plano de trabalho (ensaio)_esboço

faunb

ENSAIO TERICOPlano de trabalho

RECICLAR A CIDADE: Estratgias para requalificao de vazios urbanos.

Aluno: Adriano Felipe O. LopesOrientador: Caio Frederico e Silva

2015/1

Espaos residuais tem representado cidade contempornea importantes recursos sua revitalizao, uma vez que muito ja se tem discutido sobre seus significados e potencialidades no contexto urbano. Podendo ser classificados como vazios urbanos, ou espaos perdidos, termo este atribudo por Roger Trancik (1986), resultam geralmente do abandono, intencional ou no de pores do territorio, como no caso de algumas cidades europeais que sofreram processo de desindustrializao a fins dos anos 80 (SACCOMANI, 2001). Trancik os define como espaos impermeveis, ou sem limites mensurveis e falhos em conectar elementos de uma forma coerente entre si. Esta definio nos direciona uma percepo global do nmero destes espaos residuais nas grandes cidades, tornando-as sempre mais desconexas, mas tambm abordagem do conceito de acupuntura urbana, ou seja de um conjunto de aes pontuais na tessitura urbana com o propsito de mudar progressivamente a vida na cidade (LERNER, 2003). Tais vazios, observados diversamente em termos de escala e tipologia, trazem consigo uma ampla conotao social e econmica as quais reinterpretadas podem direcionar proposio de estratgias responsveis reconfigurao destas lacunas urbanas, as quais perdem seus esteretipos negativos em reclame de suas potencialidades (CROTTI, 1990). Se procura desta forma investigar estes espaos residuais atravs do modo no qual se expressam na totalidade do desenho urbano, observando-os diversamente enquanto possam acomodar usos diferentes e diversos. A percepo do potencial destes espaos deve-se a experiencia de estudos na cidade de Turim, onde foram identificados numerosos casos de espaos que, nao obstante sua resiliencia, apresentam-se abandonados ou subutilizados, muitos deles reflexo da crise industrial. A partir da leitura destes vazios relao com casos anlogos, os quais tenham recebido algum tipo de interveno de requalificao e reuso, sera elaborado mtodo que conduza proposiao de estrategias capazes induao de um processo de revitalizaao destes espaos residuais, considerando por exemplo a participaao ativa de cidados em projetos subsidiados (BRUNETTA, 2001) e a combinaao de atividades mistas (Mixit; MOCCIA et AL, 2010). A ideia utilizar parametros individuados a fim de estudar casos de interesse, individuando ao final um caso local em que se possa aplicar esta metodologia.

Scalo VanchigliaParte de extensa rea em transformao na periferia de Torino.Fonte: www.barrieracentro.it/variante200. Acesso: 27.03.15

Ex Fonderia di Caratteri NebioloImportante complexo industrial construdo no inicio dos anos 90 (1919-22) e abandonado desde 1978.Fonte: Autor.

Introduo

Vazios reencontrados em Turim:

03

Estaao das Docas, Belem, Para.Fonte: http://www.portal2014.org.br/midia/noticias/desafios_de_belem_para_a_copa_de_2014_2752009-12537-1.JPG. Acesso 10.4.15.

NSDM, Amsterdam, Paises BaixosFonte: http://www.urbancapture.com/wp-content/uploads/2011/09/110911-1407-NDSM-Docks-Amsterdam-The-Netherlands.jpg

Exemplos de transformao em contextos anlogos aos apresentados na pagina anterior.

05 A abordagem do tema dos vazios urbanos no conjunto das cidades contemporneas consolidadas se justifica pela ocasio de reconhecimento da flexibilidade presente na arquitetura responsvel configurao destes vazios. Reconhecer esta flexibilidade pretende direcionar ativao de um metabolismo circular, ou seja capaz de impulsionar ao reciclo das cidades. Este mecanismo nos leva a refletir sobre a continua expanso das cidades, a qual no deve mais ocorrer por exploso, mas por imploso, em reviso ao modelo de cidade densa e contradio ao difuso modelo monofuncional de cidades. Romero (2011), afirmando que o carater monofuncional adquirido pelas cidades leva os espaos urbanos uma impessoalidade e total esvaziamento do espao publico, cita soluao proposta por Trancik (1986) baseada na compreensao de seus precedente e atuaao competente do planejamento e Jacobs (2001) a qual defende a permanencia de usos mistos e multifuncionais. A autora portanto, relaciona o conceito de sustentabilidade urbana expressao do lugar, a qual nasce do confronto de foras espaciais (naturais e artificiais) associadas apropriaao e uso pelo homem em ambito social naturalmente intrnseca expressao qualitativa dada pela equidade socioambiental, sustentando as premissas levantadas anteriormente referentes ciclicidade do modulo que se quer propor. Refora-se a necessidade da expressao de uma configuraao urbana compacta, que venha eliminar os vazios urbanos convertendo-os em verdadeiros lugares. A reconversao destes vazios urbanos direciona-nos ao conceito de reabilitaao como inerente sustentabilidade urbana. A fim de sustentar tal afirmaao, Vicente del Rio (2001) afirma que o esgotamento do modelo econmico fordista no fim da decada de 80 obrigou as cidades a perseguirem o renascimento de seus centros, atravs da reutilizao das reas centrais, da recuperao de suas arquiteturas e da valorizao cultural de suas ambincias. Dentre estas areas o autor poe especial atenao sobre as areas portuarias,

pelo seu papel estrategico requalificaao urbana, em virtudade da infra-estrutura que apresentam e de sua relaao com a paisagem e economia locais. Del Rio (2001), em base a experincias bem sucedidas aponta a adoo de processos estratgicos de planejamento, a multifuncionalidade dos espaos, o respeito memria local; a qualidade da imagem urbana e participao social, como aspectos fundamentais nos processos de revitalizao das reas centrais. No caso de Brasilia, temos portanto, um caso que se pode relacionar s chaves de leitura citadas, por se apresentar um vazio urbano por excelncia na tica da cidade consolidada uma vez que as medidas sua desocupao realmente efetivadas; a Orla do Lago Parano1. Desta forma, procura-se, em resposta reviso bibliografica, alcanar resultados em forma de ilustrao de estratgias gerais de requalificao baseadas em resultados prticos e aplicadas um caso real.

1 A ocupaao da orla do Lago Paranoa por todos os cidadaos foi prevista desde o projeto original de Lucio Costa, no entanto, muitas das areas potenciais para para destinaao de espaos publicos na orla hoje se limitam a terrenos cercados e inacessivesi populaao, desvinculados do tecido urbano e, em alguns casos, em estagio de completo abandono (BOEGER, 2013).

Entre refletir a literatura clssica referente s teorias relevantes ao estudos de espaos residuais urbanos e estudar casos de prticas de requalificao desses espaos, foram reconhecidas tipologias de interveno, das quais se podem extrair conceitos teis uma viso menos genrica do fenmeno. O estudo destes conceitos aconteceu de forma contempornea individuao dos casos. Percebem-se duas naturezas diversas ligadas praticas de regenerao urbana, a primeira e talvez mais tradicional, baseia-se na definio de polticas pblicas que, baseadas geralmente no binmio pblico-privado, encontram recursos imediatos sua realizao, a segunda, busca atravs de iniciativas locais e geralmente de baixo custo reviver reas de interesse revitalizao as quais podem, e devem, se mostrar verdadeiras ocasies reativao econmica. Do resultado de algumas aes de regenerao urbana, as quais utilizaram de meios efmeros a fins de se alcanar um xito a longo prazo Parris (2010) e Oswalt (et al, 2013) identificaram seis tipologias, baseadas em casos selecionados. Destas seis, retemos trs, como sendo as mais adequadas reflexo sobre a natureza dos vazios urbanos, podendo essas serem relevantes simplificao do fenmeno (e indicadores de critrios de interveno). Deste modo foram individuados os tipo enable (possibilitar, habilitar, autorizar), claim (reivindicar, reclamar) e exploit (explorar, examinar, escandir), restringindo modais e conceitos de forma a permitir de forma mais clara a compreenso de elementos que possam direcionar diretrizes para a interveno nestes vazios.

possvel ainda dividir essas tipologias em dois grupos. Sendo assim, podemos comparar o tipo ENABLE, o qual estabelece um mediador responsvel ao estabelecimento de medidas formais de aproximao entre interessados e proprietrios de determinadas reas determinando modos de participao por parte de terceiros, elaborao de polticas e planos de interveno do possibilitador (administrao pblico). Os tipos CLAIM e EXPLOIT, de outro modo, se relacionam diretamente medidas temporrias como meio de reativao da rea, por quanto se definem respectivamente como reclame por parte dos interessados ocupao, buscando criar espaos capazes de gerar novos impulsos sociais, culturais e econmicos (baseados no publico debate) e ocupao provisria como forma de promover awareness pblico e comercio.

enable

exploit

claim

07

Referenciais tericos:

Referenciais terico-prticos:

A pesquisa parte da identificao de teorias que analisem a cidade, estabelecendo elementos de leitura urbana. Para isso, utilizou-se dos autores: Roger Trancik (1986), Richard Rogers (1997), Kevin Lynch (1971), Gordon Cullen (1970) e Jane Jacobs(1969) os quais comparados prticas de interveno presentes nos manuais de Jan Ghel (Cidade para as Pessoas, 2014), Marcos Rosa (Handmade Urbanism, 2014), Philipp Oswald (Urban Catalyst, 2013) e Isabella Inti (TEMPORIUSO, 2014) servem de base identificao e leitura dos casos, fichamento dos mesmos e avaliaao como base proposiao de diretrizes. Este trabalho tem por objetivo principal propor estratgias de requalificao de vazios urbanos, tidos como espaos residuais, visando promoo de seu reuso sustentvel (sobretudo em termos de melhoria da ambincia urbana local) e apropriao pelas pessoas (revitalizao). A elaborao destas estratgias dever resultar do fichamento de casos bem sucedidos, observando nestes, dentre os instrumentos aplicados, aqueles que melhor responderam s expectativas de requalificao e revalorizao de zonas em degrado.

1. Revisao bibliografica:

2. Elaboraao de fichas de estudo de caso.

2. Analise dos casos e elaboraao de diretrizes

09

problema

funes

Ficha de anlise de Estudo de Caso

Pas CidadeSuperfcie PIB, PIB per capitaIDH

SuperfciePopulaoDensidade

Fonte dos dados estatsticos

mapa Pas mapa cidade localizao estudo de caso

rea de interveno

breve contextualizao histrica

percepo de interveno em resduo urbano como resposta a um ou mais problemas urbanos

interessados

iniciativa interveno

instrumentos realizao do projeto

resultados

resultados positivos

programa

imagem de estratgia bem

sucedida


sucedida


sucedida

11

Kunststad (Cidade das Artes)

Exemplo de instalaao de natureza temporaria a fim de reativar local com ativida-des comerciais e artisitcas, possibilitando retomada de locais s suas atividades e aproximaao com o poten-cial consumidor.

Barco convertido em prottipo habitacional sustentavel (ocupaao com uso zero de solo)

Agregaao e uso do espao pelas pessoas em estrutura reconvertida em cafeteria.

Prottipo sustentavel geWoonboat

Noorderlicht (Caf As luzes do Norte)

Abandono nos anos 80 de reas porturias e industriais localizadas a norte do Ij, rio que divide o centro histrico da cidade de Amsterd, em resposta mudana na modalidade de estocagem e transporte de produ-tos, passando de indiferenciada sobre navio a tipo nico de produto em contineres.

Gentrificao de artistas No fim dos anos 90 foram expulsos de 12 centros culturais cerca de 1000 artistas, muitos dos quais se transferiam a Berlim ou a Roterd.Presso da economia ps-industrial sobre o centro da cidade.

Artistas, artesos, associaes culturais, cidadesPblica Administrao (desenvolvimento de novas formas de habitao, promoo de reuso atravs modalidades alternativas/experimentais de de planejamento)

Mapeamento e reivindicaao de espaos abandonados por interessados desapropriados de seus espaos de origem;Lanamento de concurso de ideais (Administraao da cidade);

Marketing urbano e incubadoras de criatividade (dinmica espacial, impulso empresarial, financiamento de projetos)

Associao Kinetisch Nord Reuso temporario (estrategia de planejamento a cidade como um casco).

Revalorizaao territorialAtraao de interesse privato (multinacionais, cooperativas de jovens, micro iniciativas empresariais);(consumo, festivais itinerantes).

skatepark, espaos para jovens, espaos para exibies, teatro, espaos temporrios ao ar livre, escritrios, residencias, restaurantes, espaos para workshops, etc.

20.000 mq de galpoes industriais abandonados56.000 mq de ancoradouro e espaos livres

Superfcie: 41.526 Km2PIB: $880.394 bilhesPIB per capita: $52,249IDH: 0,95

Pases Baixos Amsterd

Superfcie: 219,32 Km2Populao: 813.562Densidade: 4.908/km2

problema

por que funciona

NSDM werfcentro cultural

Galpo 5

Parte do masterplan de Puerto Madero

Reaproximao de estruturas existentes ao centro da cidade atravs da reconverso de edifcios abandonados, resultando em uma melhoria da qualidade do espao publico e revitalizao de rea central.

Reinsero de reas resilientes ao centro da cidade e melhoria da qualidade do desenho urbano.

Os anos 90 representaram ao porto um perodo de grande reflexo a despeito do seu estado e em 1969 foi elaborado um esquema diretor para o ano 2000. J no final dos anos 80 um processo de transformao da rea foi impulsionado e em 1989, o Ministrio de Obras e Servios Pblicos, o Ministrio do Interior repre-sentando o Poder Executivo Federal e a Prefeitura de Buenos Aires, firmaram um convnio pelo qual concordavam em constituir uma sociedade annima, com o fim de conduzir a requalificao da antiga rea porturia: a Corporacin Antiguo Puerto Madero S.A.. (KRUSE, 2011, pag. 72-77)

Consciencia, durante a segunda metade dos Novecentos, da necessidade de integraao da area do porto ao conjunto da cidade, especialmente do centro historico que, devido evasao populacional em direao periferia, passara a apresentar imagem de zona degradada e abandonada.

Administrao pblica, investidores privados, comerciantes, investidores imobilirios, empresrios, Universidade Catlica Argentina.

Corporacin Antiguo Puerto Madero S.A.

Revitalizao de estruturas degradas a outros fins e construo de novos edifcios e parque pblico (revalorizao local e territorial).ido efeito satisfatrio ao atender plenamente o propsito de outorgar ao espao uma funo de integrao com a cidade (GIACOMET, 2008).

Corporao (resoluo de problemas jurdicos institucionais; Concurso nacional de idias (elaborao de masterplan); Desenho de cenas (conjunto de prticas sociais identificadas em uma paisagem com atributos de forte imageabilidade; adaptado de MAGNANI, 2000).

Transformao em curto prazo devido ao grau de investimento destinado operao, que garantiu a conteno Definio de aes precisas coordenadas por uma corporao financeiramente autonoma, fazendo com que um projeto de recuperao tenha tido efeito satisfatrio ao atender plenamente o propsito de outorgar ao espao uma funo de integrao com a cidade (GIACOMET, 2008).Dentre os galpoes, aquele mais representativo em termos de relao com entorno o 5 (ligado aos antigos silos da Junta Nacional de gros atravs da Ponte de la Mujer projetada por Santiago Calatrava).Os andares superiores atenderam a 100 moradias, empregando-se o conceito de espao unico (unidade flexivel ligao entre estar, dormitorio, trabalho e lazer). Ao pavimento terreo sao concentrados restaurantes, atividades de comercio e servios. O subsolo foi recuperado como area vital do edificio, abrigando reas condominiais e vagas de estacionamento. No antigo deposito portuario, entre subsolo e cobertura, revitalizaram-se seis pavimentos que abrigam inmeras atividades.

1.500.000 mq de rea porturia.


Argentina Buenos Aires


problema

funes

Puerto Maderobairro reconvertido

Restaurantes

Melhoria dos passeios pblicos

Revitalizaao resultante tanto da requalificaao das estruturas existentes, quanto da reocupaao atraves de usos mistos, dentre eles restaurantes, como apresentado em imagem ao lado.

A melhoria da qualidade dos espaos publicos permite o uso tanto por consumidores dos servios locais, quanto de usuarios interessados apenas fruiao de areas livres.

O complexo Estao das Docas corresponde em rea quela do antigo Porto de Belm, cuja construo se iniciou em 1906 sob responsabilidade de Percival Parquhar. Sua implantao resulta de um perodo de Embeleza-mento e Saneamento durante a Primeira Repblica (1889-1930), enfrentan-do logo em seguida uma crise (1910 - fim do ciclo da borracha) anos antes do termino das suas obras (1912).Problemas econmicos impossibilitaram o uso pleno de suas estruturas que j careciam de obras de melhorias, o que somado a demais problemas locais, resultou na cesso, pela Administrao, de trs armazns para a requalificao da rea (KRUSE, 2011). Em 1992 realiza-se um concurso de idias para utilizao dos armazns cedidos (para abrigar funes tursticas e culturais), inaugurado somente no incio da dcada seguinte (ARRUDA, 2003).Administraao publica (estado do Governo do Par), Companhia Docas do Par e investidores privados.

Construo teve inicio em 1906 sob responsabilidade do americano Perival Perquhar;Concurso de Projetos;Convenio do Governo do Estado e da Companhia das Docas

Requalificaao da area resultante da restaurao e preservao Fisica do Patrimonio Edificado, baseados no binmio cultura e gastronomia promoo do turismo;Area pedonal resultante da aproximidade com interveno arquitetnica;Disposiao de infra-estrutura melhoria na qualidade relativa de urbanizao de todoo o municipio (PONTE, 2004, apud KRUSE,2011) Requalificaao e da infraestrutura, conexo com outros espaos pblicos no intencional, promoo da diversidade funcional, previso de projetos de habitao inclusive de interesse social no efetivados, preservao do patrimonio (armazens, equipamentos porturios e galpo do terminal hidrovirio).

Plano de Reestruturao da orla de Belem (Pro Belem), Programa de revitalizao de reas portuarias, Plano diretor 2008

Graas a um forte marketing urbano, pode se dizer que a Estao das Docas foi apropriada pela populao, ate mesmo aquela que no pode consumir o espao em sua totalidade. O sentimento de pertencimento, o valor em sua totalidade, simbolico e historico, faze da area um lugar da capital Paraense.O complexo teve seus galpes restaurados que passaram a abrigar bares, restaurantes, lojas e agencias de turismo.Armazem 1: Espaos gastronomicos, exposio, museu, lojas e servios;Armazem 2: Restaurantes;Armazem 3: Teatro, area para exposies e feiras

32.000 mq (KRUSE, 2011)


Pases Baixos Amsterd


problema

funes

Estaao das Docasrequalificaao portuaria

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Referencias Bibliograficas

plano de trabalho (ensaio)_esboço

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