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PlasticoSul #130

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Uma questãode necessidade

A correria diária, entre as atividades administrativas e comerciais no escri-tório e a necessidade de estar bem perto da produção, na fábrica, muitas vezes não deixa muito tempo para pensar em novas oportunidades. Mas na atualidade os meios de comunicação e os nossos fornecedores tratam de a

todo o momento nos alertar sobre as tendências e necessidades do momento. Claro exemplo disso é a onda verde que invade os comerciais de televisão, os

programas jornalísticos e o portfólio das empresas. A consciência de que precisamos cuidar do planeta, sem hipocrisia, mas com eficiência, está tomando conta da cabeça de todo mundo. E o plástico é um grande aliado neste sentido, como mostramos em reportagem especial nesta edição. Inovação e sustentabilidade são palavras que andam juntas e que são cada vez mais necessárias para a criação de um diferencial competitivo no acirrado mundo dos negócios. Quem quiser continuar fabricando os mesmos produtos, com a mesma qualidade que há 20 anos, correrá o risco de perder mercado já que, preço não é mais diferencial em nenhum lugar, principalmente em uma Era onde a China é o principal adversário do mundo.

Entretanto, é preciso inteligência para saber o que é preciso para gerar valor agregado em seu produto. Com tantas ofertas disponíveis é difícil escolher qual resina utilizar, qual aditivo incorporar, processo ideal de aplicação, a melhor máqui-na para comprar e, principalmente, a forma correta de vender este produto ao seu cliente.

Talvez o mais imprescindível seja não ficar atado a rotina e, mesmo sem condi-ções de investir em tecnologias verdes neste momento, procurar se atualizar através da leitura, da visitação de feiras e eventos e do network com outros profissionais que possuem mercados em comum. Por certo diversos fatores são grandes impeditivos do crescimento da indústria brasileira. Em matéria na seção PlastVip, o ex-governador do Estado do Rio Grande do Sul e também especialista em questões tributárias, Germano Rigotto, nos confirma um quadro de desindustrialização caso não sejam tomadas medidas para reduzir o Custo Brasil, que é o grande tendão de Aquiles da indústria nacional. Por isso mesmo arregaçar as mangas e buscar novas oportunida-des parece ser a melhor atitude a se tomar enquanto aguarda-se uma melhora nos pontos em que nada podemos fazer.

Boa leitura!

Conceitual - Publicações Segmentadaswww.plasticosul.com.brAv. Ijuí, 280CEP 90.460-200 - Bairro PetrópolisPorto Alegre - RSFone/Fax: 51 3062.4569Fone: 51 [email protected]ção:Sílvia Viale SilvaEdição:Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844Redação: Gilmar BitencourtJúlio SorticaDepartamento Financeiro:Rosana MandrácioDepartamento Comercial:Débora Moreira e Magda FernandesDesign Gráfico& Criação Publicitária:José Francisco Alves (51 9941.5777)Capa: imagem promocionalPlástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral.Opiniões expressas em artigos assina-dos não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte.Tiragem: 8.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacionaldas Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

Expediente

Marca Registrada:

Editorial

Melina Gonçalves / [email protected]

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Do alto de um prédio em zona no-bre da capital gaúcha o ex- go-vernador do estado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto adminis-

tra suas atividades como um dos principais pensadores da reforma tributária brasileira. Presidente do Instituto Reformar de estu-dos políticos e tributários, Rigotto confere palestras pelo país levando a questão tribu-tária ao centro da discussão e debatendo o atual momento econômico nacional.

Nascido na cidade de Caxias do Sul (RS), Germano Rigotto cursou Odontologia e Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Começou sua vida pública em 1976, quando foi eleito vereador em sua cidade natal. Em 1982, foi eleito deputado estadual. Nas eleições de 1986, foi novamente eleito. Já na década de 90, foi três vezes eleito deputado federal. No Congresso Nacional, foi líder do PMDB e líder do Governo Fernando Henrique Cardo-so. Rigotto também coordenou a Bancada Gaúcha e o Núcleo Parlamentar de Estudos Tributários e Contábeis – trabalho voltado, especialmente, para a criação do SIMPLES (Sistema Integrado de Pagamento de Im-postos). Presidiu as Comissões mais impor-tantes da Câmara, entre elas a de Finanças e de Tributação. Ao longo dos seus três man-datos, Rigotto foi relator de importantes matérias, como a Lei Rouanet de incentivo

à cultura e do Programa de Renda Mínima. Sua atuação também foi decisiva na pauta econômica e política do País: presidindo a Comissão de Reforma Tributária, da Câmara Federal, percorreu os 26 estados brasileiros, promovendo centenas de reuniões sobre o tema. Em novembro de 2002, Germano Ri-gotto foi eleito Governador do Estado do Rio Grande do Sul, pelo PMDB.

Em entrevista exclusiva à Revista Plás-tico Sul, Germano Rigotto elogia as atitudes governamentais que estão sendo assertivas para o ganho de competitividade, critica o que ainda não foi feito, afirma que a de-sindustrialização é um temor real, garante que o Congresso Nacional não tem agenda própria e dispara: “A reforma tributária não acontece por falta de decisão política”.

Revista Plástico Sul - Como começou seu interesse pelas questões tributárias e qual o histórico da Reforma no país?Germano Rigotto - No Congresso Nacio-nal fui Presidente da Comissão de Finanças e Tributação e depois Presidente da Co-missão de Reforma Tributaria. Quando eu presidia a Comissão de Finanças da Câmara eu já me direcionava muito para a necessi-dade de uma mudança estrutural profunda no sistema tributário. Em 2000 nós criamos uma Comissão Especial, no final do segundo mandato do presidente FHC. Desde o inicio

deste governo eu sempre procurava mostrar ao governo a importância de junto com a reforma da ordem econômica, da reforma previdenciária e da reforma administrativa, tinha que se priorizar a reforma tributária, que na verdade era um compromisso do go-verno FHC. Mas dentro do governo existiam duas correntes: a primeira, que queria uma reforma mais estrutural, e a segunda, ligada a área econômica, que com medo de perder a receita, com medo de mexer no sistema tri-butário, não queria uma reforma estrutural. E essa corrente foi a que sempre saiu vitorio-sa. Quando eu deixei a liderança do governo e fui ser Presidente da Comissão de Finanças na Câmara e depois assumimos a Comissão de Reforma Tributaria, sabíamos que existia um jogo muito pesado, que era enfrentar a oposição da área econômica do governo em fazer uma reforma estrutural, com medo de perder receita. Então o presidente tinha um discurso, mas dentro do governo havia uma resistência muito forte a fazer a reforma tri-butaria. Chegamos muito próximos, fomos aos 26 estados da Federação, debati com os mais diferentes setores, consegui apro-var na comissão especial, por unanimidade, um projeto de reforma tributária, mas para ir adiante precisava de decisão política do governo porque era uma mudança que mexia na constituição. Entretanto o governo não queria fazer a reforma tributária e simples-mente abandou o projeto. Nós terminamos essa fase e a reforma não avançou. Já em 2003 o projeto que nós tínhamos pro-duzido no congresso foi assumido pelo go-

Um defensor da Reforma Tributária brasileira

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verno Lula. O Palocci, que foi vice-presiden-te da Comissão de Reforma Tributária, na era Lula era ministro da fazenda. O presidente Lula também assumiu o compromisso de fa-zer andar a reforma tributaria. Mas nos oito anos do seu governo aconteceu a mesma coisa que nos oito anos do governo Fernan-do Henrique: a área econômica tinha receio de perder receita, tinha receio de perder o poder de cobrar, mas principalmente medo de entrar num jogo de braço com estados e municípios e a união perder receita. Por mais que disséssemos que a Reforma Tribu-tária seria implantada em etapas, em uma longa transição, sem riscos de comprometer contas do governo federal, a resistência na área econômica de novo aconteceu.

Plástico Sul - E no governo Dilma Rous-sef?Rigotto - No governo Dilma se fala muito menos em Reforma Tributaria do que no governo FHC e Lula. Ela está totalmen-te abandonada no Congresso Nacional, e não tem nada que possa dizer que ela vai avançar. O que vemos é a Presidente Dil-ma encaminhando desonerações pontuais, como essa própria desoneração da folha, que atingiu alguns segmentos, e a desone-ração do IPI para muitos setores.

Plástico Sul - O ministro Guido Mantega afirmou que não há desindustrialização no Brasil. Já o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho afirma que em 1985 a participação da indústria no PIB

brasileiro correspondia a 40% e hoje não passa de 15%, o que confirma o cenário de desindustrialização. Afinal, o país cor-re o risco?Rigotto - Estamos vivendo um momento onde o Brasil está muito bem dentro deste quadro internacional: nossos indicadores macro econômicos são ótimos, temos a inflação sob controle, somos grandes pro-dutores de grãos, de alimentos e proteína animal, um país autossuficiente na questão do petróleo e com uma matriz energética totalmente diversificada. Além disso, país tem um sistema financeiro saudável, capi-talizado, que passou toda a crise financeira de 2008 e 2011 sem uma turbulência maior e nem necessidade do governo injetar re-cursos no sistema financeiro. Mas isto que está acontecendo não signifi-ca que não tenhamos problemas. E um dos problemas mais sérios que estamos viven-ciando é um processo de desindustrializa-ção muito forte no Brasil. E o governo se deu conta sim porque quando a presidente Dilma tomou medidas como a desoneração de alguns setores significa que ela está sabendo que se não fizesse isso nós real-mente poderíamos ter o desaparecimento de setores da indústria.

Plástico Sul - Quais são os principais fa-

tores que originam o risco de desindus-trialização? Rigotto - A desindustrialização existe e acontece por algumas razões: primeiro pelo custo Brasil, porque se compararmos um produto fabricado no país e outro igual feito na Alemanha ou EUA, o fabricado fora terá um preço no mínimo 40% menor do que o produto brasileiro. No custo Brasil está a questão de transporte, portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, a questão da infraestru-tura, energia cara e está também na ques-tão tributária, ou seja, nós temos uma car-ga tributaria muito pesada sobre o produto nacional comparada com a carga tributária de produtos fabricados em outros países. E não estou nem me referindo à China que é a grande concorrente do mundo, e sim estou falando da Alemanha e EUA. O custo Bra-sil está fazendo com que a indústria perca a competitividade e o governo se deu conta disso, como também se deu conta de que temos uma carga tributária excessivamente alta sobre o produto nacional. O governo também está ciente de que os juros estavam extremamente altos e por isso aconteceu esse movimento da presidente Dilma de uti-lizar o Banco do Brasil e a Caixa Economica Federal para reduzir o juro real do spread bancário e para trazer os bancos privados atrás disso. Essa decisão correta também é em cima de ter se dado conta do processo de enfraquecimento da nossa indústria.

Plástico Sul - As medidas tomadas recen-temente pelo Governo já são o suficiente? Rigotto - Não, primeiro porque algumas medidas foram tomadas tardiamente. Mas mesmo que assim, as políticas monetária e cambial estão na direção certa. Na questão tributaria, teve movimentos importantes como a desoneração de alguns setores, a de-

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"No governo Dilma se fala muito menos

em Reforma Tributaria do que no governo FHC e Lula. Ela está

totalmente abandonada no Congresso Nacional, e não tem nada que possa

dizer que ela vai avançar."

Rigotto afirma: “existe sim um

processo de desindustrialização

aqui no Brasil”

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AÇÃOsoneração através da redução de IPI e redu-

ção de carga sobre a exportação, por exem-plo. Mas não basta isso. Terão que avançar na direção de uma reforma estrutural. Mes-mo com essas mudanças pontuais, nós con-tinuamos com uma carga tributaria muito pesada embutida sobre o produto nacional.

Plástico Sul - O fim da Guerra dos Portos (resolução 72) auxiliará na recuperação da balança comercial de alguns setores da indústria, como o plástico? Quais os benefícios práticos?Rigotto - Auxilia sim, a partir do momento em que o governo mexe no ICMS para fre-ar o absurdo que é incentivar a entrada de produtos de fora com ICMS menor do que o pago por um produtor nacional. Chegava a ter nove pontos percentuais de diferença entre um produto importado com relação ao nacional. A partir de janeiro de 2013 a alíquota interestadual será estabilizada em 4%. Esta mudança na questão do ICMS vai evitar o incentivo à importação. Esta foi uma medida correta. O ideal seria que avançássemos mais, que o ICMS tivesse uma única legislação e não 27 como têm atualmente. Ao invés de mais de 40 alíquo-tas, apenas cinco faixas de alíquotas. Mas tu não vês nenhum movimento mais forte para acontecer uma reforma com esta. Por-que a atual estrutura do ICMS dá margem à guerra fiscal entre os estados. Se tu não entras na guerra fiscal, e eu como gover-nador entrei, tu perdes investimentos. Mas essa guerra chegou ao limite, ao Supremo Tribunal Federal. E quando o STF começar efetivamente a botar as ações em incons-titucionalidade, cai todos os incentivos. Então nós temos insegurança jurídica, falta de transparência nos incentivos que estão sendo dados e uma guerra permanente en-tre os estados. O fim da guerra dos portos teve uma conclusão feliz, mas é preciso avançar muito mais, temos que avançar na direção de mudar profundamente o ICMS.Este imposto deveria ter uma única le-gislação, com 5 faixas de alíquotas e um mudança de origem para destino afim de frear a guerra fiscal, ou seja, ao invés de ficar com o estado que produz, vai para o estado que consome. Essa mudança de origem para destino é uma forma que tam-bém freia a guerra fiscal.

Plástico Sul - Quais seriam as principais

mudanças estruturais na carga tributária?Rigotto - Basicamente seria diminuir o nú-mero de tributos. Observando o que acontece hoje no Brasil: A constituição de 1988 dizia que qualquer imposto criado, teria que ser partilhado com estados e municípios. Mas os constituintes colocaram o termo imposto. O que fez a União? Criou as contribuições so-ciais, o Pis, o Cofins etc. Assim não precisava partilhar com os estados e municípios por-que era uma contribuição e não um imposto. E o nosso sistema tributário foi ficando cada vez mais complexo, não existe nada igual no mundo. Essa infinidade de tributos criados sobre o consumo faz com que tenhamos enormes dificuldades em pagá-los, custo para arrecadá-los, custo para fiscalizá-los, custo para fazer escrituração fiscal dentro de uma empresa. E mesmo com tudo isso há brechas incríveis para evasão fiscal através da sonegação, da informalidade, e da busca do judiciário para não pagar o tributo, já que a legislação é tão comple-xa que uma vírgula mal colocada dá mar-gens. Eu não condeno quem faz, mas sim o sistema que permite. A complexidade do sistema facilita a evasão fiscal.

Plástico Sul - Porque a reforma tributária não vai para frente?Rigotto - Por falta de decisão política. O Congresso Nacional infelizmente está à deriva, não tem agenda própria, quem faz a agenda do Congresso é o Executivo, é ele quem define o que deve ser prioridade ou não. Se o Congresso tivesse agenda pró-

pria poderia colocar a Reforma Tributaria na frente, mas eu não acredito que o Con-gresso tenha condições de sozinho, sem a decisão do governo, fazer a esta Reforma Tributaria. Porque ela mexe na constitui-ção e por isso precisa ter o governo no mínimo ao lado do Congresso. Tem que ter vontade política e isso não aconteceu até agora. Qual a razão principal? Conservado-rismo, aquela historia de “imposto bom é imposto velho”, ou seja, “porque vamos mudar o sistema tributário se batemos re-cordes de arrecadação a cada mês?” Essa resistência é muito forte dentro da área econômica do governo como foi em todos os outros. Têm muito conservadorismo e corporativismo dentro deste processo que faz com que haja resistências a reforma tributaria. Tem gente que acha que com o sistema tributário mais enxuto vai per-der o poder de fiscalizar e arrecadar. Isso ocorre no Governo Federal mas também em muitos estados, pois quando se fala em mudar o ICMS vem todo um bombar-deio dizendo que não pode mexer, que tem que manter os incentivos fiscais, que não pode unificar, defendendo o que na verdade é indefensável.

Plástico Sul - Porque os pacotes normal-mente não vão para frente? Li um texto seu apontando que, desde a redemocrati-zação, ocorreram três políticas industriais sem que os maiores gargalos fossem efe-tivamente resolvidos. Rigotto - Na verdade estamos apagando incêndio. As medidas que estão sendo adotadas são para estancar o processo de desindustrialização. São muito mais neste sentido do que de incentivo a ino-vação. O BNDES reduziu as taxas de juros cobradas nos financiamentos para expor-tação, para investimentos e a questão da inovação está sendo incentivada. Então tem muita coisa importante. Mas eu te diria que hoje o governo está muito mais preocupado em reverter este processo de desindustrialização. Se nós pegar-mos como exemplo os Estados Unidos, o presidente Obama está tentando recupe-rar o tempo perdido. Eles mandaram as

PLAST VIP Germano Rigotto

Para o ex-governador, conservadorismo e cooperativismo entravam a Reforma Tributária

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indústrias para China e para a índia, e houve uma desindustrialização do país, que agora estão tentando recuperar, ten-tando trazer empresas de volta, por que isso custou caro para o país, inclusive com nível de emprego caindo. A Argen-tina a mesma coisa, ela destruiu a indús-tria. E agora essas barreiras aos produtos brasileiros têm a ver com este processo de recuperar ou manter o que restou da indústria nacional. Então, o Brasil não pode incorrer nestes erros. Nossa balan-ça-comercial estava muito baseada em commodities agrícola e mineral, não em produtos semi-elaborados e industrializa-dos. Então isso está gerando emprego lá fora não aqui dentro.

Plástico Sul - O empresário brasileiro tem uma cultura de exportação?Rigotto - Está tendo. Começou a ter. Nós estamos prospectando novos mercados. O governo e as entidades empresariais têm incentivado isso, com o objetivo de man-termos nosso mercado interno, que é for-

te, mas buscando uma fatia do mercado externo para cada setor da nossa produ-ção. O que nos prejudica é a pouca com-petitividade já que temos um custo Brasil alto, juros elevados, câmbio desfavorável, carga tributária também alta e entraves logísticos. Então isso desestimula também o exportador porque tem que colocar um produto lá fora com preço muito maior do que o seus competidor, que não precisa ser o chinês, pode ser de outros países. Então a ação do Plano Brasil Maior vai tentar re-verter este quadro. Ele não é uma política industrial, que é algo maior, é uma ques-tão estratégica apenas para quatro anos. Os chineses têm uma estratégia para 30 anos. Claro que é um regime fechado, que não tem sucessão de governos. No Brasil com as mudanças de governo não se tem uma sequência. Temos a falta de uma po-lítica industrial que pense o Brasil nos próximos 20 a 30 anos no mínimo. Este plano não é isso, são medidas corretas, mas na direção de recuperar um pouco o que a indústria estava perdendo.

Plástico Sul - Os juros caíram, o câm-bio está se estabilizando, agora vem o fim da guerra dos portos. Está se formando um cenário para auxiliar as indústrias. Mas o que o empresá-rio precisa fazer? Qual a lição de casa para ter competitividade?Rigotto - O empresário brasileiro, den-tro do possível, tem que continuar in-vestindo em novas tecnologias, em inovação, melhorar a qualidade de seus produtos, porque este mundo cada vez mais competitivo exige isso além de produtos de qualidade. Tu vais ter uma fatia maior se tiver condições de avan-çar neste sentido. Isso com o apoio go-vernamental, mas com decisão do em-presariado de manter o investimento em novas tecnologias e na sustentabilida-de. Tem que ter muito cuidado com esta questão, porque hoje o mundo todo está se voltando para isso. Então inovação, tecnologia e sustentabilidade são três palavras que têm que estar na cabeça dos empresários. PS

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Na onda verdeA cada nova informação sobre pesquisas rea-lizadas nas áreas de petroquímica e plástico, muda o cenário internacional sobre a necessi-dade de investir em matérias primas de fontes renováveis e que ofereçam menos riscos ao

meio ambiente. Assim, no ano em que diver-sos países se reunirão, na Rio+20, para discu-tir a “Economia Verde”, o mercado do plástico também pega carona na chamada “Onda Ver-de”. A tecnologia tem sido uma forte aliada no

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lançamento de produtos que buscam preser-var os recursos naturais e ao mesmo tempo trazer mais agilidade e qualidade para diver-sos setores, da alimentação ao automotivo, passando pela construção civil.A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e outras entidades estão atentas a este tema e procuram demonstrar a importân-cia de ações concretas. O setor químico-plás-tico vem investindo em produtos com novas composições para garantir um desenvolvimen-

to mais sustentável e atender a uma demanda crescente por produtos com diferenciais am-bientais. Desta forma, os investimentos em tecnologias verdes além de propiciarem ga-nho ambiental ainda têm um enorme impacto na imagem das corporações atuais. Os princi-pais fornecedores desta cadeia desenvolvem matérias-primas menos agressivas à natureza e qual a que melhor se adapta a sua aplica-ção. Há também avanços significativos para ampliar a oferta de resinas biodegradáveis.

Em recente palestra em vários esta-dos brasileiros, Paulo Teixeira, Supe-rintendente Executivo da Abiplast, apresentou o painel “O Futuro da

Cadeia Plástica – Mundo e Brasil”. Segundo o estudo apresentado por Teixeira, a ten-dência é de que o consumo per capita do plástico, que já cresce 5% ao ano nas úl-

timas duas décadas, aumente em todas as regiões do mundo até 2015. “A demanda de plástico é crescente, considerando a sua variedade de aplicação nas mais diversas indústrias, desde embalagens para alimen-tos, produtos para construção civil, com-ponentes eletroeletrônicos, até aplicações médicas”, destacou o diretor da Abiplast.

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Porém, um dos assuntos abordados e que vem ganhando espaço no setor está na questão da sustentabilidade e as maté-rias-primas alternativas, conhecidas como bioplásticos (de fonte renovável) que es-tão divididas em biodegradáveis e não biodegradáveis. Para melhor compreensão do tema em foco, vale citar um registro comparativo: a produção mundial de plás-tico é estimada em aproximadamente 265 milhões de toneladas. Desse montante, o bioplástico chega a um índice de 0,2%, cerca de 725 mil toneladas, mas a tendên-cia é crescer, projeta Teixeira.

“O estudo mostra que a produção do plástico feito a partir de fontes renováveis dobrará, considerando as possibilidades de aplicação apresentadas nas indústrias de cartões/informação, embalagens, veteriná-ria, agrícola, higiene, embalagens, brinque-dos, escolar, escritório e automobilística”, acrescenta. Para 2015 as expectativas são de aumento da produção, com o dobro do volume e a oferta será metade de biodegra-dáveis e metade de não biodegradáveis. O principal consumidor é e continuará sendo a Europa – por questões de conscientização e poder aquisitivo.

Segundo Teixeira, o bioplástico é uti-lizado por nichos específicos de mercado que lrecisam ter agregado ao produto um apelo ambientalmente sustentável. As so-luções de plásticos biodegradáveis são 30% mais caras que as convencionais. Porém, esse investimento é reconhecido pelo usu-ários. “Pesquisas apontam que consumidor está disposto a pagar até 20% a mais por produtos ambientalmente corretos”, desta-ca o executivo. O estudo realizado pela Abi-plast ainda evidenciou que o plástico é um dos produtos com maior capacidade para as novas demandas tecnológicas, como a ela-boração de painéis flexíveis, telas de tou-chscreen e células fotovoltaicas.

Nesse contexto, a avaliação de Teixeira quanto à cadeia plástica brasileira aponta a tendência de o país se tornar um dos maiores fornecedores do petróleo do mundo, a partir da descoberta do Pré-Sal e com a realiza-ção da Copa do Mundo 2014 e as Olímpiadas 2016, já que os dois eventos demandam o plástico como componente fundamental em termos de infraestrutura. Ele ressal-tou também que o Brasil já está inserido na produção de Plástico Verde, produzindo atualmente 200 mil toneladas de PE Verde e

com projeto previsto para iniciar a PP Verde e bioplástico em 2013. Além destes há pro-jetos da DOW (PE a partir da cana de açúcar )e da Solvay (PVC verde). Enfim, mesmo que o processo seja lento e que exista um longo caminho a percorrer, a Onda Verde começa a ganhar mais espaço na cadeia do plástico.

ABICOM prevê crescimento do bioplástico

Se tudo começa com a matéria prima, nada mais adequado do que existir na pon-ta inicial da cadeia a preocupação com a questão ambiental. A Associação Brasileira de Polímeros Biodegradáveis e Compostáveis (ABICOM) é a entidade que representa os interesses da indústria dos polímeros bio-degradáveis compostáveis, contemplando toda a cadeia de valor, desde a produção do polímero até a destinação final dos produ-tos. Seus membros produzem, transformam e distribuem os polímeros biodegradáveis e compostáveis. Karina Daruich, vice-presi-dente da Associação, destaca a importância de buscar soluções sustentáveis. “Desafios ambientais e escassos recursos fósseis for-çam economias em todo o mundo a desen-volver novas soluções, processos e produtos inovadores, com objetivo de se tornar uma sociedade sustentável”, adverte.

A executiva revela que a indústria de bioplástico está trabalhando intensamente para apresentar o melhor perfil ambiental possível para seus produtos. “Avaliação do ciclo de vida (ACV) estão sendo utilizados para aperfeiçoar processos e desempenho ambiental dos produtos”, diz. “Estima-

-se um crescimento na ordem de 20% na demanda dos bioplásticos, entre eles os plásticos biodegradáveis, para os próximos anos devido o aumento de consumo, novas regulamentações ambientais e o desenvol-vimento de novas tecnologias e aplica-ções”, projeta. Segundo Karina Daruich, “há uma tendência global em busca da sustentabilidade, os plásticos biodegradá-veis não irão salvar o planeta, mas podem contribuir com soluções sustentáveis”.

Avançar no processo é indispensável, mas nem sempre boa vontade e recursos são suficientes: é preciso interagir. A diri-gente da ABICom destaca que a legislação tem contribuído para o avanço no uso das resinas biodegradáveis, principalmente em embalagens e sacos de lixo orgânico, mas esse não é necessariamente o melhor cami-nho para o crescimento sustentável. “O mais importante é mostrar ao consumidor o bene-ficio econômico e ao meio ambiente do uso do plástico biodegradável compostável em determinadas aplicações”, pondera.

De acordo com Karina Daruich, uma experiência simples do dia a dia é suficiente para entender. “Por exemplo, quando usado como saco de lixo orgânico os plásticos bio-degradáveis compostáveis podem ser valo-rizados na reciclagem orgânica (composta-gem), se transformando em adubo orgânico de qualidade, diminuindo a destinação de resíduos para aterros sanitários”, esclarece.

Um dos desafios das resinas biode-gradáveis é a falta de conhecimento do seu valor e do seu descarte correto, observa a especialista. A Compostagem, conhecida também como reciclagem orgânica, faz par-te da Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma medida adotada pelo governo, ressal-tando que até 2014 todos os municípios de-vem contar para destinação do resíduo orgâ-nico para uma valorização adequada.

Por esta razão, alerta Karina Daruich, plásticos biodegradáveis são freqüentemen-te citados como um remédio para resolver a questão do lixo. No entanto, biodegradabili-dade ou qualquer outra forma de degradação melhorada de plásticos não resolve sozinha o problema da dissipação de detritos. “É ne-cessário uma boa gestão de resíduos combi-

Karina Daruich, vice-presidente da Associação Brasileira de Polímeros Biodegradáveis e Compostáveis

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nada à educação e aumento da consciência ambiental é a única solução sustentável para o problema do lixo”, ensina.

Para entender bem o processo a diri-gente da ABICOM explica que a biodegrada-bilidade do plástico só faz sentido quando o tempo e o ambiente são especificados. A Compostabilidade do plástico é definida pela degradação biológica comprovada sob con-dições de compostagem. “A Associação reconhece um produto biodegradável e compostável desde que seja certificado por instituições internacionalmente reconheci-das. A certificação é essencial para prevenir confusões com produtos chamado oxi-(bio)degradáveis no qual não atendem ao critério das normas internacionais de biodegradação e compostabilidade”, afirma.

As resinas biodegradáveis contri-buem para a criação de produtos inova-dores e ampliam as opções para a criação de uma economia de ciclo fechado, que preserva recursos, diz a especialista.

Dow tem planose metas até 2015

A Dow, fornecedora de resinas termo-plásticas, também demonstra preocupação com a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente e desenvolve projetos nesse sen-tido, como revela Luis Cirihal, Diretor de Negócios para Alternativas Verdes e de De-senvolvimento de Novos Negócios da Dow para a América Latina. “A Dow tem um pla-no completo de ações e objetivos voltados à sustentabilidade e traçou um conjunto de metas a serem atingidas até 2015, entre as quais estão o compromisso com a segurança dos produtos, química sustentável e solu-ções para os principais desafios mundiais”.

O executivo explica que, no caso es-pecífico das resinas, a Dow vem procurando produzir cada vez mais soluções que sejam sustentáveis. Ele cita como exemplo o Stand Up Pouch 100% PE, lançado em 2011. “A embalagem flexível foi confeccionada com uma estrutura de filme totalmente de polie-tileno, em substituição aos filmes multima-teriais, sem detrimento das suas principais características. O modelo tem como princi-pal benefício a reciclabilidade, fazendo desta uma opção mais sustentável do que os stand up pouches tradicionais”, revela.

Luis Cirihal conta que a empresa in-vestiu em estruturas diversificadas de filme para que este novo pouch possa atender às

demandas de diversas indústrias, como a alimentícia, de higiene, cuidados pessoais, limpeza, lubrificantes, tintas, entre outras. “Outro projeto é a joint-venture com a Mit-sui para a produção de biopolímeros, confor-me descrito abaixo”, antecipa.

O executivo atualiza as informações sobre o projeto de biopolímeros “A primeira fase do projeto, em andamento em Santa Vitória (MG), inclui a produção de etanol derivado da cana-de-açúcar como matéria--prima e fonte de energia renovável, tra-zendo novas alternativas para a Dow com base em biomassa, substituindo, assim, os tradicionais recursos fósseis”, explica. Adi-cionalmente, a Dow e a Mitsui assinaram um Memorando de Entendimento que inclui também a construção e operação de uma planta no Brasil para a transformação de etanol em etileno. A unidade de produção deverá ser verticalmente integrada com a de cana-de-açúcar renovável”, diz.

Uma vez concluída, ressalta Cirihal, a Dow e a Mitsui terão a maior planta inte-grada do mundo para a produção de biopo-límeros feitos a partir de etanol, permitindo a produção ambientalmente sustentável de plásticos de alta performance com reduzida pegada de carbono. “Os biopolímeros pro-duzidos nessa unidade serão uma alternati-va verde e substitutos para os mercados de embalagens flexíveis de alta performance, de produtos médicos e de higiene, ofere-cendo aos clientes os mesmos atributos de desempenho com um perfil ambiental mais sustentável”, destaca.

Segundo o executivo da Dow, vários fornecedores já iniciaram a produção dos equipamentos que serão utilizados na planta de produção de etanol e também já foi feita a fundação para a instalação da caldeira. A planta de etanol deve começar a operar em 2013, e terá capacidade de produção de 240 mil metros cúbicos por ano.

No entanto, faz questão de um escla-recimento: “É importante deixar claro que os biopolímeros não serão biodegradáveis”.

Cirihal também comentou sobre os avanços e desafios das resinas biodegra-dáveis. “Embora os biopolímeros a serem produzidos pela joint venture não serão biodegradáveis, o maior desafio que nós vemos para os polímeros biodegradáveis é que em sua maioria estes não são necessa-riamente produtos “drop-in” em termos de equipamentos ou de estrutura de embala-gem. Apesar do apelo que exercem sobre o consumidor e até mesmo sobre o dono de marca, eles exigem desenvolvimento no processamento e/ou na estrutura da emba-lagem, impactando, dessa maneira, no cus-to de adoção”, completa.

BASF estimula aplicaçõesInserida nesse processo, a BASF, outra

gigante do setor, também dedica especial atenção a projetos sustentáveis. Segundo Karina Daruich, Coordenadora do Negócio de Plásticos Biodegradáveis da BASF, a empresa em sua linha de polímeros biodegradáveis compostáveis o Ecoflex® (Copoliester) e o Ecovio® (Blenda de Ecoflex® + PLA de fonte renovável). “Biodegradabilidade e Compos-tabilidade são propriedades reguladas pe-las normas internacionais EN 13432, ASTM D6400, e GreenPla. Os produtos que satis-façam as exigências destas normas são ca-pazes de se submeter a uma decomposição biológica completa, unicamente devido à ação de microorganismos em ambiente ade-quado e não deixam qualquer fragmento que possa levar a uma acumulação de partículas ao longo do tempo”, explica.

A especialista esclarece que Biodegra-dabilidade é uma propriedade que permite que materiais desapareçam, deixando no fi-nal somente CO2, água e biomassa. “A BASF

Luis Cirihal explica que Dow tem um plano de ações voltado à sustentabilidade

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recentemente lançou no mercado Ecovio Mulch Film para aplicações na agricultura e conta em seu portfolio com um tipo para laminação/”coating” com papel que além de compostável também permite a repolpagem

da embalagem sem interferir no processo, proporcionando assim múltiplo descarte após o uso da embalagem produzida com o Ecovio FS Paper”, destaca.

“Estamos continuamente desenvolven-

do novos tipos para aplicações onde a bio-degradabilidade agregue valor”, acrescenta a coordenadora. Como todos os segmentos envolvidos com a sustentabilidade, houve um crescimento nessa área. Karina Dariuch informa que o tamanho do mercado de plás-ticos de fonte renovável e biodegradáveis/compostáveis em 2007 era de aproximada-mente 65 kt por ano, o que representa me-nos de 1% da produção total de plásticos. Este mercado pioneiro, especialmente para aplicações biodegradáveis e compostáveis, está crescendo em cerca de 20-25% por ano.

Conforme a coordenadora, há uma de-manda crescente por plásticos biodegradá-veis/compostáveis para aplicações que pos-suem vida útil curta como, por exemplo, para sacolas de compras, sacos de lixo ou para aplicações de uso único como, por exemplo, mulch-films. “Além disso, o interesse no uso

Basf atua em processos que reutilizam produtos orgânicos que seriam descartados

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de materiais renováveis é crescente no mer-cado”, observa. Embora a BASF não divulgue números de produção e vendas, Karina Da-riuch informa que os principais segmentos de mercado são sacos de lixo orgânico, sa-colas de compras e mulch film.

Ainda sobre as aplicações e parce-rias, a coordenadora informa que “a in-dústria de transformação de plástico vem cada vez mais conhecendo o valor da re-sina biodegradável e a BASF é parceira de várias empresas para aplicações de filme para diversos tipo de embalagem e mulch film”. Por isso, a especialista diz que a em-presa está se concentrando em aplicações em que a biodegradabilidade e o desem-penho de Ecoflex e Ecovio são percebidos como uma funcionalidade valiosa. “Assim, a BASF incentiva os clientes a desenvolver novos campos de aplicação”, completa.

LANXESS valorizafontes biológicas

A LANXESS dedica-se cada vez mais à pesquisa e desenvolvimento de produtos res-peitando o meio ambiente. A empresa alemã de especialidades químicas destaca que um bom exemplo é estar reforçando o seu com-promisso em produzir borrachas sintéticas “premium” a partir de matérias-primas de-rivadas de fontes biológicas. Ela pretende

produzir comercialmente EPDM (monômero de etileno-propileno-dieno) a partir de ete-no bio-derivado até o final do ano.

Será a primeira forma de borracha de EPDM bio-derivada no mundo. Segundo a empresa, esta forma de eteno bio-deriva-da é produzida a partir da desidratação do etanol, obtido da cana-de-acúcar brasilei-ra. A Braskem S.A irá fornecer o eteno bio--derivado, através de tubulações, para a planta de EPDM da LANXESS já existente em Triunfo, no Brasil.

Um dos focos da LANXESS, tem sido o aprimoramento de produtos e tecnologias para a chamada “Mobilidade Verde”. A em-presa inventou uma tecnologia que combina as propriedades dos plásticos com o metal, denominada tecnologia híbrida, proporcio-nando ao material uma maior resistência ao mesmo tempo em que são mais leves do que os seus equivalentes em metal. As reduções de peso podem chegar até a 20%, compara-do às soluções convencionais. Esta nova tec-nologia já é utilizada em aproximadamente 100 modelos de veículos em todo o mundo.

Os plásticos têm um sexto do peso do aço e proporcionam uma excelente combina-ção entre resistência ao calor, condutividade térmica, rigidez e baixa tendência à defor-mação. Com fácil manutenção e conserto, e sem riscos de corrosão, os polímeros as-seguram uma montagem simples e são fá-ceis de serem trabalhados. Não é apenas o processo de fabricação que é mais rápido, mas os acessórios e componentes podem ser integrados aos moldes de plástico.

Pneu verde, da Lanxess: primeira borracha de EPDM bio-derivada no mundo

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Cada vez mais a expressão “pneus verdes” passa a ser incorporada np dia a dia. Os pneus verdes estão chegando, avi-sa a LANXESS. Com tecnologias inovado-ras e produtos de alto desempenho, como borrachas sintéticas de alta performance, os pneus do futuro terão menor resistência à rolagem, boa aderência e vida útil mais longa. Com isso, reduziram o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de CO2 à atmosfera.

Dentro desse contexto, os governos es-tão estabelecendo metas de emissão e esti-mulando novas tecnologias. Um exemplo de uma nova solução com um amplo impacto é a nova legislação da União Europeia que obriga que todo o pneu comercializado na região tenha um selo de eficiência energé-tica, que identifique: eficiência de combus-tível, aderência a pisos molhados e emissão de ruídos. O Parlamento Europeu promulgou essa regulamentação há três anos, para avançar na migração para pneus mais se-guros e eficientes em termos de energia. As etiquetas variam de “Classe A”, para produ-tos de alta performance, para a “Classe G”, para os produtos com menor desempenho.

A etiquetagem de pneus também será obrigatória na Coréia, a partir de dezembro deste ano. EUA e Japão já adotam siste-mas voluntários de rotulagem. No Brasil, o Inmetro já estabeleceu a abertura de uma Consulta Pública com vistas ao Programa Brasileiro de Etiquetagem de Pneus. Após isso, será publicada uma portaria, deter-minando que todo pneu comercializado

no Brasil contenha etiqueta de Eficiência Energética – a expectativa da entidade é que essa regulamentação entre em vigor a partir de 2014. Com isso nota-se uma ten-dência mundial em direção ao pneu verde.

Nesse cenário ecologicamente correto, a LANXESS lançou na EXPOBOR 2012 o BUNA VSL 4720-0 HM, um elas-tômero que proporciona excelentes pro-cessamentos e propriedades na fabricação de pneus verdes. Produzido exclusivamen-te no Brasil, na fábrica de Cabo de Santo Agostinho (PE), é indicado para a pro-dução de pneus de alta performance que combinem baixa resistência ao rolamento e alta aderência em piso molhado.

De acordo com Christoph Kalla, líder global de Marketing e P&D da unidade de negócios Performance Butadiene Rubbers (PBR) da LANXESS, o BUNA VSL 4720-0 HM será o primeiro de uma série de produ-tos que a empresa vai lançar no mercado mundial em 2012. “Estamos confiantes de que este material é de interesse de nossos clientes para além das Américas, e é outro exemplo da capacidade única da LANXESS em desenvolver rapidamente produtos de alta performance, atendendo às novas de-mandas do mercado, ressalta.

O BUNA VSL 4720-0 HM é um co-polímero de butadieno e estireno (high vinyl tin-coupled) com alto teor de vinil e acoplado com estanho, contendo 19,5% de estireno. É produzido por polimeriza-ção em solução, utilizando um iniciador

alquil-lítio e um modificador de microes-trutura. “Já temos definida por parte dos nossos clientes uma demanda de muitas mil toneladas para este grade, já no pri-meiro ano”, comenta o executivo.

SABIC e sustentabilidadeA preocupação e o foco na sustentabi-

liade estão presentes na SABIC desde a fun-dação, em 1976, como fruto de uma visão ambiciosa. O gás natural, um subproduto da extração de petróleo que antigamente não tinha uso, tem sido historicamente desperdi-çado pela queima, que causa grandes danos ao meio ambiente. A empresa ressalta que a visão foi transformar esse gás em produtos petroquímicos de que pudessem ser forne-cidos para o mundo todo. “Como resultado desta decisão de transformar resíduos em produtos, os conceitos de sustentabilidade sempre estiveram presentes na estrutura da nossa empresa”, ressaltam os especialistas.

A SABIC destaca seu longo histórico de contribuições positivas para o desempenho ambiental dos produtos dos seus clientes e dos seus próprios produtos. Os sistemas operacionais garantem a conformidade com as regulamentações de segurança e do meio ambiente, são mais robustos, e têm sido aperfeiçoado ao longo do tempo a medida que novas técnicas e tecnologias são desen-volvidas. “A matriz global da SABIC tornou a sustentabilidade um aspecto central em sua estratégia de negócios, com duas áreas de foco principal. A primeira delas é voltada à redução contínua do impacto ambiental de suas operações, incluindo a redução das emissões de carbono, o aprimoramento do uso de recursos energéticos e hídricos e o aumento da eficiência no uso de matéria--prima”, garante a empresa.

Com esse intuito, a SABIC afiliou-se a “Responsible Care®” uma iniciativa volun-tária da indústria química que visa à me-lhoria contínua da segurança, da saúde e do desempenho ambiental dos seus membros, funcionando como uma guia de implemen-tação da sustentabilidade nos negócios. “Nossa segunda área de foco é o mercado, onde temos o compromisso de compartilhar as nossas experiências e trabalhar ainda

LED feito de resina Lexan com retardante de chama, da Sabic Innovative Plastics

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mais próximos aos nossos clientes, desen-volvendo produtos, aplicações e soluções que correspondam às suas necessidade de sustentabilidade”, acrescentam.

As propriedades, o desempenho e a origem dos produtos podem prestar uma contribuição significativa na redução do im-pacto ambiental ao longo do seu ciclo de vida, desde a diminuição de emissões de carbono até a otimização do uso de recursos naturais. “Para apoiar as metas ambientais dos nossos clientes, a SABIC planeja am-pliar o portfólio de Soluções Sustentáveis conforme inovamos em novas tecnologias, melhoramos os nossos processos de fabri-cação e desenvolvemos uma compreensão mais abrangente de como os nossos produ-tos, e a utilização deles, contribuem para a sustentabilidade do planeta”, informam os especialistas da empresa.

Os produtos e as aplicações do portfó-lio de Soluções Sustentáveis da SABIC são rigorosamente validados de duas maneiras possíveis: 1) eles devem obedecer a um ou mais padrões de sustentabilidade de tercei-ros amplamente reconhecidos e 2) seus be-nefícios ambientais relativos às tecnologias correspondentes dever ter sido verificados através do novo Cartão de Pontuação de produtos Sustentável da empresa. O cartão possui dois componentes:

A-Avaliação do Ciclo de Vida: Os mé-todos de LCA (Life Cycle Assessment) e Inventário do Ciclo de Vida (Life Cycle In-ventory), baseados nas normas ISO 14040 e ISO 14044, são usados para criar o primeiro

componente do cartão de pontuação. Nele, as pegadas de carbono dos produtos e das aplicações são estimadas ao longo do seu ciclo de vida. Os resultados da avaliação são resumidos na Ficha Técnica Ambiental do Produto (Environmental Product Datasheet).

B-Avaliação Química Verde (Green Che-mistry Screen – GCS): Este componente do cartão serve como guia para a avaliação da composição química do produto o que inclui impurezas, subprodutos e catalisadores se-gundo critérios toxicológicos padronizados e regulamentados pela indústria química.

Segundo a empresa, o portfólio de So-luções Sustentáveis facilita a identificação, a avaliação e a seleção dos materiais SABIC pelos clientes. Ele apresenta cinco cate-gorias amplas que abrangem as iniciativas ambientais mais importantes da atualidade: Matéria-prima de reciclados pós-consumo (post-consumer recycled – PCR); Controle de peso na indústria automotiva; Retardância à chama avançada; Eficiência energética e; Materiais bio-derivados

È importante destacar a última cate-goria, a dos plásticos bio-derivados ou bio-plásticos, compostos que apresentam pelo menos uma porcentagem de matérias-primas oriundas de fontes renováveis como plantas, resíduos florestais ou algas.

Conforme os especialistas, o concei-to do uso de materiais bio-derivados tem sido extensivamente discutido na indústria. Como um complemento para a crescente atividade de reciclagem, as matérias-primas renováveis reduzem os resíduos de carbono

e o consumo de energia, garantem o forne-cimento a longo prazo e correspondem à de-manda dos consumidores por produtos am-bientalmente responsáveis. O uso de fibras naturais, que geralmente são mais leves se comparadas às fibras de vidro e outros refor-ços tradicionais, contribui para o design de veículos mais leves e mais eficientes energé-ticamente. A SABIC está comprometida em aumentar o uso destas fibras naturais em seu portfólio de produtos, sendo estas fibras todas certificadas com relação à sua origem, assegurando a sua obtenção através de pro-cessos adequados a questão sustentável.

Entre os materiais já comercializáveis está o composto especial LNP* Fibercomp* PU09904, um material que tem como matriz polimérica a poliamida 6 (PA) reforçada com 20% de fibras de curauá. O curauá é uma planta que pertence à família das bromélias e é cultivada no norte do Brasil. As fibras ex-traídas de suas folhas possuem alta resistên-cia mecânica. Outro material é o composto LNP Fibercomp* que tem em sua base o po-lipropileno (PP) aditivado com 30% de fibras de madeira. Além da sua aparência similar à da madeira, o composto fornece uma me-lhor resistência contra fungos e uma melhor estabilidade dimensional do que a madeira natural. Outros compostos, como o compos-to LNP Thermocomp* e LNP Lubricomp* da série H – são materiais baseados em resinas de PA-11 oriundas de fontes 100% naturais também completam o portfólio de materiais sustentáveis da linha LNP*.

A SABIC ainda destaca a resina Le-xan* HFD que oferece um melhor balanço entre características de fluxo e ductilidade comparada ao policarbonato tradicional (PC). Esta resina de policarbonato conse-gue essa vantagem de desempenho atra-vés da incorporação de aditivos derivados do óleo de mamona que chega a represen-tar até 7% da formulação.

Parceria Rhodia e DYTECH O setor automotivo e de transportes

transformou-se em um verdadeiro “campo de provas” para peças com origem em fontes renováveis. Assim, com o objetivo de am-pliar a oferta de produtos sustentáveis para

Marcos Curti: Rhodia e DYTECH desenvolveram poliamida derivadaem parte de óleoda mamona

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esse segmento, a Rhodia, empresa do gru-po Solvay, e a DYTECH, indústria do setor de autopeças, desenvolveram no Brasil um produto inovador a partir do plástico de en-genharia Technyl® eXten — uma poliamida 6.10 derivada em parte de óleo de mamona, de fonte renovável.

Uma informação divulgada no Blog do Plástico ressalta que o novo produto, que reduz o impacto ambiental tanto dos pro-cessos de produção quanto das aplicações finais, pode ser utilizado na confecção de tubulações para combustíveis, servo freio, embreagens e dutos de óleo para veículos le-ves e pesados. A novidade já foi homologada em diversos clientes finais das duas empre-sas, substituindo com vantagens aplicações que atualmente usam PA (poliamida) 12, de origem totalmente petroquímica.

Marcos Curti, diretor da Rhodia Plásticos de Engenharia e Polímeros para as Américas destaca outras vantagens. “Em comparação com outros plásticos de engenharia de poliamida de alto de-sempenho, a nova aplicação de Technyl®

eXten oferece aos clientes uma série de vantagens técnicas e de custo-benefício, além dos ganhos ambientais, com a re-dução das emissões de CO2”,

PE Verde da Braskemno Amsterdam ArenA

No final de 2011 a Braskem, líder em produção de resinas termoplásticas nas Américas e maior produtora mundial de bio-polímeros, fechou uma parceria com o Ams-terdam ArenA para fornecer o seu PE Verde (plástico verde) para a fabricação dos assen-tos do estádio multifuncional holandês. O projeto previa a instalação de 2 mil bancos feitos com plástico de etanol da Braskem no primeiro semestre deste ano - em adição aos 52 mil existentes. Ao final dos próximos dois anos, todos os 54 mil assentos serão de plástico feito com matéria-prima 100% renovável e tecnologia brasileira. O anúncio foi feito no dia 11 de novembro, data em que a Holanda comemora nacionalmente o Dia da Sustentabilidade.

A instalação dos “sugar seats”, como

estão sendo chamados os assentos, faz parte da estratégia de fazer do Amster-dam ArenA o cartão de visitas da capital mais sustentável do mundo. O estádio foi inaugurado em agosto de 1996 e passa por obras de melhoria na parte destinada ao público, sem prejuízo para os espetáculos. Toda a reforma é norteada por diretrizes de sustentabilidade. Em 2015, o estádio será ecologicamente neutro, sem qualquer emissão de gás carbônico.

A Braskem fabrica o PE Verde desde setembro de 2010, quando inaugurou em Triunfo (RS) a maior unidade industrial de eteno derivado de etanol do mundo, com ca-pacidade de produção de 200 mil toneladas por ano. Ao contrário do plástico de origem fóssil, o Plástico Verde apresenta um balan-ço ambiental positivo: para cada tonelada produzida, são retirados até 2,5 toneladas de gás carbônico (CO2) da atmosfera.

“A presença do Plástico Verde no Ams-terdam ArenA está totalmente alinhada com a estratégia da Braskem de tornar-se líder global da química sustentável”, disse Mar- >>>>

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celo Nunes, diretor de Negócios de Químicos Verdes da Braskem. “A parceria da Braskem com a Station Amsterdam se soma a outras já consolidadas nos últimos meses, que reu-niram empresas empenhadas em iniciativas sustentáveis”, afirma.

O projeto da fábrica de eteno ver-de, concebido com tecnologia própria da Braskem, teve investimentos de R$ 500 mi-lhões. O produto tem importantes clientes no Brasil e no mundo, como Procter & Gam-ble, Nestlé, Toyota Tsusho, Natura, Tetra Pak, Danone e Chanel, entre outros.

Segundo declarou Marcelo Nunes ao Jornal da Bahia recentemente, o merca-do de biopolímeros está restrito atualmen-te pela oferta. “O interesse é altíssimo. A demanda é suficiente para absorver outro investimento de um porte até maior do que esse”, afirmou ao Jornal da Bahia. A Braskem também desenvolve um projeto de uma unidade de produção de PP Verde (po-lipropileno verde ) no Brasil, com previsão de inaugurar segunda planta de “plástico verde” no segundo semestre de 2013, dessa vez de polipropileno derivado de etanol, e vê espaço para novos investimentos no médio prazo. “Temos dito que esse é um produto que já tem receitas da ordem de milhões de dólares e que queremos transformar isso num negócio de bilhões de dólares nos pró-ximos cinco, dez anos”, afirmou Nunes.

A nova fábrica está orçada em cerca de US$$ 100 milhões e deverá elevar a deman-da da empresa por etanol para cerca de 800

milhões de litros por ano. O local ainda não foi definido. “O investimento permitirá uma produção anunciada de 30 mil toneladas de polipropileno, que a Braskem já faz planos de elevar para 50 mil toneladas”, diz o dire-tor. Segundo Nunes, novos investimentos em plantas industriais completas para produção de “plástico verde” terão que estar alinha-dos ao aumento da produção de etanol no país. Ele afirma, entretanto, que o mercado de biopolímeros não irá concorrer com o de biocombustíveis.

Cromex desenvolve corese aditivos para a Cargill

Empresa de capital 100% nacional e líder no mercado brasileiro de masterba-tches de cores e aditivos para plásticos, a Cromex desenvolve há tempos uma série de produtos om foco no respeito ao meio ambiente. Em 2010 lançou uma linha de concentrados de cores biodegradáveis com base no PLA – ácido poliláctico – derivado de plantas. A parceria da Cromex foi com a Cargill, empresa internacional de produtos e serviços alimentícios, agrícolas, finan-ceiros e industriais

O Ingeo® é o bioplástico desenvol-vido pela Cargill é chamado, que leva de 3 a 4 meses para se decompor, desde que esteja em condições de composta-gem (umidade de 80% com temperatura constante maior que 60ºC). O produto pode ser utilizado na fabricação de di-versos materiais plásticos, sendo adap-tado para cada tipo de aplicação (em-

balagens, garrafas, tapetes e carpetes, nãotecidos/ fibras, brinquedos, produtos para agricultura, entre outros).

Os masterbatches elaborados pela Cromex conferem aos produtos feitos à base de Ingeo®, além de uma vasta gama de cores, características de alta perfor-mance, respeitando as propriedades fun-damentais de sustentabilidade, caracte-rísticas que são o diferencial do produto. Na ocasião, o diretor comercial da Cromex César Ortega, declarou que a empresa ca-minha no sentido de dar ao mercado solu-ções que atendam as demandas mundiais de sustentabilidade. “Hoje, há uma pro-cura muito grande do mercado global de produtos ambientalmente amigáveis e a Cromex trabalha no sentido de desenvolver produtos que sejam compatíveis com esse tipo de proposta”.

A linha de masterbatches volta-dos ao PLA da Cromex conta com uma gama de cores que vai desde as opacas e transparentes até as mais elaboradas, com efeitos especiais, como o perolado e o metalizado. “Além das cores, aditi-vos especiais foram desenvolvidos para melhorar o processamento da resina e o desempenho do produto final”, lembrava o gerente de Projetos e Produtos, Enio Ferigatto. Características como anti-blo-queio, barreira aos raios UVs, antiestáti-ca e anti-fog fazem parte dessa linha de produtos. Segundo Walcinyr Neto, geren-te de Produto da Cargill, a empresa come-çou com capacidade para a produção de 140 mil toneladas/ano do Ingeo®, que já era vendido no mundo todo.

Esse projeto não foi a primeira ação da Cromex no desenvolvimento de um pro-duto com viés sustentável. Em maio de 2009, juntamente com a Braskem, a em-presa anunciou a primeira parceria para o desenvolvimento de produtos especiais a serem utilizados com o PE Verde. Esse tipo de iniciativa coloca, mais uma vez, o Brasil em posição de destaque quando o assunto é pioneirismo, inovação e sus-tentabilidade. “O interesse demonstrado por grandes empresas nacionais e interna-cionais em desenvolver produtos cada vez

Amsterdam ArenA: estádio holandês contará com assentos feitos de polietileno verde

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mais voltados à sustentabilidade evidencia a importância desse tipo de desenvolvi-mento”, destacou Cesar Ortega.

Export Plasticdestaca PE Verde

Investimento em inovação. Essa foi a resposta que o Programa Export Plastic ouviu entidades do setor plástico a fim de levantar as principais tendências e opor-tunidades para 2012. E nesse contexto, o plástico verde vem ganhando força mundial, já que cada vez mais os países desenvolvem ações pró meio ambiente. Sua produção é a partir do etanol da cana-de-açúcar e é 100% baseado em matéria-prima renovável. A grande vantagem é que o cultivo contribui para a captura do gás carbônico da atmos-fera, o oposto do que ocorre com o petró-leo, insumo tradicional dos plásticos. “A cada feira que participamos, percebemos um crescimento no que diz respeito a produtos sustentáveis. Isso mostra a necessidade das empresas desenvolverem portfólio voltado a essa demanda”, afirma Marco Wydra, gerente executivo do Programa Export Plastic.

Os especialistas destacam que, além do aspecto ambiental, o plástico verde pos-sui características iguais às do plástico tra-dicional e sua aplicação pode ser feita nos mais variados segmentos, como indústria de brinquedos, embalagens para alimentos, au-tomobilístico e etc. Pioneiro no que se refere ao plástico verde, o Brasil tem se destaca-do no exterior pelo investimento em fontes renováveis que agregam valor ao plástico.

Além disso, está ocorrendo uma forte cons-cientização no descarte correto dos mate-riais. Para Paulo Teixeira, da Abiplast, o plás-tico verde ainda é uma solução sofisticada, que deve dar retorno a longo prazo. “Pode se tornar um produto de maior escala no mer-cado; tudo vai depender se o consumidor vai aceitar as mudanças”.

Segundo o executivo a implementa-ção da Política Nacional de Resíduos Sólidos pode ajudar o setor a crescer, porque visa a destinação correta no descarte dos produ-tos. “Será fundamental. Vai começar, efeti-vamente, a missão do plástico, um artigo 100% reciclável”. Já na opinião do professor e coordenador de pós-graduação da ESPM, Fabio Mestriner, “a mudança no comporta-mento e da visão do consumidor só deve ser alterada quando a análise de ciclo de vida dos produtos for mais amplamente difundida e a reciclagem energética estiver sendo im-plantada com mais intensidade”.

ABIQUIM e osganhos ambientais

A sustentabilidade no setor petroquí-mico-plástico não se restringe a produção de matérias primas “limpas”, mas se eviden-cia em todo um contexto, como o trabalho desenvolvido pela Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM). Em abril a

Marco Wydra percebe um crescimento

dos produtos sustentáveis em

feiras pelo mundo

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entidade divulgou indicadores de desempe-nho de meio ambiente, saúde e segurança para a última década. Os números mostram que, de 2004 a 2010, as empresas associa-das – que respondem por 95% da produção no Brasil – ganharam eficiência nas questões ambientais.

► O consumo de água caiu de 7,88m³/t para 6,05 m³/t produto, o que significa dizer que para a mesma quantidade de produção utiliza-se hoje 23% a menos de água. Ao mesmo tempo, a indústria aumentou a quantidade de efluente reciclado e reutilizado, de 29,9% para 31,3% do total produzido. Consequen-temente, o efluente lançado caiu de 2,31m³/t para 1,62 m³/t de produto.► A utilização de combustíveis reno-váveis cresceu de 2,1 kg/t para 6,3 kg/t de produto e, como consequência, o uso de combustíveis não-renováveis caiu significativamente de 32,8 kg/t para 17,8 kg/t de produto.► A intensidade de emissão de dióxi-do de carbono originário de combustão de processos caiu de 378 kg/t para 251 kg/t de produto. A intensidade total de emissões de CO2 equivalente caiu de 411 kg/t para 290 kg/t de produto.► A geração de resíduos, que vinha apresentando melhora, foi afetada pela crise global de 2008. Entre 2004 e 2008, a geração de resíduos sólidos havia permanecido estável, entre 8,4 kg/t e 8,5 kg/t de produto. Mas, com a crise, algumas unidades produtivas

tiveram paradas não-programadas, o que pontualmente aumentou os resí-duos gerados, chegando a 9,8 kg/t de produto em 2010. “As paradas não programadas resul-

tam em rejeitos e resíduos que estão nas torres de destilação, de processo e nos reatores. Para fazer a limpeza e manuten-ção destas áreas, os resíduos tem que ser despejados, o que leva a um aumento da quantidade medida. A Abiquim acredita que esse indicador voltará a diminuir, por-que agora as fábricas estão trabalhando sem grandes paradas programadas”, ex-plica Nícia Mourão, gerente de Assuntos Regulatórios da Abiquim e e coordenadora do Programa de Atuação Responsável.

Planalto normatiza“Compra verde”

A preocupação com a sustentabilida-de ou a “Onda Verde” começa a formar um sistema integrado de ações. Recentemente o jornal Folha de São Paulo noticiou que o governo Dilma Rousseff prepara um decreto criando regras e instituindo um percentual obrigatório mínimo de compra de “produtos verdes,” nas licitações públicas. A intençãoé valorizar nas licitações a contratação de pro-dutos e serviços que gerem menos resíduos e que tenham menor consumo de água, ma-térias-primas e energia em sua fabricação.

Essa iniciativa faz parte de uma agen-da de propostas que o governo quer levar para discussão na Rio+20, a Conferência de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que

ocorre em junho no Rio de Janeiro. Na con-ferência, o governo quer “dar o exemplo” e obter o compromisso público de alguns dos maiores consumidores do planeta - empre-sas, escolas, hotéis, hospitais, shoppings, setor público e outros- de adotarem cotas mínimas de compra de “produtos verdes”, que agridam menos o ambiente. O objetivo é criar escala de produção para esses pro-dutos, que hoje custam mais caro por conta da demanda ainda muito restrita. “Como o ente público é um grande comprador, ele induz todo o mercado. Nossa ideia é incen-tivar o setor privado a fazer o mesmo dentro de seus programas”, afirma Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional do Ministério do Meio Ambiente.

O foco, no entanto, é mais amplo. Além de colocar o Brasil como protagonista do “consumo verde” global, a avaliação do governo é que a proposta beneficia o agro-negócio e a indústria nacional que, entre outras vantagens, utiliza energia limpa das hidrelétricas e saiu na frente em tecnolo-gias renováveis como álcool e biodiesel. Em 2011, só 0,07% das compras governamen-tais foram de produtos considerados sus-tentáveis. Segundo o Ministério do Planeja-mento, o governo já fez R$ 22,2 milhões em compras de produtos sustentáveis em 1.546 processos licitatórios desde 2010. O Progra-ma de Contratações Públicas Sustentáveis tem 548 produtos considerados “verdes” no catálogo de materiais do Comprasnet.

Cases – da Bioliceà Coca-Cola

Cresce a oferta de matérias primas e produtos que biodegradáveis ou em confor-midade com a proteção ao meio ambiente. Em março, por exemplo, foi anunciado que o Paraná vai ter a primeira indústria de produ-ção de resina de plástico derivada do milho na América do Sul. O empreendimento, uma parceria da francesa Limagrain com o grupo paranaense Sementes Guerra, será construí-do em Pato Branco, Sudoeste do Estado.

O importante a destacar é que a re-sina feita de milho é matéria-prima para a produção de materiais plásticos biodegra-dáveis como sacolas que se decompõem na

Biolice produzirá no Paraná resina de plástico derivada do milho, a primeira da América do Sul

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natureza em 180 dias. O diretor mundial da Biolice - unidade da Limagrain de produ-ção de plásticos biodegradáveis -, David Person, afirmou que a preocupação do Go-verno do Paraná com questões ambientais foi um dos fatores que pesaram na escolha da localização da indústria. “Outro motivo é a forte produção agrícola do Paraná e o ambiente que existe para agregar valor à produção de grãos e sementes”.

Para diretor executivo do grupo Guerra e da Limagrain Brasil, Ricardo Guerra, o investimento é resultado do empenho direto do governador. Em agos-to passado, Richa visitou a diretoria da Limagrain na cidade de Clermont-Ferrand, localizada a 450 quilômetros ao sul de

Paris, e reforçou o interesse do Estado do Paraná de receber o empreendimento.

“A visita que o governador fez à Fran-ça em agosto ano passado foi primordial, assim como o trabalho de todos os se-cretários de Estado para que pudéssemos construir as condições necessárias para o lançamento desse investimento que vai revolucionar o agronegócio brasileiro”, disse. O presidente do grupo Guerra e da Limagrain Brasil, Luiz Fernando Guerra, explicou que as obras da unidade já foram iniciadas. “É um projeto de curto prazo. Estamos com obras de terraplanagem na área e a previsão é que inicie a produção no segundo semestre de 2013”, disse.

Os dirigentes da Limagrain/Guerra

adiantaram que devem anunciar em breve mais um investimento no Paraná. A insta-lação de uma indústria de alimentos (pães e bolos industrializados) em Guarapuava.

Biocycle... da canaUma reportagem interessante de O Es-

tado de São Paulo destacou em abril que o aumento da consciência ambiental aliado à escassez de petróleo e à tendência mundial de redução das emissões de gás carbônico na atmosfera fez com que as usinas sucro-alcooleiras do País despertassem o interesse na produção do plástico biodegradável, fa-bricado através da cana-de-açúcar. Em Ser-rana, interior de São Paulo, a Usina da Pedra já está produzindo em escala industrial o Biocycle, primeiro plástico biodegradável do País feito a partir da cana.

No local, cerca de 5 toneladas do produto são usadas mensalmente na fabri-cação de descartáveis como embalagens, peças de automóveis, escovas de cabelo, canetas, materiais esportivos, agrícolas, entre outros. O Grupo Balbo (Sertãozinho) e a Pedra Agroindustrial (Serrana) criaram a PHB Industrial e negociam uma aliança es-tratégica com um parceiro que terá a mis-são de distribuir, a partir de 2015, 10 mil toneladas do novo plástico.

Segundo Eduardo Brondi, gerente ad-ministrativo da PHB Industrial, a planta-

Cana de açucar: excelente matéria-prima para a produção de plásticos ecologicamente corretos

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-piloto para o estudo do plástico, a partir da cana, surgiu há 16 anos. Porém, foi há menos de um ano que parte da produção passou a ser usada comercialmente na fa-bricação de produtos como as escovas de cabelo. De todo modo, ele afirma que a intenção ainda não é lucrar com esse plás-tico, mesmo porque a maior parte tem sido direcionada para projetos de desenvolvi-mento e pesquisa.

O plástico, relata Brondi, é produzido durante o processo de fermentação da cana através de uma bactéria. Atualmente são em torno de 60 toneladas ao ano, sendo a maior parte encaminhada a parceiros no Brasil e no mundo. Entre esses parceiros estão facul-dades e empresas do ramo automotivo, de cartões de crédito e de embalagens. Os pes-quisadores trabalham no aprimoramento da tecnologia para desenvolver produtos e que, no futuro, o plástico biodegradável, que se decompõe no ambiente, seja usado comer-cialmente em larga escala.

Esse setor vem registrando crescimento entre 20% e 25% ao ano e tem despertado o interesse de países da Europa e dos Esta-dos Unidos. A expectativa é que em poucos anos usinas brasileiras estejam fornecendo o plástico biodegradável para a produção de uma grande variedade de produtos. O maior problema, por enquanto, tem sido a necessi-dade de investimento para aumentar a fabri-cação. Por se tratar de uma tecnologia nova é preciso ainda aprimorar algumas questões para atender a demanda industrial. Estudos também são necessários para aprimorar a

fórmula, uma vez que o plástico biodegradá-vel de cana ainda não é, por exemplo, apro-priado para fabricar sacolinhas ou produtos de espessuras mais finas.

Mesmo com as dificuldades, a produ-ção segue em expansão no Brasil. A pre-visão da PHB Industrial é de produzir 230 mil toneladas/ano, na próxima década. No mundo, estima-se que sejam consumidas em torno de 230 milhões de toneladas de plás-tico/ ano. Mas, desse total, apenas 0,5% é produzido com material renovável, o que dá margem para que essa nova fórmula possa ser usada em larga escala em breve

PE Verde na cabeçaHá cerca de dez anos, o mundo pas-

sou a considerar mais seriamente o efeito estufa e a importância da conservação flo-restal. Produzir de forma ecologicamente responsável deixou de ser apenas um pacto entre países, para se tornar um diferencial competitivo. Assim, atualmente, de Nova York a Joinville, as notícias sobre bioplás-ticos surgem a toda hora. A Coca-Cola, por exemplo, investe para obter garrafas Plan-Bottle a partir de origem vegetal. O objetivo é conseguir um produto que não seja feito de combustíveis fósseis e de outros recursos não renováveis. Somente neste ano a empre-sa já aplicou R$ 2,5 bilhões em pesquisas de materiais considerados sustentáveis.

“Este é um significativo investimento da área de Pesquisas e Desenvolvimento em inovação em embalagens e é o próximo pas-so na direção da nossa visão de criar todas

as nossas embalagens plásticas a partir de materiais de plantas obtidos responsavel-mente”, diz o vice-presidente de Suprimento de Produtos Comerciais da Coca-Cola, Rick Frazier. A empresa foi pioneira, em 2009, no lançamento da garrafa PET reciclável. Até agora a empresa já distribuiu mais de 10 bi-lhões unidades em 20 países.

Desde o anúncio do desenvolvimen-to, em 2007, o polietileno verde de fonte 100% renovável da Brakem ganhou, ao longo dos anos, vários parceiros e Clien-tes, que contribuem para mostrar a ver-satilidade e a eficácia deste biopolímero Entre eles, destaque para a primeira apli-cação do polietileno verde em um produto do mercado: o Banco Imobiliário Susten-tável, produzido a partir da parceria entre Braskem e Brinquedos Estrela.

O conceito sustentável da resina de matéria-prima 100% renovável chamou atenção também do mercado externo, alcançando empresas do outro lado do mundo, como a Shiseido, uma das mais renomadas empresas internacionais de cosméticos de alto padrão, com sede no Japão, que já firmou parceria para o uso do produto em suas embalagens.

Cabine “sustentável”Dentro de uma nova concepção in-

dustrial, a Edra Equipamentos desenvolveu um produto que promete chamar a aten-ção pelo visual e, principalmente, pelo ca-ráter sustentável. Especializada em forne-cer diversos tipos de soluções para o setor bancário, a empresa criou uma cabina de autoatendimento – ou caixa eletrônico – cujas matérias-primas são ambientalmente amigáveis. Intitulada Projeto Banco Con-temporâneo, a novidade levou cerca de um ano para ser concluída e exigiu mais de R$ 500 mil, calcula Jorge Braescher, presiden-te da Edra Equipamentos.

“Depois das pesquisas com diversos bancos e cerca de quinhentos usuários, de-finimos o conceito da cabina e promovemos um concurso entre vários arquitetos para a escolha do design. A seguir, fechamos alguns acordos com os fornecedores das matérias--primas”. As paredes e o teto da cabina são

Coca-Cola investe para obter garrafas Plant-Bottle, feitas a partir de origem vegetal

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de materiais compósitos, um tipo de plástico bastante resistente. Porém, ao invés de re-sinas convencionais, oriundas do petróleo, a Edra Equipamentos selecionou um polímero derivado parcialmente de fontes renováveis,

como plantas oleaginosas, produzido pela Elekeiroz S.A. “Para fabricar essa resina, a Elekeiroz ainda reutiliza polímeros pós-con-sumo como, por exemplo, garrafas PET”.

O piso também é sustentável: de

madeira plástica, é composto por mais de 90% de resíduos de embalagens descar-tadas. Para reduzir o consumo de energia elétrica da cabina, a Edra optou pela ins-talação de painéis solares fotovoltaicos, que alimentam lâmpadas LEDs, bem mais potentes e econômicas. “Mas, durante o dia, a iluminação natural é garantida por um sistema denominado Solatube, que capta e difunde a luz no ambiente”, ob-serva. O ar condicionado escolhido – é fabricado pela Midea Carrier – apresenta consumo médio de 7.000 BTUs, menos da metade dos aparelhos comuns. “Ajudou na redução dessa necessidade de energia para resfriar a cabina o uso de filmes especiais da 3M, que impedem a passagem de mais de 80% dos raios infravermelhos”. Ou-tra novidade proposta pelo Projeto Banco Contemporâneo é o “telhado verde”.

Edra desenvolveu um caixa-eletrônico com matérias-primas ambientalmente amigáveis

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Aquisição da Burkhardt + Weberimpacta positivamente os resultados da Indústrias Romi no primeiro trimestre de 2012

"O s resultados do primei-ro trimestre de 2012 demonstram como foi assertiva a aquisição

da B+W pela Romi. Conseguimos avan-çar estrategicamente em regiões onde nossas vendas eram menos expressivas, como a Ásia”. A frase de Livaldo Aguiar dos Santos, diretor presidente da Indús-trias RomiS/A reflete seu entusiasmo pela negociação assertiva da Compa-nhia. A empresa, que é líder nacional nos mercados de máquinas-ferramenta e máquinas para plásticos, listada no Novo Mercado da Bovespa (ROMI3), concluiu em 31 de janeiro de 2012, a aquisição total dos ativos da Burkhardt + Weber, fabricante alemã de máquinas--ferramenta. A receita operacional lí-quida da B+W consolidada no resultado do 1T12 da Romi, referente aos meses de fevereiro e março de 2012, totali-zou R$ 37,6 milhões e teve origem nos dois principais mercados atendidos pela B+W: Europa e Ásia, na proporção de

50% cada um. Com esta consolidação, 34,5% da receita operacional líquida da Romi foi registrada no exterior.

A receita operacional líquida total registrada pela Romi atingiu R$ 149,7 milhões, valor 7,9% superior ao do mes-mo período do ano passado. Conforme já mencionado, desde 1º de fevereiro de 2012, a companhia consolida em seu re-sultado o desempenho da B+W. Neste tri-mestre, considerando a receita da B+W, a Europa representou 48,4% da receita ob-tida no mercado externo. Outro fator que merece destaque é a entrada do mercado asiático no portfólio da Companhia, re-sultante das receitas obtidas pela B+W na China no valor de R$ 19,3 milhões. Por essa razão, os Estados Unidos tive-ram sua participação nas vendas da Romi diluída, representando 10,4%. Já a Amé-rica Latina passou a representar 6,7%.

Em Máquinas-Ferramenta, a re-ceita operacional líquida atingiu R$ 105,2 milhões no 1T12, dos quais R$ 37,6 se referem à consolidação da re-

ceita operacional líquida da B+W. Este valor representou um aumento de 23% se comparada ao mesmo período no ano anterior e de 1,9% quando comparada ao 4T11. Em Máquinas para Plástico, a receita do primeiro trimestre de 2012 foi de R$ 23,2 milhões, com crescimen-to de 3,6% em comparação ao quarto trimestre de 2011.

A unidade de negócios de Fundidos e Usinados encerrou o primeiro trimestre de 2012 com crescimento de 45,3%, em sua entrada de pedidos em relação ao 4T11, devido especialmente à demanda de produtos para o mercado de energia eólica. Já as vendas físicas desta unida-de somaram 3.515 toneladas no período, aumento de 8,5% sobre as 3.240 tonela-das faturadas no 1T11.

No 1T12, a geração operacional de caixa medida pelo EBITDA (Lucro Antes dos Resultados Financeiros, Impostos, Depreciação e Amortização) foi de R$ 17 mil, representando uma margem EBITDA nula (0,0%) no período.

Expansão

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NPE 2012 se destaca

Os promotores de uma das maio-res feiras internacionais do setor plástico, a NPE, estão surpresos com os resultados

do evento que, após longa temporada em Chicago, aconteceu pela primeira vez em Orlando, entre os dias 01 e 05 de abril. Conforme os organizadores, a exposição excedeu substancialmente a edição de 2009 em tamanho, e atraiu mais partici-pantes de fora dos Estados Unidos. Rea-lizada a cada três anos, em 2012 a NPE atraiu 1.933 expositores, mais do que em todas as NPEs anteriores. O espaço

de exposição total ocupado na NPE2012 foi de 87.326 m2, 23% a mais do que em 2009, ano desfavoravelmente afetado pela grande recessão. Houve um aumento de 26% na participação, com a presença de 55.359 profissionais da área de plásticos na NPE2012. Esses visitantes representa-ram 19.283 empresas exclusivas, em con-traposição às 18.600 na NPE2009.

Da participação total em 2012, 26% veio de fora dos Estados Unidos, um au-mento substancial em comparação com as NPEs anteriores. Um terço desses vi-sitantes internacionais veio da América

pela grande participação internacional

Eventos

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Latina, cumprindo a previsão da SPI de que o novo local iria atrair mais visitan-tes dessa região. A participação de em-presas expositoras internacionais, de fora dos Estados Unidos, também estabeleceu um novo recorde — aproximadamente 750, ou 40% do total. A China enviou a grande maioria dos expositores inter-nacionais para a NPE2012 — um pouco mais de 300, ou 16% de todos os exposi-tores. Outros 8% vieram de outros países da Ásia e do Oriente Médio, e 10% veio da Europa. O Canadá enviou 72 expositores — o segundo maior país no total depois da China. Os 28 expositores do México e da América do Sul representaram o maior contingente até hoje da América Latina.

Positivas como são, essas estatísticas não transmitem completamente o grau de sucesso atingido pela NPE2012, de acordo com William R. (Bill) Carteaux, presidente e CEO da SPI. “Há muito mais equipamen-tos de processamento de plástico no pavi-lhão de exposições do que em 2009, uma participação muito maior nas conferên-cias conjuntas e uma programação maior e mais empolgante de eventos especiais,” disse Carteaux. “Além disso, expositores e visitantes deram à SPI um retorno predo-minantemente positivo sobre o novo local em Orlando, o que confirmou nossa deci-são de programar as NPEs de 2012 e a de 2015 aqui.”Além das atrações do novo local e dos estímulos da melhora na economia, outro importante fator contribuinte para o

aumento na participação da NPE2012 foi a inovação feita pela SPI, projetada para for-necer aos participantes um retorno maior sobre o investimento na feira, observou Gene Sanders, vice-presidente sênior de feiras comerciais e conferências da SPI.

“Enquanto a feira comercial NPE

era o evento principal e obteve um gran-de sucesso, a experiência completa da NPE2012 incluiu uma ampla gama de ou-tros eventos e oportunidades, dentre os quais um programa educacional cujo al-cance e diversidade tornaram a NPE2012 única entre as feiras internacionais de plásticos,” disse Sanders. “Uma atração completamente nova da NPE2012 foi o nosso pré-show do Super domingo, que incluiu eventos sociais e de networking, apresentações dos proprietários das mar-cas e uma noite de gala cujos destaques foram o discurso de Jon Huntsman Jr. e a cerimônia de abertura ao Hall da Fama do setor de plásticos.”

Em 2015, a NPE será realizada no-vamente no Centro de Convenções de Orange County em Orlando. Marcada para o período de 22 a 26 de março, a NPE2015 irá terminar dez dias antes da páscoa e não irá coincidir com o tradi-cional período das férias de verão.

Primeira edição da Expo Embalarecebe mais de 5 mil visitantes

A primeira edição da Expo Embala, evento voltado ao segmento de embala-gem, contou com 96 expositores e mais de 5 mil visitantes. A Pack Summit, confe-rência estratégica que aconteceu simultaneamente à feira, proporcionou discussões sobre embalagem e contou com a participação de palestrantes de peso. Executivos de empresas como Nestlé, Pão de Açúcar, Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), entre outros, passaram pelo Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, para compartilhar informações.

Para Sergio Jardim, diretor geral da Clarion Events, a feira proporcionou ne-gócios para as empresas que apostaram no evento. “O grande diferencial da Expo Embala foi fazer um evento totalmente voltado para todos setores de embalagens, processos, equipamentos e acessórios, rotulagem e etiquetagem de diversos seg-mentos, como agronegócios, alimentos e bebidas, cosméticos e farmacêutico”, afir-ma. Para Luiz Fernando Pereira, diretor da Greenfield, a Pack Summit, proporcionou o compartilhamento de informações de importantes organizações. “Atingimos um grande número de pessoas no seminário e pudemos oferecer um conteúdo de quali-dade em cada módulo”.

Os resultados positivos desta primeira edição da Expo Embala garantiram a con-tinuidade do evento, que tem data marcada para 2013: de 02 a 05 de abril. Entre os expositores, a maioria deles concorda com a importância de estar presente em eventos segmentados. Para Nelson Takeshi Shimada, diretor comercial da Pluralmack, participar da Expo Embala significou trazer a realidade da empresa ao evento. “Assim que nego-ciamos o estande na feira, já procuramos um parceiro para viabilizar a colocação e o funcionamento de uma máquina aplicadora de rótulo termoencolhível”, diz.

Centro de Convenções de Orlando (Flórida) foi pela primeira vez palco da NPE

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*Por Glauco José Côrte

A elevação das importações e a re-dução, em 2011, da participação da in-dústria de transformação no PIB nacional (14,6%) para níveis similares aos da déca-da de 1950 tem acirrado o debate acerca da desindustrialização. Essa é uma discus-são necessária e que precisa, inclusive, ser intensificada, mas que não pode ter o foco desviado. É isso o que acontece quando se passa a argumentar que todo o problema da desindustrialização é provocado pelos incentivos fiscais oferecidos por Estados interessados em estimular suas econo-mias e a atividade de seus portos, entre os quais Santa Catarina.

Os números da balança catarinen-se deixam isso claro. O Estado responde por apenas 7% das importações brasilei-ras e, no ano passado, 81% dessas com-pras era composta por itens destinados à indústria, com concentração (57%) em insumos a serem processados pelo setor. Os bens consumo e de capital (máquinas e equipamentos), que ajudam a moderni-zar e dar competitividade ao parque fabril, corresponderam a apenas 19% cada um. Esses dados revelam também que, no atual ambiente de negócios do país, para não fechar as portas a indústria se obrigou a importar para reduzir custos.

É justamente esse ambiente de ne-gócios e o grau de autonomia dos Estados para definir suas políticas de incentivo que devem ser priorizados na discussão. Nas atuais condições de câmbio, tributos, custos de energia, infraestrutura, buro-cracia, além do baixo nível de qualidade da educação pública, a indústria não tem condições de competir. Após tantos anos na boca dos empresários, a expressão Custo Brasil infelizmente segue sendo a que melhor sintetiza os desafios de quem quer e ousa produzir no Brasil. A prima-rização de nossa pauta de exportações é

outro sinal de alerta nesse sentido.Iniciativas que tiram dos Estados a

capacidade de oferecer estímulos para di-namizar a economia regional, como a re-solução que unifica as alíquotas do ICMS interestadual, não atacam a causa da desindustrialização. Reduzir a autonomia dos Estados é o mesmo que aumentar os poderes da União. Além disso, o projeto em questão vai concentrar ainda mais a movimentação portuária nacional e pena-lizar os Estados que investiram na moder-nização de seus portos, enquanto diversas outras distorções tributárias ocultas ou disfarçadas, inclusive proporcionadas pelo governo federal, seguirão atraindo empre-sas a diferentes regiões do país.

Embora os portos catarinenses te-nham elevado sua participação no total das importações brasileiras, São Paulo, que concentra a maior parte da corrente de comércio do país, importou em 2011 quase quatro vezes o total de bens de consumo de Santa Catarina. Dizer que o ganho de participação catarinense na movimentação de cargas é apenas reflexo

dos incentivos fiscais é desconhecer que nos últimos dez anos a iniciativa privada investiu nos terminais do Estado R$ 1,2 bilhão, conferindo, em nível nacional, sin-gular competitividade a esses portos.

A harmonização das alíquotas do ICMS interestadual por meio de um re-gime de transição, conforme sinalizado pelo Ministério da Fazenda, é importante para que os Estados e as indústrias impor-tadoras possam se ajustar. O mais impor-tante, contudo, é que nesse meio tempo sejam encaminhadas medidas objetivas para corrigir os problemas estruturais que tiram a competitividade das indústrias da porta da fábrica para fora, dando condi-ções isonômicas de competição a quem produz no Brasil. Se a atual discussão so-bre a desindustrialização não colocar as reformas estruturais de uma vez por todas na agenda do país, o termo Custo Brasil acabará explicando porque abrimos mão de nossa indústria.

*Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc)

A desindustrializaçãoe a agenda nacional

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O faturamento em abril da in-dústria de máquinas e equipa-mentos apresentou resultado negativo em relação a março

-16,1%, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior (-5,8%), reduzindo as-sim o crescimento acumulado no ano para (+1,6%). O resultado do faturamento inter-no acumulado no ano, entretanto, já apre-senta queda (-4,6%), demonstrando que o crescimento acumulado no ano de 2012 é reflexo do crescimento do volume das ex-portações, em grande parte inter-company.

Balança ComercialAs exportações acumulam crescimen-

to no ano (+14,8%), porém a comparação com o mês imediatamente anterior apre-sentou queda (-16,8%) amenizada pelo forte desempenho dos setores: Maquinas para Indústria de Transformação (+75,1%) e Maquinas para Logística e Construção Civil (+24,2%). A queda nas exportações reflete a desaceleração do crescimento dos demais setores, que em média varia-ram (+3,5%). O resultado das importações também foi de queda contra o mês de mar-ço/2012 (-3,9%), mas acumula no ano um crescimento de +9,9%. Tal resultado redu-ziu o ritmo de crescimento do déficit da balança comercial, mas não impediu seu crescimento (+6,8%), na comparação de janeiro a abril entre 2012 e 2011, fechan-do o período em US$ 5.897 milhões.

Consumo AparenteO consumo aparente fechou o mês

em R$ 8,7 bilhões, caindo assim -6,1% em relação a março e acumulando no ano um resultado de R$ 34,6 bilhões, +7,6% acima do mesmo período do ano anterior. A queda do faturamento in-terno levou a uma redução no market share da produção nacional, passando de 33,7% (jan-abr/2011) para 27,0% (jan-abr/2012). Esses números reforçam o argumento de que os resultados po-sitivos e inexpressivos do setor são em grande parte alavancados pelas exporta-ções, ao passo que a demanda interna passa a desacelerar e o mercado torna-se menor, sendo suprido pelas importações. A media mensal do nível de utilização de capacidade instalada (NUCI) caiu para 77,0% no presente mês, apresentando queda de -6,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, soman-do assim o 4º resultado negativo do ano.

O numero médio de semanas para atendimento dos pedidos em carteira teve uma queda de -10,0%, fechando em 16 semanas, mantendo assim sua ten-dência de queda.

Faturamento cai 16% e Emprego tem 3ª queda consecutiva no ano

BalançoMáquinas

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Alimentando o plástico

Indústria alimentícia é destaque no consumo de plástico e fecha 2011 com saldo positivo na balança comercial.

DESTAQUE

Indústria da Alimentação

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Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria da Alimenta-ção (ABIA), Edmundo Klotz, apesar da crise econômica mundial e das

dificuldades enfrentadas no ano passado, o setor cresceu 5% em faturamento, sal-tando de R$ 330,6 bilhões em 2010 para R$ 383,3 bilhões em 2011. Ele destaca ainda que na balança comercial, a indús-tria de alimentos também foi mais uma vez fundamental para o “equilíbrio das contas do país”. O segmento exportou US$ 44,8 bilhões e importou US$ 5,9 bilhões, com-putando um saldo positivo de US$ 38,9 bilhões. “O maior entre todos os setores da indústria brasileira e cerca de US$ 9 bi-lhões acima do saldo acumulado do Brasil, que foi de US$ 29,8 bilhões”, observa o presidente, no editorial publicado no Ba-lanço Anual de 2011 da ABIA.

Em um ano de grandes dificuldades para os transformadores de plástico, esta boa performance da indústria nacional da alimentação foi de grande importân-cia, principalmente para os produtores de embalagens que também têm sofri-

do com a concorrência internacional. O setor alimentício é um dos mais repre-sentativos da indústria do plástico. Con-forme o último levantamento realizado pela Associação da Indústria do Plástico (Abiplast), o segmento foi responsável

Presidente da ABIA, Edmundo Klotz, destaca o bom desempenho da indústria alimentícia no

decorrer do ano de 2011

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pelo consumo de 25,9% da produção de transformados brasileiros do setor.

O presidente da Associação da In-dústria de Embalagens Flexíveis (Abief), Alfredo Schmitt, comenta que a indústria de alimentos sempre foi um importante cliente dos produtores de embalagens em geral. No caso dos flexíveis, ele destaca que esta realidade não é diferente. Estima que este setor consome entre 50% e 60% da produção total de embalagens plásti-cas flexíveis. “Eu diria que, dos mais de 3 mil transformadores de embalagens plás-ticas flexíveis, a grande maioria fornece em maior ou menor escala produtos para a indústria de alimentos”, acrescenta.

De acordo com a Abief a indústria de embalagens flexíveis fechou o ano pas-sado com um crescimento praticamente igual ao aumento do PIB nacional. Teve uma alta em volume e em faturamento ao redor de 3,2% sobre os números registra-dos em 2010, “quando o setor processou 1,790 milhão de toneladas de resinas e fa-turou quase R$ 11 bilhões (contra R$ 8,8 bilhões em 2009)”, acrescenta Schmitt. Os números de 2010 representam um aumen-to de 18,8% na produção e de 0,8% no preço médio em relação a 2009.

Quanto aos tipos de resinas utiliza-dos no período, uma pesquisa realizada pela Maxiquim, encomendada pela Abief, detectou que o polietileno linear de bai-xa densidade (PEBDL) continua líder com 40% de participação, seguido pelo po-lietileno de baixa densidade (PEBD) com 24%. O polipropileno (PP) e o polietileno de alta densidade (PEAD) ficaram cada um com uma participação de 18%. Em 2010 as embalagens flexíveis foram responsá-veis pelo consumo de 79% de todo o PEBD produzido no país, 89% de todo o PEBDL, 33% de todo PEAD e 22% de todo o PP.

Segundo a Abief, em 2011 a participação ficou bem similar.

Ainda de acordo com a pesquisa, a produção per capita de embalagens plás-ticas flexíveis passou de 8,1 quilos/habi-tante em 2009 para 9,6 quilos/habitante em 2010. A indústria de alimentos conti-nua sendo o principal cliente do setor com um consumo de 565 mil toneladas de re-sinas. Na seqüência vêm aplicações indus-triais com 370 mil toneladas, varejo com 354 mil, bebidas 120 mil, higiene pessoal e cosméticos 74 mil, pet food 60 mil e limpeza doméstica 40 mil.

Assim como ocorre com outros seg-mentos de transformados plásticos a ba-lança comercial da área de embalagens flexíveis também se manteve deficitária em 2011. Segundo os números divulgados pela Abief o déficit foi de US$ 335 milhões no período de janeiro a outubro, estima-do em US$ 400 milhões no final do ano. As importações de transformados flexíveis nesse período (janeiro a outubro), em comparação ao mesmo período de 2010,

aumentaram 17,5%. Já as exportações, em igual período, cresceram 11%. “Sem dúvi-da, as importações continuam sendo uma forte ameaça aos produtores locais e uma ameaça ainda maior à macro economia, por conta do perigo da desindustrializa-ção”, desabafa o presidente.

FórumCom objetivo de auxiliar as empre-

sas do setor a Abief tem desenvolvido vá-rias atividades, entre elas Schmitt desta-ca a realização do Flex 2012 – III Fórum Latino-Americano de Embalagens Plásti-cas Flexíveis, no dia 13 de Junho, no Ho-tel Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo. O presidente fala que o evento, que acontecerá no segundo dia da feira Fispal Tecnologia, terá como tema cen-tral “Recriando Valor para as Embalagens na Era do Relacionamento”. O dirigente salienta que o consultor, fundador e dire-tor presidente do Instituto de Marketing Industrial, José Carlos Teixeira Moreira, confirmou sua participação e abordará o uso do marketing B2B a favor da indús-tria, citando cases do mundo corporativo e incitando os participantes a pensarem em seus próprios negócios.

Outro importante palestrante do evento é Guilherme Brammer, fundador e presidente da Wise Waste, resultado da união de mais de 16 grandes empresas do setor, que possuem tecnologias avan-çadas de reciclagem, logística reversa e realizam pesquisas e desenvolvimento de novas soluções para a área. Em sua pales-tra Brammer falará sobre o empreendedo-rismo inerente a esta empresa e de cases de logística reversa aplicada à indústria de embalagens flexíveis.

Também estão confirmadas as pa-lestras de Otávio Carvalho, da Maxiquim, que apresentará dados de uma pesquisa mercadológica feita com exclusividade

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Acima: Alfredo Schmitt, da Abief, observa a importância do setor da alimentação para os convertedores de plástico

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Indústria da Alimentação

Abaixo: área da alimentação consumiu 565 mil toneladas de embalgens plásticas flexíveis em 2010

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para a Abief e que radiografa os mer-cados nos países ABC (Argentina, Brasil e Chile) e Tatiana Pomar e Lilian Alves, da JÁ Rezende que irão falar “A cobran-ça na Web 2.0: um relacionamento mul-

ticanal”. O evento terá como mediador Carlos Zardo, da agência de branding e embalagens, Mais Packing. A programa-ção do Flex 2012 pode ser conferida no site www.abief.org.br.

ExtrusãoA importância da indústria alimen-

tícia também é destaca pelos produto-res de extrusoras de filmes. A direção da Carnevalli comenta que a produção de embalagens para alimentos é a principal utilização das máquinas comercializadas pela empresa.

Para a Rulli, mais de 80% dos seus equipamentos de extrusão de filmes são destinados para produção de embalagens para a indústria alimentícia. “Desde fil-mes técnicos comuns até filmes de alta performance e barreira em extrusoras de até três camadas. Já nas co-extrusoras acima de cinco camadas, 100% dos fil-mes são utilizados pela indústria ali-mentícia”, informa o gerente técnico da empresa, Carlos Alberto de Brito.

Grande parte das extrusoras da Rulli são destinadas para produção de embalagens de alimentos

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As empresas também têm em comum o mercado nacional como foco da vendas. O diretor comercial da Carnevalli, Wilson Carnevalli Filho, fala que o mercado bra-sileiro responde por 80% das vendas da indústria e comenta que o aumento das exportações depende de principalmente das questões cambiais. O caso da Rulli também é semelhante. De acordo com Brito, durante o período em que o dólar estava com a cotação baixa, o mercado doméstico representou em torno de 90% das vendas da empresa, “enquanto que as exportações oscilaram”, acrescenta.

Parque defasadoApesar das indústrias de máquinas

registrarem crescimento nas vendas, o Brasil ainda conta com um parque indus-trial que tira a competitividade das em-presas. De acordo com o gerente técnico da Rulli, muitas empresas ainda operam com máquinas defasadas e obsoletas, “trabalham com custos bastante elevados não só pela baixa produtividade como pelo alto consumo de energia, retraba-lho e qualidade que em alguns casos não atende às atuais exigências de mercado”, acrescenta Brito. Wilson Carnevalli Filho confirma a necessidade de melhoria dos equipamentos nos quesitos de qualidade, produtividade e redução de energia.

Outra característica marcante do seg-mento que perdura há alguns anos é utili-zação de extrusoras monocamadas. A ven-da de co-extrusoras atualmente representa menos de 40% do mercado. Este pode ser mais um elemento que pode afetar a com-petitividade das empresas do setor. Segun-do o diretor da Carnevalli, a co-extrusão oferece maior competitividade, rentabili-dade, resistencia mecânica, soldabilidade. Além da redução de espessura, melhores

qualidades óticas, maior confiabilidade e “possibilidades de atender mercados de embalagens mais sofisticados”, comple-menta Carnevalli Filho.

Brito da Rulli, comenta que o mer-cado nacional ainda absorve mais equipa-mentos monocamadas, “o cenário pouco mudou, a procura por co-extrusoras redu-ziu ainda mais”, salienta. Ele explica que nas monocamadas só é possível fabricar filmes com propriedades físicas e ópticas aproximadamente iguais nas duas faces do filme e não existe a possibilidade de se produzir filmes barreira. Já nas co-ex-trusoras o gerente observa que, “podemos obter diferentes propriedades e caracte-rísticas em cada uma das camadas, tanto nas camadas externas quanto nas camadas internas”. O executivo destaca ainda que estas máquinas podem fabricar embala-gens com rigidez, brilho, com alta barrei-ra tanto a gases e umidade e filmes com diferentes cores nas duas camadas exter-nas. “Além do fato de poder produzir fil-mes com excelentes propriedades de solda em uma camada utilizando matéria prima nobre, com espessuras bastante delgadas melhorando significativamente a soldabi-lidade com redução do custo”, acrescenta.

O engenheiro explica que a co--extrusora permite a produção, simulta-neamente, de uma camada externa com brilho e transparência bastante superio-res, com materiais nobres, em espessuras finas. Permite que a rigidez do filme e outras propriedades possam ser alteradas de forma simultânea, “de forma a garantir

a melhor performance destes na embala-gem final”. Acrescenta que as co-extruso-ras com mais de cinco camadas atendem principalmente ao mercado de produtos que exigem barreira a gases e umidade.

NovidadeCiente desta característica do merca-

do nacional, o diretor comercial da Car-nevalli informa que a empresa está apre-sentando inovações tecnológicas nas suas monocadamas. Explica que lançou para o mercado interno e externo linhas de extru-soras “versáteis e com excelente plastifi-cação, nas mais variadas misturas ricas de materiais, econômicas e com apelo eco-lógico”. Segundo as máquinas apresentam uma economia de energia de até 15% e um plus de até 30% a mais na produção.

As últimas novidades da Carnevalli na área de co-extrusão, são as linhas de filmes soprados, “de uma flexibilidade ele-vadíssima, de até 9 camadas com barreira necessária para alguns produtos que exi-gem um shelf-life maior”, comenta o di-retor comercial. Conforme são indicadas para produção de embalagens para stand--up pouch, congelados, embutidos, lácte-os, legumes, ração, químicos, laminados, entre outros.

O gerente técnico da Rulli informa que a empresa tem focado no aperfeiçoamento no controle automático de espessura e do aumento da produtividade. Como novidade, Brito cita o desenvolvimento de alguns ti-pos de resinas especiais que melhoram o desempenho dos filmes no empacotamen-to, “aumentam a velocidade de trabalho e em alguns até reduzem custos por ser pos-sível reduzir a espessura final”, observa.

Matéria-primaNão é só o pessoal do setor de má-

quinas que está atento à importância e ao crescimento da participação do plástico na indústria da alimentação. O segmento de matérias-primas também está de olho neste mercado, desenvolvendo pesquisas e apresentando novidades para este setor. De acordo o gerente de marketing e servi-ços técnicos da Cabot Brasil, Wagner Paulo

DESTAQUE Indústria da Alimentação

Indústria da Alimentação

Bordonco informa que produtos da Cabot atendem as exigências das legilações vigentes

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Bordonco, a vida moderna tem nos solici-tado, a cada instante, o desenvolvimento de produtos e processos que atendam esta demanda crescente e o plástico tem cum-prido com o seu papel, suprindo as neces-sidades da sociedade .

Neste sentido, Bordonco informa que a Cabot tem feito a sua parte, desenvol-vendo produtos adequados às exigências do mercado e às normas vigentes. Especi-ficamente para o setor de alimentos, a em-presa vem fabricando um dos aditivos da cadeia produtora do plástico: o pigmento Negro de Fumo, “além de uma família de produtos que cumprem com as normas bra-sileiras para a fabricação de embalagens para alimentos”, salienta.

O executivo destaca que para a em-presa é primordial que seus produtos atendam às legislações, permitindo que o consumidor possa adquirir alimentos embalados de forma adequada, sem que os componentes da embalagem afetem a qualidade do produto. oferecer ao consu-midor. “Por este motivo temos, há mais de

uma década, uma linha de produtos que cumpre com as exigências da indústria ali-mentícia”, salienta.

Além da pigmentação, o negro de fumo é usado como barreira à luz (opaci-dade). “Na fabricação de várias embala-gens, esta propriedade permite que o pro-duto embalado tenha uma validade maior, como no caso das garrafas e dos filmes para leite”, exemplifica Bordonco.

Novas exigênciasSegundo o gerente, muitos fabrican-

tes de alimentos, após a recente atualiza-ção das normas de embalagens ( ANVISA resolução 52/10), solicitaram aos seus fornecedores, laudos de que os componen-tes usados na fabricação das embalagens cumprissem integralmente com a legisla-ção. Neste sentido, a Cabot submeteu uma lista de produtos e informações técnicas/ laboratoriais ao CETEA que, recentemente, analisou e emitiu o laudo, “confirmando que os nossos produtos atendem comple-tamente à norma brasileira”, observa.

Bordonco apresenta e comenta os produtos que foram analisados: Elftex TP, oferece proteção UV, propriedades orga-nolépticas e baixa absorção de umidade em compostos; Elftex 570, apresenta bom poder de cobertura, intensidade de cor e proteção UV; Elftex P100, oferece baixa absorção de umidade em compostos, pro-teção UV e propriedades organolépticas; BP 800, permite alto brilho e poder tin-tóreo, sub ton azulado; Monarch 800, re-comendado para resinas na forma física de “pó” e sistemas de dispersão de baixa ge-ração de energia; BP 4350, oferece grande dispersão e diluição. Este produto também atende a norma FDA, informa o gerente.

“Garantimos aos nossos clientes dire-tos e indiretos que o nosso negro de fumo proporciona as propriedades de pigmentação e opacidade, quando necessárias, na fabri-cação de embalagens, produtos injetados ou moldados para contato com alimentos, e que os produtos acima citados cumprem com as normas vigentes”, conclui o gerente, destacando as metas da empresa. PS

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Governo do Estado regulamenta utilização de sacolas plásticas no RS

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul regulamentou a Lei 13.272, que prevê a proibição do uso de sacolas plás-ticas por supermercados e outras casas de comércio fora dos padrões estabelecidos pela norma 14.937 da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. As deter-minações da lei permitem que haja uma natural redução na circulação de sacolas plásticas, pois a norma estabelece que apenas materiais mais resistentes e capa-zes de suportar mais peso sejam utilizados em sua fabricação.

O Simplás – Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho comemora o decreto. Na avaliação do pre-sidente da entidade, Orlando Marin, a lei fundamenta a importância do consumo responsável do plástico, valorizando tam-bém a cadeia produtiva envolvida. “Essa lei vem ao encontro da política que de-fendemos. O vilão do meio ambiente não é a sacola plástica e sim o desperdício e o

descarte inadequado. Primamos pela cons-cientização”, considerou.

A Lei 13272 é uma decisão tomada pelo governo após vários debates sobre a utilização das sacolas plásticas, que en-volveram diversos setores da sociedade, como ambientalistas, representantes das indústrias e a AGAS – Associação Gaúcha de Supermercados. Em recente pesquisa encomendada pela entidade, mais de 80% dos gaúchos se posicionaram contra a re-tirada das sacolas plásticas de circulação.

Braskem e Planticcriam nova embalagem

A Braskem e a Plantic Technologies fecharam acordo para o uso do plástico verde nas embalagens da linha de produ-tos eco Plastic™. Produzidas pela Plantic, esta embalagem é considerada a primeira ultraprotetora, feita com material de ori-gem renovável. A utilização do plástico verde, produzido pela Braskem, aumentará o conteúdo renovável do eco Plastic™ para mais de 90% sem comprometer as pro-priedades de proteção já oferecidas pela

embalagem. O grande diferencial do po-lietileno feito a partir da cana-de-açúcar é capturar e fixar até 2,5 toneladas de gás carbônico (CO2) da atmosfera para cada tonelada produzida.

Cadeia solidáriado PET chega ao RS

Mais de 45 mil pessoas devem ser beneficiadas direta e indiretamente pelo repasse do governo federal de R$ 3,37 milhões destinados à Cadeia Solidária Binacional do PET. O vice-governador do Estado, Beto Grill, e o secretário da Eco-nomia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe), Maurício Dziedricki, assinaram convênio, em Porto Alegre, para viabilizar a aquisição de máquinas neces-sárias à implantação dos polos de bene-ficiamento de matérias-primas recicláveis em três regiões: Sul, Vale do Rio Pardo e Vale dos Sinos."É um projeto estratégico para que as pessoas possam se emanci-par", destacou Grill, dizendo que a inicia-tiva é resultado de acordo com o governo do Uruguai. A diretora do Departamento

Foco no Verde

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de Incentivo e Fomento à Economia So-lidária (Difesol), Nelsa Fabian Nespolo, explicou que parte do processo de reci-clagem das garrafas PET será feito no RS. Depois, os materiais passam por beneficia-mento no Uruguai e em Minas Gerais até voltar ao Estado. A meta é que cada polo no RS produza 200 toneladas por mês de flake, produto do PET. O tecido feito do plástico pode ser usado em uniformes, cal-çados e mochilas. A cadeia PET permitirá aos trabalhadores elevar em 50% ganhos que hoje ficam entre um e três salários mí-nimos. Cerca de 200 cooperativas atuam no RS, com 40 mil catadores.

Livro é publicado em papel sintético feitode plásticos reciclados

Foi lançado o livro infantojuvenil “Guerra e Paz”, de Eraldo Miranda, ins-pirado nos painéis de Candido Portina-ri, um dos artistas mais prestigiados do país e um dos maiores pintores brasilei-ros de todos os tempos.

Editada pela Cria Mineira, a obra, foi desenvolvida especialmente para as crian-ças e tem uma preocupação em conscienti-zar os pequenos sobre questões ecológicas e de direitos humanos. E, como reforço à essa ideia, utiliza o Vitopaper®, papel sin-tético criado de diversos tipos de plásticos reciclados com tecnologia 100% Brasileira da Vitopel. Unindo sustentabilidade e alta qualidade visual, “Guerra e Paz” editado em Vitopaper® é cem por cento reciclável, extremamente resistente e possui textura agradável ao toque. Levando-se em con-sideração que o produto é desenvolvido

especialmente para o público infantil, o papel sintético feito de plásticos recicla-dos é difícil de rasgar e resiste à água.O Vitopaper® incentiva a coleta seletiva no Brasil, já que para cada tonelada produzida do material são retirados das ruas e lixões cerca de 850 quilos de resíduos plásticos.

Desde que o Vitopaper® foi lançado, no final de 2009, diversas parcerias já foram realizadas pela Vitopel para o fornecimento do material, entre elas, com o Centro Paula Souza (para impressão de livros didáticos a serem usados nas ETECs e FATECs), Braskem (Relatório Anual), Instituto de Embalagens (livros), revista Lounge (LTM Editora), ca-tálogos de produtos, medicamentos e car-tilhas, entre outros. “O principal objetivo com a criação do Vitopaper® foi fomentar a reciclagem do plástico flexível e foi algo inédito para o mercado, principalmente quando levamos em consideração que o nosso produto final é um papel da mais perfeita qualidade”, afirma Christian Al-meida, gerente de marketing e planeja-mento estratégico da Vitopel.

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Soluções adesivas integramportfólio da Dow para embalagens

Para aproximar as unidades de negócios que atendem ao mercado de embalagens, a Dow criou, como parte da divisão de Plásticos de Performance, a área de Adhesives & Functio-nal Materials (A&FM). A decisão estratégica de estabelecer essa nova estrutura deve-se ao fato de que a maioria dos pro-dutos adesivos pode ser aplicada nas soluções de polietileno desenvolvidas pela unidade de Food and Specialty Packaging (F&SP), o que abre inúmeras possibilidades de inovação e de trabalhos em sinergia. “Essa configuração nos permite oferecer alternativas completas aos convertedores e proprie-tários de marcas. Ao trabalharmos em sintonia com toda a cadeia produtiva, passamos a conhecer melhor as necessida-des do consumidor final e desenvolver opções conjuntas para atendê-lo”, destaca Andrés Salgado, gerente de marketing de A&FM para a América Latina.

O portfólio da Dow conta com marcas de adesivos re-nomadas no mercado, entre as quais, ADCOTE™ (base sol-vente), MOR-FREE™ (solventless) e ROBOND™ (base água). “Cada uma dessas linhas inclui opções que foram desenvol-vidas para proporcionar um desempenho capaz de oferecer produtos de alta qualidade, níveis de eficiência que possibi-litam redução de custos com estruturas e processos, além de sustentabilidade”, explica Marcelo Oyola, líder de aplicações técnicas de A&FM para a América Latina.

Braskem bate recorde de produçãode polipropileno no Brasil

A Braskem atingiu recorde histórico de produção de po-lipropileno em suas fábricas brasileiras no mês de março. Se-gunda resina mais utilizada em todo o mundo, o polipropileno é empregado em inúmeras aplicações, desde embalagens de produtos comestíveis a peças automotivas. Juntas, as unidades da Braskem produziram 150.621 toneladas de PP no mês passa-do. O recorde anterior, registrado em outubro de 2010, era de 150.270 toneladas. A Braskem possui unidades industriais para a produção de PP em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia. Seguindo os bons resultados, a planta de polipropi-leno (PP) em Paulínia (SP) produziu 32.704 toneladas de PP em março, também recorde na unidade, que completa quatro anos neste mês. A planta de Paulínia tem capacidade nominal total de produção de 300.000 toneladas por ano. A marca atingida em março já projeta uma capacidade de produção anual acima da prevista no projeto.

AkzoNobel pintarácobertura do Maracanã

A AkzoNobel, a maior companhia global de tintas e revesti-mentos e uma das principais fabricantes de especialidades quími-cas, fornecerá o revestimento para a cobertura do estádio do Ma-racanã, no Rio de Janeiro (RJ). Além de garantir sua participação na reforma do maior templo do futebol brasileiro, a AkzoNobel também irá pintar o mezanino da nova Arena do Grêmio em Porto Alegre (RS).

“O Brasil é um dos nossos principais mercados de alto cres-cimento. Estamos totalmente focados em aproveitar as oportuni-dades oferecidas pela posição de destaque que o Brasil ocupará nos principais eventos esportivos do mundo nos próximos anos”, disse Jaap de Jong, presidente da AkzoNobel Brasil.

BASF adquire o negócio de polímerosde poliamida da Mazzaferro

A BASF anunciou que adquiriu o negócio de polímeros de poliamida (PA) do Grupo Mazzaferro no Brasil. Com isso, a BASF está fortalecendo ainda mais sua posição no mercado de plásticos de engenharia e polímeros de poliamida na América do Sul. Faz parte do acordo não divulgar detalhes financeiros da transação. A aquisição inclui uma unidade administrativa e produtiva em São Bernardo do Campo, SP, com produção local da linha de PA6, bem como compostos de plásticos de engenharia. A fábrica de poli-merização tem capacidade produtiva de aproximadamente 20.000 toneladas métricas por ano. Cerca de 100 colaboradores serão transferidos para a BASF.

Os negócios de monofilamentos, equipamentos para pesca e utilidades domésticas da Mazzaferro não fazem parte da tran-sação e terão continuidade nas unidades produtivas de Diade-ma e São Paulo. A transação ainda está sujeita à aprovação das autoridades brasileiras.

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Na balança comercial da química, resina é o produto mais exportado

O déficit da balança comercial de produtos químicos chegou a US$ 5,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano, equivalente a um aumento de 13,9% em relação ao mesmo período de 2011, de acordo com o RECE – Relatório Estatís-tico de Comércio Exterior – divulgado pela Abiquim. De janeiro a março de 2012, o Brasil importou US$ 9,3 bilhões e exportou US$ 3,6 bilhões em produtos químicos. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, as importa-ções aumentaram 10,6% e as exporta-ções cresceram 5,9%. No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit é de mais de US$ 27,2 bilhões. Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abi-quim, Denise Naranjo, o combate contra o aumento significativo do déficit do setor passa pela necessidade de ganho de competitividade e de defesa da indústria. “O sucesso dos Conselhos de Competiti-vidade estabelecidos no âmbito do Plano Brasil Maior, as medidas anunciadas pelo Governo para desoneração tributária em importantes cadeias produtivas, e o fim da ‘guerra fiscal’ pela qual alguns estados concedem vantagens às importações são fundamentais para a inversão do cres-cente déficit do setor químico”, salienta Denise. Os produtos químicos mais im-portados no 1º trimestre de 2012 foram os intermediários para fertilizantes, com crescimento de 15,1%, chegando a US$ 1,4 bilhão. O item mais exportado pelo País foi o de resinas termoplásticas, com vendas de US$ 570,8 milhões no mesmo período, aumento de 5,2% em relação ao 1º trimestre de 2011.

PETtalk também vai falar de cerveja em PET Para debater o mercado de cervejas no Brasil e as novas apresentações para

o produto, a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) terá, durante a I Conferência Internacional da indústria do PET, a presença de líderes no mercado mundial de cerveja, como a Heineken, além da Canadean, que trarão informações sobre o mercado brasileiro e sul-americano da bebida.

A I Conferência Internacional da Indústria do PET acontece em 11 e 12 de ju-nho, no Hotel Renaissance, em São Paulo. Já confirmaram presença ainda, muitas outras empresas de renome internacional, que dominam as tecnologias do setor.

Reajuste emSanta Catarina

Conforme o jornal catarinense A Tribuna, os mais de oito mil trabalhado-res das indústrias plásticas de Criciúma e região terão 10% de reajuste em seus salários, retroativos a abril, data base da categoria. Com inflação de 4,97% no período, os profissionais terão 5,03% de aumento real. “Sem sombra de dúvidas é o melhor acordo coletivo entre todas as categorias no Estado e, possivelmente, no país, pois não se tem informação de trabalhadores que tenham recebido mais que o dobro da inflação como reajuste”, define Carlos de Cordes, o Dé, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas In-

dústrias Plásticas, Químicas e Farmacêu-ticas de Criciúma e Região. Conforme o periódico, a proposta patronal de reajuste de 10% é resultado de mais de um mês de negociações. A mobilização da catego-ria dentro das fábricas e a diretoria se mantendo irredutível na mesa de nego-ciações, segundo o líder sindical, foram fundamentais para consolidar o melhor acordo coletivo da história, de quase 30 anos do sindicato. Além do reajuste, os trabalhadores têm direito a um abono de R$ 500,00, em duas parcelas, nos meses de junho e julho. “São mais R$ 4 milhões que a categoria vai injetar na economia da região, apenas com este abono”, res-salta Carlos de Cordes.

Adirplast espera o fim da guerra dos portosO Projeto de Resolução 72, que estabelece uma alíquota única de 4% do

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para produtos importa-dos ou que usem mais de 40% de matéria-prima importada durante o processo de industrialização, passou pelo Senado e segue para promulgação no Diário Oficial da União. Pelo menos na teoria, a medida, que passa a valer a partir de 2013, deve acabar com os benefícios fiscais concedidos por alguns Estados, como Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás, que promoviam a chamada Guerra dos Portos no País. Segundo Laercio Gonçalves, presidente da ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Bobinas Plásticas de BOPP e BOPET), essa e outras medidas capazes de inibir a concorrência desleal entre produtos importados e nacionais devem beneficiar, não apenas a petroquímica local, que no ano passado sofreu com a perda de 3% da demanda interna para os produtos trazidos de fora, mas principalmente toda a cadeia produtiva instalada no País. “O elo de transfor-mação, por exemplo, tem travado uma batalha constante. Em 2011, a demanda por produtos plásticos prontos cresceu 20% e deve continuar crescendo. Mas, sem al-guns benefícios fiscais oferecidos por estados como Santa Catarina e Espírito Santo aos importados, as empresas nacionais poderão voltar a competir”, afirma.

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MVC e M. Rochainiciam construção de436 casas em Japeri

A MVC, empresa brasileira líder no desenvolvimento de produtos e soluções em plásticos de engenharia e pertencente ao Grupo Artecola e à Marcopolo, será a fornecedora das 436 casas que serão construídas no município de Japeri, Es-tado do Rio de Janeiro, em parceria com a Construtora M.Rocha. O contrato foi firmado com a Caixa Econômica Federal, dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida, destinado a famílias com renda na faixa de 0 a 3 salários, onde está o maior déficit habitacional do Brasil. As primei-ras unidades começarão a ser entregues no mês de julho, terão área construída de 37,8 m² e contam com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro, lavanderia e área de serviço, além de jardim e quintal.

A CasaPrática da MVC foi a escolhida para o projeto pelo elevado padrão de

Nova diretoria da Abint assume comfoco no fortalecimento do setor

Assumiu recentemente a nova diretoria da Associação Brasileira das Indús-trias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos (Abint), entidade com 20 anos de trabalhos à frente deste setor. O novo presidente é o engenheiro Wagner Souto Carvalho, que ocupará o cargo nos próximos dois anos. Segundo Carvalho, a nova gestão terá como prioridade o fortalecimento do setor no país. “Precisamos promover as novas aplicações e ampliar o consumo no mercado interno”, completa o execu-tivo. Mestre em engenharia de materiais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Wagner Souto Carvalho é atualmente gerente comercial da paranaense Companhia Providência, onde trabalha há 16 anos. Atua no setor desde 1988, quando trabalhou para a Johnson & Johnson. A vice-presidência será ocupada pelo diretor administrativo e financeiro da Polystar, José Diego Benito Lorenzo Lastra.Os nãotecidos e tecidos técnicos estão presentes em diversas cadeias produtivas, tais como: fraldas, absorventes femininos, lenços umedecidos, calçados, obras de construção civil/infraestrutura, filtros, vestuário médico-hospitalar, automóveis, big bags, embalagens, roupas de segurança, lonas e coberturas arquitetônicas.

Setor de compósitos faturou R$ 733 milhõesno primeiro trimestre

O setor brasileiro de materiais com-pósitos faturou R$ 733 milhões no primei-ro trimestre, alta de 1,6% em comparação ao último trimestre de 2011. Frente a igual período do ano passado, o crescimento foi de 2,5%. Os números são da Maxiquim, consultoria contratada pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósi-tos (ALMACO).Em termos de volume de matérias-primas consumidas, houve um recuo de 6,9%, totalizando 55.400 tonela-das, mas um aumento de 18,3% se levado em conta o primeiro trimestre de 2011. “Os moldadores de compósitos viraram o ano com estoques elevados, daí porque esse descompasso entre faturamento e consumo”, avalia Gilmar Lima, presidente da ALMACO. A demanda de matérias--primas, aliás, também foi afetada pelo crescimento dos processos automatizados, que apresentam índices de desperdício bem menores do que os manuais. Segundo o levantamento da Maxiquim, a participa-ção da moldagem manual no Brasil caiu de 55% em 2010 para 51% no ano passado. “É uma tendência global e irreversível, sus-tentada basicamente por questões econô-micas e ambientais”, comenta. A pesquisa prevê ainda um salto de 5,4% na receita do setor no segundo trimestre, chegando a R$ 773 milhões. No ano, a expectativa é de faturamento de R$ 3.189 bilhões, alta de 11,8% – em volume, 224.000 toneladas (+7,9%). “Os principais responsáveis por esse crescimento serão os setores agrícola e de transporte”, detalha Lima. Em 2011, a construção civil liderou o consumo brasileiro de compósitos, com 45% do total transformado, à frente de transpor-te (18%), corrosão (12%) e saneamento (7%). As aplicações em energia eólica – são empregados compósitos especiais, baseados em resinas epóxi – consumiram 44.700 toneladas e movimentaram R$ 625 milhões. Resultantes da combinação entre resinas termofixas e reforços – fi-bras de vidro, por exemplo – os mate-riais compósitos são conhecidos pelos elevados índices de resistência mecânica e química, bem como pela versatilidade. Há mais de 40 mil aplicações cataloga-das em todo o mundo, de caixas d´água e tubos a peças de barcos e aviões.

qualidade, praticidade, baixa manutenção e rapidez, além de ser ecologicamente correta em todo o processo de constru-ção. Em vez dos materiais tradicionais, utiliza o inovador sistema Wall System, composto de estrutura metálica e painel sanduíche de lâminas em compósitos reforçados com fibra de vidro (similar ao que se usa em aviões, trailers, barcos e trens) e núcleo em EPS e gesso rígido.

Entre as vantagens em relação ao processo tradicional o sistema oferece maior velocidade de construção, du-rabilidade, resistência, flexibilidade, conforto térmico e acústico, obra limpa e desperdício zero. Adicionalmente, as paredes são fornecidas com pintura. As instalações elétricas (eletrodutos, fiação, tomadas, interruptores, quadro de distribuição e disjuntores) e hidros-sanitárias (tubos e conexões em PVC) embutidas nas paredes reduzem o custo e o tempo de execução da obra.

Bloco de Notas

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AÇÃO

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Plast Mix

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Agende-se para 2012

Plast 2012 – Salão Internacionaldo Material Plástico e da BorrachaDe 8 a 12 de maioFiera Milano - Milão (IT)www.plastonline.org

Argenplás 2012 - XIV Exposição Internacional de PlásticosDe 18 a 22 de junho Centro Costa Salguero - Prédio de Exposição de Buenos Aires(AR)Buenos Aires(AR)www.argenplas.com.ar

Interplast 2012 - Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do PlásticoDe 20 a 24 de agostoPavilhões da ExpovilleJoinville (SC)www.messebrasil.com.br

Euromold Brasil – Feira Mundial de Construtores de Moldes eFerramentas, Design eDesenvolvimento de ProdutosDe 20 a 24 de agosto

Pavilhões Expoville Joinville (SC)www.brasilmold.deE-mail: [email protected]

Metalurgia – Feira eCongresso de Tecnologiapara Fundição, Forjaria,Alumínio e Serviços18 a 21 de setembroPavilhões ExpovilleJoinville (SC)www.metalurgia.com.br

Mercopar - Feirade Subcontrataçãoe Inovação IndustrialDe 18 a 21 de outubroCentro de Feiras e Eventos Festa da UvaCaxias do Sul (RS)www.mercopar.com.br

Powergrid Brasil – Feirae Congresso de Energia(consumo eficiente)27 a 29 de novembroCentreventos Cau Hansen – Joinville (SC)www.powergridbrasil.com.br

Este livro é um guia para a prevenção e correção de defeitos em peças plásticas moldadas por injeção.

Escrito pelo especialista em injeção Julio Harada, em parceria com Marcelo Ueki, ele é ricamente ilustrado com fotos coloridas das peças, mostrando o defeito e sua solução. Defeitos como rechupes, bolhas ou manchas de queimado, riscos, injeção incompleta, etc.

Além disso, o leitor encontrará ainda informações completas sobre a teoria do

processo de moldagem por injeção, as re-lações entre as variáveis do processo e as propriedades do moldado, as propriedades dos plásticos, simulação computacional da injeção, moldagem não convencional e recomendações e cuidados para o proces-samento dos termoplásticos mais usuais.

É leitura obrigatória para todos aqueles que produzem peças plásticas por injeção.

Autores: Júlio Harada e Marcelo M. Ueki

Injeção de termoplásticos – produtividade com qualidade

AgendaAnunciantes

Activas

Apema

Argenplás

AX Plásticos

Brasfixo

Cabot

Deb’Maq

Detectores Brasil

Digitrol

Freewall

Gabiplast

Gecomp

Geremia

Haitian

Interplast

JMB Zeppellin

JR Oliveira

Matripeças

Mecanofar

Mega Steel

Met. Expoente

Multi União

Nazkom

New Imãs

NZ Cooperpolymer

Olifieri

Radial

Recicla NE

Rosciltec

Sandretto

Shini

Solvay

Trausi

Unicor

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