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A Minha Intervenção na Assembleia Municipal de 12 Abril 2012TRANSCRIPT
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Plano de Reequilíbrio Financeiro Município da Trofa
Exmº Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Municipal da TrofaEx.a senhora e senhor membro da Mesa da Assembleia MunicipalEx.a Senhora Presidente da Câmara Municipal da TrofaExmº senhores VereadoresCaras e caros colegas membros da Assembleia Municipal
Minhas Senhoras e meus Senhores;
Somos hoje a pronunciarmo-nos e a deliberarsobre um Plano de Reequilíbrio Financeiro.
Analisamos este Assunto de forma muitoséria, com responsabilidade e cientes que este
Plano vincula o Município da Trofa e os Trofenses para os próximos 20 anos.
Nós temos a honra de pertencer ao PSD TROFA e orgulhamo-nos do nosso passado.
Nós sabemos que o forte processo de
investimento levado a cabo no passado,levaram a que os limites de endividamentofossem ultrapassados.
Mas também sabemos que semendividamento não teríamos saneamento,mais e melhores escolas, não teríamos ruas
pavimentadas ou habitação social, piscinasetc.
Nós eleitos municipais do PSD aprendemosque nem tudo foi bem feito, algumas coisascorreram menos bem, mas mais importanteque olharmos o passado importa olhar com
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responsabilidade o presente e projectar ofuturo.
Nos olhamos em frente e gostamos de discutiros assuntos de frente…olhos nos olhos comseriedade e responsabilidade.
O PSD Trofa entende que o mecanismo deReequilíbrio Financeiro é, no plano teórico,uma ferramenta útil e que poderá permitir ao
Município da Trofa pagar as dividas afornecedores e instituições bancárias.
. O PSD/Trofa é e sempre será, a favor que aAutarquia pague a tempo e horas a todos osfornecedores pelo que manifestamos a nossatotal solidariedade para com todos os
fornecedores e empresários credores daAutarquia.
Importa também referir que sob o ponto devista meramente técnico, este documentopeca por tardio, mas percebemos, apesar detudo, que neste momento de abertura por umlado e exigência por outro ao nível daAdministração Central e a legislação que temsido produzida, pode ser um elementofacilitador para a concretização eimplementação desta operação.
Neste Plano e tendo em conta o montante queé pedido, o período de amortização e a forma
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de reequilibrar estruturalmente as contas domunicípio interessa saber as respostas aestas 4 questões base:
a) Se a divida deste Município é conjuntural aoEstrutural;
b) Se o valor que se pede neste plano parasaldar as dívidas é o correcto;
c) Se os cortes propostos na despesa sãosérios;
d) Se os períodos de amortização e carêncianão hipotecam o nosso futuro e até asobrevivência deste Concelho.
Quanto a 1ª questão não nos restam dúvidas
que o problema deste município parece serestrutural, até porque apesar deste executivomunicipal, que já leva 2 anos e meio demandato, nada ter feito em termos de obras,antes pelo contrário, suspende, adia, anulaetc. …a divida da Câmara aumentou 4 milhões
500 mil euros entre 2010 e 2011.Ora se é estrutural, como bem parece, há queelaborar um plano para reequilibrarmos ascontas.
2ª Questão: o valor que se pede neste planopara saldar as dívidas é o correcto?
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Neste documento é pedido por empréstimo dereequilíbrio o montante de 34 M€.
Parece adequado o valor pedido seconfrontarmos os valores de divida de curtoprazo que este Município têm a fornecedores einstituições bancárias.
Mais uma vez é mencionado, e bem, osmontantes globais da divida consolidada do
município, ou seja, Câmara, Trofáguas e Trofapark, e esse valor ascende, em 31 deDezembro de 2011, a 50 milhões e 800 mileuros.
São valores muito consideráveis é certo masmuito longe dos muito falados 60 e tal milhões
que a Senhora Presidente da Câmara andou aapregoar aos 4 ventos durante estes doisúltimos anos.
Comprova-se por este documento que o PSDsempre esteve certo nas contas e nos valoresque apresentou e que a Sr.ª Presidente andoutodo este tempo a não ser absolutamentenada rigorosa naquilo que afirmava.
Questão nº 3 os cortes propostos na despesa são
sérios?
Sabemos como são escassos os recursos e
como a Lei da economia afirma que, comrecursos escassos é necessário ponderar as
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prioridades, nunca esquecendo as populações,nomeadamente as suas maiorias.
Não compreendemos e não aceitamos adiminuição das transferências para as Juntasde Freguesia de percentagem superior ao queé proposto para as outras rubricas
Não adianta jurarem a pés juntos que afinal ocorte não será, globalmente, de cerca de 48
por cento como diz no plano mas de apenas20 como juraram fazer no Protocolo queacordaram com todos os 8 Presidentes de Junta de Freguesia.
Meus senhores se é assim porque carga deágua não está isso inscrito neste Plano? Em
vez de se andar por aqui com manobras maisou menos Kafkianas de tapar o Sol com apeneira?
Minhas senhoras e meus senhores, houve errocorrija-se o Plano.
Este documento Têm de ser Sério..e nãoapenas parecer sério…
Não nos podemos esquecer que este plano épara vigorar até 2031 e o vosso mandatotermina em 2013.
Ou seja, quem vier depois de 2013 vai reger-se pelo que está estipulado no plano, e o que
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aqui esta escrito é um corte de 40% nosprotocolos e a eliminação dos subsídiosespecíficos ao investimento.
Estes corte nos protocolos das Juntas deFreguesia e a eliminação dos subsídios nãoprecisavam ser feitos.
Por exemplo, se não tivessem sido populistasquando quiseram, porque quiseram, cortar em
50% a taxa da ligação ao Colector, e com issodeitaram fora cerca de 400 mil euros dereceitas, quando já sabiam do estado geraldas contas do município pois tinham já emmãos o famoso estudo da Deloitte de 2010, secalhar agora não estariam a inscrever quase 1
milhão e 600 mil euros para subsidiar a Trofáguas e a Trofapark.
Há opções políticas que custam caro.
Vem também escrito um corte cego de 26%
para as associações e federações…Vou dizer isto olhos nos olhos, este executivomunicipal que vive um certo “Laisser passer”no que diz respeito ao desporto e culturaneste Concelho, pouco ou quase nada fazendonesta área, quer agora reduzir, também, a
quase nada as poucas migalhas que têm dado
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ao movimento associativo da Trofa,desbaratando de forma inábil o muito e bomtrabalho que alguns fazem pelo desporto e
pela cultura neste nosso Concelho.
Falando com a honestidade intelectual quenos caracteriza poderá haver, eventualmente,uma ou outra associação até que nem deveriareceber qualquer subsidio….mas cortar àscegas não.
Por contraponto Apresentam um P.R.F. commedidas desequilibradas.
Alguns exemplos:
- Reestruturação dos serviços municipais –
nada- Despesas de Pessoal – nenhum esforçofinanceiro próprio … aliás o único corte nestecapitulo deriva da suspensão do subsídio deférias e de Natal que o Governo impõem e adiminuição do pessoal que é mencionada teve
tão só a ver com a passagem dos professoresdas AEC´s do quadro da Câmara para aAdrave, sendo esta contratada através daAquisição de serviços
- Aquisição de Bens e serviços – reduçãopouco significativa...intenções
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Perguntar-nos-ão mas então, onde se deveriacortar?
Simples…contenção da despesa. Nomeadamente na Aquisição de Serviços ereestruturação dos serviços do município
A contenção da despesa faz-se, meussenhores, tendo em conta o que precisámosde ter e não o que queremos ter.
Têm de existir equidade e bom senso.
Não é preciso ser especialista em recursoshumanos para sabermos que a CâmaraMunicipal da Trofa têm de ser totalmentereestruturada.
Há que adequar os recursos humanosdisponíveis às necessidades, porventura atéhaverá gente a menos em alguns sectores,mas há também, de certeza, gente a maisnoutros.
Baixar fortemente os custos com avenças eaquisição de serviços, os quadros da CâmaraMunicipal da Trofa são globalmentecompetentes e em tempo de crise não secompreende que se gastem milhões de eurosem serviços externos.
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Fusão das empresas Municipais Trofáguas e Trofapark numa só empresa municipal com aeconomia de escala daí decorrente.
Para alem do que atrás dizemos sublinhamosque sendo este um Plano para 20 anos –impunha-se diálogo para a sua propositura –pois este executivo não representa a maioriados Trofenses e só têm legitimidade até 2013;
Este plano teria que obrigatoriamente daresperança aos Trofenses - Credibilidade naspropostas e razoabilidade e equidade nossacrifícios.
Impunha-se obrigatoriamente uma largamaioria consensual para a sua propositura,
discussão saudável e responsável, o queinfelizmente não aconteceu e isso não nossurpreende
Quando falamos de diálogo com a oposição,estamos a referirmo-nos essencialmente àspropostas de contenção da despesa e noperíodo de carência do empréstimo;
Aqui chegados surge então a 4ª questãobásica a de saber se os períodos deamortização e carência não hipotecam onosso futuro e até a sobrevivência deste
Concelho.
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È facto que se elaborou este Plano deReequilíbrio Financeiro unicamente com asopções políticas do executivo socialista de
contenção da despesa, aumento da receita epagamento só de juros nos primeiros 5 anos.
Há, claramente, uma opção política de sópensar no presente –demonstrada no facto dea dívida diluída em 20 anos seria menor aanualidade a pagar e podermos atingir oequilíbrio financeiro mais cedo.
Este facto, que parece menor, é de capitalimportância.
Dois dados a reter que este plano propõe
- De 2013 a 2017 período de carência epagamento apenas dos juros devidos pelovalor global do empréstimo de 34 milhões deEuros.
- Amortização do empréstimo apenas a partirde 2017 e, pelo documento que aqui tenho,
esta nossa câmara atingirá o ponto deequilíbrio apenas em 2025.
Bem sabemos que temos de pagar ao“Flautista”
Se nos tivessem consultado ou pelo menostentado ouvir-nos, nós proporíamos - Um anode período de carência.
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Se começarmos a amortizar o empréstimo jáa partir de 2014 poderemos atingir o ponto deequilíbrio financeiro entre 2020 a 2021…e
isso, meus senhores faz toda a diferença.
Nada de onerar e hipotecar o futuro.
Além desta diferente visão estratégica depagamento da dívida nomeadamente do seuperíodo de carência, existe uma grande e
clara diferença de opção política entre nóssobre a redução da despesa que Vexaspropõem no P.R.F.
Voltamos a afirmar que somos favoráveis quea Trofa recorra a um Plano de reequilíbrioFinanceiro, por nos parecer que uma operação
deste género é uma boa solução para omunicípio.
A implementação de um Plano deste tipo podeagilizar a gestão camarária e permitir fazerface aos compromissos existentes.
Mas este plano proposto, ou imposto, é umsofrível plano de reequilibro sobretudo na faltade equidade nos cortes da despesa e noexagerado período de carência de 5 anos
Diz o Povo que “ Dinheiro emprestado, anda mal parado”
e nós como pessoas de bem, devemos
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mostrar a vontade de começar a pagar o maisrapidamente possível.
No Nosso entender esta propositura édesajustada e desequilibrada, não tendo emconta o futuro do concelho da Trofa e podehipotecar o futuro dos Trofenses.
Deixamos o repto ao executivo para quecorrija o documento, fale com quem tem de
falar, para que este Plano seja de todos esalvaguarde o futuro da Trofa e de todos nós.
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