plano municipal de saneamento ... -...
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1
Plano Municipal de Saneamento Bsico
PMSB
Municpio de Pinhalzinho-SC
ETAPA II DIAGNSTICO DA SITUAO DO SANEAMENTO E
DE SEUS IMPACTOS NAS CONDIES DE VIDA DA
POPULAO
Agosto de 2013
2
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BSICO DE
PINHALZINHO - SC
ETAPA II DIAGNSTICO DA SITUAO DO SANEAMENTO E
DE SEUS IMPACTOS NAS CONDIES DE VIDA DA
POPULAO
EQUIPE TCNICA
________________________
Carla Canton Sandrin
Engenheira Sanitarista e Ambiental
CREA 102716-8
_________________________
Manuela Gazzoni dos Passos
Biloga
CRBio 45099-03
________________________
Jackson Casali
Engenheiro Qumico
CREA 103913-5
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IDENTIFICAO CADASTRAL
RAZO SOCIAL: Prefeitura Municipal de Pinhalzinho
CNPJ: 83.021.857/0001-15
ENDEREO: Avenida So Paulo, 1615 - Centro
MUNICPIO: Pinhalzinho-SC
FONE/FAX: (49) 3366 6600
E-MAIL: [email protected]
REPRESENTANTE LEGAL: Prefeito Municipal
ELABORAO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BSICO PMSB
Responsvel: Cerne Ambiental Ltda - ME
CNPJ: 05.658.924.0001/01
Endereo: Av. Nereu Ramos 75D, Sala 1035A, Centro
Municpio/UF: Chapec SC
Fone/fax: (49) 3329 3419
E-mail: [email protected]
Home Page www.cerneambiental.com
http://www.cerneambiental.com/
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EQUIPE TCNICA PRINCIPAL
Carla Canton Sandrin Engenheira Sanitarista e Ambiental CREA 102716-8
Jackson Casali Engenheiro Qumico CREA 103913-5
Manuela G. dos Passos Biloga CRBio 45099-03
EQUIPE DE APOIO
Ana Claudia Maccari Estagiaria
Anglica Sabadini Estagiaria
Andr Schoeninger Arquiteto e Urbanista CAU A65918-5
Dilvana Borges Auxiliar Administrativo
Fabiana Lcia Chiarello Estagiaria
Felipe Forest Tcnico em Geoprocessamento
Guilherme Ruthes Socilogo
Luzitania Boff Pedagoga
Mariane Haack Engenheira Sanitarista e Ambiental CREA 120094-8
Robison Fumagalli Lima Engenheiro Florestal CREA 061352-8
Roslia Barili da Cunha Geloga CREA-SC 122240-2
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ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS.
ADJORI Associao dos Jornais do Interior de Santa Catarina
AMPE Associao das Micro e Pequenas Empresas
ANATEL Agncia Nacional de Telecomunicaes
ASSPLAN Assessoria de Planejamento do SEBRAE/SC
BACEN Banco Central do Brasil
BADESC Agncia de Fomento do Estado de Santa Catarina S/A
CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
CDL Cmara de Dirigentes Lojistas
CASAN Companhia Catarinense de guas e Saneamento
CELESC Centrais Eltricas de Santa Catarina
CIASC Centro de Informtica e Automao do Estado de Santa Catarina
CIDASC Companhia Integrada De Desenvolvimento Agrcola de Santa Catarina
CNAE Classificao Nacional de Atividades Econmicas
CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade
CRESOL Cooperativas de Crdito Rural com Interao Solidria
DENATRAN Departamento Nacional de Trnsito
DEPLA Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comrcio
Exterior
ECINF Economia Informal Urbana
EDUDATA Sistema de Estatsticas Educacionais
EPAGRI Empresa de Pesquisa Agropecuria e Extenso Rural
FECAM Federao Catarinense de Municpios
FIESC Federao das Indstrias do Estado de Santa Catarina
FPM Fundo de Participao dos Municpios
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FUNDEB Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao
FUNDEF Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
GAE Grupo de Atividade Econmica
GE Grande Empresa
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
ICMS Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Prestao de Servios
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renovveis
IDEB ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica
IDF ndice de Desenvolvimento Familiar
IDH ndice de Desenvolvimento Humano
IFDM ndice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Ansio Teixeira
IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano
IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte
ISS Imposto Sobre Servios
ITBI Imposto Sobre Transmisso de Bens Imveis
MDE Mdia Empresa
MDIC Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior
MDS Ministrio do Desenvolvimento Social
ME Microempresa
MTE Ministrio do Trabalho e Emprego
PAA Posto Avanado de Atendimento
PAB Posto de Atendimento Bancrio
PAE Posto de Atendimento Bancrio Eletrnico
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PAP Posto Bancrio de Arrecadao e Pagamento
PAT Posto de Atendimento Transitrio
PE Pequena Empresa
PEA Populao Economicamente Ativa
PIB Produto Interno Bruto
PNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento
QL Quociente Locacional
RAIS Relao Anual de Informaes Sociais
SANTUR Santa Catarina Turismo S/A
SC Estado de Santa Catarina
SDR Secretaria de Desenvolvimento Regional
SEBRAE Servio de Apoio s Micro e Pequenas Empresas
SECEX Secretaria de Comrcio Exterior
SICOOB Sistema de Cooperativas de Crdito do Brasil
SICREDI Sistema de Crdito Cooperativo
SIM Sistema de Informaes sobre Mortalidade
SINASC Sistema de Informaes de Nascidos Vivos
SISTEC Sistema Nacional de Informaes da Educao Profissional e Tecnolgica
SUAS Sistema nico de Assistncia Social
SUS Sistema nico de Sade
TI Tecnologia da Informao
VAB Valor Adicionado Bruto
VAF Valor Adicionado Fiscal
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SUMRIO
1. APRESENTAO __________________________________________________ 16
2. DEFINIES _____________________________________________________ 18
3. CONSIDERAES GERAIS ___________________________________________ 21
4. DIAGNSTICO SCIO-ECONMICO E AMBIENTAL_______________________ 24
4.1. Dados Gerais do Municpio _________________________________________ 24
4.2. Decretos de Criao do Municpio ___________________________________ 25
4.3. Ocupao e Formao Histrica _____________________________________ 25
4.4. Diviso Territorial e Formaes Administrativas ________________________ 26
4.5. Demografia______________________________________________________ 28
4.5.1. Evoluo da Populao ____________________________________________ 28
4.5.2. Populao Rural e Urbana __________________________________________ 29
4.5.3. Taxas de Crescimento Populacional __________________________________ 29
4.5.4. Ocupao Urbana e Densidade Demogrfica ___________________________ 31
4.6. Atividades Produtivas _____________________________________________ 31
4.6.1. Agricultura ______________________________________________________ 31
4.6.2. Pecuria ________________________________________________________ 33
4.6.3. Silvicultura ______________________________________________________ 36
4.6.4. Indstria ________________________________________________________ 36
4.6.5. Comrcio e Servios _______________________________________________ 37
4.7. Infraestrutura ____________________________________________________ 37
4.7.1. Energia _________________________________________________________ 37
4.7.2. Transportes _____________________________________________________ 39
4.7.3. Comunicao ____________________________________________________ 40
4.7.4. Sade __________________________________________________________ 41
4.7.5. Educao _______________________________________________________ 45
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4.7.6. Indicadores Sociais e Econmicos do Municpio ________________________ 49
4.7.7. Saneamento _____________________________________________________ 50
4.7.8. Planos, programas e projetos existentes para a regio ___________________ 52
4.7.9. Associativismo ___________________________________________________ 52
5. LEVANTAMENTO DA LEGISLAO E ANLISE DOS INSTRUMENTOS LEGAIS DE
SANEAMENTO AMBIENTAL______________________________________________ 54
5.1. Legislao no mbito Federal _______________________________________ 54
5.2. Legislao no mbito Estadual ______________________________________ 57
5.3. Legislao no mbito Municipal _____________________________________ 58
5.4. Instrumentos Legais de Saneamento Bsico ___________________________ 58
6. DIAGNSTICO DA DINMICA SOCIAL DO MUNICPIO ____________________ 60
6.1. Identificao de Atores Sociais Atuantes no Municpio: Grupos Sociais e
Econmicos Organizados _______________________________________________ 61
6.1.1. Caracterizao das Instituies relacionadas com o Gerenciamento de
Recursos Hdricos _____________________________________________________ 61
6.1.2. Instituies de mbito municipal e intermunicipal ______________________ 62
6.1.3. Instituies de mbito Estadual _____________________________________ 63
6.1.4. Instituies de mbito Federal ______________________________________ 67
7. CARACTERIZAO AMBIENTAL ______________________________________ 71
7.1. Clima ___________________________________________________________ 71
7.2. Geologia e Pedologia ______________________________________________ 72
7.3. Geomorfologia e Relevo ___________________________________________ 72
7.4. Hidrografia ______________________________________________________ 73
7.5. Vegetao_______________________________________________________ 75
8. DIAGNSTICO DOS SERVIOS DE ABASTECIMENTO DE GUA _____________ 78
10
8.1. Aspectos Legais __________________________________________________ 78
8.2. Sistema de Abastecimento de gua rea Urbana de Pinhalzinho _________ 80
8.2.1. Captao e Aduo _______________________________________________ 81
8.2.2. Tratamento da gua ______________________________________________ 83
8.2.3. Aduo de gua Tratada ___________________________________________ 84
8.2.4. Reservatrios ____________________________________________________ 84
8.2.5. Ligaes Prediais _________________________________________________ 85
8.2.6. Receitas e Custos _________________________________________________ 86
8.3. Avaliao do Sistema: Demanda X Consumo ___________________________ 88
8.4. Capacidade do Reservatrio ________________________________________ 89
8.5. Qualidade da gua________________________________________________ 89
8.6. Doenas de Veculao Hdrica ______________________________________ 90
8.7. Sistemas de Abastecimento - rea Rural ______________________________ 91
8.8. Apontamentos Sobre o Sistema de Abastecimento de gua ______________ 91
9. DIAGNSTICO DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESDUOS SLIDOS _____ 93
9.1. Aspectos Legais __________________________________________________ 93
9.2. Limpeza Urbana __________________________________________________ 94
9.3. COLETA CONVENCIONAL ___________________________________________ 97
9.4. Quantificao dos Resduos ________________________________________ 99
9.5. Coleta Seletiva __________________________________________________ 102
9.6. Classificao dos Resduos Slidos Urbanos ___________________________ 104
9.7. Embalagens de Produtos Agrotxicos _______________________________ 106
9.8. Resduos de Servios de Sade _____________________________________ 107
9.9. Destinao Final _________________________________________________ 108
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9.10. Aterro Sanitrio da Empresa Contratada _____________________________ 108
9.11. Depsitos Irregulares _____________________________________________ 110
9.12. Apontamentos Sobre Resduos Slidos ______________________________ 112
10. DIAGNSTICO DOS SERVIOS DE ESGOTO SANITRIO __________________ 113
10.1. Conceitos Bsicos e Aspectos Legais _________________________________ 113
10.2. Ciclo do Uso da gua _____________________________________________ 114
10.3. Sistemas Indivduais _____________________________________________ 118
10.4. Lanamento Clandestino __________________________________________ 121
10.5. Estimativa de Esgoto Gerado no Muncpio____________________________ 121
10.6. reas de Risco de Contaminao por Esgotos _________________________ 122
10.7. Apontamentos Sobre Esgotamento Sanitrio ________________________ 122
11. DIAGNSTICO DE DRENAGEM E MANEJO DE GUAS PLUVIAIS ___________ 124
11.1. Sistemas de Drenagem ___________________________________________ 124
11.1.1.Microdrenagem ________________________________________________ 125
11.1.2.Macrodrenagem________________________________________________ 126
11.2. Aspectos Legais _________________________________________________ 126
11.3. Bacias Hidrogrficas ______________________________________________ 128
11.4. ndices Pluviomtricos ____________________________________________ 129
11.4.1.Precipitao ___________________________________________________ 130
11.4.2.Equaes de chuva. _____________________________________________ 130
11.5. Situao Atual da Drenagem e Manejo de guas Pluviais________________ 131
12. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS _____________________________________ 135
13. ANEXOS_________________________________________________________143
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QUADROS
Quadro 1: Evoluo Populacional de Pinhalzinho .................................................. 28
Quadro 2: Taxa de Crescimento anual da populao............................................. 30
Quadro 3: Quantidade produzida, rea plantada e rendimento dos produtos
agrcolas da lavoura temporria ............................................................................ 32
Quadro 4: Quantidade produzida, rea plantada e rendimento dos produtos
agrcolas da lavoura permanente .......................................................................... 33
Quadro 5: Produo agropecuria ......................................................................... 34
Quadro 6: Quantidade produzida na silvicultura, por tipo de produto ................. 36
Quadro 7: Ramos das Indstrias presentes em Pinhalzinho .................................. 36
Quadro 8: Setor comercial e servios do municpio ............................................... 38
Quadro 9: Nmero, Classe de consumidores e consumo (KW) de energia eltrica
de Pinhalzinho. ...................................................................................................... 39
Quadro 10: Frota de veculos por tipo ................................................................... 39
Quadro 11: Estabelecimentos de sade cadastrados do Municpio de Pinhalzinho
............................................................................................................................... 41
Quadro 12: Equipe Tcnica de Sade ..................................................................... 42
Quadro 13: Taxa de mortalidade infantil ............................................................... 44
Quadro 14: Esperana de vida ao nascer no Municpio de Pinhalzinho ................. 44
Quadro 15: Nmero de escolas, matrculas e docentes no municpio de acordo
com o nvel de ensino e a unidade educacional..................................................... 47
Quadro 16: Taxa de analfabetismo por faixa etria............................................... 47
Quadro 17: IDEB observado no ano de 2011 ......................................................... 49
Quadro 18: Associao de Municpios atuante ...................................................... 62
Quadro 19: Qualidade da gua (n de anlise) ...................................................... 90
Quadro 20: Servios prestados, responsabilidade e frequncia. ........................... 95
Quadro 21: Descrio dos servios e valores pagos pela Prefeitura Municipal ... 100
Quadro 22: Descrio dos servios e valores pagos pela Prefeitura Municipal ... 100
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Quadro 23: Lacunas encontradas no setor de Resduos Slidos .......................... 106
Quadro 24: Quadro de efeitos do esgoto. ........................................................... 116
Quadro 25: Estimativa da eficincia esperada nos diversos nveis de tratamento
incorporados numa ETE. ...................................................................................... 118
Quadro 26: Domiclios particulares permanentes por situao e tipo de
esgotamento sanitrio. ........................................................................................ 119
Quadro 27: Intervalo de Maior Intensidade de Precipitao ............................... 131
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FIGURAS
Figura 1: Localizao de Pinhalzinho-SC .................................................................. 24
Figura 2: Acesso ao Municpio ................................................................................ 25
Figura 3: Evoluo da populao de Pinhalzinho. .................................................... 28
Figura 4: Populao urbana e rural de Pinhalzinho ................................................. 29
Figura 5: Grfico da Taxa de crescimento da populao ......................................... 30
Figura 6: Produtos Lavoura Temporria .................................................................. 32
Figura 7: Produtos Lavoura Permanente ................................................................. 33
Figura 8: Grfico Quantidade de Rebanho (cabeas) .............................................. 35
Figura 9: Grfico da Quantidade de Produtos ......................................................... 35
Figura 10: Hospital Beneficente de Pinhalzinho ...................................................... 42
Figura 11: Mapa do Brasil com classificao climtica segundo Koppen.................. 71
Figura 12: Altimetria do Municpio de Pinhalzinho.................................................. 73
Figura 13: Rede hidrogrfica de Santa Catarina ...................................................... 74
Figura 14: Bacias Hidrogrficas de Santa Catarina ................................................... 75
Figura 15: Mapa de Biomas Brasileiros ................................................................... 76
Figura 16: Mapa fitogeogrfico de Santa Catarina, adaptado de KLEIN, 1978. ........ 76
Figura 17: Captao 01 - CASAN. ............................................................................ 81
Figura 18: Captao 01 Lageado Limeira. ............................................................. 82
Figura 19: Captao 02 - CASAN Lageado Ramos. ................................................ 82
Figura 20: ETA sistema CASAN ................................................................................ 83
Figura 21: Reservatrio CASAN - Bairro Maria Terezinha ........................................ 85
Figura 22: Fatura de gua CASAN ........................................................................... 87
Figura 23: Varrio das ruas na rea central do Municpio ...................................... 96
Figura 24: Terreno para destinao dos resduos de capina e varrio. .................. 96
Figura 25: Lixeira e acondicionamento dos resduos domsticos no Municpio ....... 97
Figura 26: Lixeiras pblicas da rea Urbana de Pinhalzinho .................................... 98
Figura 27: rea urbana de Pinhalzinho ................................................................... 99
15
Figura 28: Caminho da Coleta Seletiva de Pinhalzinho ........................................ 103
Figura 29: Caracterizao dos resduos ................................................................. 105
Figura 30: Aterro sanitrio da Tucano Obras e Servios Ltda Saudades SC. ........ 109
Figura 31: Autoclave empresa TUCANO Obras e Servios Ltda. ............................. 109
Figura 32: Armazenamento de Resduos Eletrnicos ............................................ 111
Figura 33: Disposio de entulhos na rea urbana. ............................................... 111
Figura 34: Resduos da construo civil na rea urbana. ....................................... 112
Figura 35: Fossa sptica de acordo com normais legais. ....................................... 119
Figura 36: Possvel destino de esgotamento sanitrio (bocas de lobo) .................. 123
Figura 37- Mapa Hidrogrfico ............................................................................... 128
Figura 38: Total de Chuvas no Municpio de Pinhalzinho. ..................................... 129
Figura 39: Mdia da precipitao mensal do municpio de Pinhalzinho. ............... 130
Figura 40: Boca de Lobo com grelha. .................................................................... 132
Figura 41: Boca de lobo com gralha em estado precrio. ...................................... 133
Figura 42: Via sem boca de lobo. .......................................................................... 134
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1. APRESENTAO
Conforme exigncia prevista no Artigo 9, Pargrafo I, da Lei Federal
n11.445 de 05 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento bsico, fica o Municpio de Pinhalzinho obrigado a elaborar o Plano
Municipal de Saneamento Bsico. Tal Plano ser um requisito prvio para que o
municpio possa ter acesso aos recursos pblicos no onerosos e onerosos para
aplicao em aes de saneamento bsico.
O Plano abrange os servios relativos a abastecimento de gua,
esgotamento sanitrio, limpeza urbana e manejo de resduos slidos, como
tambm, drenagem e manejo de guas pluviais.
O objetivo do Plano estabelecer um planejamento das aes de
saneamento com a participao popular atendendo aos princpios da poltica
nacional de saneamento bsico com vistas melhoria da salubridade ambiental, a
proteo dos recursos hdricos e promoo da sade pblica, quanto aos servios
de abastecimento de gua potvel, esgotamento sanitrio, limpeza urbana e
manejo de resduos slidos e drenagem e manejo das guas pluviais urbanas.
O Plano Municipal de Saneamento Bsico (PMSB) ser desenvolvido
observando as etapas a seguir:
ETAPA I: A - Plano de trabalho;
ETAPA I: B - Plano de Mobilizao Social;
ETAPA II - Diagnstico da situao da prestao dos servios de saneamento bsico
e seus impactos nas condies de vida e no ambiente natural, caracterizao
institucional da prestao dos servios e capacidade econmico-financeira do
municpio.
ETAPA III - Prognsticos e alternativas para universalizao dos servios de
saneamento bsico. Objetivos e Metas.
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ETAPA IV - Concepo dos programas, projetos e aes necessrias para atingir os
objetivos e as metas do PMSB. Definio das aes para emergncia e contingncia
para o municpio. Mecanismos e procedimentos para o controle social.
ETAPA V - Relatrio Final do Plano Municipal de Saneamento Bsico.
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2. DEFINIES
Para o Plano Municipal de Saneamento Bsico PMSB de Pinhalzinho so
adotadas as seguintes definies:
Salubridade ambiental: qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrncia de
doenas veiculadas pelo meio ambiente e de promover o aperfeioamento das
condies mesolgicas favorvel sade da populao urbana e rural.
Saneamento ambiental: conceito amplo que envolve um conjunto de aes,
servios e obras que tm por objetivo alcanar nveis crescentes de salubridade
ambiental, por meio do abastecimento de gua potvel, coleta e disposio
sanitria de resduos lquidos, slidos e gasosos, promoo da disciplina sanitria do
uso e ocupao do solo, drenagem urbana, controle de vetores de doenas
transmissveis e demais servios e obras especializadas.
Saneamento bsico: compreende os seguintes servios, conforme Lei Federal n
11.445/07;
a) Abastecimento de gua potvel: constitudo pelas atividades, infraestruturas e
instalaes necessrias ao abastecimento pblico de gua potvel, desde a
captao at as ligaes prediais e respectivos instrumentos de medio;
b) Esgotamento sanitrio: constitudo pelas atividades, infraestruturas e instalaes
operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposio final adequados dos
esgotos sanitrios, desde as ligaes prediais at o seu lanamento final no meio
ambiente;
c) Limpeza urbana e manejo de resduos slidos: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalaes operacionais de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destino final do lixo domstico e do lixo originrio da varrio e
limpeza de logradouros e vias pblicas;
d) Drenagem e manejo das guas pluviais urbanas: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalaes operacionais de drenagem urbana de guas pluviais,
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de transporte, deteno ou reteno para o amortecimento de vazes de cheias,
tratamento e disposio final das guas pluviais drenadas nas reas urbanas.
Plano Municipal de Saneamento Bsico: instrumento da poltica municipal de
saneamento que abrange o conjunto de diretrizes, metas, estratgias e programa
de investimentos contemplando projetos, programas e aes orientativas do
desenvolvimento dos sistemas e da prestao dos servios elencados no conceito
de saneamento bsico estabelecido na Lei Federal n 11.445/07 e as interfaces dos
quatro elementos. Objetiva integrar as aes de saneamento com as polticas
pblicas relacionadas, em especial, s polticas de recursos hdricos, sade pblica e
desenvolvimento urbano.
Dever abranger toda a extenso territorial do municpio, com nfase nas
reas urbanas, assim definidas por lei, identificando-se todas as localidades - como
distritos, comunidades rurais, etc. a serem atendidas pelos sistemas pblicos de
saneamento bsico, sejam integrados ou isolados.
Universalizao: ampliao progressiva do acesso de toda a populao aos
sistemas e servios de saneamento bsico.
Uso sustentvel dos recursos hdricos: respeito disponibilidade hdrica das
respectivas bacias hidrogrficas, tendo em vista suprir as necessidades das
populaes atuais sem afetar a possibilidade de uso pelas geraes futuras.
Prestao adequada dos servios: a prestao de servios nos termos das Leis
Federais n 8.987/95 e 11.445/2007.
Dentro dessas definies, cabe ressaltar a diferena entre o Plano e o
Projeto de Execuo. Plano a idealizao de solues. o que envolve a
formulao sistematizada de um conjunto de decises integrantes, expressas em
objetivos e metas e que explica os meios disponveis e/ou necessrios para alcan-
los, num dado prazo. J Projeto a materializao daquelas ideias com vistas a
20
levantamento de custos, necessidades e dificuldades a serem superadas. Execuo
a colocao em prtica daquilo que foi idealizado e projetado.
21
3. CONSIDERAES GERAIS
Nesta ETAPA II Diagnstico da Situao do Saneamento e de seus Impactos
nas Condies de Vida da Populao, sero apresentadas as condies que
nortearo o processo de planejamento, objeto do estudo. Porm, o escopo de
planejamento do PMSB extrapola questes de natureza tcnica, relacionadas
exclusivamente infraestrutura dos sistemas e se prope a definir um plano diretor
de gesto. Assim, considera aspectos relacionados modalidade institucional de
prestao do servio, o relacionamento com o usurio, o controle operacional dos
quatros setores (gua, esgoto, drenagem e resduos slidos) e outros que sero
objeto de detalhamento nesta etapa.
Os estudos para o diagnstico da situao de cada um dos servios de
saneamento bsico sero elaborados a partir de dados secundrios e primrios,
contendo a rea de abrangncia, inspees de campo e coletas de dados.
O diagnstico contemplar, ainda, a apresentao de indicadores sanitrios,
epidemiolgicos, ambientais e socioeconmicos, apontando as causas das
deficincias detectadas para os servios de saneamento bsico.
Aps a identificao dos elementos nos segmentos do saneamento bsico,
sero propostas metas e aes, estabelecendo as prioridades de acordo com a
necessidade de atendimento em: aes imediatas, de curto, de mdio e de longo
prazo, para o horizonte de plano de 20 anos.
Nesse contexto, o Governo do Estado de Santa Catarina vem se
empenhando em promover a universalizao do acesso aos servios de saneamento
bsico, no mais curto prazo possvel e de forma a garantir o uso sustentvel dos
recursos hdricos e um meio ambiente saudvel em todo o seu territrio. Como
parte da Poltica Estadual de Saneamento, a Lei Estadual n 12.037, de 19 de
dezembro de 2003, que dispe sobre a Poltica Estadual de Saneamento e d outras
providncias. As iniciativas de, por um lado, articular as aes de saneamento que
competem ao Estado com foco nas Bacias Hidrogrficas como unidades de
22
planejamento e, de outro, prover assistncia tcnica aos municpios, tm como
objetivos identificar e propor alternativas que traduzam as necessidades locais, que
respeitem as caractersticas e a individualidade dos municpios, e que priorizem a
mxima utilizao dos ativos existentes por meio do aprimoramento da gesto e da
eficincia operacional.
O produto deste trabalho permitir o monitoramento dos indicadores de
desempenho do municpio de Pinhalzinho, como resultado, espera-se contribuir
para o alcance dos objetivos gerais da Poltica Nacional de Saneamento, com
destaque para a universalizao da coleta e do tratamento de esgotos e adoo de
tecnologias inovadoras para o tratamento e disposio final dos resduos slidos.
O planejamento dos servios de saneamento, de forma articulada com as
questes ambientais, de recursos hdricos e de desenvolvimento urbano condio
essencial para potencializar o impacto dos investimentos a serem realizados e
proporcionar a universalizao do acesso da populao aos servios pblicos
essenciais que tm forte relao com sade pblica e qualidade de vida.
Neste contexto, o uso racional e integrado dos recursos naturais buscar a
sustentabilidade e segurana hdrica, mediante equacionamento adequado entre a
oferta e a demanda por servios de saneamento ao longo dos prximos 20 anos.
Em linhas gerais, a Lei n 11.445/07, editada em 5 de janeiro de 2007, trouxe
nova disciplina para a prestao de servios de saneamento, exigindo a segregao
das funes de regulao e fiscalizao da prestao direta dos servios, alm de
obrigar a contratualizao da relao entre prestadores e poder concedente, que
passar a ser regulada por entes independentes. Alm disso, juntamente com a Lei
n 11.107/05, a Lei de Saneamento definiu novos contornos para o relacionamento
entre Estado, municpios e prestadores de servios, dispondo sobre o contedo e o
formato dos convnios de cooperao e contratos de programa/concesso a serem
firmados.
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A nova legislao demanda a elaborao, pelos titulares dos servios de
saneamento, de planos de longo prazo, compatibilizados com os Planos de Bacias
Hidrogrficas, que estimulem a viabilidade econmica de sua prestao. Esta
determinao passou a constituir requisito para a delegao da prestao dos
servios e para a obteno de recursos financeiros federais.
24
4. DIAGNSTICO SCIO-ECONMICO E AMBIENTAL
4.1. DADOS GERAIS DO MUNICPIO
O municpio est localizado no centro da microrregio Oeste do Estado de
Santa Catarina, situando-se entre dois grandes centros, Chapec e So Miguel do
Oeste (Figura 1). Possui o territrio de 128,159 km e populao de 16.332
habitantes, uma latitude 265053 e uma longitude 5259'31segundo dados do
Instituto de Geografia e Estatstica- IBGE/2010.
Figura 1: Localizao de Pinhalzinho-SC
Fonte: Cerne Ambiental
25
A distncia da capital, Florianpolis de ate 670 km. O principal acesso
rodovirio feito pela rodovia BR 282 (Figura 2). Seus municpios limtrofes so:
Saudades, Modelo, Sul Brasil, guas Frias, Nova Erechim e Unio do Oeste.
Figura 2: Acesso ao Municpio
Fonte: http://maps.google.com.br/
4.2. DECRETOS DE CRIAO DO MUNICPIO
Distrito criado com a denominao de Pinhalzinho, pela lei municipal n 30,
de 12 de maio de 1956. Desmembrado do distrito de Saudade, subordinado ao
municpio de So Carlos no antigo distrito de Pinhalzinho (ex-povoado). Constitudo
do distrito sede. Instalado em 31-12-1961.
4.3. OCUPAO E FORMAO HISTRICA
At 1931, o nome de Pinhalzinho era desconhecido. No local onde hoje se
ergue cidade, s havia mato. Predominavam pequenas matas de pinheiro, que
futuramente designaria o surgimento do nome: Pinhalzinho, que hoje denomina o
municpio.
http://maps.google.com.br/
26
Os primeiros moradores que habitaram a Regio, conhecendo a fertilidade
desta terra, vieram procura de novas fontes de renda. Sua grande maioria era
originria do Estado do Rio Grande do Sul. Sob todos os aspectos, fizeram logo a
divulgao entre seus familiares ainda residentes no Estado vizinho, comeando
assim a corrente imigratria trazendo grande leva de colonizadores, advindos dos
mais diversos pontos. Deve-se tambm o incio do povoamento boa localizao
geogrfica, sendo considerada como corao da Regio Oeste Catarinense, devido
sua centralizao.
Pinhalzinho, inicialmente era pertencente ao municpio de Chapec, cuja
jurisdio abrangia todo o Oeste de Santa Catarina. Posteriormente, seu territrio
passou a pertencer ao municpio de So Carlos - SC, at ento centro urbano mais
prximo. (IBGE)
4.4. DIVISO TERRITORIAL E FORMAES ADMINISTRATIVAS
Em diviso territorial datada de 31-12-1963, o municpio constitudo do
distrito sede. Assim permanecendo em diviso territorial datada de 01-06- 1995.
Pela lei municipal n 1079, de 12-10-1995, criado o distrito de Linha
Machado e anexado ao municpio de Pinhalzinho.
Pela lei municipal 1145, de 09-05-1997, o distrito de Linha Machado passa a
denominar-se simplesmente Machado.
Em diviso territorial datada de 2003, o municpio constitudo de 2
distritos: Pinhalzinho e Machado. Assim permanecendo em diviso territorial
datada de 2007.
O municpio ainda apresenta 15 linhas, as quais so:
Linha Anta Gorda;
Linha Boa Vista;
27
Linha Galiazzi;
Linha Gacha;
Linha Lourdes;
Linha Navegantes;
Linha Nova Esperana;
Linha Pio X;
Linha Riqueza;
Linha Salete;
Linha Santa Lcia;
Linha So Paulo;
Linha Terezinha;
Linha Tiradentes;
Linha Volta Grande;
Secretarias Municipais:
Gabinete do Prefeito
Secretaria de Administrao e Planejamento
Secretaria de Finanas e Desenvolvimento Econmico
Secretaria de Transportes, Obras e Servios Pblicos
Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente
Secretaria da Sade
Secretaria de Assistncia Social
Secretaria de Educao e Cultura
Fundao Municipal de Esportes
28
4.5. DEMOGRAFIA
4.5.1. EVOLUO DA POPULAO
O Quadro 1 e o grfico da Figura 3 apresentam a evoluo populacional da
rea atual do municpio de Pinhalzinho, nos anos de 1991 a 2010, de acordo com os
censos e contagens populacionais efetuados pelo IBGE.
Quadro 1: Evoluo Populacional de Pinhalzinho
Ano Populao Total (hab.)
1991 10673
1996 10997
2000 12356
2007 14691
2010 16332
Fonte: IBGE/2010
Figura 3: Evoluo da populao de Pinhalzinho.
Fonte: IBGE/2010
1991 1996 2000 2007 2010
1067310997
12356
14691
16332
Evoluo Populacional
Ano
Po
pu
l
o (
ha
b.)
29
4.5.2. POPULAO RURAL E URBANA
Segundo o ultimo censo do IBGE (2010), o municpio possua 16.332
habitantes, desses 13.615 habitantes que viviam na zona urbana e 2.717 habitantes
na zona rural. Na estimativa feita pelo IBGE, no ano de 2013 existe 17.868
habitantes no municpio. Na Figura 4, a populao de Pinhalzinho divida entre rural
e urbana.
Figura 4: Populao urbana e rural de Pinhalzinho
Fonte: IBGE/2010
4.5.3. TAXAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL
A evoluo das taxas de crescimento anual da populao total do Brasil, do
Estado de Santa Catarina e do municpio de Pinhalzinho, entre os anos de 1970 e
2007 mostrada no Quadro 2, com bases nos dados do IBGE.
No Quadro 2 e Figura 5, mostrada a taxa de crescimento anual da
populao no Brasil, no estado de Santa Catarina e no municpio de Pinhalzinho.
83%
17%
Populao rural e Urbana (IBGE,2010)
Urbana
Rural
30
Quadro 2: Taxa de Crescimento anual da populao
PERODO
TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL DA POPULAO (%)
Brasil Santa Catarina Pinhalzinho
1991/1996 1,36 1,43 0,6
1996/2000 1,97 2,39 2,96
2000/2007 1,15 1,30 2,5
2007/2009 2,61 2,13 3,59
Fonte: BRASIL/IBGE
Figura 5: Grfico da Taxa de crescimento da populao
Fonte: Cerne Ambiental
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
1991/1996 1996/2000 2000/2007 2007/2009
Brasil
Santa Catarina
31
4.5.4. OCUPAO URBANA E DENSIDADE DEMOGRFICA
Santa Catarina, a partir de 1950, acompanhando a tendncia brasileira,
apresentou um forte crescimento no nmero de habitantes urbanos. A taxa de
urbanizao do Estado, nesta dcada, era de 34,1%. Desde ento, de forma
progressiva, a populao catarinense vem se concentrando nas cidades. Segundo o
ltimo censo feito pelo IBGE, a populao de Pinhalzinho contava em 2010 com
16.332 habitantes, desses 13.615 habitantes que viviam na zona urbana do
municpio. Esses nmeros apontam uma taxa de urbanizao de 59,43%, e
densidade demogrfica de 127,30 habitantes por Km, registradas no ano de 2010.
4.6. ATIVIDADES PRODUTIVAS
4.6.1. AGRICULTURA
Nas propriedades rurais do municpio desenvolvem-se predominantemente
cultivos agrcolas temporrios, destacando-se o plantio do milho, soja, feijo e trigo.
No Quadro 3, apresenta-se a quantidade produzida, rea plantada e o
rendimento dos produtos agrcolas da lavoura temporria, segundo o tipo de
produto cultivado. Da mesma forma, no Quadro 3, dos produtos da lavoura
permanente. A Figura 6 torna mais fcil a visualizao dos dados do Quadro 3 ao
passo que a Figura 7 faz o mesmo referente ao Quadro 4.
32
Quadro 3: Quantidade produzida, rea plantada e rendimento dos produtos
agrcolas da lavoura temporria
Produto Quantidade
(Toneladas)
rea Plantada
(ha)
Rendimento (Kg/ha)
Arroz 30 30 100
Feijo 564 370 3000
Fumo 790 494 1599
Mandioca 3000 150 2000
Milho 21840 2600 8400
Soja 7200 2000 3600
Trigo 2700 900 3000
Fonte: BRASIL / IBGE / SIDRA Produo Agrcola Municipal
Figura 6: Produtos Lavoura Temporria
Fonte: IBGE
2% 2%
8%
60%
20%
8%
Lavoura Temporria (toneladas)
Produto
Arroz
Feijo
Fumo
Mandioca
Milho
Soja
Trigo
33
Quadro 4: Quantidade produzida, rea plantada e rendimento dos produtos
agrcolas da lavoura permanente
Produto Quantidade (toneladas) rea plantada (ha) Rendimento (Kg/ha)
Caqui 15 3 500
Laranja 300 30 1000
Pssego 30 5 6000
Uva 100 10 1000
Fonte: BRASIL / IBGE / SIDRA Produo Agrcola Municipal 2008.
Figura 7: Produtos Lavoura Permanente
Fonte: IBGE
4.6.2. PECURIA
Quanto pecuria, os dados apresentados no Quadro 5 indicam que o maior
efetivo na rea do municpio o de Galos, Frangos, Pintos com produo de
1.845.000 cabeas. Referente aos demais efetivos, observa-se que outros de maior
3%
67%
7%
23%
Lavoura Permanente
Caqui
Laranja
Pssego
Uva
34
relevncia so os de sunos, com 36.050 cabeas, e o de bovinos, com 16.585
cabeas, como pode ser observado na Figura 8.
A Figura 9 apresenta outros produtos de origem animal produzidos no
municpio de Pinhalzinho como Mel e Ovos.
Quadro 5: Produo agropecuria
Rebanho/ Produo Produo
Bovinos 16.585 cabeas
Equinos 185 cabeas
Bubalinos 10 cabeas
Asininos 9 cabeas
Sunos 36.050 cabeas
Caprinos 265 cabeas
Ovinos 910 cabeas
Galos, frangas, frangos e pintos 1.845.000 cabeas
Galinhas 2.400 cabeas
Codornas 32 cabeas
Coelhos 250 cabeas
Vacas ordenhadas 4.100 cabeas
Ovos de galinha 22 mil dzias
Mel de abelha 20000 kg
Fonte: BRASIL / IBGE / SIDRA Pesquisa Pecuria Municipal 2008.
35
Figura 8: Grfico Quantidade de Rebanho (cabeas)
Fonte: IBGE
Figura 9: Grfico da Quantidade de Produtos
Fonte: IBGE
16.585
185
10
9
36.050
265
910
2.400
32
250
4.100
Rebanho (cabeas) Bovinos
Equinos
Bubalinos
Asininos
Suinos
Caprinos
Ovinos
Codornas
Coelhos
Vacas ordenhadas
92%
8%
Porcentagem de Produtos
Ovos galinha
mel de abelha
36
4.6.3. SILVICULTURA
A produo silvcola apresentada no Quadro 6. Conforme se pode
observar, o produto que teve maior expresso no ano de 2011 foi a lenha.
Quadro 6: Quantidade produzida na silvicultura, por tipo de produto
Produto Quantidade produzida Unidade
Madeira em lenha 1.300 Metros Cbicos
Madeira em tora 150 Metros Cbicos
Prod. Silvicultura (lenha) 6.500 Metros Cbicos
Prod. Silvicultura (em tora) 650 Metros Cbicos
Madeira em tora para outras finalidades
650 Metros Cbicos
Fonte: BRASIL / IBGE / SIDRA Produo da Silvicultura 2011.
4.6.4. INDSTRIA
A partir de dados obtidos juntamente com a Prefeitura Municipal de
Pinhalzinho, o Quadro 7 mostra os diferentes ramos das indstrias instaladas no
municpio, sendo que essas esto distribudas em quatro diferentes setores.
Quadro 7: Ramos das Indstrias presentes em Pinhalzinho
RAMO DE ATIVIDADE QUANTIDADE
Moveleiro 12
Metal mecnico 9
Eletrnicos/ Eletrodomsticos 5
Agroindstria 1
Fonte: Prefeitura Municipal de Pinhalzinho
37
4.6.5. COMRCIO E SERVIOS
O setor de comrcio e prestaes de servios no municpio bastante
amplo, incluindo: postos de combustvel; bares e lanchonetes; restaurantes,
padarias e confeitarias, alm de hotis, mercados e Outros, incluindo lojas,
escritrios, academias, hotis, salo de beleza. No Quadro 8 , as quantidades e os
setores de servios presentes no municpio.
No setor bancrio tm-se o posto de atendimento do Sicredi, Sicoob, Banco
do Brasil, Caixa Econmica Federal, Cresol e Bradesco.
4.7. INFRAESTRUTURA
4.7.1. ENERGIA
O fornecimento de energia eltrica na sede municipal, rea urbana, de
Pinhalzinho de responsabilidade da Centrais Eltricas de Santa Catarina S.A.
CELESC. J na rea rural, o fornecimento feito pela Cooperativa de Eletrificao e
Desenvolvimento Rural Vale do Ara - CERA, de Saudades-SC. O Quadro 9 a
seguir apresenta o nmero de consumidores e o consumo de energia eltrica (em
KW) no Municpio em 2012, de acordo com a CELESC.
38
Quadro 8: Setor comercial e servios do municpio
Setor do comrcio Quantidade de
estabelecimentos
Supermercados 09
Padaria e confeitaria 08
Mini mercados 10
Confeces 32
Materiais de construo 31
Produtos veterinrios e agrcolas 13
Comrcio em geral- Armarinhos (aougue, mercado, padaria, venda de artigos de papelaria e brinquedos)
13
Papelaria, brinquedos e utilidades. 11
Calados 28
Mveis e eletro domsticos 15
Farmcia e drogaria 12
Bar/ bar e armazm/ bar e restaurante 68
Posto de combustvel 05
Autopeas para veculos 42
Revenda de bebidas e gs 11
Floricultura ou viveiro de mudas 01
udio, vdeo, aparelhos eltricos e som. 13
Sorveteria 03
Equipamentos de informtica 19
Pneus 06
Transporte rodovirio 01
Construo nmero de unidades locais 4.900
Atividades imobilirias, - nmero de unidades locais. 13
Outros servios coletivos, sociais e pessoais. 10
Intermediao financeira nmero de unidades locais 04
Transporte, armazm e comunicaes 03
Fonte: Prefeitura Municipal de Pinhalzinho
39
Quadro 9: Nmero, Classe de consumidores e consumo (KW) de energia eltrica
de Pinhalzinho.
Classe de Consumidores Nmero de Consumidores Consumo (Kw)
Residencial 4.197 9.480.004
Industrial 455 37.108.029
Comercial 688 5.924.130
Rural 334 1.898.383
Poderes Pblicos 63 824.259
Iluminao Pblica 1 1.496.599
Servio Pblico 3 830.511
Consumo Prprio 2 117.799
Revenda 1 56.291.510
Total 5.744 113.971.224
Fonte: Celesc
4.7.2. TRANSPORTES
O sistema virio assume vital importncia para a economia local, uma vez
que, atravs das estradas que se escoa a produo tanto agrcola como pecuria.
Neste sentido, uma poltica de conservao permanente das vias e a melhoria da
trafegabilidade se constituem em base importante para o desenvolvimento e o
progresso do municpio, facilitando inclusive a atrao e a implantao de novas
empresas no territrio municipal.
Conforme informao da Prefeitura Municipal, o Quadro 10 apresenta a
frota de veculos no Municpio e sua respectiva quantidade.
Quadro 10: Frota de veculos por tipo
40
Tipo de Frota de Veculo Quantidade
Automveis 6.036
Caminho 454
Caminho-trator 160
Caminhonete 947
Camioneta 246
Micro-nibus 16
Motocicleta 1.626
Motoneta 543
nibus 56
Trator de Rodas 3
Outros Tipos de Veculos 311
Utilitrios 34
Total 10.432
Fonte: IBGE/2012.
De acordo com informaes da Prefeitura Municipal, o municpio no conta
com linha de transporte coletivo. O municpio dispe de transporte escolar gratuito
para alunos na faixa etria de 03 aos 17 anos.
No que concerne ao transporte areo, o aeroporto mais prximo localiza-se
no Municpio de Chapec.
4.7.3. COMUNICAO
O municpio de Pinhalzinho, no que diz respeito estrutura de comunicao,
possui telefonia fixa que operada pela OI e servio de telefonia mvel das
operadoras OI, CLARO, TIM E VIVO. Conta com estaes de rdio da Nova FM, Rdio
Comunitria Alternativa FM, Rdio Centro Oeste AM. H circulao semanal de
41
jornais regionais Imprensa do Povo, A Fonte, A Sua Voz, Jornal Sul Brasil, e Dirio do
Iguau. Quanto aos provedores de internet, o municpio possui provedor: Pinhalnet.
4.7.4. SADE
Unidades de Sade
O Municpio de Pinhalzinho possui seis estabelecimentos de sade
cadastrados, sendo um deles Hospital privado, conforme Quadro 11. J no Quadro
12 apresentada a equipe tcnica de sade com seus profissionais. Na Figura 10,
mostrado o Hospital Beneficente.
Quadro 11: Estabelecimentos de sade cadastrados do Municpio de Pinhalzinho
Estabelecimento de Sade Natureza da Organizao
Clinica/Centro de Especialidades Odontolgicas Pblica
Unidade Bsica de Sade Prefeito Alexandro Grando Pblica
Policlnica II DR Pedro Paulino Burigo Pblica
Policlnica Central Arthur Bartolomeu Fiorini Pblica
Unidade Bsica de Sade Irm Hildegart Karling Pblica
Associao Hospitalar Beneficente de Pinhalzinho/SC Privada
Fonte: Prefeitura Municipal de Pinhalzinho.
42
Figura 10: Hospital Beneficente de Pinhalzinho
Fonte: Cerne Ambiental
Quadro 12: Equipe Tcnica de Sade
Profissional Quantidade
Mdico Clnico Geral 07 (40 horas semanais)
Ginecologista 01 (40 horas semanais)
Pediatra 01 (40 horas semanais)
Psiquiatra/Cirurgio/Ortopedista 01 (08 horas semanais)
Psiclogo 02 (40 horas semanais)
Fisioterapeuta 03 (40 horas semanais)
Fonoaudiloga 01 (20 horas semanais)
Nutricionista 01 (20 horas semanais)
Assistente Social 01 (40 horas semanais)
Fonte: Prefeitura Municipal Pinhalzinho
43
Mortalidade Infantil
definida como: distribuio percentual dos bitos de crianas menores de
um ano de idade, por faixa etria, na populao residente em determinado espao
geogrfico, no ano considerado (BRASIL / MINISTRIO DA SADE / RIPSA, 2008).
Indica a participao dos bitos de cada grupo etrio selecionado, em relao aos
bitos de menores de um ano de idade.
Mtodo de clculo:
* A excluso dos bitos de idade ignorada resulta em que o indicador seja referido ao total
de bitos infantis com idade conhecida.
Porm, vale ressaltar que os dados de mortalidade infantil devem ser
utilizados com cuidado em casos em que o quantitativo populacional pequeno,
uma vez que a ocorrncia de um nico bito representa uma significativa alterao,
quando o nmero de bitos de menores de um ano sobre total de nascidos vivos no
ano multiplicado por 1000.
Taxa de Mortalidade Infantil
Em 2006, a taxa de mortalidade infantil do municpio era de 15,9 bitos para
cada 1.000 nascidos vivos, enquanto que a mdia catarinense e brasileira era de
respectivamente 12,6 e 16,4 bitos para cada 1.000 nascidos vivos. A Mortalidade
infantil por 1.000 nascidos vivos, segundo Brasil, Santa Catarina e Pinhalzinho no
perodo 2002-2006 e demonstra no Quadro 13.
100
*ignorada idade de os excludos idade, de ano um de menores
residentes de bitos de nmero
etria faixapor idade, de ano um de menores
residentes de bitos de nmero
MI
44
Quadro 13: Taxa de mortalidade infantil
Ano Pinhalzinho Santa Catarina Brasil
2002 9,7 15,3 19,3
2003 9,0 14,1 18,9
2004 17,2 13,6 17,9
2005 13,8 12,6 17,0
2006 15,9 12,6 16,4
Fonte: http://www.sebrae-sc.com.br/scemnumero/arquivo/Pinhalzinho.pdf
Esperana de Vida ao Nascer
De acordo com dados do Programa das Naes Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), em 2000, a expectativa de vida em Pinhalzinho era de
76,3 anos. No Quadro 14, exposta a evoluo da esperana de vida ao nascer do
municpio comparativamente mdia catarinense e a nacional.
Quadro 14: Esperana de vida ao nascer no Municpio de Pinhalzinho
Ano Pinhalzinho Santa Catarina Brasil
1991 70,3 70,2 64,7
2000 76,3 73,7 68,6
Evoluo 1991/2000 8,5% 5,0% 6,0%
Fonte: http://www.sebrae-sc.com.br/scemnumero/arquivo/Pinhalzinho.pdf
Causas de Morbidade
O coeficiente de morbidade a relao entre o nmero de casos de uma
doena e a populao exposta a adoecer. Indicador muito til para o objetivo de
http://www.sebrae-sc.com.br/scemnumero/arquivo/Pinhalzinho.pdfhttp://www.sebrae-sc.com.br/scemnumero/arquivo/Pinhalzinho.pdf
45
controle de doenas ou de agravos, bem como para estudos de anlise do tipo
causa/efeito (PEREIRA, 2004).
Mtodo de clculo:
No h dados no MINISTRIO DA SADE / DATASUS sobre o percentual de
internaes por grupo de causas e faixa etria no Municpio de Pinhalzinho.
4.7.5. EDUCAO
Unidades Educacionais
Pinhalzinho possui Escolas Estaduais, Municipais e Particulares.
Escolas Estaduais:
Escola Estadual Jos Marcolino Eckert;
Escola Estadual Vendelino Junges;
Escolas Municipais:
Escola Municipal Jos Theobaldo Utzig;
Escola Municipal Maria Terezinha;
Escolas Municipais Pr-Escolar:
Escola Municipal Pr Maria Terezinha;
n10 Populao
doena uma de casos de NMorbidade
46
CEIM Pedro Simon;
CEIM Nomia Anastcia Werlang Griebler;
CIEM Amigo da Infncia;
CEIM Menino Jesus;
CEIM Joo Trichez;
Escola Ensino Fundamental Particular:
Centro de Educao Objetivo;
Escola Particular Pr-Escolar:
Centro de Educao Objetivo;
Escolas Ensino Mdio Particular:
Centro de Educao Objetivo;
O Quadro 15 mostra o nmero de escolas, matrculas e docentes no
Municpio de Pinhalzinho no ano de 2013, em funo do nvel e da unidade
educacional.
Instituies de Ensino Superior
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Horus Faculdades de Pinhalzinho
Fundao Universidade do Oeste de SC UNOESC
Analfabetismo
O Quadro 16 mostra a taxa de analfabetismo no Brasil, em Santa Catarina e
no Municpio de Pinhalzinho referente ao ano de 2010.
47
Quadro 15: Nmero de escolas, matrculas e docentes no municpio de acordo
com o nvel de ensino e a unidade educacional.
ENSINO UNIDADE
EDUCACIONAL ESCOLAS MATRCULAS DOCENTES
Ensino Fundamental Total 05 1.824 101
Ensino Fundamental Escola Estadual 02 771 39
Ensino Fundamental Escola Municipal 02 930 52
Ensino Fundamental Escola Privada 01 123 10
Ensino Mdio Escola Estadual 02 554 61
Ensino Mdio Escola Particular 01 34 13
Ensino Pr-Escolar Escola Municipal 06 742 30
Ensino Pr-Escolar Escola Particular 01 57 09
Fonte: Prefeitura Municipal de Pinhalzinho (2013).
Quadro 16: Taxa de analfabetismo por faixa etria
Faixa Etria Taxa de Analfabetismo
no Brasil (%) Taxa de Analfabetismo
em Santa Catarina
Taxa de Analfabetismo do
municpio (%)
7 a 14 anos 7,3 1,4 3,2
Acima de 15 anos e mais
13,6 6,3 7,9
Fonte: IBGE
Dos dados pertinentes ao Quadro 16, constata-se que a taxa de
analfabetismo no municpio referente ao grupo de pessoas com idade superior ou
igual 15 anos menor que a taxa observada no territrio brasileiro e maior que o
territrio estadual.
48
ndice de Desenvolvimento Escolar
O ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (IDEB) tem como objetivo
o monitoramento da qualidade dos sistemas a partir da combinao entre fluxo e
aprendizagem escolar. Este ndice foi lanado no ano de 2005, relacionando
informaes de rendimento escolar (aprovao) e desempenho (proficincias) em
exames padronizados (BRASIL / MINISTRIO DA EDUCAO / INEP, 2007).
A combinao entre fluxo e aprendizagem do IDEB expressa em valores de 0
a 10 o andamento dos sistemas de ensino, em mbito nacional, nas unidades da
Federao e municpios.
Mtodo de clculo:
IDEB = N*P
onde:
N = mdia de proficincia em lngua portuguesa e matemtica, padronizada
para um valor entre 0 e 10, dos alunos de uma unidade, obtida em determinada
edio do exame realizado ao final da etapa de ensino;
P = indicador de rendimento baseado na taxa de aprovao da etapa de
ensino dos alunos da unidade.
O IDEB o indicador objetivo para a verificao do cumprimento das metas
fixadas no Termo de Adeso ao Compromisso Todos pela Educao, eixo do Plano
de Desenvolvimento da Educao, do Ministrio da Educao, que trata da
educao bsica. Nesse mbito que se enquadra a ideia das metas intermedirias
para o IDEB. A lgica a de que, para que o Brasil chegue mdia 6,0 em 2021,
perodo estipulado tendo como base a simbologia do bicentenrio da
Independncia em 2022, cada sistema deve evoluir segundo pontos de partida
distintos, e com esforo maior daqueles que partem em pior situao, com um
objetivo implcito de reduo da desigualdade educacional.
49
O Quadro 17 exibe o IDEB no ano de 2011 para as diferentes unidades
territoriais.
Quadro 17: IDEB observado no ano de 2011
Unidade Territorial
IDEB Observado no ano de 2011
Anos Iniciais do Ensino
Fundamental
Anos Finais do Ensino
Fundamental Ensino Mdio
Brasil 4,7 3,9 3,4
Santa Catarina 5,7 4,7 -
Pinhalzinho 6,0 4,9 -
Fonte: BRASIL / MINISTRIO DA EDUCAO / INEP, 2011.
Educao Ambiental
De acordo com a Prefeitura Municipal, nesse ano h um programa ambiental
desenvolvido: Um ano de Trilha do Saber. Em geral o trabalho de educao
ambiental acontece nas Escolas.
4.7.6. INDICADORES SOCIAIS E ECONMICOS DO MUNICPIO
ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) uma medida comparativa que
engloba trs dimenses: riqueza, educao e esperana mdia de vida da
populao. uma maneira padronizada de avaliao e medida do bem-estar de
uma populao. O ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Estado de Santa
Catarina de 0,806 segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000). J
para o municpio de Pinhalzinho de 0,783. O que caracteriza uma cidade com
desenvolvimento mdio.
50
Os indicadores Sociais do municpio de Pinhalzinho, de acordo com IBGE,
apontam os seguintes ndices/nmeros:
ndice de Desenvolvimento Humano - IDH: 0,783
IDH longevidade: 0,886
IDH renda: 0,758
IDH educao: 0,716
ndice de Desenvolvimento Socioeconmico - IDESE Saneamento: 0,431
IDESE renda: 0,707
IDESE sade: 0,864
IDESE Total: 0,842.
Produto Interno Bruto PIB: R$ 370.549,00
Produto Interno Bruto PIB per capita: R$ 226.84.34
Valor Adicionado Bruto Total VABT: R$ 202.424.00
Valor Adicionado Bruto da Agropecuria VABA: R$ 203.80,00
4.7.7. SANEAMENTO
4.7.7.1. Abastecimento de gua
O servio de abastecimento de gua da sede do municpio administrado
pela CASAN, atravs de contrato administrativo. Vrios prdios residenciais na
cidade possuem poos artesianos. As comunidades do interior contam com poos
ou fontes e pequenas redes de abastecimento, que so administradas pelas
prprias comunidades rurais.
51
4.7.7.2. Esgotamento Sanitrio
O municpio de Pinhalzinho, no possui sistema coletivo de esgotamento
sanitrio implantado. A soluo adotada pela maioria das residncias o emprego
de fossa sptica (fossa absorvente) ou fosso negro nas edificaes antigas para o
destino final do esgoto domstico.
4.7.7.3. Resduos Slidos
Os servios de coleta domiciliar, transporte e disposio final dos resduos
slidos gerados no municpio so realizados por empresa privada contratada pela
prefeitura municipal. H coleta seletiva de materiais reciclveis. O lixo domstico
coletado por empresa especializada contratada pelo municpio.
4.7.7.4. Drenagem e Manejo de guas Pluviais
O servio de manejo de guas pluviais administrado pelo rgo de esfera
municipal. A estimativa de porcentagem de ruas pavimentadas no permetro
urbano se encontra em torno de 97%. Dentro desses 97% de ruas pavimentadas,
60% so na forma de calamento e 30% asfaltada. De acordo com a prefeitura
municipal, a parte asfaltada possui sistema de drenagem. O escoamento das guas
pluviais feito por bocas de lobos e os lanamentos dos efluentes do sistema de
drenagem so realizados em cursos dguas permanentes.
Segundo a administrao municipal, o total de vias urbanas no municpio
de 67 km. Desses, 20 km so de pavimentao asfltica e 45 km de calamento,
restando 2 km sem pavimentao.
52
4.7.8. PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS EXISTENTES PARA A REGIO
No que concerne infraestrutura de novos projetos, Pinhalzinho apresenta
um projeto de Pavimentao asfltica, troca de passeios pblicos, perimetrais BR-
282, ligao para Chapec e So Miguel do Oeste, e SC 469, acesso Modelo e
acesso Saudades.
4.7.9. ASSOCIATIVISMO
O associativismo viabiliza maior participao e estreita os laos entre a
sociedade organizada e o poder pblico. Ele deve ser incentivado pela prefeitura,
que pode fornecer assistncia tcnica, administrativa e tecnolgica. H vrios tipos
de organizaes associativas, como redes de empresas, sindicatos, cooperativas,
associaes, grupos formalmente ou informalmente organizados, empresas de
participao comunitria e consrcios so alguns exemplos.
No municpio, as seguintes instituies esto presentes:
Sindicatos
- Sindicato Rural de Pinhalzinho;
- Sindicato da Agricultura Familiar;
-Sindicato dos Trabalhadores da Indstria, Construo e Mobilirio;
Cooperativa
- Cooperativa Regional ITAIPU;
- Cooperativa de reciclagem de Pinhalzinho (dos catadores) COPREPI
- Cooperativa de habitao COPERAF
53
Associaes:
- Associao Comercial e Industrial de Pinhalzinho - ACIP;
- CDL SPC de Pinhalzinho.
54
5. LEVANTAMENTO DA LEGISLAO E ANLISE DOS INSTRUMENTOS LEGAIS DE
SANEAMENTO AMBIENTAL
5.1. LEGISLAO NO MBITO FEDERAL
A Constituio Federal - CF promulgada em 1988 estabelece:
No art. 21, inciso XIX, prev a instituio do sistema nacional de
gerenciamento de recursos hdricos e no inciso XX estabelece as diretrizes para o
desenvolvimento urbano, inclusive habitao, saneamento bsico e transportes.
No Art. 23, inciso VI, proteger o meio ambiente e combater a poluio em
qualquer de suas formas e no inciso VII, trata da preservao das florestas, a fauna
e a flora.
No Art. 200, inciso IV, as prerrogativas de atuao do Sistema nico de
Sade e participar da formulao da poltica e das aes de saneamento no pas; no
inciso VI, fiscalizar e inspecionar, entre outros, as guas para consumo humano.
No art. 225, estabelece as diretrizes gerais quanto ao meio ambiente, ou
seja, todos tem o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e
futuras geraes.
No captulo III da Constituio Federal encontram-se as disposies
constitucionais relativas aos Estados.
No Art. 25, preceitua a CF que Os Estados organizam-se e regem-se pelas
Constituies e leis que adotarem, observados os princpios desta Constituio e
nos pargrafos abaixo diz:
1 - So reservadas aos Estados s competncias que no lhes sejam
vedadas por esta Constituio.
55
2 - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concesso, os
servios locais de gs canalizado, na forma da lei, vedada a edio de medida
provisria para a sua regulamentao. (Redao dada pela Emenda Constitucional
n 5, de 1995).
3 - Os Estados podero, mediante lei complementar, instituir regies
metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies, constitudas por
agrupamentos de municpios limtrofes, para integrar a organizao, o
planejamento e a execuo de funes pblicas de interesse comum.
No Art. 26, trata dos bens dos Estados, onde se destaca no inciso II, que
estabelece como bens do Estado as guas superficiais ou subterrneas, fluentes,
emergentes e em depsito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes
de obras da Unio.
No Art. 30, preceitua a CF, as competncias municipais, onde se destacam os
seguintes incisos:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislao federal e a estadual no que couber;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou
permisso, os servios pblicos de interesse local, includo o de transporte coletivo,
que tem carter essencial;
VII - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado,
servios de atendimento sade da populao;
Lei Federal n 11.445 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
bsico e princpios como o da universalizao do acesso, da integralidade e
intersetorialidade das aes e da participao social.
OBS: O Plano Municipal de Saneamento Bsico (PMSB) uma determinao
da Lei Federal n 11.445/07. Os municpios, titulares dos servios, devero
estabelecer a Poltica Pblica de Saneamento Bsico e elaborar os respectivos
56
Planos Municipais e/ou regionais de saneamento bsico que objetiva ser o principal
instrumento de planejamento e para gesto do saneamento bsico municipal.
Ressalta-se que Constituio do Plano (PMSB) condio de validade dos contratos
que tenham como objeto a prestao de servios pblicos de Saneamento bsico
(art. 8 e 11 da Lei n 11.445).
Lei Federal n 6.938 - 31 de agosto de 1981- Dispe sobre a Poltica Nacional
do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulao e aplicao, e d
outras providncias.
Lei Federal n 9.790 - 23 de maro de 1999 - Dispe Sobre a Qualificao de
Pessoas Jurdicas de Direito Privado, Sem Fins Lucrativos como Organizaes
de Soc. Civil de Interesse Pblico, Institui e Disciplina o Termo de Parceria e
D Outras Providencias.
Decreto Federal n 2.612 - 23 de julho de 1998 - Regulamenta o Conselho
Nacional de Recursos Hdricos.
Decreto Federal n 1.842 - 22 de maro de 1996 - Dispe sobre o CEIVAP,
Comit para Integrao da Bacia Hidrogrfica do Rio Paraba do Sul, e d
outras providncias.
Lei Federal n 9.433 - 8 de janeiro de 1987 -Institui a Poltica Nacional de
Recursos Hdricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hdricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituio Federal.
Lei Federal n 9.790 - 23 de maro de 1999 - Dispe Sobre a Qualificao de
Pessoas Jurdicas de Direito Privado, Sem Fins Lucrativos como Organizaes
de Soc. Civil de Interesse Pblico Institui e Disciplina o Termo de Parceria e da
Outras Providencias.
Lei n 9.984 - 23 de maro de 1999 Dispe sobre a criao da Agncia
Nacional de guas - ANA, entidade federal de implementao da Poltica
http://www.saneamento.sp.gov.br/Legislacao/FED2612.htmhttp://www.saneamento.sp.gov.br/Legislacao/FED1842.htmhttp://www.saneamento.sp.gov.br/Legislacao/LEI9433.htmhttp://www.saneamento.sp.gov.br/Legislacao/FED9790.htmhttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.984-2000?OpenDocument
57
Nacional de Recursos Hdricos e de coordenao do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hdricos, e d outras providncias.
Resoluo CONAMA n 357 - 17 de Maro de 2005 - Dispe sobre a
classificao dos corpos de gua e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condies e padres de
lanamento de efluentes, e da outras providencias.
5.2. LEGISLAO NO MBITO ESTADUAL
Lei n 13.517 - 04 de outubro de 2005 - Dispe sobre a Poltica Estadual de
Saneamento e estabelece outras providncias.
OBS: Em relao ao marco legal e institucional do Estado de Santa Catarina, cabe
destacar a lei n 13.517 de 04/10/2005, que institu a Poltica Estadual de
Saneamento onde em seu art. 2, define dois conceitos fundamentais para o
processo de desenvolvimento do setor de saneamento. Para o efeito desta lei os
conceitos abordados so:
I - Saneamento ou Saneamento Ambiental: o conjunto de aes com o objetivo de
alcanar nveis crescentes de salubridade ambiental, compreendendo o
abastecimento de gua; a coleta, o tratamento e a disposio dos esgotos e dos
resduos slidos e gasosos e os demais servios de limpeza; o manejo das guas; o
controle ambiental de vetores e reservatrios de doenas e a disciplina da ocupao
e uso do solo, nas condies que maximizem a promoo e a melhoria de vida nos
meios urbanos e rural;
II - Salubridade Ambiental: qualidade das condies em que vivem populaes
urbanas e rurais no que diz respeito sua capacidade de inibir, prevenir ou impedir
a ocorrncia de doenas veiculadas pelo meio ambiente, bem como de favorecer o
pleno gozo da sade e o bem estar.
http://200.192.66.20/alesc/docs/2005/13517_2005_lei.dochttp://200.192.66.20/alesc/docs/2005/13517_2005_lei.doc
58
PORTARIA n 024/79 -30 de abril de 1975 - Enquadrar os cursos d'gua do
Estado de Santa Catarina.
5.3. LEGISLAO NO MBITO MUNICIPAL
Lei Orgnica Municipal de 1990.
Lei Complementar n 033/99, Institui O Cdigo de Posturas do Municpio de
Pinhalzinho, Estado de Santa Catarina e d Outras Providncias.
Lei Complementar n 144/2012, Institui O Plano Diretor Participativo do
Municpio de Pinhalzinho e D Outras Providncias.
5.4. INSTRUMENTOS LEGAIS DE SANEAMENTO BSICO
Plano Nacional de Saneamento exigncia da Lei Federal n 11.445/07,
constituir o principal mecanismo da poltica federal para implementar as
diretrizes legais de saneamento. Ser instrumento fundamental retomada
da capacidade orientadora do Estado na conduo da poltica
pblica de saneamento bsico e, consequentemente, da definio das metas
e estratgias de governo para o setor no horizonte dos prximos vinte anos,
com vistas universalizao do acesso aos servios de saneamento bsico
como um direito social.
Comits de Bacias Hidrogrficas Regulamentado pela Lei Federal n
9.443/97, o Comit de Bacias Hidrogrficas, um rgo colegiado onde so
discutidas as questes referentes gesto das guas. Provocar debates das
questes relacionadas aos recursos hdricos da bacia; articular a atuao das
entidades que trabalham com este tema; arbitrar, em primeira instncia, os
conflitos relacionados a recursos hdricos; aprovar e acompanhar a execuo
do Plano de Recursos Hdricos da Bacia; estabelecer os mecanismos de
cobrana pelo uso de recursos hdricos e sugerir os valores a serem cobrados;
59
estabelecer critrios e promover o rateio de custo das obras de uso mltiplo,
de interesse comum ou coletivo so as atribuies dos comits.
60
6. DIAGNSTICO DA DINMICA SOCIAL DO MUNICPIO
O Diagnstico da Dinmica Social do Municpio tem como objetivo articular
o envolvimento da sociedade na elaborao dos Estudos que conduziro ao Plano
Municipal de Saneamento Bsico. Ou seja, para a construo do Plano previsto
um processo participativo de forma que este considere no somente aspectos do
olhar tcnico e ambiental, mas, tambm, do olhar social. E, por outra parte,
enriquecer e legitimar o Plano incorporando nele o conhecimento emprico e a
memria viva dos moradores da regio. Fundamental para este processo que a
sociedade esteja permanentemente informada a respeito dos objetivos dos
estudos, dos correspondentes avanos e das possibilidades de participar.
Por tratar-se de um Plano, devero ser analisadas todas as potencialidades
identificadas no processo de participao social, visando aproveit-las seja na
formulao, seja na etapa posterior da implementao do plano. E, ao mesmo
tempo, atravs do processo de participao social que devero ser identificadas
as carncias e as eventuais foras de resistncia ou no cooperativas, aspectos
estes que devero ser adequadamente tratados visando atenu-los ou, se possvel,
elimin-los.
Neste contexto, o Diagnstico da Dinmica Social do Municpio, com a
identificao dos principais atores sociais, constitui-se num elemento bsico para a
elaborao do Plano Municipal de Saneamento Bsico.
No que se refere identificao de atores sociais e institucionais
intervenientes na rea do municpio, foi realizada uma pesquisa procurando-se
destacar aqueles com atuao relevante e que possam ser elementos
multiplicadores do processo de envolvimento da sociedade na construo do Plano.
Inicialmente, para fins de realizao das primeiras reunies previstas no
Plano, foi necessrio um levantamento preliminar dos principais atores sociais e
institucionais atuantes na regio de estudo aproveitando, basicamente, as
informaes existentes e disponveis na internet. Este levantamento foi
61
posteriormente enriquecido com o auxlio dos participantes nas primeiras reunies
e com pesquisas complementares da Contratada com base em fontes secundrias.
Os resultados so apresentados nos itens que seguem.
6.1. IDENTIFICAO DE ATORES SOCIAIS ATUANTES NO MUNICPIO: GRUPOS SOCIAIS E ECONMICOS ORGANIZADOS
dado enfoque sobre os usurios de gua, caracterizando formas de
atuao, capacidade de liderana, abrangncia espacial e tipos de atuao, com
destaque aos usos e proteo dos recursos hdricos. Trata-se de atores sociais que,
adequadamente organizados, tem grande potencial de parceria para a construo
do Plano Municipal de Saneamento Bsico de Pinhalzinho.
Com a sistematizao destas informaes, na sequncia, apresentada a
relao dos atores sociais do municpio ou regio, conforme sua categorizao
social. parte integrante desses atores sociais: grupos sociais e econmicos
(Sindicatos, Associaes e Cooperativas); instituies relacionadas com o
gerenciamento de recursos hdricos (instituies de mbito municipal,
intermunicipal, estadual e federal); Organizaes No Governamentais;
representantes do Comit de Gerenciamento das Bacias Hidrogrficas; e,
instituies de ensino de nvel superior.
6.1.1. CARACTERIZAO DAS INSTITUIES RELACIONADAS COM O GERENCIAMENTO DE
RECURSOS HDRICOS
Neste item so apresentadas as Instituies com aes relevantes para a
Gesto dos Recursos Hdricos na rea do municpio, em virtude do seu potencial de
agente apoiador e multiplicador das aes de planejamento. Descrevem-se
brevemente as atribuies e correspondente participao no processo de gesto de
recursos hdricos.
62
6.1.2. INSTITUIES DE MBITO MUNICIPAL E INTERMUNICIPAL
Associao de Municpios
As associaes de municpios, dentro do processo de gesto de recursos
hdricos, assumem um papel de significativa importncia, pois so articuladores
potenciais para a preservao e conservao deste recurso natural. A capacidade de
articulao e ao efetiva dos municpios participantes representa uma
potencialidade que deve ser direcionada para aes conjuntas, programas e
projetos para proteo dos mananciais hdricos, bem como para a promoo de
campanhas de educao ambiental e estabelecimento de parcerias entre as
organizaes locais como forma de promover e fortalecer a participao da
populao no processo. No municpio de Pinhalzinho, de acordo com Quadro 18
atua a AMOSC.
Quadro 18: Associao de Municpios atuante
Associao de Municpios
Municpio Sede Municpios atuantes
AMOSC - Associao dos Municpios do Oeste de
Santa Catarina Chapec
guas de Chapec, guas Frias, Caxambu do Sul, Chapec Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Formosa do Sul, Guatambu, Irati, Jardinpolis, Nova
Erechim, So Carlos, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Quilombo, Santiago
do Sul, So Carlos, Serra Alta, Sul Brasil, Unio do Oeste
Fonte: AMOSC
63
6.1.3. INSTITUIES DE MBITO ESTADUAL
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econmico e Sustentvel SDS
No ano de 2003, foi feita a integrao da antiga Secretaria da Famlia com a
Secretaria do Meio Ambiente, formando a ento denominada Secretaria de Estado
do Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente SDS.
Com a reforma administrativa ocorrida em 2005, atravs da Lei
Complementar n 284 de 28 de fevereiro de 2005, a Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente foi transformada em Secretaria
de Estado do Desenvolvimento Sustentvel, permanecendo a sigla SDS.
Na terceira reforma administrativa atravs da Lei Complementar n 381 de 7
de maio de 2007, alterada a competncia e o nome da SDS, transformando-a em
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econmico Sustentvel, mantendo a sigla
SDS (SANTA CATARINA / SDS, 2010).
Conselho Estadual de Recursos Hdricos CERH
O Conselho Estadual de Recursos Hdricos CERH foi estabelecido atravs da
Lei n 6.739 de 1985 com as funes de rgo de deliberao coletiva no Estado de
Santa Catarina.
O Conselho Estadual de Recursos Hdricos o rgo superior do Sistema
Estadual de Gerenciamento de Recursos Hdricos, responsvel pelo estabelecimento
de diretrizes da Poltica Estadual de Recursos Hdricos, proposio de diretrizes para
o Plano Estadual de Recursos Hdricos e normas sobre o uso das guas e, ainda,
estabelecimento de normas para a instituio de Comits de Bacia. O rgo central,
representado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econmico e
Sustentvel (SDS), responsvel pelo Meio Ambiente, responsvel pela execuo
da Poltica Estadual de Recursos Hdricos e coordenao a implantao dos Planos
de Recursos Hdricos (SANTA CATARINA / SDS, 2010).
64
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional SDR
As Secretarias de Estado de Desenvolvimento Regional objetivam a
democratizao das aes e a transparncia e visam ao amplo engajamento e a
participao das comunidades de cada microrregio, com a regionalizao do
oramento, do planejamento, da fiscalizao e das aes.
As Secretarias atuam como agncias oficiais de desenvolvimento. Os
Conselhos - compostos pelo Secretrio de Estado do Desenvolvimento Regional, os
Prefeitos e Presidentes das Cmaras de Vereadores da regio de abrangncia e dois
representantes, por municpio, membros da sociedade civil, que representem os
segmentos culturais, polticos, ambientais, econmicos e sociais constituem um
Frum permanente de debates sobre a aplicao do oramento regionalizado, a
escala de prioridade das aes e a integrao Estado/Municpio/Universidade/
Comunidade no planejamento e execuo de metas.
Fazem parte, da organizao estrutural das Secretarias, as gerncias
regionais: da Educao; da Sade; da Assistncia Social; do Desenvolvimento
Econmico Sustentvel e Agricultura; da Infraestrutura; da Cultura, Turismo e
Esporte; e, a Gerncia de Projetos Especiais (SANTA CATARINA / SDR, 2010).
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional atuante na rea do
municpio a SDR de Maravilha-SC.
Empresa de Pesquisa Agropecuria e Extenso Rural de Santa Catarina S/A
EPAGRI
Com o objetivo de promover a preservao, recuperao, conservao e
utilizao sustentvel dos recursos naturais, a Epagri (Empresa de Pesquisa
Agropecuria e Extenso Rural de Santa Catarina S/A, vinculada a vinculada a
Secretaria de Estado de Agricultura e Desenvolvimento Rural - SAR) busca a
competitividade da agricultura catarinense frente a mercados globalizados,
65
adequando os produtos s exigncias dos consumidores. tambm objetivo da
empresa promover a melhoria da qualidade de vida do meio rural e pesqueiro.
A estrutura organizacional da Epagri compreende, no nvel poltico-
estratgico, a sede administrativa, integrada pelos rgos deliberativos e de
fiscalizao, a diretoria executiva, as gerncias estaduais e as assessorias,
competindo-lhes a formulao de polticas, diretrizes, estratgias e o
estabelecimento de prioridades; anlise da gesto econmico-financeira;
coordenao, avaliao, suporte institucional e articulao interinstitucional. No
nvel ttico-operacional competem s Gerncias Regionais compostas por
unidades de pesquisa, centros de treinamento, campos experimentais e escritrios
municipais o cumprimento das polticas, diretrizes, estratgias e prioridades;
formulao e execuo de projetos; administrao dos recursos humanos, materiais
e financeiros; articulao e suporte intra-regional; participao nos planos
municipais de desenvolvimento rural e na articulao local (SANTA CATARINA /
EPAGRI, 2010).
Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrcola de Santa Catarina CIDASC
Empresa de economia mista, criada em 28/02/1979 pela Lei n 5.516 e
fundada em 27/11/1979, transformada em empresa pblica em 06/09/2005 tem
como misso melhorar a qualidade de vida da sociedade catarinense, promovendo
a sade pblica e o desenvolvimento integrado e sustentvel dos setores
agropecurio, florestal e pesqueiro, atravs de aes voltadas ao apoio da produo
e comercializao, controle de qualidade e saneamento ambiental.
Servios prestados: Sade animal, fomento da produo animal,
classificao de produtos de origem vegetal, armazenagem, engenharia rural e
inspeo de produtos de origem animal (SANTA CATARINA / CIDASC, 2010).
66
FATMA Fundao do Meio Ambiente
A FATMA o rgo ambiental da esfera estadual do Governo do Estado de
Santa Catarina. Atua com uma sede administrativa, localizada em Florianpolis, e 14
coordenadorias regionais, e um Posto Avanado de controle Ambiental (PACAM),
no Estado. Criada em 1975, a FATMA tem como misso maior garantir a
preservao dos recursos naturais do Estado. Isto buscado atravs: da gesto de
oito Unidades de Conservao Estaduais, da Fiscalizao Ambiental, do
Licenciamento Ambiental, do Programa de Preveno e Atendimento a Acidentes
com Cargas Perigosas e de Estudos e Pesquisas Ambientais e da pesquisa da
Balneabilidade.
A ao da FATMA na rea correspondente sede ao municpio compete
Coordenadoria de Desenvolvimento Ambiental (CODAM) com sede em Chapec.
Vigilncia Sanitria
A Vigilncia Sanitria (VISA) responsvel por promover e proteger a sade
e prevenir a doena por meio de estratgias e aes de educao e fiscalizao.
Tem como misso promover e proteger a sade da populao por meio de aes
integradas e articuladas de coordenao, normatizao, capacitao, educao,
informao apoio tcnico, fiscalizao, superviso e avaliao em Vigilncia
Sanitria.
O servio de Vigilncia Sanitria est vinculado ao servio de sade. No caso
do Brasil, o SUS Sistema nico de Sade. O SUS foi criado pela Lei Federal n
8.080. No artigo 7 dessa Lei esto descritos os princpios e as diretrizes do SUS, que
so os mesmos que regem o trabalho da Vigilncia Sanitria.
Cabe aos municpios a execuo de todas as atividades de Vigilncia
Sanitria, desde que assegurados nas leis federais (Portaria n 2.473, de 29 de
dezembro de 2003) e estaduais. Esse o processo chamado de municipalizao das
aes da VISA. O Estado e a Unio podem atuar em carter complementar quando
http://www.fatma.sc.gov.br/servico/2004_monitoramento.htm
67
houver risco epidemiolgico, necessidade profissional e tecnolgica (SANTA
CATARINA / VISA, 2010).
Conselho de Recursos Hdricos CRH - SC
rgo deliberativo superior do Sistema, que deve resolver os conflitos de gua em
ltima instncia, formado por um colegiado de Secretrios de Estado e de
representantes dos Comits de Bacias e dos Sistemas Nacionais de Recursos
Hdricos e do Meio Ambiente.
6.1.4. INSTITUIES DE MBITO FEDERAL
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis
IBAMA
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis
(IBAMA) uma autarquia federal, criado pela Lei n 7735/89 de 22 de fevereiro de
1989. Ele est vinculado ao Ministrio do Meio Ambiente (MMA), sendo o
responsvel pela execuo da Poltica Nacional do Meio Ambiente. Desenvolve
diversas atividades para a preservao e conservao do patrimnio natural,
exercendo o controle e a fiscalizao sobre o uso dos recursos naturais. (BRASIL /
IBAMA, 2010).
O IBAMA atua no municpio atravs do Escritrio Regional localizado no
Municpio sede de Chapec-SC.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Embrapa
Vinculada ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, a
Embrapa foi criada em 26 de abril de 1973. Sua misso viabilizar solues para o
desenvolvimento sustentvel do espao rural, com foco no agronegcio, por meio
da gerao, adaptao e transferncia de conhecimentos e tecnologias (BRASIL /
EMBRAPA, 2010).
68
Conselhos Profissionais
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Santa Catarina -
CREA.
O CREA/SC, assim como todos os outros CREAs distribudos pelo Brasil, est
vinculado ao CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, que a
instncia superior de regulamentao das profisses abrangidas. Cabe ao CONFEA
garantir a unidade de ao e a normatizao de todos os CREAs, exercendo funes
de superviso financeira e administrativa sobre eles. Forma-se assim, o Sistema
CONFEA/CREAs. Dentro desse contexto, o CREA-SC oferece suporte para que
engenheiros, agrnomos, gelogos, gegrafos, meteorologistas, tcnicos
industriais, tcnicos agrcolas e tecnlogos absorvam rapidamente as evolues no
setor da tecnologia. Para atender Santa Catarina, o CREA possui 20 Inspetorias
Regionais, 8 Escritrios de Representao Regional e 4 Postos de Atendimento
(CREA, 2010).
A Inspetoria Regional do CREA-SC atuante no municpio encontra-se situada
no municpio de Chapec.
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil CAU/BR
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil CAU/BR e os Conselhos
de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal CAU/UF foram
criados com a Lei n 12.378 de 31 de dezembro de 2010, que regulamenta o
exerccio da Arquitetura e Urbanismo no pas. Uma conquista histrica para a
categoria, que significa maior autonomia e representatividade para a profisso.
Autarquias dotadas de personalidade jurdica de direito pblico, o CAU possui a
funo de orientar, disciplinar e fiscalizar o exerccio da profisso de arquitetura e
urbanismo, zelar pela fiel observncia dos princpios de tica e disciplina da classe
em todo o territrio nacional, bem como pugnar pelo aperfeioamento do exerccio
da arquitetura e urbanismo ( 1 do Art. 24 da Lei 12.378/2010).
69
Conselho Regional de Qumica - CRQ
O Conselho Regional de Qumica CRQ tem atuao em todo Brasil e
composto por 20 conselhos regionais. Dentro desse contexto, o CRQ-13 Regio,
Jurisdio Santa Catarina, com sede no municpio de Florianpolis, tem por objetivo
oferecer apoio tcnico aos qumicos (CRQ, 2010).
O CRQ atuante no municpio atendido pela Delegacia Regional Oeste,
localizada na cidade de Chapec.
Conselho Regional de Biologia - CRBio
A Lei n 6.684, de 3 de setembro de 1979, regulamentou as profisses e
atividades do bilogo e biomdico, criando os Conselhos Federal e Regionais de
Biologia e Biomedicina, com a finalidade de fiscalizar o exerccio das profisses
definidas pela lei. Em 30 de agosto de 1982, atravs da Lei n 7.017, foram
desmembrados os Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina e Biologia. O
Decreto 88.43