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POLÍTICAS PÚBLICAS E PROCESSOS DECISÓRIOS

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POLÍTICAS PÚBLICAS E PROCESSOS DECISÓRIOS

DEFINIÇÃOAnálise de Políticas Públicas entendida geralmente como o Estado em ação – está ligada à tradição anglo-saxônica.

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DEFINIÇÃOFundada no suposto do bom governo – onde os problemas de governo podem ser melhor dimensionado pelo uso do conhecimento social.

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DEFINIÇÃOSeparação entre assessoria

independente e responsabilidade política –

enraizada na cultura política e na limitação do governo.

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OUTROS PAÍSESo discurso político se fundamenta na ação do Estado. Na França esta produção foi internalizada no aparelho de Estado e converteu-se em problemas de gestão governamental a cargo de burocracias especializadas.

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ESTADOS UNIDOSInstitucionalização recente◦ James Wilson◦ Theodore Lowi◦ Arnold Wilenki

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Caráter interdisciplinar

ciência política, economia, direito, administração

análise de especialistas setoriais (por. ex., saúde pública e previdência social)

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POPULARIZAÇÃO DO TERMOtem a ver com o processo de democratização e institucionalização refletindo a interpretação entre estado e sociedade apontando para novos valores na cultura política relativos à publicização de decisões e à noção da esfera pública como distinta da esfera estatal. Relação entre governo e atores governamentais de um lado e os cidadãos de outro.

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NO BRASILA institucionalização do

campo das políticas públicas é recente, se

detendo basicamente em três áreas

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1) Regime político, instituições políticas ou o Estado-brasileiro em termos de seu traço constitutivo(patrimonialismo, clientelismo ou o autoritarismo) para analisar políticas específicas, centradas na agenda do Estado desenvolvimentista, planejamento econômico, políticas industriais ou as políticas de desenvolvimento regional;

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2) Políticas setoriais que combinam a análise do processo político com a análise dos problemas internos às próprias áreas setoriais. Padrão de intervenção do estado, em que as questões de natureza institucional ou políticas são pouco exploradas, Maior diálogo com a sociologia e o debate com a ciência política centra-se, sobretudo, nas questões relativas à cidadania e participação política, processos decisórios e grupos de interesse.

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3) Políticas públicas de corte social: comparação com os Welfare States – processos de acumulação e legitimação –análise da especificidade do sistema brasileiro de proteção social.

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Draibe (1986) aponta para a maturidade institucional da política social brasileira – complexidade organizacional, estrutura de financiamento e diversidade de benefícios estabelecendo a clivagem entre essa estrutura e os níveis de bem-estar social e as patologias que afligem o sistema – clientelismo, centralização decisória, fragmentação institucional e escassos controles sociais.

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MARCO NA ÁREACidadania e Justiça –Wanderley Guilherme dos Santos (1979) cidadania regulada – demandas de base ocupacional.

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Destaque para estudos setoriaisPolítica de terras

Política industrial

Política de energia

Planejamento Urbano

Previdência Social

Política de Saúde

Política de Segurança Pública

Política Educacional

Política Ambiental

Política de Comunicação

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Pouco uso da literatura sobre sociologia das

organizações mesmos nos estudos sobre expansão da

burocracia pública e agências burocráticas.

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Avaliação de políticas públicas

Débil relação com a ciência política mais associado à contribuição de especialistas setoriais – que produzem seus trabalhos na burocracia pública. Avaliação de programas governamentais – relação estreita com a área de administração pública mas também com a tradição disciplinar da sociologia e da economia.

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RECENTEMENTE

DEBATE ENTRE CULTURA POLÍTICA /

DESENHO INSTITUCIONAL

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QUESTÃOA cultura política é anterior ao desenho institucional ou se o desenho institucional (regras e procedimentos ao longo do tempo) produz uma cultura política específica.

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QUESTÃOIncidência da cultura política sobre a efetividade e eficácia de políticas.

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Definição de Políticas Públicas

o conjunto de orientações e ações de um governo com vistas ao alcance de determinados objetivos. (BELLONI, 2000, p.10)

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Existe uma diferença entrePolítica Pública – conceito abrangente

Programa – desdobramento de uma política

Projeto – unidade menor de ação

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POLÍTICAS PÚBLICASExistem vários modelos explicativos para as diferentes etapas ou fases das políticas públicas. Trata-se de um esforço para explicar a difícil interação de intenções, constituídas na fase de formulação de política se ações, presentes na fase de implementação. Trata-se ainda de discutir a relação que se estabelece entre atores governamentais e atores não governamentais no processo de “fazer política”.

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ESTES MODELOS...examinam mais detidamente as fases de formulação e implementação de políticas, procurando superar a tendência de visualizá-las tão somente como a atividade de decidir e executar, identificando assim a fase de formulação com a análise e teoria política e a fase da implementação com a teoria administrativa.

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Procura-se superar a idéia recorrente de que o sujeito da ação governamental são os atores governamentais e os cidadãos apenas objeto deste tipo específico de ação.

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Formação de Assuntos Públicos e de Políticas Públicas - formação da agendaÉ o instante em que as questões públicas surgem e formam correntes de opinião ao seu redor – que contribuem para a formação de agendas com questões que merecem políticas definidas. (SILVA & PEDONE, 1988, p.206)

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Políticas Públicas – Políticas Sociais“Estamos convencidos de que a absolutaliberdade deixada a interessesindividuais parcialmente rivais e de poderdesigual não garante o bem dacoletividade e que, muito pelo contrário,as reivindicações dos interesse coletivos eda humanidade devem afirmar a sualegitimidade, mesmo na vida econômica,e que a intervenção do Estado paraproteger os interesses legítimos de todosos participantes deve ser tambémsuscitada no momento oportuno”.

Manifesto de Eisenach - 1872

Cidades na Revolução Industrial – Século XIX

Políticas Públicas – Políticas Sociais

Política Pública - Conjunto de decisões ou de não decisões,interrelacionadas, concernentes à seleção de metas e aos meios paraalcançá-las, visando o atendimento de demandas públicas e de interessecoletivo, de acordo com uma situação especifica.

Política Social - Conjunto de medidas tomadas visando melhorar oumudar as condições de vida material e cultural da sociedade ou parcelada sociedade, buscando uma progressiva tomada de consciência dosdireitos sociais e tendo em conta as possibilidades econômicas epolíticas num dado momento.

P

PP

S

DEMANDAS

DOUTRI

NACENÁRI

O

AÇÕE

S

As Poor Law (de 1601 a 1834)

Os seguros obrigatórios (Bismarck)

Estado do Bem Estar (Welfare State)

O Modelo Neo-Liberal

A Terceira Via

O Estado Paternalista (Getúlio Vargas)

As Reformas de Base (João Goulart)

O Estado Centralizador (Militares)

O Modelo Neo-Liberal

O Estado Social

A EVOLUÇAO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

A EVOLUÇAO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASILGETÚLIO VARGAS – PAI DOS POBRES

JANGO – REFORMAS SOCIAIS DE BASE

MILITARES – ESTADO CENTRALIZADO

FHC – MODELO NEOLIBERAL

LULA – VISÃO SOCIAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - 1988

BRASIL – RECONSTRUÇÃO DO PACTO

FEDERATIVO E DESCENTRALIZAÇÃO DAS

POLÍTICAS PÚBLICAS (1988)Constituição da República Federativa do Brasil:

Art 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II – garantir o desenvolvimento nacional;

III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e

regionais;

IV – promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor,

idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Art 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a

segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a

assistência aos desamparados, na forma dessa Constituição.

PIRÂMIDE DAS NECESSIDADES HUMANAS –

MASLOW (1975)

No Brasil, como uma nação em construção social, as

prioridades de atuação do Estado devem seguir, em linhas

gerais, a formulação da Pirâmide de Maslow.

Direitos Civis – igualdade de

oportunidades e liberdades

individuais;

Direitos Políticos – liberdade

de expressão, eleger e ser

eleito;

Direitos Sociais – provisão

de bens e serviços essenciais

à vida, justiça social.

Marshall

O Governo Federal deuprioridade absoluta àspolíticas de combate àfome e à pobreza. Paraisso, valoriza os direitosbásicos da população,como o acesso àalimentação, educação,saúde, habitação ecultura. Está levando,também, o debate sobre odesafio da inclusão social edo combate à fome aosorganismos internacionais.

Bolsa Família

Territórios da Cidadania

Um MIlhao de Cisternas

ProJovem - Pronasci

Educação em Desenvolvimento

PAC Funasa

Povos Indígenas

Pessoas com deficiências

Mais Cultura

Mulheres, Criancas e Adolescentes

Mais Saúde

Conselhos e Conferencias Nacionais

Os rendimentos dos trabalhadores brasileiros estão quase 7% menos desiguais na comparação do

quarto trimestre de 2002 e o primeiro de 2008, aponta levantamento inédito do Ipea divulgado em

23/06. O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, informou que o levantamento mostra a queda do

índice de Gini, que é o parâmetro internacional para medir a desigualdade. "O índice de Gini vai de

zero a 1, quanto maior ele é, mais próximo está da desigualdade extrema", disse. Pochmann

afirmou que "até o final do mandato do presidente Lula o índice de Gini deve chegar a 0,49, o

menor desde 1960". O levantamento mostra, conforme tabela abaixo, que o Índice de Gini caiu de

0,540 em 2002 para 0,509 em 2007.

Está tudo muito bom, mas....E as crianças nas ruas?

E os jovens sem escola e trabalho?

E a violência generalizada?

E a dramática situação dos hospitais?

E a dengue e a febre amarela?

E os trabalhadores rurais?

E...e....e....?

Aí....isso é da

competência dos

Estados e

Municípios...As perversidades do nosso

Pacto Federativo

Estados

Municípios

Empresas

Terceiro Setor...

FORMAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

É o processo de elaboração de políticas no Executivo, no

Legislativo e em outras instituições públicas.

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FASES DO PROCESSO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

1) Formação de agendas – formação de assuntos públicos e de políticas públicas. Determinam os objetivos imediatos do conflito, aqueles que estão em jogo e indicam quais indivíduos ou grupos irão participar, levando à composição dos blocos de interesse e as alianças possíveis.

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Construção da agenda

Estudar a construção da agenda é importante porque revela a natureza da relação entre o meio social e o processo governamental.

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Agenda PolíticaSão os compromissos assumidos pelo governo, seus objetivos ou

interesses imediatos, suas prioridades ao lado de suas

restrições. Falar em estabelecer uma agenda é falar em

estabelecimento de prioridades

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CONSTRUÇÃO DA AGENDAPode ser sistêmica ou não governamental, governamental e de decisão. A primeira diz respeito à lista de assuntos que são, há anos, preocupação do país, sem merecerem atenção do governo, as segunda inclui os problemas que merecem atenção do governo e a última a lista dos problemas a serem decididos.

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ARENAS DECISÓRIASLowi, 1992. Parte do pressuposto de que reações e expectativas das pessoas afetadas por medidas políticas tem um efeito antecipativo para o processo de decisão política e de implementação. Os custos e ganhos que as pessoas esperam de tais medidas tornam-se decisivas para configuração do processo político.

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ARENA DISTRIBUTIVAsão caracterizadas por um baixo grau de conflito dos processos políticos – distribuem vantagens e não acarretam custos – pelo menos perceptíveis para outros grupos. Característica “consenso e indiferença amigável”. Em regra geral, políticas distributivas beneficiam um grande número de destinatários em escala pequena, enquanto potenciais opositores costumam ser incluídos na distribuição dos serviços e benefícios.

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ARENA REDISTRIBUTIVA

Costuma ser polarizado e repleto de conflitos. Desvio e deslocamento consciente de recursos financeiros, direitos ou outros valores entre camadas sociais e grupos da sociedade.

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ARENA REGULATÓRIA

Diz respeito a ordem e proibições, decretos e portarias. Os custos e benefícios podem ter efeitos específicos para determinados grupos ou podem atingir a população de forma ampla e igual. Os processos de conflito, consenso e de coalização podem se modificar de acordo com a configuração específica das políticas.

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ARENA ESTRUTURADORAPolíticas modificadoras de regras. Determinam as regras do jogo e com isso a estrutura dos processos e conflitos políticos. As condições gerais sob as quais vêm sendo negociadas as políticas distributivas, redistributivas e regulatórias (novas instituições (regulação) modificação no sistema de governo e no sistema eleitoral).

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Formulação de Políticas Públicas

Na formulação de Políticas Públicas entram◦Definição da agenda

◦Formação de assuntos públicos

◦Formação de políticas públicas

◦Processo decisório

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FORMULAÇÃO

A fase de formulação pode ser desmembrada em três subfases: primeira, quando uma massa de dados transforma-se em informações relevantes, segunda, quando valores, ideais, princípios e ideologias se combinam com informações factuais para produzir conhecimento sobre ação orientada e última quando o conhecimento empírico e normativo é transformado em ações públicas, aqui, agora.

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O processo de formação de políticas deve responder a três questões

como os assuntos chamam a atenção dos fazedores?

como são formulados?

como uma determinada proposição é escolhida entre outras alternativas?

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Existem três modelos de formulação de políticas públicas

a) racionalidade econômica: critérios de escolha pública e de economia do bem-estar social sem entrar no julgamento de valores. Critérios tecnocráticos contidos na análise custo-benefício (alternativas que produzem o maior impacto com o mesmo gasto);

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Modelos cont....b) racionalidade político-sistêmica: acordo entre os atores do jogo do poder. A sociedade e os decisores aceitam o que é viável e o que surge do labirinto político (partidos, Congresso, Executivo), não questionando a responsabilidade moral das políticas;

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Modelos cont....c) formulação responsável: sujeita o processo decisório ao debate e ao escrutínio público. Engloba considerações étnicas à respeito da responsabilidade na formulação de políticas públicas. O debate inclue questões à respeito da igualdade, liberdade, solidariedade e democracia.

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O processo decisório envolve sempre duas questões

onde surge a demanda e

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• quem

participa

PROCESSO DECISÓRIOé o produto do livre jogo de influência e de poder entre os grupos de pressão organizados que defendem interesses quase sempre individuais declarados publicamente. Quanto maior o alcance da pressão sobre os decisores, é mais provável que a decisão seja favorável ao grupo que a exerce.

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O processo decisório brasileiro é influenciado por

prestígio pessoal, reputação, políticas clientelísticas, cooptação e corporativismo

influência dos economistas, administradores e técnicos

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PROCESSO DECISÓRIOA escolha se dá entre as várias alternativas em ação. Normalmente, procedem ao ato de decisão, processos de conflitos e de acordo envolvendo pelo menos os atores mais influentes na política e na administração. Em regra geral, a instância de decisão responsável decide sobre um “programa de compromissos” negociado já anteriormente entre os atores políticos mais relevantes.

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57

A formulação e

implementação de uma

política não podem

estar desconectada do

público alvo.

Implementação de Políticas Públicas

É a fase cuja ação é estipulada durante a formulação das políticas e que produz do mesmo modo certos

resultados e impactos. Quase sempre os resultados e impactos projetados

não correspondem à fase de formulação.

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Implementação

No processo de implementação pode-se distinguir entre abordagens dirigidas ou a programas ou a estruturas e atores.

Comparando-se os fins estipulados na formulação dos programas com os resultados alcançados examina-se até que ponto foi cumprida a encomenda de ação e quais as causas dos eventuais déficits de implementação.

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IMPLEMENTAÇÃOCom relação a implementação a elaboração das características mais gerais que envolvem o processo de decisão são:

◦ quantidade de mudança envolvida

◦ extensão do consenso sobre os objetivos e as metas da política

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DISPOSIÇÃO DOS IMPLEMENTADORES

Depende da:◦compreensão da política

◦resposta (aceitação, neutralidade e rejeição)

◦ intensidade da resposta

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Desempenho da Política depende:

das características das agências implementadoras

das condições políticas, econômicas e sociais

da forma de execução de atividades

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Características das Agências Implementadoraspodem ser examinadas de acordo com o tamanho e a competência da equipe:

graus de hierarquia, sistemas de controle, graus de autonomia, vitalidade da equipe, redes de comunicação e encadeamento que promovem.

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Execução de Atividadesdepende da clareza com que metas e objetivos são fixados e da consistência com que são comunicados: da relação entre atividades que envolvem auxílios técnicos e de informação e da escolha do tipo de controle (coercitivo, remunerativo ou normativo) de acordo com o tipo de organização.

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Condições políticas, econômicas e sociais

dependem dos recursos econômicos disponíveis, do reflexo das condições econômicas e sociais, da opinião pública, da posição das elites, dos partidos de oposição e da posição dos grupos privados não institucionais.

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Implementaçãopode ser vista como um processo administrativo, portanto, um problema de consentimento, ou um problema de barganha intergovernamental ou uma complexidade de ações conjuntas, com múltiplas normas, perspectivas diversas e atores cambiáveis.

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Estudos de Avaliação

podem ser a investigação avaliativa e a avaliação propriamente dita que pode ser de dois tipos: avaliação de processo e de impacto.

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Estudos de AvaliaçãoA avaliação de processo estuda a fase de implementação de determinada política e a avaliação de impacto estuda o efeito dos resultados de uma política. Ambas são avaliações ex post – ocorrendo durante e depois da fase de implementação.

As avaliações ex ante compreendem o cálculo do custo benefício e do custo efetividade de uma política.

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Avaliação de PolíticasNesta fase apreciam-se os programas já implementados no tocante aos seus impactos. Trata-se de indagar os déficits de impacto e os efeitos colaterais indesejados para poder deduzir disso conseqüências para ações e programas futuros.

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Segundo Arretche (1998)

podemos distinguir entre a avaliação da política, análise de políticas públicas e avaliação de políticas públicas

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Avaliação de política

análise dos critérios que fundamentam determinada política

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Análise depolíticas públicas

exame da engenharia institucional e dos traços constitutivos dos programas

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Avaliação da política pública

tem como objetivo atribuir uma relação de causalidade entre um programa x e um resultado y (sucesso, fracasso e impacto sobre o problema anteriormente detectado)

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TENDÊNCIAS

A avaliação de Políticas Públicas utiliza do recursos da distinção entre eficiência, eficácia e efetividade.

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AVALIAÇÃO DE EFICIÊNCIA

relação do esforço empregado na implementação de uma dada política e os resultados alcançados.

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AVALIAÇÕES DE EFICIÊNCIA

são necessárias porque a eficiência é um objetivo democrático pois o governo está gastando o dinheiro do contribuinte, necessidade de probidade, competência e eficiência para que haja confiança no Estado e nas instituições democráticas. O setor público busca reduzir desigualdades e o privado minimizar custos.

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AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA

relação entre os objetivos e instrumentos explícitos de um dado programa e seus resultados efetivos – metas propostas, metas alcançadas e instrumentos previstos.

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DIFICULDADE DE EFICÁCIA

consiste na obtenção e confiabilidade das informações obtidas. Pesquisa capaz de reconstruir o processo de implantação da política sob análise.

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AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE

Exame da relação entre a implementação de um programa e seus impactos e/ou resultados (houve efetiva mudança na população alvo?)

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EXEMPLOUma campanha de vacinação pode ser eficaz mas não efetiva. Atinge um número x de criança num prazo determinado, mas não reduz

incidência da doença ou a diminui substancialmente.

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AVALIAÇÃOA avaliação bem feita se constitui num importante direito democrático: o controle sobre as ações de governo.

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Bibliografia

ARRETCHE, Marta. Tendências no estudo sobre avaliação. RICO, Elizabeth M. (Org.). Avaliação de Políticas Sociais. São Paulo: Cortez, 1998.

COHEN, Ernesto; FRANCO, Rolando. Avaliação de Projetos Sociais. Rio de Janeiro: Vozes, 1998.

DRAIBE, Sonia. O padrão brasileiro de proteção social. Análise Conjuntural, nº 2, Ipardes, 1986.

HOCHMAN, Gilberto. A era do Saneamento. São Paulo: Hucitec/Anpocs, 1998.

SANTOS, W. Guilherme. Cidadania e Justiça. Rio de Janeiro: Campus, 1979.

WERNECK VIANNA, Maria Lúcia Teixeira. A americanização perversa da seguridade social no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 1998.

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