "O amor é fogo que arde sem se ver."

c) Ela parecia ler Jorge Amado

d) O paulista é tímido

e) folhas de livro, pele de tomate, dente de alho,

f) Veja a terra arder.

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g) Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)

h) Tique-taque

i) Uns nos querem mal, e fazem-nos bem.

j) Creio que você faltou com a verdade.

k) Imagine! João é um anjo de menino.

l) Os rios vão carregando os galhos do caminho.

m) Rios te correrão dos olhos, se chorares!

n) "Cidade maravilhosa"

o) subir para cima, entrar para dentro, repetir de novo, ouvir com os ouvidos.

Questões para prática:

1. Leia atentamente: "Nas carreiras em que o número de inscritos for inferior ao triplo do número de vagas oferecidas, todos os candidatos inscritos serão convocados para a 2ª fase, independentemente do comparecimento à 1ª fase ou do resultado obtido." (Manual de Informações da Fuvest, 1980). Segundo o texto acima, pode-se dizer que:

a Todos os candidatos serão convocados para a 2ª fase, independentemente do resultado obtido na prova da 1ª fase

b) Serão impedidos de comparecer à prova da 1ª fase os candidatos às carreiras em que o número de inscritos for inferior ao triplo do número de vagas

c) Os candidatos serão convocados tanto na 1ª quanto na 2ª fase desde que correspondam à terça parte do total de inscritos

d) O candidato pode comparecer tão somente a 2ª fase dos exames, desde que, na carreira por ele escolhida, o número de inscritos não seja superior ao triplo do número de vagas

e) O número de vagas oferecidas na 2ª fase é o triplo do número oferecido na 1ª fase, independentemente das notas obtidas na carreira escolhida

2. Leia: "Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as mágoas; o nosso médico mergulhou inteiramente no estudo e na prática da medicina." ( O Alienista, Machado de Assis )

Sobre o emprego e o significado da palavra mergulhou, nesse contexto, é coerente afirmar que o emprego é:

a) conotativo, exemplificando uma metáfora, cujo significado é entregou-se.b) denotativo e seu significado é de pensou.c) conotativo, exemplificando uma metonímia, cujo significado é impregnou-se.d) denotativo e seu significado é inseriu-se.

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DINÂMICA DE INTERPRETAÇÃO:

O que se pode deduzir:

A – Pedro parou de trabalhar. X B – Pedro continua trabalhando.

C – Rui não torce para ______ o time azul.

D – Todo animal é mortal x E – Todo homem é animal

F – O sertanejo universitário foi outro ritmo premiado na noite x G – O sertanejo universitário foi o outro ritmo premiado na noite.

H – O rapaz ingênuo foi enganado pela mulher X I – O rapaz otário foi enganado pela mulher.

J – O brasileiro será executado hoje. X L – O traficante brasileiro será executado hoje.

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Questões básicas de introdução na introdução e compreensão.

1. O homem é moderno na medida das senhas de que ele é escravo para ter acesso ao vida. Não é mais o senhor de seu direito constitucional de ir-e-vir. A senha é a senhora absoluta. Sem se-nha, você fica sem seu próprio dinheiro ou até sem a vida.

No cofre do hotel, são quatro algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar no com-putador da empresa, você tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A porta do meu carro tem senha; o alarme do seu, também. Cada um de nossos cartões tem senha.

Se for sensato, você percebe que sua memória não pode ser ocupada com tanta babo¬seira inútil. Seus neurônios precisam ter finalidade nobre. Têm que guardar, sim, os bons momentos da vida. Então, desesperado, você descarrega tudo na sua agenda eletrônica, num lugar secreto que só senha abre. Agora só falta descobrir em que lugar secreto você vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas.

Julgue os itens a respeito das idéias do texto.

I – Depreende-se do texto que o autor se coloca na posição de quem se exclui da sociedade informatizada.

II – O texto argumenta contra a modernidade, propondo como idéia principal que um direito constitucional, ora desrespeitado, deve ser o ideal a almejar.

III – Depreende-se do texto que comportamentos sensatos poupam a memória para finalidades mais nobres e evitam qualquer procedimento ligado à informatização.

IV – O segundo parágrafo constitui-se apenas de exemplos e ilustrações que explicam e justifi-cam a última oração do parágrafo anterior, sem ampliar a reflexão.

Assinale a opção correta.

a) Estão corretos apenas os itens I e II.b) Estão corretos apenas os itens II e III.c) Estão corretos apenas os itens III e IV.d) Nenhum item está correto.e) Todos os itens estão corretos.

2. (Texto 1 )

Em 1997, a Unesco reuniu cientistas, políticos e estudiosos em Utrecht, na Holanda, para discutir como lidar com a violência entre crianças, adolescentes e jovens em escolas europeias. Um dos primeiros problemas do grupo foi chegar a um acordo sobre o que identifica alguém violento. Termos como "comportamento indesejável" ou "antissocial" e atitudes "politicamente incorretas" apareceram para descrever jovens "normais" e sem aparentes tendências à delinquência, mas que, um dia, fizeram algo gravíssimo. Dez anos depois, essas questões permanecem desafiando pais, escolas e governos. O que leva jovens com família, dinheiro e acesso à boa educação a se comportarem como bárbaros sem motivo aparente? Este é o debate no qual o Brasil se envolve após tomar conhecimento de que um grupo de garotos da classe média alta carioca espancou covardemente uma empregada doméstica que estava sozinha em um ponto de ônibus, na madrugada do domingo 24. Até então, eles eram considerados "mimados", "arrogantes", segundo vizinhos e colegas de faculdade que não quiseram se identificar. Agora são criminosos.

(Assis Filho e Eliane e Lobato. Comportamento: marginais de classe média. Revista ISTO É, 04 julho de 2007)

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(Texto 2)

O assassinato do índio pataxó Galdino José dos Santos foi um dos muitos crimes cometidos por jovens de classe média que mais chocaram o Brasil. Em 1997, cinco rapazes de Brasília tocaram fogo no índio que dormia num ponto de ônibus. "A gente só queria dar um susto em um mendigo, não sabíamos que era índio", disse na época A.N.V., filho de um juiz. Foi preso com os amigos M.R.A, E.R. de O., T.O. e G.O. de A., por incendiar o pataxó. Galdino teve 95% do corpo queimado e morreu. "Eles nunca ficaram em celas enquanto esperavam o julgamento" diz a promotora Maria José Miranda. Segundo ela, ocupavam a biblioteca da penitenciária, tinham banho quente e computador, entre outros privilégios.

Os rapazes foram julgados e condenados a 14 anos de prisão em 2001 e deveriam ter permanecido pelo menos nove anos em regime fechado. Não foi o que aconteceu. Em 2003, A.N. e N.M., enteado de um ex-ministro do TSE, foram flagrados tomando cerveja num bar. Em 2004, estavam todos soltos. Para sair da cadeia, disseram que queriam trabalhar e estudar. "Nenhum estudava antes de ser preso", diz o promotor Maurício Miranda. "O rico, depois que entra na cadeia, vai para a faculdade para se beneficiar com o saidão”. Hoje levam uma vida discreta."

(Assis Filho e Eliane e Lobato. Comportamento: marginais de classe média. Revista ISTO É, 04 julho de 2007)

Após a leitura dos textos 1 e 2, considere com atenção as afirmativas que seguem.

I – De modo geral, apesar de os dois textos tratarem do mesmo tema, as ideias não se articulam, o que torna a frase título “Barbárie Social: jovens, ricos e intolerantes” incompatível com os dois textos.

II – Entre as informações da Unesco (1997) que identificam alguém violento, e os crimes praticados pelos jovens, ricos e intolerantes, mencionados, deduz-se que a pobreza não é o único fator responsável por essa barbárie.

III – Os textos exemplificam a barbárie social urbana, como a sofrida pelo pataxó e a doméstica, mas ambos, explicitamente, afirmam que esse tipo de violência só tem ocupado mais espaço na mídia pelo fato de envolver jovens da elite.

IV – Em 1997, enquanto na Holanda se discutia a barbárie juvenil, em Brasília 5 jovens mataram um índio pataxó. Decorridos dez anos, nada mudou e a flagrante impunidade provoca novo crime.

V – A iniciativa da Unesco, em 1997, de nada adiantou, pois não apontou claramente outras causas da barbárie juvenil e nem apresentou um caminho a percorrer no processo de superação desse problema.

De acordo com os textos 1 e 2, são corretas, apenas:

a) as afirmativas I, III e IV.b) as afirmativas II e V.c) as afirmativas II, III e IV.d) as afirmativas II, IV e V.e) a afirmativa V.

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Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta)em 1905, de família de tradição e fortu-na que repentinamente perdeu o poderio econômico. Malogrado, assim, um plano de estudar na Universidade de Edimburgo, viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres, até que se fez secretário da Revista do Globo, em Porto Alegre, para onde se transferiu definitivamen-te. Seus primeiros trabalhos apareceram em livro, em 1932, sendo do ano seguinte o romance de estreia, Clarissa, que marca muito bem o início da sua popularidade. Desde então passou a exercer uma intensa atividade literária,tendo estado mais de uma vez em missão cultural nos EstadosUnidos. Faleceu em Porto Alegre em 1975.

A obra do ficcionista, já perfeitamente definida, abrange duas etapas: uma que se estende de Clarissa a O resto é silêncio; outra que compreende o romance cíclico O tempo e o vento. No primeiro caso, podemos falar também numa realização seriada, unificando determinados romances que, não obstante, podem ser tomados isoladamente. Seu traço de união é determi-nado pela presença contínua e entrelaçada de certos personagens, destacadamente os pares Vasco-Clarissa e Noel-Fernanda, que se completam entre si e demonstram a solução ideal que o romancista pretende encontrar para as crises morais e espirituais do homem no mundo atu-al. Na segunda fase, o romancista preocupa-se com a investigação das origens e formação do seu Estado natal. Realiza então a obra cíclica que recebeu a denominação geral de O tempo e o vento, de proporções verdadeiramente épicas. Retoma a experiência técnica e expressiva da primeira fase, em que foi fecunda a influência de romancistas norte-americanos e ingleses.

(Adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da Literatura Brasileira. II. Modernismo. 10.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. p. 366-7)

3. Os autores afirmam que a obra de Érico Veríssimo apresenta duas fases que

a) podem ser vistas como uma só, na medida em que as histórias narradas nos romances da primeira etapa têm continuação naqueles da segunda.

b) são inteiramente distintas, tanto no que se refere aos personagens e à ambientação, como aos procedimentos formais na composição dos romances.

c) têm em comum a continuidade entre os romances que as compõem, sendo tal característica mais específica da segunda do que da primeira fase.

d) compartilham os mesmos personagens, ainda que apareçam na primeira fase num contexto universal e, na segunda, num ambiente mais propriamente regional.

e) diferenciam-se pela influência exercida pelo romance norte-americano e inglês, marcante na segunda etapa e ausente da primeira.

4. O texto estabelece relação de causa e consequência entre estes dois segmentos:

a) viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres e se fez secretário da Revista do Globo, em Porto Alegre.

b) família [...] que repentinamente perdeu o poderio econômico e viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres.

c) presença contínua e entrelaçada de certos personagens e crises morais e espirituais do homem no mundo atual.

d) nasceu no Rio Grande do Sul e Malogrado [...] um plano de estudar na Universidade de Edimburgo.

e) família [...] que repentinamente perdeu o poderio econômico e crises morais e espirituais do homem no mundo atual.

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5. (2015 – Analista – Judiciário)

[...]ser independente significa bem mais do que ser livre para viver como se quer: significa, basicamente, viver com valores que façam a vida ser digna de ser vivida. Não basta um estado de espírito. Não basta, como diz o samba, “vestir a camisa amarela e sair por aí". Tampouco basta sentir-se autônomo, fazendo parte do bando. É preciso algo mais. Ora, um dos valores que vêm sendo retomados pelos filósofos e que cabem como uma luva nessa questão é o da resistência. Na raiz da palavra resisterese encontra um sentido: “ficar de pé". E ficar de pé implica manter vivas, intactas dentro de si, as forças da lucidez. Essa é uma exigência que se impõe tanto em tempos de guerra quanto em tempos de paz. Sobretudo nesses últimos, quando costumamos achar que está tudo bem, que está tudo “numa boa"; quando recebemos informações de todos os lados, sem tentar, nem ao menos, analisá-las, e terminamos por engolir qualquer coisa.

Resistir como forma de ser independente é, talvez, uma maneira de encontrar um significado no mundo. Daí que, para celebrar a independência, vale mesmo é desconstruir o mundo, desnudar suas estruturas, investigar a informação. Fazer isso sem cansaço para depois termos vontade de, novamente, desejá-lo, inventá-lo e construí-lo; de reencontrar o caminho da sensibilidade diante de uma paisagem, ao abrir um livro ou a porta de um museu. Independência, sim, para defendermos a vida, para defendermos valores para ela, para que ela tenha um sentido. Independência de pé, com lucidez e prioridades. Clareza, sim, para não continuarmos a assistir, impotentes, ao espetáculo da própria impotência.

(PRIORE, Mary Del. Histórias e conversas de mulher. São Paulo: Planeta, 2013, p. 281)

De acordo com o texto, a afirmativa correta é:

a) A liberdade de escolha que poderá tornar-nos seres independentes exige lucidez diante da enxurrada de informações que recebemos atualmente, e resistência em prol de valores fundamentais que atribuam significado à existência.

b) Uma vida realmente digna de ser vivida deve ter como fundamentos essenciais a ampla liber-dade de escolha de valores que se coadunam com as transformações atuais e a independên-cia para afastar obstáculos que possam impedir a realização total de nossos objetivos.

c) O excesso de informações hoje à nossa disposição, em bons ou em maus momentos, nos propicia elementos para uma vida de liberdade, baseada na independência e na escolha de novos valores e de novos paradigmas que possam resistir às inúmeras mudanças que ocor-rem habitualmente.

d) Uma independência de atitudes e de valores perante a vida baseia-se, especialmente, no grau de liberdade de escolha que cabe a cada um, de modo a garantir que as informações recebidas se transformem nos fundamentos de uma vida livre e bem vivida.

e) A resistência ao acúmulo de informações recebidas aleatoriamente direciona as escolhas feitas durante a vida, pois nem sempre a liberdade se mostra como o caminho mais favorá-vel a ser percorrido, principalmente se forem deixados de lado os valores básicos da exis-tência humana.

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TRT-Brasil – Português – Prof. Juliano Viegas

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Atenção: O texto abaixo refere-se às questões de números 6 a 8.

Toda crítica envolve uma militância, alertou o teórico francês Christian Metz em A significação do cinema. Toda crítica esconde camadas de subjetividade por baixo do seu manto solene de objetividade. De quando em quando, todo crítico é acometido por algum tipo de cegueira ana-lítica: ora são afetos e relações pessoais que podem flexibilizar o rigor dos textos, ora são ide-alizações materializadas em artistas que se tornam a mais fiel tradução da própria militância.

O fato é que amo a crítica. Trabalhei durante muitos anos no jornalismo cultural e, por quase uma década, chefiei uma equipe de críticos atuando nas mais diferentes manifestações artísti-cas. Acredito piamente que o processo da arte só se realiza em sua plenitude no olhar erudito do crítico, que vai contextualizar determinada obra na história da humanidade, deslindando preciosidades estéticas, temáticas e filosóficas que, em muitos casos, passam despercebidas até mesmo para os próprios criadores.

Acho sinceramente que a crítica é um espaço de resistência fundamental nessa massacrante indústria cultural que tanto nos sufoca. Por mais que admire e respeite quem a exerce, nunca me arrisquei por esse caminho, com exceção de um breve período em minha juventude. Há di-ferentes tipos de crítico, mas sempre me interessei por aqueles que enveredam pelo ensaísmo. Não gosto, porém, de textos que transbordam de tanto entusiasmo diante de uma "obra-pri-ma" nem dos cruelmente destrutivos, sem um único aceno de generosidade. Vale a advertên-cia de Robert Bresson: "Não há louvação ou crítica demolidora que não parta de um equívoco".

(Evaldo Mocarzel. Bravo!, 187, março de 2013, p. 35, excerto)

6. O texto constitui

a) exposição de ideias de cunho pessoal a respeito da função da crítica, amparadas em nomes reconhecidos, inclusive com emissão de juízos de valor, marcados pelo emprego da 1ª pessoa.

b) relato memorialista, marcado pela subjetividade da 1a pessoa, sobre uma das atividades mais sujeitas a críticas desfavoráveis, como a de produção de filmes.

c) reprodução de parâmetros para a análise crítica a partir de opiniões de especialistas citados, com intenção pedagógica de defender a atuação de jornalistas nessa função específica.

d) valorização do trabalho desenvolvido no jornalismo pelo crítico de arte, com apoio de citações que justificam as afirmativas indiscutíveis, defendidas em 1a pessoa.

e) opinião crítica a respeito do importante trabalho exercido por alguns jornalistas na área das manifestações artísticas, especialmente na área relativa ao cinema.

7. Vale a advertência de Robert Bresson: "Não há louvação ou crítica demolidora que não parta de um equívoco".

Com a transcrição da advertência acima, o autor

a) reafirma a importância de seu próprio trabalho de crítico em que sempre considerou seus afetos e relações pessoais, assinalando, no entanto, que a crítica deve procurar envolver-se no manto solene de objetividade.

b) explora novamente, na conclusão do texto, o sentido da afirmativa de que ora são afetos e relações pessoais que podem flexibilizar o rigor dos textos, ora são idealizações materializadas em artistas que se tornam a mais fiel tradução da própria militância.

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c) retoma, apoiando-se em manifestação alheia, sua crença de que o processo da arte só se realiza em sua plenitude no olhar erudito do crítico, olhar esse que afasta as possibilidades de engano na avaliação da produção artística.

d) se propõe a desvalorizar quaisquer observações críticas a respeito de obras no ramo das manifestações artísticas, porque a crítica esconde camadas de subjetividade por baixo do seu manto solene de objetividade.

e) censura as observações críticas que se baseiam nas impressões subjetivas de quem as emite, a partir da constatação de que, evidentemente, toda crítica exprime a mais fiel tradução da própria militância.

8. O autor acentua a importância do crítico ao

a) empregar o verbo deslindar − deslindando preciosidades estéticas, temáticas e filosóficas − que poderia ser corretamente substituído por outros verbos, como pesquisar, investigar ou esquadrinhar, sem prejuízo para o sentido original nem alteração da organização da frase.

b) apresentar seu testemunho com a frase Por mais que admire e respeite quem a exerce, que permaneceria correta, sem qualquer alteração, se o segmento sublinhado fosse substituído por: que valorize e demonstre consideração.

c) reconhecer, com a afirmativa de que passam despercebidas até mesmo para os próprios criadores, que nem sempre as inovações características de certas obras podem ser adequa-damente apontadas e analisadas sob um ponto de vista crítico.

d) criar a imagem referente à qualidade dessa atuação − por baixo do seu manto solene de objetividade −,que expõe claramente a erudição indispensável a quem se dispõe a analisar a produção artística de diferentes autores, em qualquer época e lugar.

e) declarar que chefiou uma equipe de críticos atuando nas mais diferentes manifestações artísticas, o que lhe assegura não só a primazia no exercício dessa função, mas também o equilíbrio resultante do conhecimento acumulado durante todo esse tempo.

Gabarito: 1. D 2. D 3. C 4. B 5. A 6. E 7. D 8. D