plano de gerenciamento de residuos equipamentos eletronicos minas gerais

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Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos de Equipamentos Eltricos e Eletrnicos

PGIREEE

Eualdo Lima Pinheiro Mrcio Augusto Monteiro Renato Nogueira de Almeida Rosana Gonalves Ferreira Franco Susane Meyer Portugal

Belo Horizonte, novembro de 2009

Publicado pela Fundao Estadual do Meio Ambiente Feam e pela Fundao Israel Pinheiro FIP (Termo de Parceria 22/2008)Governador do Estado de Minas Gerais Acio Neves da Cunha Secretrio de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel Jos Carlos Carvalho Presidente da Fundao Estadual do Meio Ambiente Feam Jos Cludio Junqueira Ribeiro Vice-presidente da Fundao Estadual do Meio Ambiente Feam Gasto Vilela Frana Filho Diretoria de Qualidade e Gesto Ambiental da Feam Zuleika S. Chiachio Torquetti Gerente de Saneamento Ambiental da Feam Francisco Pinto da Fonseca Diretora Executiva do Centro Mineiro de Referncia em Resduos CMRR e Supervisora do Termo de Parceria 22/2008 Denise Marlia Bruschi Coordenao Geral do Minas sem lixes / Fundao Israel Pinheiro FIP Magda Pires de Oliveira e Silva Coordenao Tcnica do Minas sem lixes / Fundao Israel Pinheiro FIP Eualdo Lima Pinheiro, Luiza Helena Pinto, Renato Rocha Dias Santos Fotos: Divulgao FIP Reviso: Leila Maria Rodrigues

Rua Esprito Santo, 495 Centro 30.160-000 Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 3219.5730 [email protected] / www.feam.br

Fundao Estadual do Meio Ambiente Feam

Av. Belm, 40 Esplanada 30.285-010 Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 3281.5845 [email protected] www.israelpinheiro.org.br

Programa Minas sem lixes Fundao Israel Pinheiro FIP

Plano de gerenciamento integrado de resduos de equipamentos eltricos, eletrnicos - PGIREEE / Eualdo Lima Pinheiro... [et al.]. -- Belo Horizonte : Fundao Estadual do Meio Ambiente : Fundao Israel Pinheiro, 2009. 40 p. ; il. Inclui referncias. 1. Resduo slido urbano. 2. Resduo eletroeletrnico. 3. Projeto 3RsPCs. I. Pinheiro, Eualdo Lima. II. Monteiro, Mrcio Augusto. III. Almeida, Renato Nogueira. IV. Franco, Rosana Gonalves Ferreira. V. Portugal, Susane Meyer. VI. Programa Minas Sem Lixes. VII. Fundao Estadual do Meio Ambiente. CDU 628.4:621.352

Sumrio1. Apresentao ............................................................................................ 4 2. Introduo ................................................................................................. 6 3. Panorama do Resduo Eltrico e Eletrnico ............................................. 7 4. Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos de Equipamentos Eltricos e Eletrnicos PGIREEE ............................ 15 4.1. Diagnstico ...................................................................................... 16 4.2. Proposies ..................................................................................... 17 4.3. Consolidao................................................................................... 23 4.4. Monitoramento................................................................................. 23 4.4.1 Possveis Indicadores ............................................................. 24 5. Iniciativas de Gesto dos REEEs............................................................ 26 5.1. Projeto Computadores para Incluso ............................................. 26 5.2. Comit para Democratizao da Informtica CDI ....................... 27 5.3. Coleta de Celulares ......................................................................... 27 6. Estudo de Caso Projeto 3RsPCs ......................................................... 28 6.1 Infraestrutura ..................................................................................... 29 6.2. Captao ......................................................................................... 31 6.3. Qualificao ..................................................................................... 31 6.4. Recondicionamento ........................................................................ 31 6.5. Doao ............................................................................................ 32 6.6. Destinao Ambientalmente Adequada ......................................... 32 6.7. Investimento .................................................................................... 33 7. Smbolos Usados na Identificao dos EEEs ........................................ 34 8. Glossrio ................................................................................................. 35 9. Sugestes de Consulta ........................................................................... 37 10. Referncias ........................................................................................... 38

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESDUOS DE EQUIPAMENTOS ELTRICOS E ELETRNICOS PGIREEE

1. Apresentao

C

om o objetivo de orientar os municpios mineiros na gesto adequada dos resduos slidos urbanos, a Fundao Estadual do Meio Ambiente Feam lana, em parceria com a Fundao Israel Pinheiro FIP a coletnea , Minas sem lixes, composta pelas publicaes Plano de Gerenciamento Integrado de Coleta Seletiva PGICS Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos Plsticos PGIRP Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos Pilhas, Baterias e Lmpadas PGIRPBL Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos de Equipamentos Eltricos e Eletrnicos PGIREEE Plano de Gerenciamento Integrado de leo de Cozinha PGIOC Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos Pneumticos PGIRP Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos Vtreos PGIRV Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos de Construo Civil PGIRCC Orientaes Bsicas para Encerramento e Reabilitao de reas Degradadas por Resduos Slidos Urbanos Criado em 2003 pela Feam, o programa Minas sem Lixes, integrado em 2007 ao Projeto Estruturador Resduo Slido, tem como meta, at 2011, viabilizar o atendimento de, no mnimo, 60% da populao urbana

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com sistemas de tratamento e destinao final adequados de resduos slidos urbanos, alm de atuar para o fim dos lixes em 80% dos 853 municpios mineiros. Para alcanar esses resultados, o Projeto promove diversas aes, de maneira a incentivar e orientar os municpios mineiros na elaborao e implementao do Plano de Gesto Integrada dos Resduos Slidos Urbanos, conforme determinado pela Lei 18.031, de 12 de janeiro de 2009. Na busca de solues, uma das estratgias o apoio na criao de consrcios intermunicipais, com os objetivos de reduzir custos e formar parcerias estratgias para a melhoria da qualidade ambiental da regio. Outra importante iniciativa a insero de pessoas em situao de vulnerabilidade social nos programas de coleta seletiva, voltados para gerao de trabalho e renda, alm do resgate da cidadania. Em seis anos, Minas Gerais registrou um crescimento de quase 200% no nmero de habitantes atendidos por sistemas adequados de disposio final de resduos. Mais do que nmeros, esse indicador sinaliza a mudana de paradigma do poder pblico e de comportamento da populao. Nesse contexto, a Feam vem fomentando pesquisas para novas rotas tecnolgicas voltadas para a reutilizao, reciclagem e gerao de energia renovvel a partir da utilizao dos resduos. Mas, antes de tudo, devemos refletir sobre o consumo consciente. Estamos diante de grandes inovaes, mas para alcanarmos nossos objetivos preciso que os municpios e cidados participem conosco na construo do futuro sustentvel. Bom trabalho a todos! Jos Cludio JunqueiraPresidente da Feam

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2. Introduo

surpreendente a rapidez com que as empresas lanam no mercado novos modelos de equipamentos eletroeletrnicos. No imaginrio popular, quem no adere s novas tecnologias est parado no tempo. O resultado que, antes mesmo de apresentarem qualquer problema, os aparelhos so substitudos por outros mais modernos, em um perodo cada vez mais curto. Paralelo aos avanos tecnolgicos, os fabricantes, o poder pblico e os consumidores devem buscar solues para a destinao correta desses aparelhos obsoletos. Este caderno tcnico tem como objetivo apresentar diretrizes bsicas para elaborao e implantao do Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos de Equipamentos Eltricos e Eletrnicos PGIREEE, apresentando alternativas para gerao de renda e incluso social.

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3. Panorama do Resduo Eltrico e Eletrnico

A

o longo do tempo, os resduos slidos urbanos vm mudando suas caractersticas devido s inovaes tecnolgicas. Como exemplo, podemos citar as embalagens plsticas que, a partir de 1945, passaram a fazer parte dos utenslios na casa de todas as pessoas, independentemente da condio social. Foi um fenmeno, pois, na poca, as embalagens de ao predominavam. As sacolinhas de supermercado s foram introduzidas no nosso cotidiano a partir dos anos 80. Todavia, nos tempos atuais o uso excessivo do plstico tornou-se um problema ambiental. Podemos comparar essa situao com a dos equipamentos eltricos e eletrnicos. Esses bens de consumo fazem parte cada vez mais da nossa vida diria. Entretanto, a diminuio da vida til desses equipamentos faz com que se tornem rapidamente obsoletos. Computadores, televisores e seus perifricos so comumente encontrados nos resduos coletados.

Resduo eletroeletrnico descartado em associao de catadores

Impressoras descartadas na via pblica

REEE descartado em depsito de lixo

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Segundo levantamento realizado, em 2009, pelo Swiss Federal Laboratories for Materials Testing and Research Empa, em parceria com a Fundao Estadual do Meio Ambiente Feam, estima-se que Minas Gerais gere cerca de 68,6 mil t/ano de resduos provenientes de telefones celular e fixo, televisores, computadores, rdios, mquinas de lavar roupa, geladeiras e freezer. A regio metropolitana de Belo Horizonte gera, atualmente, cerca de 19.700 t/ano (aproximadamente 29% da quantidade gerada no Estado). No Brasil, o valor estimado de 679 mil t/ano. O mesmo levantamento aponta a gerao per capita anual, para o perodo compreendido entre 2001 e 2030, de 3,4 kg/habitante para o Brasil, 3,3 kg/habitante para Minas Gerais e 3,7 kg/habitante para a regio metropolitana de Belo Horizonte, se considerados todos os equipamentos eletroeletrnicos anteriormente listados. A Tabela 1 apresenta esses dados de forma sintetizada.Tabela 1 GERAO DE REEE NO BRASIL, EM MINAS GERAIS E NA REGIO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

TodoS oS REEE PESquISadoS LocaL Gerao Atual 678.960 t/ano 68.633 t/ano 19.700 t/ano Per capita mdia 3,4 kg/hab 3,3 kg/hab 3,7 kg/hab Acumulado de 2001 a 2020 22,4 milhes de ton 2,2 milhes de ton 625 mil ton Gerao Atual 202.450 t/ano 21.240 t/ano 6.230 t/ano

TIcc Per capita mdia 1,0 kg/hab 1,0 kg/hab 1,1 kg/hab Acumulado de 2001 a 2020 6,6 milhes de ton 677 mil ton 194 mil ton

Brasil

Minas Gerais RMBH

Fonte: Empa/Feam, 2009

Resduos de Equipamentos Eltricos e Eletrnicos REEEs so equipamentos eltricos e eletrnicos obsoletos e submetidos ao descarte, incluindo todos os componentes, subconjuntos e materiais consumveis ne

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cessrios ao seu funcionamento. Assim, fios, cabos, mouse, impressoras, teclados, estabilizadores, entre outros, so considerados REEEs. Diretivas implementadas na Comunidade Europeia dividem esses resduos em 10 categorias, como demonstrados no Quadro 1.quadro 1 CATEGORIAS DEFINIDAS PARA REEE

N 1

caTEGoRIa Grandes eletrodomsticos

EXEMPLoS geladeiras mquinas de lavar roupa e loua foges micro-ondas aspiradores torradeiras facas eltricas secadores de cabelo computadores laptop impressoras telefones celular e fixo aparelhos de televiso aparelhos DVD vdeos lmpadas fluorescentes serras mquinas de costura ferramentas de cortar grama jogos de vdeo caa-nqueis equipamentos esportivos equipamentos de medicina nuclear, radioterapia, cardiologia, dilise termostatos detectores de fumo distribuidores automticos de dinheiro, bebidas, produtos slidos

2

Pequenos eletrodomsticos

3

Equipamentos de informtica e de telecomunicaes

4

Equipamentos de consumo

5 6

Equipamentos de iluminao Ferramentas eltricas e eletrnicas (com exceo de ferramentas industriais fixas de grandes dimenses) Brinquedos e equipamentos de esporte e lazer Aparelhos mdicos (com exceo de todos os produtos implantados e infectados) Instrumento de monitoramento e controle Distribuidores automticos

7

8

9 10

Fonte: Parlamento Europeu Directiva 2002/96/CE

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Em termos gerais, a composio dos materiais presentes nos REEEs caracteriza-se pela elevada presena de metais (ferrosos e no ferrosos), vidro e plstico. Resduos de televisores, computadores e monitores apresentam, em mdia, 49% em peso de metais, 33% em peso de plsticos, 12% em peso de tubos de raios catdicos e 6% de outros materiais. A Figura 1 mostra a composio bsica dos materiais usados na manufatura de refrigeradores, computadores e televisores.Figura 1 MATERIAIS BSICOS USADOS NA MANUFATURA DE EQUIPAMENTOS ELTRICOS E ELETRNICOS REFRIGERadoRES

coMPuTadoRES

TELEvISoRES

10

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No entanto, alm de serem constitudos de materiais que podem ser reciclados e de elevado valor comercial, possuem tambm substncias com caractersticas txicas. Mercrio, chumbo e cdmio so alguns dos metais pesados presentes nesses aparelhos. Quando os equipamentos eletroeletrnicos so descartados de forma incorreta, no lixo comum, essas substncias txicas so liberadas e penetram no solo, contaminando lenis freticos e, aos poucos, animais e seres humanos.quadro 2 SUBSTNCIAS TXICAS RELEVANTES UTILIZADAS NOS EEEs E SEUS EFEITOS SADE

SuBSTNcIa

uTILIZao soldagem de placas de circuitos impressos vidro dos tubos de raios catdicos solda e vidro das lmpadas eltricas e fluorescentes

PREJuZo aoS SERES vIvoS Danos nos sistemas nervoso central e perifrico dos seres humanos. Foram tambm observados efeitos no sistema endcrino. Alm disso, o chumbo pode ter efeitos negativos no sistema circulatrio e nos rins.

Chumbo

Mercrio

termostatos sensores rels e interruptores equipamentos mdicos transmisso de dados telecomunicaes e telefones celulares Estima-se que 22% do mercrio consumido anualmente seja utilizado em equipamentos eletroeletrnicos. placas de circuitos impressos resistncias de chip SMD semicondutores e detectores de infravermelhos

O mercrio inorgnico disperso na gua transformado em metilmercrio nos sedimentos depositados no fundo. O metilmercrio acumula-se facilmente nos organismos vivos e concentra-se, atravs da cadeia alimentar, nos seres humanos. O metilmercrio provoca efeitos crnicos e causa danos no crebro.

Cdmio

Efeitos irreversveis sade humana. Acumula-se no corpo humano, especialmente nos rins, podendo vir a deterior-los com o tempo.11

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SuBSTNcIa

uTILIZao Os tubos de raios catdicos mais antigos contm cdmio. Alm disso, o cdmio tem sido utilizado como estabilizador em PVC (Policloreto de Vinila).

PREJuZo aoS SERES vIvoS O cdmio absorvido por meio da respirao, mas tambm pode ser ingerido nos alimentos. Em caso de exposio prolongada, o cloreto de cdmio pode causar cncer e apresenta risco de efeitos cumulativos no ambiente devido a sua toxicidade aguda e crnica. So desreguladores endcrinos. Quando liberados no meio ambiente no se dissipam imediatamente e, por isso, podem persistir e acumular-se biologicamente na cadeia alimentar. Os potenciais efeitos desses materiais variam principalmente com as espcies e as quantidades absorvidas na corrente sangunea, a durao da exposio e a rota da exposio.

Cdmio

PBB (Bifenilas Polibromadas) e PBDE (ter Difenil Polibromados)

regulamentos incorporados em produtos eletrnicos, como forma de assegurar proteo contra inflamabilidade em placas de circuitos impressos componentes como conectores, coberturas de plstico e cabos em TVs eletrodomsticos de cozinha

Fonte: HORNER & GERTSAKIS, 2006

As substncias txicas esto, em sua maioria, presentes nos materiais de forma inerte, ou seja, a manipulao de peas sem danific-las no contamina o trabalhador e o meio ambiente. Ateno especial deve ser dada aos monitores de televiso, computadores, compressores de aparelhos de refrigerao e capacitores eletrolticos que, desmontados, liberam substncias que contaminam o meio ambiente. A diversidade da destinao dos equipamentos eltricos e eletrnicos ps-consumo est diretamente relacionada ao fator cultural, ao poder econmico e s legislaes especficas de cada pas. Em pases onde a legislao para REEEs j est implantada, o reso e a reciclagem so os destinos mais abrangentes. Porm, em pases onde no h polticas pblicas para esse resduo, o armazenamento e a doao so bastante praticados.12

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Em estudo elaborado por FRANCO (2008), foi constatado que o procedimento adotado pelos consumidores particulares em Belo Horizonte (MG) a doao, implicando o reso do aparelho por outra parte ou, simplesmente, na transferncia de responsabilidade, uma vez que esses equipamentos doados no estejam necessariamente funcionando. A Tabela 2 demonstra os resultados obtidos na pesquisa.Tabela 2 DESTINO DADO A EQUIPAMENTOS ELTRICOS E ELETRNICOS AO FINAL DE SUA PRIMEIRA VIDA TIL

Fonte: FRANCO, 2008

O reso, ou segunda vida, o termo usado quando o produto ou as peas que o compem so destinados a um novo usurio. Essa prtica comum quando se trata de aparelhos eletroeletrnicos, principalmente no que diz respeito aos computadores (ver estudo de caso). No entanto, o consumo de energia do aparelho deve ser sempre considerado. At o momento, no possvel quantificar os impactos ambientais dos REEEs nos depsitos de lixo, pois so locais que contm misturas de vrios tipos de resduos e a degradao do material pode ser retardada por13

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muitos anos, dependendo dos fatores como condies climticas e tecnologia de operaes no aterro. Em estudos realizados, constataram-se que as Placas de Circuito Impresso PCI devem ser classificadas como resduos perigosos e dispostas em locais adequados devido, principalmente, presena de chumbo e cdmio no lixiviado. Portanto, a reciclagem dos materiais presentes nos REEEs a opo mais vivel, por meio da RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL COMPARTILHADA em que produtores, importadores, poder pblico e consumidores so responsveis pela proteo do meio ambiente para as presentes e futuras geraes, conforme preconizado na Poltica Estadual de Resduos Slidos (Lei 18.031/09). Com aes de gerenciamento ambientalmente corretas desses resduos, pode-se agregar valor ao que, at ento, era considerado lixo.

1

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. Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos de Equipamentos Eltricos e Eletrnicos PGIREEE

A

Poltica Estadual de Resduos Slidos (Lei 18.031/09) define Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos Urbanos PGIRSU como sendo um documento no qual so estabelecidas as aes e diretrizes relativas aos aspectos ambientais, educacionais, econmicos, financeiros, administrativos, tcnicos, sociais e legais para todas as fases de gesto dos resduos slidos, desde a sua gerao at a destinao final (Minas Gerais, 2009). O Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos de Equipamentos Eltricos e Eletrnicos PGIREEE deve estar inserido no Plano de Gerenciamento Integrado de Coleta Seletiva PGICS que, por sua vez, integra o Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos Urbanos PGIRSU, conforme fluxograma abaixo:Figura 2 FLUXOGRAMA DO PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS

O PGIREEE dever descrever as aes referentes aos aspectos ambientais, educacionais, econmicos, financeiros, administrativos, tcnicos sociais e legais para todas as fases de gerenciamento dos REEEs. Para sua elaborao, so necessrias as seguintes etapas: diagnstico; proposies; consolidao; monitoramento.1

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Visando contnua melhoria, tais etapas devem se revisadas ao longo do processo como mostrado na Figura 3.Figura 3 DIAGRAMA DE MELHORIA CONTINUA DO PGIREEE

Fonte: Autores

.1. DiagnsticoDeve ser realizada a caracterizao do municpio, com dados como populao, clima, localizao, infraestrutura de transporte, atividades econmicas, ndice de emprego e renda, entre outros. Nessa etapa, o REEE deve ser quantificado e qualificado. Essas informaes so de grande importncia para subsidiar a implantao do sistema de logstica do PGIREEE. Deve-se, ainda, pesquisar quais legislaes esto em vigor nos nveis Federal e Estadual, para servir de modelo para a implementao de uma poltica municipal de gerenciamento dos REEs a partir da criao de uma legislao especfica. Caso exista ao de triagem dos resduos j implantada no municpio, deve-se verificar a possibilidade de incrementar a logstica de operao do sistema, visando sempre melhoria contnua do processo. Nos municpios que no possuem sistemas adequados, deve-se priorizar a constituio de consrcios intermunicipais.1

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importante ressaltar que os aspectos sociais tambm devem ser verificados, tendo em vista a incluso de pessoas em situao de vulnerabilidade social no processo de triagem dos equipamentos eletroeletrnicos. O primeiro passo a realizao de um cadastro dos catadores de materiais reciclveis no municpio e dos empreendedores que reciclam ou reaproveitam esse resduo, para viabilizar a criao de um banco de dados e mapeamento, que ser de importante utilidade na fase de proposies. O estudo de viabilidade e sustentabilidade econmica torna-se imprescindvel para a concretizao do plano, pois relata os recursos financeiros disponveis para a sua elaborao, seja por meio de fontes de financiamentos, parcerias pblico-privadas ou do prprio municpio. A possibilidade de gerao de renda por meio da comercializao dos produtos gerados a partir da triagem dos materiais presentes nos REEEs de grande importncia para autossustentabilidade dos processos de coleta e de reciclagem.

.2. Proposies a fase em que se incorpora o tratamento tcnico-operacional, social e gerencial realidade diagnosticada. Deve ser descrito como ser a forma de execuo dos servios; a estrutura operacional; os aspectos organizacionais e legais; a remunerao e custeio do sistema; o plano de reciclagem do resduo; o programa de educao e mobilizao social; o desenvolvimento de programas de implantao de segregao e de coleta seletiva no setor pblico e na sociedade civil, entre outros aspectos relevantes. Essa fase culminar em um Plano de Ao. Os equipamentos eltricos e eletrnicos so constitudos de uma variedade de materiais de elevado valor comercial que podem ser reciclados. Basicamente, esto agrupados em seis categorias:Ferro e ao: usados nos gabinetes e molduras. Metais no ferrosos: especialmente o cobre, usados nos cabos e o alumnio. Vidros: usados nas telas e mostradores. Plsticos: usados nos gabinetes, em revestimentos de cabo e em placas de circuito. Dispositivos eletrnicos: montados em circuito impresso. Outros: borracha, madeira, cermica etc.1

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Para que ocorra a devida separao desses materiais, os REEEs devem ser segregados do lixo comum, possibilitando a triagem. Primeiramente, o municpio deve fazer contato com as cooperativas/associaes de catadores de materiais reciclveis locais, cidados interessados, entre outros, para elaborao de Fruns Municipais, incentivando, assim, um amplo e diversificado debate para o tema, o que acarretar uma adequao do PGIREEE realidade do municpio. Posteriormente, deve ser feito o levantamento dos possveis compradores desses materiais (plstico, vidro, materiais ferrosos e no ferrosos etc.), bem como o destino a ser dado queles que no possuem valor de mercado. As questes de viabilidade econmica devem ser sempre consideradas. necessria a definio da estrutura de coleta e armazenamento. A criao dos ecopontos, locais de recebimento dos REEEs, o elo principal para o sucesso do PGIREEE. Portanto, a estrutura de coleta seletiva do municpio deve ser adaptada, devendo ser colocado um recipiente exclusivo para os REEEs nos locais onde a populao encaminha os reciclveis. Nas Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes URPVs e nos Locais de Entrega Voluntrio LEVs tambm devem ser colocados recipientes exclusivos. As associaes/cooperativas de catadores de materiais reciclveis e/ou as usinas de triagem da regio devem ser adaptadas e os colaboradores capacitados para o recebimento e para a desmontagem dos produtos coletados. Todas as aes devem priorizar a incluso de pessoas em situao de vulnerabilidade social. Programas de Educao Ambiental devem ser implementados em parceria com escolas, associaes de bairros, igrejas, comerciantes locais, empresas, entre outros, promovendo a informao e a conscientizao das pessoas para lidar com esse tipo de resduo. Palestras, panfletos, teatros, cursos de capacitao, instruindo sobre os impactos causados pela disposio final inadequada dos REEEs so formas efetivas de disseminao do conhecimento. Essas iniciativas contribuem para o fomento da cultura da coleta seletiva, levando a populao a separar o lixo de forma correta.

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Mediante os dados analisados e um efetivo Programa de Educao Ambiental e capacitao dos profissionais envolvidos, inicia-se o processo de coleta e triagem dos REEEs. Os equipamentos coletados devem, primeiramente, ser testados para verificar o funcionamento. Caso estejam em condies de uso, ou o conserto seja vivel economicamente, podem ser encaminhados para o reso. Posteriormente, deve-se promover a separao por tipos de aparelhos eletrnicos, possibilitando, assim, uma maior eficincia e reduo de tempo no processo de separao dos materiais. As etapas de reciclagem dos REEEs so similares para a maioria dos equipamentos e consistem em: Desmontagem: remoo das partes contendo substncias perigosas (CFCs, Hg, PCB etc.), das partes que contenham substncias de valor (cabos contendo cobre, ao, ferro e partes contendo metais preciosos). O risco ambiental nessa etapa a contaminao do solo por meio da estocagem imprpria dos REEEs ou vazamento de leos ou CFCs das partes removidas. Essa etapa feita no Centro de Triagem. Segregao de metais ferrosos, no ferrosos e plsticos: normalmente feita manualmente no Centro de Triagem. Reciclagem/recuperao dos materiais de valor: os materiais ferrosos, no ferrosos, plsticos e contendo metais preciosos so destinados a plantas especficas para recuperao. So encaminhados s empresas recicladoras. Tratamento/disposio de materiais e resduos perigosos: a frao do material no recuperado deve ser caracterizada para posterior disposio em aterros sanitrios ou aterros para resduos industriais, conforme legislao vigente. Para melhor compreenso do processo de desmanufatura, a figura abaixo apresenta um sistema de triagem dos materiais presentes em telefones celulares e pequenos eletrodomsticos, televisor e computador e refrigerador e ar condicionado.

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Figura ESQUEMA DE TRIAGEM DE MATERIAIS PRESENTES EM EEEs

Fonte: Franco, 2008

Embora os EEEs possuam um padro em sua construo e, at mesmo, nos seus circuitos eltricos e/ou eletrnicos em funo de sua finalidade, invivel a elaborao de uma metodologia que indique uma sequncia certa e precisa para desmont-los devido grande quantidade e variedade de modelos e marcas existentes no mercado.20

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As peas devem ser separadas de acordo com o tipo de material (plstico, vidro, metais, materiais no ferrosos, placas de circuito e monitores), agregando maior valor comercial ao material. Abaixo, apresenta-se uma unidade de desmontagem de REEEs.

Bancada para desmontagem de REEE

rea de descaracterizao

Peas desmontadas

Cortadeira manual

Pilhas separadas aguardando destinao final21

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As placas de circuito possuem um alto valor de mercado, por isso devem ser separadas criteriosamente.

Placas de circuito impresso

Os monitores de televiso e de computador no devem ser desmontados, ou seja, devem ser comercializados juntamente com a estrutura plstica. Essa atitude necessria, pois, quando desmontados, podem quebrar-se, tornando-se potencialmente txicos. Outro fator o mercado de reciclagem, que muitas vezes s aceita esse material completo. Peas como capacitores/reatores no devem ser desmontados, pois liberam substncias txicas. Eles devem ser separados e armazenados em tambores plsticos identificados e com tampa. As solues para seu gerenciamento devem ser buscadas no fabricante. A legislao brasileira determina o tratamento ou descarte controlado desses resduos (ABNT NBR 10004; MIC/MI/MME 0019/81 e SEMA STC/CRS-001/86).

Capacitores eletrolticos22

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Os compressores de equipamentos de refrigerao devem ser retirados dos aparelhos (geladeiras, freezers, ar condicionado) e destinados a locais especficos para remoo do leo e do gs de refrigerao (CFC; HCFC).

Compressor de geladeira

.3. ConsolidaoAs informaes geradas a partir do diagnstico do estudo de viabilidade, das proposies para operao e gerenciamento do sistema integrado, juntamente com as discusses nos fruns municipais, permitem ao municpio definir a melhor alternativa para a coleta, triagem e destinao final adequada dos REEEs. A implantao do PGIREEE nos municpios possibilita a melhoria da condio ambiental, incentiva o processo contnuo de educao ambiental para as futuras geraes, alm de possibilitar a gerao de trabalho e renda.

.. MonitoramentoO municpio, aps a implantao do PGIREEE, deve desenvolver um programa de monitoramento para avaliao dos resultados. Tal avaliao de grande importncia, pois, por meio dela, torna-se possvel identificar as etapas que necessitam de correes em busca da melhoria contnua do processo. O monitoramento deve avaliar todas as etapas, desde a educao ambiental at a destinao final, buscando sempre aumentar o nmero de colaboradores no PGIREEE, pois a maior adeso de geradores reflete diretamente na melhoria da condio ambiental. Os resultados encontrados a partir do monitoramento devem estar disponveis para os envolvidos e para a populao do municpio, concreti23

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zando o trabalho desenvolvido pela prefeitura e promovendo novas iniciativas. A implantao de atividades de monitoramento necessita de uma seleo prvia de indicadores, que ilustre, de forma simples, o funcionamento do PGIREEE. ..1 Possveis Indicadores nmero de fabricantes, importadores e comerciantes de equipamentos eltricos e eletrnicos no municpio; percentual de estabelecimentos inscritos para instalao de pontos de coleta dos REEEs; nmero de estabelecimentos recebedores dos REEEs; nmero de agentes envolvidos no programa de coleta dos resduos; percentual de gerao de emprego e renda; grau de conhecimento do programa pela populao; quantidade de resduos recebidos por dia, estimativa da quantidade de resduos que deixaram de ser encaminhados aos lixes. Definidos os indicadores, os dados podem ser coletados por tcnicos (manualmente), por meio de planilhas simples que podem ser adaptadas para cada situao, conforme quadro abaixo:quadro 3 EXEMPLO DE INDICADORES A SEREM MONITORADOS

ITEM

dEScRIo Nmero de estabelecimentos inscritos para o recebimento dos REEEs Nmero de pontos de coletas instalados Peso total do material coletado diariamente

uNIdadE

quaNTIdadE

INdIcadoRES

unidade

10

unidade

5

50% = estabelecimentos com instalao de pontos de coleta dos REEEs

toneladas

0,5

0,5 t/dia = quantidade de resduos que deixaram de ser encaminhados aos lixes

2

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ITEM

dEScRIo Nmero de catadores no depsito de lixo Nmero de catadores que migraram para coleta seletiva Pesquisa de opinio pblica sobre o programa

uNIdadE unidade

quaNTIdadE 4

INdIcadoRES

unidade

4

100% = gerao de emprego e renda

unidade

Amostra significativa (100 pessoas)

70% = da populao com conhecimento do programa

Alm de indicadores, de extrema importncia adotar procedimentos de monitoramento de ocorrncias, tambm de forma simples, por meio de planilhas, como sugerido no Quadro 4:quadro EXEMPLO DE REGISTRO DE OCORRNCIAS E AES A SEREM DESENVOLVIDAS

daTa

PoNTo dE coLETa Agncia bancria

ocoRRNcIa No havia material

aES Promover campanhas educativas Recolher, reparar e colocar uma substituta

Rodoviria

A caixa de coleta necessita de reparos

Escola

Necessidade de substituio da tampa do recipiente O recipiente coletor sofreu vandalismo

Substituir de imediato

Rua Jos Maria

Transferir para um local mais seguro2

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. Iniciativas de Gesto dos REEEs

F

oram identificadas iniciativas na gesto dos REEEs somente na questo de computadores e de telefones celulares que so apresentadas a seguir.

.1. Projeto Computadores para InclusoTem como objetivos apoiar e viabilizar iniciativas de promoo da incluso digital por meio da doao de equipamentos de informtica recondicionados a telecentros comunitrios, escolas, bibliotecas e outras aes consideradas de impacto estratgico, resultando na formao de uma rede nacional de recondicionamento de computadores. Para alcanar esses objetivos, so implantados Centros de Recondicionamento de Computadores CRCs, que so espaos fsicos adaptados para o processamento de equipamentos de informtica usados, de modo a deix-los em plenas condies de funcionamento. Nesses centros, jovens aprendem na prtica a testar, consertar, limpar, configurar e embalar as mquinas. Os computadores prontos so doados a telecentros, bibliotecas e escolas pblicas de todo o Pas. Os componentes no utilizados no processo de recondicionamento so reaproveitados de maneira criativa, transformando-se em objetos artsticos, bijuterias ou robs, entre outros. Os CRCs providenciam o descarte ambientalmente correto das partes e resduo no aproveitvel. Em Belo Horizonte, o CRC esta ligado ao Projeto BH Digital. CRC BH DIGITAL Empresa de Informtica e Informao do Municpio de Belo Horizonte Prodabel Prefeitura Municipal de Belo Horizonte Amas Associao Municipal de Assistncia Social Rua Jos Clemente Pereira, 440 bairro Ipiranga Belo Horizonte MG CEP: 31160-130 Telefones: (31) 3277.6259/6064 E-mail: [email protected]

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.2. Comit para Democratizao da Informtica CDI uma organizao no governamental, sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover a incluso digital visando incluso social. Foi fundado em 1995 por meio de uma campanha para arrecadao e reciclagem de computadores e da criao das Escolas de Informtica e Cidadania (EICs). Qualificao profissional, mais oportunidades de trabalho e preservao do meio ambiente so alguns dos benefcios proporcionados pela Fbrica da Cidadania, projeto do CDI Minas Gerais cuja primeira parceria foi com a Sociedade dos Usurios de Informtica e Telecomunicaes Sucesu/MG. Em um espao de 300 metros quadrados, no bairro Nova Granada, em Belo Horizonte, jovens de 16 a 24 anos so capacitados em montagem e manuteno de computadores, abrindo um leque de possibilidades de emprego e gerao de renda. Mais informaes podem ser obtidas no site www.cdi.org.br.

.3. Coleta de CelularesAs empresas fornecedoras de telefones celulares no Brasil possuem canais reversos estruturados para o retorno da bateria, do aparelho celular e seus acessrios, por meio das lojas de assistncia tcnica e pontos de venda. Quando coletados, so enviados para empresas recicladoras, a fim de ser efetuado o retorno do material ao ciclo produtivo, porm a divulgao para os usurios ainda deficiente. Para mais informaes, deve-se consultar o site da operadora.

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. Estudo de Caso Projeto 3RsPCs

O

Projeto 3RsPCs Resduos Eletroeletrnicos uma iniciativa do Governo de Minas Gerais por meio da Fundao Estadual do Meio Ambiente Feam, com o apoio do Centro Mineiro de Referncia em Resduos CMRR e do Servio Voluntrio de Assistncia Social Servas, que tem por objetivo buscar solues ambientalmente adequadas para os resduos de equipamentos eltricos e eletrnicos REEEs no Estado de Minas Gerais. As aes do Projeto 3RsPCs so apresentadas a seguir: Curso de Montagem, Manuteno e Recondicionamento de Computadores; Grupo de Trabalho (GT) proposta de regulamentao da gesto de REEE para o Brasil; Seminrio Internacional de Resduos Eletroeletrnicos realizado em agosto de 2009; Diagnstico da Gerao de Resduos Eletroeletrnicos no Estado de Minas Gerais lanado em junho de 2009; Projeto Piloto de Gesto de Resduos Eletroeletrnicos em parceria com catadores de materiais reciclveis. O estudo de caso apresentado nesta cartilha refere-se ao Curso de Montagem, Manuteno e Recondicionamento de Computadores. Os resduos de equipamentos eletroeletrnicos mais gerados so os de informtica, principalmente os computadores. Uma forma de reduzir a gerao desse resduo aumentar a sua vida til, ou seja, o seu tempo de utilizao. Isso possvel a partir do recondicionamento, que consiste em desmontar computadores descartados, testar seus componentes e montar mquinas a partir deles. Os computadores recondicionados podero ser, ento, doados ou comercializados a preos baixos, proporcionando uma ampliao da incluso digital. Para realizar o recondicionamento, so necessrios espao fsico, mobilirio e ferramental adequados, alm de uma equipe capacitada para desmontar os computadores e testar seus diversos componentes. possvel e recomendvel realizar esse trabalho no contexto da qualificao2

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de jovens, possibilitando-lhes a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. esse modelo que mostraremos aqui. As atividades devem ser desenvolvidas com o apoio de um instrutor e assistentes qualificados, que treinaro os alunos.

.1 Infraestruturaa) Instalaes fsicas O local deve estar em boas condies e permitir fcil limpeza, alm de boa insolao e ventilao. Recomenda-se piso liso, durvel e resistente a cargas pesadas, especialmente nas reas de armazenamento e nos corredores. Como os equipamentos geram calor, a rea de trabalho poder necessitar de sistemas de refrigerao. necessrio sistema eltrico potente, com mltiplas tomadas em cada posto de trabalho para servir aos computadores e ao teste de equipamentos. As instalaes devem ser adequadas ao manejo dos equipamentos com eficincia e sem riscos. b) Equipamentos e mobilirios O depsito dever dispor de estantes com estruturas de resistncia adequada ao peso dos equipamentos. Armrios de diferentes tamanhos sero destinados guarda de peas e ferramentas. O armazenamento deve ser seguro, particularmente no caso de componentes caros como processadores, memria, unidades de disco rgido e software. Unidades de disco que no tenham sido limpas exigem cuidados de segurana no seu armazenamento, porque contm informaes sigilosas dos doadores. De uma forma geral, as instalaes devem estar protegidas por algum sistema de segurana. As mesas ou a bancada de trabalho podem ser de diferentes formas e tamanhos. As aulas tericas podem ser dadas no mesmo local onde ocorre o recondicionamento dos computadores. c) Ferramental e utenslios Para uma turma de 20 alunos, so necessrios os seguintes ferramentais e utenslios:2

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FERRaMENTaL Chave phillips Chave phillips Chave de fenda Chave de fenda Alicate Alicate Alicate Trincha Trincha Ferro de solda Suporte para ferro de solda Solda para tubo Pina Pasta para solda Pasta para limpeza de computadores

qNT 20 20 20 20 10 10 4 20 20 4 4 2 20 2 5Kg

dEScRIao 3/16 x 4 imantada 1/8 x 3 imantada 1/8 x 4 imantada 3/16 x 5 imantada bico M cana C 6 is 1000v corte diag 6 IS CR. universal ref 8 CR 1/2 3/4 30 w 110 v SF-50 63/37 183 MS x 10 25gr reta fina 160mm 110g

c) Segurana As medidas de segurana e de proteo sade para as oficinas so bastante simples, porm importantes. Os maiores perigos so as descargas eltricas e queda de material. Para minimizar as descargas que possam danificar seriamente os equipamentos eletrnicos ou atingir as pessoas, podem ser utilizados tapetes de borracha em todos os postos de trabalho. A reparao de monitores dever ser realizada somente por tcnicos capacitados, considerando o risco de descargas de alta voltagem. Recomenda-se que toda a equipe de trabalho da oficina use botas de trabalho e que os gerentes cuidem do adequado armazenamento de materiais. recomendvel tambm que a equipe de trabalho utilize culos e mscaras de proteo e, para a movimentao de materiais, luvas de proteo.30

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.2. CaptaoNessa primeira etapa, necessrio realizar a captao de equipamentos de informtica considerados sucatas por quem os possui, para serem doados ao projeto e servirem de matria-prima.

.3. QualificaoDeve ser realizada por um tcnico com formao na rea de manuteno e montagem de computadores e um auxiliar com conhecimento na rea. As turmas devem ser de, no mximo, 20 alunos.

.. Recondicionamentoa) Recepo, triagem e teste O equipamento recebido e submetido avaliao preliminar, sendo separados os danificados ou que sejam considerados muito ultrapassados, para recondicionamento ou desmanche. Os recondicionveis ou que exijam somente adaptao recebem etiqueta de identificao. b) Recondicionamento, adaptao ou desmanche Os equipamentos destinados ao recondicionamento so submetidos reviso, limpeza e teste. No caso dos equipamentos encaminhados para recondicionamento, so instalados novos componentes da CPU. Em seguida, so submetidos limpeza de memrias e instalao de softwares. A CPU , ento, testada com teclado e monitor. Com relao aos monitores, sero testados e encaminhados para utilizao ou destinao ambientalmente adequada. c) Software Os computadores recondicionados devero ser dotados de softwares, que sero provenientes da doao do equipamento, parcerias ou softwares livres, para as seguintes funes: sistema operacional; automao de escritrio (planilha, editor de textos, apresentaes); utilitrios (compactador, antivrus, segurana e multimdia, compreendendo produo de imagens e desenhos, leitor e editor de vdeo, som e foto);31

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ferramentas de trabalho em grupo (calendrio, agenda e correio eletrnico). d) Empacotamento e entrega Essa fase contempla a limpeza e teste final de cada equipamento com o subsequente empacotamento, o qual dever atender aos requisitos do meio de transporte a ser utilizado, sendo aconselhvel emitir documentao do novo equipamento a fim de formalizar a doao entidade beneficiria.

.. DoaoOs computadores recondicionados podero ser destinados a escolas, bibliotecas e a outras instituies ou pessoas com dificuldades em adquirir computadores. Tal ao propicia ampliar a incluso digital.

.. Destinao Ambientalmente AdequadaPara a destinao ambientalmente adequada, necessrio localizar empresas recicladoras de cada tipo de resduo, como plsticos, metais e placas de circuito impresso. Esses materiais podem ser comercializados, gerando renda para o projeto. O maior problema na destinao, atualmente, o monitor. Existem empresas que possuem tecnologia para tratar esse resduo, mas geralmente cobram por esse servio. Sugere-se, ento, negociar parcerias. Outra soluo para os resduos destin-los a empresas que realizam essa gesto, sendo responsveis pela separao de todos os materiais, destinando-os para a reciclagem ou aterros Classe I (resduos perigosos). Nesse caso, possvel negociar uma compensao entre os resduos que tm valor comercial e os que representam custos. importante verificar se as empresas possuem licenas ambientais e outros documentos e situao legal regulamentados.

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Curso de Manuteno, Montagem e Recondicionamento de Computadores, no CMRR

.. InvestimentoO investimento para o projeto de recondicionamento de computadores pode variar de acordo com o nmero de alunos a serem capacitados e em funo da realidade de cada municpio. Recomenda-se a busca de parcerias com empresas, organizaes da sociedade civil, programas de aprendizagem, qualificao profissional e insero social de adolescentes e jovens, o que facilita a implementao do projeto.

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. Smbolos Usados na Identificao dos EEEsEste smbolo indica que o produto no pode ser tratado como lixo domstico. Ao ser descartado, dever ser entregue ao centro de coleta seletiva para a reciclagem das partes eltricas e demais componentes. Ao garantir o descarte adequado desse produto, voc estar contribuindo para a preservao do meio ambiente e para a sade pblica.

A sigla CE, em francs Conformit Europenne, representa a conformidade dos produtos com as diretrizes da Comunidade Europeia, permitindo que os produtos sejam comercializados em todo mercado europeu.

Este smbolo indica que o produto pode ser tratado como lixo domstico.

Este smbolo indica que o produto pode ser reciclado.

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. GlossrioCFC: sigla usada para clorofluorcarbono, substncia qumica usada como gs refrigerante e controlada pelo Protocolo de Montreal por ser destruidora da camada de oznio. Desmanufatura: descaracterizao de produtos eletro-eletrnicos e de informtica em geral por meio de seu desmonte e separao de peas. Distribuidor: qualquer pessoa que fornea comercialmente equipamentos eltricos ou eletrnicos aos consumidores particulares ou no particulares. Entidade gestora: centro de triagem de REEE, devidamente licenciado e gerido por meio das cooperativas de catadores de materiais reciclveis (CCMR) do municpio. Lixiviado ou chorume (lquido lixiviado ou percolado): lquido que se origina da degradao da matria orgnica e como produto da gua da chuva que, ao atravessar (percolar) a massa de resduos slidos, dissolve, extrai e transporta (lixiviao) os diferentes componentes slidos, lquidos e gasosos presentes nos resduos ali dispostos. Produtor: qualquer pessoa que, independente da tcnica de venda, incluindo a venda a distncia, proceda fabricao e venda de EEE sob marca prpria; proceda revenda, sob marca prpria, de equipamentos produzidos por outros fornecedores; proceda importao ou exportao de EEE. Protocolo de Montreal: tratado internacional em que pases signatrios se comprometem a substituir as substncias que destroem a camada de oznio localizada na estratosfera. PCBs: sigla usada para as bifenilas policloradas, lquido isolante conhecido genericamente como Ascarel, de largo emprego em transformadores e capacitores. No Brasil, sua utilizao e comercializao foram proibidas a partir de 1981. Possui caracterstica de bioacumulao em tecidos animais e vegetais.3

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Reciclagem: reprocessamento, na esfera de um processo de produo, dos materiais residuais como matria-prima secundria para produo do produto semelhante ao inicial ou outro. Tubo de raios catdicos ou CRT (cathode ray tube): tambm conhecido como cinescpio, usado em alguns monitores de computadores pessoais e televisores. Os principais elementos de um cinescpio so um painel de vidro (tela), uma mscara de sombra, um cone de vidro, um canho eletrnico, um cone metlico interno e uma bobina de deflexo.

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. Sugestes de ConsultaAMBIENTE BRASIL http://www.ambientebrasil.com.br APLICAN. Tecnologia Ambiental http://www.apliquim.com.br ASSOCIAO PORTUGUESA DE GESTO DE RESDUOS DE EQUIPAMENTOS ELCTRICOS E ELECTRNICOS (Amb3E) http://www.amb3e.pt> Centro Mineiro de Referncia em Resduos http://www.cmrr.mg.gov.br COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM (CEMPRE) http://www.cempre.org.br FEDERAO DAS INDSTRIAS DE MINAS GERAIS (FIEMG). Bolsa de reciclveis. http://residuosindustriais1.locaweb.com.br FUNDAOE ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE http://www.feam.br INTERAMERICAN. Gerenciamento ambiental http://www.interamerican.com.br MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE http://www.mma.gov.br ROMIC. Controle ambiental industrial http://www.romic.com.br

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10. RefernciasANDRADE, R. Caracterizao e classificao de placas de circuito impresso de computadores como resduos slidos. 2002. 125 f. Dissertao. (Mestrado em Engenharia Mecnica) - Faculdade de Engenharia Mecnica, Universidade de Campinas, Campinas, So Paulo, 2002. Disponvel em: . Acesso em: 20 set. 2009. BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Resoluo CONAMA n 257, de 30 de junho de 1999. Disponvel em: http://www.lei.adv. br/257-99.htm. Acesso em: 20 set. 2009. CROWE, M. et al. Waste from electrical and electronic equipment (WEEE): quantities, dangerous substances and treatment methods, Europe Environment Agency, 2003. DIAGNSTICO da gerao de resduos Eletroeletrnicos no Estado de Minas Gerais, Minas Gerais. Belo Horizonte, EMPA : FEAM, 2009. Disponvel em: . Acesso em: 20 set. 2009. EUROPEAN ENVIRONMENT AGENCY EEA. Dangerous Substances in Waste, Technical Report no. 38, Copenhagen; EEA; 2000. 50p. FRANCO, R.G. F. Protocolo de referncia para gerenciamento de resduos de equipamentos eltricos e eletrnicos domstico para o Municpio de Belo Horizonte. 2008. Dissertao. (Metrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hdricos) - Faculdade de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008. HISCHIER, R.; WAEGER, P GAUGLHOFER, J. Does WEEE recycling make .; sense from an environmental perspective?: the environmental impacts of the Swiss take-back and recycling systems for waste electrical and electronic equipment (WEEE). Environmental Impact Assessment Review, v. 25, p.525-539, Elsevier, 2005. HORNER, Dr.R.E; GERTSAKIS J. A Literature review on the environmental3

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COMPUTADORES PARA INCLUSO. Disponvel em: . Acesso em: 28 ago. 2009 Projeto 3RsPCs Resduos Eletroeletrnicos. FEAM Fundao Estadual do Meio Ambiente. Ministrio de Planejamento, Oramento e Gesto. Projeto Computadores para Incluso. Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao. 2006

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