pódio - 10 de janeiro de 2016

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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 10 DE JANEIRO DE 2016 ENTREVISTA Novo técnico do Naça fala sobre 2016 Pódio E2 DIEGO JANATA DANILO MELLO/ALEAM DANILO MELLO/ALEAM DANILO MELLO/ALEAM China, o oásis brasileiro Patrocinado por estatais e empresas de construção civil, futebol chinês tem investido pesado na contratação de jogadores, e os brasileiros são os preferidos dos asiáticos. A ideia é desenvolver o esporte no país. Pódio E4 e E5

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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[email protected]

E1

MANAUS, DOMINGO, 10 DE JANEIRO DE 2016

ENTREVISTA

Novo técnico do Naça fala sobre 2016Pódio E2

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China,o oásis brasileiro

Patrocinado por estatais e empresas de construção civil, futebol chinês tem investido pesado na contratação de jogadores, e os brasileiros são os preferidos dos asiáticos. A ideia é desenvolver o esporte no país. Pódio E4 e E5

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE JANEIRO DE 2016E2 PódioPódio

PÓDIO – Quando iniciou a negociação com a diretoria do Nacional?

Heriberto da Cunha – A sondagem aconteceu, mais ou menos, no mês de setembro. Conversamos alguns dias e o acerto fi nal foi mais próximo do fi m do ano. Tudo isso ocorreu entre setembro e novembro.

PÓDIO – O que esperar

desse primeiro desafi o no futebol amazonense?

HC – É logico que esperamos que o futebol de Manaus e o amazonense melhore bastan-te. Queremos uma visibilidade maior dentro do cenário nacio-nal. O nosso objetivo é tirar o time da Série D do Campeonato Brasileiro e ir subindo gradati-vamente. É importante formar uma equipe forte e mudar alguns conceitos para que possamos conseguir os nossos objetivos. O principal é subir de divisão. Vamos trabalhar. Temos tempo para isso e vamos buscar nos treinamentos um entrosamen-to. Temos necessidade de fazer alguns jogos para conseguir ter um parâmetro para realizar mu-danças na equipe. Tudo isso está sendo trabalhado e esperamos

fazer tudo que for necessário até o início do campeonato.

PÓDIO – Após um mês

trabalhando no Nacional, qual a sua avaliação sobre a estrutura oferecida pelo clube ao elenco?

HC – A estrutura está me-lhorando. Já é uma estrutura razoável e a diretoria não está poupando esforços para apoiar. Algumas coisas estão sendo feitas. Estamos buscando tra-balhar junto com a diretoria, fazer algumas melhorias para que possamos dar aos jogadores condições de ter um rendimento maior dentro de campo. Está sendo trabalhado isso tudo. Es-tamos em um Estado grande e o Nacional tem uma torcida grande. Hoje, temos uma arena para se jogar. Então, temos que melhorar em todos os aspectos e a diretoria está melhorando. Eles não estão medindo esforços e fazendo o máximo possível para que tudo possa andar bem, e isso é fundamental.

PÓDIO – Difi culta não ter

o campeonato estadual no primeiro semestre na prepa-ração para a Copa Verde e a Copa do Brasil?

HC – É ruim, porque no Esta-

dual você tem tempo de entrosar a sua equipe e dar ritmo de jogo. Já iniciando a temporada numa Copa Verde e na Copa do Brasil, que são campeonatos eliminatórios, você acaba sendo obrigado a fazer alguns amis-tosos para defi nir a equipe que iniciará as partidas. Dentro dos amistosos, você acaba testando três ou quatro formações para achar a ideal. Esperamos fazer esses amistosos para trabalhar dentro de campo, até no próprio treinamento, uma formação e suas variações, para que, quando iniciar o campeonato, já tenha-mos um modelo.

PÓDIO – Qual foi o critério

utilizado para indicar os jo-gadores que formam o atual elenco nacionalino?

HC – Indiquei alguns jogado-res que trabalharam comigo em outras equipes e que conheço muito bem, e alguns que já enfrentei. Acho que temos que ter uma equipe, principalmente nessa Série D, formada por jo-gadores experientes, jogadores que já disputaram a competi-ção e com qualidade. Foi em cima disso que buscamos esses atletas. Alguns já têm acessos e outros com muitos títulos es-taduais e nacional. Isso é fun-

damental, porque comprova que são jogadores vencedores.

PÓDIO – O que a torcida

do Nacional pode esperar, tanto do treinador quanto do elenco?

HC – Uma equipe bem compe-titiva, muito determinada dentro de campo e que não se entrega nunca. Eles podem ter certeza que vamos ter isso. A torcida será representada dentro de campo. Eles vão ver uma equipe que buscará a Série C.

PÓDIO – Esse é o maior

desafi o de sua carreira?HC – Não. Já tive vários desa-

fi os. Passei por várias equipes. Já levei algumas ao acesso da Série A e B. Então, é mais um desafi o. Todo ano é um novo desafi o. Você tem que encarar dessa forma para que você pos-sa trabalhar com muita deter-minação e disposição para que isso te dê animo para que você possa fazer um bom trabalho.

PÓDIO – No segundo

semestre, o Nacional vai disputar o Amazonense e o Brasileiro. Pretende fazer uma mescla do elenco no Estadual?

HC – Tudo vai depender

da tabela. Ainda não temos em mãos. Não temos uma base no Nacional para que possamos observar e utilizar na competição. Em princípio, vamos utilizar a melhor equipe em todos os jogos.

PÓDIO – Em relação aos

amistosos, já teriam adver-sários defi nidos para esse período de preparação?

HC – Conversa já houve e todos do clube estão de acordo que precisamos realizar alguns jogos. Mas as equipes voltaram agora a trabalhar, isso em qua-se todo o país. Vamos, dentro de 15 dias, procurar alguns amistosos. Amistoso é amisto-so. Precisamos ter para formar a sua equipe. Vamos procurar adversários para fazer jogo-treino. Lógico que esperamos encontrar alguns adversários com uma força maior para tes-tar o elenco. Queremos equipe que realmente possa ajudar a formar o melhor time.

PÓDIO – Do trabalho feito

até o momento, o que foi possível observar do elenco?

HC – Estamos fazendo um trabalho gradativo. Não esta-mos forçando muito nesse início para que o jogador não tenha

um desgaste próximo da com-petição. Mas vamos aumentar a carga e, com certeza, esses jogadores vão estar 80%. Falo 80% porque ritmo de jogo é obvio que eles não terão. Isso só acontecerá a partir do terceiro jogo. Vamos trabalhar com esses treinamentos, aumento a carga para que eles possam entrar em forma o mais rápido possível.

PÓDIO – É preciso tomar algum cuidado especial por causa do clima da região, le-vando em conta que a grande maioria dos jogadores é de outros Estados?

HC – Eles já acostumaram. Já estão aqui há um mês. Eu mesmo já me adaptei ao clima. O atleta adapta muito rápido, bem mais que o próprio en-trosamento dentro de campo. Então, acho que isso não vai ser um ponto negativo. Acho que o importante é a equipe trabalhar como vem trabalhando. Os jo-gadores estão comprometidos e dispostos a conseguir os seus objetivos. São jogadores que, pelo profi ssionalismo, têm uma conduta diferente. Eles já traça-ram uma meta. Eles não vieram para conhecer Manaus, mas vie-ram para ganhar campeonatos e conquistar o acesso.

Todo ano é UM novo DESAFIO

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Acho que temos que ter uma equipe, prin-cipalmente nessa Série D, formada por jogadores experien-tes, jogadores que já disputaram a compe-tição e com qualida-de. Foi em cima disso que buscamos esses atletas. Alguns já têm acessos e outros com muitos títulos estadu-ais e nacional. Isso é fundamental, porque comprova que são jogadores vencedores”

THIAGO FERNANDO

Apesar de ser mineiro de Santa Rita do Sapucaí, Heriberto da Cunha, 55, chegou ao Nacional com muita pressa. Logo de cara, fez uma lista com mais de 20 nomes de jogadores, escolhidos a dedo, para a temporada 2016. Não perdendo tempo, iniciou os treinamentos ainda em dezembro e já planeja alguns amistosos para testar o potencial do elenco nacionalino que disputará Copa do Brasil, Copa Verde, a Série D do Campeonato Brasileiro e o Barezão. Com muita experiência dentro das quatro linhas, absorvida na época de jogador, e fora - Heriberto já treinou equipes como Vila Nova, Atlético Paranaense e Sport -, o novo comandante do Leão da Vila Municipal conversou com o PÓDIO sobre a preparação para o primeiro semestre, difi culdades encontradas logo na chegada, estrutura do time e como encara o primeiro desafi o na Região Norte do Brasil.

HERIBERTO da Cunha

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE JANEIRO DE 2016E3PódioPódio E3Pódio

Willian D’Ângelo

Colunista do PÓDIO

O Campeonato Ama-zonense de Futebol de 1978 foi disputa-do por seis equipes,

com o Nacional Futebol Clube vencendo os três turnos em disputa, conquistando o seu tricampeonato. Além do Leão da Vila Municipal, estiveram participando também o Amé-rica, Fast Clube, Libermorro, São Raimundo e Sul América.

Após vencer o América na pri-meira rodada pelo placar de 3 a 1, o time da Vila Municipal en-trava no estádio da Colina para encarar o Libermorro no dia 6 de agosto. Com gols de Careca (4) e Barrote (2), o time azulino goleou o Lili por 6 a 0, jogando com Amauri, Cláudio (Eli), Pau-lo Galvão, Marcos, Carlinhos, Raí, Correia, Mário Gordinho, Barrote, Careca (Brandão) e Esquerdinha. O Tigrão foi go-leado Toinho, Judelci (Charuto), Amaral, Danival, Pereira, Lima, Lamberck, Sauba, Nilton, Zé Alberto e Amaro.

Além dos atletas que atua-ram na vitória sobre o time do Morro da Liberdade, o técnico gaúcho Laerte Dória contou também com Rafael, Santa Cruz, Paulinho, Wallace, Mar-cos, Hélio, Maranhão, Armando, Terano, Fernandinho, Noé Silva e Clayton. O Rio Negro não dis-putou o certame, e o artilheiro foi Careca, do Nacional com 14 gols. O clube, além de ter

Nacional goleia Libermorro em [email protected]

Túnel do tempo

Pelo Campe-onato Brasi-leiro de 1978, vencido pelo Guarani Fute-bol Clube (SP), o Nacional não foi bem e conquistou alguns saldos negativos. Em 16 jogos disputados, o time ama-zonense teve apenas uma vitória, dois empates e 13 derrotas, com saldo negativo de 24 gols. O Botafogo-PB teve a pior defesa com 38 gols sofridos”

sido campeão sem necessi-dade de fi nais, foi campeão sem uma única derrota. O Na-cional sagrava-se tricampeão amazonense de futebol, com uma das melhores médias de público do Norte e Nordeste.

O técnico Laerte Dória pas-sou também em clubes como CSA, Fortaleza, Treze, Vila Nova, Goiás, América-RN e

Marcílio Dias. O certame regional só foi re-

alizado após a Copa do Mundo disputada na Argentina, que vivia sob forte ditadura militar, o que levou ameaça de muitos países em não participar da Copa do Mundo. Apesar da polêmica, não houve desistên-cias e a competição transcorreu normalmente. Pelo menos fora

de campo. Dentro das quatro linhas, o que se viu foi uma forte seleção argentina que, apesar das dúvidas quanto a parcia-lidade da arbitragem, faturou seu primeiro título mundial ao bater a Holanda na fi nal, por 3 a 1, com dois gols na prorrogação e um título de campeão moral para o Brasil, que terminou a competição na terceira posi-

ção, invicto. Pelo Campeonato Brasileiro de 1978, vencido pelo Guarani Futebol Clube (SP), o Nacional não foi bem e conquis-tou alguns saldos negativos. Em 16 jogos disputados, o time amazonense teve apenas uma vitória, dois empates e 13 der-rotas, com saldo negativo de 24 gols. O Botafogo-PB teve a pior defesa com 38 gols sofridos.

Formação do Nacional Futebol Clube, que foi tricampeã do Campeonato Amazonense em 1978 e que disputou a elite do Campeonto Brasileiro

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AÇÃO

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE JANEIRO DE 2016E4 E5

MANAUS, DOMINGO, 10 DE JANEIRO DE 2016E4 E5PódioPódio

O êxodo brasileiro rumo à

CHINAPrimeiro, Jadson foi para o Tianjin

Quanjian. Depois, Ralf e Renato Augusto fecharam com o Beijing Guoan, e Elias ainda pode sair em

breve. Os corintianos estão assustados com o desmanche do campeão brasi-leiro e a debandada para a China. Lá já estão ídolos de outros clubes. Diego Tardelli e Robinho são dois exemplos. Fato é que a China chegou ao futebol brasileiro de forma avassaladora e está roubando os craques tupiniquins.

Os clubes chineses oferecem cifras mi-lionárias, com salários que chegam a R$ 2 milhões, que seduzem os jogadores e deixam os clubes de mãos atadas. Proposta irrecusável se tornou a expressão da moda.

“Primeiro que, todos nós do clube, fomos surpreendidos com essas saídas porque o futebol chinês trabalha diferente de qualquer outro clube. O futebol chinês se acerta com o atleta, seduz com valores expressivos e o clube toma ciência disso meia hora antes de falar que vai embora. Não existe defesa. Podemos perder cinco, seis, sete, todos que forem requisitados nessa situação”, lamentou o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade.

O estrago está feito. E a China, que tem tanta tradição no tênis de mesa, no badminton e que ama basquete, agora se apaixonou pelo futebol. Mas de onde vem esse interesse e, mais ainda, de onde vem tanto dinheiro?

O presidente da China, Xí Jìnpíng, tem papel fundamental nisso. Ele é louco por futebol e quer de todas as formas desen-volver a modalidade no país, inclusive por motivos políticos. A China é hoje a segunda maior economia do mundo com um PIB que ultrapassou US$ 4 trilhões. Mas uma potên-cia dessa grandeza não se afi rma apenas pelo dinheiro e também precisa expandir o seu poder de outras formas.

“A China já é a maior potência econômica. E agora quer a promoção do país, a divul-gação, a penetração em outros lugares. É importante divulgar o país, ser mais bem quisto, conhecido, mostrar a sua cultura para os outros, e uma das formas de se conseguir isso é por meio do futebol. Olha como os países conseguem angariar em simpatia e penetração com o futebol”, re-vela o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang.

Além disso, existem fatores sociais e

econômicos que alimentam o interesse pela modalidade. O futebol se tornou um enorme negócio no mundo e que gera altas receitas para todas as partes com ações que vão do marketing à venda de jogadores. A China também está de olho nisso. Com sua po-pulação com mais de 1 bilhão de pessoas, gente não falta para consumir o produto e lotar estádios. Já pensou se a moda pega?

O empresário brasileiro Flávio Pires, que trabalha com o mercado chinês há 12 anos e foi o responsável por trazer Zizao ao Corinthians, conta que eles já têm essa visão para negociar e cita o caso de Kieza. O atacante pertence ao Shanghai Shenxin, que já recebeu propostas do São Paulo e do Bahia pela compra dos direitos do atleta, mas está fazendo linha dura para negociá-lo.

“Podemos ver o caso do Japão. O Japão começou a implementar o futebol há pou-co tempo e hoje já vende jogador para a Europa. E os chineses têm muita visão, são muito rápidos, até mais que os japoneses na minha opinião. Eles sabem negociar. Veja o caso do Kieza. O time chinês só tem interesse em vender por um valor alto, não quer dar de graça”, disse.

De onde vem o dinheiro?

Os times na China são de propriedade de grandes empresas privadas. O Guangzhou Evergrande, por exemplo, atual campeão asiático e co-mandado por Luiz Felipe Scolari, tem como sócia majoritária a Evergrande Real Estate Group, uma das maiores construtoras do país, e o Alibaba, um gigante da área de comércio eletrônico. Dentre os times da Série A, a maior parte pertence a construtoras, empresas do setor elétrico e estatais.

Essas empresas ganharam “rios de dinheiro” no período recente de crescimento da China. Com o boom econômico do país, o setor de infra-estrutura precisou acompanhar. Assim, prédios, estradas e metrôs começaram a se proliferar.

Infl uenciadas pela paixão do presidente pelo futebol, essas gigantes começaram a inves-

Os chineses são ambiciosos e sonham gran-de. Já pensam em contratar grandes nomes europeus e fizeram proposta para ter Arjen Robben, do Bayern de Munique. Mais que isso, pensam em sediar uma Copa do Mundo a exemplo do Japão e da Coreia do Sul, em 2002, e ainda levantar a taça.

“Numa entrevista que eu vi do presidente ele disse três coisas. Primeiro que as crianças da China pratiquem futebol, segundo que nós consigamos promover uma Copa do Mundo e terceiro que a gente seja campeão desta Copa do Mundo. Olha a visão do cara, eles têm a intenção de expandir o futebol, têm a estrutura e têm dinheiro. A mão de obra ainda não tem, mas os caras estão buscando”, disse Sérgio Baresi.

“Eu acredito que em uma média de 15 anos a China vai competir com a Europa”, comple-tou. O técnico Cuca tem a mesma opinião. “Se continuar nesta pegada, a tendência é que em 15 anos a China poderá ser uma das forças do futebol”, observa.

Os primeiros efeitos de toda essa aventura já estão sendo percebidos. Esportivamente, o Guangzhou foi campeão asiático, disputou o último Mundial de Clubes e até enfrentou o Barcelona na semifi nal da competição. De que-bra, encheu os olhos e deu grande visibilidade aos seus proprietários. A população também está mais interessada em futebol.

“Hoje a gente vê as pessoas com camisas de times nas ruas, nos bares vendo jogos, comen-tando nas redes sociais, coisa que há alguns anos a gente não via”, conta Daniel Botura, brasileiro que mora na China há nove anos e é dono da empresa de importação e exportação.

Ambição é a marca do futebol chinês

R. Augusto - meia

Ralf - volante

Jadson - meia

Elias - meia

Melhor jogador do Campe-onato Brasileiro do ano pas-sado, o meia Renato Augusto chegou a recusar uma propos-ta do futebol alemão, porém não resistiu aos dólares do Beijing Guoan

Volante que fez história com o Co-rinthians e que fez parte do elenco campeão mundial, Ralf deixará o Parque São Jorge para assinar um contrato de dois anos com o Beijing Guoan

Após má fase em 2014, Jadson reencon-trou o bom futebol que o levou à seleção brasileira sob o comando do técnico Tite. Ao lado de Renato Augusto e Elias, foramava a espinha dorsal do Alvinegro

Titular da seleção brasileira, o meia Elias tem proposta do Hebei China Fortune, time treinado por Vanderlei Luxemburgo, e se aceitar, ganhará em torno de R$ 2,2 milhões mensais no time asiático

R$ 34,6

R$ 1

R$ 21,6

R$ 40

MI

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MI

Para se desenvolver no esporte, a China se inspirou no Japão, que conse-guiu dar um salto na modalidade com a chegada de Zico, e também apostou na infraestrutura. O técnico Sérgio Baresi, que trabalhou por dois anos na base do Shandong Luneng, conta que o CT do clube tem nada menos que 26 campos. E ainda é pouco diante da estrutura do Guangzhou com seus 58 campos impecáveis.

O maior problema do país é a falta de mão de obra qualifi cada. Por isso, a China vem adotando a mesma es-tratégia que fez sucesso em outros setores, como o automotivo. Con-trata estrangeiros qualifi cados para primeiro aprender e depois andar com as próprias pernas. A presença

é cada vez maior não só de atletas brasileiros, mas também treinadores e profi ssionais da área esportiva como preparadores físicos e fi sioterapeutas a exemplo de Bruno Mazziotti, que trabalhava no Corinthians e se tornou referência na recuperação de atletas.

“No contrato é obrigado a ter um auxiliar chinês para eles irem apren-dendo, e com o tempo eles vão ter a própria mão de obra qualifi cada”, conta o técnico Cuca, que recente-mente estava no Shandong Luneng.

A ideia é alavancar não só o profissional, mas também formar atletas para brilhar no futuro. Prova disso é que o futebol entrou para o currículo escolar e virou disciplina obrigatória nas escolas.

Como evoluir no futebol?

tir pesado em seus times e, dessa forma, não vêm medin- d o esforços para oferecer propostas tenta-doras aos brasileiros.

“O presidente da China é fanático por futebol, isso fez com que grandes empresas, patrocinadores e donos dos times tivessem interesse em ino-var o futebol chinês. Quem não quer ser o primeiro empresário de futebol para agradá-lo? Todos os clubes chineses pertencem a grandes empresas, o primeiro que conseguir mostrar que tem um bom time de futebol vai ter o reconhecimento e a gratidão do presidente chinês. Em um país em que o mandato de presidente dura dez anos, isso faz bastante diferença”, conta Charles Tang.

País asiático tem investido pesado na contratação de jogadores

brasileiros e tem sonho de se tornar potencial do esporte

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE JANEIRO DE 2016E4 E5PódioPódio

O êxodo brasileiro rumo à

CHINAPrimeiro, Jadson foi para o Tianjin

Quanjian. Depois, Ralf e Renato Augusto fecharam com o Beijing Guoan, e Elias ainda pode sair em

breve. Os corintianos estão assustados com o desmanche do campeão brasi-leiro e a debandada para a China. Lá já estão ídolos de outros clubes. Diego Tardelli e Robinho são dois exemplos. Fato é que a China chegou ao futebol brasileiro de forma avassaladora e está roubando os craques tupiniquins.

Os clubes chineses oferecem cifras mi-lionárias, com salários que chegam a R$ 2 milhões, que seduzem os jogadores e deixam os clubes de mãos atadas. Proposta irrecusável se tornou a expressão da moda.

“Primeiro que, todos nós do clube, fomos surpreendidos com essas saídas porque o futebol chinês trabalha diferente de qualquer outro clube. O futebol chinês se acerta com o atleta, seduz com valores expressivos e o clube toma ciência disso meia hora antes de falar que vai embora. Não existe defesa. Podemos perder cinco, seis, sete, todos que forem requisitados nessa situação”, lamentou o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade.

O estrago está feito. E a China, que tem tanta tradição no tênis de mesa, no badminton e que ama basquete, agora se apaixonou pelo futebol. Mas de onde vem esse interesse e, mais ainda, de onde vem tanto dinheiro?

O presidente da China, Xí Jìnpíng, tem papel fundamental nisso. Ele é louco por futebol e quer de todas as formas desen-volver a modalidade no país, inclusive por motivos políticos. A China é hoje a segunda maior economia do mundo com um PIB que ultrapassou US$ 4 trilhões. Mas uma potên-cia dessa grandeza não se afi rma apenas pelo dinheiro e também precisa expandir o seu poder de outras formas.

“A China já é a maior potência econômica. E agora quer a promoção do país, a divul-gação, a penetração em outros lugares. É importante divulgar o país, ser mais bem quisto, conhecido, mostrar a sua cultura para os outros, e uma das formas de se conseguir isso é por meio do futebol. Olha como os países conseguem angariar em simpatia e penetração com o futebol”, re-vela o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang.

Além disso, existem fatores sociais e

econômicos que alimentam o interesse pela modalidade. O futebol se tornou um enorme negócio no mundo e que gera altas receitas para todas as partes com ações que vão do marketing à venda de jogadores. A China também está de olho nisso. Com sua po-pulação com mais de 1 bilhão de pessoas, gente não falta para consumir o produto e lotar estádios. Já pensou se a moda pega?

O empresário brasileiro Flávio Pires, que trabalha com o mercado chinês há 12 anos e foi o responsável por trazer Zizao ao Corinthians, conta que eles já têm essa visão para negociar e cita o caso de Kieza. O atacante pertence ao Shanghai Shenxin, que já recebeu propostas do São Paulo e do Bahia pela compra dos direitos do atleta, mas está fazendo linha dura para negociá-lo.

“Podemos ver o caso do Japão. O Japão começou a implementar o futebol há pou-co tempo e hoje já vende jogador para a Europa. E os chineses têm muita visão, são muito rápidos, até mais que os japoneses na minha opinião. Eles sabem negociar. Veja o caso do Kieza. O time chinês só tem interesse em vender por um valor alto, não quer dar de graça”, disse.

De onde vem o dinheiro?

Os times na China são de propriedade de grandes empresas privadas. O Guangzhou Evergrande, por exemplo, atual campeão asiático e co-mandado por Luiz Felipe Scolari, tem como sócia majoritária a Evergrande Real Estate Group, uma das maiores construtoras do país, e o Alibaba, um gigante da área de comércio eletrônico. Dentre os times da Série A, a maior parte pertence a construtoras, empresas do setor elétrico e estatais.

Essas empresas ganharam “rios de dinheiro” no período recente de crescimento da China. Com o boom econômico do país, o setor de infra-estrutura precisou acompanhar. Assim, prédios, estradas e metrôs começaram a se proliferar.

Infl uenciadas pela paixão do presidente pelo futebol, essas gigantes começaram a inves-

Os chineses são ambiciosos e sonham gran-de. Já pensam em contratar grandes nomes europeus e fizeram proposta para ter Arjen Robben, do Bayern de Munique. Mais que isso, pensam em sediar uma Copa do Mundo a exemplo do Japão e da Coreia do Sul, em 2002, e ainda levantar a taça.

“Numa entrevista que eu vi do presidente ele disse três coisas. Primeiro que as crianças da China pratiquem futebol, segundo que nós consigamos promover uma Copa do Mundo e terceiro que a gente seja campeão desta Copa do Mundo. Olha a visão do cara, eles têm a intenção de expandir o futebol, têm a estrutura e têm dinheiro. A mão de obra ainda não tem, mas os caras estão buscando”, disse Sérgio Baresi.

“Eu acredito que em uma média de 15 anos a China vai competir com a Europa”, comple-tou. O técnico Cuca tem a mesma opinião. “Se continuar nesta pegada, a tendência é que em 15 anos a China poderá ser uma das forças do futebol”, observa.

Os primeiros efeitos de toda essa aventura já estão sendo percebidos. Esportivamente, o Guangzhou foi campeão asiático, disputou o último Mundial de Clubes e até enfrentou o Barcelona na semifi nal da competição. De que-bra, encheu os olhos e deu grande visibilidade aos seus proprietários. A população também está mais interessada em futebol.

“Hoje a gente vê as pessoas com camisas de times nas ruas, nos bares vendo jogos, comen-tando nas redes sociais, coisa que há alguns anos a gente não via”, conta Daniel Botura, brasileiro que mora na China há nove anos e é dono da empresa de importação e exportação.

Ambição é a marca do futebol chinês

R. Augusto - meia

Ralf - volante

Jadson - meia

Elias - meia

Melhor jogador do Campe-onato Brasileiro do ano pas-sado, o meia Renato Augusto chegou a recusar uma propos-ta do futebol alemão, porém não resistiu aos dólares do Beijing Guoan

Volante que fez história com o Co-rinthians e que fez parte do elenco campeão mundial, Ralf deixará o Parque São Jorge para assinar um contrato de dois anos com o Beijing Guoan

Após má fase em 2014, Jadson reencon-trou o bom futebol que o levou à seleção brasileira sob o comando do técnico Tite. Ao lado de Renato Augusto e Elias, foramava a espinha dorsal do Alvinegro

Titular da seleção brasileira, o meia Elias tem proposta do Hebei China Fortune, time treinado por Vanderlei Luxemburgo, e se aceitar, ganhará em torno de R$ 2,2 milhões mensais no time asiático

R$ 34,6

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R$ 21,6

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Para se desenvolver no esporte, a China se inspirou no Japão, que conse-guiu dar um salto na modalidade com a chegada de Zico, e também apostou na infraestrutura. O técnico Sérgio Baresi, que trabalhou por dois anos na base do Shandong Luneng, conta que o CT do clube tem nada menos que 26 campos. E ainda é pouco diante da estrutura do Guangzhou com seus 58 campos impecáveis.

O maior problema do país é a falta de mão de obra qualifi cada. Por isso, a China vem adotando a mesma es-tratégia que fez sucesso em outros setores, como o automotivo. Con-trata estrangeiros qualifi cados para primeiro aprender e depois andar com as próprias pernas. A presença

é cada vez maior não só de atletas brasileiros, mas também treinadores e profi ssionais da área esportiva como preparadores físicos e fi sioterapeutas a exemplo de Bruno Mazziotti, que trabalhava no Corinthians e se tornou referência na recuperação de atletas.

“No contrato é obrigado a ter um auxiliar chinês para eles irem apren-dendo, e com o tempo eles vão ter a própria mão de obra qualifi cada”, conta o técnico Cuca, que recente-mente estava no Shandong Luneng.

A ideia é alavancar não só o profissional, mas também formar atletas para brilhar no futuro. Prova disso é que o futebol entrou para o currículo escolar e virou disciplina obrigatória nas escolas.

Como evoluir no futebol?

tir pesado em seus times e, dessa forma, não vêm medin- d o esforços para oferecer propostas tenta-doras aos brasileiros.

“O presidente da China é fanático por futebol, isso fez com que grandes empresas, patrocinadores e donos dos times tivessem interesse em ino-var o futebol chinês. Quem não quer ser o primeiro empresário de futebol para agradá-lo? Todos os clubes chineses pertencem a grandes empresas, o primeiro que conseguir mostrar que tem um bom time de futebol vai ter o reconhecimento e a gratidão do presidente chinês. Em um país em que o mandato de presidente dura dez anos, isso faz bastante diferença”, conta Charles Tang.

País asiático tem investido pesado na contratação de jogadores

brasileiros e tem sonho de se tornar potencial do esporte

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE JANEIRO DE 2016E6 PódioPódioProjeto social forma feras do jiu-jítsu em ManausCohen Brazilian Jiu-Jitsu atende mais de 800 crianças carentes da capital por meio de modalidades de lutas

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AÇÃO

Alunos do mestre Anderson Martins posam para foto após um dos treinos no projeto social da Praça 14

Com nove anos exis-tência o projeto social denominado “Cohen Brazillian Jiu-

Jitsu”, que funciona na rua Nhamundá, no bairro Praça 14, Zona Sul de Manaus, atende atualmente mais de 800 crianças, jovens, ado-lescentes de diversas faixas etárias em cinco bairros da capital: Praça 14, Conjunto Residencial Viver Melhor II, Novo Aleixo, Armando Men-des Japiim e no municípiode Iranduba.

Com as modalidades de MMA, jiu-jítsu e luta livre, o projeto estimula os jovens a praticarem esporte por meio da luta, incentivando a dis-ciplina agregada no treina-mento dos atletas.

De acordo com o coorde-nador do projeto e atleta graduado na modalidade de MMA, Anderson Martins, o incentivo para continuar oferecendo as aulas nessas modalidades é inspirado pe-los próprios alunos. “A nossa forca de vontade é que fazem as coisas acontecerem, pois, é muito difícil se manter, além do mais porque como o projeto e social não temos

apoio de ninguém”, ressalta.O coordenador salienta ain-

da que para custear os atletas que disputam os campeonatos em nacional, a equipe de vo-luntários compostas por 21 professores que fazem parte do quadro do projeto. “Nós organizamos feijoadas, rifas e bingos com prêmios doados

pela própria comunidade, para poder suprir a necessidades dos atletas nos campeonatos nacionais e internacionais”, enfatiza o coordenador.

Martins ressalta que ne-nhuma atividade do projeto recebe ajuda. “Quem mantêm o projeto são os próprios vo-luntários. Continuamos nes-ses nove anos com a ajuda de Deus e das promoçõesque realizamos”, pontua.

Ao longo desses nove anos de existência o projeto já consagrou diversos nomes em campeonatos de luta pelo país afora. Como é o caso da família Araújo, que já participam há mais de cinco anos as atividades esportivas desenvolvidas pelo projeto.

A família de atletas luta-dores e composta pelo casal Susy Maia, 32, Frank Mon-tana, 38, Fabiana Gracie,11, Arnold Schwarzenegger, 10, Fabio Silva, 33, Gina Araújo, 32, e Larissa Kelly, 18. Todos eles são parentes.

O chefe da família, o atle-ta graduado em ao menos três modalidades de luta e renomado em diversos campeonatos, Frank Monta-na, explica que a motivação para parte da família seguir no esporte, foi estimulada por ele. “Minha família foi estimulada desde o início e hoje eles fazem parte, junto comigo, do esporte. Nossa premissa é a disciplina, or-ganização e equilíbrio que a modalidade agrega em nosso cotidiano. Meus fi lhos par-ticipam desde pequenos e hoje eu colho os frutos da iniciação das crianças por meio da disciplina. Comenta o atleta”, conta.

CAMPEÃO

Entre os alunos do projeto social está Junior Boia, de 26 anos, que é ex-cam-peão do peso-mosca do Jungle Figth. Ele ajuda o coordena-dor Anderson Mar-tins a lecionar as aulas de jiu-jítsu

MAIRKON CASTRO

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Arena da Amazônia, construída para a Copa do Mundo, será palco, também, de seis jogos do torneio olímpico das Olimpíadas do Rio-2016

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ULG

AÇÃO

Manaus está preparada para receber OlimpíadasComitê Olímpico Estadual diz que Arena e centros de treinamento estão em perfeitas condições para receber o torneio de futebol

Na contagem regressi-va para a bola começar a rolar em solo ama-zonense, o Comitê Or-

ganizador Olímpico Estadual da Rio2016 considera os Cen-tros de Ofi ciais Treinamentos (Cots) de Manaus prontos para receber as partidas do tor-neio de futebol das Olimpíadas. “Toda a estrutura que foi feita para a Copa do Mundo está em bom estado de conservação. A nossa ideia e do próprio Comitê Rio 2016 é utilizar o máximo dessa estrutura na Arena da Amazônia e do que foi deixado pela Copa para não ter que gastar com estrutura temporária, reduzindo nossos custos”, disse o coordenador do comitê estadual Mario Aufi ero.

Depois de ser confi rmada como uma das cidades sedes pelo COI, a capital começa agora seus primeiros passos para surpreender os fãs do esporte. Além do estádio, que receberá seis jogos do Torneio Olímpico – quatro do masculi-no e dois do feminino –, até o fi nal deste mês serão visitados os gramados do Ismael Be-nigno (Colina), na Zona Oeste, o Carlos Zamith (estádio do Coroado), na Zona Leste, e o

do Clube do Trabalhador (Sesi), mesma zona, apresentados como Centros de Treinamen-to para as seleções que irão jogar em Manaus.

Também serão visitados o Centro de Convenções do Amazonas (CCA) Vasco Vas-ques, hotéis, aeroporto e o Centro Integrado de Coman-do e Controle (CICC), este sob a coordenação da Secretaria Executiva Adjunta de Plane-jamento e Gestão Integrada de Segurança, da Secreta-ria de Estado de Segurança Pública (SSP).

Já a outra visita está pre-vista para ser realizada no fim de março, que será clas-sificada como a avaliação final. “É a terceira visita que o Comitê Rio 2016 está fazendo, vistoriando os gra-mados do nosso estádio e dos nossos CTs. O primei-ro relatório da Rio 2016 foi positivo, mostrando que estamos dentro do nosso cronograma de trabalho com a questão da manutenção dos gramados. Outros inte-grantes da Fifa e do Comitê Rio 2016 estão vistoriando alguns hotéis da cidade”, ex-plicou o presidente do COI em Manaus, Aufiero.

O objetivo é verifi car se o

que fi cou de legado atende às necessidades das Olimpía-das e o que deverá ser modi-fi cado. Assim como em outras

visitas serão feitos testes de equipamentos, verifi cação de sistemas de áudio e de imagem (telões) da Arena;

funcionamento das áreas re-lacionadas à imprensa, esta-cionamento, arquibancada, dispersão, campo de futebol,

vestiários, alimentação, além da parte operacional de se-gurança dos estádios, entre outros quesitos.

LINDIVAN VILAÇA

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