polígrafo mecânica parte 1.pdf

47
Universidade Federal de Santa Maria Centro de Tecnologia Departamento de Estruturas e Construção Civil Polígrafo Mecânica para Engenharia Civil Prof Denise de Souza Saad

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Page 1: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Tecnologia

Departamento de Estruturas e Construção Civil

Polígrafo

Mecânica para Engenharia Civil

Prof Denise de Souza Saad

Page 2: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

1

Mecânica para Engenharia Civil Capítulo 1

1. Conceito: Sistema Estrutural é o agrupamento de pontos materiais interligados entre

si.

2. Estrutura: é o suporte material que serve para o transporte de esforços;

3. Objetivo: perceber os elementos estruturais e identificar os esforços a que eles estão

submetidos, possibilitando a criação de condições estruturais passíveis de cálculo real.

1.CARGAS

1.1. Conceito de carga:

A grande maioria das forças nas edificações é vertical, isto é, dirigidas para o centro

da Terra

1.2. Peso Próprio e Carga Acidental:

Fala-se de peso próprio quando se pretende designar o peso dos elementos

estruturais.

O PP da estrutura atua constantemente sendo também conhecido como “Peso

Permanente”. Os PP da estrutura são cargas verticais.

As Cargas Acidentais são as dotadas de mobilidade devido às pessoas,

instalações, materiais depositados, maquinários. As CA são chamadas de cargas móveis

e estas poderão ser verticais e/ou horizontais.

As CA possuem seus valores pré-fixados e normalizados através da ABNT.

1.3. Formas de Absorção e Transmissão das cargas nas edificações:

Devido às cargas atuantes na estrutura está irá transmitir os esforços atuantes

para alguns pontos como os vínculos ou ligações e os apoios.

Page 3: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

2

1.4. Carga Concentrada e Carga Uniformemente Distribuída:

1.4.1. Carga Concentrada: aquela que o ponto de aplicação é apenas um ponto.

Representada geralmente pela letra “P”.

1.4.2. Carga Distribuída: cargas que atuam ao longo de um trecho. Representa-se pela

letra “q”.

1.4.2.1. Carga Uniformemente Distribuída: quando o carregamento permanece

constante durante todo o trecho.

1.4.2.2. Carga Distribuída Variável: a carga varia ao longo do trecho.

2 – Princípios da Estática:

2.1. Conceitos Fundamentais:

a) Noção de força: a primeira noção de força foi dada ao homem pela sensação de

esforço muscular.

A definição mecânica de força é o resultado da ação de um corpo sobre outro

corpo.

b) Características de uma força:

Módulo – seu valor numérico

Direção – reta suporte

Sentido – Valor numérico.

c) Efeitos:

A ação de um corpo sobre outro acarreta efeitos agrupados em duas

características. Efeitos externos e efeitos internos.

- Efeitos externos: é o conjunto de ações e das reações (ativa e reativa)

Efeito Interno: são as tensões

d) Representação: por P, G

P

q

q

q q

Page 4: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

3

2.2 – Adição de Forças:

Quando duas forças atuam sobre um mesmo ponto seus efeitos são os mesmos

como se atuasse uma única força.

2.2.1. Forças de mesma direção e sentido

2.2.2. Forças de mesma direção e sentidos contrários

2.2.3. Forças concorrentes:

2.3 Transmissibilidade

Como as forças se transmitem nos sistemas e do sistema para o solo, para tanto

precisamos conhecer os tipos de forças

a)Classificação das forças

- Forças Externas: são aquelas que se originam da ação de uma causa externa ao

sistema material, pode ser:

1) Forças Externas Ativas: são aquelas aplicadas diretamente ao sistema material;

2) Forças Externas Reativas: são aquelas que surgem em reação as forças aplicadas.

As FER ocorrem em locais específicos chamados de apoios e sendo denominadas de

REAÇÃO DE APOIO.

C) Forças Internas: são aquelas que ocorrem entre os pontos do sistema material.

Ex:

F1 F2 R =F1+F2

F1 F2 R= F1-F2

F1

F2

R R= √ F1

2+F2

2+2.F1.F2.cos

P1 P2

P3

R1 R2

P1, P2 e P3- FEA

R1 e R2 – FER

Page 5: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

4

2.4 Transmissibilidade

As forças nunca agem sozinhas, pois segundo a 3º Lei de Newton:

“A cada ação corresponde uma reação de mesmo módulo, direção, mas sentido

contrário”.

2.5 Sistema de Forças: Condições de Equilíbrio:

Define-se como sistema de forças ao conjunto formado pela reunião de várias

forças que atuam em um corpo qualquer. Para as estruturas planas que serão abordadas

em Sistemas Estruturais, os sistemas de forças serão chamados coplanares, isto é,

sistema formado por forças que atuam no mesmo plano. Estas forças coplanares

poderão ser concorrentes ou paralelas.

Condição para que o sistema de forças esteja em equilíbrio é que a resultante e o

momento resultante do sistema sejam NULOS em qualquer ponto do sistema.

Para determinarem-se as condições de equilíbrio da estática tomamos como base

as equações de equilíbrio da estática:

F = 0

M = 0

Para os sistemas planos, considerando os eixos x e y:

- Diagrama de Corpo Livre:

É a representação do corpo e de todas as Forças e Momentos que atuam sobre

ele.

3. Forças no Plano

3.1 Composição de forças:

Consiste na determinação da resultante de um sistema de forças, podendo ser

resolvido graficamente ou analiticamente>

3.2.1. Forças de mesma direção e sentido

3.2.2. Forças de mesma direção e sentidos contrários

y

x

z

Fx=0

Fy=0

Mz=0

F1 F2 R =F1+F2

F1 F2 R= F1-F2

Page 6: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

5

3.2.3. Forças concorrentes:

3.2. Componentes cartesianas de uma força

Decomposição das forças sobre os eixos cartesianos x e y.

cos = Cateto adjacente = F1x F1x = F1.cos

Hipotenusa F1

sen = Cateto oposto = F1y F1y = F1.sen

Hipotenusa F1

cos = Cateto adjacente = F2y F2y = F2.cos

Hipotenusa F2

sen = Cateto oposto = F2x F2x = F2.sen

Hipotenusa F2

F1

F2

R R= √ F1

2+F2

2+2.F1.F2.cos

F1

F1x

F1y x

y

Hipotenusa: F1

Cateto Oposto: F1y

Cateto Adjacente: F1x

F2

F2x

F2y x

y

Hipotenusa: F2

Cateto Oposto: F2x

Cateto Adjacente: F2y

Page 7: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

6

3.3 Momento de uma Força:

Defini-se momento de uma força em relação a um ponto qualquer de referência,

como sendo o produto entre a intensidade da carga aplicada e a respectiva distância em

relação ao ponto de referência.

É importante observar que a direção da força e a distância estarão sempre

defasados de 90º.

- Teorema de Varignon

O momento resultante de duas forças concorrentes em um ponto E qualquer do

seu plano, em relação a um ponto A de referência, é igual a soma algébrica dos

momentos das componentes da força resultante em relação a este ponto.

Observação: Nunca esqueça que a distância é sempre tomada PERPENDICULAR ao

ponto de referência.

3.4 Forças Paralelas:

Considere as forças no plano xy. Entende-se por forças paralelas ao eixo y, quando não

existirem projeções em relação ao eixo x, tendo momento apenas em relação ao eixo x.

A d F M=F.d

A

b

a

c R V

H

R.c = H.a+V.b

y

x

z

Fy=0

Mz=0

É o caso mais comum da estática

Page 8: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

7

4. Vínculos 4.1 Graus de Liberdade:

Defini-se como grau de liberdade a possibilidade de movimento.

No espaço tem-se 6 GL, o que significa 3 translações e 3 rotações

No plano têm-se 3 GL, 2 translações e 1 rotação

4.2 Vínculos:

A função dos vínculos é restringir a possibilidade de movimento dos corpos, ou

seja, proporcionam vínculo da estrutura ao solo ou na própria estrutura entre um

elemento e outro. Os vínculos, por restringirem os movimentos, despertam as chamadas

reações vinculares ou REAÇÔES DE APOIO, exclusivamente na direção dos

movimentos impedidos, permitindo somente pequenos deslocamentos devido às

deformações.

Os vínculos ou apoios serão classificados de acordo com os graus de liberdade.

4.3 Classificação dos vínculos ou apoios:

1º)Apoio Simples ou Apoio do 1º. Gênero – impede uma translação, ou vertical ou

horizontal.

Apresenta apenas uma reação de apoio, na direção do movimento impedido.

Representação:

2º)Apoio Duplo ou Apoio do 2º. Gênero – impede uma 2 translações

Apresenta duas reações de apoio, uma horizontal e uma vertical

Representação:

z

y

x

z

y

x

V

H

V V

H H

Page 9: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

8

3º) Engastes ou Vínculos do 3º Gênero:

Representação

5. Determinação das Reações de Apoio:

Para determinação das reações de apoio utilizam-se as equações das

condições de equilíbrio.

FH = 0

FV = 0

M = 0

Ex: Determinar as reações de apoio da viga bi-apoiada abaixo:

Inicialmente, deve-se determinar os tipos de vínculos existentes:

Conforme visto anteriormente o apoio no ponto A é um apoio duplo e impede

dois movimentos, logo surgem duas reações, uma horizontal e uma vertical.

No ponto C, tem-se um apoio simples, impedindo um movimento, com

surgimento de uma reação de apoio, no sentido do movimento impedido.

V

H

M

1,0m 1,0m

5 KN

A B C

VA

HA

VC

Page 10: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

9

Assim:

O sentido das forças adotado é arbitrário, podendo-se, por escolha, determinar

outros sentidos.

Para a determinação das reações HA,VA e VC utilizam-se as equações:

FH = 0

FV = 0

M = 0

No somatório das forças horizontais só há a força HA , portanto:

FH = 0 HA= 0

No somatório das forças verticais tem-se :

FV = 0 VA+VC = 5 KN

Para determinação do momento, inicialmente determina-se o ponto onde irá se

determinar o momento. Sempre emprega-se os pontos onde há os vínculos, ou seja,

neste caso, determina-se o momento no ponto A ou C. Verifica-se quais são as forças

que provocam momento em um destes pontos.

Determinando o momento no ponto A:

MA = 0

No ponto A, as forças HA e VA não provocam momento, pois passam pelo ponto

A. As únicas forças que provocam momento é a força externa de 5 KN e a reação do

ponto C. Lembre-se que momento é o produto da força pela distância, assim:

MA = + 5KN. 1m - VC. 2m = 0

A força de 5KN foi considerada positiva, pois o momento gira em torno do ponto A no

sentido horário:

1,0m 1,0m

5 KN

A B C

HA

VA VB

1,0m

5 KN

A

giro horário e sentido adotado como “+”

Page 11: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

10

No ponto B

Portanto:

+ 5KN. 1m - VC. 2m = 0

VC.= +2,5 KN

Substituindo o valor na equação para determinação de VA:

VA+VC = 5 KN

VA+2,5 KN = 5 KN

VA= +2,5 KN

Assim, determinam-se todos os valores das reações:

HA= 0

VA= +2,5 KN

VC.= +2,5 KN

O valor positivo indica que o sentido adotado, de baixo para cima, está correto.

No próximo exemplo, tem-se uma viga engastada.

1,0m 1,0m

A B C

VB

Giro anti-horário adotado como “-“

1,0m 1,0m

5 KN

A B C

HA=0

VA = 2,5 KN VC= 2,5 KN

Page 12: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

11

A viga apresenta unicamente um engaste no ponto A, vínculo que impede o

deslocamento horizontal, vertical e também o giro, logo surgem reações em todos estes

movimentos impedidos:

Assim:

Para a determinação das reações HA,VA e MA utilizam-se as equações:

FH = 0

FV = 0

M = 0

No somatório das forças horizontais só há a força HA , portanto:

FH = 0 HA= 0

No somatório das forças verticais tem-se :

FV = 0

VA - 12,5 KN - 10 KN = 0 KN

VA = +22,5 KN

0,5 m 0,5 m

12,5 KN 10 KN

A B C

VA

HA

MA

Q

0,5 m 0,5 m

12,5 KN 10 KN

A B C

VA

HA

MA

Page 13: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

12

Como só há vínculo no ponto A, o momento será calculado neste ponto. Como

as forças HA e VA atuam neste ponto, seu momento será zero. Adotando o mesmo sinal

anterior, ou seja, negativo para sentido anti-horário do momento, tem-se:

Logo, o momento será dado por:

MA = 0

-MA + 12,5 KN.0,5m + 10 KN. 1,0 m = 0

MA = +16,25 KNm

Assim, tem-se

HA= 0

VA =+22,5 KN

MA = +16,25 KNm

Os sinais positivos indicam que o sentido adotado para a força e o momento estão

corretos, logo:

0,5 m 0,5 m

12,5 KN 10 KN

A B C

VA

HA

MA

+ +

0,5 m 0,5 m

12,5 KN 10 KN

A B C

VA= 22,5 KN

HA =0

MA = 16, 25 KNm

Page 14: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

13

Quando a carga for uniformemente distribuída, a força resultante encontra-se na

posição do centro de gravidade do retângulo, ou seja, sua posição é na metade da base

do retângulo, logo para uma viga bi-apoiada com carga distribuída, tem-se:

Para a viga bi-apoiada, tem-se no ponto B um apoio duplo, com 2 reações de

apoio, vertical e horizontal, pois estes dois movimentos estão impedidos. No ponto D

tem-se um apoio simples, que impede um deslocamento horizontal, portanto com uma

reação de apoio vertical. Logo:

A resultante da carga distribuída está situada a 0,8 m do ponto C e do ponto D e

é dado pelo produto da base pela altura, ou seja, 1,2 KN/m.1,6m.

1,0 m 0,3m 1,5 m

3,4 KN 1,2 KN/m

A B C D

1,0 m 0,3m 1,6 m

3,4 KN 1,2 KN/m

A B C D HB

VB VD

1,0 m 0,3m 1,6 m

3,4 KN

A B C D HB

VB VD

1,2 KN/m

1,92 KN

1 KN

Page 15: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

14

Para a determinação das reações HB,VB e VD utilizam-se as equações:

FH = 0

FV = 0

M = 0

No somatório das forças horizontais tem-se as forças HB e a força de 1 KN, portanto:

FH = 0

HB + 1 KN=0

HB = -1 KN

O sinal negativo informa que o sentido da reação deverá ser da direita para a

esquerda, ou seja, contrário ao adotado. Assim, alterando o sentido da reação, deve-se

desconsiderar o sinal negativo.

Para a determinação das reações verticais:

FV = 0 VB+VD = 3,4 KN + 1,92 KN

VB+VD = 5,32 KN

Para a determinação dos valores de VB+VD , deve-se determinar o momento no ponto B

ou em D, fazendo o cálculo no ponto D a reação VD não provoca momento. Assim:

MD = + 1,9 VB - 3,4 KN. 2,9m -1,92 KN.0,8m = 0

+ 1,9 VB = 3,4 KN. 2,9m +1,92 KN.0,8m

VB = 5,99 KN ~6 KN

Logo

VB+VD = 5,32 KN

6 KN+VD = 5,32 KN

VD = 5,32 KN – 6KN

VD = -0,68 KN

Como a reação encontrada apresenta sinal negativo, indica que seu sentido está

trocado, ou seja, a reação no ponto D terá sentido de cima para baixo. Assim, as reações

da viga serão:

VD = 0,68 KN

1,0 m 0,3m 1,6 m

3,4 KN

A B C D

HB = 1 KN

VB = 6 KN

1,2 KN/m

1,92 KN

1 KN

Page 16: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

15

Determinar as reações de apoio da viga engastada abaixo:

A viga apresenta unicamente um engaste no ponto A, vínculo que impede o

deslocamento horizontal, vertical e também o giro, logo surge reações em todos estes

movimentos impedidos:

Assim:

A resultante das forças uniformemente distribuídas situa-se na metade da base

do retângulo e seu valor é dado pelo produto da altura pela base, ou seja, a altura das

forças pela distância em que ela está aplicada.

VA

HA

MA

Q

0,3 m 0,7 m

8,5 KN 7 KN

A B C

1,1 KN/N

0,4 KN/m

3,2 KNm

VA

HA

MA

0,3 m 0,7 m

8,5 KN 7 KN

A B C

1,1 KN/N

0,4 KN/m

3,2 KNm

Page 17: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

16

Para a determinação das reações HA,VA e MA utilizam-se as equações:

FH = 0

FV = 0

M = 0

No somatório das forças horizontais só há a força HA , portanto:

FH = 0 HA= 0

Para cálculo da resultante vertical, utilizam-se somente as forças verticais e o momento

aplicado na viga não entra no cálculo. No somatório das forças verticais tem-se:

FV = 0

VA - 8,5 KN - 7 KN -0,12 KN – 0,77 KN = 0 KN

VA = + 16,39 KN

Como só há vínculo no ponto A, o momento será calculado neste ponto. Como

as forças HA e VA atuam neste ponto, seu momento será zero. Adotando o mesmo sinal

anterior, ou seja, negativo para sentido anti-horário do momento, tem-se:

VA

HA

MA

0,3 m 0,7 m

8,5 KN 7 KN

A B C

1,1 KN/N

0,4 KN/m

3,2 KNm

1,1 KN/m.0,7m= 0,77 KN 0,4 KN/m.0,3m= 0,12 KN

VA

HA

MA

0,3 m 0,7 m

8,5 KN 7 KN

A B C

1,1 KN/N

0,4 KN/m

3,2 KNm

1,1 KN/m.0,7m= 0,77 KN 0,4 KN/m.0,3m= 0,12 KN

Page 18: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

17

Logo, o momento será dado por:

MA = 0

-MA + 8,5 KN.0,3m + 7 KN. 1,0 m + 0,12 KN. 0,15m + 0,77 KN.0,65m= 0

MA = +10,02 KNm

Assim, tem-se:

HA= 0

VA =+ 16,39 KN

MA = +10,02 KNm

Os sinais positivos indicam que o sentido adotado para a força e o momento estão

corretos, logo:

0,5 m 0,5 m

12,5 KN 10 KN

A B C

VA= 16,39 KN

HA =0

MA = 10, 02 KNm

Page 19: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

18

Exercícios:

1) Determinar as reações de apoio das vigas abaixo:

3 KN

C)

0,3 0, 7 1,0 m

A B C D

1,1 KN/m 3,5 KN

0,5 KN/m

1,5 KNm

A)

0,2m 0,3m 0,2m 1,5 m

3,4 KN 4,2KN 1,2 KN/m

A B C D E

0,2m 0,3m 0,2m 0,7m 0,8m

2,3 KN 4,1KN 1,5 KNm 1,1 KN/m

A B C D E F

B)

7 KN

8 KN

0,5 KN/M 5 KNM

A B C D E

0,2 m 0,2m 0,1m 0,2m

0,3 m 0,2 m 0,1 m 1,8 m

8,1 KN 4,3KN 0,3 KN/m

5 KNm

A B C D E

D)

e)

Resposta:

A)VC = 10,14 KN

VE = 0,74KN

B) VA = 6,50 KN

VF = 1,55KN

C) VA= 8,10 KN

MA = 9,85 KNm

D) VA = 8,61 KN

VE = 4,33 KN

E) VA = 15,25 KN

MA = 7,52 KNm

Page 20: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

19

6.Esforços Solicitantes: 6.1. Fundamentos:

O estudo da Mecânica abrange a relação entre as diversas forças que atuam

em um sólido rígido baseado nas condições de equilíbrio da estática, ou seja, na

determinação das reações vinculares externas (equilíbrio externo) e a caracterização das

solicitações fundamentais (equilíbrio interno).

A Resistência dos Materiais amplia este estudo, procurando determinar a

relação entre as solicitações externas e os efeitos provocados no interior dos sólidos por

estas e, admite que os corpos sofram deformações, por menores que estas possam ser,

podendo estas deformações, quando excessivas, levar o material até a ruptura.

Os problemas abrangidos pela Resistência dos Materiais são:

projetada a estrutura, verificar a segurança quanto ao carregamento imposto; e,

dimensionar a estrutura, a fim de resistir aos esforços com segurança. Para a determinação das solicitações fundamentais, faz-se necessário a análise dos esforços

internos, para que nas diversas seções da estrutura, possa-se verificar a existência e a grandeza dos

mesmos.

6.2. Método das Seções:

Considera-se um corpo rígido em equilíbrio qualquer submetido a forças

externas ativas e reativas.

F1 F2 m F3

F1 F2 F3

(E) (D)

RA n RB

RA RB

(a) (b) Figura 1.1

A Mecânica, utilizando as equações de equilíbrio externo da estática

(FH=0, FV=0, M=0), proporciona a determinação das resultantes das forças

aplicadas, o que possibilita a verificação do equilíbrio do corpo.

A Resistência dos Materiais estuda a DISTRIBUIÇÃO INTERNA DOS

ESFORÇOS provocados pelas forças exteriores ativas e reativas. Para a determinação

desta distribuição secciona-se o corpo por um plano m-n, conforme indicado na figura

1.1.b, dividindo-o em duas partes, esquerda (E) e direita (D). Este processo será

denominado de MÉTODO DAS SEÇÕES.

Para ser possível esta divisão, mantendo o equilíbrio das duas partes, aplica-

se na parte (E), um SISTEMA ESTÁTICO EQUIVALENTE aos das forças que atuam

na parte (D), e na parte (D), um sistema estático equivalente ao das forças que atuam na

parte (E). Este sistema estático é obtido reduzindo-se às forças à esquerda e à direita da

seção S em relação a um ponto, sendo este geralmente o centro de gravidade da seção.

Assim, a resultante R das forças e o momento resultante M, os quais atuam

na parte (E), foram obtidos através das forças que atuam na parte D, e vice-versa.

Logo pode-se dizer que a seção S de um corpo em equilíbrio, também esta

em equilíbrio submetida a um par de forças R e -R e a um par de momentos M e -M

Page 21: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

20

aplicados no seu centro de gravidade e resultante das forças atuantes em (D) e (E),

respectivamente.

F1 F2 F3

R M

(E) (D)

M R

RA RB

Figura 1.2

Para uma melhor compreensão dos efeitos estáticos provocados por R e M

na seção S da parte (E), far-se-á a decomposição da força e do momento resultante

segundo um triedro escolhido. Para a origem do sistema de eixos do mesmo considera-

se o Centro de Gravidade da seção.

O triedro será constituído por um eixo normal a seção e ao baricentro (eixo

X) e dois eixos tangenciais a seção (eixo Y e eixo Z), coincidindo com os eixos

principais de inércia da seção

y

My

F1 F2 Fy=Qy

Mx=T

(E)

Fx=N x

RA Fz=Qz

Mz

z

Figura 1.3

Cada uma das seis componentes obtidas, representa um efeito provocado

pelas forças aplicadas sobre o sólido em estudo, que a seguir são descritas:

ESFORÇO NORMAL (indicado pela letra N):

Representa a soma algébrica das projeções sobre a normal à seção, das

forças exteriores situadas à direita ou à esquerda da seção considerada. As forças

normais, que atuam em um elemento, tendem a provocar um alongamento (tração) ou

encurtamento (compressão) do elemento na direção da força normal.

ESFORÇO CORTANTE (indicado pela letra Q):

Representa a soma vetorial das projeções sobre o plano da seção das forças

exteriores situadas à direita ou à esquerda da seção considerada. As forças cortantes que

agem sobre um elemento tendem a provocar um deslizamento de uma face em relação a

outra face vizinha.

MOMENTO TORSOR (representado pela letra T):

Representa a soma algébrica das projeções sobre um eixo perpendicular ao

plano da seção e passando pelo seu centro de gravidade, dos momentos das forças

Page 22: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

21

exteriores situadas à esquerda ou à direita da seção. Os momentos torsores tendem a

torcer as faces em sentidos opostos em torno da normal baricêntrica.

MOMENTO FLETOR (representado pela letra M):

Representa a soma algébrica das projeções sobre o plano da seção dos

momentos das forças exteriores situadas à direita ou à esquerda da seção. Os momentos

fletores tendem a fazer girar em sentidos opostos as faces do elemento em torno de retas

localizadas nos planos das faces.

Exercícios de Diagramas

Exercícios resolvidos:

1) Determine as reações de apoio, os DEC e DMF

0,3m 0,8 m 0,3 0,2

8,1 KN

1) 4,5 KN

1,2 KN/m 2,1 KN/m

A B C D E

0,2m 0,3 m 0,3 m 0,2 m 0,4 m 0,3

3,1 KN 2)

5,2 KN

0,8 KN/m 0,5 KN/m

A B C D E F G

1,0 m 0,5 m 0,4m 0,8 m

0,5 KN/m 2,5 KN 4,5 KN

3 KNm 3) 0,2 KN/m

A B C D E

10,6 KN

0,6 0,2 0,8 0,8 m

A B C D E

8 KN

0,3 KN/m

0,8 KN/m

5 KNm 4

Page 23: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

22

Resolução

a)Reações de Apoio:

Inicialmente serão calculadas as reações de apoio, através das 3 equações da

estática:

FH = 0

FV = 0 Equações da estática

MA = 0

FH = 0 HA=0

FV = 0 VA + VC – 1,2 KN/m * 1,1 m – 8,1 KN – 2,1 KN/m * 0,5 m - 4,5 KN =

0

VA + VC = 15,0 KN

MA = 0 1,2 KN/m x 1,1 m * 1,1m/2 + 8,1 KN * 1,3 m + 4,5 KN * 1,4 m + 2,1

KN/m * 0,5m * ( 0,5m/2 + 1,4 m) – 1,1 m * VC = 0

b) DEC

A partir das reações de apoio, será calculado o diagrama de esforço cortante.

Para cálculo será empregada a seguinte convenção, na esquerda, quando a força

estiver subindo, será positivo. Caso o cálculo seja iniciado na direita, o esforço será

positivo, quando a força estiver descendo. Em ambos os casos a representação será

acima do eixo da viga. Assim, tem-se:

Lembre-se que na construção do DEC, sempre que houver uma carga ou um

apoio (exceto o inicial), faz-se o cálculo “antes” e “depois” da carga.

VA= + 5,1 KN VB= +9,9 KN

0,3m 0,8 m 0,3 0,2

8,1 KN

1) 4,5 KN

1,2 KN/m 2,1 KN/m

A B C D E

+ + Esq Dir Esq Dir

0,5 0, 7 0,9 m

A B C D

1,1 KN/m 8,1 KN 4,7 KN/m

0,5 KN/m 5

3 KNm

Page 24: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

23

O diagrama será iniciado pelo ponto A, lembre que você sempre está no ponto

considerado:

Entrando pela esquerda tem-se somente a reação de apoio:

QA= +5,1 KN

Entrando pela direita tem-se:

QA= +2,1 KN * 0,5 m + 4,5 KN – 9,9 KN + 1,2 KN * 1,1 m +8,1 KN = +5,1 KN

No ponto B, entrando pela esquerda, antes da carga de 8,1 KN:

5,1 KN

0,3 m

1,2 KN/m

A B

5,1 KN

A

8,1 KN

0,3m 0,8 m 0,3 0,2

4,5 KN 1,2 KN/m

2,1 KN/m

9,9 KN

A B C D E

Page 25: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

24

QBa= +5,1 KN – 1,2 KN/m * 0,3 m = + 4,7 KN

Entrando pela direita:

QBa= +2,1 KN * 0,5 m + 4,5 KN – 9,9 KN + 1,2 KN * 0,8 m +8,1 KN = + 4,7 KN

Na seção B, depois da carga de 8,1 KN:

QBd= +5,1 KN – 1,2 KN/m * 0,3 m – 8,1 KN = -3,4 KN

Ou, pela direita:

QBd=+2,1 KN * 0,5 m + 4,5 KN – 9,9 KN + 1,2 KN * 0,8 m = -3,4 KN

Na seção C, antes do apoio C:

0,8 m 0,3 0,2

4,5 KN 1,2 KN/m

9,9 KN

2,1 KN/m

5,1 KN

0,3 m

8,1 KN 1,2 KN/m

A B B C D E

8,1 KN

0,8 m 0,3 0,2

4,5 KN 1,2 KN/m

9,9 KN

2,1 KN/m

B C D E

Page 26: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

25

QCa= +5,1 KN – 1,2 KN/m * 1,1 m – 8,1 KN= - 4,3 KN

O mesmo ponto, fazendo o cálculo pela direita:

QCa= +2,1 KN * 0,5 m + 4,5 KN – 9,9 KN = - 4,3 KN

No ponto C, depois do apoio:

QCd= +5,1 KN – 1,2 KN/m * 1,1 m – 8,1 KN + 9,9 KN = + 5,6 KN

No ponto C, entrando pela direita:

QCd=+2,1 KN * 0,5 m + 4,5 KN = + 5,6 KN

No ponto D, antes da carga de 4,5 KN e entrando pela esquerda:

0,3 0,2

4,5 KN

9,9 KN

2,1 KN/m

5,1 KN 0,3 m 0,8 m

8,1 KN 1,2 KN/m

A B C C D E

9,9 KN 5,1 KN 0,3 m 0,8 m

8,1 KN 1,2 KN/m

4,5 KN 2,1 KN/m

0,3 0,2

A B C C D E

Page 27: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

26

QDa= +5,1 KN – 1,2 KN/m * 1,1 m – 8,1 KN + 9,9 KN – 2,1 KN/m * 0,3 m = + 4,9 KN

Pela direita, tem-se somente as cargas distribuída e concentrada:

QDa== +2,1 KN * 0,2 m + 4,5 KN = + 4,9 KN

No ponto D, depois da carga concentrada de 4,5 KN

QDd= + 5,1 KN – 1,2 KN/m * 1,1 m – 8,1 KN + 9,9 KN – 2,1 KN/m * 0,3 m - 4,5 KN =

+ 0,4 KN

Entrando pela direita:

QDd=+2,1 KN * 0,2 m = + 0,4 KN

4,5 KN 2,1 KN/m

0,2

5,1 KN 0,3 m 0,8 m 0,3 m

8,1 KN 1,2 KN/m

2,1 KN/m

9,9 KN

A B C D D E

2,1 KN/m

0,2

5,1 KN 0,3 m 0,8 m 0,3 m

8,1 KN 1,2 KN/m

2,1 KN/m

9,9 KN

A B C D D E

4,5 KN

Page 28: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

27

No final da viga:

Entrando pela esquerda:

QE= + 5,1 KN – 1,2 KN/m * 1,1 m – 8,1 KN + 9,9 KN – 2,1 KN/m * 0,5 m - 4,5 KN =

0

E, pela direita:

QE= 0

0,3m 0,8 m 0,3 0,2

8,1 KN

4,5 KN

1,2 KN/m 2,1 KN/m

A B C D E

Page 29: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

28

c) DMF

O cálculo do Momento Fletor será realizado empregando a seguinte convenção

de sinais:

- Quando calcular o momento fletor a partir da esquerda para direita, o momento

positivo será no sentido horário; quando se iniciar o cálculo pela direita, o momento

positivo terá o sentido anti-horário; sendo ambos os casos representados abaixo do

eixo da viga.

Lembre-se que no DMF, quando houver um momento aplicado na viga, tem-se

de calcular o momento fletor no ponto, “antes” e “depois” do momento aplicado.

O cálculo será iniciado pelo ponto A:

MA = 0

Calculando pela direita o ponto A:

MA = - 1,2 KN/m x 1,1 m * 1,1m/2 - 8,1 KN * 0,3 m +- 9,9 KN * 1,1 m - 4,5 KN * 1,4

m

- 2,1 KN/m * 0,5m * (0,5m/2 + 1,1 m) = 0

Calculando o momento fletor no ponto B, entrando pela esquerda, sendo

indiferente antes ou depois da carga, pois o momento da carga concentrada de 8,1 KN é

zero:

+ + Esq Dir Esq Dir

5,1 KN

8,1 KN

0,3m 0,8 m 0,3 0,2

4,5 KN 1,2 KN/m

2,1 KN/m

9,9 KN

A

A B C D E

0,8 m 0,3 0,2

4,5 KN 1,2 KN/m

9,9 KN

2,1 KN/m

5,1 KN

0,3 m

8,1 KN 1,2 KN/m

A B B C D E

Page 30: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

29

MB = +5,1 KN * 0,3 m – 1,2 KN/m x 0,3 m * 0,3 m/2 = +1,47 KNm

Considerando o lado direito da seção e a convenção citada anteriormente:

MB =- - 1,2 KN/m x 0,8 m * 0,8m/2 +- 9,9 KN * 0,8 m - 4,5 KN * 1,1 m - 2,1 KN/m *

0,5m * (0,5m/2 + 0,8 m) = +1,47 KNm

No ponto C, tem-se

MC = +5,1 KN * 1,1 m – 1,2 KN/m x 1,1 m * 1,1 m /2 – 8,1 KN * 0,8 m= - 1,6 KNm

Ou:

MC = - 4,5 KN * 0,3 m - 2,1 KN/m * 0,5m * 0,5m/2 = - 1,6 KNm

No ponto D:

MD = +5,1 KN * 1,4 m – 1,2 KN/m x 1,1 m * (1,1/2 + 0,3) m – 8,1 KN * 1,1 m + 9,9

KN * 0,3m – 2,1 * 0,3 * 0,3m/2 = 0 KN

Ou:

MD = - 2,1 KN/m * 0,2m * 0,2m/2 = 0

0,3 0,2

4,5 KN

9,9 KN

2,1 KN/m

5,1 KN 0,3 m 0,8 m

8,1 KN 1,2 KN/m

A B C C D E

2,1 KN/m

0,2

5,1 KN 0,3 m 0,8 m 0,3 m

8,1 KN 1,2 KN/m

2,1 KN/m

9,9 KN

A B C D D E

4,5 KN

Page 31: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

30

Na extremidade da viga:

ME = +5,1 KN * 1,6 m – 1,2 KN/m x 1,1 m * (1,1m/2 + 0,5) m – 8,1 KN * 1,3 m

+ 9,9 KN * 0,5m – 2,1 KN/m * 0,5m * 0,5m/2 – 4,5 KN * 0,2 m = 0

Ou:

ME = 0

A seguir, estão desenhados os DEC e DMF da viga:

0,3m 0,8 m 0,3 0,2

8,1 KN

4,5 KN

1,2 KN/m 2,1 KN/m

A B C D E

Page 32: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

31

0,3m 0,8 m 0,3 0,2

8,1 KN

4,5 KN

1,2 KN/m 2,1 KN/m

A B C D E

5,1 4,7 5,6 4,9

-3,4 -4,3

0,4

1,5 KNm

-1,6 KNm

DEC

DMF

Page 33: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

32

a)Reações de Apoio:

VA= - 0,6 KN VB= +9,9 KN

b) DEC

QA= 0

QBa= - 0,5 KN/m * 0,2m = - 0,1 KN

QBd= - 0,5 KN/m * 0,2m - 0,6 KN= - 0,7 KN

QCa= -0,5 KN/m * 0,5m - 0,6 KN = - 0,85 KN

QCd= -0,5 KN/m * 0,5m - 0,6 KN – 3,1 KN = - 3,95 KN

QD= -0,5 KN/m * 0,8m - 0,6 KN – 3,1 KN = - 4,1 KN

QEa= -0,5 KN/m * 0,8m - 0,6 KN – 3,1 KN = - 4,1 KN

QEd= -0,5 KN/m * 0,8m - 0,6 KN – 3,1 KN +9,9 KN = +5,8 KN

QFa= -0,5 KN/m * 0,8m - 0,6 KN – 3,1 KN +9,9 KN – 0,8 KN* 0,4m = +5,4 KN

QFd= -0,5 KN/m * 0,8m - 0,6 KN – 3,1 KN +9,9 KN– 0,8 KN* 0,4m – 5,2 KN= +0,28

KN

QG= -0,5 KN/m * 0,8m - 0,6 KN – 3,1 KN +9,9 KN– 0,8 KN* 0,7m – 5,2 KN= 0

c) DMF

MA = 0

MB = - 0,5 KN/m * 0,2m * 0,2m/2 = - 0,01 KN

MC = - 0,5 KN/m * 0,5m * 0,5m/2 – 0,6 KN * 0,3 m = -0,24 KN

MD = - 0,5 KN/m * 0,8m * 0,8m/2 – 0,6 KN * 0,6 m – 3,1 KN * 0,3 m = - 1,45 KN

ME = - 0,5 KN/m * 0,8m * (0,8m/2 + 0,2 m) – 0,6 KN * 0,8 m – 3,1 KN * 0,5 m = -2,27

KNm MF = - 0,5 KN/m * 0,8m * (0,8m/2 + 0,6 m) – 0,6 KN * 1,2 m – 3,1 KN * 0,9 m + 9,9

KN * 0,4 m – 0,8 KN/m * 0,4 m * 0,4 m/2 = - 0,014 KNm

MG =- 0,5 KN/m * 0,8m * (0,8m/2 + 0,9 m) – 0,6 KN * 1,5 m – 3,1 KN * 1,2 m + 9,9

KN * 0,7 m – 0,8 KN/m * 0,7 m * 0,7 m/2 – 5,2 KN * 0,3 m = 0

0,2m 0,3 m 0,3 m 0,2 m 0,4 m 0,3

3,1 KN 2)

5,2 KN

0,8 KN/m 0,5 KN/m

A B C D E F G

Page 34: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

33

0,2m 0,3 m 0,3 m 0,2 m 0,4 m 0,3

3,1 KN

5,2 KN

0,8 KN/m 0,5 KN/m

A B C D E F G

5,8 5,4

0,28 0

0 -0,1

-0,7 -0,85

-3,95 -4,1 -4,1

0 0,01 -0,24

-0,014 0

-1,45 -2,27

DEC

DMF

Page 35: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

34

a)Reações de Apoio:

VA= - 2,61 KN VB= +10,27 KN

b) DEC

QA= - 2,61 KN

QB= - 2,61 KN – 0,5 KN/m * 1,0 m = - 3,1 KN

QCa= - 2,61 KN – 0,5 KN/m * 1,0 m = - 3,1 KN

QCd= - 2,61 KN – 0,5 KN/m * 1,0 m – 2,5 KN = -5,6 KN

QDa= - 2,61 KN – 0,5 KN/m * 1,0 m – 2,5 KN = -5,6 KN

QDd= - 2,61 KN – 0,5 KN/m * 1,0 m – 2,5 KN + 10,27 = 4,7 KN

QEa= - 2,61 KN – 0,5 KN/m * 1,0 m – 2,5 KN + 10,27 – 0,2 KN/m * 0,8 m= 4,5 KN

QEd= - 2,61 KN – 0,5 KN/m * 1,0 m – 2,5 KN + 10,27 – 0,2 KN/m * 0,8 m – 4,5 KN =

0

c) DMF

MA = 0

MB = - 2,61 KN * 1m – 0,5 KN/m * 1,0 m * 1m/2 = - 2,9 KNm

MCa = - 2,61 KN * 1,5m – 0,5 KN/m * 1,0 m * (1m/2 + 0,5 m) = - 4,4 KNm

MCd = - 2,61 KN * 1,5m – 0,5 KN/m * 1,0 m * (1m/2 + 0,5 m) + 3 KNm = -1,4 KNm

MD = - 2,61 KN * 1,9 m – 0,5 KN/m * 1,0 m * (1m/2 + 0,9 m) + 3 KNm – 2,5 KN * 0,4

m = - 3,7 KNm

ME = - 2,61 KN * 2,7 m – 0,5 KN/m * 1,0 m * (1m/2 + 1,7 m) + 3 KNm – 2,5 KN * 1,2

m + 10,27 KN * 0,8 m – 0,2 KN/m * 0,8 m * 0,8 m/2 = 0

1,0 m 0,5 m 0,4m 0,8 m

0,5 KN/m 2,5 KN 4,5 KN

3 KNm 3) 0,2 KN/m

A B C D E

Page 36: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

35

1,0 m 0,5 m 0,4m 0,8 m

0,5 KN/m 2,5 KN 4,5 KN

3 KNm 0,2 KN/m

A B C D E

-2,6 -3,1 -5,6

4,7 4,5

0

-2,9

-4,4 -3,7

-1,4

0

DEC

DMF

Page 37: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

36

a)Reações de Apoio:

VA= + 21,0 KN MA= +17,23 KNm

b) DEC

QA= + 21,0 KN

QBa= + 21,0 KN – 0,8 KN/m * 0,6 m = + 20,5 KN

QBd= + 21,0 KN – 0,8 KN/m * 0,6 m – 10,6 KN = + 9,9 KN

QC=+ 21,0 KN – 0,8 KN/m * 0,8 m – 10,6 KN = + 9,8 KN

QDa= + 21,0 KN – 0,8 KN/m * 1,6 m – 10,6 KN – 0,3 KN/m * 0,8 m= + 8,9 KN

QDd= + 21,0 KN – 0,8 KN/m * 1,6 m – 10,6 KN – 0,3 KN/m * 0,8 m – 8 KN = +0,9

KN

QE= + 21,0 KN – 0,8 KN/m * 2,4 m – 10,6 KN – 0,3 KN/m * 1,6 m – 8 KN = 0

c) DMF

MA = - 17,23 KNm

MBa = - 17,23 KNm + 21KN * 0,6 m – 0,8 KN/m * 0,6 m * 0,6 m/2 = - 4,8 KNm

MBd = - 17,23 KNm + 21KN * 0,6 m – 0,8 KN/m * 0,6 m * 0,6 m/2 – 5 KNm = - 9,8

KNm

MC = - 17,23 KNm + 21KN * 0,8 m – 0,8 KN/m * 0,8 m * 0,8 m/2 – 5 KNm – 10,6 Kn

*

0,2 m = - 7,8 KNm

MD = - 17,23 KNm + 21KN * 1,6 m – 0,8 KN/m * 1,6 m * 1,6 m/2 – 5 KNm – 10,6 Kn

*

1,0 m - 0,3 KN/m * 0,8 m * 0,8m/2 = - 0,4 m

ME = - 17,23 KNm + 21KN * 2,4 m – 0,8 KN/m * 2,4 m * 2,4 m/2 – 5 KNm – 10,6 Kn

*

1,8 m - 0,3 KN/m * 1,6 m * 1,6m/2 – 8,0 KN * 0,8 m = 0

0,6 0,2 0,8 0,8 m

A B C D E

8 KN

0,3 KN/m

0,8 KN/m

5 KNm 4)

10,6 KN

Page 38: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

37

0,6 0,2 0,8 0,8 m

A B C D E

8 KN

0,3 KN/m

0,8 KN/m

5 KNm

10,6 KN

DEC

21,0 20,5

9,9 9,8 8,9

0,9 0

-17,2

-4,8

-9,8

-7,8 -0,4 0 DMF

Page 39: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

38

a)Reações de Apoio:

VA= + 14,57 KN MA= +18,45 KNm

b) DEC

QA= + 14,57 KN

QBa= + 14,57 KN – 1,1 KN/m * 0,5 m = +14,0 KN

QBd= + 14,57 KN – 1,1 KN/m * 0,5 m – 8,1 KN = + 5,9 KN

QC=+ 14,57 KN – 1,1 KN/m * 1,2 m – 8,1 KN = + 5,2 KN

QDa= + 14,57 KN – 1,1 KN/m * 1,2 m – 8,1 KN - 0,5 KN/m * 0,9 m = + 4,7 KN

QDd= + 14,57 KN – 1,1 KN/m * 1,2 m – 8,1 KN - 0,5 KN/m * 0,9 m - 4,7 KN = 0

c) DMF

MA = - 18,45 KNm

MB = - 18,45 KNm + 14,57 KN * 0,5 m – 1,1 KN/m * 0,5 m * 0,5 m/2 = - 11,3 KNm

MCa = - 18,45 KNm + 14,57 KN * 1,2 m – 1,1 KN/m * 1,2 m * 1,2 m/2 – 8,1 KN * 0,7

m =

-7,4 KMn

MCd = - 18,45 KNm + 14,57 KN * 1,2 m – 1,1 KN/m * 1,2 m * 1,2 m/2 – 8,1 KN * 0,7

m

+ 3 KNm = -4,4 KMn

MD = - 18,45 KNm + 14,57 KN * 2,1 m – 1,1 KN/m * 1,2 m * (1,2 m/2 + 0,9 m) – 8,1

KN

* 1,6 m + 3 KNm – 0,5 KN/m * 0,9 m * 0,9 m/2 = 0

0,5 0, 7 0,9 m

A B C D

1,1 KN/m 8,1 KN 4,7 KN/m

0,5 KN/m 5)

3 KNm

Page 40: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

39

4,7 KN/m

0,5 0, 7 0,9 m

A B C D

1,1 KN/m 8,1 KN

0,5 KN/m

3 KNm

+14,6 +14,0

+5,9 +5,2 +4,7

0

-18,45 -11,3 -7,4

-4,4 0

DEC

DMF

Page 41: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

40

A seguir encontram-se alguns exercícios para resolução:

A) Determine as reações de apoio e os DEC e DMF:

3)

0,4 m 0,4 m

12 KN 0,8 KN/m 1)

A B C

0,2m 0,4 m 0,3 0,3

10 KN

2) 3KN

1,2 KN/m

A B C D E

0,1m 0,5 m 0,4 m 0,4 m 0,4 0,2 m

5,8 KN 4,2 KN

0,8 KN/m

A B C D E F

4)

0,3m 0,4m 0,2m 1,3m

6 KN 12 KN 1,2 KN/m

A B C D E

0,3 m 0,2 m 0,1 m 1,8 m

8,1 KN 4,3KN 0,3 KN/m 5)

5 KNm

A B C D E

1,3 m 0,2m 0,1m 0,5 m

1,5 KN/m 0,3 KN 1,2 KN

2,5 KNm 6)

A B C D E

0,6 m 0,2m 0,7m 0,5 m

7)

3,2 KNm

0,7 KN/m 12 KN 8,3 KN 1,2 KN/m

A B C D E

Page 42: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

41

8)

9)

10)

11)

0,8 m 0,6 0,2 0,45 0,45m

0,3 KN/m

8,3 KN 7,5 KN

0,5 KN/m 3,1 KNm

A B C D E F

0,5 0,4 0,6 m

1,1 KN/m 5,3 KN

0,3 KN/m

3,1KN

3,4 KNm A B C D

1 KNm

7,1 KN

0,9 KN/m

8,4 KNm

A B C D E F G

0,6 0,3 0,2 0,4m 0,5 0,8m

1,7 KN/m

0,5 0,1 0,8 m 0,6m

A B C D E

6,5 KN

0,3 KN/m

0,6 KN/m

4,5 KNm 8,7 KN

Page 43: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

42

12)

13)

14)

15)

0,4m 0,6 m 0,1 0,1 0,2

5,4 KNm 6,5 KN

1,1 KN/m 3,2 KN/m

A B C D E

0,3 0,3 m 0,3 m 0,1 0,6 m 0,3

12,1KN 7,3 KNm 0,6 KN/m 0,8KN/m

A B C D E F G

0,8 0, 2 1,3 m 0,7m

A B C D E

1,2 KN/m 4,1 KNm

7,2 KN

2,3 KN/m

0,8 0,3 1,2m A B C D

10,6 KN 0,5 KN/m

0,4 KN/m

5 KNm

Page 44: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

43

16)

17)

18)

19)

0,2 m 0,8 0,1 0,5 0,5m

0,3 KN/m

7,5 KN

0,3 KN/m 2,0 KNm

A B C D E F

0,8 0,3 0,6 0,5m 0,2 0,2m

4,7 KN 12,0 KN

1,2 KN/m 2,4 KNm

A B C D E F G

0,7 1,4 m 0,6m

A B C D

9,2 KNm

7,5 KN

0,6 KN/m

5,2 KN

0,3 1,8 m 0,7 0,6m

0,6 KN/m

1,5 KN/m

4,7 KN 3,5 KNm 7,3 KN

A B C D E

Page 45: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

44

20)

21)

22)

23)

0,4 0,4 0,6 m 0,7m

A B C D E

4,7 KN 5 KN

0,2 KN/m

0,6 KN/m

3,1 KNm

0,6 1,4 m 0,4 m 0,2m

A B C D E

1,2 KN/m

1,1 KN

4,1KN

2 KN

1,5KN

0,6 0,3 0,8 0,4m 0,15 0,15m

0,6 KNm 6,3 KN

1,0 KN/m

2,7 KNm

A B C D E F G

0,8 KN/m

1,3 0,4 0,5 2,4 m

1,3 KN/m

11,3 KN

A B C D E

4,3 KNm 7,1 KN

Page 46: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

45

24)

25)

26)

27)

2,5 KN/m

5,3 KN 10 KN

8,5 KNm

0,8 1,2 1,1 0,8m

A B C D E

2,5 KN/m

15 KN

12 KN

3 KNm

0,5 KN/m

1,1 KN/m

1 KN/m

0,6 0,2 0,2 0,5 0,3 0,5m

A B C D E F G

0,1 0,5 m 0,5 m 0,3 0,2 0,5 1,5

4,3 KN 3,1 KN

0,6 KN/m 0,9 KN/m

3,0 KNm

KN/m

0,5m 0,4m 0,8m 0,2m

8 KN 12 KN

5 KN/m 2 KN/m

Page 47: Polígrafo Mecânica parte 1.pdf

46

28)

29)

30)

0,4 0, 6 0,5 m

A B C D

0,5 KN/m 6,0 KN

0,1 KN/m

3 KNm

0,4 m 0,9 m 0,4 0,2m

7,3 KN

5,5 KN

1,0 KN/m 1,1 KN/m

A B C D E

0,4 0,3 0,6 0,8m 0,2 0,2m

1,4 KNm 9,6 KN

0,3 KN/m

10,3 KNm

A B C D E F G

1,1 KN/m