pódio - 25 de janeiro de 2015

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Fas t e São Raimundo con vivem com jejum de tro féus no Campeonato Amazonense e esperam fazer do Bar ezão 201 5 a virada para um novo tempo de vi tóri as . O tricolor investiu em atletas conhecidos da torcida, e o Tufão aposta na mescla de juventude e experiência. Pódio E4 e E5 MANAUS, DOMINGO, 25 DE JANEIRO DE 2015 [email protected] Com fome de título

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 25 de janeiro de 2015

Fast e São Raimundo convivem com jejum de troféus no Campeonato Amazonense e esperam fazer do Barezão 2015 a virada para um novo tempo de vitórias. O tricolor investiu em atletas conhecidos da torcida, e o Tufão aposta na mescla de juventude e experiência. Pódio E4 e E5

MANAUS, DOMINGO, 25 DE JANEIRO DE 2015 [email protected]

Pódio E2 e E3VDIEGO JANATÃ

Com fome de

títuloE01 - PÓDIO.indd 8 23/1/2015 21:01:00

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E2 MANAUS, DOMINGO, 25 DE JANEIRO DE 2015

Categoria de base, escola de formação de futebol, é importante você produzir, trabalhar, sem queimar etapas, para que quando esses jovens cheguem ao profi ssional, eles estejam dentro de uma meto-dologia do clube, adap-tados per-feitamente para aquilo que o clube trabalha no profi ssional

É evidente que, nem todos os profissio-nais que foram jo-gadores de futebol, que tiveram uma grande experiência no meio, se-rão grandes treinadores

Após realizar campanha satisfatória com o Rio Negro na Segundinha do Estadual no ano

passado, onde conseguiu re-colocar o Galo da Praça da Saudade na elite do futebol baré, o técnico Sérgio Duarte foi o escolhido pelo presidente Thales Verçosa para continuar comandando a equipe no Cam-peonato Amazonense 2015.

Com passagens por clubes de Portugal e da Escócia, o ex-volante conta ao EM TEM-PO sobre sua experiência em trabalho com jovens, critica a falta de profi ssionalismo no futebol de base do Amazonas e fala sobre a expectativa de comandar o time do Rio Negro no Estadual.

PÓDIO - Você é aponta-do como um treinador que sabe trabalhar com jovens talentos. Que tipo de ex-periência você já teve nas categorias de base?

Sérgio Duarte - Minha expe-riência já começou mesmo em Portugal. Eu fi z parte das es-colinhas de formação do União de Lamas e do Boavista, onde participei de todo esse pro-cesso. Quando retornei para o Brasil, mas especifi camente para Manaus, fui coordena-dor da escolinha de futebol do Nacional. Então, comecei a me interar muito mais so-bre esse assunto, fi z cursos voltados para esse trabalho e aí depois eu assumi também o juniores do Nacional, onde conquistei o título da categoria, inclusive, dois dos jogadores que estiveram naquele ano co-migo estão hoje aqui, fazendo parte do elenco profi ssional do Rio Negro, que é o Rondinelli e o Marcelinho. E eu fui me aprofundando nisso. Comecei a acompanhar o Campeonato Amazonense de base e comecei a ver alguns valores nossos.

PÓDIO – Como conhe-cedor da base local, por qual motivo você acha que poucos garotos chegam ao profi ssional?

SD - É evidente que, como al-guns ascenderam e chegaram agora a um nível profi ssional, outros infelizmente fi caram pelo caminho. A gente sabe que é difícil a carreira de jogador de futebol. É uma carreira ingrata e infelizmente, talvez porque esses atletas não tiveram o acompanhamento ideal de pessoas que realmente tinham algo bom para passar a eles, fi caram pelo caminho. Mas eu sempre acreditei e acredito que o nosso Estado tem grandes valores, jovens que têm po-tencial e muita qualidade para o futebol.

PÓDIO - Você passou mui-to tempo no futebol portu-guês. Qual a principal dife-rença entre o trabalho de base feito lá e aqui?

SD - Em Portugal, os clubes num todo, seguem uma diretriz, uma metodologia de treina-mento. Eles dizem que são es-colinhas de formação. Um das diferenças que é notória, bem acentuada que nós não vemos aqui, é que lá, e eu acho que nos outros países da Europa também, os campeonatos rea-lizados são em dimensões redu-zidas, cinco contra cinco, sete contra sete, até você chegar em 11 contra 11. Isso é uma das diferenças que talvez o futsal nosso, de certa forma, esteja suprindo essa necessidade. Há jovens valores fazendo essa transição: iniciando no futsal e migrando para o futebol de campo. Assim, a gente revela grandes valores para o nos-so futebol. E principalmente o apoio, a estrutura também. Lá, os escalões de formação de futebol dos clubes têm os locais devidos para treinar, tem todo um suporte, todo um apoio, coisa que infelizmente no nosso Estado não existe.

PÓDIO - Tem a questão das pessoas que cuidam da base aqui, a gente nota que muitos não são qua-lifi cados para esse tipo de trabalho, cuidando des-ses garotos. Como você vê essa questão?

SD - Eu acho que o meca-nismo e até o projeto ideal deveria surgir de dentro dos clubes. Quem comanda a base deveria ter uma outra visão e saber que, é evidente que nem todos os profi ssionais que foram jogadores de futebol, que tiveram uma grande expe-riência no meio, serão grandes treinadores. Mas eu acredito que uma aposta nesse sentido, a qualifi cação nesse sentido, seria um dos caminhos. Hoje você vê aí, não costumo co-locar determinadas situações por questões éticas, até para não estar comentando sobre outro profi ssional da área, mas o que a gente vê aí é que são pessoas que não tiveram essa experiência, não se aprofun-daram de certa forma dentro do futebol especifi camente, e hoje são essas pessoas que estão à frente de uma base, dos campeonatos de base do Amazonas. E o que a gente vê é que surgem muitos atletas, muitos jovens valores, mas que não há sequência.

PÓDIO – E sobre essa ques-tão da “obrigatoriedade” de ser campeão já na base?

SD - Quando você fala em trabalho de base, você não fala só em títulos. Tem gente aí que

pode dizer que foi campeão tantas vezes no infantil, tantas vezes no juvenil, tantas vezes no juniores, mas a realidade é que quando você vai buscar quantos desses valores ascen-deram a um nível profi ssional, você vai ver que a porcentagem é mínima. Eu acho que isso não conta para o nosso futebol. Categoria de base, escola de formação de futebol, é impor-tante você produzir, trabalhar, sem queimar etapas, para que quando esses jovens cheguem ao profi ssional, eles estejam dentro de uma metodologia do clube, adaptados perfeita-mente para aquilo que o clube trabalha no profi ssional.

PÓDIO - Em relação ao Rio Negro, com o time montado para o Estadual. Até onde você acredita que essa equipe pode chegar?

SD - É importante que a gente tenha ciência do traba-lho que está sendo realizado. O Rio Negro vem trabalhando desde a base, disputou infantil, juvenil, juniores e teve agora o acesso à Série A usando muitos jogadores da base. Manteve uma equipe permanente tra-balhando, jogadores entre 18 e 20 anos, e esses atletas fi zeram parte do profi ssional, estão perfeitamente inseridos no plano de trabalho do Rio Negro e da comissão técnica para o profi ssional deste ano. É evidente que é uma competição que exige muito, apesar do nosso futebol não estar muito bem, mas é uma competição de alto rendimento. Você não pode entrar a 50%, 60% para uma disputa de um campeonato Estadual. Há clubes que estão um pouco à frente dos outros, em preparação, em tempo de preparação, em aspecto fi nan-ceiro também, orçamento de atletas e comissão técnica, estrutura para treinamento, e outros clubes procuram fazer o melhor para trazer adaptações, para formar uma equipe den-tro das limitações fi nanceiras, procurar estrutura para ter um lugar onde trabalhar e isso conta muito.

PÓDIO – Que tipo de tra-balho você está fazendo com essa garotada do Galo?

SD - Especifi camente com o plantel que o Rio Negro formou e está formando, a gente tem que ter a noção que são jovens, alguns jogadores mais expe-rientes em algumas posições, e a gente vai tentar fazer essa mescla para que a gente tenha uma equipe competitiva, que saiba se comportar dentro de campo, que saiba o posiciona-mento que tem de ter quando estiver com a posse da bola, posicionamento dos jogado-res nas suas devidas posições, fazendo as coberturas que tem

de ser feitas, movimentações, aspectos táticos para, além disso, colocar em prática em prol do coletivo, a individuali-dade técnica, a cultura tática que eles possam estar assimi-lando, o condicionamento físi-co. É evidente que pode pecar um pouquinho em termos da maturidade, mas isso a gente vai procurar equilibrar com os mais experientes que estão no plantel.

PÓDIO – Qual a expecta-tiva para o Estadual?

SD - A gente parte para esse campeonato com uma grande expectativa e com a esperan-ça de fazer uma boa campa-nha no certame. A gente sabe das difi culdades, sabemos do potencial e da qualidade dos nossos adversários e vamos trabalhar muito em cima do que eles produzem nos jogos e tomando essas devidas pre-cauções. Mas o Rio Negro, em momento algum, vai abrir mão de tomar a iniciativa do jogo, em ter a iniciativa de atacar. São rapazes que tem potencial, que estamos traba-lhando tanto físico, técnico e tático, como também a parte psicológica para que eles se sintam totalmente a vontade nos jogos.

PÓDIO - Qual o ponto for-te do Rio Negro e o que ain-da pode ser melhorado até a estreia no Estadual?

SD – A característica de ti-mes que eu trabalho são equi-pes que sabem se posicionar muito bem em campo, inde-pendente da estratégia que a gente utiliza, da formação tática. Uma característica das equipes que eu trabalho é isso, exijo muito nesse sentido e pro-curar conciliar essa formação, esse posicionamento, com a capacidade técnica de cada jogador. Eu não vou tirar a liberdade de nenhum jovem desse, pelo contrário. Falo sem-pre nas minhas preleções que eles devem ter alegria para jogar, responsabilidade sim, mas ter alegria para jogar. Tem determinados momentos em que a gente tem que ser um pouquinho mais objetivo e jogar mais simples. Mas eles têm total liberdade para driblar no momento certo, em áreas que não levem perigo a nossa defensiva, para tomarem todas aquelas atitudes que são nor-mais num jogador de futebol dentro de campo. O que pode ser esperar dessa mocidade aí é muita determinação. Você vê os garotos com foco, determina-dos, colocando garra. Um time que poderá perder jogos e vai perder com certeza, mas que vai perder com uma postura, com uma forma de jogar e procurando até o último minuto um resultado positivo.

Sérgio DUARTE

O Rio Negro, EM MOMENTO ALGUM, vai abrir mão DE TOMAR A INICIATIVA do jogo

O que pode ser espe-rar dessa mocidade aí é muita determinação. Você vê os garotos com foco, determinados, co-locando garra. Um time que poderá perder jogos e vai perder com certeza, mas que vai perder com uma postura, com uma forma de jogar e procu-rando até o último minu-to um resultado positivo

FOTOS: IONE MORENO

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

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E3MANAUS, DOMINGO, 25 DE JANEIRO DE 2015

Gustavo: mais uma joia da Princesinha do SolimõesAos 19 anos, o meio-campo Gustavo se destaca no futebol paulista e se prepara para disputar estadual pelo Mogi-Mirim

Nos últimos anos, a cidade de Manaca-puru entrou de vez no cenário futebo-

lístico brasileiro. Primeiro, a equipe do Princesa do Soli-mões venceu o Campeonato Amazonense de 2013 garan-tindo assim, uma vaga para a Copa do Brasil de 2014 e o direito de representar o Esta-do no Campeonato Brasileiro da Série D. Logo em seguida, o fi lho ilustre da cidade, Mar-celinho, meio-campo do time búlgaro do Ludogorets, mar-cou o primeiro gol da história do time na fase de grupos da UEFA Champions League em cima do badalado Real Ma-drid (ESP). Em 2015, quem quer deixar seu nome na registrado é o jovem atleta Gustavo Costa. Com apenas 19 anos, o meia-armador foi contratado pelo Mogi-Mirim e participará do Campeonato Paulista com grandes chan-ces de ser titular.

O atleta começou a sua carreira na escolinha do Prin-cesa do Solimões. Contando com o apoio de seus familia-res, Gustavo conquistou com o Tubarão, os títulos amazo-nenses nas categorias sub-11, sub-15 e sub-17. Apesar disso, sua primeira chance fora do Estado apareceu aos 14 anos, quando ele foi arti-lheiro do campeonato goiano sub – 18 com nove gols, defendendo o Crixás.

“A oportunidade apareceu quando meu treinador Luiz me levou para Goiânia (GO) para atuar pelo Crixás. Pela equipe, disputei o campeonato goiano sub-18, mesmo tendo apenas 14 anos. Joguei muito bem e consegui ser o artilheiro do time com nove gols. Isso me deu confi ança e abriu espaço em outras equipes do país. Porém, no momento, preferi voltar para minha cidade. Pre-cisava amadurecer um pouco para não errar na carreira”, explicou o atleta que é canhoto e tem como ídolo o argentino Leonel Messi. O grande sonho no futebol? Jogar em um clube grande do Velho continente.

Por coincidência, Gusta-vo é irmão mais novo de Marcelinho. O jovem meia afirmou que pensa em um dia jogar junto com seu irmão, porém, isso não é prioridadeem sua carreira.

“É um sonho que eu tenho. Pretendo um dia jogar do lado do meu irmão. Meu pai até brincava que um dia agente

ia jogar junto, mas deixo nas mãos de Deus, porque ele sabe de tudo”, revela o atleta.

Currículo vitoriosoApesar da pouca idade, o cur-

rículo de Gustavo é invejável. Com apenas 19 anos, o meio-campo começou no Princesa do Solimões, clube de sua cidade natal. Lá, ele conquis-tou todos os títulos estaduais da categoria de base. Aos 14 anos, ele foi emprestado para o Crixias (GO) e logo depois foi para o Mogi Mirim.

Após se destacar na equipe que tem como presidente o ex-jogador Rivaldo, o garoto amazonense foi atuar pelo Santos. Na Vila Belmiro, Gus-tavo fi cou dois anos e con-quistou uma Copa do Brasil Sub-20 e no ano passado, levantou o troféu da Copa

São Paulo de Futebol Júnior, torneio mais tradicional do Brasil à nível de base.

Querendo se profi ssionalizar, o atleta aceitou o desafi o de vol-tar para o Mogi Mirim no meio de 2014 para a disputa da Série C. Com muito esforço coletivo, a equipe conseguiu o acesso para a segunda divisão.

Na atual temporada, Gusta-vo já se prepara para a disputa do Campeonato Paulista. Em período de pré-temporada, o jovem revelou segredos na preparação e do seu futuro no futebol.

“O ano vai ser bom. Estou me preparando para a disputa do Paulistão e o campeonato brasileiro da Série B. A pré-temporada está boa e bem intensa com trabalhos físicos e com bola também. Esta-mos fi cando bem fi sicamente, porque sabemos o quanto é importante está pronto para um campeonato como o Pau-listão. A minha expectativa é fazer um ótimo campeonato. É muito bom estar entre os grandes. Sabemos que o Pau-listão é uma vitrine, porque é um campeonato muito difí-cil. Não tem time bobo, mas estamos focados no nosso objetivo”, disse.

Gustavo atu-ando contra o São Caetano

Meia sendo marcado de perto pelo adversário

Jogador no treino no estádio do Guarani

AGORA NÃOO meio-campista afi rmou que diante do atual ce-nário, não projeta atuar no futebol amazonense, pelo menos nos próxi-mos 15 anos. No fi nal da carreira, ele diz que pode atuar no Estado ao lado do irmão Marcelinho

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ÃOTHIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 25 DE JANEIRO DE 2015

Sai, jejum!Discurso de Fast Clube e São Raimundo é o mesmo: voltar a dar alegrias ao torcedor. Neste terceiro raio-x do Barezão 2015, confi ra o que Rolo Compressor e Tufão da Colina estão aprontando para acabar com incômodo hiato de títulos

Torcedor de clubes ama vitórias e títu-los, mas deve saber conviver com o es-

pírito do futebol: nem sem-pre se ganha. Nem sempre se conquista. Os fãs de Fast Clube e São Raimundo sabem bem o que é fi car sem levantar uma taça já há algum tempo. O primei-ro, não triunfa no Barezão desde 1971. O segundo, desde 2006.

Ambas as equipes têm uma história de grandes conquistas dentro do fute-bol amazonense. O Fast já foi time de Série A, campeão da Taça Norte em 1970, venceu grandes clubes bra-sileiros, como o Fluminense em pleno Maracanã, além do histórico empate frente ao Cosmos de Nova York (jogo onde Vivaldão teve o seu maior público de todas as épocas). A equipe dos Estados Unidos tinha em seu elenco ninguém mais, ninguém menos que Pelé. Já o São Raimundo teve seu “boom” no fi nal da década de 90 e início dos anos 2000 e, além de um acesso à Série B, foi tri-campeão do norte do Brasil, tercei-ro lugar na extinta Copa Conmebol entre outros re-sultados expressivos que contribuíram para o nome do clube ganhar destaque a nível nacional.

Tufão e Rolo Compressor têm outra coisa em comum: experimentaram um certo declínio em sua história. O Tufão foi rebaixado no

Brasileirão da Série B e, depois disto, acumulou participações modestas no certame local. Tão modes-tas que quase foi rebaixado em 2014. O Fast Clube teve entre o início da década de 90 até o início dos anos 2000 seus piores momen-tos no Barezão e, apesar de ter montado elencos com-petitivos desde então, não conseguiu, ainda, retomar o caminho dos títulos. Ambos os times lutam para mudar esta realidade e prometem força total para erguer a taça.

Fast Clube Detentor de seis títulos no

Campeonato Amazonense, sendo o último deles ganho em 1971, o Fast Clube vai em busca da quebra do je-jum com uma lista de bons reforços para a temporada de 2015. Entre os principais nomes do Rolo Compressor está o atacante Charles (ar-tilheiro da Série B 2014, com 8 gols) que pretende rever os tempos de sucesso com Felipe. Em 2010 no Améri-ca, eles formaram dupla no Campeonato Brasileiro. O retorno de Rosembrick tam-

bém anima os tricolores.Além destes, o time do

técnico Ney Junior contará com vários nomes experien-tes e conhecidos do torcedor amazonense, como Amaral (Lateral-direito), Márcio Abrahão (Zagueiro), Ediglê (Zagueiro), Rondinelli (Vo-lante), Rodrigo Ítalo (Late-ral-esquerdo) e Michel Parin-tins (Meia). Para o gol o time contará com o goleiro Zé Carlos, campeão paraense pelo Paysandu em 2013.

Outro bom nome do Tri-color de Aço para a disputa do Barezão, é o meia Da Silva, que traz na bagagem passagens pelas categorias de bases do Grêmio (RS), Internacional (RS) e seleção brasileira. O Rolo Compres-sor estreará em casa, no Estádio da Colina, no dia 21 de fevereiro, contra o Esporte Clube Iranduba, ás 15h.

Com currículoApós ter jogado em várias

equipes do país e do exte-rior, o experiente zagueiro Ediglê está de volta ao fu-tebol amazonense. Aos 36 anos tem no seu currículo o título de campeão da Taça Libertadores e mundial In-terclubes pelo Internacional (RS), em 2006.

O atleta jogou também no exterior, defendendo o Marí-timo, clube intermediário de Portugal, da Ilha da Madeira, que chegou a se classifi -car para a Copa da UEFA. Ediglê passou pelo Nacio-nal em 1998 e 2013, mas se projetou realmente com passagens pelo Flamengo, Portuguesa e Náutico .

Cícero JúniorWillian D’ÂngeloWeb Rádio EM TEMPO

Tufão quer voltar a ser forte

APOSTAO Fast apostou em Rodrigo Novaes para co-mandar o departamento de futebol. Antes do iní-cio do ano, o mandatário saiu na frente e anunciou uma lista de reforços com nomes conhecidos do torcedor amazonense

O lateral-direito Amaral, o zagueiro Ediglê e o atacante Felipe foram apresentados à torcida antes da virada do ano

21/02: Fast x Iranduba 28/02: Manaus FC x Fast .07/03: Fast x Clube Nacional Borbense 11/03: Fast x Princesa do Solimões 14/03: Operário x Fast21/03: Fast x São Raimundo29/03: Penarol x Fast.02/04: Fast x Nacional.04/04: Fast x Rio Negro.11/04: Iranduba x Fast18/04: Fast x Manaus21/04: Nacional Borbense x Fast25/04: Princesa do Solimões x Fast02/05: Fast x Operário09/05: São Raimundo x Fast16/05: Fast x Penarol21/05: Nacional x Fast23/05: Rio Negro x Fast

Jogos do Fast Clube

Goleiros: Zé Carlos, Dida e Bruno SaúLaterais: Amaral, Jamerson, Rodrigo Ítalo, XavierZagueiros: Ediglê, Thiago Brandão, Márcio Abraão, Bigu, Thyago Brandão, WilianVolantes: Souza, Lê, Rondinelle, Roberto Dinamite e WilkerMeias: Rosembrick, Michel, Da Silva, Alessandro Toró e SmithAtacantes: Charles, Felipe, Roma, Deivid Macedo, Eliélton, Dennis RichardTreinador: Ney Júnior

Elenco do Rolo Compressor

21/02: Nacional Borbense x São Raimundo28/02: São Raimundo x Princesa do Solimões07/03: Operário x São Raimundo12/03: São Raimundo x Nacional14/03: São Raimundo x Penarol21/03: Fast x São Raimundo28/03: São Raimundo x Rio Negro01/04: Iranduba x São Raimundo04/04: Manaus x São Raimundo11/04: São Raimundo x Nacional Borbense19/04: Princesa do Solimões x São Raimundo22/04: São Raimundo x Operário27/04: Nacional x São Raimundo03/05: Penarol x São Raimundo09/05: São Raimundo x Fast16/05: Rio Negro x São Raimundo20/05: São Raimundo x Iranduba23/05: São Raimundo x Manaus

Jogos do São Raimundo:

Goleiros: Julião, Leandro, HenriqueLaterais: Getúlio, GílsonZagueiros: Alex Amaro, William, Uílton, FerreiraVolantes: Carlos, Max, Fernando Júnior, Adonias, Felipe EduardoMeias: Diego, Alisson, Joaldo, Atacantes: Thomas, Rogério Abreu, Marinho, Jai-minho, Mata-boi, MaikinhoTreinador: Eduardo Clara

Elenco do Tufão da Colina:

Com sete títulos estaduais, o Tufão não tem soprado for-te como nos anos de glória. Ano passado, com um time muito limitado e montado às pressas, além de sofrer com a ausência de um local fi xo para treinar e mandar seus jogos no interior do estado, se viu jogando na última rodada contra o Sul América, em um clássico Galo-preto para ser esque-cido: o time lutava contra o rebaixamento e, graças a um gol no fi nalzinho, con-seguiu se safar da degola. Alívio por um lado, refl exão e dúvida para 201. Como viria o São Raimundo em 2015? Para alguns, um time apenas para competir sem grandes êxitos, para outros um forte candidato ao rebai-xamento, ainda mais quando inicialmente se divulgou uma folha salarial bem abaixo do tamanho do time.

“Ledo engano”, afi rma Josildo Oliveira, diretor de futebol. “Nosso time é mui-to competitivo e trouxemos excelentes jogadores. O São Raimundo vem para ganhar o título! Este São Raimundo vai surpreender muita gen-te!”, aposta o dirigente.

Com um elenco que mescla juventude e experiência e que aposta em nomes conhecidos da torcida, o Tufão espera devastar os adversários rumo ao título. Tendo promovido alguns atletas das catego-rias de base, o time do São Raimundo possui uma média de idade 23 anos, tendo os atacantes Marinho e Rogério Abreu como os únicos acima dos trinta anos (36 e 33 res-pectivamente). Abreu, aliás, volta ao clube depois de ter jogado apenas uma vez com a camisa do alviceleste em 2013 e é a grande promessa de gols do clube. Além dele, o São Raimundo aposta mais uma vez na experiência e no

competente trabalho de Eduardo Clara, que

há dois anos le-vou o time à semifi nal do

p r ime i ro turno do C a m p e -o n a t o A m a -

z o -nen-s e

con-tra o

F a s t . P a r a

Clara, este retorno em espe-cífi co terá um sabor diferen-ciado: “Agora o São Raimundo está melhor estruturado. Te-mos a Colina onde mandare-mos nossos jogos e treinare-mos. Não precisaremos ir de um lado a outro para jogar por falta de estádio”, afi rma.

Com moralSe o ano passado não foi

bom para o São Raimundo, pelo menos serviu para re-velar um jogador conhecido pela garra e chute forte. Ge-túlio, sem dúvidas, caiu nas graças na torcida depois do gol contra o Fast no certame de 2014. Desde então, o lateral-direito tem sido uma referência de garra e fôlego do Tufão. Com passagem recente pelo Gavião FC do Pará, já chegou marcando gol; foi dele o primeiro tento na vitória contra o Nacional em jogo amistoso realizado no último sábado (18).

Assim como o rival Fast Clube, o São Raimundo se reforçou na diretoria: Sassá saiu das arquibancadas para se tornar o diretor de futebol adjunto e trabalhará pesado

junto com Josildo Oliveira para reerguer o clube. As participações constantes em reuniões de diretoria abriram as portas para o entusiasta torcedor do Tufão. Fora das arquibancadas, ele admite muita felicidade em poder contribuir com o que ele cha-ma de O grande recomeço. “Meu entusiasmo como torce-dor me auxiliará a fazer meu trabalho como diretor adjunto do departamento de futebol com muito carinho, manten-do, é claro, os pés no chão”, afi rma. Assim como Josildo, Sassá é enfático em afi rmar que o jejum sãoraimundense vai chegar ao fi m. “Monta-mos um elenco competitivo para calarmos muitos que não acreditavam no nosso potencial. Esse será o grande recomeço de um time gran-de”, conclui o mandatário.

Além de Sassá, o Tufão promete anunciar uma gran-de empresa que cuidará do marketing do clube. “É uma empresa que já cuida de grandes equipes da sé-

rie A. Manteremos em sigilo até o momento exato quan-do anunciaremos a todos.”, afi rma Josildo Oliveira.

MESCLAO técnico Eduardo Cla-ra comandará um time jovem, com média de idade de 23 anos, mas terá à disposição atle-tas experientes como Marinho, Rogério e Getúlio, que atuou no time em 2014

Marinho é a aposta de gol da diretoria do São Rai-mundo

Getúlio é um dos remanes-centes da tem-porada 2014

FOTOS: RAIMUNDO VALENTIM

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 25 DE JANEIRO DE 2015

Sai, jejum!Discurso de Fast Clube e São Raimundo é o mesmo: voltar a dar alegrias ao torcedor. Neste terceiro raio-x do Barezão 2015, confi ra o que Rolo Compressor e Tufão da Colina estão aprontando para acabar com incômodo hiato de títulos

Torcedor de clubes ama vitórias e títu-los, mas deve saber conviver com o es-

pírito do futebol: nem sem-pre se ganha. Nem sempre se conquista. Os fãs de Fast Clube e São Raimundo sabem bem o que é fi car sem levantar uma taça já há algum tempo. O primei-ro, não triunfa no Barezão desde 1971. O segundo, desde 2006.

Ambas as equipes têm uma história de grandes conquistas dentro do fute-bol amazonense. O Fast já foi time de Série A, campeão da Taça Norte em 1970, venceu grandes clubes bra-sileiros, como o Fluminense em pleno Maracanã, além do histórico empate frente ao Cosmos de Nova York (jogo onde Vivaldão teve o seu maior público de todas as épocas). A equipe dos Estados Unidos tinha em seu elenco ninguém mais, ninguém menos que Pelé. Já o São Raimundo teve seu “boom” no fi nal da década de 90 e início dos anos 2000 e, além de um acesso à Série B, foi tri-campeão do norte do Brasil, tercei-ro lugar na extinta Copa Conmebol entre outros re-sultados expressivos que contribuíram para o nome do clube ganhar destaque a nível nacional.

Tufão e Rolo Compressor têm outra coisa em comum: experimentaram um certo declínio em sua história. O Tufão foi rebaixado no

Brasileirão da Série B e, depois disto, acumulou participações modestas no certame local. Tão modes-tas que quase foi rebaixado em 2014. O Fast Clube teve entre o início da década de 90 até o início dos anos 2000 seus piores momen-tos no Barezão e, apesar de ter montado elencos com-petitivos desde então, não conseguiu, ainda, retomar o caminho dos títulos. Ambos os times lutam para mudar esta realidade e prometem força total para erguer a taça.

Fast Clube Detentor de seis títulos no

Campeonato Amazonense, sendo o último deles ganho em 1971, o Fast Clube vai em busca da quebra do je-jum com uma lista de bons reforços para a temporada de 2015. Entre os principais nomes do Rolo Compressor está o atacante Charles (ar-tilheiro da Série B 2014, com 8 gols) que pretende rever os tempos de sucesso com Felipe. Em 2010 no Améri-ca, eles formaram dupla no Campeonato Brasileiro. O retorno de Rosembrick tam-

bém anima os tricolores.Além destes, o time do

técnico Ney Junior contará com vários nomes experien-tes e conhecidos do torcedor amazonense, como Amaral (Lateral-direito), Márcio Abrahão (Zagueiro), Ediglê (Zagueiro), Rondinelli (Vo-lante), Rodrigo Ítalo (Late-ral-esquerdo) e Michel Parin-tins (Meia). Para o gol o time contará com o goleiro Zé Carlos, campeão paraense pelo Paysandu em 2013.

Outro bom nome do Tri-color de Aço para a disputa do Barezão, é o meia Da Silva, que traz na bagagem passagens pelas categorias de bases do Grêmio (RS), Internacional (RS) e seleção brasileira. O Rolo Compres-sor estreará em casa, no Estádio da Colina, no dia 21 de fevereiro, contra o Esporte Clube Iranduba, ás 15h.

Com currículoApós ter jogado em várias

equipes do país e do exte-rior, o experiente zagueiro Ediglê está de volta ao fu-tebol amazonense. Aos 36 anos tem no seu currículo o título de campeão da Taça Libertadores e mundial In-terclubes pelo Internacional (RS), em 2006.

O atleta jogou também no exterior, defendendo o Marí-timo, clube intermediário de Portugal, da Ilha da Madeira, que chegou a se classifi -car para a Copa da UEFA. Ediglê passou pelo Nacio-nal em 1998 e 2013, mas se projetou realmente com passagens pelo Flamengo, Portuguesa e Náutico .

Cícero JúniorWillian D’ÂngeloWeb Rádio EM TEMPO

Tufão quer voltar a ser forte

APOSTAO Fast apostou em Rodrigo Novaes para co-mandar o departamento de futebol. Antes do iní-cio do ano, o mandatário saiu na frente e anunciou uma lista de reforços com nomes conhecidos do torcedor amazonense

O lateral-direito Amaral, o zagueiro Ediglê e o atacante Felipe foram apresentados à torcida antes da virada do ano

21/02: Fast x Iranduba 28/02: Manaus FC x Fast .07/03: Fast x Clube Nacional Borbense 11/03: Fast x Princesa do Solimões 14/03: Operário x Fast21/03: Fast x São Raimundo29/03: Penarol x Fast.02/04: Fast x Nacional.04/04: Fast x Rio Negro.11/04: Iranduba x Fast18/04: Fast x Manaus21/04: Nacional Borbense x Fast25/04: Princesa do Solimões x Fast02/05: Fast x Operário09/05: São Raimundo x Fast16/05: Fast x Penarol21/05: Nacional x Fast23/05: Rio Negro x Fast

Jogos do Fast Clube

Goleiros: Zé Carlos, Dida e Bruno SaúLaterais: Amaral, Jamerson, Rodrigo Ítalo, XavierZagueiros: Ediglê, Thiago Brandão, Márcio Abraão, Bigu, Thyago Brandão, WilianVolantes: Souza, Lê, Rondinelle, Roberto Dinamite e WilkerMeias: Rosembrick, Michel, Da Silva, Alessandro Toró e SmithAtacantes: Charles, Felipe, Roma, Deivid Macedo, Eliélton, Dennis RichardTreinador: Ney Júnior

Elenco do Rolo Compressor

21/02: Nacional Borbense x São Raimundo28/02: São Raimundo x Princesa do Solimões07/03: Operário x São Raimundo12/03: São Raimundo x Nacional14/03: São Raimundo x Penarol21/03: Fast x São Raimundo28/03: São Raimundo x Rio Negro01/04: Iranduba x São Raimundo04/04: Manaus x São Raimundo11/04: São Raimundo x Nacional Borbense19/04: Princesa do Solimões x São Raimundo22/04: São Raimundo x Operário27/04: Nacional x São Raimundo03/05: Penarol x São Raimundo09/05: São Raimundo x Fast16/05: Rio Negro x São Raimundo20/05: São Raimundo x Iranduba23/05: São Raimundo x Manaus

Jogos do São Raimundo:

Goleiros: Julião, Leandro, HenriqueLaterais: Getúlio, GílsonZagueiros: Alex Amaro, William, Uílton, FerreiraVolantes: Carlos, Max, Fernando Júnior, Adonias, Felipe EduardoMeias: Diego, Alisson, Joaldo, Atacantes: Thomas, Rogério Abreu, Marinho, Jai-minho, Mata-boi, MaikinhoTreinador: Eduardo Clara

Elenco do Tufão da Colina:

Com sete títulos estaduais, o Tufão não tem soprado for-te como nos anos de glória. Ano passado, com um time muito limitado e montado às pressas, além de sofrer com a ausência de um local fi xo para treinar e mandar seus jogos no interior do estado, se viu jogando na última rodada contra o Sul América, em um clássico Galo-preto para ser esque-cido: o time lutava contra o rebaixamento e, graças a um gol no fi nalzinho, con-seguiu se safar da degola. Alívio por um lado, refl exão e dúvida para 201. Como viria o São Raimundo em 2015? Para alguns, um time apenas para competir sem grandes êxitos, para outros um forte candidato ao rebai-xamento, ainda mais quando inicialmente se divulgou uma folha salarial bem abaixo do tamanho do time.

“Ledo engano”, afi rma Josildo Oliveira, diretor de futebol. “Nosso time é mui-to competitivo e trouxemos excelentes jogadores. O São Raimundo vem para ganhar o título! Este São Raimundo vai surpreender muita gen-te!”, aposta o dirigente.

Com um elenco que mescla juventude e experiência e que aposta em nomes conhecidos da torcida, o Tufão espera devastar os adversários rumo ao título. Tendo promovido alguns atletas das catego-rias de base, o time do São Raimundo possui uma média de idade 23 anos, tendo os atacantes Marinho e Rogério Abreu como os únicos acima dos trinta anos (36 e 33 res-pectivamente). Abreu, aliás, volta ao clube depois de ter jogado apenas uma vez com a camisa do alviceleste em 2013 e é a grande promessa de gols do clube. Além dele, o São Raimundo aposta mais uma vez na experiência e no

competente trabalho de Eduardo Clara, que

há dois anos le-vou o time à semifi nal do

p r ime i ro turno do C a m p e -o n a t o A m a -

z o -nen-s e

con-tra o

F a s t . P a r a

Clara, este retorno em espe-cífi co terá um sabor diferen-ciado: “Agora o São Raimundo está melhor estruturado. Te-mos a Colina onde mandare-mos nossos jogos e treinare-mos. Não precisaremos ir de um lado a outro para jogar por falta de estádio”, afi rma.

Com moralSe o ano passado não foi

bom para o São Raimundo, pelo menos serviu para re-velar um jogador conhecido pela garra e chute forte. Ge-túlio, sem dúvidas, caiu nas graças na torcida depois do gol contra o Fast no certame de 2014. Desde então, o lateral-direito tem sido uma referência de garra e fôlego do Tufão. Com passagem recente pelo Gavião FC do Pará, já chegou marcando gol; foi dele o primeiro tento na vitória contra o Nacional em jogo amistoso realizado no último sábado (18).

Assim como o rival Fast Clube, o São Raimundo se reforçou na diretoria: Sassá saiu das arquibancadas para se tornar o diretor de futebol adjunto e trabalhará pesado

junto com Josildo Oliveira para reerguer o clube. As participações constantes em reuniões de diretoria abriram as portas para o entusiasta torcedor do Tufão. Fora das arquibancadas, ele admite muita felicidade em poder contribuir com o que ele cha-ma de O grande recomeço. “Meu entusiasmo como torce-dor me auxiliará a fazer meu trabalho como diretor adjunto do departamento de futebol com muito carinho, manten-do, é claro, os pés no chão”, afi rma. Assim como Josildo, Sassá é enfático em afi rmar que o jejum sãoraimundense vai chegar ao fi m. “Monta-mos um elenco competitivo para calarmos muitos que não acreditavam no nosso potencial. Esse será o grande recomeço de um time gran-de”, conclui o mandatário.

Além de Sassá, o Tufão promete anunciar uma gran-de empresa que cuidará do marketing do clube. “É uma empresa que já cuida de grandes equipes da sé-

rie A. Manteremos em sigilo até o momento exato quan-do anunciaremos a todos.”, afi rma Josildo Oliveira.

MESCLAO técnico Eduardo Cla-ra comandará um time jovem, com média de idade de 23 anos, mas terá à disposição atle-tas experientes como Marinho, Rogério e Getúlio, que atuou no time em 2014

Marinho é a aposta de gol da diretoria do São Rai-mundo

Getúlio é um dos remanes-centes da tem-porada 2014

FOTOS: RAIMUNDO VALENTIM

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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A pesca esportiva começa a atrair adeptos no Amazonas que lutam para mudar a mentalidade da maioria dos pescadores do Estado. O mais importante aqui é sentir a sensação de fi sgar o peixe e depois soltá-lo com o mesmo prazer

A brincadeira virou es-porte sério. Alem dis-so, ajuda a preserva a natureza. Essa é

mentalidade da pescaria esportiva. A modalidade é popular no mundo inteiro e está, a cada dia, movimen-tando mais os praticantes do Amazonas.

Diferente da pescaria normal, na esportiva, todo peixe fi sgado acaba sendo devolvido para o rio. Assim, nunca faltará o item mais importante do esporte.

Para organizar a pratica do esporte no Estado, o empre-sário Chrystiano Souza, 28 criou o grupo Baquara Team em 2013. Baquara é uma pa-lavra indígena que signifi ca esperto. Para o presidente, tudo o que um pescador ne-cessita é ser esperto. O grupo começou com cinco pessoas, mas hoje, já tem 20 integran-tes. Vale lembrar também, que o Baquara só pratica a pesca esportiva. Assim, todo peixe pescado é devolvido logo em seguida.

“Geralmente pescamos no Amazonas e em Roraima, porque são nesses estados que encontramos o tucuna-ré. Esse é o nosso peixe preferido. No Estado, existe uma organização de pesca esportiva, mas ainda é muito fraca. Posso te afi rmar que apenas 10 por cento dos pescadores do Estado são esportivos. O resto mata e leva para casa”, revelou o pescador que ainda afi rmou que a maior difi culdade que a modalidade encontra no Amazonas é a falta de fi sca-lização por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Re-

nováveis (Ibama).

Pouca fi scalização“A fi scalização é mínima

aqui. Você vai a qualquer interior e se depara com os lagos recheados de re-des e com barcos de pescas. Depois, vemos na Feira da Panair, um monte de pei-xes estragados”, ressaltou Chrystiano que acredita que ainda precisa chegar ao Ama-zonas a consciência sobre a

pescaria esportiva. “Sinto uma sensação me-

lhor quando solto o peixe do que na hora que pego. Você se sente conectado com a natureza. Você a respeita e se sente respeitado. An-tigamente, para pegar um tucunaré grande, bastava ir em municípios próximos da capital, agora, tem que ir longe para isso. Falta cons-cientizar. Isso é muito mais difundido no Sul e Sudeste do Brasil. Lá, eles já abraçaram a causa. Aqui, está crescen-do, mas precisa melhorar muito”, afirmou o presidente do Baquara que ainda fez um convite para todos os interessados na modalida-de. Para entrar em contato com o grupo, basta acessar o instagram Baquara Team, ou o canal no Youtube com mesmo nome.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

SIGNIFICADOO nome do time foi dado pelo presidente do grupo, Chrystiano Souza. Pes-quisando palavras indíge-nas, ele descobriu que Baquara signifi ca alguém que é esperto, que é um dos principais atributos de um bom pescador

É normal encontrar nos rios amazônicos crianças pescan-do com seus pais ou avós. Foi justamente assim que o pescador esportivo, Fabio Hada, o Japa, 30, começou a praticar o esporte. O apaixo-nado pela modalidade, conta que seu tio quem o incentivou a gostar da modalidade. A partir daí, ele foi gostando e aprendendo mais sobre o esporte e a natureza.

“Comecei a pescar com o meu tio. Tinha oito anos. De tanto ir com ele, acabei pe-gando o gosto e me apaixonei. Esporte para mim só a pesca-ria e o dominó. A sensação que muitos sentem com o futebol, eu sinto com a pesca esporti-va. Não tem como explicar a

sensação de fi sgar um peixe. Posso comparar a sensação de pegar um peixe grande com a de fazer um gol na fi nal de um campeonato”, afi rmou.

Seu parceiro nas aventuras é Chrystiano. Como seu amigo, a paixão de Chrystiano também vem de berço. Segundo o pre-sidente da Baquara Team, seu pai foi quem o ensinou todos os segredos do esporte. Para ele, a pescaria começa muito antes de entrar no bote. A adre-nalina já começa a subir ainda na fase de planejamento.

“Geralmente, demoramos um mês para decidir quando e para a onde vamos pescar. Porém, já decidimos em um dia e fomos no dia seguinte. Isso só é possível quando o

local é perto. Mas se quiser pegar peixes grandes, temos que ir para longe, pois está muito difícil nos arredores de Manaus”, observa.

Brincadeira caraVara, carretilha e isca. Esses

são os materiais indispensá-veis para um pescador. Pode parecer poucos, mas o custo varia e pode fi car ‘salgado’. Chrystiano explica que o que encarece a modalidade é a carretilha, que pode chegar a custar cerca de R$ 4 mil.

“Uma carretilha, você en-contra de R$ 200 à R$ 4 mil. Isso varia muito de sua qualidade e durabilidade. A vara é mais barata, mas as customizadas pode sair por

R$ 2 mil. O resto, linha e isca, você compra barato. Apesar disso, um material bom pode durar anos. Tudo depende da manutenção e dos cuidados do usuário”, revelou.

Outra despesa que o pes-cador terá é com o bote. Ge-ralmente, ele já alugará junto com a pousada. No interior do Amazonas, um pacote de uma semana de pescaria em pousadas em Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, não sai por menos de R$ 5 mil.

“Não é um esporte barato. Realmente, tem que amar. Po-rém, a sensação vale a pena e é uma modalidade para toda a família. Vemos de criança até idosos praticando e curtindo a pescaria esportiva”, concluiu.

Paixão pelo esporte herdada da família

Chrystiano Souza aliou a paixão pela pesca com o prazer de estar com os amigos e criou o Baquara Team em 2013

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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E7MANAUS, DOMINGO, 25 DE JANEIRO DE 2015

“O bom pescador é aquele que pega o peixe e logo em se-guido o recoloca no rio”, afirma Chrystiano. Para o presidente do Baquara, hoje, o peixe é mais valioso no rio do que dentro de uma geladeira. Para “Japa”, a economia de municípios como Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro está sendo sustentada pelo esporte.

“Muitos pescadores vira-ram guia de pesca esportiva e aumentaram renda mensal com isso. As pousadas desses municípios estão lotados o ano inteiro, justamente pela pesca. O Amazonas e Roraima são o centro mundial da pesca do tucunaré. Vem turista do mundo inteiro para pescar nos rios amazônicos. Então, o peixe vivo é mais valioso que o morto. Se preservarem e adotarem essa mentalida-de, vão ter turistas por muito tempo”, deu a dica..

Mulheres no esporteApesar de ser considera-

do um esporte de homem, a freqüência de mulheres que praticam a pesca esportiva vem aumentando no Brasil. No Amazonas, não poderia

ser diferente. Para “Japa”, o que explica esse aumento é a sensação de liberdade que o esporte dá para os praticantes.

“O esporte é pesado mes-mo. Geralmente, pegamos seis horas de estrada e mais duas

de bote para chegar ao ponto de pesca. Temos que descar-regar os materiais e recolher o bote. Às vezes, dormirmos na floresta. Isso tudo espanta as mulheres, porem, já está mudando essa realidade. Isso é cultural. Depende muito do apoio que os pais dão para as crianças.”, lembrou Japa.

Pesca movimenta a economia do interior

Registro feito no último encontro do Baquara Team, em dezembro

Fábio “Japa” Hada é um apaixonado pela pesca esportiva

Muitos pescadores viraram guia de pesca esportiva e aumenta-

ram renda mensal com isso. As pousadas des-ses municípios estão lotados o ano inteiro

Fábio “Japa” Hada, pescador esportivo

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E8 MANAUS, DOMINGO, 25 DE JANEIRO DE 2015, DOMINGO, 25 DE JANEIRO DE 2015

São Paulo e Flamengo se enfrentam pelo torneio Super Series na tarde deste domingo na Arena da Amazônia

Quem vai ser o grande

São Paulo e Flamengo se enfrentam pelo torneio Super São Paulo e Flamengo se enfrentam pelo torneio Super São Paulo e Flamengo se enfrentam pelo torneio Super

campeão?Neste domingo, sabe-

remos quem será o grande campeão Su-per Series. São Paulo

e Flamengo se enfrentam às 15h na arena da Amazônia. O torneio amistoso está servindo de preparação

para as equipes que estão em período de

pré-temporada.Mesmo a forte chuva que caiu

na última s e x t a -

f e i r a ( 2 3 )

n ã o i m p e -diu que o elenco do Flamengo trei-nasse no Estádio Is-mael Benigno, a Colina. Após vitória sobre o Vasco na primeira partida do torneio, o time comandado por Vanderlei Luxemburgo passou a focar no treinamento de fi nalizações. Ape-sar das boas atuações contra o Shakhtar Donetsk e Vasco, o rubro-negro carioca sofreu para marcar gols. Pensando nisso, por mais de uma hora, os atletas do Flamengo treinaram fi nalizações. Com isso, quem trabalhou foram os goleiros César e Paulo Victor.

Apesar de ser um treinamento, o público que marcou presença na Colina.

Para o jogo deste domingo, Luxemburgo não deve mudar no time que iniciou o Clássico das Multidões. O único susto que o treinador levou foi no treinamento da manhã de sexta, quando o atacante Nixon não participou da atividade e apenas correu ao redor do campo, porém, foi confi rmado pelo departamento técnico.

A partida contra o São Paulo é considerada importante para o técnico, porque pode garantir o pri-meiro titulo do ano, apesar de ser de uma competição amistosa.

“Vencer sempre é bom. Não importa se é torneio amistoso ou não. Estamos enfrentando equipes grandes e esse título vai ser importante para dar moral para o restante da

temporada. A torcida acolheu muito bem os jogadores e isso motiva mais ainda para a par-tida”, afi rmou Luxa.

Pelo lado paulista, o time terá uma novidade fora das quatro linhas. Com o problema de saúde de Muricy Ramalho, que está internado no Hospital São Luiz, na capital paulista, o São Paulo será comandado, mais uma vez , pelo auxiliar Milton Cruz.

Essa partida será o segundo

teste da temporada após duas inten-sas semanas de treinamentos no CT da Bar-ra Funda. A expecta-tiva é a melhor pos-s í -

v e l , p r inc ipa lmente

porque foi mantida a base que reagiu no segundo semestre de 2014 e terminou com o vice-cam-peonato brasileiro. Seis reforços chegaram, dos quais quatro viaja-ram para Manaus: os laterais Bru-no e Carlinhos, o volante Thiago Mendes e o atacante Cafu.

Mesmo com a mudança no comando técnico, o São Paulo apostará no esquema que deu certo no fi nal do ano passado, com Alan Kardec e Luis Fabiano na frente. Michel Bastos será o substituto de Kaká, Dos quatro reforços, os laterais Bruno e Carli-nhos começarão como titulares.

Luis Fabiano volta a Manaus para atuar pelo São Paulo após 12 anos

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