plasticosul #98
DESCRIPTION
PlasticoSul #98TRANSCRIPT
qui para as bandas do Rio Grande do Sul, sede da
nossa Editora, sopra o Minuano, nome dado à cor-
rente de ar que tipicamente acomete os estados
do sul. Junto a esses ventos que sopram neste inverno
intenso vêm também as boas notícias. Nesta edição, abor-
damos pelo menos dois assuntos que só trazem satisfação
ao setor plástico brasileiro.
Primeiramente, o destaque é para o Pólo Plástico Catarinense, que cresce
nos números a passos largos. O estado produz os mais variados produtos plásti-
cos, como isopor (EPS), pratos e copos descartáveis e utilidades domésticas,
mas carrega um consumo imenso de PVC para a produção de tubos e conexões.
Se este segmento não é o carro-chefe de Santa Catarina, com certeza é um dos
primeiros no topo. O fato é que o estado não pára de crescer e manifesta uma
capacidade interessante em manter-se firme no ranking de transformados plásti-
cos, o qual ocupa a segunda colocação no Brasil, perdendo somente para São
Paulo. E demonstra ainda um desejo pela primeira colocação, na medida em que
se aproxima cada vez mais do estado paulista. Já não nos cabe aqui no editorial
avaliar os motivos que levaram Santa Catarina tão longe, deixemos isso para a
reportagem das páginas internas. O fato é que ela está lá, com garra, persistência
e merecimento.
Outro assunto que gostaria de abordar nesse espaço é o sucesso da Brasilplast
2009. Corredores movimentados e estandes cheios impressionaram quem visita-
va a feira. Os que passavam pelos espaços de máquinas então, surpreendiam-se
com a satisfação dos expositores. A crise parece ter ido para bem longe. Otimis-
mo? Pode ser. Mas preferimos ser otimistas e ver girar o dinheiro do mercado
através de negócios, compras e vendas, do que frearmos o consumo à espera de
um amanhã incerto e com isso travar o setor, a economia e as nossas vidas. O
otimismo move montanhas. E movimenta a economia. Parabéns aos que não
esmoreceram e estavam lá, tentando vender, fazer negócios e crescer. E parabéns
também aos que lá foram para comprar, investir e apostar. É assim que se cresce:
a união faz a força do setor. Boa leitura!
Melina Gonçalves - Editora
As boas novas queo vento traz
A
ihvcwshdvcsdvcudbvcsjh
///Carta ao leitor ED
ITO
RIA
L0
3P
lást
ico S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
9
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
pwshdv
Plástico SulConceitual Presswww.plasticosul.com.brAv. Protásio Alves , 3032 / 303
CEP 90.410-007 - Porto Alegre - RS
Fone: 51 3062.4569
Fax: 51 3062.4569
Diretora:
Sílvia Viale Silva
Editor:
Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844
Coordenador Editorial:
Júlio Sortica
Redação:
Júlio Sortica e Melina Gonçalves
Departamento Financeiro:
Rosana Mandrácio
Departamento Comercial:
Débora Moreira e Sandra Tesch
Representante em Nova Iorque
(EUA): Rossana Sanchez
Representante em Caxias do Sul:
Nédy Conde (54 9126.9937)
Design Gráfico & Criação Publicitária:
José Francisco Alves (51 9941.5777)
Plástico Sul é uma publicação da editora
Conceitual Press, destinada às indústrias
produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª
geração petroquímica nos Estados da Região Sul e
no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos
04
EX
PE
DIE
NTE
ihvcwshdvcsdvcudbvcsjh
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
9
ANATECPUBLICAÇÕES SEGMENTADAS
Div
ulga
ção/
PS
SU
MÁ
RIO
03 Editorial/// Carta ao Leitor
06 EntrevistaEvaristo Nascimento
fala sobre a Brasiplast.
16 Caderno SimpescConheça melhor o
Sindicato catarinense.
20 Especial/// Pólo Plástico Catarinense
Como se manter grande?
30 Eventos/// Brasilplast 2009
A feira supera
as expectativas
44 Destaque/// Sopradoras
O mercado e
suas inovações
51 Bloco de NotasAs últimas
notícias do setor
30
/// Plástico
Sul # 98 -Maio de 2009
pertinentes à área, entidades representativas,
eventos, seminários, congressos, fóruns,
exposições e imprensa em geral.
Opiniões expressas em artigos assinados não
correspondem necessariamente àquelas adotadas
pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução
de matérias publicadas desde que citada a fonte.
Tiragem: 8.000 exemplares.
Filiada à
ANATEC - Associação Nacional
das Editoras de Publicações Técnicas,
Dirigidas e Especializadas
Crise? Que nada: eventosupera todos os desafios
e movimenta o setor
52 TecnologiaMembranas de PVC
entram no país
54 Agenda & Anunciantes
Foto de capa: divulgaçãoFoto de capa: divulgação
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
96RP
lást
ico S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
90
6
Por melina Gonçalves
EN
TR
EV
ISTA
A Brasilplastvai muitobem, obrigado
///Evaristo Nascimento
Nascimento diz que o eventonão foi afetado pela crise
Div
ulga
ção/
PS
ão tem crise que resista a um
evento bem planejado e exe-
cutado. E com certeza a
Brasilplast superou mais uma vez as
expectativas do mercado. O segredo
da boa performance não está guarda-
do a sete chaves.
Em sua sala no pavilhão de ex-
posições do Anhembi (SP), o diretor
da Reed Exibitions Alcantara Macha-
do, Evaristo Nascimento, recebeu a
revista Plástico Sul no último dia de
evento. Na conversa, Evaristo se mos-
trou satisfeito com os resultados e
otimista com o futuro.
Administrador de Empresas for-
mado pela Universidade de São Paulo
há 38 anos, o executivo está na
Alcantara Machado desde então, pas-
sando por diversos cargos até chegar
a diretor da Reed Exibitions Alcantara
Machado. Numa conversa interessan-
te, Evaristo recorda de momentos im-
portantes da economia nacional, si-
tuações peculiares do setor plástico e
claro, explica como foi organizar a 12ª
Brasilplast, em meio a crise, e os de-
safios futuros do evento.
Plástico Sul - Ao final de mais umaBrasilplast qual o resultado doevento?Evaristo Nascimento - De acordo com
as informações dos expositores os re-
sultados são surpreendentes. Acho
que temos uma demanda reprimida
muito forte, o pessoal pisou no freio
em outubro de 2008 e agora estamos
retomando os negócios. Ouvi que di-
versas empresas fizeram vendas sig-
nificativas exatamente porque esta-
vam defasadas na compra. Tivemos in-
formações da indústria automobilís-
tica, que também compra máquinas
aqui, de que a retomada está acon-
tecendo. Os investimentos estão aí e
o Brasil segue firme e forte.
PS - A crise econômica mundial afe-tou a Brasiplast 2009? De que forma?Nascimento - Afetou no sentido de
que umas cinco ou seis empresas não
vieram expor esse ano, principalmente
multinacionais. Isso ocorreu por ins-
trução da matriz ou por corte da verba
e resolveram não investir esse ano na
feira. Nesse momento eu ousaria dizer
que eles devem estar bem arrependidos.
Em compensação outros entraram no
lugar deles e conseguimos eliminar um
pouco da fila de espera que tínhamos.
PS – Quais foram os principais desa-fios para organizar esta edição da feirae quais são as previsões de desafiosfuturos visando a edição de 2011?
Nascimento – Os desafios dessa feira
foram iguais às outras edições: aco-
modar todos que queriam participar.
Nesse sentido conseguimos algum re-
sultado, foram cerca de 40 empresas
novas, porque alguns que deixaram de
participar tinham áreas maiores, então
tiveram oportunidade de participar
empresas menores. Mesmo porque nós
temos o critério de que quem começa
a participar sempre começa com uma
área pequena e depois na medida do
possível vai crescendo. O grande desa-
fio que vejo não foi nesta edição, mas
será na próxima, quando esse pessoal
que não participou quiser retornar.
Porque os que já entraram nessa edi-
ção tem direito adquirido. É um desa-
fio para a campanha de vendas da pró-
xima feira.
PS - A situação mundial influenciouna participação de empresários es-trangeiros?Nascimento – Não afetou. Percebemos
que continua num bom nível e os ex-
positores continuam informando que
tiveram excelentes contatos. Inclusive
muitos estrangeiros vieram para ver o
N
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
98
RP
lást
ico S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
90
8
///Evaristo Nascimento
EN
TR
EV
ISTA
“...em 2009 a feira bateu
o recorde de participação
de expositores e de
vendas de espaço.”
que está acontecendo aqui no Brasil.
Eu acredito que se houver uma interfe-
rência na feira, será mais pelo dólar,
que no ano passado estava em média
R$ 1,60 e esse ano está R$ 2,20.
PS – Qual foi o país que mais trouxeexpositores para a Brasilplast 2009?Nascimento – Deve ter sido segura-
mente, fora o Brasil, Alemanha, Chi-
na, Estados Unidos, Itália e Taiwan.
E depois vêm as participações ofici-
ais da Espanha e da Argentina. Tem
um núcleo dos países que mais pro-
duzem equipamentos e máquinas que
estão aqui presentes. E com exceção
de duas ou três empresas que são
marcas mundiais, todas as demais
estiveram no evento.
PS - O preço do petróleo e a variaçãocambial interferem de alguma formano evento?Nascimento – O preço de petróleo não.
Porque mesmo nas comoditties o pre-
ço é pré- fixado e isso não varia muito
em relação ao dólar. Da situação cam-
bial afeta um pouquinho na questão
da importação, mas as exportações são
até mais favoráveis. Resta saber se os
mercados que compram os produtos bra-
sileiros ainda estão bem ativos.
PS - A Brasilplast já passou por di-versos momentos difíceis da econo-mia nacional e mundial. Esse seria opior deles?Nascimento – Eu não saberia dizer se
este foi o pior momento desde a pri-
meira edição em 1987. Inclusive em
2009 a feira bateu o recorde de parti-
cipação de expositores e de vendas de
espaço. Nós acrescentamos quase 4%
das vendas de espaço em relação a 2007.
Então esses resultados de reflexo mun-
dial podem afetar os negócios daqui
para frente, empresas que não se sin-
tam confortáveis em fazer investimen-
tos. A avaliação da atual situação é a
seguinte: o crédito está liberado. É um
pouco difícil porque as empresas pre-
cisam ter cadastros excelentes. De qual-
quer forma os vendedores vão procurar
controlar essa situação. Ou seja, se não
houver um crédito por parte do ban-
co, que haja um crédito direto das
empresas. Por outro lado, o consumo
brasileiro de produtos tem crescido. Foi
feita uma pesquisa junto aos hábitos
de consumo das classes C e D e o fato é
que esse pessoal entrou no consumo.
Hoje quem mora num lugar como fave-
la ou algo parecido, consome xampu,
detergentes, eletrodomésticos financi-
ados em longo prazo e diversos produ-
tos que antes eram inatingíveis. En-
tão de alguma forma essa situação de
consumo tem melhorado. E é uma clas-
se de 30 ou 40 milhões de novos con-
sumidores no mercado. O Brasil tinha
uma demanda muito reprimida e um
consumo muito baixo per capita, por-
que o acesso era de pouca gente, na
maioria pertencente às classes A e B.
Já hoje está entrando nas classes C e
D, porque há uma massificação de pro-
dutos. Tudo que o governo tem feito
para favorecer ajuda e é o caso da in-
dústria automobilística. As sucessivas
fases de suspensão do IPI proporcio-
naram resultados: hoje eu soube que
há modelos na indústria de automó-
veis que estão em falta e só poderão
ser entregues daqui 90 dias. O prazo
de financiamento grande facilita ain-
da mais: é o sonho do automóvel, o
sonho da casa própria, é o sonho do
consumo em que o pessoal não tinha
acesso.
PS - Mas qual foi o momento da eco-nomia nessas 12 edições de feira querealmente foi difícil de superar?Nascimento – Certamente essa não é
a última crise, sempre haverá mais
uma. Houve uma retração brutal dos
mercados da Europa, Estados Unidos
e a queda do PIB chinês de um cres-
cimento de 10% para 6%, parece um
caos, mas crescer 6% nesse momento
é uma goleada. Então eu imagino que
a expectativa da crise e os sustos fo-
ram maiores. Acho que nós sofremos
muito por antecipação até a feira e
na feira, quando o visitante partici-
pou e precisava comprar ele olhou e
pensou: “Opa, eu não posso estar fora
disso aqui”. Ele pensou: “Posso cor-
tar o camarão enorme em casa toda a
semana, mas não posso cortar a mi-
nha linha de produção na fábrica”.
A edição de 2009 cresceu cerca
de 4% em vendas de espaço
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
910
RP
lást
ico S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
910
///Evaristo Nascimento
EN
TR
EV
ISTA
“Certamente essa não é a
última crise. Sempre haverá
mais uma... foi mais uma
crise de expectativa...”
Então foi mais uma crise de expecta-
tiva do que uma crise de realidade.
Lembrando de outro momento do país:
quando nós tivemos o plano cruzado
no Brasil em 1986, em que os produ-
tos ficaram estáveis nos preços, faltou,
por exemplo, iogurte Danone no su-
permercado. Mas não é porque faltou
Danone e sim porque faltou a embala-
gem, o pessoal não conseguia produ-
zir o suficiente porque o avanço que
ocorreu nos supermercados foi brutal,
todos saíram comprando. Em uma se-
mana os estoques todos terminaram.
Porque todos tiveram acesso e ao in-
vés de comprar um quilo de arroz na
semana, compravam dez pacotes de
cinco quilos, porque o preço estava fi-
xado e por isso queriam estocar. Na-
quela época foi uma estocagem total.
E com a ameaça da inflação, era mais
comum na década de 1980 e começo
dos anos 1990 a família inteira ir ao
supermercado e lotar cinco ou seis car-
rinhos. Hoje não vemos mais isso. No
máximo que vejo é o segundo carrinho
e mesmo assim das compras do mês.
Hoje o consumidor está mais atento e
existe uma expectativa de que o preço
não terá essa variação tão grande. Hoje
existe uma estabilidade e exatamente
por isso que se consegue vender auto-
móveis em 60 meses e até 90 meses,
porque o pessoal se sentiu seguro em
comprar, teve o acesso.
PS – A sustentabilidade é a principalpauta da Brasiplast 2009. Qual suaopinião sobre ações deste tipo nosetor plástico?Nascimento – Eu, como consumidor e
morador do país, vejo como importan-
te porque é fundamental a preservação
da natureza e ter a sustentabilidade e
o sistema ajustado para que não te-
nhamos catástrofes. Mas que não seja
uma responsabilidade só do fabrican-
te do produto, e sim uma responsabi-
lidade e conscientização do consumi-
dor. Os fabricantes não jogam as gar-
rafas de PET no Rio Guaíba e no rio
Tietê, nem os saquinhos de plástico nas
cidades, entupindo bueiros. Na verda-
de isso é o consumidor que faz. Então
precisam ser tomadas atitudes junto a
este consumidor para que ele tenha uma
lucidez e conhecimento para tratar
aquele produto que comprou de uma
forma mais adequada ao meio ambien-
te. É recolher a sacola de supermerca-
do, não ficar jogando-a na rua. Mes-
mo que não renda dinheiro, vai no su-
permercado e coloca na lixeira especi-
al para plástico. O que se faz em rela-
ção as latinhas de alumínio por exem-
plo, que é altamente reciclada, é por-
que o valor marginal da latinha reco-
lhida é muito alto, então tem toda uma
indústria em cima disso, e no plástico
isso não existe. Mas mais importante
do que o retorno financeiro é o retor-
no de consciência.
PS – Como é a participação daOrganizadora no exterior e quais sãoos melhores mercados para investi-mentos em feiras e eventos?Nascimento – Nossa unidade no Bra-
sil, se preocupa com as feiras no país.
Mas acreditamos que tenhamos um bom
espaço para crescimento trazendo even-
tos ou fazendo fusões com eventos de
porte menor, tentar ampliá-los. E algu-
mas feiras nossas que estamos super
lotadas tentar criar uma metodologia,
uma divisão, apurando mais pelo visi-
tante. Caso clássico nosso é o Salão do
Automóvel: tinha ônibus, caminhões,
automóveis, autopeças, equipamentos
de som, acessórios, tratores, barcos,
tudo. E você vê hoje no mercado seis
ou sete feiras distintas. Algumas que
estão conosco e outras que acontece-
ram com outros promotores.
PS – A Brasilplast também veio dadesmembração de outra feira?Nascimento – A Brasilplast era um se-
tor pequeno da feira da Mecânica. E o
pessoal de resinas não tinha uma feira
para ir e o setor de transformados pre-
cisava se mostrar um pouco. Então nós
juntamos os três setores: matéria-pri-
ma, máquinas e transformador. Só que
hoje a participação do transformador
está bem reduzida na feira. E cada um
vai ao seu setor especifico: o transfor-
mador de embalagem vai à feira de
embalagem, os de utilidades domésti-
cas vão às feiras direcionadas a esse
setor e o mesmo ocorre com a constru-
ção, por exemplo. Então o negócio é ir
segmentando de acordo com a evolu-
ção do mercado.
PS – Pela sua experiência seria pos-sível citar países que estejam comtendência de crescimento para essesetor de feiras e eventos?Nascimento – Argentina é sempre um
país interessante, além de países da
África e do Oriente Médio. Acho que
para produtos do Brasil esses são os
grandes mercado. Penso que não seria
o caso de desenvolver feiras em outros
países da América do Sul e Central, mas
incentivar a vinda de desses compra-
dores ao Brasil. É muito melhor eles
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
912
RP
lást
ico S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
912
///Evaristo Nascimento
EN
TR
EV
ISTA
virem e olharem toda a estrutura que
temos aqui com as empresas nacionais
e as do exterior que vem para o merca-
do brasileiro.
PS – Como será a nova feira de quí-mica e petroquímica organizadapela Reed/Alcantara? Qual a previ-são de data?Nascimento – Previsão de data é na
primeira quinzena de junho de 2010
e surgiu porque existem algumas ex-
periências de feiras de química no
mundo. Aí não é a apresentação da
indústria química, mas de todos os
fornecedores para a indústria quí-
mica. Ou seja, válvulas, bombas, sis-
temas de misturas, sistemas de dre-
nagem, esgotamento dos resíduos da
indústria e todo o processo produ-
tivo da indústria química. E essa in-
dústria será nossa convidada na fei-
ra. E é uma feira que faz falta no Bra-
sil. É pioneira. Tentamos fazer um
evento nesse sentido há dez anos,
mas naquele momento não surtiu
efeito. E observamos agora que exis-
tem expositores deste setor espalha-
dos em diversas feiras e não existe
nada para a indústria química. Essa
é uma grande indústria com neces-
sidades específicas e que precisa ir
a diversas feiras para tratar desse
produto. Há exemplo de parecidos
na Espanha e na Alemanha, mas não
tão específicos quanto a que quere-
mos colocar no Brasil.
PS – Como está se comportando osetor de feiras e eventos nacio-nais?Nascimento – Está se comportando
bem. As feiras no país são sólidas,
tanto em São Paulo quanto às regio-
nais, como Recife, Belo Horizonte,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul e
Paraná, que são especializações re-
gionais, porque você não consegue
trazer todos os visitantes do Rio
Grande do Sul para São Paulo, então
em alguns segmentos vai se ter uma
feira no estado gaúcho.
PS – Quais são as principais difi-culdades e benefícios em se fazerfeiras no Brasil?Nascimento – As dificuldades são
de rotina. Em alguns momentos ain-
da existe dificuldade de hospeda-
gem em São Paulo, mesmo sendo o
maior centro hoteleiro. Em outros,
há passagens aéreas extremamente
caras. O deslocamento é muito caro.
Você tem que fazer uma feira muito
objetiva porque o visitante não
pode mais se afastar uma semana da
fábrica. Ele vem para uma visita rá-
pida, vem focado no que ele preci-
sa. Essas são as dificuldades de ro-
tina. As demais estão sendo supera-
das com a manutenção do pavilhão
de exposições que fizeram no telha-
do do Anhembi, na iluminação, no
piso, nos banheiros etc. Mas ainda
temos dificuldades nas vagas de es-
tacionamentos, porque uma boa par-
te das vagas é consumida pelos pró-
prios expositores.
PS – Além do produto/segmentoser atraente e importante, o quedetermina o sucesso de uma feira?Nascimento – Uma feira por defini-
ção é o encontro entre a oferta e a
procura. Desde que você tenha bons
produtos em oferta, você terá uma
procura por isso. Você precisa cui-
dar dos dois campos: não adianta
nada ter o expositor e não ter o vi-
sitante. Precisa-se tomar cuidado
com as duas pontas. Essa aproxima-
ção das partes que é o importante.
Nós somos os cozinheiros, desde que
tenhamos bons ingredientes e gour-
met, conseguimos fazer. Agora, se
você não tiver os ingredientes você
não pode lotar o restaurante e não
ter opções para servir.
Nascimento anuncia nova feira de química e petroquímica prevista para 2010
Div
ulga
ção/
PS
P S
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
916
Sindicato da Indústria de
Material Plástico de Santa
Catarina – Simpesc – é uma
união das empresas do segmento
plástico do Estado. Santa Catarina é
o segundo maior pólo do segmento
de transformação de plástico do Bra-
sil e maior da Região Sul em produ-
ção. São mais de 500 empresas, pro-
porcionando cerca de 23 mil postos
de trabalho.
As maiores empresas catarinenses
do setor estão associadas ao Simpesc,
o que lhes proporciona alto grau de
representatividade. Para os associa-
dos, o Simpesc proporciona uma
ampla estrutura de serviços, com
cursos, capacitação, eventos e as-
sessorias jurídica, tributária e tra-
balhista, entre outras.
A potencialidade do plástico, um
material facilmente adaptável a novas
aplicações, torna este segmento um
dos mais competitivos do mercado.
Por isso, o Simpesc oferece às em-
presas associadas à tecnologia de
ponta, dispondo de uma biblioteca
virtual e agenda completa de eventos
do segmento.
Basta acessar o endereço eletrô-
nico www.simpesc.org.br para saber
o que está acontecendo no setor plás-
tico brasileiro e internacional.
Conjunto de CapacidadesO Simpesc dispõe aos associados
um amplo conjunto de capacidades,
garantido pela força da capacitação e
localização estratégica.
Capacitação• Biblioteca virtual no Simpesc
• Promoção de cursos, palestras
e seminários;
• Agenda de congressos e even-
tos no Brasil e no mundo;
• Proximidade com os principais
centros de pesquisa e desenvol-
vimento como UFSC, Sociesc,
Udesc e departamentos de P&D
de grandes empresas do setor.
Mercado• Santa Catarina é o segundo
maior pólo do segmento de
transformação de plástico do
País;
• A Região Norte concentra uma
boa parte das principais em-
presas do segmento;
• O segundo maior pólo nacio-
nal de ferramentarias voltadas
à produção de moldes de plás-
tico para injeção e extrusão
está na Região;
• Proximidade com os princi-
pais centros consumidores de
plástico;
• Joinville é sede, a cada dois
anos, da Interplast, um dos
principais eventos do setor
no Brasil.
LogísticaAmpla malha rodoviária, forma-
da por estradas federais e estaduais
que interligam a Região a todo o Es-
tado e ainda ao Paraná e Rio Grande
do Sul.
Proximidade dos portos de
Paranaguá, São Francisco do Sul,
Itajaí, Navegantes e ao futuro porto
de Itapoá.
Proximidade com os aeroportos
de Joinville, Navegantes, Florianó-
polis e Curitiba.
Ferrovia ligando o porto de São
Francisco do Sul ao Norte catarinense
e ligação direta com o Paraná e por-
to de Paranaguá.
Localização EstratégicaO Simpesc tem sua sede em
Joinville, no Litoral Norte catarinen-
se, estrategicamente situada em um
dos maiores pólos do segmento plás-
tico do Estado.
A localização privilegiada da ci-
dade a coloca perto dos principais
portos e aeroportos, contando ain-
O
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
916
CADERNO SIMPESCCADERNO SIMPESC
O Simpesc e O Simpesc e
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
917
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
917
da com uma ampla malha rodovi-
ária e ferroviária, o que facilita o
escoamento da produção para todas
as Regiões do Brasil e exterior.
Joinville também sedia a Interplast,
segunda maior feira do setor plásti-
co da América do Sul.
Em Joinville, ainda, sedia o se-
gundo maior pólo de ferramentarias
do País, especialmente aquelas vol-
tadas à produção de moldes de plás-
tico para injeção e extrusão. A mão
de obra é formada na própria re-
gião, graças ao trabalho de insti-
tuições como Senai, Sociesc e
Udesc. Ainda na Sociesc, o associa-
do dispõe de variados serviços na
área de metrologia.
Ação Social PlastividaUma das premissas do Simpesc
é o esclarecimento da sociedade
quanto ao relacionamento do plásti-
co com o meio ambiente. As empre-
sas associadas recebem total orien-
tação a respeito das modernas téc-
nicas de logística reversa, que com-
preende retornar o produto para pos-
terior descarte ou reciclagem.
O plástico não é um vilão, mui-
to pelo contrário, é energia. A ener-
gia contida em 1 quilo de plástico
equivale a 1 litro de óleo diesel. No
processo de reciclagem
energética, os plásticos
atuam como combustível
na queima do lixo, re-
vertendo em energia elétri-
ca ou térmica.
O Simpesc também é
filiado ao Plastivida Insti-
tuto Socioambiental dos
Plásticos, entidade que re-
presenta institucionalmente a cadeia
produtiva do setor para divulgar a
importância dos plásticos na vida
moderna e promover sua utilização
ambientalmente correta. O instituto
é referência nacional em assuntos re-
lacionados ao plástico e suas utili-
zações nas mais variadas aplicações,
como medicina e saúde, ciência, em-
balagens para alimentos, bebidas e
medicamentos, agricultura, indústria
e serviços.
O associado forteO grande objetivo do Simpesc é
o fortalecimento do seu associado.
Para isso, a entidade investe em
constante atualização, tanto para
responder às dúvidas dos associa-
dos, quanto para oferecer a mais
completa estrutura de atendimento.
A lista de cursos disponibilizados é
ampla e variada, incluindo eventos
realizados no exterior, como na Uni-
versidade de Massachussets, nos Es-
tados Unidos.
O Simpesc também disponibiliza
aos associados um detalhado calen-
dário de congressos, conferências, se-
minários e outros eventos, no Brasil e
no mundo, entre eles a Conferência
Internacional da Indústria do
Poliuretano de Maastricht (Holanda),
a Biomateriais Asia (Hong Kong),
Medtec Japan, FlexPO de Seul
(Coreia do Sul), Conferência Anpei de
Inovação (Porto Alegre) e Antec em
Chicago (Estados Unidos).
O Simpesc mantém estreita pro-
ximidade com os centros de pesqui-
sa e desenvolvimento do Estado,
como a Universidade Federal de
Santa Catarina, a Sociedade Educa-
cional de Santa Catarina e os
departamentos de P&D das maio-
res empresas do setor.
o mercadoo mercado
P S
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
918
CADERNO SIMPESC
Empresas/Destinação do ProdutoAutomobilísticaAmbiental
Borrachas Artbor
Busscar – Rio Negrinho
Busscar – Un.Tecnofbras
Coplasa
Engefibra
Ilpea
Mantac
Mondiana
Multiconexoes
Plasticos Mauá
Plasticos Zanotti
Plasticoville
Plastmovel
Polosul Plast
Termotécnica
Uniplast
AlimentíciaAb Plast
Aliança
Ambiental
Borrachas Artbor
Brasplast
Canguru
Coplasa
Cryovac
Danica
Engefibra
Maxiplast
Inplac
Implavel
Lamipack
Luplast
Mondiana
Plasticos Zanotti
Plasc
Plasticom
Plasticoville
Termotécnica
Tritec
Uniplast Embalagens
CosméticosAb Plast
Aliança
Ambiental
Engefibra
Inplavel
Lamipack
Luplast
Plasticom
Polosul Plast
Termotécnica
Tritec
Construção CivilAliança
Amanco
Ambiental
Azeplast
Borrachas Artbor
Conexões Especiais Do Brasil
Coplasa
Danica
Homeplast
Implatec
Inplac
Krona Acessórios
Krona
Lekat
Luplast
Mantac
Multiconexoes
Plasticos Zanotti
Plasbohn
Plastibras
Plasticom
Plasticoville
Plastmovel
Tecnocell
Tecnoperfl
Termotécnica
Tigre
Uniplast Embalagens
Uniplast
Viqua
Eletro EletrônicaAmbiental
Borrachas Artbor
Coplasa
Crw Plásticos
Danica
Gpb
Ilpea
Luplast
Mondiana
Plasticos Mauá
Plasticos Zanotti
Plasc
Plastibras
Plasticoville
Plastmovel
Polosul Plast
Tecnoperfl
Termotécnica
Uniplast Embalagens
UniplasT
FarmacêuticaAb Plast
Danica
Engefibra
Inplavel
Lamipack
Luplast
Plasc
Plastibras
Plasticom
Termotécnica
Uniplast Embalagens
InformáticaAmbiental
Luplast
Plasticos Zanotti
Plasticoville
Plastmovel
Termotécnica
MoveleiraAliança
Ambiental
Azeplast
Borrachas Artbor
Coplasa
Cryovac
Homeplast
Implatec
Luplast
Mantac
Plasticos Zanotti
Plasticom
Plasticoville
Plastmovel
Tecnoperfl
Termotécnica
Uniplast EmBalagens
Uniplast
TêxtilAmbiental
Aliança
Coplasa
Cryovac
Engefbra
Luplast
Plasticos Zanotti
Plasticom
Plasticoville
Uniplast Embalagens
OutrosAliança
Allfex
Amanco
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
918
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
919
Azeplast
Canguru
Daelco
Focus
Gpb
Homeplast
Ilpea
Implatec
Linkplas
Mantac
Plasticos Mauá
Plastibel
Plastibras
Plasticoville
Plastmovel
Recorteps
Tecnocell
Tecnoperfl
Termotécnica
Uniplast
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
919
Empresas/Processo de FabricaçãoPlastmovel
Polosul Plast
Tigre
Tritec
Viqua
LaminaçãoBusscar – Rio Negrinho
Canguru
Engefibra
Inplac
Lamipack
Multiconexões
Plasc
Plasticom
Tigre
SoproAb Plast
Amanco
Inplavel
Plasticoville
Tigre
ExtrusãoAliança
Amanco
Azeplast
Borrachas Artbor
Brasplast
Canguru
Cryovac
Engefibra
Gpb
Homeplast
Ilpea
Implatec
Maxiplast
Inplac
Krona Acessórios
Krona
Luplast
Mantac
Mondiana
Plasbohn
Plasc
Plasticom
Plastmóvel
Tecnoperfl
Tigre
Tritec
Uniplast Embalagens
Uniplast
OutrosAb Plast
Aliança
Allflex
Ambiental
Busscar – Un. Tecnofibras
Conexões Especiais do
Brasil
Dânica
Daelco
Engefibra
Multiconexões
Plasticom
Plasticoville
Percoteps
Tecnocell
Termotécnica
Tritec P S
InjeçãoAb Plast
Allfex
Amanco
Borrachas Artbor
Busscar – Rio Negrinho
Busscar – Un. Tecnofbras
Coplasa
Crw Plásticos
Focus
Inplavel
Krona Acessórios
Krona
Lekat
Linkplas
Plásticos Mauá
Plásticos Zanotti
Plastibel
Plástibras
Plasticoville
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
0
de se manter grandede se manter grande
///Pólo Plástico Catarinense
ESP
ECIA
L
Santa Catarina desfruta de uma posição sólida no setor de
transformação de plásticos no Brasil: é o segundo estado no
ranking, transformando quase 1.100 milhão de toneladas de
resinas, ficando atrás apenas de São Paulo. Destaca-se em
diversos segmentos, como a produção de tubos e conexões de
PVC, descartáveis plásticos, como copos e pratos, utilidades
domésticas, embalagens, cordas e fios de PET reciclado, plástico
reforçado e produtos de EPS (isopor). Neste último segmento,
inclusive, ocupa a liderança no mercado latino-americano.
Segundo levantamento setorial, são mais de 800 indústrias de
transformação que geram 31 mil empregos – dados de 2008. E
segundo a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
(FIESC), se for considerado o valor da transformação industrial,
as empresas catarinenses respondem por 9,5% do total nacional
do setor plástico e por 4,7% do total da indústria catarinense.
São números que impressionam, mas não causam acomodação
com o conceito alcançado. Segundo o presidente do Simpesc,
Albano Schmidt, a meta a ser perseguida é descobrir novos
nichos e crescer mais. A propósito, o setor cresceu mais de 10%
em 2008, mesmo com uma crise no último trimestre.
Presidente do Simpescexplica a estratégia
Para muitos parece incrível que
um estado com pouca extensão ter-
ritorial, que não possui a cadeia petro-
química, consiga resultados tão bons
no setor transformação do plástico a
ponto de consolidar-se como segundo
no ranking brasileiro. Para o presiden-
te do Sindicato da Indústria de Mate-
rial Plástico de Santa Catarina, Albano
Schmidt, tudo tem explicação. “Sim,
Santa Catarina fica atrás apenas de São
Paulo no ranking dos estados trans-
formadores de resinas plásticas”, con-
firma. “A estratégia, do ponto de vista
das empresas, é utilizar a mão-de-obra
qualificada da região, as condições es-
truturais e sistêmicas para atendermos
nossos clientes no Estado e no país
com competitividade, criatividade, ino-
vação e qualidade. Sabemos que temos
muito a crescer e desenvolver ainda, o
que deverá nos aproximar ainda mais
do primeiro lugar na transformação de
plásticos no país”, acrescenta.
Conforme dados auferidos, o se-
tor plástico catarinense foi bem no ano
passado, apesar da crise no último tri-
mestre. Albano Schmidt apresenta nú-
meros positivos de consumo de resi-
nas. “Fechamos o ano de 2008 trans-
formando algo como 1,075 milhão de
toneladas de resinas. Isso inclui todos
os tipos, desde os nobres plásticos de
engenharia até os reciclados, passan-
do obviamente por todas as commo-
dities”, explica. Esse desempenho
transformou-se em crescimento inve-
jável. “Crescemos 10,4% em termos de
faturamento e 10,2% em termos de
consumo de resinas. Apenas o quarto
trimestre foi decepcionante. Vínhamos
num ritmo próximo a 17% até setem-
bro”, disse. E 17% foi o índice de 2007.
O desafio
Por Julio Sortica
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
0
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
2
///Pólo Plástico Catarinense
ESP
ECIA
L
[Versatilidade] – O setor
plástico catarinense tem a capacida-
de de conseguir um destaque quase
homogêneo ao comparar o desempe-
nho e a expansão. Porém, alguns seg-
mentos ainda conseguem se sobres-
sair. “Os segmentos que atendem a
indústria de bens duráveis e de pro-
dutos para construção civil tiveram
nove meses fantásticos e três meses
fracos. Os segmentos de embalagens
mostraram menores oscilações”, reve-
la Albano Schmidt.
Segundo o presidente do Simpesc,
de forma geral, a indústria reduziu
muito seu nível de atividade no quar-
to trimestre. “Temos como previsão
a manutenção dos índices de pro-
dução de 2008 agora em 2009, sen-
do que a indústria de embalagens
deverá se manter aquecida, assim
como aqueles segmentos que abas-
tecem os setores incentivados pelo
governo, como construção civil e ele-
trodomésticos da linha branca”, pro-
jeta o dirigente.
A crise financeira internacional
afetou o setor plástico com impactos
diferentes. Albano Schmidt ressalta que,
de forma geral, houve um forte proces-
so de desestocagem no final do ano
passado. “Isso sem dúvida afetou as
vendas, assim como fez com que as
empresas reduzissem suas compras. Tudo
isso afeta o negócio. Perdemos a
previsibilidade que tínhamos antes da
crise. Ficou mais difícil de se planejar.
O crédito aos poucos vai voltando ao
normal, assim como os pedidos dos cli-
entes. Estamos acreditando em um ano
difícil, mas ainda assim de estabilida-
de em relação a 2008”, finaliza, com
cautela, mas ainda muito otimista.
Outros sindicatos de SC foram
convidados a participar da reportagem,
mas não responderam às solicitações
da revista. Na seqüência apresenta-
mos as impressões de algumas em-
presas importantes nas suas áreas,
como Amanco, Tigre, Víqua e Can-
guru, bem como artigos da FIESC e
Sociesc e uma apresentação especi-
al da atuação do Simpesc.
Amanco: crescimento eatenção ao meio-ambiente
Manter a boa posição no ranking
da transformação vai depender de vá-
rios fatores e a Amanco do Brasil é
responsável por parte do sucesso
catarinense. A empresa vem crescen-
do muito no segmento de tubos e co-
nexões nos últimos anos e o presi-
dente Marcos Bicudo comenta sobre
os planos a serem adotados para man-
ter o ritmo ou até melhorar. “Vamos
dar seguimento à nossa estratégia ini-
ciada em 2006. As prioridades con-
tinuam as mesmas: fortalecer a marca
Amanco junto ao público consumi-
dor, oferecer soluções inovadoras de
produto e formar o profissional da
construção civil, o instalador hidrá-
ulico em especial”, ressalta.
Albano Schmidt: meta é se aproximarainda mais do primeiro lugar
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
3
Segundo o executivo, isto se dará
através de aumento do investimento
em publicidade, da introdução de no-
vos produtos e dos programas de for-
mação de profissionais através do Senai
para novos profissionais, junto ao Dou-
tores da Construção para os profissio-
nais já existentes e através de uma ONG
para formação e inclusão social de pro-
fissionais em comunidades carentes.
“Ou seja, marca forte, inovação e ser-
viços diferenciados”, destaca.
E acrescenta: “Vale ressaltar que
para a Amanco a sustentabilidade é
parte intrínseca do negócio. Assim,
quando uma empresa define uma es-
tratégia de negócio, a sustentabilidade
tem de ser reconhecida dentro dessa
estratégia”, reforça Bicudo. As fábri-
cas de tubos e conexões da Amanco
possuem a tripla certificação, ou seja,
ISO9001 para a gestão da Qualidade,
ISO 14001 para a gestão ambiental e
OHSAS 18001 para a gestão de saúde
ocupacional e segurança.
Conforme Bicudo, toda atuação
da Amanco é sustentada pelo concei-
to de triplo resultado: econômico, so-
cial, e ambiental. “Ou seja, toda e qual-
Amanco: colaborador manuseia um dos equipamentos de automatização da empresa
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
4P
lást
ico S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
4
///Pólo Plástico Catarinense
ESP
ECIA
L
quer ação/produto desenvolvido pela
empresa deve apresentar vantagens
econômicas, oferecer benefícios para
a sociedade e primar pela preservação
e sustentabilidade do meio ambiente”,
diz. Por isso, conta com programas de
ecoeficiência em todas as suas unida-
des fabris, o que a colocou entre as 20
empresas brasileiras modelo, sele-
cionadas por dois anos consecutivos
(2007 e 2008) pelo Guia Exame de
Sustentabilidade. Foi eleita em 2008
pela sétima vez seguida como uma das
“150 Melhores Empresas para se Traba-
lhar no Brasil”, em pesquisa realizada
pelas revistas Exame e Você S/A.
[Resinas, números e cri-se] - A Amanco é uma transformadora
de plásticos e desta forma, segundo
Regina Zimmermann, superintendente
de Operações da Amanco Brasil – Re-
gião Sul, utiliza como principais ma-
térias-primas: o policloreto de vinila
(PVC), o polipropileno (PP) e o
polietileno (PE) e fabrica tubos e co-
nexões para os segmentos predial e
infraestrutura.
Quanto à produção e faturamen-
to/crescimento, o presidente Marcos
Bicudo não faz segredo. “No ano pas-
sado a Amanco comercializou 103 mil
toneladas de tubos e conexões, um
crescimento de 28% em comparação a
2007 e o correspondente a 82% da
capacidade instalada, que em 2008 foi
de 126 mil toneladas”, responde com
orgulho. Em 2008 a companhia obte-
ve um crescimento de cerca de 34%
nas vendas em geral em relação a 2007
(o faturamento bruto foi de US$ 442
milhões, e o de 2007, US$ 330 mi-
lhões), completa o presidente.
Sem dúvida, a crise financeira
ocorrida no último trimestre abalou
muitas empresas, mas a Amanco con-
seguiu superar as incertezas garante
o presidente Marcos Bicudo. “Não
acreditamos que a crise afete signi-
ficativamente a construção civil,
pois se trata de uma crise oriunda
da economia americana, de liquidez,
de fluxo de crédito. Estamos con-
victos de que o setor vai continuar
crescendo, pois seus fundamentos
transcendem essa crise”, revela.
Ele sustenta que três fatores com-
provam isso: “as operações de crédito
imobiliário, que hoje equivalem a ape-
nas 3% do PIB e têm potencial para
chegar a 15% em 10 anos; os investi-
mentos do PAC que o governo já
anunciou que serão mantidos, que
visam reduzir as deficiências em
infra-estrutura e saneamento; e o
enorme déficit habitacional do país,
que hoje é de 8 milhões de residên-
cias”, recorda Bicudo.
[Planos e perfil] – Quan-
to ao futuro e o crescimento, ele diz
que a Amanco mantém seus planos
de investimentos e continuará com
suas ações de responsabilidade
socioambiental, que agregam valor
à marca. “A companhia vai investir
R$ 111 milhões em 2009, sendo R$
51 milhões na expansão da produ-
ção das fábricas e R$ 60 milhões em
ações de marketing e inovação, o
que inclui o desenvolvimento de
novos produtos, comunicação da
marca na mídia e nos pontos de ven-
da do varejo da construção e capa-
citação profissional. A empresa tam-
bém deve fazer novas contratações
para atender às necessidades.
O perfil da Amanco é destacado
por Regina Zimmermann da forma sin-
tética: são 1.600 funcionários distri-
buídos em cinco unidades: uma em
Suape (PE), uma em Sumaré (SP) e duas
em Joinville (SC), e Tinabras em
Aparecida de Goiânia (GO). Elas ocu-
pam uma área construída de 84 mil m²,
360 mil m² de pátios e arruamento em
terrenos que totalizam 667 mil m2.
Tigre registra em 2008 omelhor ano de sua história
Crescer e manter-se no topo tor-
Tubos da Amanco produzidos e estocados na Unidade de Sumaré (SP)
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
5
nou-se característica da Tigre, com
sede em Joinville (SC). Líder do merca-
do brasileiro de tubos conexões e aces-
sórios, o Grupo aumentou sua capaci-
dade de produção em cerca de 30%,
com a ampliação e inauguração de no-
vas fábricas, no Brasil e no Exterior. A
multinacional brasileira consolidou sua
presença na América Latina, com a aqui-
sição de uma empresa no Peru e a cons-
trução de duas novas unidades no ex-
terior (Equador e Colômbia). A estraté-
gia para ser grande continua.
Foram investidos R$ 150 milhões
em desenvolvimento de novos produ-
tos, aumento de capacidade e atuali-
zação tecnológica. Também no ano
passado, a Tigre lançou uma nova mar-
ca, a Plena, de acessórios para a cons-
trução civil, com fábrica localizada es-
trategicamente em Pouso Alegre (MG),
gerando cerca de 350 empregos dire-
tos. A expectativa de faturamento desta
fábrica é de R$ 85 milhões em 2009.
O faturamento da Tigre em 2008
foi de R$ 2,3 bilhões, um crescimento
de cerca de 20% em relação a 2007 –
o balanço definitivo ainda não foi re-
velado. As fábricas brasileiras continu-
Sede da Tigre em Joinville (SC): uma gigante no segmento de tubos e conexões
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
6P
lást
ico S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
6
///Pólo Plástico Catarinense
ESP
ECIA
L
am sendo o carro-chefe. Já as unida-
des no exterior representam 35% do
volume total. As unidades externas mais
representativas são as do Chile e Ar-
gentina, países onde a Tigre também é
líder no segmento de tubos e cone-
xões, como ocorre no Brasil.
A empresa conta com 5.400 fun-
cionários, sendo 4.200 nas unidades
fabris em Joinville (SC), Rio Claro (SP),
Camaçari (BA), Indaiatuba (SP), Cas-
tro (PR) e Pouso Alegre (MG) e 1.200
nas unidades do exterior. Está presen-
te em cerca de 40 países e tem unida-
des externas na Argentina, Bolívia,
Chile, Paraguai, Uruguai, Equador, Es-
tados Unidos, Peru e Colômbia.
[Perspectivas para o anode 2009] - Em 2009, o Grupo Ti-
gre programa investimentos de cer-
ca de R$ 100 milhões no desenvol-
vimento de novos produtos e ino-
vações nos processos e nas soluções
para as linhas predial, infraestrutura
e irrigação. Os investimentos não
contemplam possíveis aquisições.
Porém, para o mercado interna-
cional, a empresa tem como priorida-
de aumentar a sua participação na Co-
lômbia através de nova planta ou aqui-
sição e entrar nos mercados do México
e da América Central através de aquisi-
ções. “Também no Brasil, com a ma-
nutenção de crédito imobiliário, a ex-
pansão da habitação popular e da
infraestrutura e ainda com a possível
redução das taxas de juros, também
esperamos crescer”, ressalta o vice-pre-
sidente da Tigre, Evaldo Dreher, afir-
mando que as expectativas para o se-
tor de construção civil são positivas.
Neste ano, a companhia inau-
gura uma nova fábrica no Brasil, em
Pernambuco, e duas fábricas no ex-
terior: uma no Uruguai, em Mon-
tevideo, e outra na Argentina, na
região do Chaco, na cidade de Resis-
tência. A expectativa da Tigre é cres-
cer 6% em 2009.
Víqua: fortalecer o clusterOutra empresa representativa e
também com sede em Joinville, a Víqua
já visualiza o crescimento com uma
estratégia diferente, não sendo susten-
tada apenas no esforço próprio, segun-
do o diretor Daniel Alberto Cardozo
Júnior. “Esta é uma ação que deve ser
feita em conjunto entre a iniciativa
privada e os governos. Em Santa
Catarina, e especificamente em
Joinville, já temos um forte cluster do
setor de plástico, porém, existem ações
que poderiam ser realizadas que torna-
riam este cluster mais forte e, por con-
seqüência, mais competitivo”, afirma.
Cardozo revela o processo: “O pri-
meiro passo para apoiar o desenvolvi-
mento do setor de plástico em SC é a
realização de um diagnóstico setorial
para conhecer as deficiências e neces-
sidades do setor. A percepção que te-
mos na Víqua é que é essencial o in-
vestimento para a qualificação da mão-
de-obra e maiores incentivos para a
instalação de fornecedores e indústri-
as na região”, explica o empresário,
acrescentando que a Víqua utiliza PVC,
PP e ABS como matérias-primas bási-
cas. Por razões estratégicas a empresa
não divulga informação sobre produ-
ção e faturamento, mas tem área de 10
mil m² e 280 empregados.
Quanto à crise do final de 2008,
Cardozo afirma que até setembro a em-
presa teve um ano muito bom, atin-
gindo os seus índices de crescimento.
“O último trimestre do ano foi ruim,
mas estamos otimistas em relação ao
futuro. Tanto é assim que mantemos
nossas projeções de crescimento e em
2010 planejamos expansão de nosso
parque fabril. Manteremos o parque em
Joinville, no mesmo local, às margens
da rodovia BR-101, porém a área
construída de 10 mil metros quadra-
dos será ampliada”, revela.
Viqua: Daniel Cardozo Júnior, diretor, e uma visão panorâmica da fábrica
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
8
Canguru supera a criseO alto conceito que desfruta no
setor de embalagens destaca a Can-
guru, que tem duas unidades em San-
ta Catarina (Criciúma e Chapecó) e ou-
tra no Rio Grande do Sul (Pelotas).
Atuando no segmento de sacolas plás-
ticas, filmes plásticos, laminados ou
não, para embalagens de salgadinhos,
leite, cereais, produtos de panifício,
erva mate, massas e produtos alimen-
tícios diversos, filmes plásticos para
embalagens de papel higiênico e pro-
dutos de higiene, sacos e folhas para
embalagens de pães, aves e suínos.
Sacos plásticos para embalagens de
fraldas e absorventes, tem planos para
///Pólo Plástico Catarinense
ESP
ECIA
L
crescer. E qual a estratégia? “Adequa-
ção do parque fabril às necessidades
do mercado de embalagens”, ressalta
o gerente comercial Sílvio Reolon.
A Canguru utiliza vários tipos
de matérias-primas, como commo-
ditties e outras resinas: PE, PP,
BOPP, PET. Quanto à produção e de-
sempenho, Reolon destaca que em
2008 foram produzidos entre 1.600
as 2.000 toneladas de produtos. “E
o crescimento em volume foi de
14%”, revela.
[Crédito caro] – Como em-
presa sólida, a Canguru soube se “es-
quivar” da crise e a única desvanta-
gem citada em 2008 foi em relação ao
custo do dinheiro, diz o executivo.
“O problema foi somente no final do
ano, quando o custo do dinheiro fi-
cou muito elevado e o crédito dimi-
nuiu, reduzindo o fluxo de caixa da
empresa”, lembra.
A Canguru Indústria e Comércio
de Produtos Plásticos é formada por
três unidades de flexíveis e expandiu
sua área de atuação para outro esta-
do. O Grupo tem a fábrica de Chapecó,
com 210 funcionários, a principal em
Criciúma, com 630 empregados – e a
ramificação gaúcha em Pelotas, com
160 postos de trabalho. A empresa tem
21 impressoras, 12 extrusoras e várias
máquinas para acabamento.
Prof. Dr. Sandro Murilo Santos(*)
A evolução e a versatilidade do
plástico, sua onipresença e importân-
cia na vida da sociedade moderna cri-
am ilimitadas possibilidades de aplica-
ção. Segundo Palova Santos Balzer do
Instituto Superior Tupy/Sociesc, o se-
tor de plásticos ampliará de forma sig-
nificativa a sua aplicação, tanto em pro-
dutos que requerem qualidade, como em
substituição a peças metálicas, em pro-
cessos tecnológicos e enxutos para os
três setores da área de materiais plásti-
cos. Além disso, vem superando as res-
trições ecológicas e revertendo críticas
de vários setores através de métodos
ecologicamente corretos.
Essa versatilidade do plástico con-
tribuiu para o número crescente de
empresas do setor de transformação de
Evolução e Versatilidadena Transformação deMateriais Plásticos
materiais plásticos
na região norte do
estado de Santa
Catarina, principalmen-
te em Joinville, ocasionan-
do carência de mão-de-obra
especializada nesta área. Num cenário,
cuja indústria brasileira de transforma-
ção de material plástico possui 11 mil
empresas (dados da Abiplast/2008) e
gera, aproximadamente, 260 mil empre-
gos diretos, Santa Catarina vem se con-
figurando nas últimas décadas como um
dos principais eixos industriais neste
segmento no país. Foi assim, que a
Sociesc, sempre aberta para responder
às exigências da sociedade, criou em
1989 o curso Técnico em Plásticos. E,
na busca pela qualificação pessoal e pro-
fissional permanente dos nossos aca-
dêmicos, por meio do ensino, pesquisa
e extensão, em 2005 através do Insti-
tuto Superior Tupy criamos o curso de
Engenharia de Plásticos.
Além disso, possibilitamos aos ci-
dadãos cursos em nível de especializa-
ção, como por exemplo, o de Desenvol-
vimento e Processamento de Produtos
Plásticos e o mestrado em Engenharia
Mecânica, com linha de pesquisa na área
de materiais plásticos e projetos de
moldes e matrizes. Nessa tríade: ensino,
pesquisa e extensão, a Sociesc fortale-
ce constantemente vínculos estratégi-
cos, com empresas parceiras nacionais
e internacionais, com pesquisadores no
mundo, profissionais ligados à área de
transformação de plásticos com pesquisa
aplicada e Congressos, como o Cintec,
além dos cursos de extensão focados
em segmentos especiais.
Portanto, em consonância com a
natureza da missão institucional, sobre-
tudo no que se refere ao compromisso
de contribuir para o desenvolvimento
de sua região, a Sociesc produz e aplica
os conhecimentos científicos que res-
pondam às demandas da sociedade,
contribuindo para consolidar a região
sul, destaque nacional na transforma-
ção de materiais plásticos.
(*) Prof. Dr. Sandro Murilo Santosé Diretor Geral da Sociesc
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
P S
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
8
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
92
9
Alcantaro Corrêa(*)
O pujante setor plástico de Santa
Catarina é referência nacional e desta-
ca-se em diversos segmentos, como a
produção de tubos e conexões de PVC,
descartáveis plásticos ? como copos e
pratos ?, embalagens, utilidades domés-
ticas, cordas e fios de PET reciclado e
produtos de EPS (isopor). Neste último
segmento, inclusive, ocupa a liderança
no mercado latino-americano. São 31
mil trabalhadores empregados, em mais
de 800 estabelecimentos em dados de
2008. Se considerarmos o valor da trans-
formação industrial, as indústrias
catarinenses respondem por 9,5% do
total nacional do setor plástico e por
4,7% do total da indústria catarinense.
O setor plástico e o associativismoUm setor com tamanha importân-
cia e com empresas que são donas de
marcas que já conquistaram importan-
tes espaços no mercado internacional
precisa de uma representação forte.
Nesse sentido, a contribuição dos di-
versos sindicatos da indústria de mate-
rial plástico no Estado de Santa Catarina
é indiscutível.
As entidades dão voz às preocu-
pações das empresas que representam
e atuam com firmeza na defesa dos
interesses de suas afiliadas. Em
sintonia com a Federação das Indús-
trias e com a Confederação Nacional
da Indústria, trabalham para criar um
ambiente favorável aos negócios e ao
desenvolvimento do setor. Além dis-
so, estimula a atualização tecnológi-
ca da indústria, presta uma série de
serviços e leva informações estratégi-
cas aos associados, auxiliando as em-
presas de transformação do plástico a
tomarem as melhores decisões.
Por meio do associativismo, as
indústrias têm muito mais força e am-
pliam a sua representatividade. Mais do
que isso, percebem oportunidades de
cooperação, que resultam em ganhos
para todo o setor. e, por conseqüência,
para toda a sociedade. Os sindicatos e
outras entidades setoriais acreditam
nisso e, desde o início da década de
1970, ajudam a fortalecer o associa-
tivismo em Santa Catarina.
(*) Alcantaro Corrêa épresidente do Sistema FIESC
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
0
///Brasilplast 2009
Enfim, superadoo grande desafioBrasilplast 2009 indica retomada do setor e supera a expectativa dos expositores e visitantes.
la foi vencida. A temida crise
passou longe do Pavilhão de
Exposições Anhembi, em São
Paulo, durante a 12ª edição da
Brasilplast. O evento, que ocorreu de
04 a 08 de maio, contou com a par-
ticipação de um público altamente
qualificado e gerou negócios ime-
diatos. Além disso, foi um marco
divisor do cenário do setor de má-
quinas, equipamentos, produtos e
serviços da cadeia produtiva do plás-
tico. “Durante a Feira constatamos
a confiança de todo o setor na evo-
lução desta cadeia produtiva, dadas
a quantidade e qualidade dos negó-
cios realizados, de acordo com os
relatos que recebemos dos exposi-
tores”, afirma Evaristo Nascimento,
Diretor de Feiras da Reed Exhibi-
tions Alcantara Machado.
E
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
0E
VE
NT
OS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
1
Um indicador desses negócios
pode ser verificado nas Rodadas In-
ternacionais, realizadas durante o
evento, que envolveram 10 compra-
dores internacionais (importadores,
distribuidores e representantes) de 10
diferentes países (África do Sul, Ar-
gentina, Chile, Costa Rica, Eslovênia,
Espanha, Honduras, Paraguai, Polônia
e Turquia) e 20 empresas brasileiras
da indústria de máquinas e acessórios
para a indústria do plástico. Foram
realizados 84 contatos e a expectati-
va de negócios para os próximos 12
meses supera US$ 12 milhões. Essa
quantia é quase 3 (três) vezes superi-
or aos resultados obtidos na edição
da Feira em 2007.
A Brasilplast recebeu 1302 ex-
positores e marcas nacionais e inter-
nacionais, dois terços dos quais do
setor de máquinas e equipamentos. O
público visitante alcançou 63.168 vi-
sitantes/compradores nacionais e
1.336 internacionais de 62 países.
Organizada pela Reed Exhibitions
Alcantara Machado, a feira, a princi-
pal da América Latina e uma das cin-
co maiores do mundo, tem o apoio
da ABIPLAST (Associação Brasileira da
Indústria do Plástico), ABIMAQ (As-
sociação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos), SIRESP
(Sindicato da Indústria de Resinas Sin-
téticas) e ABIQUIM (Associação Bra-
sileira da Indústria Química).
Ao longo da Brasilplast , os visi-
tantes puderam acompanhar o ciclo
completo da indústria do plástico,
percorrendo os estandes desde a ma-
téria-prima, até máquinas de grande
porte, que permitem a produção
compactada, passando por diversos
processos de produção e chegando ao
produto final, embalagens custo-
mizadas e ergonômicas. No campo dos
produtos, foram apresentadas diver-
sas inovações para aplicações cada vez
mais diversificadas do plástico: na fa-
bricação de automóveis, de eletro-ele-
trônicos, produtos da área de saúde/
hospitalar, na construção civil e em
uma infinidade de outros produtos que
estão na vida de todas as pessoas.
Missão Simplás é destaqueCerca de 90 empresários do nor-
deste gaúcho compareceram na
Brasiplast 2009. Além da participa-
ção da comitiva, o estande da feira
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
1
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
2
///Brasilplast 2009
EV
EN
TO
S
Plastech Brasil recebeu dia 07 de
maio, a presença do Secretário Mu-
nicipal do Desenvolvimento Econô-
mico, Guilherme Sebhen, que acom-
panhou a missão, organizada pelo
Simplás - Sindicato das Indústrias de
Material Plástico do Nordeste Gaúcho.
Na oportunidade, o Secretário pode
conhecer cerca de 1.200 novidades
que tem como forte apelo na econo-
mia de energia e ganhos de produti-
vidade nas linhas de produção da
indústria do setor e inovações vol-
tadas à sustentabilidade. Sobre a
Brasilplast, Guilherme comentou: “A
feira é muito boa. O setor plástico é
um setor de grande desenvolvimento
tecnológico e dinâmico, além disso,
esta é uma grande oportunidade de
mostrar o plástico como solução e não
como vilão do meio-ambiente”.
Sinplast lançaprograma sustentável
Foi durante a Brasilplast que o
Sindicato das Indústrias de Material
Plástico no Estado do Rio Grande do
Sul (Sinplast/RS) lançou o seu Pro-
grama de Consciência Ecológica e
Sustentabilidade do Setor de Plásti-
cos – SUSTENPLÁST/RS – Plástico com
Inteligência. Na ocasião, o Presiden-
te da entidade, Alfredo Felipe Schmitt
explicou os principais objetivos da
ação. Ele espera uma mudança da per-
cepção que a mídia e a sociedade têm
do plástico; um forte sentido pró-ati-
vidade dos agentes envolvidos no pro-
cesso; uma nova postura cultural quan-
to ao adequado descarte de produtos
de plástico, além da valorização de
toda a cadeia produtiva do plástico.
“Os artefatos de plástico não têm per-
nas, não tem asas e não tem nadadei-
ras. Portanto, se eles são jogados ou
estão em lugares inadequados, isso se
deve ao seu descarte incorreto”, res-
Orlando Marin, Guilherme Sebhen e Luiz Triches no estande da Plastech Brasil
Foto
s: d
ivul
gaçã
o/PS
Empresários do Simpep foram ao evento em busca de tecnologias e conhecimento
Lançamento do Sustenplástatraiu personalidades do setor
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
2
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
3
salta Schmitt. O dirigente acredita que
a cadeia plástica tem tido nos últi-
mos anos uma postura de defesa do
setor, mas explica que deve-se lutar
ainda mais e mostrar que o segmento
tem muito mais soluções do que pro-
blemas a oferecer à sociedade.
SIMPEP representou o ParanáCom o objetivo de buscar novas
tecnologias e conhecimento, o SIMPEP
– Sindicato da Indústria de Material
Plástico no Estado do Paraná mon-
tou uma caravana para levar seus as-
sociados na Brasilplast. Com a inici-
ativa de organizar esta viagem, o
SIMPEP proporcionou aos empresári-
os a oportunidade de conhecerem as
últimas tendências do setor plástico,
além de incentivar uma interatividade
entre os participantes. “Foi uma forma
de trocarmos experiência e contribuir-
Pavilhão italiano ficou movimentado durante os cinco dias de feira
Div
ulga
ção/
PS mos para a união da classe”, relata Dir-
ceu Galléas, presidente do SIMPEP.
Segundo o presidente, nos mo-
mentos de crise é preciso que haja uma
visão inovadora para superar os pro-
blemas e, a busca pela qualidade é fun-
damental para se manter em um mer-
cado cada vez mais competitivo.
Itália reforça presença no BrasilNuma iniciativa do Instituto Ita-
liano para o Comércio Exterior e a As-
sociação Italiana dos Construtores de
Máquinas para a Indústria do Plástico
(Assocomaplast), 31 empresas parti-
ciparam do Pavilhão Italiano na
Brasilplast 2009. A relação Brasil e Itá-
lia no setor cresce a cada ano, repre-
sentando cada vez mais uma saída
prioritária para fabricantes italianos
de máquinas para materiais plásticos
e de borracha. A tendência no forne-
cimento de tecnologia italiana a
transformadores brasileiros apresen-
tou, nos últimos anos, um salto sig-
nificativo em 2008 com relação a
2007, o que colocou o país no “top
ten” dos mercados de destino das ex-
portações do setor.
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
3
P S
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
4
///Brasilplast 2009
EV
EN
TO
S
Negócios fechados,expositores satisfeitos
ntes da feira havia um bom
número de expositores rece-
osos do sucesso desta edição,
pois o mercado foi surpreendido pela
crise financeira internacional, que pro-
vocou reflexos em vários setores. No
entanto, apesar de uma relativa dimi-
nuição no número de visitantes, prin-
cipalmente nos primeiros dias, o ba-
lanço da 12ª Brasilplast fechou de for-
ma positiva. Confira opinião de alguns
expositores.
Altmann“Apesar da crise financeira mun-
dial a feira estava bem freqüentada.
Embora a maioria das empresas mos-
trassem seus produtos plásticos ou
maquinarias, nós estávamos exibindo
instrumentos para controle de quali-
dade e pesquisas na área de plásticos e
polímeros, como colorímetros,
granulometros, câmaras de testes de
envelhecimento acelerado e outros.
Portanto as visitas ao nosso estande
tinham um movimento bem menor, mas
o mais importante é que as pessoas que
nos visitavam eram realmente interes-
sadas, ou seja, devemos ter bons re-
sultados gerados a partir desta
Brasilplast”. Tomas G. Altmann, diretor
BASF“Positiva e surpreendente. Ape-
nas duas palavras, mas que resumem a
forma como o nosso time de executi-
vos resume a edição 2009 da
Brasilplast. Recebemos a visita de
players importantes e a Feira aconte-
ceu exatamente no momento de reto-
mada dos negócios, numa feliz coinci-
dência. Se em outros anos a roda da
economia já estava em movimento e a
feira servia para consolidar negócios,
nessa edição foi diferente, a engrena-
gem foi acionada a partir da Feira” -
Andreas Fleischhauer, diretor .
Braskem“Durante os cinco dias da feira
toda a diretoria da Braskem, incluindo
o presidente, despachou de dentro da
Feira. A empresa apresentou em gran-
de estilo no evento o plástico verde
(polietileno) - a partir do eteno deri-
vado do etanol da cana-de-açúcar, uma
produção de 200 mil toneladas/ano,
prevista para 2011. Otimizamos a agen-
da de reuniões e registramos a subs-
tancial presença de visitantes de ou-
tros países. Saímos da feira animados,
com expectativa muito positiva” - Frank
A
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
4
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
6
///Brasilplast 2009
EV
EN
TO
S
Alcântara, diretor de Marketing
Institucional.
Mainard“Nós estávamos com um cená-
rio duvidoso antes da feira. Houve
uma diminuição do número de visi-
tantes, que não prejudicou em nada
os resultados. Quem decide veio e os
negócios aconteceram. O balanço é
positivo”. Amilton Mainard, diretor
Deb’Maq“Participamos da Brasilplast com
um estande três vezes maior, trouxemos
máquinas de grande porte, com tec-
nologia moderna, que é uma 1.200
toneladas de duas placas de sistema,
de travamento hidráulico mecânico, um
molde grande para poder exibir na
máquina, uma unidade de máquina
dedicada a PVC rígido e outra da linha
normal de plástico da Platinum Plus. A
feira em si... nós há um mês e pouco,
achávamos que o mercado tinha retra-
ído muito. Para nossa surpresa, nas
últimas três semanas o mercado reto-
mou muitos projetos que estavam pa-
rados e deu uma aquecida , teve rea-
ção e na feira possibilitou negócios”.
Activas destacamodelo “portas abertas”
Em sua décima participação, a
Activas distribuição de Resinas Termo-
plásticas esteve presente na última
Brasilplast com o maior stand do setor,
com 350m², mais de 5 mil visitantes,
30 colaboradores efetivos diariamen-
te, que deram sustentação ao atendi-
mento dos clientes vindos do Brasil e
de todo o Exterior como: Argentina,
Chile, Uruguai, Colômbia, México, Eu-
ropeus e Asiáticos. O conceito de fei-
ras, desenvolvido pelo Diretor Laercio
Gonçalves e pelo Gestor Comercial Paulo
Martins não só para a Brasilplast, como
para as próximas participações na
Plastech em Caxias do Sul - RS e na
Embala Nordeste em Olinda - PE, pas-
saram por um reposicionamento estra-
tégico, desde agosto de 2008.
Consistem em um modelo “por-
tas abertas”, que aliam uma prática
recorrente na Activas, de atendimen-
to aos clientes e prospecções de mer-
cados a partir do lançamento de no-
vos produtos e aplicações. Foram de-
senvolvidas ainda ações com as em-
presas representantes e uma partici-
pação inovadora como cooperadas,
que otimizaram os investimentos de
todos, como a criação de comunica-
ção dirigida e objetiva das resinas
Equipe da Região Sul, com o diretor Laércio Gonçalves durante a Brasilplast
Div
ulga
ção/
PSdistribuídas, processos e transforma-
ções com os segmentos atendidos.
Outros facilitadores como a
aceitação do cartão BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econô-
mico e Social) com parcelamento em
até 36 vezes com juros próximo de
1% ao mês, intensificaram relaciona-
mentos e criaram alternativas duran-
te o evento. Na Brasilplast e pós-fei-
ra, está sendo distribuída a mais atual
tabela de contratipos, com centenas
de tipos e aplicações com destaque
para Quattor com a família Luzz.
Entre as Resinas de Especialida-
des, em nova Gestão de Marcos Gon-
çalves, aportaram na Activas três no-
vas bandeiras com produtos que am-
pliaram as opções do portfólio: Cabot;
Negro de fumo para plásticos e com-
postos com propriedades que lideram
o setor para cabos de energia,
semicondutores, dissipação e condu-
tividade eletrostática, fibras, sintéti-
cos, filmes, moldagens e extrusão com
proteção UV. A IRPC e a Formosa
Plastics Corporation completam as no-
vidades com uma linha de pré-
marketing, de ABS (coloridos) e Poli-
acetais (POM), respectivamente.Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
6
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
7
Venceslau Salmeron, diretor comercial.
Grupo Furnax“É importante participar da
Brasilplast porque a cada edição dá uma
idéia para o público de interesse de
como está a empresa, aumenta a visi-
bilidade e a confiabilidade do parcei-
ro comercial. É também uma grande
oportunidade para os negócios, pois
os compradores podem obter vanta-
gens de preços pela presença de vários
concorrentes”- Roberto Guarnieri, geren-
te comercial.
Grupo NZNZ Cooperpolymer e NZ Phil-
polymer - “Foi nosso primeiro ano atu-
ando no evento como Exportador, onde
tivemos ótimos e volumosos contatos,
clientes que se interessaram bastante
pelas resinas termoplásticas comer-
cializadas pela NZ Cooper e também
grande visitação e interesse na linha
de equipamentos para reciclagem,
comercializada pela NZ Phil. Devido ao
elevado volume de atendimento e de
negócios, já renovamos o contrato
entendendo ser um evento lucrativo,
e de expansão da marca de nosso Gru-
po NZ.Sobre negócios, fechamos mui-
tos durante o evento, e os demais
estamos atendendo no pós feiras, com
visitas, reuniões e até mesmo projetos
de viabilidade, trazendo assim maior
confiabilidade com nosso clientes.
Sobre as empresas, tivemos crescimen-
to acentuado nos últimos anos, vi-
sando expansão da marca, participa-
mos de diversas feiras do segmento
ao longo do ano. Ainda este ano de
2009 participaremos de Plastech,
Tecnoplast, Fispal, Fipan, Exposucata,
entre outras” - Thiago Zaude, gerente
comercial e responsável pelo setor de
importação e exportação.
Himaco“Recebemos a visita de muitas
empresas, boa parte de São Paulo e
do interior, o que foi muito bom
para nós que somos do Sul. Apre-
sentamos dois novos lançamentos e
temos a expectativa de realizar a
venda de 50 máquinas” - Cristian
Heinen, gerente comercial.
ItatexA Itatex Especialidades Minerais
lançou a família ITAGEL. A empresa é a
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
7
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
8
///Brasilplast 2009
EV
EN
TO
S
primeira no Brasil da dominar a tecno-
logia de fabricação das organo-argi-
las, conhecidas também como
bentonitas organifílicas, que são vol-
tadas às poliolefinas para a fabricação
de nanocompósitos poliméricos. A fa-
mília ITAGEL está disponível nas ver-
sões: ITAGEL 2007, ITAGEL 2008 E
ITAGEL 2009. Ela é composta de pro-
dutos inovadores com uma nova con-
cepção: as montmorilonitas intercala-
das com diferentes sais de amônio
quaternário.
ROR - Rodofeli Máquinas“Os nossos negócios ocorrem ge-
ralmente após a feira. Nesta Brasilplast,
ainda durante o evento tivemos 50
cotações solicitadas de compradores do
Brasil, a maioria bastante interessada.
Participamos da feira desde 1997 por-
que consideramos ser a melhor do se-
tor” - Eldon Jungbeck, sócio-gerente.
Pavan Zanetti“A Brasilplast é a feira mais im-
portante de todas que participamos.
Neste ano, dou nota 10 à feira. Rece-
bemos a visita de diversos clientes atu-
ais e potenciais. Fechamos alguns ne-
gócios, mas os nossos visitantes ficam
sempre impressionados com as máqui-
nas em nosso estande”. Paulo Sergio de
Souza, executivo de vendas.
Polimáquinas“Conseguimos realizar negócios
de fato, inclusive com representantes
de países da América Latina. O com-
prador veio para fechar negócios, in-
teressados em produzir sacolas plásti-
cas e embalagens em geral. A Brasilplast
é para nós o carro-chefe porque tem
foco no nosso negócio, é uma feira mais
profissional e o principal é que não
acaba aqui: o pós-feira é sempre muito
produtivo para novos negócios” - Clo-
vis Barbosa, gerente comercial.
Qualiterme“Foi ótimo o balanço. Tivemos
muitos contatos com empresas que já
possuem equipamentos e que não te-
mos um contato direto no dia a dia, e
as que têm intenções de adquirir e
sentimos um grande interesse em no-
vos investimentos. Também aumenta-
mos em muito os contatos para futu-
ros negócios ao qual estão em projeto.
A Qualiterme foi a feira com uma preo-
cupação em especial: fazer um equipa-
mento que tivesse um custo baixo de
investimento a nossos clientes, pois
Masterplastic faz carrinhode plástico para súper
Uma das atrações na Brasilplast
foi um carrinho para supermercado fa-
bricado em plástico, seguindo uma
tendência de substituição de materi-
ais em vários segmentos. Venceslau
Salmeron, diretor da Masterplastic re-
vela detalhes do projeto Master 150 e
Master 210, denominação de cada
modelo conforme a capacidade em li-
tro/kg. “A Deb’Maq, continuando o
planejamento de expansão, investiu
em uma fábrica que é um show room
para a empresa em termos de máqui-
nas injetoras, e ao mesmo tempo in-
vestiu na fabricação de um carrinho
de súper fabricado em nylon, com fi-
bra de vidro e elastômeros, plástico
de engenharia importado, fornecido
pela Lanxess, que é um renomado fa-
bricante de material, inclusive para
montadoras de automóveis”, informa.
Segundo Salmeron, a Master-
plastic está introduzindo este produ-
to no mercado e já está em operação
em 70 supermercados e lojas, princi-
palmente no Sul do Brasil, no Rio Grande
do Sul e Santa Catarina. “Agora, dando
sequência de divulgação, também pro-
gramamos a participação em um
estande na feira da APAS, a Associação
Paulista de Supermercados”. O execu-
tivo diz que vencer o preconceito quan-
to aos usuários que duvidam da resis-
tência, é uma questão de cultura. “É
difícil, mas vamos mudando aos pou-
cos”. Salmeron informa que o projeto
já existe na Europa e está confirmado
que resiste ao peso, tem uma durabili-
dade de 10 anos, maior do que o
aramado, é resistente à intempérie, não
enferruja, tem manutenção baixa, fácil
de higienizar e totalmente reciclável,
ecologicamente correto”, destaca o
executivo. “A ponto de nós, da
Masterplastic, podermos aceitá-lo de
volta quando da renovação da frota. E
pagamos por ele uma porcentagem em
relação aos novos”, explica
“É um produto inovador, e eu
acredito que isso vai ser o futuro do
supermercado” projeta Salmeron.
Carrinho de plástico para
supermercado foi destaque na feira
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
8
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
9
foi elaborado uma planilha especial de
custos à qual chamamos de anti-cri-
se.”. Neimar Holz, diretor.
Rone Moinhos“A Brasilplast superou nossas ex-
pectativas, pensávamos que encon-
traríamos um público preocupado
com a crise mundial, mas o resultado
foi exatamente o inverso. Clientes do
Brasil e da América do Sul estavam
animados e em fase de investimen-
tos. Muitos negócios foram gerados
na feira, referente a ampliações de
empresas, aumentos de produção e
empresas novas.
Muitas expectativas de novos
negócios também foram geradas, com
previsão de curto e médio prazo, em
projetos que bastam pequenos acer-
tos técnicos ou comerciais para que
a venda se conclua. Com a feira, per-
cebemos que a crise, se atingiu o mer-
cado de plásticos, já passou!”,
Ronaldo Cerri, diretor.
Rulli Standard“A Brasilplast superou muito as
nossas expectativas com cerca de 300
consultas, que poderão resultar em
muitos negócios futuros” - Luis Carlos
Rulli, gerente comercial.
Sandretto“Fechamos muitos negócios nes-
ta edição da Brasilplast. Até o final
de maio certamente teremos um ba-
lanço completo” - Antonio Lopes, ge-
rente comercial.
Sew Eurodrive“A principal novidade apresenta-
da durante a feira foi o redutor
Compact MC para extrusoras. Além des-
se lançamento os visitantes puderam
conferir a linha de motoredutores e a
linha de eletrônicos. Estes equipamen-
tos têm diversas utilizações no setor
como em extrusoras, bobinadoras, ma-
quinas de embalagens, etc”. SEW – Co-
municação/MKT
Luis Carlos Rulli: satisfação plena com os resultados de sua participação
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
93
9
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
0
///Brasilplast 2009
EV
EN
TO
S
Super Finishing“A Brasilplast é uma das melhores
feiras das quais nós participamos, ex-
tremamente técnica e longe dos estu-
dantes e dos catadores de catálogos.
A feira ajuda a mostrar a qualidade do
produto, seus benefícios e suas apli-
cações. Quem assina o cheque veio nos
visitar, os proprietários das empresas
clientes nos visitaram pessoalmente,
interessados em selecionar fornecedo-
res. Tivemos mais de 500 visitas de
novos clientes, além daqueles que já
fazem parte de nossa carteira” - Alberto
Silva, diretor comercial.
Villares MetalsA Villares Metals, fabricante de
aços longos especiais de alta liga e
pprodutora brasileira de aços utiliza-
dos de moldes para plásticos acaba
de lançar o VP100, um aço desenvol-
vido com elementos microligantes,
como TiTi e V, que pode ser endureci-
do em condições de resfriamentos di-
ferentes da têmpera tradicional. O
novo aço, após resfriamento, tem du-
reza homogênea da superfície para o
núcleo do bloco. Este aspecto é mui-
to superior aos aços tradicionais, que
por possuírem maior teor de elemen-
tos de liga são mais adequados ao tra-
tamento de têmpera convencional. O
processo de tratamento térmico do
VP100 é diferenciado pois contribui
para a sustentabilidade, com menor
emissão de CO2.O aço garante resul-
tados homogêneos em blocos de até
400x 1200mm2 de secção, e, por não
empregar altas taxas de resfriamento,
registra também uma considerável re-
dução das tensões residuais. “Estamos
satisfeitos em poder apresentar um
novo produto para a indústria e
processamento de plásticos, pois é
uma solução de alta tecnologia, com
menor quantidade de elementos de
liga, vida útil muito elevada e melhor
relação custo-benefício para os cli-
entes, e que atende à crescente ne-
cessidade de competitividade das
empresas”, diz Paulo Sérgio Perez,
gerente do Centro de Distribuição e
Serviços da Villares Metals.
Wittmann do Brasil“A feira superou em muito a mi-
nha expectativa. Estava pessimista e
foi uma grande surpresa pelo que acon-
teceu. Imaginávamos clientes tradi-
cionais e recebemos novos clientes,
que estavam em busca de novas tec-
nologias para sobreviver no mercado.
O cliente não busca tecnologia visan-
do apenas produtividade: num mo-
mento de crise e dificuldade você tem
que achar soluções. A Brasilplast é um
dos principais eventos do setor e tam-
bém um lugar para podermos achar
essas soluções. Fizemos contatos que
geraram projetos que vamos preparar.
Tivemos produtos expostos que foram
vendidos. Os nossos objetivos foram
plenamente alcançados” - Reinaldo
Carmo Milito, diretor.
Wortex lança odesafio Challenger
Anos de experiência e a convic-
ção que é preciso obter o aproveita-
mento total de um material antes de
destiná-lo à reciclagem final, levaram
a Wortex Máquinas, de Campinas (SP)
a lançar na Brasilplast o Desafio
Challenger Wortex. O diretor Paolo de
Filippis, parece estar na contramão
da história quando se diz contra a
badalada reciclagem energética como
solução imediata para o descarte.
“Imaginem que o petróleo levou anos
para ser produzido pela natureza, cri-
amos resinas e máquinas para produ-
zir o plástico e depois de um uso
vamos destruí-lo? É muito mais ren-
tável reaproveitá-lo tantas vezes
quanto for possível antes de destiná-
lo à reciclagem”, sugere.
Assim, a Wortex desafiou seus
clientes a conhecerem a fórmula da
excelência em custo-benefício em
plena feira. “O desafio é todo basea-
do na nova linha Challenger Re-
MegaSteel supera expectativasA MegaSteel, uma empresa de ponta no setor de máquinas e equipamentos para indústrias do plástico, com sede em
Indaiatuba (SP), colheu bons frutos na Brasilplast 2009, segundo o diretor Roberto Aboud. “Tivemos uma grata surpresa
ao termos superadas nossas expectativas tanto na prospecção como vendas efetivas. Além dos diversos contatos com
perspectivas de venda, podemos sentir tanto em nosso mercado como em alguns países na América do Sul e Central, um
potencial de crescimento de demanda interna”, destaca.
Segundo Aboud, um grande fator que pesa no investimento é saber em quanto tempo se dará o retorno deste. “Pois
em nossos equipamentos temos diversas aplicações onde isto é conseguido de maneira clara e inequívoca, tanto por não
termos concorrentes em alguns equipamentos patenteados, como pela eficiência destes e um rápido atendimento de
nossa assistência técnica”, completa.
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
0
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
1
cycler”, disse Filippis. A empresa apre-
sentou o modelo Challenger Recycler
WEX 105-38DD com Dupla Degasagem
e Novo Sistema de Alimentação e Cor-
te, com as seguintes características
e inovações:
- Inovador sistema de dupla
degasagem (duplo estágio de
desgaseificação), inédito nas Américas:
permite o processamento de filmes com
maior nível de impressão que a mono
degasagem.
- Novo Sistema de Alimentação
Forçada: assegura capacidade de pro-
dução mais elevada e estavel; capaci-
dade de produção de 380 a 550 kg/h
- Novo Projeto de Corte: Produz
um granulado extremamente uniforme
Maior flexibilidade na escolha do diâ-
metro e comprimento final do grão.
Mecalor: umasérie de novidades
Quem foi ao estande da Mecalor
pôde conferir todos os equipamentos
novos e de última tecnologia da em-
presa. Os tradicionais produtos, já co-
nhecidos do setor, estiveram também
presentes no evento, entretanto, no
estande dos parceiros da empresa.
Confira as principais novidades apre-
sentadas na Brasilplast, segundo o
engenheiro Flávio Pereira:
Termoreguladores reformulados– Mais moderno, esse novo equipamen-
to possui padrões europeus. Além dis-
so, é econômico e facilita a manuten-
ção, além de possuir bombas e proces-
so de tubulação em aço noxidável.
Unidade de ar frio – Focado no
mercado de extrusoras de balão, re-
duz o consumo de energia elétrica
de 10 a 15%. Para extrusoras de fil-
mes técnicos e co-extrusoras de gran-
de produção que exige controle de
temperatura.
Condensação de água ou ar –Chiller e trocador de ar em um só equi-
pamento. Possibilita trabalhar com
controle a ar de 5 a 25 graus. O resul-
tado é bom porque gera aumento de
produção de 15 a 20% ou até mais.
Apesar de ter sido lançado durante o
evento, já havia sido comercializado
antes da feira. O custo é 5% mais bara-
to do que a solução convencional.
Dry Cooler Compact com inova-ções – Fornece água limpa, substitui
torre de resfriamento convencional e
tem circuito fechado. É mais compac-
to que a solução original. Possui gabi-
Solvay destaca desenvolvimento sustentávelA Solvay Indupa participou do evento com o objetivo de apresentar
soluções que privilegiam o trinômio que permeia o conceito de sustentabilidade:
viabilidade econômica, proteção ao meio-ambiente e responsabilidade social.
Um dos destaques do estande de 300m2 foi a maquete do Solar Impulse, proje-
to co – patrocinado pelo Grupo Solvay, que consiste em um avião tripulado
movido unicamente à energia solar. A Aeronave leva vários componentes plás-
ticos em sua composição, demonstrando a versatilidade das matérias-primas
oferecidas pela companhia, além de evidenciar seus princípios de
sustentabilidade e inovação. O estande também marcou a forte presença
institucional da Solvay Indupa junto ao mercado sul-americano de
termoplásticos. Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
1
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
2
///Brasilplast 2009
EV
EN
TO
S
nete fechado que só incorpora reser-
vatório e bombas de processo. Em aço
noxidável, é vendido em módulos de
40 Quilowatts.
Termo Chiller Duo – O Termo-
chiller (TMC) agrega num único ga-
binete um chiller e dois termo-
Quattor estréia naBrasilplast 2009
A Quattor participou pela 1ª vez
da Brasilplast 2009. A empresa, fun-
dada em junho de 2008, produz quí-
micos básicos e plásticos do tipo
polietileno e polipropileno, ambos
100% recicláveis. “Participar da
Brasilplast é sempre muito importan-
te, mas esta edição é especial, pois
teremos a oportunidade de mostrar aos
nossos clientes, fornecedores e aos
visitantes do evento, todas as solu-
ções e serviços que passamos a ofere-
cer de forma integrada”, afirma Vítor
Mallmann, presidente da Quattor.
Em um estande de 1120 m², a
Quattor expôs vários produtos inova-
dores, como os nanocompósitos de
polipropileno e o Propeno Verde. Du-
rante a feira, a companhia celebrou a
inauguração de sua terceira unidade
de produção de polietilenos, localiza-
da no ABC paulista.
Com esta nova unidade a Quattor
aumentará sua capacidade de produ-
ção de polietileno em 230 mil tone-
ladas/ano no Pólo Petroquímico do
ABC, São Paulo. A empresa é a única
no Brasil que utilizará a tecnologia
Chevron Phillips®, referência mundi-
al em produtos soprados. As novas
resinas produzidas com esta tecno-
logia apresentam melhor balanço de
propriedades em relação as já exis-
tentes no mercado brasileiro.
Já o Propeno Verde é resultado
de um trabalho desenvolvido em par-
ceria com um grupo de pesquisado-
res da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ). Produzido atra-
vés da glicerina, um subproduto da
produção do biodiesel, o Propeno
Verde servirá de matéria-prima para a
fabricação do Polipropileno Verde -
que tem as mesmas características do
polipropileno derivado da nafta e ao
mesmo tempo suporta o crescimento
da produção de biodiesel. O público
da Brasilplast conheceu também toda
a linha de produtos da Quattor da Fa-
mília Luzz – composta por produtos
que aliam excelente transparência e
brilho. Com estas características, a
Família Luzz permite possibilidades
quase ilimitadas de design e efeitos
com textura e cores.
reguladores com evidentes vantagens
de instalação e operação. Foi desen-
volvido originalmente para
flexográficas para manter o tambor
de impressão a 30ºC e as calandras a
12ºC. Logo foi estendido com suces-
so para outras aplicações de aqueci-
O engenheiro Flávio Pereira, da Mecalor, ao lado do modelo Dry Cooler Compact
Div
ulga
ção/
PS mento e resfriamento de processos.
Pode ser fornecido em duas versões
construtivas:
(a) TMC DUPLO: as duas saídas
de água podem ser ajustadas indepen-
dentemente entre 10ºC e 90ºC.
(b) TMC QUENTE/FRIO: uma das
saídas pode ser ajustada entre 10ºC e
90ºC e a outra entre 5ºC e 25ºC. A saí-
da quente deve estar sempre acima da
temperatura da saída de água fria.
By Pass de gás quente – Evita
o número de liga e desliga, aumen-
tando vida útil e consumindo menos
energia.
Durante a feira também foi de-
monstrado um chiller conceito. Trata-
se de um moderno equipamento, feito
com as últimas tecnologias do merca-
do, mas que não está disponível para
comercialização. É um chiller digital
com compressor scroll digital, com in-
versor de frequencia, CLP de última
geração, válvula de expansão eletrôni-
ca e outras inovações.
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
2
P S
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
4D
ESTA
QU
E ///Sopradoras
Hora deatualizaro parque
O mercado de máquinas para embalagens já se acostumou
com a sazonalidade, convivendo com períodos cíclicos que, em
determinados momentos sinaliza de forma positiva para os
flexíveis, ora, os rígidos ou os soprados. De uma forma geral,
segundo um estudo divulgado pela ReportLinker.com, a demanda
mundial de máquinas para embalagem crescerá 5,2% ao ano até
2012, quando alcançará US$ 39.8 bilhões. Esse avanço nas vendas
dos equipamentos será mais rápido em países desenvolvidos
como Japão, Estados Unidos e Europa Ocidental. Mas em todo o
mundo, e principalmente no Brasil, é hora de atualizar o parque
industrial. E crescer. Em 2012, a Europa Ocidental, o Japão e os
Estados Unidos continuarão sendo responsáveis por mais de 2/3 de
toda a produção de máquinas para embalagem. E as máquinas de
envase e de form/fill/seal continuarão sendo os tipos de
equipamentos mais utilizados, respondendo por um quarto do
mercado total de máquinas para embalagem nesse ano. O mercado
focado em embalagem destinado aos segmentos de cuidados
pessoais e de farmacêuticos continuará a registrar o mais rápido
crescimento. Embora não existam projeções para o Brasil, a
expectativa dos fabricantes de máquinas é positiva, principalmente
para os importados, uma vez que a produção nacional não é
suficiente para atender o mercado em todos os seus segmentos.
Romi amplia atuação comtecnologia DigMotor
A crise é passageira e mesmo que
prejudique algumas ações, é preciso
pensar em como tirar proveito desse
fato e no planejamento para o futuro.
Por isso a Romi, maior fabricante de
injetoras do Brasil, recentemente am-
pliou seu leque de atuação para o seg-
mento de sopro ao adquirir a JAC. Con-
fiando no crescimento do mercado em
geral, mas apostando no agronegócio
e o setor de limpeza, higiene e saúde,
a Romi deu outro passo em janeiro e
incorporou a tecnologia de sopro para
PET da DigMotor.
Segundo o diretor Fábio Seabra,
o processo foi diferente. “Não com-
pramos a fábrica, mas sim toda a parte
de tecnologia, engenharia, processo
da empresa. A DigMotor continuará
a existir porque eles são muito fortes
na fabricação de máquinas sob me-
dida.”, esclarece.
O processo de integração está
em andamento. “Nós compramos toda
a parte de engenharia e tecnologia.
Estamos tendo uma consultoria para
a transição ocorrer da forma mais
tranqüila possível. Mas a Romi vai ser
Romi PET. Serão fabricadas pela
Romi”, explica. Com a fabricação des-
sas máquinas, a Romi complementa a
linha de processamento plástico.
Seabra afirma que esse é um mercado
que ainda tem muito crescimento,
muita migração de aplicações para o
PET e que são feitas em vidro, pape-
lão e lata. “A reciclabilidade do PET
tem aumentado ano a ano, cada vez
mais forte”, acrescenta .
[Feira e financiamento]– A participação na Brasilplast 2009
foi positiva, pois segundo Seabra, a
máquina exposta está bem posicio-Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
4
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
5
nada no mercado. “É uma máquina
onde os níveis de descontos que
estamos praticando são bem baixos.
Estamos muito otimistas pois vende-
mos três máquinas de sopro de PET
em um dia. Então foi uma recepção
boa”, acrescenta.
Muitas transações foram facilita-
das por financiamento através do
Finame. “A Romi já oferece nas máqui-
nas injetoras e na linha JAC e agora
estendemos para essa máquina de PET”,
destacou Seabra.
[Divisão de Sopro] – A in-
corporação da JAC, criando a Romi-
JAC resultou em um grande sucesso,
informa o executivo. “Tivemos algu-
mas dificuldades porque o processo
de fabricação da JAC era um tanto
informal, ou seja, não era calcado em
regras e procedimentos como é o da
Romi. No caso da Romi, por exemplo,
tudo tem um número chave. Então para
absorver todo esse negócio da JAC den-
tro da Romi demorou um pouco mais
do que esperávamos. Mas agora o ne-
gócio já está sob controle. 90% de
tudo já está dentro do nosso banco
de dados”, explica.
Fábio Seabra, da Romi, ao lado da Sopradora de PET, na Brasilplast 2009
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
6D
ESTA
QU
E ///Sopradoras
[Crise] – Os reflexos da crise
financeira internacional no consumo
de produtos específicos não deve pre-
judicar as vendas, segundo Seabra. “As
pessoas precisam limpar as casas, usar
xampu, lavar roupas. O máximo que
pode acontecer no momento é trocar
de marca, comprar uma mais simples,
mas que também precisa de embalagem,
de uma garrafa, de um garrafão e a
máquina vai ser a mesma”, argumenta.
[Concorrência internacio-nal e tecnologia] – Segundo
Seabra, na área de sopro convencio-
nal, faz tempo que existem alguns
players importantes no mercado. “Sem-
pre existe a alternativa asiática, mas
acho que a proliferação na máquina
injetora é muito maior”, compara.
Apesar de algumas evidências
quanto à tecnologia, Seabra diz que
não existe abismo tecnológico entre
o mercado nacional e internacional.
“O que existe é sofisticação de apli-
cações. A multicamada por exemplo,
onde lá fora já existem grandes fa-
bricantes e aqui ainda não. Mas no
sopro convencional não estamos
mal”, finaliza o executivo..
Lüters quer apoiopara modernização
O mercado para o setor de
sopradoras é bom, mas pode melhorar,
ressalta Hans P. Lüters, diretor da Kal
Internacional - Assessoria e Represen-
tações Ltda., com sede em Bragança
Paulista (SP). Sua empresa comercializa
vários tipos de máquinas para a indús-
tria do plástico, entre elas sopradoras
da norte-americana Jomar. Lüters tem
uma opinião crítica sobre este segmen-
to de máquinas. “Precisamos de um tra-
tamento diferente”, afirma.
E quais seriam as condições ide-
ais de um mercado para que os fabri-
cantes de sopradoras pudessem ven-
der bem e ajudar a renovar o parque
industrial? Lüters diz que o crédito é
muito importante, porque sem ele não
há desenvolvimento. “Falta apoio do
governo para isso. Não dá para somen-
te apoiar os fabricantes nacionais. Para
modernizar o parque industrial nacio-
nal é preciso considerar também os
equipamentos importados nos progra-
mas de credito nacionais”, ressalta. “O
aumento do poder aquisitivo também
e muito importante, porque melhora as
condições de lançamento de novos pro-
jetos na área das embalagens em ge-
ral.”, acrescenta.
O representante avalia a questão
dos fabricantes nacionais de sopra-
doras não terem condições de abas-
tecer todos os segmentos do merca-
do de sopro. “É um fato conhecido já
há alguns anos, e o mercado não vai
melhorar com a saída da Bekum. Uma
quantidade significativa de soprado-
ras do parque industrial transforma-
dor têm muito mais de dez anos, ou
seja, trata-se de máquinas obsoletas.
Para competir com transformadores de
outros mercados, o volume de substi-
tuição de máquinas deve crescer mui-
to mais que agora, ao redor de 200
sopradoras vendidas por ano no Bra-
sil. É importante modernizar o parque
industrial brasileiro, porque está atra-
sado com relação a outros países lati-
no-americanos”, revela Lüters.
[Oferta e mercado] - No
encalço deste mercado a norte-ameri-
cana Jomar, representada pela Kal-In-
ternacional no Brasil, oferece um catá-
logo variado para suprir o segmento.
“A Jomar tem uma gama de 7 modelos
de sopradoras Injection-Blow, desde 15
até 175 toneladas. A empresa lançou
este ano alguns modelos híbridos, como
uma máquina de 135 toneladas que
oferece uma economiade energia de
35%”, diz Lüters. Segundo o executi-
vo, as vantagens do processo Injection-
Blow são a combinação do processo
de injeção com o sopro, resultando em
menores tolerâncias, especialmente no
gargalo dos frascos, na maior estabili-
Modelo de sopradora da Jomar, representada no Brasil pela Kal-Internacional
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
6
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
7
PLAST MIX
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Quase meio ano já passou,mas as melhores surpresas
de 2009 ainda estão por vir.
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
8D
ESTA
QU
E ///Sopradoras
dade do processo e maior produtivi-
dade, até na redução da mão-de-obra,
já que os frascos saem prontos e sem
rebarbas.
O ano de 2008 não pode ser to-
mado como uma referência final, pois
o último trimestre foi desastroso para
toda a economia. Lüters ressalta que
agora a empresa está em plena recupe-
ração, “a julgar pelos projetos novos e
pela retomada de projetos do final de
2008”. A crise internacional afetou a
empresa, ele concorda, “principalmen-
te porque muitos projetos foram pos-
tergados, por medo dessa crise e por
falta de crédito, mas aparentemente
não cancelados, já que sentimos uma
recuperação durante e depois da
Brasilplast”, conta.
E justamente na Brasilplast ele
pode sentir os reflexos do momento.
“No começo da feira tivemos muitas
dúvidas, e efetivamente notamos uma
baixa de 20 a 30% no número de visi-
tas. Por outro lado, a qualidade das
visitas e dos projetos melhorou mui-
to”, conclui.
Uniloy Milacron sonhacom condições ideais
Outra empresa americana
dedicada ao segmento de sopro é a
Uniloy Milacron, que fabrica uma in-
finidade de modelos de máquinas
sopradoras e “injection blow” para as
mais diversas aplicações. “A gama de
tecnologias que possuímos abrange
as seguintes aplicações/ tecnologi-
as de equipamentos”, revela Hércules
Piazzo, Gerente Comercial Milacron
Brasil. São estes modelos:
• Máquinas com cabeçote acumula-
dor, de 20 à 170 toneladas de for-
ça de fechamento;
• Máquinas com cabeçote acumula-
dor e transferência de parison, de
20 à 70 toneladas de força de fe-
chamento;
• Máquinas com cabeçote acumu-
lador e sucção de parison, de 20
à 30 toneladas de força de fe-
chamento;
• Máquinas de extrusão contínua
e transferência de parison, de
20 à 70 toneladas de força de
fechamento;
• Injection blow, de 36 à 162 tone-
ladas de força de fechamento;
• Máquinas reciprocantes;
• Máquinas “shutlle” de extrusão con-
tínua, de 4 à 30 toneladas de força
de fechamento;
• Máquinas “structural foam”.
[Recuperação] – Da mesma
forma que outros executivos, Piazzo
ressalta que 2008 foi muito bom para
a empresa até outubro, quando as ven-
das foram reduzidas por uma conseqü-
ência da situação econômica global.
“No meu ponto de vista, hoje o merca-
do está em recuperação no Brasil e o
momento solicita investimentos por
parte das empresas, principalmente em
bens de capital (atualização do parque
que atualmente está fora da realidade
do mercado) e em capacitação profis-
sional, a fim de que as empresas pos-
sam usufruir de todos os benefícios e
vantagens que equipamentos de alta
tecnologia proporcionam”. Para Piazzo,
um cenário que representaria condições
ideais para a venda de bens de capital
precisaria ter as seguintes caracterís-
ticas: crédito disponível, de fácil acesso
e baixo custo; mercado em ascensão
econômica e social, com criação de em-
pregos e aumento da capacidade de
consumo dos brasileiros, a fim de ge-
rar maior consumo e maior necessida-
de de produtos industrializados, o que
alavancaria a necessidade por equipa-
mentos para a fabricação de embala-
gens, etc...; e industrialização em áreas
estados mais afastados dos grandes cen-
tros, a fim de gerar um aumento de
poder aquisitivo e ainda mais gerar
desenvolvimento econômico e social
nestas regiões”, enumera.
[Tecnologia x oportunida-des] – A experiência levou Piazzo dar
Hércules Piazzo, da Milacron, fala sobre as máquinas da empresa e o mercado
Div
ulga
ção/
PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
8
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
94
9
um nova visão sobre o fato de a indús-
tria brasileira de sopradoras não abas-
tecer plenamente o mercado. “Infeliz-
mente o que falta ainda é desenvolvi-
mento tecnológico em nosso País. Os
equipamentos fabricados em países da
Europa e EUA possuem uma tecnologia
muito mais evoluída do que a que te-
mos disponível, realidade esta direta-
mente relacionada a investimentos em
educação e desenvolvimento econômi-
co/ social por parte do Governo Brasi-
leiro”, critica.
E explica a origem do problema.
“No Brasil a grande maioria da popula-
ção tem de trabalhar muito cedo a fim
de ajudar no sustento de sua Família,
e não tem condição alguma de estudar
e se profissionalizar acabando, por con-
seqüência, a se juntar ao número cada
vez maior de trabalhadores em massa
que não possuem qualquer tipo de es-
colaridade ou profissão. Quando um
País com este “foco” poderá se desen-
volver tecnologicamente?”, enfatiza.
[Desempenho x crise] –Segundo o executivo, o mercado lo-
cal está reagindo, principalmente nesta
fase “pós Brasilplast”. “Acredito que
principalmente o segundo semestre
será fértil no campo das máquinas para
transformação de materiais termo-
plásticos no Brasil”, projeta. Por isso
diz que a Milacron não poderia ter fi-
cado fora da Brasilplast. “Esta feira é
muitíssimo importante para o setor e
representa cada vez mais o potencial
do mercado brasileiro e latino ameri-
cano”, destaca. E acrescenta que o
resultado da feira para a Milacron foi
muito satisfatório: “Chegamos a con-
cretizar algumas vendas durante o
evento, o que demonstra a reação do
mercado e sua tendência de cresci-
mento para os meses que ainda estão
por vir neste ano”, finaliza.
[Novidade na NPE] –Piazzo também destacou mais uma
novidade com relação a máquinas
sopradoras da linha Uniloy Milacron e
que vai ocorrer durante a feira NPE em
Chicago (de 22 à 26 de junho de
2009). “Apresentaremos nossa nova
linha de sopradoras 100% elétricas,
as quais possuem inúmeras vantagens
e benefícios comparado a máquinas
convencionais”, ressalta.
Qualidade e otimismona S.E.I GlobalSolutions
O mercado do sul cresce e ganha
mais atenção, como por exemplo, da
SEI Global Solutions Máquinas e Equi-
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
95
0D
ESTA
QU
E ///Sopradoras
pamentos Industriais Ltda, de Santa
Catarina. “Ela é a distribuidora oficial
no Brasil das máquinas alemãs SMF
Germany. Sua linha de sopradoras au-
tomáticas de fabricação alemã possui
uma capacidade de produção de 2.000
a 24.000 garrafas/hora, num processo
totalmente automático e inédito no
Brasil”, ressalta Kelvin Alexander Bernz,
Gerente do Departamento Técnico e
Logístico empresa.
Segundo Kelvin Bernz, apesar de
ser um ano de adaptação ao mercado
brasileiro, a SEI Global Solutions con-
seguiu superar suas expectativas em
vendas e em atividades em todo Brasil.
Sobretudo com a participação em fei-
ras e exposições nacionais e interna-
cionais. “Em 2008 o volume de negó-
cios fechados superou todas as expec-
tativas, e a participação em feiras como
a Emabala Nordeste, onde foi exposto
um dos nossos produtos mais popula-
res, a máquina sopradora COMBI 200,
em pleno funcionamento”, informa.
[Blindagem e otimismo] –A informação do executivo sobre as
ações da crise na empresa refletem uma
postura positiva. “Apesar da crise in-
ternacional não podemos dizer que
nosso setor sofreu algum abalo, sobre-
tudo devido ao otimismo e ao espírito
de luta dos empresários brasileiros que
direcionam seus objetivos no futuro e
mantiveram todas as suas compras”,
destaca Kelvin. “O resultado se vê na
recuperação dos setores atingidos,
aumento do emprego e melhoras geral
no consumo de bens. Mesmo na região
Sul do Brasil, profundamente atingida
por problemas climáticos no fim de
2008, notamos uma recuperação rápi-
da e firme, resultado de um grande es-
forço conjunto de população, empre-
sas e governo”, afirma.
[Qualidade e mercado] –De acordo com Kelvin Bernz, por me-
lhores ou piores que sejam as condi-
ções de uma economia, qualquer inici-
ativa que vise melhores condições aos
clientes e ao consumidor final, será
sempre bem vinda. “Hoje no Brasil ve-
rificamos grande otimismo no merca-
do das embalagens PET, sobretudo com
a concretização das previsões no cres-
cimento deste mercado. Por isto, acre-
ditamos que as condições estejam
lançadas, e o ponto fundamental de
todo o processo é o investimento em
tecnologia. Hoje como sempre, quem
aposta em tecnologia sem medo de
investir, acaba por liderar o mercado”,
adverte.
Kelvin Bernz revela quer estudos
apontam que o mercado de bebidas no
Brasil tende a crescer cerca de 80% até
2012, e por isso acredita que a crise
internacional não irá alterar estas ex-
pectativas, até por que já é possível
notar uma sensível recuperação de al-
guns países com os quais a tem rela-
ções comerciais. “Da nossa parte,
estamos trabalhando para que a indús-
tria brasileira se supere na capacidade
de produção, fornecendo tecnologia e
condições viáveis de concorrência com
as empresas competidoras internacio-
nal, sobretudo com o fornecimento de
tecnologia de ponta e de apoio estra-
tégico”, esclarece
PE: portfólio da Quattoratende a toda a cadeia
O principal produto para uso nessa
área de sopro é o Polietileno de Alta
Densidade (PEAD). Nesse segmento a
Quattor está muito bem posicionada
com a Unidade do Rio de Janeiro, onde
há uma série de produtos. “O mercado
de sopro é dividido em segmentações:
grandes volumes, pequenos volumes e
médios volumes”, explica Mauro
Azanha, Gerente de Desenvolvimento de
Produtos e Serviços Técnicos PE.
Ele ressalta que a empresa tem
em seus porfólio segmentos que aten-
dem a toda área de sopro. Mas o gran-
de mercado, segundo Azanha, é o de
higiene, limpeza e produtos domés-
ticos que incluem desinfetantes, xam-
pus, água sanitária, amaciantes de
roupas, etc. Outro que se destaca bas-
tante é de agroquímicos, diz o exe-
cutivo. “Há todo um trabalho na
parte agrícola, já existem leis segun-
do as quais se deve retornar embala-
gens, o fabricante do produto tem
que recuperar essas embalagens e fa-
zer uma reciclagem”, revela.
[Nova unidade e tecnolo-gia] - A Quattor inaugura sua tercei-
ra unidade de produção de
polietilenos, localizada no ABC paulista.
Com esta nova unidade a empresa au-
mentará sua capacidade de produção
de PE em 230 mil toneladas/ano no
Pólo Petroquímico do ABC, São Paulo.
“A empresa é a única no Brasil que uti-
lizará a tecnologia Chevron Phillips®,
referência mundial em produtos sopra-
dos. As novas resinas produzidas com
esta tecnologia apresentam melhor
balanço de propriedades em relação as
já existentes no mercado brasileiro”,
enfatiza Azanha.
O executivo analisou a crise e o
mercado. “Quando há uma crise, per-
cebemos que o primeiro corte é na parte
de uso doméstico. As pessoas dão pre-
ferência para comprar alimentos do que
um produto de limpeza. Isso afetou um
pouco nosso segmento nos primeiros
meses do ano. Mas de março em diante
estamos chegando aos níveis normais
do ano passado”, completa.
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
95
0
P S
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
95
1
///Bloco de Notas
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
95
1
Braskem vai ampliardemanda por etanol no RS
O gerente de Relações Institucionais da Braskem,
João Ruy Dornelles Freire, esteve reunido com o
deputado Heitor Schuch (PSB) na Assembleia
Legislativa do RS, para discutir o projeto de produção
do polímero verde. De acordo com o parlamentar, o
principal enfoque do debate foi a possibilidade de
produção de matéria-prima no Estado para atender a
demanda da empresa. Com a publicação do zoneamento
agroclimático para a cana-de-açúcar no Rio Grande do
Sul pelo governo federal, 182 municípios gaúchos
foram habilitados ao plantio da cultura com vistas à
produção de etanol. Também participou do encontro, o
diretor da Alsol - Tecnologia, Engenharia e Comércio de
Combustíveis, Junico Antunes.
Ultra sai do ComperjO Grupo Ultra desistiu de participar do Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O grupo não
entrará mais na Unidade de Petroquímica Básica (UPB),
a central petroquímica que faria em parceria com a
Petrobras e o Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico (BNDES). As dimensões gigantescas que o
projeto assumiu e os elevados custos foram as principais
causas da desistência. O projeto tinha investimentos
iniciais previstos de US$ 3 bilhões, mas hoje estão em
US$ 8,5 bilhões.
Instituto do PVC patrocina Portal Copa 2014O Instituto do PVC patrocina o portal da Copa
2014,que mostrará a evolução das obras necessárias à
realização do mundial de futebol no Brasil, não só na
esfera esportiva, mas, principalmente, no que se refere à
infraestrutura (saneamento, turismo, estradas, etc.) nas
cidades-sede. Miguel Bahiense, diretor Executivo da
entidade, acredita que as obras previstas promoverão um
crescimento do consumo aparente de PVC acima da
média dos últimos 10 anos - 11,5% ao ano - já entre
2010 e 2011.
Mexichem vende operação de PSO grupo mexicano Mexichem decidiu excluir os
estirênicos de sua operação petroquímica. O corte veio à
tona com o anúncio, da empresa, a respeito da disposi-
ção de vender as duas plantas da subsidiária Mexichem
Estireno, dirigidas à produção de poliestireno (PS) e sua
versão expandida (EPS), para a empresa Mexalit. A
Mexichem justificou a venda, com base na definição de
seu foco, em atividades de maior potencial de cresci-
mento e rentabilidade, caso de negócios atrelados à
construção civil. A empresa se esquivou de especificar o
montante da transação acertada com a Mexalit, mas
situou em torno de US$ 13 milhões a soma desse
negócio com a compra recém-concluída da
cinqüentenária transformadora Tubos Flexibles, cujas
quatro fábricas de dutos e conexões integravam os
ativos de outro grupo mexicano, Indústrias Nacobre.
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
95
2
///PVC
TE
CN
OL
OG
IA
Por Melina Gonçalves
Inovação mundialdesembarca no Brasil
uem freqüentou os pavi-
lhões do Anhembi, em São
Paulo, durante a última edi-
ção da feira Brasilplast, que ocorreu
de 04 a 08 de maio, sentiu a dife-
rença no ruído externo e na tempe-
ratura ambiente. Aquele aquecimen-
to muito conhecido de outras épo-
cas deu lugar a um ambiente prati-
camente climatizado. Já no primeiro
dia de evento, uma forte chuva as-
solou a capital e o que em outros
tempos faria um enorme barulho no
interior do pavilhão, não passou de
pequenos ruídos. Em uma das maio-
res feiras do setor plástico do mun-
do, o que causou conforto térmico e
acústico aos visitantes e exposito-
res foi exatamente o produto chave
do evento: o plástico.
Pouco utilizadas ainda no Bra-
sil, as membranas de PVC começam a
ganhar espaço no mercado de imper-
meabilização do País. E foi na cober-
tura do Pavilhão de exposições do
Anhembi que foi feita sua aplicação
pioneira. A SPTuris - Empresa de Tu-
rismo e Eventos da Cidade de São
Paulo -, administradora do Parque,
optou pela impermeabilização não
aderida com uma membrana de PVC
conjugada com uma camada de EPS,
cuja função principal era promover o
isolamento acústico do pavilhão, e
secundária, contribuir para o isola-
mento térmico do espaço. A aplica-
ção do sistema nos 68,2 mil m² de
cobertura foi feita junto com outras
mudanças no Parque de Exposições
que visavam melhorar a qualidade de
permanência no local.
Flexíveis, as membranas de PVC
são muito utilizadas na Europa e Es-
tados Unidos, entretanto, a tecno-
logia é pouco aplicada nos países
da América Latina e América do Sul.
São fabricadas a partir do PVC, com
aditivos, plastificantes, estabili-
zadores, entre outros, que conferem
ao material flexibilidade, resistên-
cia aos raios ultravioleta e resistên-
cia química. Fornecidas em rolos, as
faixas são posicionadas lado a lado
e as extremidades, sobrepostas, são
termofundidas. Segundo o diretor
do Instituto do PVC, Miguel Bahi-
ense, além de vantagens como iso-
lamento térmico e acústico, as mem-
branas possuem ainda um aspecto
visual e de design interessantes.
“Você consegue fazer desenhos ar-
quitetônicos em ambientes e salões
como o Anhembi”, observa.
Bahiense explica que existe a
possibilidade das membranas serem
utilizadas na Copa do Mundo de
2014, que ocorrerá no Brasil. Isso
porque que são ideais para a obten-
ção de uma estrutura bonita no pon-
to de vista da arquitetura. Justa-
mente por essa versatilidade, na copa
da Alemanha, por exemplo, dos sete
estádios construídos ou reformados,
cinco tiveram coberturas flexíveis de
PVC. “Um dos estádios mais famosos
da Alemanha consegue ter cores dos
dois times da cidade, um vermelho e
um azul: se o time vermelho jogar, o
estádio fica vermelho, se o time azul
jogar fica azul e se for um jogo neu-
tro ou entre eles, fica branco”. Isso
mostra o desempenho do material que
permite a transparência dessa ilumi-
nação. No Brasil, ainda não existem
estádios com estrutura de membra-
nas de PVC, entretanto, os ganhos
nas obras que por ventura utilizarem
esse material são diversos. O confor-
to térmico para quem estiver assis-
tindo um jogo no domingo a tarde,
País abre as portas para as
membranas de PVC e uma
das primeiras aplicações é
no Pavilhão de Exposições do
Anhembi, em São Paulo.
Q
Bahiense destaca as vantagens damembrana de PVC e suas aplicações
Foto
s: d
ivul
gaçã
o/PS
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
95
2
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
95
3
por exemplo, vai ser interessante,
porque o estádio estará fechado, com
o sol incidindo e sem o calor habitu-
al do Brasil. Outra vantagem será o
design. “Em uma ocasião nós
trouxemos para um congresso no Bra-
sil um arquiteto que desenha estádi-
os e estava construindo um em Du-
bai. O projeto saiu a partir da idéia
de uma concha e foi todo feito em
forma oval, bem interessante. A pos-
sibilidade de design é infinita, coi-
sas que em material rígido já não é
permitido”, revela.
No país o material ainda é im-
portado. Entretanto, a tendência é
que as empresas com fábrica no Brasil
comecem se atentar para esse merca-
do e iniciem a produção do material.
Com a abertura desse mercado no Brasil
( já são duas obras, o Anhembi e o
Tribunal de Contas de Brasília – DF), a
tendência é que os arquitetos passem
a conhecer esses produtos e comecem
a indicá-lo. “Assim, o caminho natu-
ral é que as empresas no Brasil entrem
no mercado e consigam oferecer o
produto”, esclarece.
Apesar de importada, a membra-
na de PVC se mostra viável e compe-
titiva pelas vantagens que oferece.
Mas, com tantos benefícios, porque
a dificuldade de emplacar no Brasil?
A possibilidade tecnológica entre
Brasil, EUA e Europa é a mesma. A
questão é a demanda. O dirigente
explica que, no país americano os
esportes sempre foram voltados ao
basquete e hóquei, por exemplo. To-
dos esses esportes necessitam de es-
truturas cobertas. Nos aeroportos de
lá a cobertura é muito utilizada. Ou
seja, nesses países a necessidade da
demanda fez com que a indústria se
programasse e se adequasse para ofe-
recer o produto. Já no Brasil a manta
asfática é muito forte. “Então para
que você vai desenvolver uma tecno-
logia mais cara inicialmente, como
toda a nova tecnologia, se não há
demanda para isso?”. A dificuldade
de se adequar está muito ligada ao
que o mercado demanda. “O produ-
to começando a ser conhecido, ele
começa a ser demandado”.
[Vida útil] – O material, se-
gundo Bahiense, sobrevive por pelo
menos por 30 anos. Mas é preciso ter
atenção: ele deve ser formulado de
acordo com a região que vai ser uti-
lizado. “Ou seja, não posso trazer um
produto feito para agüentar os in-
vernos rigorosos da Europa e aplicar
aqui no Brasil. Deve ser adequado com
as necessidades do país. E essa é a
versatilidade do PVC”, finaliza. Em
nível mundial, essa tecnologia já é
aplicada em impermeabilização des-
de os anos 1950. P S Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
95
3
Activas # Pág. 09
Agebras # Pág. 47
Aspen Hotéis # Pág. 29
Aspó # Pág. 11
AX Plásticos # Pág. 45
Deb’Maq # Pág. 07
Dynaflow # Pág. 39
Étimo # Pág. 13
Itatex # Pág. 51
Karina # Pág. 22
Lorena Flat # Pág. 49
Mainard # Pág. 47
Mecanofar # Pág. 47
Mega Steel # Pág. 02
Met. Wagner # Pág. 37
Momesso # Pág. 31
Moynofac # Pág. 47
Multi-União # Pág. 31
Nazkon # Pág. 47
Nordeste Plast # Pág. 35
NZ Cooperpolymer # Pág. 34
NZ Philpolymer # Pág. 34
Plastech # Pág. 27
Plasticos’09 # Pág. 43
Pronatec # Pág. 25
Replas # Pág. 21
Rone # Pág. 41
Rulli Standard # Pág. 23
Seibt # Pág. 47
Solvay Indupa # Pág. 05
Sumetal # Pág. 37
Super Finishing # Pág. 33
Taurus Wotan # Pág. 56
Termotécnica # Págs. 14 e 15
Valimplast # Pág. 39
Para anunciar, ligue 51 3062.4569
AG
EN
DA
///Programe-se para 2009
ihvcwshdvcsdvcudbvcsjh
Plá
stic
o S
ul # 9
8 -
Maio
de 2
00
95
4
///Anunciantes da Edição
NPE 2009: foco nos bioplásticosA NPE2009, que ocorre de 22 a 26
de junho de 2009, é um dos principaiseventos no calendário do setor plástico
e neste ano aposta suas fichas nosbioplásticos. Segundo a The Society of
the Plastics Industry, Inc. (SPI), organiza-dora do evento, a feira será um marco
nessa transição histórica entre o ramotradicional de plásticos e essa tecnolo-
gia. O evento, que acontece o McCormickPlace em Chicago, a servirá como vitri-
ne e oferecerá oportunidades para o in-tercâmbio de tecnologias relativas a
polímeros derivados de milho, mamona,soja, batata, mandioca e outros recur-
sos naturais. Três empresas de matéri-as-primas apresentarão suas descober-
tas sobre as novas possibilidades de ne-gócios para a fabricação de bioplásticos.
Trinta e nove empresas, agências e as-sociações que trabalham no setor pro-
ferirão palestras sobre a tecnologia debioplásticos e estratégias de negócios
nesse ramo. No piso de exposição daNPE, haverá pelo menos 16 estandes
com destaque exclusivo ou primordial
aos bioplásticos. Haverá ainda outrosexpositores apresentando aditivos e
equipamentos de processamentoprojetados especificamente para estes
novos tipos de polímeros.Os materiais derivados de fontes
renováveis também ganham destaque nasconferências e exposições da NPE2009.
Segundo Melissa Hockstad, Vice-Presiden-te da SPI, apesar de a maioria dos plás-
ticos continuar a ser derivado dos com-bustíveis fósseis num futuro próximo, as
pesquisas atuais que objetivam aprimo-rar as propriedades e reduzir os custos
dos bioplásticos resultarão em um rápidocrescimento no mercado. Essa tecnolo-
gia será uma das quatro em destaqueenfocada nas exposições do Pavilhão de
Tecnologias Emergentes, que conta como patrocínio principal da DuPont
Company e da Dow Chemical Companycomo patrocinadora de um setor sobre
sustentabilidade. Espera-se tambémque algumas aplicações comerciais dos
bioplásticos figurem como candidatas
no primeiro Concurso Internacional de
Design Plástico na NPE2009.“Na última NPE em 2006, os
bioplásticos ainda eram um assunto a tí-tulo de curiosidade, porém na NPE2009,
dezenas de organizações terão algo im-portante para dizer ou apresentar sobre
os bioplásticos”, diz Hockstad. “Influenci-arão todos os principais setores do mer-
cado plástico, desde produtos domésticosa automotivos, a eletrônicos e médicos, a
equipamentos esportivos e embalagens.”A NPE é patrocinada pela Society
of the Plastics Industry, Inc. (SPI). Fun-dada em 1937, a SPI é a associação pro-
fissional do setor plástico que represen-ta o terceiro maior setor industrial de
fabricação dos Estados Unidos. As em-presas associadas à SPI representam toda
a cadeia de fornecimento do setor plásti-co, incluindo-se fabricantes de equipa-
mentos, processadores e máquinas e for-necedores de matéria-prima. O setor
plástico dos EUA emprega 1,1 milhão detrabalhadores e movimenta cerca de US$
379 bilhões em produtos anuais.