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Portas lógicas MOS João Canas Ferreira Universidade do Porto Faculdade de Engenharia Março de 2013 Assuntos 1 Estrutura geral 2 Caraterísticas gerais 3 Layout de células João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 2 / 37

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Portas lógicas MOS

João Canas Ferreira

Universidade do PortoFaculdade de Engenharia

Março de 2013

Assuntos

1 Estrutura geral

2 Caraterísticas gerais

3 Layout de células

João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 2 / 37

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Portas CMOS estáticas complementares

rede

pull-up

rede

pull-down

In1

In1

In2

In2

InN

InN

F(In1, In2, ..., InN)

PMOS

NMOS

à Redes de pull-up e pull-down são duais:

série de interrutores⇔ paralelo de interrutores

João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 3 / 37

Porta lógica NAND

A

A

B

B

Out=A•BA B Out0 0 10 1 11 0 11 1 0

à Rede de pull-down: G = A · B condução para Gnd

à Rede de pull-up: F = A + B = AB condução para VDD

à Em geral: G(In1, IN2, . . .) = F(In1, In2, . . .)

Out = G(In1, In2, . . .)

João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 4 / 37

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Porta lógica NOR

A

A B

BOut = A+B

A B C

A

B

COut = A+B+C

A B Out0 0 00 1 01 0 01 1 1

João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 5 / 37

Porta lógica complexa

A

A

B

B

Out = D+A(B+C)

C

D

C

D

João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 6 / 37

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Construção de uma porta lógica complexa

à Desenhar o andar de pull-down

à Determinar as sub-redes hierarquicamente

à Trocar paralelo⇐⇒ série por ordem hierárquica

A

B C

D

A

B C

D

12

3

4

A

B

C

D

1

2

3 4

João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 7 / 37

Critérios para portas lógicas complexas

I Circuito dual não é necessariamente dual série↔ paralelo.

I Existem geralmente vários circuitos duais.

I Como identificar um bom circuito dual?

Modo de proceder

I Usar mapas de Karnaugh para identificar dual com boas propriedades delayout e componentes parasitas reduzidos

I Maximizar o número de ligações a VDD ou Gnd

I Colocar transístores críticos perto da saída

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Exemplo: geração do sinal de transporte (1)

I Sinal de transporte de full-adder: F(a, b, c) = ab + bc + ac

I Implementar a função G(a, b, c) = F

I “0-cover” define circuito de pull-down

I “1-cover” define circuito de pull-up

1 1A B

C

1 0

0 0

1 0

0 0

0 1

1 1

1 0

0 1à 0-cover: ab + bc + ac

à 1-cover: a b + b c + a c

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Exemplo: geração do sinal de transporte (2)

Circuito de pull-down

I Maximizar número de ligações a VDD

I Sinal crítico perto da saída

I Fatorizar: ab + c(a + b)

C

A B

A

B

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Exemplo: geração do sinal de transporte (3)

à Pull-up série/paralelo

A B

C A

B

à Pull-up derivado de 1-cover

A B

B

A

C

João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 11 / 37

Assuntos

1 Estrutura geral

2 Caraterísticas gerais

3 Layout de células

João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 12 / 37

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Caraterísticas de portas lógicas duais estáticas

I Excursão total: margens de ruído grandes

I Níveis lógicos não dependem das dimensões dos dispositivos (ratioless)

I Caminho entre saída e Vdd/Gnd em regime estacionário:baixa resistência de entrada

I Resistência de entrada muito elevada (corrente DC de entrada ≈ 0)

I Sem caminho direto entre Vdd e Gnd:sem dissipação estática de potência

I Atraso depende de capacidade de carga e da resistência (Ron) dostransístores

João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 13 / 37

Modelos para determinação dos atrasos de propagaçãoà Substituir transístores por interrutor e Reqà Considerar capacidades intrínsecas dos nós internos

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Impacto do padrão de entrada no atraso de propagação

I Atraso é dependente do padrão dasentradas

I Transição de “0” para “1”I ambas as entradas a zero:

0,69× (Rp/2)CLI uma entrada a zero:

0,69× RpCL

I Transição de “1” para “0”:I ambas as entradas a um:

0,69× 2× RnCLI modelo com Cintr (aproximação de

Elmore):0,69× (RnCintr + 2× RnCL)

João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 15 / 37

NAND2: atraso em função do padrão de entrada

à NMOS: 0,5 µm/0,25 µm PMOS: 0,75 µm/0,25 µm CL=100 fF

Fonte: [Rabaey03]

Padrão deentradas

Atraso(ps)

A=B=0→1 69

A=1, B=0→1 62

A=0→1, B=1 50

A=B=1→0 35

A=1, B=1→0 76

A=1→0, B=1 57

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Dimensionamento de transístores (1)à Portas “equilibradas” (e assumindo β = 2)à Dimensionamento em múltiplos de (Wmin/Lmin)

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Dimensionamento de transístores (2)

à Dimensionamento começando pelo ramo esquerdoà Dimensionamento começando pelo ramo direitoà Em geral, uma série de transístores em série tem asseguintes dimensões equivalentes:

(W/L)eq =1

1(W/L)1

+ 1(W/L)2

+ . . .

Para L constante:

Weq =1

1W1

+ 1W2

+ . . .

à Em paralelo:

(W/L)eq = (W/L)1 + (W/L)2 + . . .

Para L constante:

Weq = W1 + W2 + . . .

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Impacto do número de entradas

à Atraso de propagação pode serestimado por (Elmore):

tpHL = 0,69((R1 C1 + (R1 + R2) C2

+ (R1 + R2 + R3) C3

+ (R1 + R2 + R3 + R4) CL)

à Transístores NMOS iguais:

tpHL = 0,69 Reqn(C1 + 2 C2 + 3 C3 + 4 CL)

à Atraso de propagação deteriora-serapidamente com número de sinais deentrada (fan-in); no pior caso,quadraticamente

(1 + 2 + . . . + N = N(N – 1)/2).

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Atraso de propagação em função do número de entradas

Fonte: [Rabaey03]

à Regra prática: Evitar portas lógicas com mais de 4 entradas.

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Atraso de propagação em função de fan-out efetivo

à Fan-out efetivo: F =Ccarga

Centrada

Fonte: [Rabaey03]

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Redução dos atrasos de propagação (1)

I Alargamento dos transístoresà Útil enquanto a capacidade de "fan-out"(externa) for dominante.

I Dimensionamento progressivo

à M1 > M2 > M3 >. . . > MN(FET mais próximo da saída é o menor)

à Pode reduzir atraso mais de 20 %

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Redução dos atrasos de propagação (2)

à Ordem de chegada dos sinais de entrada

I3

I2

I1

CL

C2

C1M1

M2

M3

1

1

carregado

carregado

carregado0 →1

à atraso determinado peladescarga de CL, C1 e C2

I3

I2

I1

CL

C2

C1M1

M2

M3

1

1

carregado

descarregado

descarregado

0 →1

à atraso determinado peladescarga de CL

João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 23 / 37

Redução dos atrasos de propagação (3)à Usar estruturas lógicas alternativas para diminuir fan-in

Exemplo: F = ABCDEFG

à Problema: como selecionar a estrutura mais rápida?João Canas Ferreira (FEUP) Portas lógicas MOS Março de 2013 24 / 37

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Redução dos atrasos de propagação (4)

à Inserção de buffers

à Problema: qual o número ideal de buffers e respetivo tamanho?

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Assuntos

1 Estrutura geral

2 Caraterísticas gerais

3 Layout de células

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Standard cell (anos 80)

Fonte: [Rabaey03]

Faltam poços e contactos

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Standard cell (anos 90)

Fonte: [Rabaey03]

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Estrutura de uma célula (inversor)

Fonte: [Rabaey03]

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Variantes de célula inversora

Fonte: [Rabaey03]

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Célula NAND2

Fonte: [Rabaey03]

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Planeamento (diagrama de sticks)

Fonte: [Rabaey03]

à Sem tamanhosà Posições relativas

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Planeamento de células complexas

A

A B

B

C

C X = C (A+B)

Y

Z

X

X

Gnd

Z

Vdd

Y

C

B A

C

AB

1 Desenhar dois grafos (um para cada rede) em que nós representam nós do circuito earestas representam transístores.

2 Determinar caminho de Euler em cada grafo: percurso através de todas as arestas (só 1vez) → Layout com difusão contínua!

Os caminhos devem ser consistentes : mesma sequência de nós nos dois percursos.

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Duas alternativas de implementação

Fonte: [Rabaey03]

Figura da direita: sem “quebras” de difusão

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Exemplo: Porta lógica OAI22

A

A B

CX = (A+B)(C+D)

D

C

B

D

X

X

Gnd

Vdd

C

B A

C

AB

D

D

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Transístores largos

Fonte: [Rabaey03]

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Referências

à As figuras usadas provêm do seguinte livro:

Rabaey03 J. M. Rabaey et al, Digital Integrated Circuits, 2ª edição,PrenticeHall, 2003.http://bwrc.eecs.berkeley.edu/icbook/

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