plasticidade fenotípica e adaptação

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Plasticidade fenotípica e adaptação

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Page 1: Plasticidade fenotípica e adaptação

Plasticidade fenotípica e adaptação

Page 2: Plasticidade fenotípica e adaptação

Seleção artificial de camundongos para o exercício locomotor voluntário e a

evolução de caracteres fisiológicos.

Page 3: Plasticidade fenotípica e adaptação

• Capacidade aeróbia maior durante corrida forçada

• Menor massa corpórea

• Menor porcentagem de gordura corpórea

• Maior simetria óssea

• Menores níveis de leptina circulante

• Maiores níveis basais de corticosterona

Selecionados apresentam:

Page 4: Plasticidade fenotípica e adaptação

A simple

Mendelian

recessive

Garland et al. 2002

Page 5: Plasticidade fenotípica e adaptação

5 lines have

never shown

the phenotype

Garland et al. 2002

Favored in the

Selected lines

Page 6: Plasticidade fenotípica e adaptação
Page 7: Plasticidade fenotípica e adaptação

Processos de ajuste fenotípico ao ambiente não podem ser adaptações?

Camundongos selecionados e controle não diferem em [GLUT-4] no gastrocnêmio

quando não tem acesso às rodas.

Mas quando passam 6 dias com acesso às rodas...

Gomes et al. 2009. J. Exp. Biol. 212:238-248.

Notem que a [GLUT-4] não é uma simples função da distância percorrida...

Page 8: Plasticidade fenotípica e adaptação

ADAPTAÇÃO

Três principais definições vem sendo amplamente encontradas na

literatura:

1) Em biologia evolutiva, a palavra pode referir-se tanto ao (1)

processo de alteração genética de uma população devido à

seleção natural, quanto (2) as características dos organismos

que aumentam, comparativamente, seu valor adaptativo.

2) Fisiologistas comumente se referem aos processos de ajuste

fenotípico ao ambiente como adaptação – ERRADO!?

“Uma adaptação é a variante fenotípica que resultano mais alto valor adaptativo entre todas aquelasexistentes em um dado ambiente” (Reeve & Sherman 1993).

“Para que uma característica seja consideradaadaptação, deve ser um caráter derivado que evoluiuem resposta a um agente seletivo específico” (Harvey & Pagel 1991).

Page 9: Plasticidade fenotípica e adaptação

A literatura está permeada pela

ideia de que a plasticidade, seja ela

reversível ou não, cíclica ou não, é

instruída pelo genótipo...

Sendo assim, está sujeita à

evolução!

Aguilar-Kirigin & Naya. (2013). Oecologia 173:745-752.

A hipótese da variação climática,

por exemplo, prediz que indivíduos

em latitudes mais elevadas devem

apresentar maior plasticidade

fenotípica!

Page 10: Plasticidade fenotípica e adaptação

Categoria de

plasticidade

Mudança é

reversível?

Variabilidade

intra-individual

Mudança é

sazonalmente cíclica?

Plasticidade de

desenvolvimento

Não Não Não

Polifenismo 1 Não Não Sim

Flexibilidade

fenotípica

Sim Sim Não

Estágios de

historia de vida 2Sim Sim Sim

1 Pode ser considerada uma subcategoria de plasticidade de desenvolvimento2 Estágios de ciclo de vida são uma subcategoria de flexibilidade fenotípica

Piersma & van Gils (2011)

Science (2001), vol. 294 no. 5541 321-326

Plasticidade de desenvolvimento em Daphnia

lumholtzi

Page 11: Plasticidade fenotípica e adaptação

Categoria de

plasticidade

Mudança é

reversível?

Variabilidade

intra-individual

Mudança é

sazonalmente cíclica?

Plasticidade de

desenvolvimento

Não Não Não

Polifenismo 1 Não Não Sim

Flexibilidade

fenotípica

Sim Sim Não

Estágios de

historia de vida 2Sim Sim Sim

1 Pode ser considerada uma subcategoria de plasticidade de desenvolvimento2 Estágios de ciclo de vida são uma subcategoria de flexibilidade fenotípica

Piersma & van Gils (2011)

Hartfelder & Emlen (2005)

Polifenismo em Junonia (Precis) coenia

Page 12: Plasticidade fenotípica e adaptação

Categoria de

plasticidade

Mudança é

reversível?

Variabilidade

intra-individual

Mudança é

sazonalmente cíclica?

Plasticidade de

desenvolvimento

Não Não Não

Polifenismo 1 Não Não Sim

Flexibilidade

fenotípica

Sim Sim Não

Estágios de

historia de vida 2Sim Sim Sim

1 Pode ser considerada uma subcategoria de plasticidade de desenvolvimento2 Estágios de ciclo de vida são uma subcategoria de flexibilidade fenotípica

Piersma & van Gils (2011)

Flexibilidade fenotípica em Python molurus

Page 13: Plasticidade fenotípica e adaptação

Categoria de

plasticidade

Mudança é

reversível?

Variabilidade

intra-individual

Mudança é

sazonalmente cíclica?

Plasticidade de

desenvolvimento

Não Não Não

Polifenismo 1 Não Não Sim

Flexibilidade

fenotípica

Sim Sim Não

Estágios de

historia de vida 2Sim Sim Sim

1 Pode ser considerada uma subcategoria de plasticidade de desenvolvimento2 Estágios de ciclo de vida são uma subcategoria de flexibilidade fenotípica

Piersma & van Gils (2011)

Estágios de história de vida em Lagopus mutus

Page 14: Plasticidade fenotípica e adaptação

Piersma & Drent. (2003). TRENDS in Ecol. Evol.18:228-233.

“Ao invés de apenas enfatizar que a

plasticidade fenotípica pode evoluir e sua

expressão pode ser adaptativa, a variação

fenotípica intra-individual pode demonstrar

como representações fenotípicas de um

mesmo genótipo representam

adaptações”...(Piersma & Drent, 2003).

Aves não somente aumentam o tamanho

da moela quando se alimentam de itens

mais duros, mas também aumentam sua

capacidade de processar estes alimentos...

Page 15: Plasticidade fenotípica e adaptação

“A questão da adaptação ser resultante estritamente da ação da

seleção sobre variantes genéticas ou da auto-organização de

variações prévias precisa ser abordada” Piersma & van Gils (2011)...

Piersma & Drent. (2003). TRENDS in Ecol. Evol.18:228-233

[Baseado em Wikeslki & Thom (2000). Nature 403:37].

Page 16: Plasticidade fenotípica e adaptação

https://en.wikipedia.org/wiki/J

ames_Mark_Baldwin

“Os indivíduos são plásticos”

James Mark Baldwin (1861-1934)

“Esta plasticidade determina quem sobrevive e

deixa descendentes, ditando o curso da evolução”

Sendo assim, a seleção natural atuaria em “variações da direção da

plasticidade”

Acomodação se refere a alterações fenotípicas que ocorrem em resposta ao

ambiente, aumentando as chances de sobrevivência do indivíduo no ambiente

em que estas alterações foram induzidas.

Page 17: Plasticidade fenotípica e adaptação

Waddington (1953) – seleção de limiar de ativação para uma característica

durante o desenvolvimento.

Pupas de Drosophila melanogaster com 21-23 horas

sujeitas a 40oC por 4 horas, desenvolvem asas com

cruzamentos entre veios interrompidos.

http://bulbnrose.x10.mx/Heredity/Waddington/Adaptations

/Adaptations.html

http://biologiadoenvolvimento.blogspot.co

m.br/2011/05/conrad-waddington-e-

heranca-de.html

“Assimilação genética de um efeito ambiental”.

A seleção de indivíduos que respondem à este estímulo ambiental não apenas

aumentou a frequência da resposta fenotípica, mas o estímulo tornou-se

desnecessário para gerar o fenótipo!

Page 18: Plasticidade fenotípica e adaptação

“Assimilação genética é o processo através do qual uma variação

fenotípica induzida pelo ambiente torna-se produzida

constitutivamente (ou seja, não necessita mais do sinal ambiental

para sua expressão)”

Pigliucci et al. (2006).

https://en.wikipedia.org/wiki/Ivan_S

chmalhausen

Ivan Schmalhausen (1949) – “Exposição de

variação fenotípica oculta por um novo estímulo

ambiental, seguida de seleção de reação adaptativa

ao estímulo e, finalmente, seleção estabilizadora da

norma de reação”.

Page 19: Plasticidade fenotípica e adaptação

Pigliucci et al. (2006). J. Exp. Biol. 209:2362-2367.

(1) Organismos são responsivos a alterações ambientais

(2) Respostas fenotípicas, que são muitas vezes adaptativas, representam

reações “normais” a alterações ambientais (Acomodação fenotípica)

(3) Organismos que respondem de forma funcional às novas condições são

selecionados

(4) Alterações genéticas que fazem as mudanças fenotípicas ambientais

mais precisas e menos custosas são selecionadas (Assimilação genética

e/ou acomodação genética).

Page 20: Plasticidade fenotípica e adaptação

Pigliucci et al. (2006). J. Exp. Biol. 209:2362-2367.

Page 21: Plasticidade fenotípica e adaptação

Polypterus senegalus

http://fishaquatics.doomby.com/pa

ges/bichirs-7.html

Standen et al. (2014). Nature 513:54-58.

Page 22: Plasticidade fenotípica e adaptação

Standen et al. (2014). Nature 513:54-58.

Polypterus senegalus

http://fishaquatics.doomby.com/pa

ges/bichirs-7.html

Page 23: Plasticidade fenotípica e adaptação

https://universe-review.ca/I11-33-plastic.jpg

Polypterus senegalus

http://fishaquatics.doomby.com/pa

ges/bichirs-7.html

Page 24: Plasticidade fenotípica e adaptação
Page 25: Plasticidade fenotípica e adaptação