apostila - adm materiais - bacen

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  • 7/29/2019 Apostila - Adm Materiais - BACEN

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    Gesto de Recursose Materiais

    Rafael Ravazolo!

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    1. BENS

    Juridicamente, bem tudo aquilo que pode ser objeto de direito, sendo

    suscetvel de utilizao ou de apropriao. O Cdigo Civil, nos artigos 79 a 103, define

    as diferentes classes de bens:

    CAPTULO IDos Bens Considerados em Si Mesmos

    Seo IDos Bens Imveis

    Art. 79. So bens imveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

    Art. 80. Consideram-se imveis para os efeitos legais:I - os direitos reais sobre imveis e as aes que os asseguram;

    II - o direito sucesso aberta.

    Art. 81. No perdem o carter de imveis:

    I - as edificaes que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidaspara outro local;

    II - os materiais provisoriamente separados de um prdio, para nele se reempregarem.

    Seo IIDos Bens Mveis

    Art. 82. So mveis os bens suscetveis de movimento prprio, ou de remoo por fora alheia, semalterao da substncia ou da destinao econmico-social.

    Art. 83. Consideram-se mveis para os efeitos legais:

    I - as energias que tenham valor econmico;

    II - os direitos reais sobre objetos mveis e as aes correspondentes;

    III - os direitos pessoais de carter patrimonial e respectivas aes.

    Art. 84. Os materiais destinados a alguma construo, enquanto no forem empregados, conservam suaqualidade de mveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolio de algum prdio.

    Seo IIIDos Bens Fungveis e Consumveis

    Art. 85. So fungveis os mveis que podem substituir-se por outros da mesma espcie, qualidade equantidade.

    Art. 86. So consumveis os bens mveis cujo uso importa destruio imediata da prpria substncia,sendo tambm considerados tais os destinados alienao.

    Seo IVDos Bens Divisveis

    Art. 87. Bens divisveis so os que se podem fracionar sem alterao na sua substncia, diminuioconsidervel de valor, ou prejuzo do uso a que se destinam.

    Art. 88. Os bens naturalmente divisveis podem tornar-se indivisveis por determinao da lei ou porvontade das partes.

    Seo VDos Bens Singulares e Coletivos

    Art. 89. So singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos

    demais.

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    Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes mesmapessoa, tenham destinao unitria.

    Pargrafo nico. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relaes jurdicasprprias.

    Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relaes jurdicas, de uma pessoa, dotadas devalor econmico.

    CAPTULO IIDos Bens Reciprocamente Considerados

    Art. 92. Principal o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessrio, aquele cujaexistncia supe a do principal.

    Art. 93. So pertenas os bens que, no constituindo partes integrantes, se destinam, de mododuradouro, ao uso, ao servio ou ao aformoseamento de outro.

    Art. 94. Os negcios jurdicos que dizem respeito ao bem principal no abrangem as pertenas, salvo seo contrrio resultar da lei, da manifestao de vontade, ou das circunstncias do caso.

    Art. 95. Apesar de ainda no separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto denegcio jurdico.

    Art. 96. As benfeitorias podem ser volupturias, teis ou necessrias.

    1o So volupturias as de mero deleite ou recreio, que no aumentam o uso habitual do bem, aindaque o tornem mais agradvel ou sejam de elevado valor.

    2o So teis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

    3o So necessrias as que tm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

    Art. 97. No se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acrscimos sobrevindos ao bem sem ainterveno do proprietrio, possuidor ou detentor.

    CAPTULO IIIDos Bens Pblicos

    Art. 98. So pblicos os bens do domnio nacional pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico

    interno; todos os outros so particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.Art. 99. So bens pblicos:

    I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praas;

    II - os de uso especial, tais como edifcios ou terrenos destinados a servio ou estabelecimentoda administrao federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

    III - os dominicais, que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas de direito pblico, comoobjeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

    Pargrafo nico. No dispondo a lei em contrrio, consideram-se dominicais os bens pertencentes spessoas jurdicas de direito pblico a que se tenha dado estrutura de direito privado.

    Art. 100. Os bens pblicos de uso comum do povo e os de uso especial so inalienveis, enquantoconservarem a sua qualificao, na forma que a lei determinar.

    Art. 101. Os bens pblicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigncias da lei.

    Art. 102. Os bens pblicos no esto sujeitos a usucapio.

    Art. 103. O uso comum dos bens pblicos pode ser gratuito ou retribudo, conforme for estabelecidolegalmente pela entidade a cuja administrao pertencerem.

    Contabilmente, um bem algo - material ou imaterial - que pode ser avaliado

    economicamente e que, quando utilizado ou consumido, satisfaz uma necessidade das

    pessoas e das empresas.

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    Bens de Consumo: so bens no durveis, ou que so gastos ou

    consumidos no processo produtivo - depois de consumidos,

    representam despesas, tais como: combustveis, material de escritrio,

    material de limpeza, etc.

    Bens Fixos ou Imobilizados: bens durveis, destinados manuteno

    das atividades econmicas da organizao, como imveis, veculos,

    mquinas, instalaes, equipamentos, mveis e utenslios.

    Bens de Renda: no destinados aos objetivos da empresa (ex: imveis

    destinados a renda ou aluguel).

    Bens Intangveis: no possuem existncia fsica, porm, representam

    uma aplicao de capital indispensvel aos objetivos sociais, como

    marcas e patentes, frmulas ou processos de fabricao, direitos

    autorais, autorizaes ou concesses, ponto comercial etc.

    Outra classificao possvel para os bens quanto sua utilizao:

    Ativos - aqueles requisitados regularmente em um dado perodo

    estipulado pelo rgo ou entidade.

    Inativos - aqueles no movimentados em certo perodo estipulado pelo

    rgo ou entidade e comprovadamente desnecessrios para utilizao

    nestes.

    o ocioso - quando, embora em perfeitas condies de uso, no

    estiver sendo aproveitado;

    o recupervel - quando sua recuperao for possvel e orar, no

    mbito, a cinquenta por cento de seu valor de mercado;

    o antieconmico - quando sua manuteno for onerosa, ou seu

    rendimento precrio, em virtude de uso prolongado, desgasteprematuro ou obsoletismo;

    o irrecupervel - quando no mais puder ser utilizado para o fim a

    que se destina devido a perda de suas caractersticas ou em

    razo da inviabilidade econmica de sua recuperao.

    Em suma, um bem algo material ou imaterial, que pode ser avaliado em

    dinheiro, que satisfaz necessidades e que suscetvel de apropriao, utilizao,

    direitos e obrigaes.

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    ! Jazidas: locais em que se possui direito/autorizao de extrao.

    ! Intangveis: recursos que no se pode tocar, pois no tem corpo ou forma fsica -marcas, direitos autorais, patentes, projetos etc.

    Patrimnio Imobilirio: Constitui-se de bens imveis (Art. 79 a 81 do Cdigo

    Civil Brasileiro), isto , aqueles que se forem movidos perdem sua forma fsica, ou que

    no podem ser deslocados.

    Patrimnio Mobilirio: Constitui-se dos bens mveis (aqueles que podem ser

    movimentados, deslocados de posio sem que percam sua constituio fsica) e

    semoventes* e so definidos nos Artigo 82 a 86 do CCB. So tambm chamados de

    inventariveis, imobilizados no ativo no circulante, depreciados ou amortizados emfuno de sua vida til.

    * Semoventes no sentido geral, o ser que se move por si prprio.

    Juridicamente o animal (o elemento a ser transformado em produtos finais para o

    mercado ) considerado um bem semovente.

    Na anlise contbil da empresa, os recursos patrimoniais fazem parte do ativo

    no circulante imobilizado.

    Conforme exposto, os Recursos Patrimoniais so aqueles com caractersticas

    de material permanente. Para o correto enquadramento, a Portaria n 448, de

    13/09/2002, da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministrio da Fazenda define como

    material permanente aquele que, em razo de seu uso corrente, no perde a sua

    identidade fsica, e/ou tem uma durabilidade superior a dois anos.

    A mesma Portaria n 448 define a adoo de cinco condies excludentes para

    a identificao do material permanente, sendo classificado como material de consumo

    aquele que se enquadrar em um ou mais itens dos que se seguem:

    I - Durabilidade - quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas as

    suas condies de funcionamento, no prazo mximo de dois anos;

    II - Fragilidade material cuja estrutura esteja sujeita a modificao, por ser

    quebradio ou deformvel, caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de sua

    identidade;

    III - Perecibilidade material sujeito a modificaes (qumicas ou fsicas) ou

    que se deteriora ou perde sua caracterstica normal de uso;

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    IV - Incorporabilidade - quando destinado incorporao a outro bem, no

    podendo ser retirado sem prejuzo das caractersticas do principal;

    V - Transformabilidade - quando adquirido para fim de transformao.

    Verificadas as condies acima citadas, devem ser analisados, por fim, mais

    dois parmetros que complementam a definio final da classificao:

    a) A relao custo de aquisio/custo de controle do material, como previsto no

    item 3.1 da IN N 142 DASP (Departamento Administrativo do Servio Pblico), que

    determina, nos casos dos materiais com custo de controle maior que o risco da perda

    do mesmo, que o controle desses bens seja feito atravs do relacionamento do

    material (relao-carga) e verificao peridica das quantidades. De um modo geral, o

    material de pequeno custo que, em funo de sua finalidade, exige uma quantidademaior de itens, redunda em custo alto de controle, devendo ser, portanto, classificado

    como de consumo;

    b) Se o bem est sendo adquirido especificamente para compor o acervo

    patrimonial da Instituio. Nestas circunstncias, este material deve ser classificado

    sempre como um bem permanente.

    2.1. Vida til e Vida Econmica

    Vida til o perodo de tempo em que o bem consegue exercer as funes

    que dele se espera e depende de como o bem foi utilizado e mantido. A vida til diz

    respeito capacidade fsica de produo de certo equipamento.

    Vida econmica refere-se aos custos globais em que a empresa incorre para

    manter em operao certo equipamento. Corresponde ao tempo de utilizao em que o

    bem capaz de produzir com menor custo para a empresa e que, certamente, menor

    ou igual sua vida til, cujo conceito encontra-se associado ao limite possvel de uso

    do bem.A vida econmica de um bem parte de dois pressupostos simples:

    1. Os equipamentos e as instalaes desgastam-se com o uso,

    necessitando cada vez mais de manuteno e aumentando os custos

    operacionais.

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    CAE = COA + CK

    P

    2. Paralelamente, seu valor de venda ou de mercado vai diminuindo.

    Para saber qual a vida econmica dos bens, ou seja, qual o perodo de tempo

    em que o bem opera at atingir seu menor custo de operao, utiliza-se uma frmula

    que considera a somatria do custo de aquisio do bem e do custo operacional

    acumulado, divido pelo perodo desejado:

    /

    @AB/C/@)%D'/A()#3/BE),4#3+(D+/

    @FA/C/@)%D'/FG+*#$,'(#3/A$)-)3#&'/

    @H/C/@)%D'/&+/@#G,D#3/&'/I+-/

    0/C/0+*J'&'/('/E)#3/%+/4+*,1,$#/%+)/$)%D'//

    A seguir, um exemplo grfico do clculo da vida econmica:

    A definio correta da vida econmica de um bem o perodo de tempo

    (geralmente em anos) em que o custo anual uniforme equivalente de possuir e de

    operar o bem mnimo. Percebe-se, pelo grfico, que no ano 4 o Custo Anual

    Equivalente (CAE) mnimo (aps este ano, o custo aumenta), sendo assim, a vida

    econmica deste bem de 4 anos.

    2.2. Depreciao

    A depreciao de bens corresponde diminuio do valor, resultante do

    desgaste pelo uso, ao da natureza ou obsolescncia normal.

    +.F+G++++

    +.F+1H2HHHIHH++

    +.F+CH2HHHIHH++

    +.F+AH2HHHIHH++

    +.F+;H2HHHIHH++

    +.F+3HH2HHHIHH++

    +.F+31H2HHHIHH++

    %JK+3+ %JK+1+ %JK+

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    Esta depreciao controlada e regulada pela Receita Federal, mediante

    instrues normativas em funo do bem e do seu uso dirio. O sistema utilizado pela

    Receita Federal linear, ou seja, aquele em que o bem depreciado em partes iguais

    durante sua vida til.

    O bem poder ser depreciado a partir da data em que for instalado, colocado

    em servio ou esteja em condies de produzir, independentemente do dia do ms, ou

    seja, conta-se o primeiro ms integralmente.

    A depreciao, ainda, pode ser normal ou acelerada:

    Normal: empregada quando o bem for utilizado em apenas um turno

    de 8 horas dirias, sendo o clculo realizado com base na taxa normal

    de depreciao;

    Acelerada: empregada quando o bem for utilizado em mais de um turno

    de 8 horas dirias, devendo a taxa normal de depreciao do bem ser

    multiplicada por um coeficiente de 1,5 no caso de trabalho em dois

    turnos (16h), ou por um coeficiente de 2 no caso de um trabalho em 3

    turnos (24h).

    Exemplos de taxas anuais de depreciao admitidas pela Legislao Fiscalpara uso normal de bens em turno de 8 horas dirias:

    Vida til de Alguns Grupos de Bens

    Espcie do Bem Vida til (anos)Taxa anual

    (1/vida til do bem)

    Caminho fora de estrada 4 25%

    Edifcios 25 4%

    Escavadeiras 4 25%

    Instalaes eltricas 5 20%

    Mveis e utenslios em geral 10 10%

    Veculos em geral 5 20%

    2.2.1. Depreciao pelo Mtodo Linear

    Consiste em dividir o valor total do bem em partes iguais, contabilizando uma

    parte por perodo (geralmente anual,) at a total desvalorizao do mesmo.

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    Para calcular a depreciao de um bem, utiliza-se a seguinte frmula:

    D = (Vi Vr)

    N/

    D = DepreciaoVi = Valor Inicial do Bem ou Preo de AquisioVr = Valor Residual do BemN = Perodo til de vida do bem

    O Valor Contbil do bem em determinada data ser o valor inicial do bem,

    deduzido da parcela de depreciao multiplicada pelos perodos de tempo.

    Vc = Vi D * T

    Vc = Valor ContbilVi = Valor inicial do bemD = Depreciao por perodoT = Perodo de tempo da anlise

    Exemplo:

    O valor de um equipamento hoje $2.000,00 e, daqui a 9 anos, ser $200,00.

    Admitindo depreciao linear, calcular:

    1) A depreciao por ano.D = (Vi Vr) / NVi = $2.000,00; Vr = $200,00; N = 9 anosEnto : D = (2000 200) / 9 = 1800 / 9 = $200,00 ao ano.

    2) A taxa de depreciao do bem.Taxa = D / Vi = $200,00 / $2.000,00 = 0,1 = 10% ao ano

    3) O valor da mquina daqui a 3 anos.Vc = Vi D.T Vi = $2.000,00 D = $200,00 T = 3 anosEnto: Vc = 2.000,00 200.3 = 2.000,00 600,00 = $1.400,00

    4) O valor da mquina em 15 anos.

    Se a mquina foi comprada por $2.000,00 e deprecia a uma taxa de 10% aoano, em 10 anos seu valor ser zero. Sendo assim, do dcimo ano em diante seu valorresidual ser sempre zero.

    5) Se o mesmo equipamento for utilizado em 2 turnos dirios, qual a nova taxade depreciao?

    Taxa = 10% ao anoCoeficiente para 2 turnos = 1,5Nova taxa = 10% . 1,5 = 15% ao ano

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    2.2.2. Depreciao pelo Mtodo de Quotas Variveis

    Diferentemente do mtodo linear, esse tem como premissa o desgaste pelo

    uso e no pelo tempo. Para a utilizao desse mtodo, torna-se necessrio fazer umapreviso da capacidade de produo total do bem.

    D = DepreciaoP = Produo no perodoVi = Valor Inicial do Bem ou Preo de Aquisio

    Vr = Valor Residual do BemPT = Produo Total prevista

    Um exemplo simples estimar o total de quilmetros que um veculo pode

    percorrer e, posteriormente, apurar o total de quilmetros que o bem percorreu no

    perodo.

    Por meio desse mtodo, alm de no ser possvel prever o valor das quotas

    durante a vida til total do bem, a depreciao torna-se um custo varivel, j que, desta

    forma, o valor da quota permanece atrelada quantidade produzida.

    2.2.3. Depreciao Pelo Mtodo da Soma dos Dgitos

    Podem ocorrer situaes em que o desgaste do bem ocorre mais rapidamente

    nos primeiros meses/anos de utilizao. Para estes casos, existe o mtodo da soma

    dos dgitos decrescentes.

    O valor da depreciao anual pelo mtodo da soma dos dgitos decrescentes obtido da seguinte forma:

    a) Somam-se os algarismos que compem o nmero de anos de vida til do

    bem;

    b) A depreciao de cada ano uma frao em que o denominador a soma

    dos algarismos, conforme obtido em (a), e o numerador , para o primeiro ano, (n),

    para o segundo, (n-1), para o terceiro, (n-2) e assim por diante, onde n = nmero de

    anos de vida til.

    D = P . (Vi Vr)

    PT/

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    Exemplo:

    Depreciao de um veculo adquirido por R$ 30.000,00, sem valor residual,

    com vida til de 4 anos.

    N = 4

    Valor = 30.000,00

    Soma dos dgitos da vida til = 1 + 2 + 3 + 4 = 10

    - Primeiro Ano: Depreciao = N / S . V = (4/10) x 30.000 = 12.000

    - Segundo Ano: Depreciao = N-1 / S . V = (3/10) x 30.000 = 9.000

    - Terceiro Ano: Depreciao = N-2 / S . V = (2/10) x 30.000 = 6.000

    - Quarto Ano: Depreciao = N-3 / S . V = (1/10) x 30.000 = 3.000.

    2.3. Questes de Concursos

    1) (CESPE - 2011 - EBC - Analista Contabilidade) Julgue o seguinte item, que trata de materiais

    permanentes e de consumo. O critrio de durabilidade deve ser o nico parmetro para a classificao

    oramentria de um material em consumo ou permanente.

    ( ) Certo ( ) Errado

    2) (Bacen/2010, Cesgranrio)

    Considerando o mtodo de depreciao linear e as caractersticasdo bem patrimonial apresentados na tabela, qual a depreciaoacumulada e o valor residual do bem patrimonial ao final do seuquarto ano de utilizao?

    Depreciao Acumulada (R$) Valor Residual (R$)(A) 30.000,00 420.000,00(B) 36.000,00 464.000,00

    (C) 48.000,00 402.000,00(D) 72.000,00 428.000,00(E) 80.000,00 420.000,00

    3) (Bacen/2010, Cesgranrio) Com relao ao conceito de bem na gesto de recursos e patrimonial da

    administrao pblica, afirma-se que :

    I O conceito de bem est relacionado utilidade, quantidade e a um valor econmico ou riqueza;II Os bens so susceptveis de apropriao, direitos e obrigaes podendo ser designados comopatrimnio.

    III A gesto do patrimnio imobilirio inclui os bens imveis e os bens no consumveis;IV A gesto do patrimnio mobilirio permanente inclui os bens mveis e os bens consumveis.

    Valor de compra R$ 500.000,00Vida til 25 anosValor Residual R$ 50.000,00

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    Esto corretas as afirmaes:

    (A) I e II apenas.(B) I,III e IV, apenas.(C) I, II, III e IV.(D) II e III apenas.(E) III e IV apenas.

    4) (Bacen/2010, Cesgranrio) Todo bem patrimonial sofre desgaste com a sua utilizao, sendo

    necessrias aes para que ele se mantenha operacional at o fim de sua vida til. A vida econmica de

    um bem o perodo de tempo em

    que o bem consegue exercer suas funes at o momento em que o

    a) valor contbil menor que a soma do custo operacional com o de manuteno.b) valor de revenda do bem menos o valor residual da depreciao mnimo.c) valor de revenda ultrapassa o valor depreciado.d) custo operacional menor que o custo residual.e) Custo Anual Equivalente (CAE) mnimo.

    5) (IADES - 2010 - CFA - Assistente Administrativo) Quanto situao patrimonial, quando um bem pode

    ser classificado como recupervel?

    a) Quando estiver em perfeitas condies e em uso normal.b) Quando estiver avariado e sua recuperao orar mais do que 50% do seu valor de mercado ou seurendimento for precrio.c) Quando no mais puder ser utilizado para o fim a que se destina.d) Quando, mesmo avariado, sua recuperao for possvel e orar, no mximo, at 50% do seu valor demercado.

    Gabarito: 1)E 2)D 3)A 4)E 5)D

    3. ADMINISTRAO DE RECURSOS MATERIAIS

    A Instruo Normativa 205/88 da Secretaria de Administrao Pblica da

    Presidncia define material como [...]designao genrica de equipamentos,

    componentes, sobressalentes, acessrios, veculos em geral, matrias-primas e outros

    itens empregados ou passveis de emprego nas atividades das organizaes pblicas

    federais[...].

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    Material , em suma, todo bem que pode ser contado, registrado e que tem por

    funo atender s necessidades de produo ou de prestao de servio de uma

    organizao pblica ou privada.

    A Administrao de Materiais o conjunto de atividades que tem por objetivo

    planejar, executar e controlar os materiais adquiridos e usados por uma organizao

    com base nas especificaes dos produtos necessrios. Todo esse processo deve ser

    feito da forma mais eficiente e econmica possvel.

    Em resumo, pode-se dizer que a Administrao de Materiais um conjunto de

    atividades que tem por finalidade o abastecimento de materiais para a organizao no

    tempo certo, na quantidade certa, na qualidade solicitada, sendo tudo isso conseguido

    ao menor custo possvel.Cabe Administrao de Materiais todas as atividades para a aquisio de

    materiais, o controle de estoque e a deciso de rep-lo, a escolha de fornecedores, os

    processos de compra, a armazenagem e a entrega para produo.

    As principais atividades inerentes Administrao de Materiais so:

    Manuteno de Estoques, Processamento do Pedido, Compras, Programao do

    Produto, Embalagem de Proteo, Armazenagem, Manuseio de Materiais, Manuteno

    da Informao e Transportes.Os objetivos principais da administrao de recursos materiais so:

    Preo Baixo: reduzir o preo de compra implica aumentar os lucros, se mantida

    a mesma qualidade.

    Alto Giro de Estoque: implica melhor utilizao do capital, aumentando o retorno

    sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital de giro.

    Baixo Custo de Aquisio e Posse: dependem fundamentalmente da eficcia

    das reas de controle de estoques, armazenamento e compras.

    Continuidade de Fornecimento: resultado de uma anlise criteriosa quando da

    escolha dos fornecedores. Os custos de produo, expedio e transportes so

    afetados diretamente por este item.

    Consistncia de Qualidade: a rea de materiais responsvel apenas pela

    qualidade de materiais e servios provenientes de fornecedores externos. Em

    algumas empresas, a qualidade dos produtos e/ou servios constitui-se no nico

    objetivo da gerncia de materiais.

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    Muitas organizaes enxergam o nvel de servio apenas como uma varivel

    quantitativa, calculada como o simples quociente entre o volume no atendido e o

    volume total negociado. Esta apenas uma das formas de medir o nvel de servio,

    dentre outras como:

    Lead Time - Tempo despendido entre a colocao de um pedido pelo cliente

    e a entrega dos bens solicitados;

    Porcentagem de itens em falta no depsito a qualquer instante;

    Proporo dos pedidos de clientes atendidos ou volume de ordens entregue

    dentro de um intervalo de tempo desde a recepo do pedido;

    Proporo de bens que chegam ao cliente em condies adequadas;

    Facilidade e flexibilidade com que o cliente pode gerar um pedido;

    Sistema de tratamento de falhas (atendimento a reclamaes);

    Sistemas de ps-venda etc.

    3.2. Demanda

    Cada aspecto do gerenciamento de materiais est voltado para fornecer ao

    consumidor o produto certo, na hora certa, no local certo, nas condies certas e ao

    preo certo.

    A oferta ser sempre influenciada pela demanda.

    Demanda a quantidade de um bem ou servio que as pessoas estariamdispostas a adquirir sob determinadas condies. No se confunde com vendas ou

    com consumo real, que so demandas efetivas e que podem estar aqum ou alm da

    demanda real, caso haja algum tipo de restrio na oferta ou no provimento dos bens

    demandados.

    Por isso, as empresas precisam descobrir qual a demanda para um

    determinado produto ou servio, pois ela que vai dizer o quanto se deve produzir e

    dispor no mercado. muito importante saber quem e quantos so os consumidores

    que iro adquirir o produto ou servio.

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    As demandas do consumidor, portanto, dirigem todo o processo e, por isso,

    importante para as organizaes realizarem uma correta previso. Para isso, se valem

    de mtodos qualitativos (pesquisas) e quantitativos (ferramentas estatsticas).

    Existem dois tipos bsicos de demanda:

    Independente: relacionada s condies e necessidades do mercado e,

    portanto, fora do controle da empresa.

    Dependente: cujo consumo depende de itens ligados empresa e,

    portanto, sob seu controle.

    Esses dois tipos de demanda podem ser classificados quanto ao

    comportamento ao longo do tempo:

    Demanda constante: a quantidade consumida no varia muito ao longo

    do tempo, sendo de fcil previso.

    Demanda varivel: a quantidade consumida altera-se ao longo do

    tempo, sendo explicada por 3 fatores:

    o Tendncia: mostra a direo do consumo, podendo aumentar,

    diminuir ou estacionar.

    o Sazonalidade: comportamento em um espao curto de tempo,geralmente um ano.

    o Ciclicidade: comportamento em um espao longo de tempo,

    muitas vezes dcadas.

    Qualquer previso de materiais, ao ser elaborada, pode levar em considerao:

    Projeo: os histricos de consumo, conforme o perodo a ser analisado

    (ms a ms, ano a ano etc.), acreditando que o passado se repete. Explicao: entendimento das variveis que afetam o comportamento do

    consumo ou das vendas (promoes, perodo de retrao da demanda,

    conjuntura econmica da empresa e do pas, perodos de tradicional

    aumento da demanda);

    Predileo: opinies de compradores, almoxarifes, vendedores,

    gerentes, consumidores e usurios diretos dos materiais, pesquisas de

    mercado.

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    As tcnicas de previso de demanda so divididas em Qualitativas e

    Quantitativas (intrnsecas e extrnsecas).

    Os mtodos qualitativos so baseados em opinies e experincias de

    especialistas, vendedores, gerentes, consumidores e pesquisas de

    mercado.

    Os mtodos quantitativos extrnsecos so baseados em indicadores

    externos que influenciam as demandas, como por exemplo aumento do

    PIB, renda familiar etc.

    Os mtodos quantitativos intrnsecos so baseados em dados internos

    da organizao, geralmente sries histricas.

    3.2.1. Mtodo do Consumo do ltimo Perodo

    Mtodo mais simples e emprico. Baseia-se em prever o prximo perodo tendo

    por base o consumo ou demanda do perodo anterior. Muitas vezes adiciona-se certa

    quantidade, quando o consumo relativamente crescente de um perodo para outro.

    3.2.2. Mtodo da Mdia Mvel

    Semelhante ao anterior, mas melhorado: a previso do perodo seguinte

    calculada a partir das mdias de consumo dos perodos anteriores.

    Dm = C1 + C2 + C3 + Cn

    N

    Dm = Demanda MdiaC1, 2, 3, n = Demanda dos perodos anterioresN = Nmero de perodos

    A vantagem est na simplicidade e facilidade de clculo. As desvantagens

    residem no fato de que as mdias mveis so influenciadas por valores extremos e que

    os perodos mais antigos tem o mesmo peso que os atuais.

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    3.2.3. Mtodo da Mdia Mvel Ponderada

    Variao do mtodo anterior, porm os valores mais recentes recebem um

    peso maior que os valores dos perodos mais antigos.Dm = P1.C1 + P2.C2 + P3.C3 + Pn.Cn

    Dm = Demanda MdiaC1, 2, 3, n = Demanda dos perodos anterioresP1, 2, 3, n = Peso atribudo a cada perodo

    Existem outros mtodos, a saber, como por exemplo Mnimos Quadrados e

    Regresses Lineares (correlaes), Simulaes, porm seus clculos so complexos e

    no cabe especific-los aqui.

    3.3. Estoques

    As principais funes do estoque so:

    a) Garantir o abastecimento de materiais, neutralizando os efeitos de:

    demora ou atraso no fornecimento de materiais;

    sazonalidade no suprimento;

    riscos de dificuldade no fornecimento.

    b) Proporcionar economias de escala:

    atravs da compra ou produo em lotes econmicos;

    pela flexibilidade do processo produtivo;

    pela rapidez e eficincia no atendimento s necessidades.

    O objetivo bsico do controle de estoques evitar a falta de material e, ao

    mesmo tempo, evitar estoques excessivos s reais necessidades da empresa. O

    controle procura manter os nveis estabelecidos em equilbrio com as necessidades de

    consumo ou das vendas e os custos da decorrentes.

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    3.3.1. Termos utilizados no Controle de Estoques

    Estoque Mnimo (ou de segurana) - a menor quantidade de material a ser

    mantida em estoque capaz de atender contingncias no previstas (um consumosuperior ao estimado para um certo perodo, ou em caso de no entrega da nova

    aquisio);

    Estoque Mximo - a maior quantidade de material admissvel em estoque,

    suficiente para o consumo em certo perodo, devendo-se considerar a rea de

    armazenagem, disponibilidade financeira, imobilizao de recursos, intervalo e tempo

    de aquisio, perecimento, obsoletismo etc. a soma da quantidade necessria de um

    item para suprir a organizao em um perodo estabelecido mais o Estoque deSegurana;

    Lead Time - Tempo de Reposio, Ressuprimento - tempo decorrido desde

    a emisso do documento de compra (requisio) at o recebimento da mercadoria;

    Intervalo de Aquisio - perodo compreendido entre duas aquisies normais

    e sucessivas;

    Ponto de Pedido - Nvel de Estoque que, ao ser atingido, determina imediata

    emisso de um pedido de compra, visando a recompletar o Estoque Mximo.

    Quantidade a Ressuprir - nmero de unidades a adquirir para recompor o

    Estoque Mximo.

    Custo Fixo - o custo que independe das quantidades estocadas ou

    compradas (mo-de-obra, aluguel de depsitos, despesas administrativas, de

    manuteno etc.);

    Custo Varivel - existe em funo das variaes de quantidade e de despesas

    operacionais.

    3.3.2. Classificao dos Estoques

    3.3.2.1. Estoques de Matrias-Primas (MPs)

    Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais bsicos que ingressam

    no processo produtivo da empresa. So tens iniciais para a produo.

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    3.3.2.2. Estoques de Produtos em Elaborao ou Processamento

    Os estoques de materiais em processamento - tambm denominados materiais

    em vias - so constitudos de materiais que esto sendo processados ao longo dasdiversas sees que compem o processo produtivo da empresa. No esto nem no

    almoxarifado - por no serem mais MPs iniciais - nem no depsito - por ainda no

    serem produtos acabados.

    3.3.2.3. Estoques de Produtos Acabados

    Referem-se aos produtos j prontos e acabados, cujo processamento foicompletado inteiramente. Constituem o estgio final do processo produtivo e j

    passaram por todas as fases.

    3.3.2.4. Estoque em Trnsito

    So os estoques que esto em trnsito entre o ponto de estocagem ou de

    produo. Quanto maior a distncia e menor a velocidade de deslocamento, maior sera quantidade de estoque em trnsito. Exemplo: produtos acabados sendo expedidos de

    uma fbrica para um centro de distribuio.

    3.3.2.5. Estoques em Consignao

    Estoque de produtos com um cliente externo que ainda propriedade do

    fornecedor. O pagamento por estes produtos s feito quando eles so utilizados pelocliente.

    3.3.3. Nveis de Estoque e Reposio

    A reposio dos estoques deve responder duas questes: quando comprar e

    quanto comprar.

    Existem trs mtodos bsicos para repor estoques:

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    1. Estoque para demanda;

    2. Reposio peridica (quantidade varivel, perodo fixo).

    3. Ponto de reposio (quantidade fixa, perodo varivel);

    3.3.3.1. Estoque para Demanda

    O estoque para demanda visa a manter os nveis de estoque no mesmo nvel

    de sua demanda. Para tanto, deve-se estimar a demanda por um perodo e calcular o

    que foi efetivamente consumido. Assim, por exemplo, todo incio de ms, faz-se um

    pedido igual a demanda calculada para o perodo menos o volume total em estoque.

    O grfico abaixo, que define a relao entre o consumo do estoque e sua

    reposio, chamado dente de serra.

    Esse um mtodo muito simples de controle, e justamente pela sua

    simplicidade que ele consegue ser facilmente implantado e usado pelas organizaes,

    sendo essa a sua grande e nica vantagem.

    O mtodo de estoque para demanda conhecido como mtodo do estoque

    mnimo e tem por funo manter o custo de estoque dentro de uma faixa tima. Isto ,

    se o estoque for muito grande, os custos de manuteno sero altos. Em contrapartida,

    se o estoque estiver muito pequeno, pode haver Perda de Venda ou ocasionar paradas

    de produo.

    3.3.3.2. Reposio (ou Reviso) Peridica

    Consiste em fazer pedidos para reposio de estoques em intervalos de tempo

    constantes, estabelecidos para cada item.

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    Nessa tcnica, conhecida como quantidade varivel/perodo fixo, faz-se

    apuraes/revises dos nveis de estoque para os produtos em ciclos de tempo fixos e

    compra-se de forma a alcanar o nvel mximo de produto em estoque. Dessa forma,

    calcula-se o lote de pedido como sendo o nvel mximo de estoque menos a

    quantidade apurada em estoque.

    O mtodo de reposio peridica tambm permite aproveitar a situao de se

    fazer um pedido com mais de um produto a um mesmo fornecedor visando ganhos no

    transporte e descontos no valor total do pedido.

    A maior dificuldade dessa tcnica calcular o ciclo de tempo para as

    apuraes de estoque e o volume mximo de estoque admitido.

    3.3.3.3. Ponto de Pedido (ou de Reposio)

    O grfico a seguir apresenta o comportamento do estoque ao longo do tempo,

    levando em conta outros fatores alm da simples reposio por consumo.

    Para saberquando comprar, primeiramente descobre-se a Taxa de Demanda,

    que representa quanto a organizao consome do produto em um perodo de tempo

    (semana, ms etc.). Depois, deve-se saber o Lead Time (o tempo de ressuprimento,

    compreendido entre o pedido feito ao fornecedor e o recebimento - no grfico, o

    intervalo entre 1 e 2). Com esses dois dados, calcula-se o Ponto de Pedido ( ou

    Reposio), ou seja, o nvel de estoque que uma vez atingido deve disparar um pedido

    de compra.

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    Como existem incertezas tanto na taxa de demanda como no tempo de

    ressuprimento, deve-se acrescentar o valor do Estoque de Segurana, que representa

    um volume de estoque para proteger a organizao (no grfico, entre os pontos 3 e 4,

    percebe-se que no houve a entrega do pedido e, consequentemente, o estoque de

    segurana foi utilizado). Para calcul-lo, multiplica-se a Demanda Mdia (Diria,

    mensal etc.) por um fator de segurana arbitrado pela organizao, geralmente uma

    frao do tempo de aquisio.

    Por fim, o Ponto de Reposio calculado pela frmula

    PR = Demanda x Lead Time + Estoque de Segurana.

    Para saber quanto comprar utiliza-se o que chamado Lote Econmico de

    Compra (LEC). O LEC a quantidade a ser comprada que vai minimizar os custos de

    estocagem e de aquisio.

    Para calcular o LEC devemos calcular o Custo Total pela frmula CT = CA +

    CP, em que CA o custo de armazenagem e CP o custo de fazer o pedido. A curva

    do custo total representada pelo grfico a seguir.

    O LEC necessita de alguns pressupostos:

    a demanda considerada conhecida e constante;

    no h restries quanto ao tamanho dos lotes;

    os custos envolvidos so apenas de estocagem (por unidade) e de

    pedido (por ordem de compra);

    o lead time constante e conhecido;

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    Quanto maior o giro do estoque, desde que se mantenha o volume dos

    mesmos e a margem de lucros, maior a eficincia do setor de vendas e menor o tempo

    em que o dinheiro fica parado.

    Resultados acima de 1 (um) indicam o nmero de renovaes do estoque, ou

    seja, o nmero de vezes que a produo foi vendida e completamente reconstituda.

    Resultados iguais ou abaixo de 1 (um) indicam que os estoques se renovaram

    s uma vez ou sua renovao no foi completa.

    Exemplo1:

    Uma empresa tem vendas anuais de 10.000 unidades e em seu estoque tem

    5.000 peas, qual a rotatividade do seu estoque?

    R = V / E = 10.000 / 5.000

    R = 2, ou seja, o estoque da referida empresa gira 2 vezes por ano.

    Exemplo 2:

    Uma empresa tem vendas anuais de R$ 5.000.00,00. O seu custo anual de

    vendas foi de R$ 500.000,00 e o lucro foi de R$ 90.000,00. Seu estoque mdio possui

    investimento de R$ 200.000,00. Qual a rotatividade do estoque?

    R = Custo materiais vendidos / Estoque = 500.000,00 / 200.000,00

    R = 2,5

    Existe tambm o Antigiro, ou ndice de Cobertura dos Estoques, que a

    indicao do perodo de tempo que o estoque consegue cobrir as vendas futuras, sem

    que haja suprimento.

    Quanto menor for o estoque, em relao projeo de vendas, menor ser a

    cobertura em dias, semanas etc. Isto significa que, quando corre o risco de faltar

    mercadoria para atendimento ao cliente, a cobertura de estoque apresenta!se muito

    Rotatividade = Nmero de renovaes = Quantidade ou Custos dos produtos vendidosdo estoque no perodo Estoque Mdio

    ndice de cobertura dos estoques = Estoque em determinada data (quantidade ou valor)Previso de vendas futuras (quantidade ou valor)

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    baixa, mas, no caso contrrio, com o ndice de cobertura muito alto, se corre o risco de

    ter estoques obsoletos.

    Este indicador bastante utilizado em perodos anteriores a grandes aumentos

    de demanda sazonais, como por exemplo na Pscoa.

    3.4. Questes de Concursos

    1) (TJ-SC - 2011 - Analista Administrativo) Os estoques constituem parcela considervel dos ativos dasempresas. So classificados, principalmente, para efeitos contbeis em cinco grandes categorias.Assinale a afirmativa correta de acordo com a classificao usual dos estoques:

    a) Estoques de matrias-primas, estoques de produtos pintados, estoque de produtos acabados,estoques de produtos comprados e estoques em consignao.

    b) Estoques de matrias-primas, estoques de produtos em elaborao (processo), estoque de produtospintados, estoques de produtos exportados e estoques em consignao.

    c) Estoques de matrias-primas, estoques de produtos em elaborao (processo), estoque de produtosacabados, estoques de produtos em trnsito e estoques em consignao.

    d) Estoques de matrias-primas, estoques de produtos despachados, estoque de produtos acabados,estoques de produtos pintados e estoques em consignao.

    e) Estoques de matrias-primas, estoques de produtos comprados, estoque de produtos pintados,estoques de produtos em trnsito e estoques em consignao.

    2) (IADES - 2010 - CFA - Assistente Administrativo) Na gesto patrimonial, mveis, equipamentos,componentes, sobressalentes, acessrios, utenslios, veculos em gera e outros bens utilizados oupassvel de utilizao so considerados

    a) materiais.

    b) suprimentos.

    c) bens de aquisio parcelada.

    d) materiais de consumo.

    3) (CESPE - 2011 - IFB - Professor Logstica) As tcnicas de previso da demanda podem serclassificadas em qualitativas, extrnsecas e intrnsecas.

    ( ) Certo ( ) Errado

    4) (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judicirio - rea Administrativa) Considerando que determinadapea seja consumida no montante de 30 unidades por ms, que seu tempo de reposio seja de 2meses e que seu estoque mnimo equivalha a um ms de consumo, julgue os itens que se seguem.

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    4.1) Para representar os nveis de estoque da referida pea ao longo do tempo, pode-se utilizar ogrfico dente de serra mostrado a seguir. ( ) Certo ( ) Errado

    4.2) Para o seu funcionamento, o sistema de revises peridicas depende diretamente doestabelecimento do ponto de pedido de cada item.

    ( ) Certo ( ) Errado

    4.3) O estoque mnimo de 30 peas destina-se a absorver as alteraes sazonais de demanda.

    ( ) Certo ( ) Errado

    4.4) Com base na situao considerada, correto afirmar que o ponto de pedido da referidapea igual a 90 unidades. ( ) Certo ( ) Errado

    5) (Bacen/2010, Cesgranrio) O departamento de administrao de Materiais de uma empresa recebeu5.000 requisies no ano de 2009, sendo que cada requisio teve uma mdia de 1,8 itens. Sabendoque 7.650 itens foram entregues dentro do prazo, qual foi o nvel de servio de atendimento dodepartamento, em percentual? (Obs.: Use arredondamento para uma casa decimal ).

    a) 90,0%b) 85,0%c) 80,0%d) 65,4%

    e) 55,5%

    6) (Bacen/2010, Cesgranrio) Uma empresa que usa o modelo de reposio contnua na gesto deestoques tem um consumo mdio de um item em estoque de 1.000 unidades por ms e mantm umestoque de segurana de 100 unidades. Supondo que o prazo de entrega, aps a colocao do pedido, de 10 dias teis, que as compras so feitas em lotes de 5.000, e considerando 20 dias teis por ms,qual a quantidade do ponto de pedido? Formulrio: PP = (T lead time x D ) + ES

    a) 50b) 500c) 600d) 1.000e) 5.000

    7) (Bacen/2010, Cesgranrio) Na gesto de estoques, o modelo de reposio peridica, tambmconhecido como modelo de estoque mximo, tem como caracterstica:

    a) Obter um estoque de segurana menor que o modelo do lote padro.b) Ter um lote de compra padro e igual ao lote econmico de compras (LEC).c) Ter um lote de compra varivel e definido quando o nvel do item atinge o ponto de pedido.d) Manter constantes os intervalos de emisso dos pedidos de compra.e) Definir o lote de compra com base em descontos por volume.

    8) (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Administrativa) Dados, em R$, da Cia. Comercial ABC,

    relativos ao exerccio encerrado em 31-12-2010:

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    O ndice de rotao de estoques da companhia foi, em 2010, igual aa) 5,0.b) 4,5.c) 5,5.d) 5,2.e) 4,0.

    Gabarito: 1)C 2)A 3)C 4.1)E 4.2)E 4.3)E 4.4)C 5)B 6)C 7)D 8)E

    3.5. Armazenagem

    a atividade que compreende o planejamento, coordenao, controle e

    desenvolvimento das operaes destinadas manter adequadamente estocados e em

    condies de uso, bem como expedir no momento oportuno, os materiais necessrios.

    Os Objetivos Bsicos da Armazenagem so:

    Mximo uso do espao.

    Acesso fcil a todos os itens de material.

    Mxima proteo dos itens de material.

    Movimentao eficiente dos itens de material.

    Utilizao efetiva da mo de obra e equipamentos.

    Boa qualidade de armazenagem.

    Um bom sistema de armazenagem leva em conta as caractersticas fsicas,

    qumicas e biolgicas dos produtos; a quantidade de material a ser movimentado; as

    especificaes tcnicas de exigncia de acondicionamento fsico dos materiais; o

    capital disponvel na organizao para manuteno e potencial ampliao futura do

    armazm; a relao custo x benefcio; outras caractersticas interessantes para cada

    tipo de instituio.

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    3.5.1. Funes da armazenagem

    Recebimento (descarga)

    Identificao e classificao Conferncia (qualitativa e quantitativa)

    Endereamento para o estoque

    Estocagem

    Remoo do estoque (separao de pedidos)

    Acumulao de itens

    Embalagem

    Expedio Registros das operaes

    3.5.2. Recebimento

    A operao envolve desde a recepo do material na entrega pelo fornecedor

    at a entrada nos estoques, recebendo conferncia quantitativa e/ou qualitativa.

    Descarga: atividade inicial do processo, ocorre quando o produto chega ao

    local de armazenagem. Dependendo da natureza do material envolvido, necessria a

    utilizao de equipamentos, dentre os quais se destacam paleteiras, empilhadeiras etc.

    Conferncia Quantitativa: verificao da quantidade de produtos entregues de

    acordo com a discriminao da documentao fiscal.

    Conferncia Qualitativa: inspeo tcnica por meio da confrontao das

    condies contratadas na autorizao de fornecimento com as efetivamente recebidas,

    visando garantir o recebimento adequado do material contratado.Regularizao: controle do processo de recebimento, pela confirmao das

    conferncias qualitativa e quantitativa, por meio de laudos de inspeo tcnica para a

    deciso de aceitar ou recusar e, finalmente, encerrar o processo.

    Existe uma interligao com as reas de contabilidade, compras e transporte

    para que seja evitado o recebimento de produtos desconformes com o pedido.

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    3.5.3. Classificao

    o processo de aglutinao de materiais por caractersticas semelhantes.

    importante distinguir-se bem a diferena entre identificao e classificao. Aidentificao busca uma identidade do material, ou seja, busca torn-lo nico. Um item

    s pode estar associado a um nico cdigo de identificao, ao passo que pode estar

    associado a vrias classes simultaneamente.

    Existem diversas formas de classificar os materiais, porm, uma boa

    classificao deve obedecer a alguns critrios.

    Abrangncia: deve tratar de uma gama de caractersticas em vez de

    reunir apenas materiais para serem classificados. Flexibilidade: deve permitir diversos tipos de classificao.

    Praticidade: deve ser direta e simples.

    Tipos comuns de classificao:

    Demanda: a classificao PQR um critrio de classificao de

    materiais que utiliza a popularidade dos itens (transaes ou

    movimentaes durante um perodo).

    o Classe P: muito populares, ou seja, apresentam elevada

    frequncia de movimentao;

    o Classe Q: popularidade mdia;

    o Classe R: pouco populares.

    Grau de imprescindibilidade para a produo (criticalidade): a

    classificao XYZ avalia esse grau

    o Itens Classe Z - so imprescindveis, no podem ser substitudos

    por outros equivalentes, em tempo hbil para evitar transtornos. A

    falta desses materiais provoca a paralisao das atividades

    essenciais.

    o Itens Classe Y - grau intermedirio. Podem ser substitudos por

    outros com relativa facilidade, embora sejam vitais para a

    realizao das atividades.

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    o Itens Classe X - sua falta no acarreta em paralisaes, nem

    riscos segurana pessoal, ambiental e patrimonial. Possuem

    elevada possibilidade de serem substitudos por equivalentes.

    Perecibilidade: tempo de estocagem, volatilidade, ao da luz,

    instabilidade qumica, magnetizao/desmagnetizao, corroso etc.

    Periculosidade: gases. lquidos, produtos qumicos etc.

    Tipos de estocagem: permanente, temporrio etc.

    Dificuldade de aquisio: fabricao especial, escassez no mercado,

    sazonalidade, monoplio, transporte especial, importaes etc.

    Mercado fornecedor: nacional, estrangeiro.

    3.5.3.1. Especificao

    a descrio de um item atravs de suas caractersticas (atributos,

    propriedades). O termo especificao , em geral, empregado com o significado de

    identificar precisamente o material, de modo a torn-lo inconfundvel (ou seja,

    especfico), principalmente para fins de aquisio. O conjunto de descries de

    materiais forma a nomenclatura de materiais da empresa.

    interessante tambm padronizar a nomenclatura. Uma nomenclatura

    padronizada (estruturada) formada por uma estrutura de nomes ou palavras-chave

    (nome bsico e nomes modificadores), dimenses, caractersticas fsicas em geral

    (tenso, cor, etc.), embalagem, aplicao, caractersticas qumicas etc.

    O nome bsico a denominao inicial da descrio (exemplo: arruela,

    parafuso, etc.), enquanto o nome modificador um complemento do nome bsico

    (exemplo para arruela: presso, lisa, cobre, etc.). Um nome bsico pode estar

    associado a vrios modificadores: arruela lisa de cobre, espessura 0,5 mm, dimetro

    interno 6 mm, dimetro externo 14 mm.

    3.5.3.2. Codificao

    A identificao por cdigos pode ser feita por diversos tipos de cdigos:

    sequencial, em grupos, em faixas, mnemnicos, numricos, alfanumricos, etc.

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    O que fundamental que para cada item haja um s cdigo, assim como que

    o cdigo no produza confuses de comunicao, principalmente com o uso de

    caracteres que podem ser confundidos um com o outro (zero com a letra O, cinco com

    a letra S, dois com a letra Z, seis com a letra G, etc.).

    Alguns tipos de cdigos:

    Alfabtico - representa os materiais por meio de letras. Foi muito utilizado na

    codificao de livros ( Mtodo Dewey), com a implementao da imprensa no mundo.

    Aps, agregou nmeros a sua codificao (alfanumrico), conseguindo com isto

    codificar a grande variedade de edies em suas categorias e classificaes de

    assuntos, autores e reas especificas.

    Alfanumrico - agrupa nmeros e letras. As quantidades de letras e de

    nmeros so definidos pelo rgo ou empresa a qual adotou o sistema, no havendo

    uma regra especfica. o sistema utilizado na codificao de placas de automveis.

    Sequencial - , normalmente, um cdigo composto por caracteres numricos

    com a regra de sequencia soma 1. A cada novo item a ser identificado um novo

    cdigo dado, somando-se 1 ao ltimo cdigo dado. Para se definir um cdigo

    sequencial basta determinar-se o primeiro cdigo e a regra de sequencia.Em grupos - quando o cdigo dividido em grupos e a cada grupo se associa

    um significado. Exemplo: os cdigos 30-12-347 e 30-13-523, em que 30 = materiais

    eltricos; 30-12 = fios e cabos nus e 30-13 = fios e cabos isolados.

    Em faixas - quando, numa codificao sequencial, certas faixas de cdigos

    possuem um significado tal como o dos grupos do cdigo em grupos. Exemplo: 101 a

    299 = matrias primas; 301 a 599 = semiacabados; 601 a 999 = acabados.

    Mnemnicos - quando possui caracteres que permitem associao fcil de

    idia com o elemento a ser codificado. Exemplo: as siglas de estados do Brasil.

    De barras - a tecnologia de identificao automtica aplicvel aos objetos.

    Seu objetivo a identificao e localizao de

    produtos em nvel industrial e comercial. O sistema

    constitudo por sries de linhas e espaos de

    diversas larguras, que armazenam informaes com

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    ordenamentos diferentes, denominados simbologias.Para implementao do cdigo de

    barras a indstria dever filiar-se EAN - Associao Internacional de Numerao de

    Artigos. O cdigo EAN-13 um padro utilizado em mais de 100 pases. composto

    por 13 dgitos e inclui: Pas + Empresa + Produto + Dgito de Controle

    Cdigo QR - como um cdigo de barras em duas dimenses. Entretanto, a

    diferena entre este e os demais cdigos de barras que ele

    se comporta como um arquivo de dados porttil, sendo capaz

    de codificar nome, foto e o resumo de registros.

    Existem diversas padronizaes abordando a

    codificao de cdigos QR e seu uso livre de qualquer

    licena, sendo definido e publicado como um padro ISO.

    3.5.4. Classificao ABC

    A classificao ABC um tipo muito importante de controle de estoque. Ela

    permite identificar aqueles itens que merecem ateno e tratamento adequados, de

    acordo com sua importncia relativa.

    A curva usa como base o princpio de Pareto (80-20). Ele elaborava um estudo

    de renda e riqueza da populao italiana e descobriu que 80% da riqueza local estava

    concentrada com 20% da populao. A aplicabilidade dos fundamentos do mtodo de

    Pareto foi comprovada e posta em prtica nos Estados Unidos, logo aps a Segunda

    Guerra Mundial (1951), pela General Eletric.

    No controle de estoques, a curva ABC divide os materiais em 3 grupos:

    Grupo A: poucos itens - maiores valores, peso ou volume. So os itens mais

    importantes e que devem receber toda a ateno. Geralmente 20% dos itens

    corresponderem, em mdia, a aproximadamente 75% do valor monetrio do estoque.

    Grupo B: So os itens de importncia intermediria e que devem receber

    ateno logo aps as medidas tomadas sobre os itens da classe A. Representam em

    mdia 30% dos itens e corresponderem a aproximadamente 20% do valor monetrio.

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    A 30B 10C 310D 100

    E 20F 60G 25H 6I 600J 2L 900M 15N 1O 4P 7

    Passo 1: Definir a varivel a ser analisada - toneladas / ms.

    Passo 2: Coletar os dados - esto na tabela.

    Passo 3: Ordenar os dados decrescentemente.

    ORDEM ITEM Toneladas / ms1 L 9002 I 6003 C 3104 D 1005 F 606 A 307 G 258 E 209 M 15

    10 B 1011 P 712 H 613 O 414 J 215 N 1

    Passo 4: Acumular os valores.

    ORDEM ITEM Toneladas / ms Ton / ms Acum.1 L 900 9002 I 600 15003 C 310 18104 D 100 19105 F 60 19706 A 30 20007 G 25 20258 E 20 2045

    9 M 15 206010 B 10 2070

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    11 P 7 207712 H 6 208313 O 4 208714 J 2 2089

    15 N 1 2090

    Passo 5: Calcular os percentuais do valor

    ORDEM ITEM Toneladas / ms Ton / ms Acum. Percentuais %1 L 900 900 43,062 I 600 1500 71,773 C 310 1810 86,604 D 100 1910 91,385 F 60 1970 94,266 A 30 2000 95,69

    7 G 25 2025 96,898 E 20 2045 97,859 M 15 2060 98,56

    10 B 10 2070 99,0411 P 7 2077 99,3812 H 6 2083 99,6713 O 4 2087 99,8614 J 2 2089 99,9515 N 1 2090 100,00

    Passo 6: Construir o diagrama

    Passo 7: Analisar os resultados

    CLASSES N ITEM % ITENS VALORACUMULADO

    ITENS EMESTOQUE

    A 2 13,33 71,77 % L,IB 4 26,67 23,92 % C,D,F,AC 9 60,00 4,31 % G,E,M,B,P,H,O,J,N

    Percentuais %

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    L I C D F A G E M B P H O J N

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    A aplicao prtica dessa classificao ABC pode ser vista, por exemplo,

    reduzindo em 20% do valor em estoque dos itens A (apenas dois itens). Isso resulta em

    uma reduo do valor total em 20% x 71,77% = 14,35%.

    Ao mesmo tempo, uma reduo de 50% no valor em estoque dos itens C (9

    itens), reduzir o valor total em 50% x 4,31% = 2,16%.

    3.5.5. Localizao

    O objetivo de um sistema de localizao de materiais estabelecer os meios

    necessrios ao endereamento e perfeita identificao da localizao dos materiais

    estocados.

    Geralmente utiliza uma codificao representativa de cada local de estocagem,

    facilitando as operaes de movimentao, inventrio etc.

    Normalmente so utilizados dois critrios de localizao de material:

    Estocagem Fixa: so determinadas reas de estocagem para cada tipo de

    material, ou seja, materiais so colocados sempre no mesmo local a cada renovao

    do estoque. A grande vantagem a facilidade de encontrar os materiais. Uma possvel

    desvantagem a ociosidade do local caso o estoque do material seja baixo.

    Estocagem Livre: no existem locais fixos de armazenagem, a no ser para

    materiais de estocagens especiais. Quando os produtos chegam ao armazm so

    designados a qualquer espao livre disponvel. A vantagem a otimizao da rea de

    armazenamento. A desvantagem o maior percurso para montagem dos pedidos,

    tendo em vista que um nico item poder ser localizado em diversos pontos.

    3.5.5.1. Tcnicas de Estocagem

    Carga unitria: carga constituda de embalagens de transporte que arranjam

    ou acondicionam certa quantidade de material para possibilitar o seu manuseio,

    transporte e armazenamento como se fosse uma unidade. A formao de carga

    unitria se d, geralmente, atravs de caixas e pallets (ou paletes), que so estrados

    de madeira padronizados, de diversas dimenses.

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    Caixas ou Gavetas: ideal para

    materiais de pequenas dimenses, comoparafusos, arruelas, materiais de escritrio,

    peas semiacabadas etc.

    Prateleiras: destinadas a

    materiais de tamanhos diversos e para o

    apoio de gavetas ou caixas

    padronizadas, constituem o meio de

    estocagem mais simples e econmico.

    So construdas de diversos materiais

    conforme a convenincia da atividade.

    Raques: so construdos para acomodar peas longas e estreitas como tubos,

    barras, tiras, etc.

    Empilhamento: uma variante da

    estocagem de caixas para aproveitamento do

    espao vertical. As caixas ou pallets so

    empilhados uns sobre os outros, obedecendo a

    uma distribuio equitativa de cargas.

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    Container Flexvel: uma das tcnicas mais

    recentes de estocagem. Consiste em uma espcie

    de saco feito com tecido resistente e borracha

    vulcanizada, com um revestimento interno

    conforme o uso.

    3.5.6. Movimentao

    O manuseio ou a movimentao interna de produtos e materiais significa

    transportar pequenas quantidades de bens por distncias relativamente pequenas,

    quando comparadas com as distncias na movimentao de longo curso executadas

    pelas companhias transportadoras. atividade executada em depsitos, fbricas, e

    lojas, assim como no transbordo entre tipos de transporte. Seu interesse concentra-se

    na movimentao rpida e de baixo custo das mercadorias.

    Sistemas de transportadores contnuos: consiste na movimentao

    constante entre dois pontos pr-determinados. So utilizados em minerao, indstrias,

    terminais de carga e descarga, terminais de recepo e expedio ou em armazns.

    Sistemas de Manuseio para reas

    Restritas: so feitos para locais onde a rea

    elemento crtico, por isso so bastante

    utilizados em almoxarifados.A ponte rolante o equipamento mais

    utilizado entre todos.

    Sistemas de Manuseio entre Pontos sem Limites Fixos: o mais verstil

    dos sistemas, utiliza carrinhos, empilhadeiras, paleteiras etc.

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    3.5.7. Embalagens

    Tem como objetivo movimentar produtos com toda a proteo e sem danific-los alm do economicamente razovel. Um bom projeto de embalagem do produto

    auxilia a perfeita e econmica movimentao sem desperdcios. Alm disso, dimenses

    adequadas de empacotamento geram eficincia no manuseio e na armazenagem.

    corrente distinguir trs nveis da embalagem: primria, secundria e terciria,

    ou de transporte. A embalagem primria (por exemplo, a lata, a garrafa ou o saco) est

    em contato direto com o produto e normalmente responsvel pela conservao e

    conteno.A embalagem secundria (como o caso das caixas de carto ou cartolina)

    contm uma ou vrias embalagens primrias e normalmente responsvel pela

    proteo fsico-mecnica durante a distribuio.

    A embalagem terciria agrupa diversas embalagens primrias ou secundrias

    para o transporte, como a caixa de carto canelado ou a grade plstica para garrafas

    de bebidas. A escolha de embalagens deste tipo depende:

    da natureza da embalagem individual (rgida, semirrgida ou flexvel);

    do esquema de paletizao (dimensionamento da embalagem coletiva

    com vista a maximizar o aproveitamento da palete);

    dos custos.

    3.6. Inventrio Fsico

    O inventrio fsico consiste na contagem fsica de todos os itens que constam

    em estoque levando em considerao o perodo de referncia para o inventrio.

    Caso seja encontrada alguma diferena seja no que diz respeito quantidade

    ou ao valor do estoque, o departamento contbil da empresa dever orientar as

    devidas correes.

    O inventrio fsico pode ser realizado de acordo com os dois modos a seguir:

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    a) peridico: realizado em perodos determinados, geralmente no final de um

    exerccio. Abrangem todos os itens de estoque de uma s vez, resultando em uma

    operao relativamente longa, devido possibilidade de muitos itens em estoque. Esse

    tipo de inventrio impossibilita a resoluo de problemas de imediato.

    b) rotativo: tambm chamado de contagem cclica, ocorre quando se contam

    permanentemente os itens do estoque, de acordo com uma ordem ou tcnica definida,

    geralmente uma vez dentro de cada perodo fiscal.

    Uma das formas mais comuns de contagem cclica consiste na classificao

    dos itens de acordo com a Curva ABC. Ento, cada classe de inventario quantificada

    e, aps, definida a periodicidade de contagem de acordo com a importncia dos

    itens.Exemplo:

    Classe A (mais importante) - 100 itens, que devem ser contados uma vez por

    ms; o total de contagens no ano ser 12 x 100 = 1200 contagens.

    Classe B (intermediria) - 200 itens, que devem ser contados semestralmente;

    o total de contagens no ano ser de 200 x 2 = 400 contagens.

    Classe C (menos importante) - 700 itens, que devem ser contados uma vez por

    ano; 700 contagens no ano.A soma dos totais de cada classe (1200+400+700) dividido pelo nmero de

    dias teis do ano dar a quantidade de contagem diria a ser executada.

    Ex: supondo que um ano tenha 210 dias teis, a quantidade diria de

    contagens ser (1200+400+700) / 210 = 11 contagens.

    3.6.1. Acurcia dos Controles

    Uma vez realizado o inventrio, calcula-se a acurcia dos controles, que nada

    mais que o valor dos itens corretos expresso em porcentagem.

    Pode-se calcular a acurcia dos estoques tanto para as quantidades de itens

    quanto para o valor dos itens.

    A acurcia igual ao nmero de itens corretos dividido pelo nmero total de

    itens do estoque, ou ento o valor dos itens corretos dividido pelo valor total dos itens

    do estoque.

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    Exemplo: em um estoque com 1200 peas, verificou-se que 100 no esto

    corretas. Qual a acurcia deste estoque?

    Total de peas = 1200 Erros = 100 Corretos = 1200 - 100 = 1100

    Acurcia = 1100 / 1200 = 0,92 = 92%

    3.6.2. Custos de armazenagem

    Para calcular o custo de armazenagem de determinado material, podemos

    utilizar a seguinte expresso:

    Custo de armazenagem = Q/2 x T x P x I

    Onde: Q = Quantidade de material em estoque no tempo considerado

    T = Tempo considerado de armazenagem

    P = Preo unitrio do material

    I = Taxa de armazenamento, expressa geralmente em termos de

    porcentagem do custo unitrio.

    A taxa de armazenamento o somatrio de diversas taxas, tais como: retorno

    de capital, de armazenamento fsico, de seguro, de transporte, manuseio e distribuio,

    de obsolescncia, de gua, luz etc.

    3.7. Questes de Concursos

    1) (TJ-SC - 2011 - Analista Administrativo) A gesto de estoques constitui uma srie de aes quepermitem ao administrador verificar se os estoques esto sendo bem utilizados, bem localizados em

    relao aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados. Analise as proposiesabaixo:I - O inventrio fsico consiste na contagem fsica dos estoques.II - O indicador acurcia dos controles de estoque mede a porcentagem de itens corretos, tanto emquantidade quanto em valor.III - O indicador giro de estoques mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ougirou.IV - O indicador cobertura de estoques mede o nmero de unidades de tempo; por exemplo, dias que oestoque ser suficiente para cobrir a demanda mdia.V - A localizao dos estoques uma forma de endereamento dos itens estocados para que elespossam ser facilmente localizados.Assinale a alternativa correta.a) Todas as proposies esto corretas.

    b) As proposies I, II e V esto corretas.c) As proposies I, III e IV esto corretas.

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    d) As proposies II, III e V esto corretas.e) As proposies II, III e IV esto corretas.

    2) (TJ-SC - 2011 - Analista Administrativo) A Anlise ABC uma das formas mais usuais de se

    examinar estoques. Sobre a Anlise ABC correto afirmar:a) Aos itens mais importantes de todos, segundo a tica do valor ou quantidade, d-se a denominaoitens classe A.b) No existe forma totalmente aceita de dizer qual o percentual do total dos itens que pertencem classe A, B, ou C.c) Aos itens menos importantes de todos, segundo a tica do valor ou quantidade, d-se a denominaoitens classe C.d) Consiste na verificao, em certo espao de tempo, do consumo do estoque, em valor monetrio ouquantidade.e) Todas as afirmativas esto corretas.

    3) (CESPE - 2011 - IFB - Professor Logstica) O custo de estoque composto por vrios custos: do

    item, de manuteno, de capital, de armazenamento, de riscos e de pedidos.( ) Certo ( ) Errado

    4) (IADES - 2010 - CFA - Assistente Administrativo) Assinale a alternativa que apresenta vantagem dagesto de inventrio e controle de estoque em uma organizao.a) Gesto de inventrio e controle de estoque so necessrios para manter baixos custos de capital emanuteno das linhas de produo.b) A gesto de inventrio permite reduzir os custos no processo de vendas, por meio da otimizao derotas.c) Uma das vantagens a negociao com os fornecedores em bases favorveis, uma vez que osestoques estaro abarrotados.d) A efetiva gesto do inventrio possibilitar ganhos de escala na produo, por meio da automatizao

    dos processos de compra e controle de estoques.

    5) (Bacen/2010, Cesgranrio) A tabela apresenta o conjunto de itens em estoque de uma empresa queutiliza a classificao ABC.Os limites assumidos pela empresa so:! Maior ou igual a 70% - O item considerado Classe A;! Entre 11% e 69 % - O item considerado Classe B;! Menor ou igual a 10% - O item considerado Classe C.

    Cdigo do item Valor Unitrio (R$) Valor movimentadoAnualmente (R$)

    1 500,00 3.000,002 50,00 9.000,003 2,50 30.000,004 1,00 800,005 20,00 1.000,006 500,00 40.000,007 2.000,00 2.000,008 3.000,00 6.000,009 100,00 5.000,0010 10,00 3.200,00

    Total 100.000,00Os itens Classe A so:(A) 7 e 8.(B) 3 e 6.

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    4. BIBLIOGRAFIA

    ARNOLD, J. R. Tiny. Administrao de materiais. So Paulo: Atlas, 1999.

    BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimento. Porto Alegre:

    Bookman, 2001.

    CHIAVENATO, Idalberto. Introduo teoria geral da administrao. 7. Ed. Rio de

    Janeiro, Campus, 2000.

    CHING, Hong Yun. Gesto de estoques na cadeia de logstica integrada. So

    Paulo: Atlas

    DIAS, Marco Aurlio P. Administrao de materiais. So Paulo: Atlas, 1995.

    FLEURY, Paulo Fernando. Logstica empresarial. So Paulo: Atlas, 2000.

    MARTINS, Petrnio G. Administrao de materiais e recursos patrimoniais - 2.ed.

    So Paulo: Saraiva, 2006.