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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO COLÉGIO UNIVERSITÁRIO – COLUN CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE DISCIPLINA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL PROF. RICARDO MONTELES ROOSEVELT FERREIRA ABRANTES

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Page 1: Trabalho   residuos eletronicos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

COLÉGIO UNIVERSITÁRIO – COLUN

CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL

PROF. RICARDO MONTELES

ROOSEVELT FERREIRA ABRANTES

SÃO LUÍS

2013

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ROOSEVELT FERREIRA ABRANTES

Resíduos Eletrônicos

Trabalho apresentado à disciplina de Educação Ambiental, do terceiro modulo, ministrada pelo Prof. Ricardo Monteles, para obtenção de nota.

SÃO LUÍS

2013

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INTRODUÇÃO

Dentre os inúmeros resíduos sólidos produzidos, há um tipo específico, que merece nossa atenção, são os resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, que ao fim de seu ciclo de vida, também denominados resíduos tecnológicos, geram impactos ao meio ambiente. Neste tocante o que seriam os equipamentos elétricos e eletrônicos: dentre eles estão os televisores, rádios, telefones celulares, eletrodomésticos portáteis, todos equipamentos de microinformática, vídeos, filmadoras, ferramentas elétricas, DVD’S, lâmpadas fluorescentes, brinquedos eletrônicos e milhares de outros produtos concebidos para facilitar a vida moderna e que atualmente são praticamente descartáveis uma vez que ficam tecnologicamente ultrapassados em prazos de tempo cada vez mais curtos ou então devido à inviabilidade econômica de conserto, em comparação com aparelhos novos.

Aos produtores interessa vender cada vez mais, seja através do atrativo de novas funções ou design moderno, pelo meio da flagrante redução do ciclo de vida desses produtos. No entanto o conserto dos mesmos também é dificultado através da não disponibilização pela indústria, de peças de reposição ou então quando é disponibilizado, seu custo é incompatível com a viabilidade econômica do reparo. Os metais neles empregados, em geral tóxicos, precisam em média de 500 anos para ser absorvidos pela natureza, diante do Código Civil de 2002 toda empresa tem uma função social e deve zelar pelo Meio Ambiente da melhor forma possível.

No Brasil, a questão da destinação de aparelhos elétricos começou a ser discutida só agora, com um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo que prevê que aos fabricantes, importadores e comerciantes que sejam responsáveis por recolher e destinar o final do lixo eletrônico. Porém, a iniciativa é válida, mas não resolve o problema, já que trata apenas de produtos magnetizados, os sistemas de rede e parques de telefonia ficaram de fora. Além disso, só podem ser fabricados micros verdes. Um dos maiores vencedores para amenizar o gás de efeito estufa serão os programas para a coleta de lixo eletrônico. É cada vez mais evidente nos dias de hoje a pratica das pessoas, em vez de concertarem seus eletrodomésticos, estão comprando novos e não se importando com as consequências que isso gera.

Não temos ideia do número de aparelhos obsoletos ou danificados, estocados nas residências, aguardando uma oportunidade de descarte adequada. Fica-se no dilema: será possível consertar, reciclar ou jogar no lixo comum? Com a inovação tecnológica e das organizações vê-se uma aumento na produção e, consequentemente, no consumo. Guidetti (2007) observa que fora após a Revolução Industrial que grandes avanços foram alcançados em um espaço curto de tempo, exigindo adequações no sentido de ampliar a potencialidade das descobertas tecnológicas e atender às demandas de diferentes origens, principalmente as de origem econômica, social e ambiental.

Isso porque a revolução tecnológica vivenciada de maneira rápida nos últimos cinquenta anos gerou a produção de equipamentos tecnológicos em larga escala. Em virtude disso, a preocupação está, nos muitos subprodutos eletrônicos, considerados perigosos, gerados, como emissões, efluentes e resíduos, que são dispensados no ambiente, provocando mudanças na qualidade ambiental e afetando a saúde de seres humanos, animais, plantas e ecossistemas.

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RESIDUOS ELETRONICOS

A pergunta que muitos estudiosos se fazem hoje em dia é a seguinte, o que fazer após o término da vida útil dos aparelhos eletrônicos? Quando falamos em lixo eletrônico, a primeira coisa que vem à mente são aqueles incômodos spams que ocupam espaço na caixa de email, trazendo vírus e corrompendo o seu computador. Porém, não é deste lixo que estamos nos referindo.

Os resíduos eletrônicos, também denominados de e-lixo (e-waste em inglês) são os vilões do momento. Eles nada mais são do que artigos eletrônicos que não podem mais ser reaproveitados, como computadores, celulares, notebook, câmeras digitais, MP3 player, entre outros. São considerados lixos eletrônicos também artigos elétricos de casa, como geladeiras, microondas e o que mais você usar em casa que, descartados, podem poluir o planeta.

Quando você troca seu equipamento eletroeletrônico, saiba que ele poderá prejudicar o meio ambiente. Estes equipamentos são produzidos com substâncias nocivas, e uma vez descartados de forma incorreta em locais pouco apropriados como lixões e perto de lençóis freáticos tornam-se problemas ainda maiores.

Os Números que impressionam, Para se ter uma ideia, os resíduos eletrônicos

já representam 5% de todo o lixo produzido pela humanidade. Isso quer dizer que 50

milhões de toneladas são jogadas fora todos os anos pela população do mundo.

Fonte: Basel Action Network (BAN) / Imagem: Resíduos eletrônicos despejados em zona periférica da Tailândia.

O Brasil produz 2,6Kg de lixo eletrônico por habitante, o equivalente a menos

de 1% da produção mundial de resíduos do mundo, porém, a indústria eletrônica

continua em expansão. Até 2012 espera-se que o número de computadores existentes

no país dobre e chegue a 100 milhões de unidades.

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Deste total, 40% se encontram na forma de eletrodomésticos. Aqui no Brasil

são fabricados por ano 10 milhões de computadores, e quase nada está sendo

reciclado. Apenas de celulares e as baterias que são fabricadas através de

componentes tóxicos, são 150 milhões.  

Entrarão no mercado anualmente mais 80 milhões de celulares, mas somente

2% serão descartados de forma correta. Os outros 98% serão simplesmente

guardados em casa ou despejados no lixo comum, criando ainda mais impacto

ambiental.

A rapidez na troca de equipamentos eletrônicos na vida moderna está cada

vez mais veloz, e as novidades que antes demoravam anos para chegar ao Brasil,

atualmente podem ser conhecidas em tempo real. Os lançamentos são mundiais e

cada vez mais há novos produtos sendo oferecidos no mercado.

O usuário médio de computadores nos Estados Unidos, por exemplo, troca

seus equipamentos eletrônicos a cada 18 a 24 meses. Isso quer dizer que o usuário

não mantém seu companheiro de escrivaninha por mais de dois anos. E com isso, dá-

lhe lixo nas lixeiras.

Além disso, muito dos materiais utilizados no computador devem ser retirados

da natureza, iniciando já na extração o impacto sobre o meio ambiente. Isso faz com

que cada vez mais seja necessário trabalhar com a reciclagem. Cada computador

utiliza materiais diversos que podem ser reciclados.

CONHECIMENTO TEÓRICO SOBRE A COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS ELETRONICOS E SEU FATOR GERADOR DE PROBLEMAS

Conhecer a composição do lixo é fundamental para aproveitá-lo melhor, determinar uma política para seu tratamento, aproveitamento ou sua destinação, por isso sua classificação é importante. O lixo pode ser classificado levando-se em consideração diversos fatores, como seu estado físico, sua origem, seu nível de periculosidade, entre outros. Quanto ao estado físico, o lixo pode ser classificado em: sólido, líquido, gasoso e pastoso.

No conceito de lixo tecnológico enquadram se os equipamentos de informática obsoletos, danificados e outros que contenham resíduos ou sobras de dispositivos eletroeletrônicos que são descartadas, fora de uso ou obsoletos, que possam ser reaproveitados ou ainda que contenha integrada em sua estrutura, elementos químicos nocivos ao meio ambiente e ao ser humano, mas passíveis de serem reciclados.

O lixo tecnológico é também conhecido como lixo eletrônico ou e-lixo. como dito anteriormente, eles são resíduos sólidos que não têm mais utilidade direta,

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considerados indesejáveis por seus geradores, o que não significa que devem ser descartados de qualquer forma ou que não serve mais para uso. Pois a incorreta destinação dada a este tipo de lixo pode causar sérios danos à natureza ou diretamente aos seres humanos.

Enquadram-se nessa definição os computadores, equipamentos de informática, pilhas, baterias de celulares, de filmadoras ou industriais, televisores e monitores, micro-ondas, máquinas fotográficas, lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos como rádios, aparelhos de som, DVD´s, celulares, mp3 players, entre outros.

Os equipamentos de informática obsoletos, danificados e outros que contenham resíduos ou sobras de dispositivos eletroeletrônicos que são descartadas, fora de uso ou obsoletos, que possam ser reaproveitados ou ainda que contenha integrada em sua estrutura, elementos químicos nocivos ao meio ambiente e ao ser humano, mas passíveis de serem reciclados.

Existe na sociedade atual a necessidade de consumir cada vez mais, incentivada pela cultura do ciclo de vida mais curto dos produtos. Com isso, poucas iniciativas para evitar a geração do lixo têm sido postas em prática. Ainda que existam tantas recomendações para a redução, muitos acreditam que ela seja inviável nas sociedades industrializadas, pois as populações querem e necessitam das coisas que compram, utilizam e jogam fora.

Nestas sociedades, pessoa tornou-se sinônimo de consumidor, é típica da nossa cultura de consumo a "aparição de novas necessidades, cuja criação não tem limites", ocasionando grande desperdício de matéria e energia e geração de resíduos.

[...] responsabilidade pós-consumo (ou responsabilidade pelo ciclo total do produto ou responsabilidade estendida do produtor) para impor também aos produtores fornecedores uma parcela de responsabilidade pela destinação adequada dos resíduos que diariamente são gerados nos lares e estabelecimentos brasileiros inclusive nos estabelecimentos de saúde. “DIAS, Jefferson Aparecido e FILHO, Ataliba Monteiro de Moraes”.

[...] Infelizmente ainda não temos a inquietação em atenuar a quantidade de resíduos em nossas moradas, e é justamente isso que é preciso fazer, e não somente preocuparmo-nos em reciclar, pois devemos tem em mente que é preciso diminuir a compra e dar um destino final mais adequado ao que adquirimos, e não somente se absorver a ideia em reciclar. “Ferreira Abrantes, Roosevelt 2013”.

“Os programas brasileiro de coleta de seletiva, e as estratégias educativas, divergem quando a educação da comunidade faz do objetivo do programa ou quando esta é vista apenas como meio para fazer as pessoas reciclarem seu lixo, também diferem quando o objetivo é reciclar, reduzir, reutilizar o evitar o desperdício, os programas que desconsideram os dois primeiros R´s enfocando só a reciclagem, a proposta costuma ser quanto mais resíduos para reciclar, melhor”. GRIMBERG, 1998.

Quando falamos que o nosso lixo tem que ser reciclado, vem a ideia de que devemos consumir mais para gerar mais lixo e isso não e verdade. Pois mesmo que os dejetos dos seres humanos sejam reaproveitado para gerar energia e etc. e preciso ter em mente que isso gera despesas para colocar esse lixo em condições que não prejudique o ecossistema.

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“Toda atividade humana ou animal gera resíduos que podem ser aproveitados para a manutenção da vida, a geração desses resíduos pode ser um problema quando forem dispersos em grandes quantidade e qualidade tal, que impeça o desenvolvimento harmônico dos seres vivos em dado ecossistema, este fator já vem preocupando os homens há milhares de anos, em funções das epidemias de doenças surgidas pela contaminação de águas”. CASTRO, João Marcos Adede y.

Os resíduos tecnológicos são compreendidos como os equipamentos elétricos e eletrônicos que chegaram ao fim de seu cilho de vida. Para uma maior compreensão, interessante apontar o que Rodrigues (2003, p. 1) considera como equipamentos elétricos e eletrônicos:

(...) “Os Televisores, rádios, telefones celulares, eletrodomésticos portáteis, todos os equipamentos de microinformática, vídeos, filmadoras, ferramentas elétricas, DVD’S, lâmpadas fluorescentes, brinquedos eletrônicos e milhares de outros produtos concebidos para facilitar a vida moderna e que atualmente são praticamente descartáveis uma vez que ficam tecnologicamente ultrapassados em prazos de tempo cada vez mais curtos ou então devido à inviabilidade econômica de conserto, em comparação com aparelhos novos”. Rodrigues (2003, p. 1)

Assim, em virtude do tipo de vida da população, que depende cada vez mais de aparelhos elétricos eletrônicos, fica cada vez mais evidente o crescimento do chamado lixo eletrônico, este que engloba vários tipos de dispositivos, sejam os eletrodomésticos de grande porte, ou peças pequenas como celulares e as contidas em computadores.

“O nome dado aos resíduos da rápida obsolescência de equipamentos eletrônicos, que incluem computadores e eletrodomésticos, entre outros dispositivos. Tais resíduos, descartados em lixões, constituem-se num sério risco para o meio ambiente, pois possuem em sua composição metais pesados altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo. Em contato com o solo estes metais contaminam o lençol freático e, se queimados, poluem o ar além de prejudicar a saúde dos catadores que sobrevivem da venda de materiais coletados em lixões”. Guerin (2008, p. 1).

OS RESIDUOS ELETRONICOS E OS COMPONENTES FISICO-QUIMICOS DOS COMPUTADORES

Um computador mediano é feito de elementos básicos, conhecidos de todos,

como plásticos e metais, mas também de componentes extremamente danosos à

saúde, como chumbo, cádmio, belírio, mercúrio, etc.

O mercúrio, muito utilizado em computadores, monitores e TVs de tela plana,

pode causar danos cerebrais e ao fígado. Já o chumbo, o componente mais usado em

computadores, além de televisores e celulares pode causar náuseas, perda de

coordenação e memória. Em casos mais graves, pode levar ao coma e,

consequentemente, à morte.

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A lista não para por aí. Até produtos utilizados apenas para a prevenção de incêndios pelo computador, como o BRT, pode causar disfunções hormonais, reprodutivas e nervosas.

A partir do momento em que estes elementos tóxicos são enviados para lixões e contaminam tanto o solo como a água, todos aqueles que se utilizam dessas fontes será contaminado pelos detritos.

Fonte: Basel Action Network (BAN) / Imagem: Tabela de partes constituintes de um computador e ao lado a representação de um computador que possuem sistemas eletrônicos modernos e avançados de ultima geração.

Não existe um computador sem produtos nocivos à saúde e somente o

processo de retirada dos produtos da natureza já atinge o meio ambiente, seja por

causa do transporte, do uso de água para a fabricação de componentes, etc.

Portanto, se a reciclagem prevenir qualquer uma das etapas da fabricação ou a

contaminação do solo e da água, já é um ganho para a natureza.

O DESAFIO DE CONSTRUÇÃO DE UM PC VERDE PARA USO COTIDIANO

A Apple anunciou em março deste ano uma nova geração de computadores

iMac e Mac Mini. Segundo a empresa, as novidades teriam sido desenvolvidas tendo o

meio ambiente como foco.

Os computadores “verdes” seguiriam os padrões de baixo consumo e energia,

além de matéria-prima sem alguns componentes nocivos à saúde. De acordo com a

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Apple, estes novos eletrônicos se valem de materiais que podem ser facilmente

reciclados.

O Greenpeace, uma ONG que lida com questões ambientais, criou um ranking

contendo vários pré-requisitos para as empresas serem consideradas “verdes”, ou

seja, empresas que adotam medidas para a preservação do meio ambiente em sua

linha de produção, venda e reciclagem.

A Apple está em uma posição ruim (de zero a 10, tem a pontuação de 4,8),

porém pode melhorar se mantiver como foco produtos que não agridem tanto a

natureza. O último colocado é a Nintendo, com uma média de um ponto, e o primeiro

colocado é a empresa Nokia, com quase oito pontos.

SOBRE A CONVENÇÃO DE BASILÉIA

A Convenção de Basiléia (The Basel Convention on the Control of Transboundary Movements of Hazardous Wastes and their Disposal) é um tratado

internacional firmado em 1989, com um nome para lá de bonito, que tem como

objetivo fiscalizar o tráfico de lixo eletrônico no mundo.

O transporte de lixo é uma preocupação desde os anos 80, quando se teve o

grande estouro dos eletroeletrônicos, e o envio para países em desenvolvimento de

peças que não podiam mais ser utilizadas alcançou níveis preocupantes (porém nada

comparado com o problema atual).

Fonte: Basel Action Network (BAN) / Imagem: Mapa gráfico que mostra a corrente de discussão sobre a Convenção de Basiléia.

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Este lixo é enviado principalmente para os países asiáticos, e acaba sendo

reciclado por uma mão-de-obra barata e pouco especializada. A Basel Action Network

(BAN), uma organização sem fins lucrativos que também fiscaliza o fluxo de lixo tóxico

no mundo dispõe em seu website de fotografias da cidade com o maior número de

estações de reciclagem: em Guiyu, China, em março de 2009, dezembro de 2001 e

em Laos, na Nigéria.

A ONG e-Waste também disponibiliza imagens sobre o lixo eletrônico, com

fotografias de vários países, inclusive do Brasil. Através dessas imagens é possível

observar o tamanho do problema da reciclagem de materiais eletroeletrônicos e como

a má disposição dos mesmos pode prejudicar o meio ambiente.

Se quiser saber mais sobre o tratado, o Programa Ambiental das Nações

Unidas preparou um relatório (em inglês) com os gráficos e discussão sobre a

Convenção de Basiléia.

ONDE RECICLAR RESIDUOS ELETRONICOS

Existem várias empresas que lidam com a reciclagem destes materiais, ou é

possível fazer doações para organizações que trabalham com a inclusão digital. Para

celulares, procure sempre as revendedoras de sua operadora, para que as baterias

possam ser devolvidas às empresas fabricantes, sendo despejadas em locais seguros.

Para pilhas, procure os locais de coleta seletiva da sua cidade, e não as jogue no lixo

comum.

Os eletrodomésticos podem ser doados para pessoas carentes ou locais em

que as peças possam ser reutilizadas para arrumar outros aparelhos com defeito. É

preciso ter em mente que muitas pessoas podem precisar daquilo que para nós é

considerado obsoleto.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) lista as principais empresas de informática e celulares, e onde os aparelhos das marcas determinadas podem ser descartados.

A ONG Lixo Eletrônico também dá aos usuários uma lista de locais onde pode ser feita a doação de artigos para a reciclagem dos resíduos eletrônicos. Para doar seu computador para que ele faça parte de programas de inclusão digital, você pode procurar a CDI. Para isso é necessário que o seu PC tenha alguns requisitos básicos, para que possa ser reutilizado por crianças e comunidades carentes.

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Fonte: Basel Action Network (BAN) / Imagem: Pilhas separadas para destinação final.

Uma dica para reciclar seu computador da melhor forma possível, caso não

haja condições do mesmo ser reutilizado é dividir e desmontar o PC. Através disso

você poderá separar os componentes de metal e plástico, fazendo com que ambos

tenham um destino correto.

O que acontece é que as empresas de reciclagem normalmente são

especializadas, ou seja, só reciclam plásticos ou metais, não os dois juntos. Sendo

assim, separar se torna uma boa alternativa para aproveitar o máximo do seu

computador velho de guerra.

SOBRE A LEGISLAÇÃO DE RESÍDUOS ELETRÔNICOS E OS PRINCIPAIS PAÍSES DO MUNDO QUE ESTÃO SOBRE ESTE REGIMENTO.

Em função da complexidade do problema da contaminação e do aumento considerável da produção, consumo e consequente descarte de eletroeletrônicos, foi necessária a elaboração de leis específicas, atualmente em vigor em diversas partes do mundo.

NO BRASIL No dia 5 de Agosto de 2010 foi aprovada a Lei Federal nº 12.305 referente à Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil, que obriga a dar-se destinação adequada para os resíduos eletroeletrônicos.

No Estado de São Paulo foi promulgada em julho de 2009 a Lei Estadual 13.576 que institui normas e procedimentos para a reciclagem, gerenciamento e destinação final de lixo tecnológico. A lei não foi aprovada na sua totalidade, pois

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algumas cláusulas poderiam criar empecilhos para as empresas, que acabariam migrando para outros estados do país.

Agora é preciso acompanhar e conferir se a lei irá funcionar ou não, e utilizá-la como modelo para uma lei federal, que ainda não existe. Através de uma lei que abrangesse todo o país, as empresas teriam que se responsabilizar pelos seus produtos durante toda a vida útil do aparelho.

Com isso, o usuário teria ainda mais pontos de coleta de equipamentos, poderia cobrar por melhores serviços e a reciclagem ficaria garantida, tornando em longo prazo o produto mais barato para o consumidor final.

No Brasil, a Universidade de São Paulo (USP) lançou neste ano o primeiro centro de reciclagem focado apenas no lixo eletrônico. A princípio serão reciclados apenas equipamentos da própria universidade, mas em longo prazo o objetivo é abrir o centro para toda a população. O custo inicial é alto, porém pode ser recuperado ao se reciclar uma média de 500 computadores por mês.

Fonte: Basel Action Network (BAN) / Imagem: Descarte irresponsável de resíduos eletrônicos em ambiente natural.

Este número de computadores por mês não é Tão elevado, tendo em vista que

o Brasil baterá recordes de venda e produção de eletroeletrônicos, e cada item

comprado será o substituto de outro, mais obsoleto.

NA UNIÃO EUROPEIA Em Janeiro de 2003 entrou em vigor a diretiva 2002/95/CE da União Europeia que regulamenta o tratamento de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, obrigando (entre outros) os fabricantes a se responsabilizar por todos os eletrônicos produzidos. Em vigor está também a diretiva  Diretctiva 2002/95/CE (RoHS) que restringe o uso de determinadas substâncias perigosas em equipamentos elétricos e eletrônicos.

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A União Européia, cansada de esperar por medidas mundiais para a prevenção e reciclagem do lixo eletrônico, já começa a aprovar leis que seguem a Convenção de Basiléia e proíbe os casos de exportação de lixo perigoso para países em desenvolvimento. A União Europeia ainda prepara regras que incluem a responsabilização das empresas pelo ciclo todo de seu produto.

Com isso, empresas que vendem produtos para os 25 países participantes da União Européia lidarão com o lixo através de medidas privadas, e serão responsabilizadas caso o acordo não seja cumprido.

NOS ESTADOS UNIDOS A legislação norte-americana não prevê uma regulamentação nacional, mas sim, soluções em nível estadual. Até 2012, apenas 24 estados haviam criado suas legislações específicas. Por serem signatários, com ressalvas, da Convenção da Basiléia que bane a exportação de lixo eletrônico, os EUA descartam parte substancial (entre 50 e 80% ) do seu REEE para países como China e Índia, além de diversos países africanos, onde a ausência de legislação adequada permite a ocorrência de contaminação das pessoas e do meio-ambiente.

Nos Estados Unidos, a briga sobre a reciclagem de material tem como base os custos para se adaptar à reciclagem, que demandaria mais dinheiro e não seria viável. Os EUA, inclusive, foram os únicos a não ratificar a Convenção de Basiléia. Porém, acabaram tornando-se voto vencido, e terão que se adaptar às regras para o envio de lixo eletrônico a outros países para “reciclagem”.

NA ÁFRICA A África do Sul possui uma iniciativa de âmbito nacional, relacionada com a reciclagem dos REEE. Na maioria dos outros países africanos não existe legislação específica e, na verdade, parte deles ainda sofre com o envio de REEE vindos da EU e dos EUA, apesar das restrições.

NA OCEANIA A Austrália e a Nova Zelândia possuem uma legislação recém aprovada, e estão iniciando em 2012, a implantação de processos de reciclagem de REEE.

OS PROBLEMAS DAS SUBSTANCIAS TOXICAS CAUSADAS PELOS RESIDUOS ELETRONICOS

Os REEE, se descartados de forma inadequada, constituem-se em um sério risco para o meio ambiente, pois possuem em sua composição metais pesados altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo, além de outros compostos químicos como os BFRs (Brominated Flame Retardants). Em contato com o solo, os metais pesados contaminam o lençol freático; se queimados, os BFRs liberam toxinas perigosas. Portanto, a manipulação e processamento dos REEE, de forma incorreta e desprotegida, contamina os seres humanos que executam estas tarefas e o meio ambiente à sua volta.

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SOBRE AS SUBSTÂNCIAS NOCIVAS E SEUS EFEITOS

Os principais contaminantes presentes nos eletroeletrônicos são:

ARSÊNICO

O Arsênico é um elemento metálico venenoso que se apresenta como pó ou em forma de substâncias solúveis. A exposição crônica ao Arsênico pode provocar várias doenças de pele e diminuir a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos. A exposição continuada ao arsênico pode também causar câncer de pulmão e, muitas vezes, ser fatal.

BÁRIO O Bário é um elemento metálico que é usado em velas de ignição, lâmpadas fluorescentes e "getters" em tubos à vácuo. Sendo altamente instável na forma pura, ela forma óxidos venenosos quando em contacto com o ar. Curta exposição ao bário pode levar a edema cerebral, fraqueza muscular, danos ao coração, fígado e baço. Estudos em animais revelam aumento da pressão arterial e alterações no coração no caso da ingestão de Bário durante um longo período. Os efeitos a longo prazo da exposição crônica ao bário em seres humanos ainda não são conhecidos devido à falta de dados sobre seus efeitos.

BERÍLIO O Berílio foi recentemente classificado como carcinógeno humano, porque a exposição a ele pode causar câncer de pulmão. A preocupação primária de saúde é quanto à inalação de poeiras de Berílio, fumaça ou névoa. Os trabalhadores que estão constantemente expostos ao Berílio, mesmo em pequenas quantidades, e que se tornam sensíveis a ele, podem desenvolver o que é conhecido como doença crônica Berílio (beryllicosis), uma doença que afeta principalmente os pulmões. A exposição ao Berílio também provoca uma doença de pele que é caracterizada por problemas de cicatrização de feridas e surgimento de verrugas. Estudos têm demonstrado que as pessoas podem continuar a desenvolver doenças provocadas pelo Berílio, mesmo muitos anos após a última exposição.

RETARDANTES DE CHAMA BROMADOS (BFR) Os 3 tipos principais de retardantes utilizados em aparelhos eletroeletrônicos são o Polibromobifenilo (PBB), o Éter difenil polibromado (PBDE) e o Tetrabromobisfenol - A (TBBPA). Retardantes de chama fazem materiais, especialmente plásticos e têxteis, mais resistentes ao fogo. Eles são encontrados em forma de pó e no ar através da migração e da evaporação a partir de plásticos. A combustão de materiais halogenados e placas de circuito impresso, mesmo a temperaturas baixas, libera as emissões tóxicas, incluindo as dioxinas, que pode levar a graves distúrbios hormonais. Grandes fabricantes de produtos eletrônicos já começaram a eliminar gradualmente retardadores de chama bromados por causa de sua toxicidade.

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CÁDMIO Compostos de Cádmio podem ter graves impactos sobre os rins. O Cádmio é adsorvido pela respiração, mas também com os alimentos. Devido à longa meia-vida no corpo, o Cádmio, pode facilmente se acumular em quantidades que causam sintomas de envenenamento. O Cádmio apresenta um risco de efeitos cumulativos no ambiente devido à sua toxicidade aguda e crônica. A exposição aguda à fumaça de Cádmio provoca sintomas de fraqueza, febre, dor de cabeça, calafrios, sudorese e dor muscular. Os riscos primários à saúde pela exposição a longo prazo são câncer de pulmão e nos rins. O Cádmio também pode causar também enfisema pulmonar e doença óssea (osteomalacia e osteoporose).

CFCS (CLOROFLUORCARBONOS) Clorofluorocarbonetos são compostos de carbono, flúor, cloro, e, por vezes hidrogênio. Usado principalmente em unidades de refrigeração e espuma de isolamento, atualmente não são mais utilizados pois quando liberado na atmosfera, se acumulam na estratosfera e têm um efeito nocivo na camada de ozônio, provocando aumento da incidência de câncer de pele em seres humanos e em danos genéticos em muitos organismos.

CROMO Cromo e seus óxidos são amplamente utilizados devido à sua condutividade elevada e propriedades anti corrosivas. Enquanto algumas formas de Cromo não são tóxicas, outras como a de Cromo (VI) conhecida com Hexavalente, é facilmente absorvido pelo corpo humano e pode produzir vários efeitos tóxicos no interior das células. A maior parte dos compostos de Cromo (VI) são irritantes aos olhos, pele e mucosas. A exposição crônica aos compostos de Cromo (VI) pode causar danos permanentes aos olhos, se não for devidamente tratada. O Cromo VI pode também causar danos ao DNA.

DIOXINAS As Dioxinas e os Furanos são uma família de produtos químicos que compreendem 75 diferentes tipos de compostos tipo Dioxinas e 135 compostos relacionados com os Furanos. Dioxina é o nome genérico da família de compostos compreendendo dibenzo-p-dioxinas (PCDD) e dibenzofuranos policlorados (PCDFs). Dioxinas nunca foram intencionalmente fabricadas, mas se formam como subprodutos indesejáveis durante a fabricação de substâncias como alguns pesticidas, bem como durante a combustão. As Dioxinas são conhecidas por serem altamente tóxicas para animais e seres humanos pois se acumulam no corpo e podem levar a malformações do feto, diminuição da fecundidade e das taxas de crescimento, além de causar doenças no sistema imunológico, entre outras coisas. A Dioxina mais conhecido e mais tóxica é a 2,3,7,8-tetracloro-p-dioxina (TCDD).

CHUMBO O Chumbo é o metal mais amplamente utilizado nas indústrias, após ferro, alumínio, cobre e zinco. É comumente empregado na indústria elétroeletrônica em soldas, baterias de Chumbo-ácido, componentes eletrônicos, revestimento de cabos,

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no funil dos CRTs, etc. A curta exposição a níveis elevados de Chumbo pode causar vômitos, diarréias, convulsões, coma ou até mesmo a morte. Outros sintomas são perda de apetite, dor abdominal, constipação, fadiga, insônia, irritabilidade e dor de cabeça. Exposição excessiva contínuada, como em um ambiente industrial, pode afetar os rins. É particularmente perigoso para crianças pequenas, pois podem danificar conexões nervosas e causar distúrbios cerebrais.

MERCÚRIO O Mercúrio é um dos metais mais tóxicos que ainda é amplamente utilizado na produção de equipamentos eletroeletrônicos. É um metal pesado tóxico que se acumula no organismo causando danos cerebrais e no fígado, se ingerido ou inalado. O mercúrio aparece altamente concentrado em algumas baterias, interruptores, termostatos e lâmpadas fluorescentes.

BIFENILOS POLICLORADOS (PCB)

Os Bifenil policlorados (PCBs) são uma classe de compostos orgânicos usados em uma variedade de aplicações, incluindo fluidos dielétricos para capacitores e transformadores, fluidos de transferência de calor e como aditivos em adesivos e plásticos. Os PCBs provocam câncer em animais e também foi comprovado causar um certo número de doenças não-cancerosas em animais, incluindo disfunções no sistema imunológico, sistema reprodutor, sistema nervoso, sistema endócrino e outros efeitos à saúde. Os PCBs são contaminantes persistentes no meio ambiente; devido à solubilidade lipídica elevada e a baixa taxa de metabolismo destes produtos químicos, eles se acumulam nos tecidos ricos em gordura de quase todos os organismos (bioacumulação). A utilização de PCB está proibida nos países da OCDE, no entanto, devido à sua ampla utilização no passado, ele ainda pode ser encontrado em REEE, bem como em alguns outros resíduos.

CLORETO DE POLIVINILA (PVC) Cloreto de polivinila (PVC) é o plástico mais utilizado em eletrônica e em aparelhos, utensílios domésticos, tubos, entre outros. O PVC é perigoso porque contém até 56% de Cloro que quando queimado, produz grandes quantidades do gás cloreto de hidrogênio, que combinado com a água forma ácido clorídrico e é perigoso porque quando inalado, leva a problemas respiratórios.

SELÊNIO A exposição a altas concentrações de compostos de Selênio causa selenosis. Os principais sinais dessa doença são a perda de cabelo, fragilidade das unhas, e alterações neurológicas (como dormência e outras sensações estranhas nas extremidades dos membros).

GERENCIAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS

Para se alcançar um gerenciamento dos resíduos e atingir um nível de reciclagem respeitável e aceitável, é preciso primeiramente conter os problemas de

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contaminação previamente descritos, são necessárias regulamentações e procedimentos que garantam a segurança tanto dos trabalhadores envolvidos na reciclagem como das pessoas e do meio-ambiente. Isto se chama gestão de gerenciamento e reciclagem de REEE.

Para realizar a gestão e reciclagem dos REEE divide-se o processo em etapas chamadas de coleta, desmontagem, pré-processamento e processamento. A coleta consiste em receber os REEE, seja através de sistemas que recolhem nas casas dos consumidores, seja através de iniciativas de mutirão de coleta. Há ainda o sistema de ecopontos. Depois de coletados, os REEE passam por um processo de manufatura reversa, onde são desmontados e cada material é classificado. As substâncias tóxicas devem ser neutralizadas, utilizando-se diversos processos físico-químicos.

Os matérias que podem ser transformados em matérias-primas são encaminhados para esse fim. Estão incluídos plásticos, ferro, alumínio, fios e cabos, entre outros. Algumas frações como monitores tipo CRT, alguns tipos de baterias, lâmpadas de mercúrio podem apresentar dificuldades ou custos elevados para serem descontaminados. Nesse caso, estes subprodutos devem sofrer disposição adequada.

Os meios alternativos para diminuir o impacto ambiental desse cenário estão sendo estudados e alguns postos em prática, como no caso da coleta seletiva, que é a separação dos materiais passiveis de serem reciclados.

A tecnologia trouxe consigo transformações físicas e químicas profundas nos recursos naturais, como forma de aperfeiçoar a produção, o que vem tornando esses produtos cada vez menos biodegradáveis e em muitos casos com alterações químicas irreversíveis, agravando gradativamente a absorção do mesmo pelo meio ambiente.

Com a expansão ainda maior da industrialização como forma de atender a essa nova demanda, gerando consequentemente mais lixo e o não tratamento dele degradará ainda mais a natureza e reduzira em níveis muito preocupantes com qualidade de vida em nosso planeta.

O país está em constante crescimento e a sociedade em grande consumo industrial e em regra geral quanto mais for potente a economia mundial, mais resíduos provavelmente irá produzir e a qualquer modo, a trajetória do lixo vem sendo construída ao longo da história tecnológica do planeta.

Descrever resíduos tecnológicos em sua destinação final é encarado como sendo algo sem utilidade resto definitivamente sem valor para muitos, portanto algo muito rentável, cheio de possibilidades positivas. E quem sabe no futuro próximo, alvo de disputa entre empresas e seus interesses diversos. De fato, o lixo já é uma grande preocupação social, assunto recorrente em congressos nacionais e internacionais ligados ao meio ambiente e alvo de produção legislativa e sistema de produção imediatista, que visa apenas o lucro.

As indústrias investem muito em recursos no desenvolvimento de novas tecnologias produzindo uma imensa quantidade de lançamentos, que logo também se tornarão inutilizáveis para determinados consumidores, uma espécie de circulo vicioso, empresa acaba de lançar um produto e já esta em desenvolvimento o próximo lançamento que o substituirá no mercado.

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A destinação inadequada ao final do consumo de um determinado produto por não ter uma legislação específica são descartados em lixo comum oferecendo sérios riscos a população, meio ambiente e aos recursos naturais em geral.

Os fabricantes, importadores, distribuidores, e vendedores estão sendo obrigados por uma nova lei a recolher as embalagens após o uso dos eletrônicos usados pelo consumidor final, além dos produtos eletroeletrônicos e seus componentes, deverão retornar para as empresas, que darão a destinação ambiental adequada.

A destinação final ambientalmente adequada seria uma reciclagem, recuperação e reaproveitamento energético controle das importações ilegais e uma regulamentação mais abrangente dos termos mundiais dos resíduos eletrônicos além de outras destinações admitidas pelos órgãos competentes.

A partir dos estudos bibliográficos foi possível verificar o impacto que o lixo eletrônico causa no meio ambiente e a falta de percepção deste problema por parte dos responsáveis pela geração dos mesmos.

Os problemas ambientais causados pelo descarte inapropriado de resíduos eletrônicos são extremamente graves, visto seu potencial de contaminação do lençol freático e meio ambiente. Os danos causados podem ou não serem permanentes, porem é necessário ressaltar que a sua intensidade em volume vem crescendo proporcionalmente a quantidade de material descartado, iniciar um processo de coleta e reaproveitamento de seus produtos, colocando pontos de coleta em locais determinados. Depois disso, esse material é aproveitado, reciclado e destinado adequadamente.

Quanto às empresas de manutenção de computadores pesquisadas, foi observado que estas não possuem nenhum tipo de tratamento especifico para os resíduos eletrônicos que produzem e muitas vezes acumulados em depósitos com nenhuma utilidade, apenas são reaproveitados os componentes que ainda possuem vida útil e peças de autovalor. Os elementos danificados ou inaproveitáveis são descartados de maneira imprópria como lixo domiciliar em lixões mais próximos.

Alguns empresários se mostram preocupado e tenta buscar maneiras de gerenciar estes resíduos através da compra futura de equipamentos que possam ao menos separar e triturar materiais plásticos e metais que possam ser aproveitados por outras empresas recicladoras.

Como dentro da própria empresa é impossível realizar uma reciclagem destes componentes, sugere-se que ao menos seja feita a sua separação através de critérios como toxicidade, composição física, utilidade, dentre outros. Finalmente enviá-los a empresas que possam realizar a reciclagem de maneira correta e segura, sem prejudicar o meio ambiente e a humanidade.

UMA RÁPIDA REFLEXÃO SOBRE O PROBLEMA GERADO PELOS RESIDUOS ELETRONICOS

Observar por meio da abordagem dos impactos gerados pela evolução tecnológica, o lixo eletrônico, em demasiada quantidade, originado pela rápida evolução técnico cientifica de nossa geração, produz impactos, que estão causando e

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podem vir a causar danos irreversíveis a meio ambiente. Para demonstrar a dimensão do risco que a sociedade está enfrentando e irá enfrentar, observa-se os resultados que as sobra de peças e o seu descarte em depósitos inadequados contribuem para que elementos tóxicos encontrados nos REEE´s, contaminem o ambiente natural, estes que são lançados diretamente em aterros sanitários ou em lugares inapropriados, onde as formas de reciclagem são as mais rudimentares, acarreta tanto a contaminação dos recursos hídricos e dos solos, quanto a contaminação do ar, quando estes são enterrados ou incinerados,

Atualmente em todo a planeta com a falta de um tratamento específico para esses detritos, opta-se por depositar os resíduos próximos a rios, ruas, entre outros, gerando, consequentemente, impactos no ar, na água e no solo, já que não existe espaço nos núcleos urbanos para tal finalidade.

Os problemas gerados para o meio ambiente, especialmente no que se refere aos computadores, já começam desde sua produção, com o beneficiamento do silício, continuam durante o uso e terminam no descarte inapropriado do equipamento, que, muitas vezes, acontece quanto o equipamento ainda possui condições de uso.

O silício, segunda substância mais comum na terra, perdendo apenas para o oxigênio, é um semicondutor natural bastante utilizado na indústria eletrônica, tanto na construção de placas e circuitos como na de “chips”. A sua industrialização é muito poluente, pois se estima que no beneficiamento de um quilo desse material são produzidos cinco quilos de e-lixo.

Os resíduos eletrônicos são tanto prejudicial a saúde humana quanto para o meio ambiente, pois possuem em sua composição metais pesados altamente tóxicos, tais como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo, esses em contato direto com o solo, contaminam o lençol freático; se queimados, poluem o ar. Além disso, causam doenças gravíssimas, quanto gerar ambientes que proporcionam a proliferação de vetores que causam doenças como a dengue e a cólera além de se tecerem comentários sobre os riscos do descarte dos resíduos eletroeletrônicos e, por fim, diante da legislação ambiental vigente, verificar a possível responsabilidade jurídico-ambiental dos infratores e poluidores.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Algumas perguntas para refletir?

1) Como anda seu espírito reciclador?

2) Você anda jogando seus eletrônicos no lixo comum ou dá a eles um destino

digno?

3) Comente sobre o que você leu?

4) Conte histórias sobre o que aprendeu?

5) Você conhece organizações na sua cidade que lidam com o lixo eletrônico?

Indique-as?

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A forma e a velocidade com que a humanidade vem crescendo, sem se preocupar com o capital natural, podem inviabilizar definitivamente os fatores de produção. Devemos nos preocupar em desenvolver o país, ou seja, nos preocuparmos mais com todos os elementos que compõe o nosso planeta de maneira sustentável, pois se isso não acontecer, inevitavelmente comprometeremos a qualidade de vida de toda a sociedade.

Diante de todas as questões ambientais levantadas pelo descarte e falta de reciclagem do lixo eletrônico, é extremamente necessário que haja uma sensibilização de empresas e consumidores e maior fiscalização por parte dos órgãos ambientais para que seja cumprida a Política Nacional de Resíduos Sólidos, visto que seus impactos ambientais são de grande abrangência.

Algumas grandes empresas que são as principais geradoras desde tipo de material iniciaram um processo de reaproveitamento e reciclagem. Este exemplo deve ser seguido por pequenas empresas como as dos casos estudados e igualmente pelos consumidores em geral, pois a atitude individual adequada pode fazer uma grande diferença no resultado final.

Constata-se nitidamente a necessidade de implementação de gerenciamento eficiente para os REEEs, principalmente na definição de políticas realmente eficientes para minimização de potenciais impactos ao meio ambiente, considerando todo o ciclo de vida do produto e sua produção sustentável. Espera-se que com as novas Leis com todas as suas disposições, instrumentos, responsabilidades, resoluções e portarias, definam-se e direcionem-se os responsáveis pela geração dos resíduos eletroeletrônicos a uma forma mais adequada de minimização e disposição destes resíduos para um desenvolvimento efetivamente sustentável.

De acordo com estudos e pesquisas mais de 80% dos resíduos tecnológicos descartados incorretamente fazem parte de componentes dos computadores e celulares.

A tendência é acompanhada pelo crescente consumismo no segmento de equipamentos eletroeletrônicos, com seus lançamentos simultâneos e quase que diários, que causam uma verdadeira febre mundial por novidades. Com isso, os usuários tendem, de maneira cada vez mais rápida, descartar seu equipamento eletrônico (celular /computador) para adquirir versões mais recentes.

De acordo com estudos recentes, a cada dois anos e meio um chip dobra de capacidade e o anterior sai de cena. Por conta disso o tempo de vida útil dos eletrônicos está cada vez mais curto. Pode-se dizer que este consumo cresce exponencialmente em relação há alguns anos atrás, se via poucas pessoas com PCs e celulares.

Há indícios de uma crescente produção de lixo eletrônico em todo o mundo, é que os detritos elétricos e eletrônicos estão entre as categorias de lixo de mais alto crescimento no mundo, e em breve deve atingir a marca dos 40 milhões de toneladas anuais, o suficiente para encher uma fileira de caminhões de lixo que se estenderia por metade do planeta.

A necessidade de discussão sobre os problemas ambientais causados pela industrialização obrigou a iniciar discussões voltadas à reciclagem destes produtos,

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porém pouco se fala a respeito de reciclagem de equipamentos principalmente eletrônicos, apesar de que atualmente o lixo eletrônico constitui o problema de coleta de resíduos de maior crescimento do mundo. Faz-se necessária a implementação de programas voltados à reciclagem desse tipo de lixo, a exemplo da reciclagem do lixo doméstico que já é empregada significativamente em diversos países, inclusive no Brasil, onde Latas de alumínio, vidro e papéis, facilmente coletados, estão sendo reciclados em larga escala.

O que se percebe em relação à reciclagem destes aparelhos é a sua realização em condições precárias, colocando em perigo a saúde daqueles que o manipulam. Isso porque, os detritos eletrônicos --como fornos de microondas, baterias, copiadoras ou secadores-- podem liberar toxinas caso sejam incinerados.

Apesar das observações anteriormente levantadas, e de haver uma discussão cada vez mais crescente sobre o assunto, sem toda a sociedade, não tem a consciência de que estes componentes podem ser reciclados e acabam depositando os mesmos no lixo comum. Este hábito é muito corriqueiro na sociedade brasileira que tem o costume de jogar no lixo todos os objetos inutilizados sem discriminação e sem atenção aos possíveis impactos que estes produtos podem causar ao meio ambiente e à saúde do homem.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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___________________________________Basel Action Network (BAN) – acessado em 11/04/2013 as 16:05 hs

___________________________________www.wikipedia.com – acessado em 10/04/2013 as 12:09 hs

_____________________________www.enciclopedia Libre – acessado em 14/04/2013 as 13:54 hs

_______________________________www.brasilescola.com – acessado em 12/04/2013 as 16:05 hs

___________________________www.mundoeducacao.com – acessado em 11/04/2013 as 22:16 hs