pódio - 18 de outubro de 2015

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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015 HISTÓRIA O dia que Pelé jogou na Colina Pódio E4 DIVULGAÇÃO G-4 Z-4 DE OLHO NO PARA SAIR DO Times cariocas têm rodada decisiva neste domingo e precisam vencer para manterer vivos seus projetos no Brasileirão. Dupla Fla- Flu foca no G-4 da competição, já o Vasco continua sua luta para permanecer na elite do futebol nacional. Pódio E6, E7 e E8 NELSON PEREZ GILVAN DE SOUZA PAULO FERNANDES

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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E1

MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015

HISTÓRIA

O dia que Pelé jogou na Colina

Pódio E4

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AÇÃO

G-4

Z-4

G-4G-4G-4DE OLHO NOG-4G-4

Z-4PARA

SAIR DO

Times cariocas têm rodada decisiva neste domingo e precisam vencer para manterer vivos seus projetos no Brasileirão. Dupla Fla-Flu foca no G-4 da competição, já o Vasco continua sua luta para permanecer na elite do futebol nacional. Pódio E6, E7 e E8

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PAULO FERNANDES

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015E2 PódioPódio

Ele chegou ao Estado como atleta e pretende despontar como treinador. O primeiro desafi o comandando um time

profi ssional será a Copa Amazonas, que dá ao campeão direito de disputar a Copa Verde 2016. Igor Carlos da Silva Freire, o “Igor Cearense”, ex-meio-campista, natural da Sucupira, em Limoeiro do Norte (CE), encara, aos 36 anos, seu mais novo desafi o na carreira: tornar o Manaus FC uma das grandes potências do futebol amazonense.

Atuando com a camisa do Fortaleza, veio o apelido que carregaria como sobrenome para o restante da vida dentro do futebol. Como jogador, ele rodou praticamente o Brasil inteiro. Jogou pelo Rio Branco-SP; Lenço-ense-SP, Figueirense-SC; Flamengo Coritiba; Juventude (RS); Fortaleza; Náutico-PE e CRB-AL. Foi campeão catarinense (2002); campeão para-naense (2004) e campeão cearense (2005 e 2007).

Em entrevista ao PÓDIO, Cearense destaca sua experiência pelos clubes que passou e projeto de reviver o futebol amazonense no Manaus FC.

PÓDIO - O que mudou no seu conceito depois da experiência de ter passado por outros clubes em Manaus?

Igor Cearense - Eu estou muito feliz, apesar de nunca ter tido a ambi-ção de ser treinador. Como estava me despedindo, procurava atuar como auxiliar ou olheiro, até receber esse convite da presidente Patrícia Serudo. Estou tentando passar tudo o que aprendi com o Lana e o Adinamar (Abib) sobre essa vocação. O trabalho está fl uindo e é sempre como Lana falava: ‘Temos que ter obediência tática’. São garotos que precisam do futebol. Estou passando tudo que

vivi, de vendedor de cachorro-quente até me tornar jogador profi ssional. Tenho me preparado bastante para esse momento, para ter essa opor-tunidade. O Manaus está me dando essa chance para que eu possa de-senvolver meu trabalho, estou muito feliz porque aqui tem uma base forte.

PÓDIO – Como foi o início da sua carreira?

IC - Iniciei no Corinthians aos 14 anos e depois tive uma passagem pelo Rio Branco, onde tive essa experiência de pegar outros treinadores. Meu primeiro técnico foi Dorival Junior (atual treinador do Santos), depois teve o Abel Braga, na época do Fla-mengo. Juntando tudo isso, procuro absorver as coisas boas de cada técnico e busco desenvolver isso. Eles pregam muito isso na categoria de base, tive toda uma preparação há muitos anos atrás, para que pudesse seguir carreira.

PÓDIO - Você acredita que a primeira edição da Copa Amazo-nas será mais disputada do que o amazonense?

IC - A cada ano o nosso futebol vem melhorando de nível técnico, apesar da falta de estrutura. É uma competição muito difícil. Todo mundo está se organizando e as equipes querem a vaga para a Copa Verde. O Manaus está tendo uma grande postura com os adversários. A equipe vem forte e vai brigar pelo título, a exemplo do Fast, que é uma equipe favorita, entre outras que estão se reforçando. O clube sempre deu boas condições à comissão técnica para fazer um bom trabalho. Aqui temos uma boa alimentação, estrutura para treinamento, material esportivo. A diretoria do clube sempre ofereceu uma boa estrutura para o treinador.

PÓDIO - Na sua avaliação, o

Manaus pode ser considerado o favorito para conquistar o título da Copa Amazonas?

IC - Na minha avaliação, temos duas equipes favoritas que podem brigar pelo título, nós e o Fast. O Fast está começando um trabalho dando chance aos garotos das categorias de base. Nós (Manaus) ainda não temos nada em termos de divulgação e con-tratações. Será uma competição difí-cil e equilibrada. Minha expectativa é fazer um grande trabalho, a gente tem uma equipe boa, acho até que temos um certo favoritismo na competição, acho que equipe está recheada de excelentes atletas, trabalhando com pés no chão com humildade, tranqui-lidade, respeito e seriedade, por isso acho que vamos longe.

PÓDIO - De que forma montar e planejar um clube que pode se tornar campeão, alcançando uma vaga na Copa Verde?

IC - Nós trabalhamos o conjunto, buscando o melhor do grupo. O fute-bol é daquelas profi ssões que podem mudar tua vida de uma maneira muito rápida, ele te proporciona isso. Hoje você está em uma equipe disputando a Copa Amazonas, daí o atleta é visto, e com isso, a jovem promessa talvez possa ter essa oportunidade de quem sabe disputar um Campeonato Pau-lista, um Carioca. Passei por muitas difi culdades, mas felizmente superei tudo, tanto é que joguei Copa do Brasil pelo Flamengo, Libertadores e tantos outros torneios, mesmo com estatura baixa, sempre com muita disciplina e confi ança consegui aproveitar a oportunidade. Então, passo isso aos meus atletas. Hoje eles estão no Ma-naus, mas amanhã eles podem estar, também, nos mesmos campeonatos que participei. Todo dia você tem que está focado com o trabalho. O primeiro passo é chegar à Série D e para isso precisamos conquistar o

Campeonato Amazonense. O futebol não é uma ciência exata, então de-pendemos de inúmeros fatores para alcançar nossos objetivos.

PÓDIO - Você está preparado?IC - Eu acho que estou preparado.

Não é fácil, mas é o meu momento e quero agarrar essa oportunidade. Eu sei que não é fácil, a gente tem que estar preparado para ser criticado, mas eu sempre peguei as coisas boas do futebol, aprendi por onde passei. Agora é juntar tudo como jogador e técnico e passar para os atletas para que fa-çamos um grande trabalho. A pressão vem, mas estou preparado e sei que a gente vai fazer um grande trabalho.

PÓDIO - Qual é a meta do Manaus?

IC - Temos que procurar ser cam-peões para entrarmos o calendário 2016 com moral. Estamos traba-lhando para isso. Não vou dizer que esse será o maior desafi o da minha carreira. Em outros clubes a cobrança vai ser maior da torcida por causa da longa espera de títulos, mas esse ano acredito que vamos chegar lá. Temos que trabalhar para apresen-tar um futebol melhor, apesar de eu preferir jogar feio e vencer do que dar espetáculo e não ganhar

PÓDIO - Como foi fazer essa transição de jogador para técnico?

IC - Encontrei uma espécie de refúgio para o início de uma nova jornada. Uma oportunidade que não será esquecida. Fico muito feliz com a oportunidade que estou tendo no Manaus. O (Luís) Mitoso (dono do Manaus FC), me trouxe para o Amazonas quando ainda era presi-dente do Nacional e me deu essa chance como treinador. Sinto-me bem, porque tenho a confi ança de toda a diretoria. Espero poder dar sequência no trabalho.

Igor CEARENSE

‘Trabalho COM PÉS NO chão e humildade’

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OEstou passando tudo que vivi, de vendedor de cachorro-quente até me tornar jogador profi ssional. Tenho me preparado bastante para esse momento, para ter essa oportuni-dade. O Manaus está me dando essa chan-ce para que eu possa desenvolver meu tra-balho, estou muito feliz porque aqui tem uma base forte”

POR LINDIVAN VILAÇA

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015E3PódioPódio

Derrota em Olimpíada fez japonês se suicidar em 1968Japonês Kokichi Tsuburaya se matou após não conseguir disputar as Olimpíadas de 1968 no México, no atletismo

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AÇÃO

Atleta havia perdido medalha de prata nos jogos de Tóquio em 1964 e focou nos treinos para 1968, mas se machucou e perdeu as Olimpíadas

O japonês Kokichi Tsu-buraya entrou no estádio Nacional de Tóquio confi ante de

que terminaria a maratona dos Jogos Olímpicos de 1964 em segundo lugar. Diante de mais de 70 mil pessoas, va-cilou nos últimos metros e viu um britânico roubar sua posição no pódio, fi cando com o bronze. A torcida ainda assim comemorou, mas Tsuburaya não. Nascia ali uma frustração que 4 anos depois levaria ao suicídio do maratonista.

O peso que surgiu nas costas de Tsuburaya naquele dia foi colocado principalmente por ele mesmo. Seu companheiro de quarto na época, Kenji Ki-mihara, revelou o desabafo do maratonista após a medalha de bronze. “Cometi um erro imperdoável diante de todo o país. Só terei o perdão se ganhar o ouro nas Olimpíadas do México e entrar no estádio com a bandeira japonesa”.

Tsuburaya, então, passou a respirar maratona. A junta militar japonesa traçou um rigoroso plano de 4 anos de treinamento para o marato-nista, confi ante que ele poderia ganhar o ouro nos Jogos de 1968, no México. Tsuburaya precisou se afastar de famí-

lia, namorada e amigos nesse período. Tudo o que ele fazia era correr, descansar e correr.

Conquistar a medalha de ouro havia se tornado não só uma obsessão para o ma-ratonista, mas uma questão de honra. Tudo ia bem até que a sobrecarga de treinos começou a causar lesões, en-tre elas uma grave na região lombar. Tsuburaya fi cou trêsmeses se recuperando.

Quando voltou a treinar, sentiu que seu corpo não era mais o mesmo. As dores eram permanentes, e ele, aos 27 anos, não conseguia correr como antes. Foram semanas de muito esforço para tentar compensar o tempo perdido, mas nada surtiu efeito.

No dia 9 de janeiro de 1968, a poucos meses das Olimpíadas, os companheiros de Tsuburaya no centro de treinamento sen-tiram falta do amigo numa refeição. Foram até o quarto e o encontraram com o pescoço cortado, cercado de sangue. Segundo relatos da época, em uma mão estava a lâmina de barbear que usou para se cortar. Na outra, a medalha de bronze dos Jogos de 1964. E na cômoda havia um bilhe-te: “Estou cansado, não posso correr mais”.

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015E4 PódioPódio

O Santos Futebol Clu-be esteve em Manaus pela primeira vez em 1968, jogando no

estádio da Colina contra o Fast Clube, dirigido então pelo pernambucano Luís Zago, ex-zagueiro, inclusive com pas-sagem pelo Vasco da Gama. Após um primeiro tempo bem disputado, o time paulista con-seguiu três gols na etapa final com Pepe, Pelé e Werneck, com o time praiano vencendo com Gilmar, Wilson, Ramos Delgado, Joel Camargo, Tur-cão, Douglas, Lima, Manuel Maria, Negreiros (Werneck), Pelé e Pepe.

Em partida organizada pela Federação Amazonense de Futebol (FAF) e com ingresso sendo vendido ao preço úni-co de sete cruzeiros, a renda alcançou a 120 mil cruzeiros, com um público calculado em 17 mil pagantes. O Tricolor amazonense jogou com Pedro Brasil, Antônio Piola, Luizinho, Zequinha Piola, Pompeu, No-nato, Santana, Alfredo, Amaro, Edson Piola e Bezerra, no ano em que disputou o Campeo-nato Amazonense ao lado de Nacional, Rio Negro, São Rai-mundo, Olímpico, Sul América e América.

Edson Arantes do Nascimen-to, o Pelé, nasceu em Três Co-rações (MG), em 23 de outubro de 1940. O Rei do Futebol começou sua carreira no San-tos, em 1956 e disputou sua primeira partida internacional com a seleção brasileira dez meses depois. O termo “gol de placa” surgiu por conta de um gol marcado por Pelé no torneio Rio-São Paulo. O jogo em que Pelé marcou o primeiro gol de placa da história ocor-reu em um dia 5 de março na

partida Fluminense 1 x 3 San-tos, válido pela competição de 1961. O gol ocorreu aos 40 minutos do primeiro tempo e foi o segundo de Pelé no jogo (Pepe completou para os santistas e Jaburu descontou para o Fluminense).

Após driblar vários adversá-rios vindo do meio-de-campo com a bola dominada, Pelé venceu o então goleiro Castilho fazendo com que o Maracanã explodisse em euforia. Um jornalista, empolgado com o fantástico gol que havia visto, disse que tal gol merecia uma placa tamanha sua beleza. As-sim, uma placa de bronze foi feita e colocada na entrada do Maracanã. Desde então, todos os gols marcados com rara beleza são intitulados“gols de placa”.

A década de 1960 é con-siderada a mais vitoriosa do clube paulista, ao todo 23 títulos oficiais conquistados nessa época. Um ano após a partida contra o Fast Clube no estádio Ismael Benigno, o Santos ficou famoso por ter sido o time que parou a guerra, fato que ocorreu em uma excursão no continente africano, em que o time parou os conflitos entre República do Congo e República Democráti-ca do Congo (Guerra do Congo Belga) e também a Guerra de Biafra, na Nigéria, para que as pessoas pudessem ver o Santos jogar.

O ano em quae o time pau-lista esteve em Manaus, foi marcado por vários aconteci-mentos pelo o Brasil e mundo. Enquanto que a antiga Tche-coslováquia era invadida por tropas do Pacto de Varsóvia, em represália a “Primavera de Praga”, o ano também mos-

trava a França explodindo, no oceano pacífico, a sua primeira bomba de hidrogênio. O ano registrou também a décima e última edição da Taça Brasil, torneio de futebol organizado pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD).

Com a mesma base da equipe que enfrentou o Santos, o tricolor amazonense ainda enfrentou e venceu o Vasco da Gama (RJ) em 25 de junho de 1968 por 1 a 0, gol do atacante Amaro. O time amazonense venceu com Pedro Brasil, Antônio Piola, Luizinho,

Zequinha Piola, Pompeu, Nona-to Cearense, Santana, Alfredo, Amaro, Edson Piola e Zezinho. O time carioca perdeu com Er-rea, Ferreira, Álvaro, Ananias, Lourival, Zé Carlos (Willians), Danilo Menezes, Nado, Valfrido,Alcir e Silvinho.

‘Rei’ Pelé no estádio da Colina

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, em Manaus para amistoso contra o Fast, onde marcou um dos gols da vitória santista

Foto ofi cial do jogo entre Fast e Santos na colina. Na época, o Tricolor de Aço era um dos principais times da Região Norte

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Willian D’ÂngeloColunista do

PÓDIO‘Rei’ Pelé [email protected]

Túnel do Tempo

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015E5PódioPódio

A ‘União’ faz os ferasLíder da academia Nova União em Manaus, mestre Cosmo Dias afi rma que os atletas amazonenses são unidos e que esse é o diferencial em competições em nível nacional e internacional, que os lutadores têm abocanhado para o Estado

Conhecido no mundo das lutas por sua simpatia e talento, tanto lutan-do quanto ensinando, o

mestre Cosmo Dias, faixa coral e um dos líderes da equipe Nova União em Manaus, continua buscando revelar novos atletas de ponta para representar o Amazonas nos campeonatos de jiu-jítsu pelo mundo afora. Apesar do grande número de academias no Estado, Cosmo faz questão de afi rmar que não existe mais rivalidade entre bandeiras no Amazonas. Se-gundo o mestre, todos os pra-ticantes se respeitam e existe uma grande amizade no mundo da arte suave.

“A nossa rivalidade só é no dia da competição e em cima do tatame. Não temos rivalidade pessoal. Digo que a nossa academia é o clube da luta. Vem gente de toda aca-demia para treinar. Lutamos pelo Amazonas. A rivalidade é no dojô, saiu de lá, todos são amigos. Nenhuma academia de Manaus tem essa rivalidade.

Terminou a competição, os pro-fessores conversam, abraçam e trocam ideias. Os alunos tam-bém”, explica Dias que lembra do grande esforço feito pelos primeiros mestres do Estado, como Luís Façanha, Orley Lo-bato e Paixão Ferreira, para

popularizar o esporte e criar o respeito entre os praticantes.

“Crescemos muito em ter-mos de competição e na parte técnica. Todos estão se es-forçando. Isso vem dos mais velhos. O mestre Nonato foi o primeiro a fazer um projeto para dar aulas de graça. Vem de grandes academias. De ge-

ração em geração. O mestre Osvaldo Alves que está na ativa até hoje. Somos o maior celeiro de atletas. Na minha academia, temos turma com alunos de 3 anos. Quando os adultos estão parando, outros jovens estão começando”, diz o faixa coral.

Carregar o nome do Estado, para Cosmo Dias, é motivo de orgulho. O mestre afi rmou que todo atleta deve entender a res-ponsabilidade que tem quando sobe no tatame por ser natural da Amazônia. Para ele, não existe povo mais guerreiro e unido que o do Amazonas e isso é visto nas competições nacionais.

“Temos o Adriano (Martins), Jacaré, Aldo, Nuguette e Diego Brandao que estão no UFC. Todos começaram no jiu-jítsu. Vi eles lutando de pano ainda moleques. Agora estão repre-sentando fora o Amazonas, mas já tem outros chegando. Todos lutam pelo Amazonas. Lá fora, somos a maior equipe. Somos os mais unidos. Não vemos isso nos outros estados. Cada um luta por sua equipe e não pelo estado. Lutamos pelo Amazonas”, ressaltou Dias.

Nada na vida é conquista-do sem esforço e muito suor. Para o mestre Cosmo, a gar-ra é o principal combustível de qualquer atleta que sonhe conquistar seus objetivos no jiu-jítsu. O professor afi rma que não é mais possível con-quistar títulos se o treina-mento não for forte e focado. Apesar disso, Cosmo afi rma que todos os lutadores da Nova União devem sempre estar estudando, pois nunca se sabe quando uma nova oportunidade irá aparecer.

“O nosso método é de es-tar sempre treinando. Adian-tamos toda a preparação. Fazemos isto até quando a competição é fora. Vamos uma ou duas semanas antes para se adaptar ao clima. O treinamento está a cada dia evoluindo e não temos mais margem para errar. Não é mais aquele feijão com arroz. Temos lutadores que treinam

judô, wrestling e jiu-jítsu. Fazemos isso pensando no futuro. Queremos que nossos alunos estudem e foquem um futuro fora do Brasil. Visamos muito isso. Apoiamos que eles estudem outras línguas, principalmente o inglês, por-que isso abre portas para que se mudem para lugares como Dubai e Estados Unidos, onde o jiu-jítsu paga bem. Claro que nem todos vão fazer, mas cobramos. Sem estudar, não treina”, conta Cosmo.

Apesar de todo seu suces-so no mundo das lutas, o professor enfrenta as mes-mas difi culdades que outros mestres. O principal é a falta de incentivo e ajuda para ins-crever os alunos nas competi-ções, que são sempre pagas. Por esse motivo, Dias revela ter que fazer rifas e bingos para arrecadar dinheiro. Po-rém, toda essa difi culdade, segundo ele, é uma motivação

a mais. O mestre afi rma que esse carinho pelo esporte foi transmitido por seu mestre, Nonato Machado.

“A motivação vem do pro-fessor da academia. No tem-po em que fazia aula com o mestre Nonato, ele cobrava muito e incentivava. Quando nossos atletas vão lutar, es-tamos sempre lá. Minha fi lha leva 70 atletas e está lá cor-rendo, dando água, falando, fazendo lanche. Esse é o pa-pel do treinador. Aprendemos com o mestre. Ele trabalha-va para pagar inscrições dos alunos. Tinha 450 lutadores. Ajudava todos. Trabalhamos, fazemos feijoada, bingo, para arrecadar dinheiro. Temos um projeto, mas não patrocínio e ajuda do governo. Corremos atrás. Muitos amigos ajudam. É difícil manter uma equipe. Não é difícil chegar, mas sim se manter unida. A união é mais importante”, fi naliza.

Estudo e esforço fora do tatame

RESPEITADO

O mestre Cosmo Dias foi aluno de Nonato Machado, e hoje é um dos poucos amazo-nenses que têm a fai-xa coral de jiu-jítsu, que é acima da preta. Dias é um dos pilares da equipe Nova União no Estado

Academia do mestre Cosmo é ornamentada com diversas medalhas de seus pupilos

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ATÃ

POR THIAGO FERNANDO

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015E6 PódioPódio

Caminhando para o G-4Fluminense vê vitória sobre o Cruzeiro em Belo Horizonte como primordial para o sonho do G-4

Belo Horizonte (MG) – Após vencer o São Paulo por 2 a 0 com tranquilidade no meio

de semana, o Fluminense en-cara neste domingo (18), às 10h (de Manaus), o Cruzeiro no Mineirão, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo é visto pelos tricolores como primordial para a volta do sonho do G-4. Com um início de returno horroroso, que culminou com a demissão de Enderson Moreira, o time carioca voltar a apresentar bom futebol e a seis pontos do Santos, quarto colocado do Brasileirão, voltou a acreditar na classifi cação para a próxi-ma Libertadores da América.

Para o duelo, o técnico do Flu, Eduardo Baptista, tem dois desfalques certos do la-teral-direito Wellington Silva e do volante Pierre. O problema mais grave, no entanto, está na lateral-esquerda, onde não poderá contar com Giovanni e Léo Pelé, machucados, e Breno Lopes, que está im-possibilitado de atuar por ser

emprestado pelo Cruzeiro. Sem opções, a tendência é que o meia Gustavo Scarpa atue improvisado no setor. A boa notícia é o retorno do zagueiro Marlon, que esteve com a seleção olímpica em amistosos em Manaus.

É um jogo diferente, vamos jogar em um clima quente, sob o sol das 11h (10h de Manaus). Temos que ser inteligentes para estarmos bem posicio-nados. É difícil falar para um Cruzeiro x Fluminense não ser pegado, mas se dosar não é deixar de correr. É estar bem posicionado para se organizar em campo e não se desgas-tar”, explica Eduardo Baptista.

O Flu deve entrar em campo com: Diego Cavalieri, Higor Leite, Gum, Marlon, Gustavo Scarpa, Jean, Edson, Cícero, Vinícius, Marcos Junior e Fred.

CruzeiroNem mesmo os 11 dias

de descanso e treinamentos foram sufi cientes para que o atacante Willian aliviasse as fortes dores no múscu-

lo adutor da coxa direita, que tiveram início após o empate por 0 a 0, com o Grêmio, no Mineirão, no dia 4 de outubro. Por isso, ele é dúvida para a partida deste domingo diante do Flu.

“Poucos sabem, mas eu ter-minei o jogo contra o Grêmio sentindo muita dor no (múscu-lo) adutor. Até acredito que se eu fi zesse o exame ia constar alguma coisa, mas preferi fi -car tratando quietinho. Ainda estou em observação. Voltei a treinar, mas ainda estou com um incômodo”, destacou Willian durante a semana.

Na zaga, Manoel, com en-torse no tornozelo direito, dará lugar a Douglas Grolli, que for-mará dupla com Bruno Rodrigo.

A Raposa deve entrar em campo com: Fábio, Fabiano, Douglas Grolli, Bruno Rodrigo, Fabrício, Willians, Henrique, Ariel Cabral, Allano, Marinho e Leandro Damião.

O Cruzeiro, com 38 pontos, quer vencer para se distan-ciar ainda mais da zona de rebaixamento.

Curitiba (PR) – A cada dia mais próximo do título nacional, o Corinthians visita, neste domingo (18), às 15h (de Manaus), o Atlético-PR, na Arena da Baixada. Com 64 pontos conquistados, o Timão segue com cinco a mais que o vice-líder Atlético-MG. Como o Galo joga fora contra o Sport, time difícil de ser batido na Ilha do Retiro, o pensamento no alvinegro paulista é que uma vitória em Curitiba, deverá aumentar a diferença na ponta.

Para a partida, válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Tite ain-da não poderá contar com os laterais Fagner e Uendel, e o volante Bruno Henrique, que seguem no departamento médico em fase fi nal de re-cuperação. Na lateral-direito, Edílson, mesmo contestado pela torcida, segue como ti-

tular. No lado oposto, o jovem Guilherme Arana segue na posição. Já na contenção do meio campo, o experiente Ralf continua entre os titulares.

A boa notícia é que o meia Elias, que estava com a sele-ção brasileira em amistosos das Eliminatórias da Copa do Mundo, volta ao time ti-tular. Mesmo em boa fase, Rodriguinho volta ao banco de reservas para dar lugar ao camisa 8. O zagueiro Fe-lipe, que cumpriu suspensão diante do Goiás, no meio de semana, reassume o posto.

Diante deste cenário, o Corinthians deve entrar em campo com: Cássio, Edílson, Felipe, Gil, Guilherme Arana, Ralf, Elias, Jadson, Renato Au-gusto, Malcom e Vagner Love.

PreocupaçãoO Atlético-PR chegou a ocu-

par o G-4 e até a liderar nas

primeiras rodadas do Cam-peonato Brasileiro. Porém, a realidade atual é diferente. O time não vence há oito rodadas, e a distância para a zona de rebaixamento é de apenas seis pontos.

Para piorar, os desfalques não são poucos. Sete joga-dores estarão de fora para a partida. O volante Otávio está suspenso. O zagueiro Cleberson (lesão no joelho), os volantes Jadson (fratura no tornozelo) e Fernando Bar-rientos (desconforto muscu-lar), o meia Nikão (lesão coxa) e os atacantes Crysan (dores no tornozelo) e Dellatorre (le-são coxa) estão fora.

Para o duelo contra o Timão, o Furacão deve entrar em campo com: Weverton, Edu-ardo, Christián Vilches, Kadu, Sidcley, Deivid, Hernani, Bru-no Mota, Marcos Guilherme, Ewandro e Walter.

RUMO AO TÍTULO

Corinthians visita o Atlético-PR

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Malcom segue como

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015E7PódioPódio

Rio de Janeiro (RJ) – A ordem é esquecer o apagão ocorrido no meio de semana,

quando foi derrotado pelo Figueirense, em Florianó-polis por 3 a 0, e voltar a vencer no Campeonato Brasileiro. Esse é o cenário no Flamengo, que neste domingo (18), às 15h (de Manaus), enfrenta o Inter-nacional pela 31ª rodada do Brasileirão no Maracanã.

Com 44 pontos conquis-tados, dois a menos que o quarto colocado Santos, o Rubro-Negro não quer pen-sar em outro resultado se-não a vitória diante de seu torcedor. Para isso, contará com o retorno do atacante Paolo Guerrero, que estava servindo a seleção peru-ano nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O centroavante toma a vaga do jovem Kayke, que esteve entre os titulares no Orlando Scarpelli. Ou-tro que volta à equipe é

o lateral-esquerdo Jorge, que cumpriu suspensão no meio de semana. Assim, o meia-atacante Everton volta à sua posição original no setor ofensivo. Paulinho volta a fi car como opção no banco de reservas.

“O Guerrero é funda-mental. Ele sabe disso, eu que não estava aqui quando ele foi contratado sabia disso. É um craque, jogador de grande respei-tabilidade inclusive fora do Brasil. Quando ele não faz gol todo mundo fi ca frus-trado. Só que as pessoas precisam entender que ele não é um Super Homem”, disse Oswaldo.

O treinador garantiu que o jogador retornou ao clube motivado, mesmo com as duas derrotas do Peru nas Eliminatórias. Os peruanos perderam de 2 a 0 para a Colômbia e de 4 a 3 para o Chile, dando sinais de que o sonho de voltar ao Mundial, algo que

não acontece desde 1982, continua distante. Essa é uma das grandes metas de Guerrero, mas Oswaldo garante que o jogador não fi cou abatido.

“O Guerrero voltou bem, apenas lamentando os maus resultados. Ele aprovou o desempenho pela seleção nesses dois jogos e isso o deixa um pouco mais animado. A nossa expectativa e mo-tivação com ele crescem muito”, afi rmou.

O Flamengo deve entrar em campo com: Paulo Vic-tor, Pará, César Martins, Samir, Jorge, Márcio Araú-jo, Héctor Canteros, Alan Patrick, Everton, Emerson Sheik e Paolo Guerrero.

InternacionalO Inter deve ir a campo

com: Muriel, Léo, Paulão, Réver, Ernando, Rodrigo Dourado, Nilton, Anderson (Vitinho), Alex, Valdívia e Lisandro López

Flamengoencara oInternacionalQuerendo o G-4, Rubro-Negro precisa vencer o Colorado no Maracanã, para continuar sonhando

Atacante Paolo Guerrero volta ao time titular do Fla

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São Paulo (SP) – Já são sete jogos de invencibi-lidade, mas o fantasma do rebaixamento ainda

atormenta ferozmente o Vas-co. Na última rodada, o time Cruz-Maltino encaminhava uma vitória sofrida sobre a Chape-coense no Maracanã, mas no fi nal do jogo o time catarinense empatou em com gol de pênalti polêmico. O triunfo fazia parte da matemática vascaína para sair da zona de rebaixamento. Como ele não aconteceu, é obrigação vencer uma partida fora de casa. A primeira delas é neste domingo (18), às 15h (de Manaus), contra o São Paulo no Morumbi.

Faltando oito rodadas para terminar o Campeonato Bra-sileiro, o Vasco segue na zona de rebaixamento, na penúltima colocação, com apenas 28 pon-tos conquistados. O time está a cinco pontos do Avaí, hoje o pior colocado fora da área de queda. Mesmo em situação difícil, os jogadores vascaínos, se negam a jogar a toalha e garantem que vão conseguir tirar o time desta situação.

“Já estivemos a treze pontos de sairmos da zona de rebaixa-mento e não desistimos. Ago-

ra que estamos a cinco é que não vamos desistir mesmo. A vontade do grupo continua a mesmo, permanecemos acredi-tando que o Vasco não vai cair e que vamos conseguir tirar o time desta situação. Já esquecemos o que aconteceu contra a Cha-pecoense e só vamos pensar no

confronto diante do São Paulo”, disse o atacante Leandrão.

Para a partida, o técnico Jor-ginho tem novidades boas. Vai contar com reforços importan-tes, como o goleiro Martín Sil-va, o lateral-direito Madson e os atacantes Jorge Henrique e Rafael Silva, que cumpriram sus-pensão diante da Chapecoense.

O Vasco deve entrar em campo

com: Martín Silva, Madson, Rodri-go, Luan, Júlio César, Bruno Gallo, Julio dos Santos, Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique e Leandrão.

São PauloCom 46 pontos e fora do

G-4 somente por critérios de desempate, o São Paulo não quer saber de outro resultado senão a vitória em casa sobre o Vasco. O Tricolor vem de derrota para o Fluminense no meio de semana por 2 a 0 e quer dar uma resposta ao seu torcedor.

Para o duelo, o técnico Doriva vai fazer mudanças na equipe. O comandante barrou Hudson da zaga, adiantou Rodrigo Caio para o meio campo e vai colocar Luiz Eduardo para formar zaga com Lucão.

Com estiramento na coxa, o meia Michel Bastos segue fora de combate. O lateral-esquerdo Carlinhos, com lesão na pan-turrilha esquerda, também é baixa. Nos treinamentos antes do jogo, o treinado deixou claro qual equipe mandará a campo. O São Paulo começa jogando com: Rogério Ceni, Bruno, Lucão, Luiz Eduardo, Matheus Reis, Rodrigo Caio, Thiago Mendes, Ganso, Rogério, Pato e Luis Fabiano.

Após empatar em casa com a Chape, Vasco encara São Paulo e precisa vencer para continuar na briga para deixar o Z-4

Vai ter que se superar

Meia Nenê tem se tornado o principal armador do Vasco

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UNIFORME

Na partida contra o Fluminense, o São Paulo estreia seu novo terceiro uniforme, que foi confeccionado para homenagear os 25 anos de história de Rogério Ceni no Tricolor Paulista

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