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PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR DOS VINHOS DE PORTUGAL Documento preparado para a pela

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Page 1: PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO … · Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta. Sob o lema, Uma Estratégia

PLANO ESTRATÉGICO PARA A

INTERNACIONALIZAÇÃO

DO SECTOR DOS

VINHOS DE PORTUGAL

Documento preparado para a

pela

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ÍNDICE:

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3

I – CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR DO VINHO EM PORTUGAL ...................................................... 4

1. IMPORTÂNCIA DO SECTOR NA ECONOMIA NACIONAL .................................................... 5

2. IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES DOS VINHOS PORTUGUESES NO COMÉRCIO

MUNDIAL DE VINHO .................................................................................................................. 8

3. CARACTERIZAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DOS VINHOS PORTUGUESES NOS ÚLTIMOS

ANOS ....................................................................................................................................... 14

4. INCENTIVOS DE PROMOÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO DA FILEIRA: ANÁLISE DA

RENTABILIDADE ....................................................................................................................... 19

I I – DIAGNÓSTICO ....................................................................................................................... 24

III - ESTRATÉGIA PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO – 2014 / 2017............................................... 26

A - ESTRATÉGIA COLECTIVA (WINES OF PORTUGAL) .............................................................. 28

1. VISÃO E DIRECÇÃO ESTRATÉGICA .................................................................................. 28

2. ESTRATÉGIA PARA A MARCA PAÍS (COLECTIVA) ............................................................ 29

................................................................................................................................................ 30

3. ESTRATÉGIAS COLECTIVAS COMPLEMENTARES ............................................................ 31

4 - OBJECTIVOS POR MERCADOS ESTRATÉGICOS .................................................................. 33

................................................................................................................................................ 33

5- ESTRANGULAMENTOS AO PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO .............................. 33

B - ESTRATÉGIA DAS MARCAS PRIVADAS (ESTRATÉGIAS INDIVIDUAIS) ................................. 35

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 35

2. ESTRANGULAMENTOS AO PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO .............................. 38

C - INSTRUMENTOS DE APOIO À INTERNACIONALIZAÇÃO ..................................................... 39

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INTRODUÇÃO

Em 24 de Julho o GPP do MAMAOT solicitou à VINIPORTUGAL apresentação de um Plano

Estratégico para a Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal.

Partindo-se do Plano Estratégico para a marca “Vinhos de Portugal / Wines of Portugal”, e

tendo em conta o curto prazo que lhe fora proposto, a VINIPORTUGAL juntamente com outros

actores da fileira procedeu à estruturação de um documento que incluísse não só um

diagnóstico, mas também estabelecesse as principais linhas para uma Estratégia de

Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta.

Sob o lema, Uma Estratégia Colectiva – Múltiplas Estratégias Individuais, procurou-se integrar as

estratégias dos diferentes níveis de intervenção, ou seja, procurou-se a integração dos seguintes

conjuntos de natureza estratégica:

o A Estratégia para a promoção da Marca País “Wines of Portugal”,

o A extensão desta estratégia, específica ao Vinho do Porto,

o A extensão às Marcas Regionais, ou seja as Denominações de Origem e Indicações

Geográficas.

Assim, parte-se da apresentação de um Diagnóstico do Sector, sua importância na economia e

nas exportações nacionais e peso no comércio internacional, estabelecendo-se, de seguida, uma

estratégia colectiva e identificando-se os actuais estrangulamentos.

Como não era realista apresentar-se as múltiplas estratégias privadas, quer porque são

múltiplas, quer porque são específicas a cada empresa, optou-se por incluir alguns dos actuais

estrangulamentos à internacionalização das empresas, apontando-se já algumas pistas para

ultrapassar esses mesmos obstáculos.

Validada esta estratégia, o Sector do Vinho em Portugal, e a VINIPORTUGAL em particular,

manifestam toda a disponibilidade para passar à fase do desenvolvimento de uma segunda fase

contendo não só as propostas de instrumentos necessários à operacionalização da estratégia

que agora se apresenta, bem como propostas sobre os modelos de gestão.

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I – CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR DO VINHO EM PORTUGAL

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1. IMPORTÂNCIA DO SECTOR NA ECONOMIA NACIONAL

A indústria do vinho apresenta um elevado volume de negócios e valor acrescentado e, sobretudo,

um valor muito positivo na sua balança comercial.

Este sector, para além do seu elevado valor económico, sempre apresentou um efeito multiplicador,

a montante, quer no emprego gerado na produção da uva, quer na ocupação do mundo rural 1 e por

isso é também de elevada importância estratégica para Portugal. 2

Este sector (ano 2010) tem uma relevância elevada na indústria de bebidas, sobretudo no emprego

(58%) e no volume de Negócios e VAB que representam mais de 43% desta indústria.

A evolução da representatividade do vinho no setor agroalimentar, no que se refere ao volume de

negócios, variou no período de 2004 a 2009, entre os 5,9% e os 6,1%, enquanto no que se refere á

representatividade do VAB do vinho no setor alimentar e bebidas, variou entre 10% (2004) e 12,3% em

2007, embora representando em 2010 10,3%.

Para além da relevância já apresentada, a produtividade deste sector é bastante superior á dos sectores

agroalimentar e das indústrias alimentares, respectivamente em 4,35 e 1,6 vezes, o que o torna

bastante atractivo. Esta produtividade aliada à sua elevada capacidade exportadora, que representa

mais de 70% do valor da sua produção, faz dele um sector prioritário para Portugal, representando ao

longo do tempo mais de 15% das exportações do setor agroalimentar e mais de 1,5% das exportações

nacionais.

1 A área de vinha segundo o IVV é cerca de 234 mil hectares e segundo as nossas estimativas o emprego na produção da uva é de mais de 10 mil pessoas de trabalho efetivo anual 2 Os valores de emprego referem-se apenas à transformação e comercialização do vinho não incluindo os postos de trabalhos indiretos, a

montante da indústria, como por exemplo, a produção de rolhas, garrafas, rótulos, produtos enológicos etc.

• 1 282 milhões de eurosVolume de negócios

• 309 milhões de eurosVAB

• 8146 empregadosEmprego

43% da ind das bebidas

10% da ind. alimentar e

bebidas

6% do setor agroalimentar

44% da ind das bebidas

11% da ind. alimentar e

bebidas

5% do setor agroalimentar

58% da ind das bebidas

8% da ind. alimentar e

bebidas

1% do setor agroalimentar

Empresas • 746 empresas 21% da ind das bebidas

6% da ind. alimentar e

bebidas

0,2% do setor agroalimentar

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Mas a maior relevância da fileira do vinho, a nível nacional, deve-se, sobretudo, ao seu elevado

contributo para o saldo da balança comercial, pois é um dos poucos sectores agroalimentares com uma

balança comercial positiva e que ronda os 576 milhões de euros, em 2011.

O sector do vinho contribui assim para a redução de 13,6% do saldo da balança do setor agroalimentar em 2011, isto é, o valor da balança comercial do setor agroalimentar no ano 2011 é de – 4 231 milhões de euros, e seria de -4 807 milhões de euros sem o contributo positivo do vinho na balança comercial.

30.43833.452 35.070 35.708 37.513 37.468

48.21551.841

47.286 47.242

60.99266.917

22.321 21.542 21.667 21.017 21.190 23.473

8718 8435 8616 8383 8645 8974

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Evolução do VAB/empregado para as várias indústrias alimentares e bebidas(euros/ano)

Industria do vinho

industrias de outras bebidas

Indústrias alimentares

SETOR AGROALIMENTAR

358 407 440 560 621 619 66099 116 127 154 134 161 1751.302

1.5281.867

2.281 2.059 2.2712.600

140208

254

291287

251

344

552568

618

597569

652

675

2.4512.827

3.306

3.8843.670

3.955

4.454

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Evolução do valor das exportações por setor agro-alimentar (10 6 euros)

vinho

indústrias das outras bebidas

indústrias alimentares

pesca e aquicultura

agricultura

setor agro-alimentar

480 509 544 490 470 552 576

-3.601 -3.805-4.224 -4.355

-3.992 -3.968 -4.231

-6000

-5000

-4000

-3000

-2000

-1000

0

1000

2000

3000

4000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Evolução da balança comercial por setor agro-alimentar (10 6 euros)

vinho

indústrias outras bebidas

indústrias alimentares

pesca e aquicultura

agricultura

setor agro-alimentar

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Já no que diz respeito á taxa de auto-aprovisionamento3 e á orientação exportadora4 ao longo destes últimos anos, os valores variaram entre 160% e 178%, e 73% e 89%, respetivamente, o que demonstra o seu alto auto-aprovisionamento e a sua elevada orientação exportadora.

Tomando como referência 2010, e comparando com três dos sectores nacionais com grande orientação

de exportação (azeite, indústria de tomate e conservas de peixe), verifica-se, possuir maior orientação

exportadora que a do tomate de indústria (77%) e conservas de peixe (57%), próximo do nível do azeite

(95%) enquanto no que se refere á taxa de autoaprovisionamento apenas é ultrapassado pela indústria

do tomate.

3 Orientação exportadora – mede a relação das exportações face ao consumo aparente do sector (valores em volume de

negócios)

4 Orientação exportadora – mede a relação das exportações face ao consumo aparente do sector (valores em volume de

negócios)

2005; 175%; 87%

2006; 178%; 88%

2007; 174%; 84%

2008; 161%; 75%

2009; 160%; 73%

2010; 176%; 89%

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

100%

140% 160% 180% 200%

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taxa de auto-aprovisionamento

Valores da balança comercial (10 6 euros), taxa de autoaprovisionamento e orientação exportadora do sector do vinho

vinho; 176%; 89%

tomate industria; 342%; 77%

azeite; 78%; 95%

conservas de peixe; 105%; 57%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

110%

70% 90% 110% 130% 150% 170% 190% 210% 230% 250% 270% 290% 310% 330% 350% 370%

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taxa de auto-aprovisionamento

Valores da balança comercial (10 6 euros), taxa de autoaprovisionamento e orientação exportadora

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2. IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES DOS VINHOS PORTUGUESES NO

COMÉRCIO MUNDIAL DE VINHO

EVOLUÇÃO DAS TROCAS MUNDIAIS DE VINHO Em 2011 o mercado mundial de vinho atingiu 1,104 biliões de caixas (9 litros), representando um

acréscimo de 7,9% face ao ano anterior, e confirmando assim a recuperação já verificada desde

2009, pleno ano da crise económica.

Também em 2009, a tendência de queda das exportações dos 5 maiores países exportadores da

União Europeia (Itália, Espanha, França, Alemanha e Portugal) foi invertida, apresentando um

crescimento de 9% até 2011, ao contrário das exportações dos países do Hemisfério Sul e EUA5.

Fonte: OIV

EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DOS PRINCIPAIS PAÍSES EXPORTADORES (TOP 10)

Fonte: OIV

5 O gráfico corresponde a 93% das exportações mundiais que corresponde aos dados dos países com estatísticas disponíveis no OIV

60,365,1

67,872,4

76,6 78,984,5

89,8 90,787,5

95,999,4

0

20

40

60

80

100

120

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

volu

me

glo

bal

do

me

rcad

o (

milh

õe

s h

l)

(%)

Comércio Global de Vinho (volume)

Volume do mercado Global de Vinhos (milhões de hl) 5 maiores países exportadores da UE (%) Hemisfério Sul + USA (%)

0

5000

10000

15000

20000

25000

Argentina Austrália Chile França Alemanha Itália Portugal África do

SulEspanha USA

Exportações Mundais TOP 10(volume)

2000

2005

2011

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FONTE: OIV, IVV

EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA, PRINCIPAIS MERCADOS DE DESTINO

Fonte: OIV

38%

60%

19%

62%

75%

63%

31%

50%

42%

20%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

África do

Sul

Alemanha Argentina Austrália Chile Espanha França Itália Portugal USA

TOP 10 das Exportações MundiaisPeso da exportações de 2011 face à produção de 2010 (em volume)

USA; 2.227.350

SUIÇA; 766.280

CANADA; 686.520 RUSSIA; 462.400

JAPÃO; 607.260

NORUEGA; 246.900

CHINA; 689.730

-40,0%

-20,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%

-5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0%va

ria

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o 2

01

1/2

00

5

variação em volume 2011/2005

Valores de Exportação da UE em 2011, por mercado, e respectiva variação em volume e preço unitário desde 2005

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IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS NOS PAÍSES DESTINOS

Observando os mercados de destino das exportações de Portugal e o seu peso nas importações

globais de cada país, constata-se que é sobretudo no Brasil que Portugal detêm uma posição

relevante com uma quota de 18,4% do global e de 38,3%, no que se refere ao peso das exportações

comunitárias.

O quadro seguinte resume a posição relativa nos principais mercados de exportação dos Vinhos de

Portugal6

Fonte: Comissão Europeia, IVV; IVDP

EXPORTAÇÕES NO ANO 2011

Verifica-se também que a taxa de crescimento dos 10 maiores exportadores de vinho foi diversa,

com Espanha, Portugal, Itália e Argentina a obterem crescimentos acima do crescimento do

mercado foram e variações negativas na África do Sul, Chile e Austrália.

Fonte: OIV

O crescimento das exportações espanholas deveu-se a um aumento considerável das exportações a

granel a preços muito baixos (0,35€ por litro) e também devido há importância das exportações de

vinho a granel (52,2%) no total das exportações de vinho espanhol7.

6 Não foram identificados dados homólogos respeitantes aos mercados de Angola e Países Nórdicos

VolumePeso das exportações de

Portugal nas importações

globais do País

Peso das exportações de

Portugal nas

exportações da UE para

o País

USA 0,6% 1,3%

CANADA 1,0% 2,1%

JAPÃO 0,4% 0,9%

CHINA 2,3% 4,7%

BRASIL 18,4% 38,3%

ALEMANHA 1,3% 1,5%

UK 1,6% 3,4%

Argentina 13,4%

Austrália -10,2%

Chile -9,7%

França 4,5%

Alemanha 5,1%

Itália 11,2%

Portugal 14,0%

África do Sul -5,5%

Espanha 26,1%

USA 6,2%

-15,0% -10,0% -5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0%

Exportações Mundiais TOP 10 taxa de crescimento em volume 2011/2010

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Simultaneamente verifica-se uma tendência de aumento do peso das exportações de vinho a

granel, em alguns países exportadores: Argentina, Austrália, Portugal, África do Sul e Espanha.

Este aumento veio acentuar a complexidade das trocas pelo acréscimo do volume de reexportações

transcontinentais e alguma tendência para engarrafamento no mercado de consumo.

DADOS MAIS RECENTES EXPORTAÇÕES DE ABRIL DE 2011 A MARÇO DE 2012

19%

44%

40%

19%

34%

25%

41%

52% 51%

33%

48%

32%

19%

33%30%

50%

57%

47%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Argentina Austrália Chile França Itália Portugal África do Sul

Espanha USA

Peso das exportações do vinho a granel no total das exportações

2010

2011

Argentina; 10,3%

Austrália -1,9%

Chile 6,5%

França 10,7%

Alemanha 5,4%

Itália 10,6%Portugal 9,7%

África do Sul -4,5%

Espanha 14,4%

USA 8,6%

-10,0%

-5,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

Exportações Mundiais TOP 10 taxa de crescimento em valor Abril 2011/Março 2012

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Fonte: Observatorio Espanol del Mercado del Vino

A crise económica contribui certamente para este crescimento verificando-se, consequentemente

que o aumento do valor dos vinhos exportados não acompanha o aumento dos volumes.

DADOS COMPARATIVOS EM VOLUME E PREÇO DE PORTUGAL E CHILE POR PRINCIPAIS MERCADOS

DE DESTINO

22,5%

-5,0%-2,4%

3,5%2,6%

3,6%

21,7%

1,2%

16,9%

8,1%1,84

1,981,83

5,1

2,37

1,942,18

1,43

1,01

2,27

-0,5

1,5

3,5

5,5

-5,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

Arg

enti

na

Au

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lia

Ch

ile

Fran

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Ale

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Itál

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Port

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Su

l

Esp

anh

a

USA

pre

ço €

/lit

ro

volu

me

Exportações Mundiais TOP10preço unitário e variação em volume

entre Abril 2011 e Março de 2012

variação de volume

2,3

1,4

2,2 2,12,4

1,8

2,32,1 2,1

2,4

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

-

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

10.000

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MA

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A

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A

€/lit

ro

milh

ares

de

caix

as (9

litr

os)

Portugal - Exportações 2011Vinhos Engarrafados

volume (milhares de caixas de 9 litros) €/garrafa

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___________________________________________________________________________13

1,97 1,87

2,60

2,20 2,12 1,90

1,852,01

1,72

1,45

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

10.000

ALE

MA

NH

A

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€/lit

ro

milh

ares

de

caix

as 9

litr

os

CHILE - TOP 10 Exportações 2011

volume 1000 caixas de 9 litros €/garrafa

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3. CARACTERIZAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DOS VINHOS PORTUGUESES NOS

ÚLTIMOS ANOS

No ano de 2010, as exportações da totalidade dos vinhos portugueses (incluindo licorosos: Porto e Madeira)

atingiram um volume correspondente a 29 milhões de caixas de 9 litros e um valor de 675 milhões de euros,

traduzindo um crescimento, face a 2009, de 8,7 % em volume e de 14% em valor.

No ano de 2011, as exportações continuaram a crescer mas, registando-se um maior crescimento de volume

(+ 14%) do que em valor (+3,6%), ultrapassando os 33 milhões de caixas (9 l) e um valor de 675 milhões de

euros.

Fonte: IVV

No que diz respeito às exportações por tipo de embalagem, verifica-se no período entre 2005 e 2011, um

significativo crescimento, com ganho de preço, nos vinhos engarrafados (sem Porto), e menos acentuado nas

exportações de vinho a granel.

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Vo

lum

e m

ilh

are

s d

e c

aix

as

(9li

tro

s)

Evolução das Exportações Nacionais

Total Geral Total (não inclui Porto e Madeira) Vinhos Licorosos com DOP

Vinho e Vinho com IGP

Vinho com DOP

Vinho Licoroso DOP Porto

Total Geral

V. Espumantes e Espumosos

Vinhos (Vinho+IGP+DOP)granel

-20,0%

-10,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

-50,0% 0,0% 50,0% 100,0% 150,0% 200,0% 250,0%

va

ria

çã

o e

m p

reç

o 2

01

1/2

00

5

variação em volume 2011/2005

Valores de Exportação de Portugal(1000€) em 2011 por categoria, e respectiva variação em volume e preço unitário desde 2005

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

800000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Va

lor

(10

00

€)

Evolução das Exportações Nacionais

Total Geral Vinhos Licorosos com DOP Total (não inclui Porto e Madeira)

Page 15: PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO … · Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta. Sob o lema, Uma Estratégia

___________________________________________________________________________15

No total das exportações o peso em valor dos vinhos tranquilos engarrafados é de 43%, dos vinhos do Porto

de 50% e de apenas 7% nas exportações de granel.

A evolução dos preços unitários destas categorias são as seguintes

A matriz abaixo ilustra bem o comportamento por mercado, das variações de volume e de preço entre 2005 e

2011, das exportações da totalidade dos vinhos portugueses (engarrafados, granel e vinho do Porto). Sem

entrar numa análise detalhada constata-se que mercados como Angola e Brasil, se destacam pelo elevado

ritmo de crescimento quer de preço quer de volume, enquanto Países Baixos e Bélgica/Luxemburgo se

apresentam como menos dinâmicos De notar que mercados como EUA, Canadá, Suécia e Suíça apresentam

crescimentos significativos das exportações em volume, embora com sacrifício de preço, mais acentuado nos

EUA.8

Nas matrizes seguintes podemos verificar o comportamento das exportações por tipo de vinho e por

destino. As exportações de Vinho do Porto estão com uma tendência de decréscimo em volume em quase

8 Os mercados que estão no 2º quadrante são os mercados que estão a crescer em volume e preço unitário: Angola, Brasil, Alemanha. No terceiro quadrante estão os mercados que estão a crescer em volume mas à custa de um decréscimo do preço unitário. Os mercados do 4ºquadrante são os mercados pouco apetecíveis pois representam decréscimos tanto de volume como de preço unitário. Alguns mercados encontram-se na zona de estagnação (no cruzamento dos dois eixos) sem variações de volumes e preços unitários desde 2005: Países Baixos, Bélgica/ Luxemburgo. No 1º quadrante encontram-se os mercados de destino em que se verificam aumentos dos preços de exportação, mas à custa de decréscimos de volumes exportados: França e Dinamarca.

2,25 2,28 2,17

1,81 1,821,69 1,67 1,77

1,96 2,07

2,42 2,34

4,24 4,194,49

4,32 4,23 4,23 4,22 4,21 4,12 4,16 4,26 4,24

0,500,71

0,33 0,32 0,34 0,38 0,35 0,33 0,430,56 0,60 0,55

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Evolução dos Preços de Vinhos Exportados (euro/litro)

Preços Vinhos Engarrafados sem Porto Preço Vinhos Porto Preços vinhos a granel

ANGOLA

EUA

ALEMANHA

FRANCA

SUICA

PAISES BAIXOS

DINAMARCA

REINO UNIDO

CANADA

BRASIL

SUECIABélgica/LuxemburgoNORUEGA

ESPANHA

-80,0%

-60,0%

-40,0%

-20,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%

-60,0% -10,0% 40,0% 90,0% 140,0%

vari

ação

pre

ço u

nit

ário

(201

1/20

05)

variação de volume (2011/2005)

Valores de Exportação (1000€) (granel+engarrafados+Porto) em 2011 por pais destino, e respectiva variação em volume e preço unitário desde 2005

Page 16: PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO … · Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta. Sob o lema, Uma Estratégia

___________________________________________________________________________16

todos os seus principais destinos (excepto no Brasil e na Alemanha), enquanto os restantes vinhos

engarrafados estão a crescer em volume e preço na maioria dos principais países destino.

Os vinhos engarrafados (excluindo Porto e Madeira), em 2011 representaram um volume de 14,6 milhões de

caixas 9 litros e um valor de 306,8 milhões de euros, representando um crescimento de 8,6% em valor e

12,4% em volume, face a 2010. A variação por cada destino foi na sua globalidade positiva.

ANGOLA

EUA

ALEMANHA

FRANCA

SUICAPAISES BAIXOS

DINAMARCA

REINO UNIDO

CANADA

BRASIL

SUECIA

Bélgica/Luxemburgo

NORUEGA

ESPANHA

-80,0%

-60,0%

-40,0%

-20,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%

-40,0% -20,0% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%

vari

ação

pre

ço u

nit

ári

o (2

011/

2005

)

variação de volume (2011/2005)

Valores de Exportação (1000€) (granel+engarrafados incluindo Porto) em 2011 por pais destino, e respectiva variação em volume e preço unitário desde 2005

ANGOLA

E.U.AMERICA

CANADA

BRASIL

SUICA

NORUEGA

JAPAO

REINO UNIDO

ALEMANHA

FRANCA

SUECIABELGICA

ESPANHA

PAISES BAIXOS

DINAMARCA

LUXEMBURGO

-80%

-60%

-40%

-20%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

-40% -20% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 140% 160%

Var

iaçã

o d

e P

reço

variação de volume

Exportação de Engarrafados (não inclui Porto)

valor de 2011 e variação de preço e volume desde 2005

REINO UNIDO

CANADA

BRASIL

SUECIA

BELGICA/LUXEMBURGO

PAISES BAIXOS

E.U.AMERICA

ALEMANHA

FRANCA

SUICA

DINAMARCA

-30,0%

-20,0%

-10,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

-40,0% -30,0% -20,0% -10,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%

Var

iaçã

o d

e P

reço

(201

1/20

05

variação de volume (2011/2005)

Valores de Exportação (1000€) (vinho do Porto) em 2011 por pais destino, e respectiva variação em volume e preço unitário desde 2005

Page 17: PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO … · Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta. Sob o lema, Uma Estratégia

___________________________________________________________________________17

A tendência de crescimento dos engarrafados (não incluindo Porto e Madeira), tanto em valor como em volume tem-se vindo a verificar desde 2009.

-40%

-30%

-20%

-10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

AN

GO

LA

E.U

.AM

ERIC

A

CA

NA

DA

MO

CA

MB

IQU

E

BR

ASI

L

SUIC

A

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RU

EGA

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JAPA

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NO

UN

IDO

ALE

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A

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A

ESPA

NH

A

PAIS

ES B

AIX

OS

DIN

AM

AR

CA

LUXE

MB

UR

GO

Variação da Exportação de Engarrafados (2011/2010)(não inclui DOP Porto e Madeira)

variação volume variação valor variação preço

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Vo

lum

e m

ilh

are

s d

e c

aix

as (

9 lit

ros)

Exportações Engarrafados Volume

LUXEMBURGO

DINAMARCA

PAISES BAIXOS

ESPANHA

BELGICA

SUECIA

FRANCA

ALEMANHA

REINO UNIDO

JAPAO

CHINA

NORUEGA

SUICA

BRASIL

MOCAMBIQUE

CANADA

E.U.AMERICA

ANGOLA

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Valo

r (1

000 €

)

Exportações Engarrafados Valor

LUXEMBURGO

DINAMARCA

PAISES BAIXOS

ESPANHA

BELGICA

SUECIA

FRANCA

ALEMANHA

REINO UNIDO

JAPAO

CHINA

NORUEGA

SUICA

BRASIL

MOCAMBIQUE

Page 18: PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO … · Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta. Sob o lema, Uma Estratégia

___________________________________________________________________________18

Quanto às exportações de vinho a granel, estas têm importância nos mercados de Angola, França e

Alemanha. No que diz respeito às exportações deste tipo de vinhos para Espanha verifica-se uma grande

variabilidade de valores, traduzindo factores conjunturais.

No que diz respeito à globalidade dos vinhos engarrafados (incluindo o vinho do Porto), a evolução das

exportações nos 10 principais países foram as seguintes:

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Exportações Vinho a Granel - Top 5 volume (hl)

(Excluindo Vinho Licoroso com DOP Porto e Madeira)

ALEMANHA ANGOLA ESPANHA FRANCA SUECIA

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

valo

r (1

00

0 €

)

Top 10 Exportações Vinhos Engarafados (inclui Porto) valor (1000 €)

ANGOLA FRANÇA HOLANDA REINO UNIDO E.U.A.

CANADÁ ALEMANHA DINAMARCA BRASIL SUÍÇA

Page 19: PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO … · Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta. Sob o lema, Uma Estratégia

___________________________________________________________________________19

4. INCENTIVOS DE PROMOÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO DA FILEIRA: ANÁLISE DA

RENTABILIDADE9

Para uma melhor compreensão da importância da promoção, no processo de internacionalização da

fileira do vinho, efectuou-se um levantamento dos incentivos postos à disposição e respectiva

rentabilidade do investimento total.

O sector do vinho tem quatro tipos de incentivos principais, com influência na promoção e

internacionalização dos vinhos portugueses no mercado interno (países comunitários) e países terceiros.

No quadro seguinte resume-se as caraterísticas principais destes incentivos

INVESTIMENTO APROVADO, INVESTIMENTO EXECUTADO E INCENTIVOS

TIPO DE

INCENTIVOBENEFICIÁRIOS MEDIDAS MERCADOS ALVO TAXAS DE APOIO

QREN- SI

QUALIFICAÇÃO PME

AGENTES ECONÓMICOS, CVRS,

INTERPROFISSIONAIS

Internacionalização — conhecimento de mercados,

desenvolvimento e promoção internacional de marcas,

prospecção, e presença em mercados internacionais, com

exclusão da criação de redes de comercialização no exterior, e

promoção e marketing internacional

•Investimentos em despesas relacionadas com a promoção

internacional, designadamente alugueres de equipamentos e

espaço de exposição, contratação de serviços especializados,

deslocações e alojamento e aquisição de informação e

documentação específica relacionadas com a promoção

internacional

NÃO EXISTEM RESTRIÇÕES

NOS MERCADOS ALVOS40% a 45% (PME) não reembolsável

FEAGA (OCM

VITIVINÍCOLA) Apoio à

promoção de vinhos em

mercados de países

terceiros

EMPRESAS DE QUALQUER

NATUREZA DO SETOR DO VINHO

• Estudos de mercados • Acções de relações públicas,

promoção ou publicidade, • Participação em eventos, feiras

ou exposições de importância internacional;

• Campanhas de informação, especialmente sobre os

regimes comunitários de denominações de origem,

indicações geográficas e produção biológica • Estudos de

avaliação dos resultados das acções de promoção e

informação

GRUPO I - MERCADOS COM

FORTE POTENCIAL (EUA,

BRASIL E CANADÁ) ; GRUPO

II - MERCADOS COM

POTENCIAL A EXPLORAR

(ANGOLA E SUIÇA); GRUPO

III - MERCADOS DE

CONSUMO EMERGENTE E

ECONOMIAS EM

DESENVOLVIMENTO (CHINA,

RUSSIA E JAPÃO)

50% a 70% em função do mérito

TAXAS DOS VINHOS E

PRODUTOS VÍNICOS -

Apoio à Promoção do

Vinho e Produtos

Vínicos no Mercado

Interno (UE)

ORGANIZAÇÕES

INTERPROFISSIONAIS INDIVIDUAL

OU EM CONJUNTO PARA AS

AÇÕES DO EIXO 1 E 2 E

ORGANIZAÇÕES PROFISSIONAIS

DO SETOR DO VINHO PARA O

EIXO Nº 2

Eixo n.º 1 – Promoção Genérica de vinhos e produtos

vinicos de origem nacional

•Relações públicas, promoção e publicidade; •

Participação em eventos, feiras ou exposições;

•Informação sobre as regiões vitivinícolas, produtos com

denominação de origem ou indicação geográfica;

•Estudos de mercado e de informação sobre a sua

evolução (em articulação com o IVV, IP); •Formação sobre

a apresentação de vinhos e produtos vínicos, técnicas de

comercialização e novas formas de consumo.

Eixo n.º 2 – “Informação/Educação” •Informação e

educação que promovam o consumo moderado de bebidas

alcoólicas do sector vitivinícola;

• Divulgação da estratégia comunitária para a redução dos

malefícios relacionados com o consumo de álcool.

TODOS OS MERCADOS DA UE

É considerado o peso percentual

correspondente à receita da taxa

de promoção cobrada por cada

entidade e transferida, no ano

anterior, para o IVV, IP. Deste valor

20% pode ser atribuído a despesas

de funcionamento do organismo,

ficando assim 80% para promoção

em países comunitários

AÇÕES DE

INFORMAÇÃO E

PROMOÇÃO DE

PRODUTOS AGRÍCOLAS

NO MERCADO

INTERNO E EM PAÍSES

TERCEIROS

ORGANIZAÇÕES PROFISSIONAIS

OU INTERPROFISSIONAIS

REPRESENTATIVAS DO SETOR

DO VINHO

Acções, no âmbito da PAC, que se destinam a promover a

imagem dos produtos agrícolas comunitários relativamente

à qualidade, segurança e aspectos nutricionais.

• Acções de relações públicas, promoção e publicidade: •

Acções de informação • Participação em manifestações,

feiras e exposições de importância nacional e comunitária

ou internacional: •Estudos

MERCADOS DA UE OU

PAÍSES TERCEIROS (África do

Sul, Antiga República

Jugoslava da Macedónia,

Austrália, Bósnia e

Herzegovina, China, Coreia

do Sul, Croácia, Índia, Japão,

Kosovo, Montenegro,

Noruega, Nova Zelândia,

Rússia, Sérvia, Suíça,

Turquia, Ucrânia, África do

Norte, América do Norte,

América Latina, Sudeste

Asiático, Próximo e Médio

Oriente)

70%

Page 20: PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO … · Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta. Sob o lema, Uma Estratégia

___________________________________________________________________________20

Os valores dos investimentos aprovados anualmente nos vários tipos de incentivos no período 2008 a

2011 variaram entre 19,4 milhões de euros em 2008 e o máximo de 42,1 milhões de euros em 2010,

tendo caído para 28,3 milhões de euros em 2011 (gráfico seguinte).

No entanto aquelas intenções de investimento corresponderam realizações que se ficaram muito

aquém do previsto.

As taxas de execução foram variando, tendo tido um valor mínimo em 2010, de 28%, e um máximo de

55%, em 2011.

O grande diferencial entre a aprovação e a execução deu-se sobretudo nos projectos relativos à OCM,

cuja execução variou entre 20% e 30%, tendo atingido 66% em 2011.

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

45.000.000

2008 2009 2010 2011

EVOLUÇÃO DO VALOR DOS INVESTIMENTOS APROVADOS EM INCENTIVOS À INTERNACIONALIZAÇÃO DOS VINHOS PORTUGUESES (euros)

ÓCM INDIV ÓCM CONJUNTO QREN INDIV QREN CONJUNTO TAXAS

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

2008 2009 2010 2011

Evolução do valor de investimento aprovado e do incentivo aprovado e executado em todos incentivos (10 6 euros)

INVESTIMENTO APROVADO INCENTIVO APROVADO INCENTIVO EXECUTADO

Page 21: PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO … · Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta. Sob o lema, Uma Estratégia

___________________________________________________________________________21

Já no QREN- internacionalização a taxa média foi de 38,5%, o que é também manifestamente baixa.

Assim sendo, o valor de investimento em iniciativas de promoção e internacionalização no mercado

interno e países terceiros variou, em termos anuais, entre 8,8 milhões de euros em 2008 e 15,7 milhões

de euros em 2011 (quase duplicou em três anos), apesar do período de crise em que Portugal vive.

Embora a taxa de incentivo seja entre 56% e 60%, ver quadro seguinte, na prática a taxa efectiva é

bastante menor, dado a demora em todo o processo administrativo desde análise de candidatura,

aprovação, contratação, análise do pedido de pagamento e pagamento efectivo de incentivo, o número

de meses entre a entrega da candidatura e o pagamento do incentivo ronda os 9 meses, acabando por

limitar os incentivos ás entidades que têm capacidade financeira e por reduzir em cerca de 8% o valor

do incentivo. Esta é uma das razões da baixa taxa de execução, ou seja da desistência dos promotores

que sem apoio bancário acabam por não executar, não obstante a intenção inicial.

A Viniportugal, só por si representou, em 2008, 68% do investimento, diminuindo desde então, para se

fixar 27% do total de investimento nacional, em 2011 .

RENTABILIDADE DOS INVESTIMENTOS GLOBAIS EM PROMOÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃOi.

4,64

10,89

16,00

9,22

1,262,96 3,29

6,12

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

2008 2009 2010 2011

Evolução do incentivo aprovado e executado (OCM) (10 6euros)

ÓCM INCENTIVO APROVADO ÓCM INCENTIVO EXECUTADO

3,68

6,03

4,42 4,32

1,42

2,321,70

1,66

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

2008 2009 2010 2011

Evolução do incentivo aprovado e executado (QREN) (10 6 euros

QREN INCENTIVO APROVADO QREN INCENTIVO EXECUTADO

EUROS 2.008 2.009 2.010 2.011

INVESTIMENTO EXECUTADO 8.818.117 13.538.047 11.984.083 15.726.918

INCENTIVO EXECUTADO 5.310.317 7.621.513 6.913.900 8.798.133

TAXA DE INCENTIVO 60% 56% 58% 56%

Page 22: PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO … · Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta. Sob o lema, Uma Estratégia

___________________________________________________________________________22

A Taxa de Rentabilidade apurada para o período de 2008 a 2011, foi de 40%, não contabilizando efeitos

de acréscimos de vendas em anos seguintes a 2011.

Dado que os vinhos do Porto nos últimos anos têm apresentado um decréscimo face a anos anteriores,

considerando todo o valor de investimento e apenas o acréscimo dos vinhos tranquilos, aquela taxa de

rentabilidade seria muito superior como se pode ver no gráfico seguinte.

O efeito multiplicador das exportações dos vinhos tranquilos, nos últimos anos, mostra o grande

impacto que os incentivos têm vindo a ter nas campanhas quer genéricas quer da iniciativa dos agentes

económicos.

Como se pode ver no gráfico seguinte (vinhos engarrafados excluindo Porto) a grande maioria dos

mercados encontram-se no 1º quadrante (“star” ou estrela), traduzindo, tanto em volume como em

preço, um crescimento positivo, em 2011 face a 2005 e por isso maior rentabilidade.

-10

0

10

20

30

40

2008 2009 2010 2011

Avaliação do aumento da margem de contribuição dos vinhos de exportação incluindo porto e apenas engarrafados face ao investimento de internacionalização realizado ao longo do

período (euros)

VALOR DE INVESTIMENTO A AMORTIZAR POR ANO AUMENTO DA MARGEM CONTRIBUIÇÃO

0

10

20

30

40

50

60

2008 2009 2010 2011

Avaliação do aumento da margem de contribuição dos vinhos de exportação excluindo porto e apenas engarrafados face ao

investimento de internacionalização realizado ao longo do período (euros)

VALOR DE INVESTIMENTO A AMORTIZAR POR ANO AUMENTO DA MARGEM CONTRIBUIÇÃO

Page 23: PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO … · Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta. Sob o lema, Uma Estratégia

___________________________________________________________________________23

1 NOTA METODOLÓGICA DO CÁLCULO DA RENTABILIDADE DOS INVESTIMENTOS GLOBAIS DAS INICIATIVAS DE PROMOÇÃO E

INTERNACIONALIZAÇÃO:

Considerando que os investimentos realizados num ano serão amortizados em três anos, isto é, vão gerar proveitos durante os

três anos seguintes, contabilizou-se os investimentos acumulados em cada ano do período de 2008 a 2011.

Da mesma forma comparámos o valor do acréscimo das vendas desde 2007 em cada ano do mesmo período apenas para os

vinhos engarrafados (consideramos que os vinhos a granel não usufruem destas campanhas de promoção), tendo para o efeito

considerado uma margem de contribuição de 38,5% o que resulta, por comparação com o investimento calculado na

rentabilidade dos investimentos globais nas iniciativas de promoção e internacionalização.

ANGOLA; 24%; 91%

REINO UNIDO; 30%; 32%

E.U.AMERICA; 52%; -4%

CANADA; 67%; 20%

MOCAMBIQUE; 16%; 45%

ALEMANHA; 56%; 34%BRASIL; 81%; 30%FRANCA; 39%; 32%

SUECIA; -32%; 18% BELGICA; 35%; 18%

ESPANHA; 5%; 48%

NORUEGA; -5%; 10%

RESTANTES PAÍSES; 66%; 47%

-40%

-20%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

140%

-40% -20% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

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0

1

1

Variação no volume de exportações entre 2005 e 2011

Valores de exportação de vinhos engarrafados excluindo porto por mercados em 2011 e respectiva variação em volume e preço desde 2005

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Evolução do valor das exportações de vinhos engarrafados (excluindo Porto) por principais países (10 6 euros)

MACAU

LUXEMBURGO

DINAMARCA

NORUEGA

PAISES BAIXOS

ESPANHA

BELGICA

SUICA

SUECIA

FRANCA

BRASIL

ALEMANHA

MOCAMBIQUE

CANADA

E.U.AMERICA

REINO UNIDO

ANGOLA

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Evolução do valor das exportações de vinhos engarrafados (incluindo Porto) por principais países (10 6 euros)

SUÉCIA

SUÍÇA

ESPANHA

BRASIL

DINAMARCA

ALEMANHA

CANADÁ

E.U.A.

BÉLGICA/LUXEMBURGO

REINO UNIDO

HOLANDA

FRANÇA

ANGOLA

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I I – DIAGNÓSTICO

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___________________________________________________________________________25

O sector do vinho tem uma grande relevância no sector alimentar e bebidas, quer no

valor acrescentado (11%) quer no emprego (8%), sendo a produtividade

(VAB/emprego) 4,35 vezes superior à do setor agroalimentar, com um elevado peso

nas exportações (15% do valor do setor agroalimentar) e com um efeito muito

positivo no saldo da balança comercial, contribuindo para uma redução em 13,6% do

actual saldo negativo.

Para além da elevada relevância do sector, a fileira do vinho demonstra elevada

dinâmica com as exportações em valor dos vinhos engarrafados a aumentar a uma

taxa de 4,6% ano desde 2005, representando um crescimento acumulado de 31% e

um aumento de volume para o mesmo período de 20% e, como tal, uma maior

valorização por litro.

Assim este sector contribuiu para uma grande melhoria da balança comercial agro-

alimentar e constitui uma verdadeira oportunidade na performance da economia

nacional.

Os fundos disponíveis para apoio á promoção e internacionalização tanto no âmbito

do QREN, como no âmbito da Organização Comum de Mercado, como por via das

taxas pagas pelo sector dos vinhos e produtos vínicos e ainda das acções de

informação e divulgação no âmbito da PAC, não são devidamente aproveitados.

Embora as intenções de investimento neste âmbito tenham vindo a ser de elevada

importância, da ordem de 20 a 40 milhões anuais, a execução ficou-se por valores

entre 8 e 20 milhões de euros anuais.

Dada a baixa taxa de execução dos apoios aprovados será necessário verificar quais

os actuais constrangimentos á boa implementação dos investimentos aprovados.

O aumento do valor das exportações, que tem sido bastante elevado, reflecte

também uma elevada taxa de rentabilidade dos investimentos em promoção e

divulgação nos mercados externos.

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___________________________________________________________________________26

III - ESTRATÉGIA PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO – 2014 / 2017

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A estratégia para a internacionalização do sector dos Vinhos em Portugal, assenta na promoção,

articulada de três níveis de intervenção:

Marca País: Wines of Portugal / Vinhos de Portugal, operada pela ViniPortugal

Marcas Regionais: Denominações de Origem, em especial o Vinho do Porto, e Indicações

Geográficas, operadas pelas CVR’s, IVBAM e IVDP

Marcas Privadas: operadas pelas empresas proprietárias das marcas.

Devendo existir uma única estratégia colectiva, sobretudo abrangendo os 2 primeiros níveis, as

estratégias privadas serão múltiplas, assegurando-se a uniformidade da mensagem que se

pretende transmitir sobre os Vinhos de Portugal.

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A - ESTRATÉGIA COLECTIVA (WINES OF PORTUGAL)

1. VISÃO E DIRECÇÃO ESTRATÉGICA

• Em 10 anos marca de referência coletiva

• Top 10 de exportação em volume e valor ultrapassando o Chile

VISÃO

Portugal

• Produtor de vinhos de excelência

• Valorização da marca "Wines of Portugal"

• Maior preço e maior volume de exportação

ESTRATÉGIA

Portugal o próximo "Hot spot" da cena internacional dos vinhos a 3 anos

Objectivos estratégicos de

médio prazo

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___________________________________________________________________________29

2. ESTRATÉGIA PARA A MARCA PAÍS (COLECTIVA)

3.

Mercados Estratégicos:

Concentrar investimento de promoção da marca “Wines of Portugal” em mercados prioritários

por forma a aumentar o impacto das campanhas e captar todo o potencial de crescimento das

exportações dos vinhos Portugueses nesses mercados (ver capítulo 3).

Nota 1:Estes mercados e não mais mercados, resulta do cruzamento de uma lógica de eficácia do Investimento com a

dimensão presumida do envelope financeiro (8 milhões de euros/ano); maiores disponibilidades financeiras tanto

poderão reforçar os envelopes nos actuais mercados como conduzir a investimentos em outros mercados.

Lin

has

Est

raté

gica

s:

Criar apetência pelos Vinhos Portugueses, tornando-os mais competitivos.

Aumentar a percepção de Valor dos Vinhos de Portugal potenciando o crescimento de mercado em valor

Criar uma forte notoriedade da Marca “Wines of Portugal” e do seu posicionamento diferenciador

Estabelecer de forma inequívoca a visibilidade da identidade gráfica da Marca para a tornar memorável

Estabelecer o posicionamento da Marca, “Wines of Portugal - A world of difference”.

Co

mu

nic

ação

de

Po

sici

on

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“A

Wo

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fere

nce

”: Os Vinhos de Portugal proporcionam uma experiência única, pelo modo como são elaborados – INTENSA E DISTINTIVA.

Esta diferença provém das suas Regiões – os terroirs – das suas Castas, Técnicas e Pessoas que o fazem.

Na sua diversidade são VERSATEIS e GASTRONÓMICOS.

Vinhos de qualidade mundial com boa relação de QUALIDADE/PREÇO.

Somos o Novo do Velho Mundo vitivinícola.

Co

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mid

or

Alv

o Os vinhos Portugueses, pelas suas características e volume não se ajustam a uma estratégia mass marketing.

Estabelecem-se como consumidores alvo os “Generation Treaters” e os “Premium Brand Suburbans””

Mercados estabelecidos com potencial de

crescimento

• EUA

• Canadá

• Nórdicos

Mercados maduros ou estabelecidos

• Reino Unido

• Alemanha

Mercados emergentes

• Brasil

• Angola

• China, incluindo Hong Kong e Macau

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Plano de Acções:

Sustentar a estratégia através da implementação de 4 grandes tipologias de acções, variando o

mix de acções por mercado em função da fase de maturidade do mercado, para os Vinhos de

Portugal, medida em termos da apetência para o consumo de vinho, notoriedade e penetração.

É importante realçar que, independentemente da tipologia de acções, a marca Wines of

Portugal assenta a sua actuação de forma transversal na aposta no conhecimento sobre vinhos

Portugueses.

• Feiras, Galas, Provas Anuais; • participação dos AE;

• dimensionadas para mais de 100 convidados;

• orientadas para profissionais e/ou consumidores .

Eventos

• incentivos em lojas de vinhos, supermercados e restaurantes; • estimular a procura dos nossos vinhos;

• visando desenvolver as vendas dos Vinhos de Portugal no mercado;

• sem presença dos AE

Promoção

Educação/Formação• aumentar o conhecimento sobre os Vinhos de Portugal;

• máximo 30 profissionais por acção;

• não requerem a deslocação dos AE; • podem decorrer no mercado ou em Portugal

Comunicação. aumentar a visibilidade e comunicação da marca “ Wines of Portugal”;

. suporta a estratégia definida para cada mercado (EUA, Brasil, UK).

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4. ESTRATÉGIAS COLECTIVAS COMPLEMENTARES

A estratégia estabelecida para a marca Vinhos de Portugal / Wines of Portugal não esgota a

estratégia para a fileira do vinho.

De facto a uma estratégia, transversal, abrangendo

todos os vinhos portugueses, implementada sob a

marca Wines of Portugal / Vinhos de Portugal,

acrescem, de forma coerente, as estratégias

específicas às DO/IG. Em particular, e dada a sua

notoriedade, posicionamento e forte vocação

exportadora, é imperativo integrar ainda a estratégia

específica ao Vinho do Porto.

Estes 3 níveis de promoção, Marca País – Marcas

Regionais – Marcas Privadas, constituem um conjunto

coerente e complementar entre si, fundamental

numa estratégia de internacionalização do sector do

Vinho de Portugal.

Entre o nível Marca País “Vinhos de Portugal / Wines

of Portugal” e o das Marcas Regionais Denominações

de Origem e Indicações Geográficas, a coexistência

exigirá maior coordenação operacional, admitindo-se

que, em grandes mercados, emergentes e distantes, a

Marca País ganhe maior relevância, enquanto em

mercados mais maduros e de proximidade, as DO’s e

IG’s, e em particular o Porto, ganhem maior relevância.

Finalmente de salientar que uma boa promoção genérica, ganha eficácia se complementada por

acções de promoção das marcas privadas.

Neste contexto, apresentam-se os elementos de estratégia específicos às DO e IG e, em

particular ao Vinho do Porto, que diferirão nos mercados e/ou tipologias de acção, devendo ser

adoptadas mensagem e suportes que reforcem a comunicação da marca país Vinhos de

Portugal, acompanhadas de uma operacionalização concertada dos diferentes planos.

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4.1. ESTRATÉGIA ESPECÍFICAS AO VINHO DO PORTO

A especificidade das características e categorias do produto, bem como o seu grau de

maturidade nos mercados internacionais, justificam que o Vinho do Porto tenha uma estratégia

que, embora complementar à estratégia nacional “Wines of Portugal”, seja implementada de

forma autónoma, sob a responsabilidade do IVDP. Esta gestão autónoma justifica-se também

pela necessidade de comunicar com um target distinto do da Marca-País e por haver uma

aposta forte em outros mercados onde a marca-Pais não actua.

Por outro lado, a já referida elevada maturidade e notoriedade, nos mercados internacionais,

obriga a mensagens próprias e a vectores de comunicação específicos e desenvolvidos em

exclusivo, salvaguardando-se a coerência com a mensagem transmitida pela da marca “Wines of

Portugal - a world of difference”.

Para além dos mercados estratégicos seleccionados para a marca Vinhos de Portugal, o Vinho do

Porto actuará em outros mercados e com um maior enfoque na formação de profissionais.

Mercados Complementares: França, Suíça, Espanha.

4.2. ESTRATÉGIAS ESPECIFICAS PARA AS DO E IG

Conforme já se referiu, a tipologia das acções a implementar pelas DO/IG não difere da que foi

apresentada no ponto 2 deste capítulo, “Estratégia para a marca país”. No entanto este nível de

promoção é fundamental para a boa disseminação de características específicas às DO/IG que

não são objecto da Marca-Pais devido ao grau de especificidade.

As acções no plano das DO e das IG podem e devem ser efectuadas numa lógica supletiva e

dentro do princípio da não repetição do “mesmo tipo de acções, nos mesmos mercados/cidades

e num mesmo período”.

Esta articulação é já hoje efectuada entre as entidades responsáveis pela promoção das Marcas

Regionais e da Marca País, em particular entre as CVR’s, por um lado, e a VINIPORTUGAL, por

outro.

Mercados Complementares: Rússia, Moçambique, Suíça.

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4 - OBJECTIVOS POR MERCADOS ESTRATÉGICOS

Como consequência da implementação desta estratégia colectiva estabeleceram-se os

Objectivos de crescimento das exportações, para o período 2013 a 2016, de 17,4% em valor

(crescimento médio anual, em valor, de 4,1%, valor ligeiramente inferior ao do período anterior

de 4,6%).

5- ESTRANGULAMENTOS AO PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO

Definida a estratégia identificaram-se os principais estrangulamentos, presentes no contexto

actual, mas que influenciam a sua implementação, pelo que deverão ser ultrapassados:

Desequilíbrio entre os fundos disponíveis para a promoção e as respectivas necessidades no

mercado interno e em mercados terceiros: se no mercado interno há relativo excedente de

fundos estes são escassos para trabalhar em mercados terceiros (maior dimensão; maior

distância; maior prazo para implementar a marca).

Limitação do número de anos (actualmente num máximo de 5 anos) para promoção num

mesmo mercado, o que em mercados de grande dimensão geográfica e demográfica – EUA,

Brasil, China – é insuficiente.

Regulamentos dos fundos estabelecem limites muito curtos para a duração dos projectos

(p.e. OCM limita duração máxima a 2 anos) quando os processos de internacionalização,

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para serem bem-sucedidos exigem durações bem mais elevadas. Acresce que por regra

numa 2ª candidatura do mesmo promotor é-lhe exigido “acções inovadoras” o que

raramente faz sentido.

Processos administrativos de candidatura, aprovação, assinatura de contrato e pagamento

dos apoios demasiado longos, o que prejudica a disponibilização das verbas atempada, para

as acções previstas e diminui as taxas efetivas de incentivo.

Diferentes instrumentos de apoio existentes demonstram alguma faltas de lógicas de

complementaridade.

Certificação (meramente administrativa) da Origem de Vinhos com IG pelas Associações

Empresariais e não pelas CVR’s o que pode prejudicar a imagem do País, enquanto

produtor de vinhos com qualidade.

Obrigatoriedade de utilizar material certificado e os critérios de certificação do material

vegetativo, são uma barreira à utilização mais intensiva das castas autóctones, sobretudo

as menos divulgadas, dificultando assim a concretização de uma estratégia em que um dos

elementos diferenciador assenta no uso destas castas.

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B - ESTRATÉGIA DAS MARCAS PRIVADAS (ESTRATÉGIAS INDIVIDUAIS)

1. INTRODUÇÃO

O caminho de internacionalização das marcas de vinho está fortemente dependente da

notoriedade das marcas “PORTUGAL” e “Vinho de Portugal / Wines of Portugal”. Contudo,

também as marcas genéricas (Portugal, Wines of Portugal, Regiões) necessitam de marcas

fortes, presentes e reconhecidas para construir a sua imagem. Trata-se de um esforço conjunto

e de benefício mútuo para todos os intervenientes.

Contudo, a internacionalização das marcas privadas de vinho Portuguesas está também

condicionada à realidade de cada um dos seus proprietários: cada agente económico, pelas suas

particularidades, características, passado, dimensão, terá uma estratégia e objectivos próprios

que deverá querer prosseguir. Para tal, é absolutamente necessário ter a correcta informação

sobre os mercados, avaliar onde estão as oportunidades, os mercados mais representativos e os

emergentes, de forma a poder construir planos de mercado que permitam desenvolver o seu

negócio. Esses planos passarão, inevitavelmente, por garantir uma distribuição o mais assertiva

possível, dar a conhecer os produtos, ganhar notoriedade e reconhecimento dos opinion leaders

locais assim como visibilidade nos pontos de venda.

Os planos de promoção das marcas privadas traduzirão um grande enfoque na orientação

comercial: negociação com cadeias ou com lojas especializadas, adaptação dos rótulos (imagem

e informação a conter) ao mercado em questão, trabalho directo de força de vendas e

incentivos à equipa de vendas do importador/agente.

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Tal esforço representa um envolvimento financeiro privado muito importante que deverá ser

minimizado pelo aproveitamento de sinergias com a promoção genérica, nomeadamente ao

nível da imagem e notoriedade, e a promoção em conjunto com outras fileiras, sobretudo onde

sejam identificadas sinergias (Turismo; Produtos com Denominação de Origem – Azeites e

Queijos; Gastronomia; Conservas).

Entende-se pois, que a estratégia de proporcionar ajuda pública ao investimento de marcas

privadas é indispensável para garantir o sucesso de todo o esforço de construção de marcas

genéricas.

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Objectivos:

Mercados:

Os AE são livres de identificar os seus mercados alvos, podendo estes ser ou não os mercados

estratégicos, retidos para a promoção colectiva. Um bom alinhamento levará porém a que

apenas residualmente surjam novos mercados.

Assim será de esperar que as empresas possam trabalhar outros mercados, desde que os

mesmos representem uma oportunidade ou relevância para as actuais exportações de cada

empresa.

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pra

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Conhecer o funcionamento dos Mercados emergentes (Livros Branco por mercado cobrindo importação, distribuição, barreiras aduaneiras e administrativas, formação de preços).

Potenciar o aparecimento ou desenvolvimento de marcas privadas fortes

Ultrapassar a falta de dimensão das empresas portuguesas junto dos grandes importadores e distribuidores nos Mercados estabelecidos com potencial de crescimento e nos Mercados Emergentes

mercados "wines of portugal"

mercados DOs, IGs regionais, Vinhos do Porto

outros mercados agentes económicos

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Tipologias de acções:

Para além das referidas para a promoção colectiva admitem-se ainda outras tipologias:

2. ESTRANGULAMENTOS AO PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO

Para além dos já referidos no quadro da estratégia colectiva identificou-se ainda como

estrangulamento:

Actuais instrumentos financeiros estão orientados para apoiar as exportações, e não

orientados para sustentar processos de internacionalização das empresas.

Tip

olo

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de

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Acções mais próximas do Ponto de Venda (compradores, conselheiros de vendas e consumidores);

Publicidade das marcas privadas, directa ou por via de patrocínios;

Criação de filiais e suporte a redes de distribuição, admitindo-se que algumas estruturas possam ser partilhadas por mais que uma empresa

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C - INSTRUMENTOS DE APOIO À INTERNACIONALIZAÇÃO

Instrumentos de apoio à internacionalização deverão ser estabelecidos de forma

coerente, complementar e interligados (não hiatos; não sobreposição).

Prazos de abertura de concursos pré-definidos permitindo que beneficiários possam

planificar as suas acções de forma atempada (previsibilidade e continuidade dos apoios)

devendo os calendários das candidaturas estar subordinados ao Planeamento

Estratégico que vier a ser estabelecido.

Criação de apoios específicos orientados para um verdadeiro processo de

internacionalização, nomeadamente a abertura de filiais e o apoio a honorários de

seniores e respetivos custos de estrutura nos países importadores.

Criação de um mecanismo financeiro para a internacionalização, proporcionando mais

fácil acesso a financiamento bancário e o financiamento intercalar.

Garantir a extensão dos apoios aos planos de acção por país, para mais de cinco anos,

imprescindível à consolidação dos investimentos iniciais e a uma maior eficácia das

acções.

Reforço da contrapartida comunitária, para colmatar insuficiências da contrapartida

pública nacional, por limitações do orçamento do estado Português.

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III – GESTÃO

1. FUNDAMENTOS

No início dos anos 90 o sector do vinho identificou como

sua prioridade a existência de organização cujo objectivo

principal seria a promoção dos vinhos portugueses no

mercado interno e em mercados internacionais definidos

como alvo. A concretização desse objectivo foi a criação,

em 1997, da ViniPortugal, uma associação

interprofissional que reuniu o consenso de toda a fileira e

cujo financiamento tem sido suportado por uma taxa de

promoção paga pelo próprio sector. Durante estes anos

de existência, este modelo de funcionamento tem

revelado a maturidade e a responsabilidade deste sector

em torno deste objectivo comum que se tem revelado

eficaz. De facto, os resultados, demonstrados neste

estudo, são notáveis.

Complementarmente as CVR’s e o IVDP, com forte

implantação no terreno e proximidade aos Agentes

Económicos, asseguram a promoção das respectivas DO e

IG, em crescente articulação com a VINIPORTUGAL.

Assim, 15 anos decorridos após a elaboração do Relatório

Porter, que elegeu o cluster do vinho português como um dos de maior potencial exportador,

estão estabelecidos os princípios determinantes para uma eficaz ESTRATÉGIA DE

INTERNACIONALIZAÇÃO DOS VINHOS DE PORTUGAL, estando os organismos públicos e privados

do sector em condições de assegurar uma excelente performance na sua implementação.

A maturidade do sector, a sua elevada vocação exportadora e a dinâmica demonstrada no

processo de exportação, dispensam a criação de qualquer estrutura que assuma, entre outras, a

responsabilidade pelo processo de internacionalização do sector do Vinho de Portugal.

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Outros argumentos específicos sustentam esta tese:

a) A realidade mundial transformou o sector do vinho num sector altamente especializado e

competitivo exigindo organizações altamente especializadas e competitivas.

b) Nos mercados internacionais, o Vinho é claramente um “produto prazer”, sendo a sua

promoção associada a uma Marca, a Terroirs e a Pessoas ou Rostos (o enólogo).

c) A estratégia aprovada pelo sector, visa colocar a marca Wines of Portugal num plano

“aspiracional” procurando escapar a estratégias de massa.

d) A estratégia aprovada elege mercados específicos, uns estabelecidos, onde se pretende

consolidar a imagem da marca Wines of Portugal – RU, Alemanha, EUA, Canadá e Nórdicos

- outros emergentes - Brasil, Angola e China - onde se pretende ainda construir a imagem;

em particular, EUA e RU, constituem simultaneamente “mercados montra” para o vinho,

reforçando a sua importância, no plano de construção de uma imagem.

e) Os público-alvo das estratégias de comunicação, são também específicos: nos profissionais

os jornalistas de vinhos e lifestyle, sommeliers, decisores de compra de vinhos; nos

consumidores os Generation Treaters e Adventorous Connoisseurs.

f) As tipologias de acções, na generalidade, são também muito específicas, em particular, as

campanhas nas revistas especializadas de Vinhos (Decanter, Wine Spectator, Wine

Enthusiast, Wine & Sipirits), grandes feiras de Vinhos, como a VINEXPO-Bordéus, VINEXPO-

Ásia, London International Wine Trade Fair, Prowein - Dusseldorf, Expovinis – São Paulo,

Interwine - Cantão, Hong Kong International Wine Fair, as acções de Educação/Formação

para profissionais do vinho e promoções nos pontos de venda (monopólios de Vinho no

Canadá, Noruega, Suécia e Finlândia, as Lojas Independentes de Vinho no RU, Alemanha, os

importadores nos EUA, China, Angola ou Brasil;

g) Finalmente, e não menos relevante, a especificidade das fontes de financiamento, as taxas

cobradas dentro da própria fileira do Vinho, para o Mercado Interno, ou os apoios no

quadro da OCM – Vinhos, para os mercados terceiros.

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2. MODELO DE GESTÃO

Assim, qualquer modelo que subordine um dos sectores com maior vocação exportadora a

qualquer outra organização, que não detenha a mesma experiência, nem conhecimentos

específicos ao produto Vinho, poderá traduzir-se numa séria perda de eficácia e desvio do foco.

Sendo o Vinho, claramente, um dos produtos determinantes no processo de internacionalização

da indústria portuguesa, não se justifica qualquer subordinação estratégica ou organizacional,

do sector do Vinho, a qualquer outro sector de actividade.

Desta forma o sector do Vinho propõe um modelo de gestão autónoma para a implementação

da sua Estratégia de Internacionalização, baseada nas actuais estruturas públicas e privadas

existentes no terreno.

Numa primeira abordagem esse modelo poderá obedecer à seguinte matriz:

Definição da Estratégia: ViniPortugal, ACIBEV, ANCEVE, ANDOVI, IVDP, CAP e FENADEGAS.

Formatação dos programas e articulação inter-programas: GPP e IVV.

Gestão dos programas: IVV

Implementação da Estratégia: ViniPortugal, CVR’s, IVDP, IVBAM e Agentes Económicos

Acompanhamento da execução, monitorização e avaliação de impactos: GPP, IVV, IVDP, ANDOVI

e VP.

Coordenação intersectorial: GPP e (AICEP)

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3. ESTRATÉGIAS A MONTANTE E CONCERTAÇÃO INTERSECTORIAL

É clara porém a necessidade de uma maior concertação de estratégias de internacionalização

entre os sectores ou produtos com objectivos de posicionamento semelhantes, enquadrados

num mesmo ambiente de estilo de vida e direccionados para um consumidor-alvo idêntico.

Neste sentido o sector do Vinho, na sua componente de promoção colectiva, pretende a

articulação estratégica, mas sobretudo operacional com os seguintes sectores:

Turismo e Lazer (cultura, golfe, enoturismo);

Gastronomia (Prove Portugal e Chefes Portugueses)

Azeites DOP, Queijos DOP e Conservas,

Pretende-se assim contribuir para um ganho de eficiência ou de escala, nos esforços de

promoção.

Por outro lado, e tendo presente a ausência de percepção qualitativa da marca PORTUGAL, nos

mercados internacionais, apesar de alguns dos seus produtos serem de qualidade mundial,

entende-se também ser oportuna uma maior concertação estratégica e articulação operacional

entre outros sectores, com vocação exportadora, além dos acima referidos (p.e Cortiça), que

possam contribuir para a valorização da marca PORTUGAL.

Estes esforços de articulação, sobretudo operacional, deverão ser estimulados e monitorizados

por actores públicos (p.e. AICEP).

Os critérios de selecção dos sectores “promotores de imagem”, deverão ser selectivos, de modo

a que apenas os sectores ou produtos que beneficiam já de uma imagem fortemente positiva,

Page 44: PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO … · Internacionalização do Sector do Vinho em Portugal, documento esse que agora se apresenta. Sob o lema, Uma Estratégia

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possam ser incluídos, criando notoriedade á marca PORTUGAL, da qual todos os outros

beneficiarão.

Assim o sector do Vinho manifesta a sua disponibilidade para participar em projectos

multissectoriais que contribuam para a construção da notoriedade da marca PORTUGAL,

devendo tal, porém, ser assegurado por via da adicionalidade de meios, aos meios autónomos

específicos ao sectores, e desde que tal não coloque em causa a actual estratégia do sector.