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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARINA HAMMES PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORIENTADO PARA O MERCADO: UMA APLICAÇÃO NA EMPRESA INSTITUTO CATARINENSE DE ESTÁGIO E ASSESSORIA Biguaçu 2013

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

MARINA HAMMES

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORIENTADO PARA O MERCADO:

UMA APLICAÇÃO NA EMPRESA INSTITUTO CATARINENSE DE ESTÁGIO E

ASSESSORIA

Biguaçu

2013

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MARINA HAMMES

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORIENTADO PARA O MERCADO:

UMA APLICAÇÃO NA EMPRESA INSTITUTO CATARINENSE DE ESTÁGIO E

ASSESSORIA

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – gestão – Universidade do Vale do Itajaí, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em administração. Professor Orientador: Rogério Raul da Silva

Biguaçu

2013

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MARINA HAMMES

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORIENTADO PARA O MERCADO:

UMA APLICAÇÃO NA EMPRESA INSTITUTO CATARINENSE DE ESTÁGIO E

ASSESSORIA

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção

do Título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

________________________________________________ Prof Dr. Valério Cristofolini

UNIVALI – Campus Biguaçu

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________________________________

Prof Rogério Raul da Silva

UNIVALI – Campus Biguaçu

Professor Orientador

________________________________________________

Prof (a) Maria Albertina S. Bonin

UNIVALI – Campus Biguaçu

Membro I

________________________________________________

Prof Rosalbo Ferreira

UNIVALI – Campus Biguaçu

Membro II

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Dedico este Trabalho de Conclusão de

Estágio as pessoas mais especiais da

minha vida: meu pai Enio Cesar Hammes,

minha mãe Vera Lucia Hoffmann

Hammes, pela compreensão e força em

todos os momentos de estudo, ao meu

noivo pelo apoio e compreensão, e a

todos meus familiares e amigos que

sempre torceram por mim e não me

deixaram desanimar para que eu pudesse

alcançar meu objetivo.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, quero agradecer a Deus, pela presença em todos os

momentos da minha vida me dando forças para alcançar meus objetivos.

Aos meus pais, Enio e Vera, os grandes amores da minha vida, que tanto me

ajudaram nesta caminhada.

Ao meu noivo, Eduardo, companheiro e paciente, apoiando nesse período de

conclusão de curso.

Ao restante da minha família, meu irmão e avó, pelas palavras de conforto e

motivação.

Aos meus professores e amigos que fiz durante esses quatro anos, pela

companhia e incentivo.

Á empresa estudada, Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria, pela

confiança em fornecer as informações necessárias para a elaboração desse

trabalho.

Ao meu professor orientador Rogério Raul da Silva, pela orientação e

dedicação.

Aos demais que não foram citados e que, de alguma forma, contribuíram para

esta conquista em minha vida. Muito Obrigada.

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"Permanecei firmes e adiante.

Nunca, jamais desanimeis, embora

venham ventos contrários"

(Santa Paulina)

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HAMMES, Marina. Planejamento estratégico orientado para o mercado: uma aplicação na empresa instituto catarinense de estágio e assessoria. 2013. Trabalho de Conclusão de Estágio (Bacharelado em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2013.

RESUMO

O planejamento estratégico é uma das funções do administrador. Busca definir os objetivos a serem atingidos, como alcançá-los, quando e em que sequência. O objetivo desse trabalho foi elaborar um plano estratégico orientado para o mercado, com aplicação na empresa Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria. Para alcançá-lo, buscaram-se informações no ambiente interno e externo, levantando as ameaças e oportunidades, os pontos fortes e fracos, definiram-se os objetivos, as estratégias e apresentou-se o plano de ação. Após levantar e analisar diferentes tipos de planejamento existentes na literatura optou-se por detalhar e aplicar o modelo de Las Casas (2007). A coleta dos dados foi feita através de dados primários e dados secundários. Nos dados primários foi feita a entrevista com o proprietário, questionários com os principais clientes, concorrentes e com todos os funcionários, através do método qualitativo. A coleta dos dados secundários aconteceu por meio de documentos da empresa e internet. Por fim, apresentam-se os resultados da pesquisa e as sugestões para a empresa. Alcançando o objetivo principal que é dar um direcionamento estratégico para a empresa atingir o seu propósito. Palavras-chaves: Planejamento; Estratégia; Planejamento Estratégico orientado

para o marketing; Direcionamento Estratégico; Estágio.

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HAMMES, Marina. Planejamento estratégico orientado para o mercado: uma aplicação na empresa instituto catarinense de estágio e assessoria. 2013. Trabalho de Conclusão de Estágio (Bacharelado em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2013.

ABSTRACT The strategic planning is one of the functions of the administrator. It seeks defined the objectives it to be reached, as achieve-them, when and in that sequence. The objective of that work was elaborate a strategic plan oriented for the market, with application in the company Institute of Santa Catarina of Period of training and advisory Board. Achieving-him, sought itself information in the external and internal environment, raising the threats and opportunities, the weak and strong points, defined itself the objectives, the strategies and presented itself the plan of action. After it raise and analyze different kinds of existing planning in the literature, opted by detail and apply the model of Las Casas (2007). The collection of the facts was deed through primary facts and secondary facts. In the given primary was deed the interview with the holder, questionnaires with the main clients, concurrent and with all of the members of staff, through the qualitative approach. The collection of the secondary facts happened by means of documents of the company and internet. Finally, they present itself the results of the research and the suggestions for the company. Achieving the main objective that is going to give a strategic addressing for the company reach his purpose. Keywords: Planning; Strategy; Strategic Planning oriented for the marketing; Strategic Addressing; Period of training.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Ciclo básico dos três tipos de planejamento. ............................................. 23

Figura 2- Os 4 Ps do mix de marketing. .................................................................... 25

Figura 3- Canal convencional de marketing. ............................................................. 27

Figura 4 - Tipos básicos de estratégias. .................................................................... 49

Figura 5 – Organograma sugerido. ........................................................................... 86

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Os três níveis do planejamento. ............................................................. 21

Quadro 2 – Diferença entre planejamento estratégico e operacional. ...................... 22

Quadro 3 - Diferenças entre planejamento tático e operacional. ............................... 22

Quadro 4 - Oito passos estratégicos para o direcionamento de marketing. .............. 36

Quadro 5 – Conteúdo de um plano de marketing. ..................................................... 38

Quadro 6- Plano de marketing do Westwood ............................................................ 38

Quadro 7– Roteiro simplificado para um plano de marketing. ................................... 39

Quadro 8- Análise de ameaças e oportunidades. ..................................................... 45

Quadro 9- Identificação dos concorrentes. ................................................................ 47

Quadro 10– Análise dos pontos fortes e fracos. ........................................................ 48

Quadro 11– Elementos que compõem um objetivo. .................................................. 50

Quadro 12- Objetivos quantitativos e qualitativos. .................................................... 52

Quadro 13- Objetivos de marketing. .......................................................................... 52

Quadro 14- Tipos de estratégias. .............................................................................. 54

Quadro 15- Tipos básicos de estratégias. ................................................................. 55

Quadro 16- Análise de segmento. ............................................................................. 56

Quadro 17- Projeção de vendas e lucros. ................................................................. 59

Quadro 18- Ameaças e oportunidades. ..................................................................... 76

Quadro 19- Forças e fraquezas, oportunidades e ameaças do ICEA. ...................... 78

Quadro 20- Plano de ações para o objetivo 1. .......................................................... 82

Quadro 21- Plano de ações para o objetivo 2. .......................................................... 83

Quadro 22- Plano de ações para o objetivo 3. .......................................................... 84

Quadro 23- Plano de ações para o objetivo 4. .......................................................... 85

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13

1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 15

1.1.1 Objetivo geral ................................................................................................... 15

1.1.2 Objetivos específicos ........................................................................................ 15

1.2 JUSTIFICATIVA................................................................................................... 15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 17

2.1 PLANEJAMENTO ................................................................................................ 17

2.1.1 Conceitos ......................................................................................................... 17

2.1.2 Níveis e tipos de planejamentos ....................................................................... 19

2.2 MARKETING ....................................................................................................... 23

2.2.1 Composto de marketing ................................................................................... 24

2.2.1.1 Produto .......................................................................................................... 25

2.2.1.2 Preço ............................................................................................................. 26

2.2.1.3 Praça ............................................................................................................. 26

2.2.1.4 Promoção ...................................................................................................... 27

2.2.1.5 Pessoas ......................................................................................................... 28

2.2.1.6 Prova física .................................................................................................... 28

2.2.1.7 Processos ...................................................................................................... 29

2.3 SERVIÇOS .......................................................................................................... 29

2.3.1 Conceitos ......................................................................................................... 29

2.3.2 Características dos serviços ............................................................................. 30

2.3.2.1 Intangibilidade ............................................................................................... 30

2.3.2.2 Heterogeneidade ........................................................................................... 31

2.3.2.3 Produção e consumo simultâneos................................................................. 31

2.3.2.4 Perecibilidade ................................................................................................ 31

2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ..................................................................... 32

2.3.1 Modelos de planejamento estratégico .............................................................. 34

2.3.1.1 Modelo de Chiavenato ................................................................................... 34

2.3.1.2 Modelo de Cobra ........................................................................................... 36

2.3.1.3 Modelo de Kotler ........................................................................................... 37

2.3.1.4 Modelo de Westwood .................................................................................... 38

2.3.1.5 Modelo de Las Casas .................................................................................... 39

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2.4 MODELO ESCOLHIDO E A CONCEPÇÃO DE OUTROS AUTORES ................. 40

2.4.1 Análise Ambiental ............................................................................................. 40

2.4.1.1.1 Ambiente Demográfico ............................................................................... 41

2.4.1.1.2 Ambiente Econômico .................................................................................. 42

2.4.1.1.3 Ambiente Natural ........................................................................................ 42

2.4.1.1.4 Ambiente Tecnológico ................................................................................ 42

2.4.1.1.5 Ambiente Político e Legal ........................................................................... 43

2.4.1.1.6 Ambiente Sociocultural ............................................................................... 43

2.4.1.2 Análise do Microambiente ............................................................................. 43

2.4.1.2.1 Clientes ...................................................................................................... 44

2.4.1.2.2 Concorrentes .............................................................................................. 44

2.4.1.2.3 Fornecedores ............................................................................................. 44

2.4.2 Ameaças e oportunidades ................................................................................ 45

2.4.3 Análise dos pontos fortes e fracos.................................................................... 46

2.4.4 Postura estratégica........................................................................................... 49

2.4.5 Objetivos .......................................................................................................... 50

2.4.6 Estratégias de marketing .................................................................................. 53

2.4.6.1 Determinação do mercado alvo ..................................................................... 55

2.4.6.2 Posicionamento ............................................................................................. 57

2.4.6.3 Estratégia do composto de marketing ........................................................... 57

2.4.7 Plano de Ação .................................................................................................. 58

2.4.8 Projeções de Vendas e Lucros ......................................................................... 59

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ................................................................... 60

4 RESULTADO DA APLICAÇÃO ............................................................................. 64

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ........................................................... 64

4.2 APRESENTAÇÃO, DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ............................... 65

4.2.1 Entrevista com o proprietário ............................................................................ 65

4.2.2 Questionários com os funcionários................................................................... 66

4.2.3 Questionário com os clientes ........................................................................... 67

4.2.4 Questionário com os concorrentes ................................................................... 68

4.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O ICEA .............................................. 70

4.3.1 Diagnóstico estratégico .................................................................................... 70

4.3.1.1 Análise do Macro Ambiente ........................................................................... 70

4.3.1.1.1 Ambiente Demográfico ............................................................................... 70

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4.3.1.1.2 Ambiente econômico .................................................................................. 72

4.3.1.1.3 Ambiente Tecnológico ................................................................................ 73

4.3.1.1.4 Ambiente Político e Legal ........................................................................... 73

4.3.1.1.5 Ambiente Sociocultural ............................................................................... 74

4.3.1.2 Análise do Micro Ambiente ............................................................................ 74

4.3.1.2.1 Clientes ...................................................................................................... 75

4.3.1.2.2 Concorrentes .............................................................................................. 75

4.3.1.3 Análise das ameaças e oportunidades .......................................................... 76

4.3.1.4 Análise dos pontos fortes e fracos................................................................. 76

4.3.2 Análise SWOT .................................................................................................. 77

4.3.2.1 Matriz SWOT ................................................................................................. 77

4.3.2.2 Diretrizes estratégicas ................................................................................... 80

4.3.2.3 Postura Estratégica ....................................................................................... 80

4.3.2.4 Objetivos ....................................................................................................... 80

4.3.2.5 Estratégias de Marketing ............................................................................... 81

4.3.2.6 Sugestão de Plano de Ação .......................................................................... 82

4.4 SUGESTÕES PARA IMPLANTAÇÃO ................................................................. 85

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 87

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 88

APÊNDICES ............................................................................................................. 94

APÊNDICE A - ENTREVISTA COM O PROPRIETÁRIO .......................................... 95

APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO COM OS CLIENTES ............................................ 97

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO COM OS CONCORRENTES ............................... 99

APÊNDICE D - QUESTIONARIO COM OS FUNCIONÁRIOS ................................ 101

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1 INTRODUÇÃO

Administrar empresas nos dias de hoje é um grande desafio, pois estão

inseridas em ambientes de rápidas e constantes mudanças. A globalização, as

grandes inovações tecnológicas e a concorrência cada vez mais acirrada, fazem do

planejamento uma questão de sobrevivência para as mesmas. Em relação à

sobrevivência das empresas no mercado, o site do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística publicaram em 2010 que, após o terceiro ano de entrada no mercado

(2007-2010), quase a metade das empresas (48,3%) não sobreviveu.

A ação da concorrência é tema de diversos estudos atualmente, pois cada

ano aumenta o número de entrantes no mercado, diminuindo a participação de

mercado das empresas. Segundo o IBGE, o número de empresas que entrou no

mercado em 2010 (999.123) foi 5,5% superior ao de 2009 (946.676). Isso representa

que uma em cada cinco empresas em atividade em 2010 era nova. O setor de

estágios é uma área que tende a ser muito explorada, favorecendo a entrada de

novas ideias.

O planejamento estratégico é uma importante ferramenta na gestão das

organizações. Constitui uma das mais importantes funções do administrador e é

através dele que o gestor e sua equipe estabelecem os parâmetros que vão

direcionar a organização da empresa, a condução da liderança além do controle das

atividades. As micros e pequenas empresas apresentam muitas vezes dificuldades

na elaboração de um planejamento, muitas nem mesmo tem um planejamento

informal.

O setor de estágios pode ser considerado uma área em crescimento, pois

segundo o Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas, o setor de

serviços é o responsável por mais da metade dos empregos formais gerados em

fevereiro de 2013. Cerca de 47,5 mil postos de trabalho foram gerados por esse

setor. Por isso, o Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria ICEA pretende estar

atendo e caminhando junto com todas estas mudanças. Buscando a cada dia

oferece ao seu público-alvo aquilo de que necessita e satisfazer suas necessidades.

O trabalho foi realizado no ICEA, composta por poucos funcionários e

localizada no Centro de Florianópolis. Seu público-alvo são os estudantes de nível

médio, técnico e superior, oferecendo-lhes oportunidades de estágio nas diversas

áreas de estudo. O mercado atual em que está inserida é de alto grau de

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competitividade, porém de grandes oportunidades. A empresa tem como grande

foco o desenvolvimento de jovens que pretendem adquirir experiência na área de

estudo.

Verifica-se que nenhuma empresa pode viver sem rumo, sem diretriz que a

coloque pelo menos em igualdade de condições com a concorrência. A agência de

estágio estudada tem como problema atual a dificuldade de acompanhar o

desenvolvimento do mercado e da concorrência. Seu quadro de funcionários é

pequeno e pouco especializado, sendo parte deles estagiários, sem muita

experiência no ramo. Seus métodos de divulgação das vagas de estágio e da

própria empresa deixam muito a desejar. Além disso, precisa ser estudado,

compreendido e solucionado o problema da captação de novos clientes para o

ICEA, que vem causando preocupações.

Os administradores de empresa não sabem exatamente que estratégias e

ações são as mais indicadas para a organização. Estão em dúvida sobre o que

fazer.

Por fim, destaca-se que este trabalho tem como objetivo responder a seguinte

pergunta: Que direcionamento estratégico deve adotar o Instituto Catarinense de

Estágio e Assessoria para atingir ou adequar-se ao seu propósito?

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1.1 OBJETIVOS

A partir da introdução realizada anteriormente, busca-se nesse estudo

respostas para a questão problema apresentada, para tanto, se define os objetivos

gerais e específicos do presente trabalho.

1.1.1 Objetivo geral

Elaborar um planejamento estratégico orientado para o mercado, adequado à

realidade do Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria em Florianópolis, no

período de agosto de 2012 a junho de 2013.

1.1.2 Objetivos específicos

Identificar o modelo teórico do planejamento estratégico;

Realizar um diagnóstico estratégico para o ICEA;

Criar objetivos e estratégias adequadas à realidade do ICEA.

1.2 JUSTIFICATIVA

A elaboração deste planejamento estratégico auxiliará o Instituto Catarinense

de Estágio e Assessoria na elaboração das estratégias e ações mais indicadas para

empresa. As melhorias deste estudo estarão ligadas diretamente à sociedade, que

neste caso são as empresas e os alunos de diversos cursos e instituições diferentes,

buscando oportunidades de estágios adequadas as suas necessidades.

Terá uma importância significativa para a empresa, pois todos os funcionários

do Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria e seus respectivos papeis serão

estudados em busca de melhorias.

Para a acadêmica, este projeto será de grande importância, pois é a

oportunidade de apresentação da capacidade individual de elaboração de um

projeto consistente e bem embasado teoricamente.

Neste sentido, o momento é oportuno para se realizar o estudo no Instituto

Catarinense de Estágio e Assessoria, pois existe a necessidade de se desenvolver

no mercado, aumentando o potencias de suas atividades.

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Este estudo é uma oportunidade para detectar falhas nos processos, traçar

um planejamento para combatê-las e ações que tragam soluções.

O trabalho é viável de ser realizado no período de um ano, além do fato de os

custos serem mínimos, o acesso às informações é permitido, tendo em vista que a

acadêmica é funcionária da organização e os gestores têm interesse no

desenvolvimento deste planejamento estratégico.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O processo de Planejamento Estratégico requer muita pesquisa, pois existem

muitos métodos encontrados na literatura, os quais podem ser adaptados para o

Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria. Este capítulo tem como finalidade

conhecer o que alguns autores entendem sobre planejamento estratégico. Serão

abordados os seguintes temas: planejamento, marketing, serviços, planejamento

estratégico, modelos de planejamento estratégico, fazendo enfim, um detalhamento

do modelo escolhido.

No contexto geral do trabalho, será alcançada uma gama de conceitos

relacionados ao planejamento estratégico, apresentando inicialmente, as principais

ideias dos autores sobre o planejamento, os fundamentos do planejamento

estratégico e o detalhamento das etapas do planejamento estratégico.

2.1 PLANEJAMENTO

Ao contrário da administração improvisada, a literatura trata o ato de

administrar como o processo de planejar, organizar e controlar os esforços

realizados pelos membros da instituição no intuito de alcançar os objetivos

estabelecidos, onde renomados autores trazem o planejamento como elemento

central deste processo.

São apresentadas primeiramente algumas considerações, com a intenção de

evidenciar o planejamento para empresa.

2.1.1 Conceitos

Planejamento é uma das funções de um administrador. Para se alcançar os

objetivos é necessário deixá-los bem claros e como fazer para alcançá-los, ou seja,

quando, como e em que sequência aconteceram. Nesse sentido, Chiavenato (2004,

p. 137) afirma que: “o planejamento é a função administrativa que define quais os

objetivos a atingir e como se deve fazer para alcançá-los.” Segundo o mesmo autor

(2004), para atingir os planos da melhor maneira possível, é necessário definir os

objetivos, quando, como e em que sequência.

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Corroborando com esta afirmação, Las Casas (2007, p.12) afirma que

“planeja-se quando há um objetivo a alcançar, delineando-se as formas de alcançá-

lo.” Ou seja, pensar no que será feito para alcançar os objetivos.

Segundo Maximiano (1990, p. 122), “seja o futuro previsível ou incerto, é

preciso preparar-se para enfrentá-lo, visando assumir os riscos certos e aproveitar

as oportunidades [...]. O recurso para isso chama-se planejamento”. De acordo com

o autor (1990), planejar significa pensar antecipadamente e estar preparado pra o

certo ou o incerto, assumir as consequências e aproveitar as oportunidades.

Ainda segundo o mesmo autor (1997, p. 265) “em qualquer nível de

administração, planejamento é o processo que define as ações necessárias para

enfrentar situações futuras e atingir metas”. A função do planejamento é preparar os

administradores para enfrentarem as decisões futuras de maneira a alcançar as

metas estabelecidas.

Em uma linha similar, Las Casas (2007) destaca a importância do

planejamento, no sentido de estar em sintonia com o mercado, visando adaptar-se

conforme a direção estratégica e as constantes mudanças do mercado.

O processo decisório deve estar presente durante todo o processo de

implementação do planejamento na empresa, e os administradores devem estar

cientes da necessidade deste processo durante e depois da implementação.

“O planejamento pressupõe a necessidade de um processo decisório que ocorrerá

antes, durante e depois de sua elaboração e implementação na empresa”

(OLIVEIRA, 2001, p. 33).

O mesmo autor (2001, p. 34) ressalta que:

O propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. Dentro deste raciocínio, pode-se afirmar que o exercício sistemático do planejamento tende a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e, consequentemente, provocar o aumento da probabilidade de alcance dos objetivos e desafios estabelecidos para a empresa.

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De forma mais abrangente, Chiavenato (2004) apresenta o planejamento como a

primeira função administrativa, para servir de base para as demais funções. O autor

(2004) apresenta as funções do processo administrativo, que são:

Planejamento define a missão, os objetivos, formula os planos para serem

alcançados e programa as atividades.

Organização divide o trabalho, designa as atividades, agrupa em órgão e

cargos, aloca os recursos e, por fim, define as autoridades.

Direção coordena as pessoas e os esforços, motiva, orienta e lidera.

Controle define padrões, monitora e avalia o desempenho e apresenta ações

corretivas.

Segundo Oliveira (2001), o processo de planejamento tem uma importância

muito maior em relação ao seu produto final, que normalmente é o plano,

devidamente desenvolvido “pela” empresa e não “para” a empresa. O autor (2001)

salienta que quando não respeitado este aspecto têm-se como resultado planos

inadequados, além da resistência e descrédito na sua implantação. O plano

devidamente desenvolvido pela empresa tem como resultados o alcance efetivo dos

objetivos estabelecidos.

Nesse contexto, o planejamento prepara as organizações para o futuro,

deixando as aptas para enfrentar as constantes mudanças e estando em sintonia

com o mercado. Para isso, definiram-se os objetivos a serem seguidos e como

alcançá-los, ou seja, quando, como e em que sequência.

Portanto, planejar é pensar antecipadamente, estando preparado para o certo

ou o incerto, aproveitando as oportunidades e assumindo as consequências.

Planejamento é a função administrativa que define os objetivos da empresa a serem

atingidos, como fazer para alcançá-los, quando e em que sequência.

2.1.2 Níveis e tipos de planejamentos

Segundo renomados autores, o planejamento é classificado em diferentes

níveis, em função de sua abrangência e posição dentro da estrutura organizacional.

Os planos podem ser classificados em três níveis: estratégicos, táticos e

operacionais.

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Segundo Maximiano (1991, p. 132), “quando se definem objetivos para a

organização toda, em particular quando essa definição envolve produtos e

mercados, os planos são estratégicos”. E o autor (1991, p. 132) diz que “existem

também os planos operacionais, que definem atividades ou tarefas específicas a

serem executadas”. O nível estratégico é responsável pela definição dos objetivos e

planos da empresa, além das tomadas de decisões quanto às questões de longo

prazo. Já no nível operacional, a amplitude é menor, implementando planos

específicos.

Na mesma concepção Stoner (1982, p. 71), afirma que:

O planejamento estratégico não é a única atividade de planejamento de uma organização: todavia, é atividade na qual o papel da direção é mais crítico. O planejamento é feito nos níveis mais baixo chama-se planejamento operacional. Seu enfoque são as atividades do

momento e sua principal preocupação é a eficiência (fazer as coisas corretamente) em vez da eficácia (fazer as coisas certas).

“Ambos os tipos de planejamento são necessários. A administração eficaz

tem que ter uma estratégia e tem que trabalhar no dia-a-dia para levá-la a cabo”.

(STONER, 1982, p. 71). Ao colocar o planejamento no papel cria-se também certo

comprometimento interno.

Cabe evidenciar que, para Chiavenato (2004), existem três níveis distintos de

planejamento apresentados no quadro 1.

Em relação ao quadro 1, conclui-se que o planejamento estratégico tem uma

amplitude maior e abrange toda a organização, com um resultado em longo prazo. O

planejamento tático abrange cada departamento, é menos genérico e mais

detalhado, com extensão de médio prazo. E o planejamento operacional, que

abrange as tarefas ou atividades específicas da organização, é mais detalhado,

específico e analítico, de curto prazo. Cada planejamento com uma amplitude

diferente.

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Quadro 1 – Os três níveis do planejamento.

PLANEJAMENTO CONTEÚDO EXTENSÃO DE TEMPO

AMPLITUDE

Estratégico Genérico, sintético e abrangente

Longo prazo Macroorientado aborda a empresa

como uma totalidade

Tático Menos genérico e mais detalhado

Médio prazo Aborda cada unidade da empresa

separadamente

Operacional Detalhado, específico e

analítico

Curto prazo Microordenado aborda cada tarefa

ou operação apenas

Fonte: Chiavenato (2004, p. 139)

De acordo com Oliveira (2001) planejamento estratégico é conceituado como

um processo gerencial que estabelece o rumo a ser seguido pela organização,

buscando aperfeiçoar a relação da empresa como o ambiente. O autor (2001)

também destaca como responsável pelo processo os níveis mais altos da empresa,

levando em consideração as condições internas e externas. É o processo

administrativo que estabelece a melhor direção a ser seguida pela organização,

buscando uma melhor relação com o ambiente.

“O planejamento tático tem por objetivo otimizar determinada área de

resultado e não a empresa como um todo”, afirma Oliveira (2001, p. 46). E

especialista em atividades específicas. Nesse sentido, o planejamento tático é

desenvolvido em níveis organizacionais inferiores, com o objetivo de utilizar de forma

eficiente os recursos disponíveis. Tem o objetivo de aperfeiçoar áreas inferiores.

De acordo com o mesmo autor (2001, p. 46), “o planejamento operacional

pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos

escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas”. É

neste nível que ações ocorrem e devem conter todos os detalhes, pois é nessa

situação que se tem os planos operacionais.

Corroborando com as afirmações, Oliveira (2001) apresenta no quadro 2 as

diferenças entre planejamento estratégico e operacional e o planejamento tático e o

operacional.

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Quadro 2 – Diferença entre planejamento estratégico e operacional.

DISCRIMINAÇÃO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO TÁTICO

Prazo Mais longo Mais curto

Amplitude Mais ampla Mais restrita

Riscos Maiores Menores

Atividades Fins e meios Meios

Flexibilidade Menor Maior Fonte: Oliveira (2001, p. 48).

Verifica-se que, o planejamento estratégico requer mais esforço, pois o prazo

é maior e com grandes riscos. Já o planejamento tático requer menos tempo e com

riscos menores, porém com maior flexibilidade em relação ao planejamento

estratégico.

Quadro 3 - Diferenças entre planejamento tático e operacional.

DISCRIMINAÇÃO PLANEJAMENTO TÁTICO

PLANEJAMENTO OPERACIONAL

Prazo Mais longa Mais curto

Amplitude Mais ampla Mais restrita

Riscos Maiores Menores

Atividades Meios Meios

Flexibilidade Menor Maior

Fonte: Oliveira (2001, p. 48).

Em relação ao planejamento operacional, o tático é menos flexível, com um

prazo mais longo e riscos maiores.

Convém enfatizar que para Oliveira (2001), podem-se estabelecer três níveis

de mudança, o estratégico, o tático e o operacional, considerando as mudanças na

empresa. O autor (2001) complementa afirmando que a mudança maior é no nível

estratégico, o que pode vir a provocar alterações nos outros níveis da empresa.

Seguindo o mesmo raciocínio, para o autor (2001), é importante que se

conheça o princípio do planejamento integrado apresentado na figura 1.

O autor (2001) destaca o princípio do planejamento integrado, no qual os

vários escalões de uma empresa são apresentados de uma forma integrada. O ciclo

inicia no planejamento estratégico, a partir de suas decisões o ciclo começa a correr,

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repassando para os outros níveis as diretrizes, com a intenção de alcançar os

objetivos.

Figura 1- Ciclo básico dos três tipos de planejamento.

Fonte: Oliveira (2001, p. 45).

Observa-se, que o ciclo apresentado na figura 1 liga todos os três tipos de

planejamento, facilitando o alcance dos objetivos.

Portanto, o planejamento é classificado em três níveis, o estratégico, o tático

e o operacional, que podem ser considerados os três níveis de mudanças na

empresa. Conforme apresentado, a mudança maior será no nível estratégico,

podendo provocar mudanças nos outros níveis. Pois o planejamento estratégico,

pensa na empresa como um todo. Após conhecer os conceitos, os níveis e os tipos

de planejamento apresentam-se os conceitos de marketing e o composto de

marketing, itens fundamentais para desenvolvimento do estudo.

2.2 MARKETING

Segundo Churchill e Peter (2000), marketing é o processo de planejamento e

execução da concepção, estabelecendo preços, promoção e distribuindo ideias,

produtos e serviços buscando criar trocas que satisfaçam as metas individuais e

organizacionais.

Na mesma linha Boone e Kurtz (1998, p. 9) afirmam que marketing é “uma

orientação de toda a empresa para o consumidor, com o objetivo de obter sucesso

Análise e

Controle de

Resultados

Planejamento

Estratégico da

Empresa

Planejamentos

Táticos da

Empresa

Consolidação e

Interligação dos

Resultados

Análise e

Controle de

Resultados

Planejamentos

Operacionais

das Unidades

Organizacionais

Análise e

Controle de

Resultados

Planejamento

Estratégico da

Empresa

Análise e

Controle de

Resultados

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de longo prazo”. O papel do marketing é adaptar a empresa a seu ambiente e

converter as necessidades da sociedade em oportunidades rentáveis para a

empresa.

“Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos

obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de

valor com outros” (KOTLER, 1996, p. 25). Essa afirmação fundamenta-se nos

conceitos de necessidades, desejos e demandas.

Corroborando com essa ideia, Maximiano (2004, p. 30) menciona que o

“marketing tem como objetivo básico estabelecer e manter a ligação entre a

organização e seus clientes, consumidores, usuários ou público-alvo”. As

organizações utilizam o marketing com a intenção de criar uma ligação direta entre

ela e seus consumidores.

Conclui-se que o marketing é a chave do sucesso da organização. Ele

determina as necessidades e desejos do mercado oferecendo produtos e serviços,

de forma mais eficiente e eficaz do que os concorrentes, oferecendo as satisfações

desejadas.

Na sequência será apresentado o composto de marketing expandido para

serviços, constituído dos 4 Ps, acrescidos de outros três elementos que são

fundamentais para o setor de serviços.

2.2.1 Composto de marketing

O composto mercadológico, também conhecido por mix de marketing, é

definido por Kotler (2003, p.47) “como um conjunto de ferramentas de marketing

táticas e controláveis que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no

mercado alvo”.

Em perspectiva similar Churchill e Peter (2005, p. 20) afirmam que “o

composto de marketing é uma combinação de ferramentas estratégicas usadas para

criar valor para os clientes e alcançar os objetivos da organização”. Ou seja, são

ações da empresa para direcionar a demanda para seu produto.

Em contribuição, Urdan e Urdan (2010, p. 28), afirmam que o composto de

marketing “é o que se chama de consistência vertical, correspondendo ao

alinhamento entre os elementos estratégicos (mercado-alvo, posicionamento, e

estratégias competitivas) e os táticos (os 4 Ps)”.

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Citado anteriormente, Sandhusen (2003) confirma a ideia de que pela ótica do

cliente, o composto de marketing é aquele geralmente associado aos quatro Ps:

produto, preço, promoção e ponto de distribuição.

Kotler (2000) apresenta o composto de marketing na sua visão.

Figura 2- Os 4 Ps do mix de marketing.

Fonte: Kotler (2000, p. 37).

Na figura 2, apresenta-se a definição dos 4 Ps do composto de marketing na

visão do autor.

Conclui-se que o composto de marketing é de grande importância para o

alcance dos objetivos da organização. Por isso, há a necessidade de um

aprofundamento em cada uma das suas variáveis.

2.2.1.1 Produto

Os autores Kotler e Armstrong (2003, p. 204) definem produto “como algo que

pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e

para satisfazer um desejo ou uma necessidade”. Ou seja, em sua maioria são bens

tangíveis, podendo também ser serviços prestados.

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Produto é algo oferecido a alguém para satisfazer sua necessidade ou desejo.

Para Las Casas (2001, p.167), produtos são “como o objeto principal das relações

de troca que podem ser oferecidos num mercado para pessoas físicas ou jurídicas,

visando proporcionar satisfação a quem os adquire ou consome”.

Na mesma linha de pensamento, Mccarthy e Perreault (1997) afirmam que

produto pode ser tangível ou intangível com a intenção de atender as necessidades

do mercado-alvo. O produto não necessariamente precisar ser algo físico, mas

precisa atender a necessidade dos clientes.

De acordo com Urdan e Urdan (2010), produto é um objeto oferecido ao

consumidor no qual procura satisfazer as necessidades e os desejos.

Portanto, produto é todo bem ou serviço destinado a atender as necessidades

ou desejos de um mercado-alvo.

2.2.1.2 Preço

Preço é o valor que os consumidores pagam por um produto, destaca o autor

Kotler (1993).

Conforme Churchill e Peter (2000, p. 20), preço “refere-se à quantidade de

dinheiro ou outros recursos que os profissionais de marketing pedem por aquilo que

oferecem”. Os preços devem ser ajustados com o valor da oferta de forma que os

consumidores não possam substituir os produtos pelo da concorrência.

Preço diz respeito à cobrança dos consumidores por aquilo que a empresa

lhes oferece, afirma Urdan e Urdan (2010).

Em complemento a esta posição, Mccarthy e Perreault (1997) enfatizam que

para estabelecer o preço, deve-se verificar o custo total e os concorrentes,

estimando assim a reação do consumidor a possíveis preços.

Portanto, preço é um valor monetário que o consumidor paga em troca de um

bem ou serviço, que venha a atender suas necessidades ou desejos.

2.2.1.3 Praça

Para Kotler e Armstrong (2003, p. 307), praça “é um conjunto de organizações

interdependentes envolvidas no processo de oferecimento de um produto ou serviço

para uso ou consumo de um consumidor final ou usuário empresarial”. Também

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pode ser chamado de canal de distribuição, considerado um intermediador do

produto.

Complementado, Cobra (1992, p. 491) afirma que “para que um produto

chegue do fabricante até o consumidor, ele é normalmente intermediado”. Ou seja,

ele é o meio pelo qual a empresa disponibiliza seu bem ou serviço.

De forma simples e objetiva, Churchill e Peter (2010) afirmam que a

distribuição é usada para levar produtos e serviços ao mercado.

Kotler e Armstrong (1991) apresentam o canal convencional de marketing:

Figura 3- Canal convencional de marketing.

Fonte: Kotler e Armstrong (1991, p. 249).

Este é normalmente o caminho que o produto percorre até que alcançar seu

destino final, o consumidor.

Para Futrell (2003, p. 39), distribuição “refere-se à estrutura do canal usado

para transferir produtos da empresa para seus clientes”. Ou seja, ter um produto

disponível para os clientes de fácil acesso e com local conveniente.

Portanto, praça ou canal de distribuição é o intermediador, fazendo com que o

produto saia do fabricante e seja entregue ao cliente.

2.2.1.4 Promoção

Para Futrell (2003, p. 40) promoção é “parte do composto de marketing,

aumenta as vendas da empresa ao passar informações sobre o produto para

clientes potenciais”. Ou seja, a promoção é feitas através dos canais de

comunicação lembrando os consumidores da sua existência do produto, tentando

convencê-los a compra.

Para lembrar, convencer ou informar os clientes sobre determinado bem ou

serviço, as empresas podem usar meios pessoais ou impessoais. Churchill e Peter

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(2005, p. 20) afirmam que as promoções são “os meios pessoais e impessoais

usados para informar, convencer e lembrar os clientes sobre produtos e serviços”.

A propaganda, publicidade, promoção de vendas, o merchandising e as

relações públicas como os componentes básicos para comunicação da empresa

com o seu meio ambiente para Cobra (1992).

O gerente de marketing tem a função de se comunicar com o mercado alvo,

através da promoção, incluindo a venda pessoal, venda em massa e promoção de

vendas, destacam Mccarthy e Perreault (1997).

Ou seja, promoção é meio usado pela empresa para comunicar e convencer

seu cliente a comprar, através dos benefícios dos seus produtos ou serviços.

2.2.1.5 Pessoas

Para Zeithaml e Bitner (2003, p. 41) pessoas são:

Todos os agentes humanos que desempenham um papel no processo de execução de um serviço e, nesse sentido, influenciam as percepções do comprador, nominalmente, os funcionários da empresa, os clientes e outros clientes no ambiente de serviços.

Os agentes humanos que participam da execução dos serviços fornecem aos

clientes indicadores da natureza do serviço. Como essas pessoas estão vestidas, a

aparência pessoal, o comportamento e as atitudes influenciam as percepções dos

clientes em relação aos serviços, afirmam Zeithaml e Bitner (2003).

2.2.1.6 Prova física

Zeithaml e Bitner (2003) apresentam a evidência física como o ambiente no

qual o serviço será executado e onde haverá a interação com o cliente, assim como

qualquer componente tangível que facilite a comunicação do serviço. Ou seja, são

todas as representações tangíveis do serviço.

Essas representações podem ser sinalizações, timbres, materiais impresso e

equipamentos e instalações, afirmam os autores (2003).

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2.2.1.7 Processos

Zeithaml e Bitner (2003, p. 42) conceituam processos como “os

procedimentos, mecanismos e o roteiro efetivo de atividades através dos quais o

serviço é executado – os sistemas de execução e de operação dos serviços”. São os

procedimentos, mecanismos e a sequência de ações do desempenho na execução

do serviço.

O roteiro operacional de serviço ou os passos de execução que o cliente

efetivamente experimenta, proporcionaram aos clientes alguma evidência com que

julgar os serviços.

2.3 SERVIÇOS

Para visualizar a importância dos serviços na sociedade, faz-se necessário

destacar que o setor de serviços tem o maior peso na economia de Santa Catarina e

nacional no ano de 2009, segundo dados do IBGE. Por isso, a importância dos

serviços para este trabalho.

A seguir serão explanados alguns conceitos sobre serviços e logo em seguida

algumas considerações sobre suas características.

2.3.1 Conceitos

Em 2012, o setor de serviços é destaque na economia brasileira segundo

dados do IBGE. Foi o único que apresentou crescimento na economia brasileira.

Com alta de 1,7% no ano, o setor já representa 68,5% do PIB (Produto Interno

Bruto) brasileiro.

Os serviços constituem grande parcela da economia do Brasil e estão

presentes em quase todas as empresas. De maneira bem simplificada, Zeithaml e

Bitner (2003) afirma que serviços são ações, processos e atuações. Ou seja, são

atividades cujo produto não é algo físico.

O conceito de serviço para Lovelock e Wright (2004, p. 5) é de que:

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Serviço é um ato ou desempenho oferecido por uma parte à outra. Embora o processo possa estar ligado a um produto físico, o desempenho é essencialmente intangível e normalmente não resulta em propriedade de nenhum dos fatores de produção.

“Serviços são atividades econômicas que criam valor e fornecem benefícios

para clientes em tempos e lugares específicos, como decorrência da realização de

uma mudança desejada no – ou em nome do – destinatário do serviço” (LOVELOCK

E WRIGHT, 2004, p. 5).

Serviço é uma ação desempenhada por uma parte para outra, ou qualquer

ato que tenha como objetivo satisfazer uma necessidade do cliente afirma Mccarthy

e Perreault (1997).

Para Kotler (1996), um serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte

pode oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulta na

propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto

físico.

Portanto, é possível afirmar que serviços podem ser atos, desempenhos,

ações, utilizadas como meio de satisfazer uma necessidade do cliente.

2.3.2 Características dos serviços

Segundo Zeithaml e Bitner (2003) os serviços apresentam as seguintes

características: Intangibilidade, heterogeneidade, produção e consumo simultâneos

e a perecibilidade.

2.3.2.1 Intangibilidade

A diferença mais básica entre os bens e serviços é a intangibilidade. Ou seja,

não podem ser vistos, sentidos ou tocados. Não podem ser estocados, patenteados,

difíceis de serem exibidos e comunicados e difícil de determinar o preço afirma

Zeithaml e Bitner (2003).

Kotler (1996) complementa afirmando que as incertezas são inevitáveis,

portanto os compradores buscaram sinais de evidências da qualidade do serviço.

“Farão inferências sobre essa qualidade a partir da localização, funcionários,

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equipamentos, material de comunicação, símbolos, e preços percebidos” (KOTLER,

1996, p. 405).

Portanto, a característica mais básica do serviço é a intangibilidade. Ou seja,

não pode ser visto sentido ou tocado.

2.3.2.2 Heterogeneidade

Os serviços são altamente variáveis, depende muito de quem os executa e de

onde serão prestados afirma Kotler (1996). Como os serviços são desempenhados

por seres humanos dificilmente serão iguais.

O fornecimento de um serviço e a satisfação de um cliente depende das

ações dos funcionários e dos diversos fatores incontroláveis apresenta Zeithaml e

Bitner (2003). Ou seja, dois serviços prestados nunca serão exatamente iguais.

Assim sendo, o serviço é altamente variável, depende de quem o fornece e

não são exatamente iguais.

2.3.2.3 Produção e consumo simultâneos

“Enquanto a maior parte dos bens é produzida antecipadamente para então

ser vendida e consumida, a maior parte dos serviços é primeiro vendido e, então,

produzido e consumido simultaneamente” explicam Zeithaml e Bitner (2003, p. 37).

Segundo Kotler (1996) tanto o fornecedor com o cliente afetam o resultado do

serviço. Ou seja, os clientes participam e interferem na produção e consumo dos

serviços.

Diferentes dos produtos, os serviços são produzidos e consumidos

simultaneamente e quase sempre com a presença de quem está comprando.

2.3.2.4 Perecibilidade

Uma das características do serviço apresentada tanto por Kotler (1996) como

por Zeithaml e Bitner (2003) é a perecibilidade, ou seja, não podem ser preservados,

estocados revendidos ou devolvidos.

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Kotler (1996) destaca que quando a demanda de uma empresa é estável é

fácil antecipar sua prestação. Ao contrário das empresas que tem a demanda

flutuante.

Portanto, os serviços não podem ser estocados e utilizados em outros

momentos. Justamente por isso são produzidos e consumidos simultaneamente.

2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Oliveira (2001) afirma que antes de explicitar a metodologia, a empresa deve

estabelecer o que espera do planejamento estratégico, para validar a metodologia

apresentada. O mesmo autor (2001) apresenta que o que a empresa espera do

planejamento estratégico é conhecer e melhor utilizar seus pontos fortes, eliminar ou

adequar seus pontos fracos, conhecer e usufruir as oportunidades e evitar as

ameaças. O conhecimento dessas variáveis auxilia na construção de um efetivo

plano de trabalho, pois a empresa já sabe o que quer e espera do planejamento

estratégico.

E como resultados do planejamento estratégico Oliveira (2001) apresenta o

direcionamento de esforços para pontos comuns, entendimento da missão, dos

propósitos, das macroestratégias, macropolíticas, da postura estratégica, dos

objetivos gerais, dos objetivos funcionais, dos desafios, metas, estratégias, políticas

e projetos, integração da estrutura organizacional e trabalhar levando em conta as

prioridades e estabelecidas e as exceções justificadas.

Nesse sentido, Stoner (1982, p.70) afirma que “planejamento estratégico é o

processo de planejamento formalizado e de longo alcance empregado para se

definir e atingir os objetivos organizacionais”. O processo de formalização propicia

uma base de sustentação para o processo de decisão.

Na visão de Almeida (2001, p. 13), planejamento estratégico é:

Uma técnica que procura ordenar as ideias das pessoas, de forma que se possa criar uma visão do caminho que se deve seguir (estratégia). Depois de ordenar as ideias, são ordenadas as ações, que é a implementação do plano estratégico, para que, sem desperdício de esforços, caminhe na direção pretendida.

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“Para planejar a estratégia, é importante levar em conta aquilo que acontece à

volta da organização, em seu ambiente, e em seu próprio interior” (MAXIMIANO,

1991, p. 143). É necessária a integração do ambiente interno com o externo.

De forma mais abrangente, Stoner (1982, p. 49) complementa, afirmando que:

A forma mais importante pela qual os administradores se ajustam ao ambiente externo é pela elaboração e execução de planos para suas organizações. Estes planos podem ser simples, de curto prazo e de âmbito limitado. Os planos potencialmente mais sofisticados e amplos incorporam o conceito básico da organização e as

estratégias que ela seguirá para atingir seus objetivos. Este planejamento estratégico não só guiam a adaptação da organização

aos ambientes de ação direta e indireta, como também orientam suas tentativas de influenciar o comportamento dos agentes do ambiente de ação direta.

Na concepção de Oliveira (2001) o planejamento estratégico não deve ser

usado apenas como afirmações das aspirações, tem o objetivo de transformar essas

aspirações em realidade. Ainda destaca a importância do embasamento teórico

necessário para aperfeiçoar a aplicação, através do detalhamento de uma

metodologia de elaboração e implementação.

O mesmo autor (2001) enfatiza que o planejamento estratégico possui três

dimensões operacionais, que são: delineamento, elaboração e implementação.

Explica que delineamento compreende a estruturação do processo de planejamento

estratégico, a elaboração inclui a identificação das oportunidades e ameaças,

adotando estimativas de risco para alternativas escolhidas pela empresa. E por

ultimo destaca a implementação, que está envolvida com assuntos organizacionais,

os sistemas de informação, incentivos, competência operacional, treinamento e a

liderança responsável pelo desenvolvimento do processo.

Para Maximiano (1997), as principais atribuições de uma equipe de

planejamento estratégico ou de um novo negócio estão a seguir:

Monitoramento e identificação de ameaças e oportunidade do ambiente;

Identificação dos novos negócios e produtos, enfim desenvolvimento dos

mesmos;

Análise e síntese de informações importantes para os altos executivos;

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Compilar informações e apresentar projeções sobre as tendências sociais,

econômicas, demográficas, comportamentais etc.

Portanto, o planejamento estratégico auxilia as empresas na melhor utilização

de seus pontos fortes e as oportunidades, eliminando ou adequando seus pontos

fracos, evitando as ameaças. O conhecimento dessas variáveis auxilia no

direcionamento dos esforços e na elaboração efetiva do plano.

2.3.1 Modelos de planejamento estratégico

Sobre os modelos de planejamento estratégico Cobra (1991) destaca a

grande discussão que se tem sobre o uso ou não de uma metodologia para realizar

um planejamento estratégico. O autor (1991) salienta que o método escolhido varia

de acordo com a necessidade de cada empresa e que o estrategista monta uma

estrutura de estudos e enfatiza os aspectos mais relevantes.

Serão apresentados quatro modelos de planejamento estratégico: o modelo

de Chiavenato (2004), Cobra (1991), Las Casas (2007), Kotler e Fox (1994) e

Westwood (1996).

2.3.1.1 Modelo de Chiavenato

O primeiro modelo apresentado é do autor Chiavenato (2004, p. 192), que

apresenta o modelo prescritivo de planejamento estratégico em cinco estágios, que

são:

1. Formulação dos objetivos da organização;

2. Análise externa do ambiente ou auditoria externa;

3. Análise interna ou auditoria interna;

4. Formulação das alternativas estratégicas e escolha da estratégia a ser

utilizada;

5. Desenvolvimento de planos táticos e operacionais da estratégia.

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A formulação de objetivos organizacionais para o autor (2004) é a definição

dos objetivos maiores e em uma ordem de importância a serem alcançados no longo

prazo pela organização.

“Este primeiro estágio serve para identificar as alternativas mais estratégicas

relevantes [...] em qual direção estratégica a organização, como um todo, deve se

dirigir” (CHIAVENATO, 2004, p. 193). É o momento de definir para onde a empresa

vai caminhar e aonde dirigir seus esforços.

A análise externa do meio ambiente para o autor (2004, p.193) é:

Uma vez definidos os objetivos, segue-se a auditoria externa para analisar o ambiente externo da organização: mapear as condições externas da organização no sentido de fazer um conjunto de previsões sobre o futuro dessas condições (cenários). O lema dos neoclássicos é prever e preparar.

Logo Chiavenato (2004) conclui que este estágio prevê para a organização as

condições externas, impondo desafios e oportunidades. A correta identificação das

oportunidades e ameaças é fundamental para concentrar esforços, no intuito de

neutralizar as ameaças e aproveitar as oportunidades.

Na análise interna das forças e limitações da empresa o autor (2004) faz a

análise dos pontos fortes, que são os que facilitam o alcance dos objetivos e os

fracos, que constituem as limitações que dificultam ou impedem o alcance das metas

da organização.

Já a formulação da estratégia é definida por Chiavenato (2004) como as

alternativas que podem ser adotadas pela organização para alcance dos objetivos,

tendo em vista os itens anteriores. Planejamento estratégico referente á um produto

ou a um mercado, onde as alternativas constituem os cursos de ação futura

adotadas para o alcance dos objetivos globais.

O desenvolvimento de planos táticos e operacionalização da estratégia é a

parte mais detalhada do processo. Chiavenato (2004, p. 196) revela que:

A operacionalização da estratégia envolve um conjunto de hierarquias em diferentes níveis e com diferentes perspectivas de tempo. No topo, os planos estratégicos e abrangentes no longo prazo (em geral de cinco anos), seguidos pelos planos táticos de médio prazo e que dão origem aos planos operacionais de curto prazo.

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Chiavenato (2004) conclui que todos esses elementos oferecem para a

organização condições suficientes para preparar e implementar o planejamento

estratégico. O autor (2004) salienta que o plano deve comportar decisões do futuro

da organização.

2.3.1.2 Modelo de Cobra

Para Cobra (1991) cada planejamento estratégico tem uma estrutura que

enfatiza os aspectos mais importantes. O autor (1991) apresenta os oito passos

estratégicos, que divide os problemas em fatos importantes, analisando e

rearranjando de forma a aperfeiçoar a solução dos problemas:

Quadro 4 - Oito passos estratégicos para o direcionamento de marketing.

1° Passo: Definição da:

Razão de ser da empresa;

Missão corporativa;

Cultura da organização;

Filosofia gerencial;

Definição do negócio da empresa (hoje e daqui a 5 anos);

Objetivos estratégicos.

2° Passo:

Definição de produtos e/ou serviços.

3° Passo: Avaliação dos recursos:

Humanos;

Financeiros;

Tecnológicos;

Organizacionais;

Sinergias;

Força / motriz.

4° Passo:

Avaliação das potencialidades estratégicas:

Oportunidades de mercado;

Potencialidades competitivas (portfólios e imagem da marca);

Fatores críticos do sucesso (curva de experiência e barreira a entrada e saída).

5° Passo:

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Definição da estratégia competitiva:

Diferenciação tecnológica;

Condições econômico-financeiras;

Capacidade da gerencia;

Cenários de atratividade ambiental. 6° Passo:

Definição da estratégia competitiva:

Diferenciação tecnológica;

Condições econômico-financeiras;

Capacidade da gerencia;

Cenários de atratividade ambiental.

7° Passo:

Formulação de estratégias operacionais e funcionais. 8° Passo:

Planejamento formal, formulação de planos táticos / operacionais:

Plano de produção;

Plano de materiais;

Plano de finanças;

Plano de marketing;

Plano de vendas, propaganda, promoção, distribuição entre outros. Fonte: Cobra (1991, p. 20). Adaptado pela autora.

“Estas são, porém, apenas algumas considerações. Na verdade, o grande

dilema [...] com a própria razão de ser da empresa e sua missão estratégica

competitiva e finaliza com um programa de ação” (COBRA, 1991, p. 21).

2.3.1.3 Modelo de Kotler

Para Kotler e Fox (1994), o planejamento estratégico é um dos mais

importantes resultados do processo de marketing.

Na visão dos mesmos autores (1994, p.103), o planejamento estratégico tem

diversas seções, que serão apresentadas a seguir:

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Quadro 5 – Conteúdo de um plano de marketing.

I. Resumo executivo e sumário Apresenta uma rápida visão geral do plano proposto.

II. Situação atual de marketing Apresentam antecedentes relevantes sobre vendas, custos, lucros, mercado, concorrentes, distribuição e macro-ambiente.

III. Análise de oportunidades e questões

Identifica as principais oportunidades/ameaças, forças/fraquezas e questões relacionadas à linha de produtos.

IV. Objetivos Define as metas financeiras e de marketing do plano em relação a volume de vendas, participação de mercado e lucros.

V. Estratégias de marketing Apresenta a abordagem geral de marketing que será utilizada para alcançar os objetivos do plano.

VI. Programa de ação Apresenta os programas especiais de marketing projetados para atingir os objetivos do negócio.

VII. Demonstrativos de resultados projetados

Projeta os resultados financeiros esperados do plano.

VIII. Controles Indica como o plano será monitorado.

Fonte: Kotler e Fox (1994, p.103).

2.3.1.4 Modelo de Westwood

Em seguida, é apresentada a lista de conteúdos de um planejamento

estratégico completo, segundo Westwood (1996, p. 29):

Quadro 6- Plano de marketing do Westwood

- Conteúdo

- Introdução

- Sumário

- Analise de situação incluindo: Suposições; Vendas (Histórico e Orçamento); Revisão dos Mercados Estratégicos; Revisão dos Produtos-chave; Revisão das Áreas-chave de Vendas;

- Objetivos de Marketing

- Estratégias de Marketing

- Prazos, Custos, Responsabilidades - Promoção de Vendas

- Orçamentos

- Demonstrativos de Resultados

- Controles

- Processos de Atualização Fonte: Westwood (1996, p. 29).

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Para Westwood (1996), existem diferentes tipos de planejamento estratégico,

sendo eles: o plano completo, o básico e o plano histórico. O autor (1996) destaca

que existem planos para organizações com propósitos diferentes.

2.3.1.5 Modelo de Las Casas

Quadro 7– Roteiro simplificado para um plano de marketing.

1. Análise ambiental

1a. Ameaças e oportunidades Eventos Ameaças Oportunidades Sugestões

1b. Pontos fortes e fracos Aspectos analisados Concorrente 1 Concorrente 2 Empresa X

Pessoal Quantidade Qualificação

Ponto Forte

Ponto Fraco

Ponto Forte

Ponto Fraco

Ponto Forte

Ponto Fraco

Equipamentos Capacidade instalada Tecnologia

Finanças Recursos financeiros Possibilidade de obtenção de empréstimos

Marketing Produto Preço Distribuição Propaganda Equipe de vendas Promoção

2. Objetivos a. Quantitativos: b. Qualitativos: 3. Estratégia de marketing

3a. Público-alvo: 3b. Posicionamento: 3c. Estratégia do composto: Produto: Preço: Distribuição: Promoção: 4. Plano de ação

Atividades Encarregado Período Orçamento

5. Projeção de vendas e lucros

Período Vendas Lucros Observações

Fonte: Las casas (2007, p.46).

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Segundo Las Casas (2007), planeja-se quando se sabe de forma clara os

objetivos a alcançar, delineando uma direção para a organização.

Nesse sentido, para Las Casas (2007), a proposta do planejamento para as

pequenas empresas é a de elaboração de um formato mais simples, contendo todos

os elementos necessários.

O mesmo autor (2007) destaca que, todos os planejamentos estratégicos têm

aspectos comuns, o que os diferencia é o volume de informações em cada etapa do

processo.

Portanto, existem diferentes tipos de planejamento, cabe cada organização

adequar um modelo aos seus propósitos.

2.4 MODELO ESCOLHIDO E A CONCEPÇÃO DE OUTROS AUTORES

O modelo escolhido para guiar a construção do planejamento estratégico

orientado para o mercado com aplicação na empresa Instituto Catarinense de

Estágio e Assessoria é o modelo do autor Las Casas (2007). A seguir apresentam-

se as etapas desse planejamento de forma mais detalhada com a complementação

de outros autores.

2.4.1 Análise Ambiental

O primeiro passo, para elaborar um é a análise ambiental. Segundo Las

Casas (2007, p. 47), “há a necessidade de definir qual a situação atual para

estabelecer uma estratégia em sintonia com as tendências atuais e futuras”.

Analise ambiental é examinar todas as mudanças no ambiente externo que

possam afetar a organização e seus mercados, afirmam Churchill e Peter (2000).

Para Kotler e Fox (1994), algumas empresas ignoram ou resistem às

mudanças. Ou seja, a resistência é tão grande que mesmo quando já for muito tarde

continuam ignorando.

Portanto, a análise ambiental serve para que a organização estabelecer

estratégias que estejam e sintonia com as tendências do mercado.

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2.4.1.1 Análise do Macroambiente

Segundo o mesmo Kotler (1996) o ambiente de marketing é representado

pelas forças demográficas, econômicas, físicas, tecnológicas, políticas, legais,

sociais e culturais que afetam a empresa.

Las Casas (2007, p. 47) apresenta esta fase como à de identificação e das

principais variáveis de marketing que interferem no negócio. Assim, o ambiente

empresarial é formado pelas variáveis:

Econômicas;

Demográficas;

Sociais;

Culturais;

Tecnológicas;

Políticas;

Legais;

Outras.

Portanto, a análise macroambiental nada mais é do que a análise e

monitoramento do ambiente externo e que serão apresentadas a seguir.

2.4.1.1.1 Ambiente Demográfico

Segundo Cobra (1992, p 129), “entender o mercado significa compreender a

demografia e suas forças, pois os mercados são constituídos por pessoas”. Por isso

que cada vez mais os profissionais de marketing buscam a integração do ambiente

interno com o externo, pois o mercado é constituído de pessoas e são elas que

garante o sucesso ou não da empresa.

Para Las Casas (2007) o ambiente demográfico nada mais é do que as

características da população, suas taxas de crescimento, distribuição populacional,

migração entre outros.

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2.4.1.1.2 Ambiente Econômico

Na concepção de Kotler e Armstrong (1991) o ambiente econômico é

constituído por fatores que afetam diretamente os padrões de gastos dos

consumidores. Portanto, os profissionais de marketing precisam estar atentos as

mudanças na renda, nos gastos e nos hábitos dos consumidores.

Para Las Casas (2007) é preciso analisar as tendências de consumo,

emprego, crescimento da indústria, inflação, taxa de juros, balança de pagamento

entre outros para que se possa analisar o ambiente econômico.

O ambiente econômico “depende da renda, dos preços, da poupança, do

endividamento e da disponibilidade de crédito” destaca Kotler (2000, p. 167). É

importante ficar atento às tendências e as mudanças deste ambiente.

2.4.1.1.3 Ambiente Natural

Segundo Churchill e Peter (2003, p. 43) o “ambiente natural evolve os

recursos naturais disponíveis para a organização ou afetados por ela”. Ou seja, a

capacidade de uma empresa fornecer um bem ou um serviço pode ser alterada pelo

clima. Ou também, as empresas podem alterar o ambiente natural.

Para Kotler (2000, p. 169) “a deterioração do ambiente natural é uma

importante preocupação global”. As empresas devem estar conscientes da

importância desse assunto, assumindo sua responsabilidade social.

2.4.1.1.4 Ambiente Tecnológico

Las Casas (2007) as mudanças tecnológicas, as inovações, transferências

tecnológicas, marcas e patentes, pesquisas e desenvolvimento, incentivos fiscais

são fatores do ambiente tecnológico que podem ser analisados pelas empresas.

A tecnologia se desenvolve tão rapidamente, que altera significativamente os

ambientes em que estão inseridas. Kotler e Armstrong (1991) afirmam que as

tecnologias criam grandes oportunidades as organizações, para desenvolvimento de

novos produtos altamente tecnológicos e consequentemente inúmeras

oportunidades.

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2.4.1.1.5 Ambiente Político e Legal

O autor Las Casas (2007) destaca como pontos a serem analisado no

ambiente político e legal a: legislação, política internacional, política apartidária,

política legislativa, distribuição de renda e enfim a política.

Em complemento a afirmação acima, Boone e Kurtz (2009, p. 91) enfatizam

que os “requisitos e proibições tocam em todos os aspectos da tomada de decisões

no marketing: design, rótulo, embalagem, distribuição, publicidade e promoção de

produtos e serviços”. Portanto, as empresas devem estar atentas as leis evitando

problemas futuros.

2.4.1.1.6 Ambiente Sociocultural

“Os valores culturais de um povo ou mesmo de uma comunidade tendem a

estabelecer uma linha de comportamento influenciada por valores e crenças”

(COBRA, 1992, p. 31). Portanto, os profissionais de marketing precisam estar

atentos às diversas culturas e comercializar produtos e serviços que atendam as

necessidades e os valores de cada grupo.

Os fatores religiosos, geográficos e raciais precisam ser analisados, segundo

Las Casas (2007), assim como, alfabetização, situação política entre outros.

2.4.1.2 Análise do Microambiente

Para Cobra (1992) o microambiente é composto pelo ambiente operacional,

que são os clientes, fornecedores, distribuidores, concorrentes, o público em geral,

os agentes financeiros, os sindicatos, o governo, etc.

Na análise do microambiente todos os agentes afetam a capacidade da

empresa, por isso são estudados e analisados os públicos de interesses como os

clientes, concorrentes e fornecedores.

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2.4.1.2.1 Clientes

Chiavenato (1994) afirma que os clientes são os usuários/consumidores dos

produtos/serviço da empresa. Portanto, os clientes são o motivo de a empresa

existir.

Os clientes são de grande importância para a organização, pois são eles que

geram sua receita, por isso as empresas devem ter conhecimento sobre seu público

alvo e saber quais são as suas necessidades e desejos. No entanto, Cobra (1992)

afirma que é necessário que a empresa esteja atenta, pois as necessidades dos

clientes não são estáticas e obrigam a empresa alterar suas estratégias de

marketing.

2.4.1.2.2 Concorrentes

Os concorrentes são empresas que oferecem produtos ou serviços iguais ou

semelhantes à de outra organização. Segundo Oliveira (2002, p. 75) a análise dos

concorrentes fazem parte da análise externa, “entretanto, seu tratamento deve ser

detalhado, pois seu produto final irá proporcionar a identificação das vantagens

competitivas da própria empresa e de seus concorrentes”.

Para o autor (2002) quanto maior o nível de conhecimento dos concorrentes,

maior o risco da empresa e o risco estratégico. Mas, se o nível de conhecimento

sobre o concorrente for alto, menor o risco estratégico.

2.4.1.2.3 Fornecedores

Os fornecedores são empresas que fornecem matéria-prima para

desenvolvimento do produto. Cobra (1992) enfatiza a importância de ver o

fornecedor com um concorrente potencial, pois a qualquer momento ele pode

fabricar e vender direto aos clientes.

O aumento nos custos dos suprimentos pode forçar o aumento dos preços

dos produtos, podendo prejudicar o volume de vendas da empresa. Em curto prazo,

prejudicarão as vendas e em longo prazo a imagem da empresa, segundo Kotler e

Armstrong (1991).

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2.4.2 Ameaças e oportunidades

“Esta etapa verifica as ameaças e oportunidades que estão no ambiente da

empresa e as melhores maneiras de evitar e usufruir dessas situações” (OLIVEIRA,

2001, p. 65). Portanto, as empresas devem ter um olhar para fora tentando

identificar as oportunidades que possam usufruir e evitando as ameaças.

É através do planejamento estratégico que a empresa espera conhecer e

aproveitar as oportunidades do ambiente externo. “Oportunidade é a força ambiental

incontrolável pela empresa, que pode favorecer a sua estratégia, desde que

conhecida e aproveitada satisfatoriamente enquanto perdura” (OLIVEIRA, 2001, p.

60).

Do mesmo modo, a organização espera conhecer e evitar as ameaças

externas. O autor (2001, p. 60) explica que “ameaça é a força ambiental

incontrolável pela empresa, mas que poderá ou não ser evitada, desde que

conhecida em tempo hábil”.

Para Kotler (2000, p. 99) ameaça “é um desafio imposto por uma tendência

ou desenvolvimento desfavorável que levaria, na ausência de uma ação de

marketing defensiva, à deterioração das vendas ou dos lucros”. Ameaça pode levar

ao enfraquecimento das organizações no alcance dos seus objetivos.

De acordo com Las Casas (2007, p. 48), oportunidades “são fatos que podem

auxiliar a empresa a obter uma situação privilegiada”. Assim sendo, quando bem

utilizados podem trazer benefícios à empresa.

Depois de apresentado os conceitos o próximo procedimento é identificar

ameaças e oportunidades de cada evento, apresentas por Las Casas (2007, p. 48).

Esta etapa apresenta a análise de todos os itens, identificando as ameaças, as

oportunidades e as sugestões para esse evento.

Quadro 8- Análise de ameaças e oportunidades.

Eventos Ameaças Oportunidades Sugestões

Economia: Inflação reduzida em torno de 1%

Clientes podem adiar decisão de compra

Melhora do poder aquisitivo Maior conscientização do preço

Rever política de preços

Fonte: Las Casas (2007, p. 49).

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Algumas ações podem exigir soluções de longo prazo ou de curto prazo.

“Algumas ações devem ocorrer imediatamente, para fazer frente a uma situação de

urgência, enquanto outras são mais previsíveis, permitindo uma mudança mais lenta

e programada” (LAS CASAS, 2007, p. 65).

Portanto, é através do planejamento estratégico que a empresa espera

conhecer e aproveitar as oportunidades do ambiente externo e procurar evitar suas

ameaças de acordo com sua gravidade e ocorrência, ou então adaptar-se a elas.

2.4.3 Análise dos pontos fortes e fracos

Nesta fase deverá ser feita a análise subjetiva dos recursos da organização

em relação aos principais concorrentes, afirma Las Casas (2007). O autor (2007)

sustenta afirmando que essa análise pode ser determinante para traçar os caminhos

futuros da empresa. É o monitoramento constante do ambiente para que a empresa

mantenha-se sempre atualizada.

Para Westwood (1996), talvez seja mais importante à informação disponível

dentro da empresa do que as informações gerais do mercado.

Se a organização não conhece seus pontos fortes, não utilizará suas forças,

consequentemente enfraquecerá e não terá mais o poder de gerar recursos e

produzir lucros, afirma Cobra (1991).

Las Casas (2007) define pontos fortes como todos os fatores que apresentam

vantagens competitivas em relação a qualquer atividade. E o autor (2007) define

pontos fracos como todos os aspectos que influenciam negativamente na

capacidade da empresa. Portanto, as empresas que tenham vantagens competitivas

sobre as outras, aproveitaram mais facilmente as oportunidades oferecidas pelo

mercado.

Para Oliveira (2001, p. 83) os pontos fortes “são as variáveis internas e

controláveis que propiciam uma condição favorável para a empresa, em relação ao

seu ambiente”. Esses pontos fortes podem ser reconhecidos e desenvolvidos pela

empresa.

O mesmo autor (2001, p. 83) afirma que pontos fracos “são as variáveis

internas e controláveis que provocam uma situação desfavorável para a empresa,

em relação ao seu ambiente”. Os pontos fracos também devem ser conhecidos e

melhorados.

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Dependendo do tipo de negócio, existem vários itens que podem ser

relacionados para a identificação dos pontos fortes e fracos das empresas, conforme

suas necessidades. Las Casas (2007) aponta de uma forma simplificada alguns

itens:

Marketing e distribuição;

Pesquisa e desenvolvimento e engenharia;

Produção e administração de operação;

Recursos pessoais e corporativos;

Finanças e contabilidade.

Ao analisar os pontos fortes e fracos da empresa e da concorrência, Las

Casas (2007) explica que é preciso estabelecer uma análise para identificar onde há

maiores chances em relação aos principais concorrentes. O autor (2007) deixa clara

a importância das alterações nesse roteiro devido às constantes mudanças no

mercado e a forma mais simples de fazer esses acompanhamentos é através das

fichas de controle.

O primeiro passo é identificar os concorrentes, utilizando o seguinte modelo:

Quadro 9- Identificação dos concorrentes.

Principais Concorrentes Empresa 1. ______________________ 2. ______________________________ 3. ______________________________ 4. ______________________________

Localização ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________

Concorrentes Indiretos mais Importantes 1. ______________________________ 2. ______________________________ 3. ______________________________ 4. ______________________________

Localização ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________

Fonte: Las Casas (2007, p. 71).

Cada um dos concorrentes deverá ter uma ficha com informações adicionais

sobre os negócios e a administração, apresenta Las Casas (2007). O autor (2007)

sustenta apresentando uma ficha de investigação na própria concorrência.

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“Uma vez que os pontos fortes e fracos tenham sido identificados, fica mais

fácil para o planejador conduzir uma estratégia de marketing em sintonia com o

mercado” aponta Las Casas (2007, p. 83). O autor (2007) sustenta a afirmação com

a ideia de que conhecendo as ameaças e as oportunidades, os pontos fortes e

fracos o estrategista poderá determinar os objetivos a perseguir.

A análise subjetiva dos diferentes recursos da organização em relação aos

seus principais concorrentes é apresentada no quadro 10.

O quadro 10 busca apresentar um modelo para conhecer os principais

concorrentes. Na primeira coluna são apresentados os itens que a empresa julga

importante para serem analisados nos concorrentes. E nas demais colunas serão

apresentadas as notas dos participantes, ou simplesmente marcar se considera a

variável um ponto forte ou um ponto fraco em relação aos principais clientes

analisados.

Quadro 10– Análise dos pontos fortes e fracos.

Aspectos analisados

Concorrente 1 Concorrente 2 Empresa X

Pessoal Quantidade Qualificação

Ponto Forte

Ponto Fraco

Ponto Forte

Ponto Fraco

Ponto Forte

Ponto Fraco

Equipamentos Capacidade instalada Tecnologia

Finanças Recursos financeiros Possibilidade de obtenção de empréstimos

Marketing Produto Preço Distribuição Propaganda Equipe de vendas Promoção

Fonte: Las Casas (2007, p. 46). Adaptado pela autora.

Portanto, os pontos fortes e fracos compõem a análise interna da empresa.

Pontos fortes são todos os fatores que apresentam vantagens competitivas e pontos

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fracos são os aspectos que influenciam negativamente na capacidade da empresa.

Portanto, as empresas que tem vantagens competitivas sobre as outras,

aproveitaram mais facilmente as oportunidades oferecidas pelo mercado.

2.4.4 Postura estratégica

A postura estratégica pode ser escolhida tendo em vista a sua capacidade e o

objetivo estabelecido, ou seja, de acordo com a situação da empresa. Oliveira (2001,

p. 181) apresenta alguns tipos básicos de estratégias na figura 4: estratégia de

sobrevivência, manutenção, crescimento ou desenvolvimento.

Figura 4 - Tipos básicos de estratégias.

Fonte: Oliveira (2001, p. 188).

A combinação de estratégias deve aproveitar todas as oportunidades

possíveis utilizando a estratégia certa no momento certo, afirma Oliveira (2001).

Analisando a figura 4, o executivo poderá adotar uma estratégia básica para cada

situação ou momento que a empresa apresenta, mas com cuidado para não perder

a sua personalidade.

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2.4.5 Objetivos

“Os objetivos são como uma bússola para o administrador” afirma Las Casas

(2007, p. 51). Somente após a determinação dos objetivos que é possível

estabelecerem as estratégias da empresa.

Objetivo é aquilo que a empresa pretende alcançar. “Este diz respeito ao que

você quer conseguir – as metas fundamentais do plano” complementa o autor

Westwood (1996, p. 26).

O autor Oliveira (2001) define objetivo como uma situação que a empresa

pretende atingir, ou seja, para onde serão dirigidos seus esforços.

Em perspectiva similar Cobra (1991, p. 31) afirma que “a razão de ser de uma

organização está configurada nos objetivos que ela persegue e, para atingi-los, é

preciso alocar recursos que possibilitem alcançá-los ou realizá-los”. Portanto, a

alocação de recursos é necessária para o alcance dos objetivos pretendidos pela

empresa.

Na mesma linha de raciocínio dos demais autores, Las Casas (2007) afirma

que objetivos representam tudo que a empresa pretende atingir, seja por meio de

táticas ou estratégias. “Os objetivos representam aonde se quer chegar e as

estratégias orientam como chegar” sustenta Las Casas (2007, p. 85).

Para Cobra (1991, p. 32), existem três elementos que compõem um objetivo e

são apresentados no quadro 11.

Quadro 11– Elementos que compõem um objetivo.

1. O atributo escolhido como medida de eficiência. Por exemplo: o lucro.

2. O padrão os escala em que o atributo é medido. Por Exemplo: Lucro líquido antes do imposto de renda.

3. A meta é o valor específico na escala que a empresa procura atingir. Por exemplo: lucro líquido de 15%.

Fonte: Cobra (1991, p. 32). Adaptado pela autora.

Portanto, a meta habilita que a empresa avalie seu desempenho em relação

às metas totais ou parciais.

“É importante que os objetivos estejam na linha de pretensões mais amplas

da empresa”, explica Las Casas (2007, p. 86). Neste caso, os objetivos devem ter

uma relação com a missão da empresa, afirma o autor (2007).

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Assim sendo, o primeiro passo é preocupar-se com a determinação de qual

será a missão, mesmo antes de definir os objetivos. “Missão é a razão de ser de

uma empresa” (LAS CASAS, 2007, p. 86).

A missão é a determinação do motivo central do planejamento estratégico, ou seja, a determinação de “aonde a empresa quer ir”. Corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar. Portanto, a missão representa a razão de ser da empresa. Salienta que esta missão não está diretamente relacionada com o estatuto social da empresa, e é, na realidade, muito mais ampla, e envolvendo inclusive expectativas. (OLIVEIRA, 2001, p. 71)

“Inicialmente, determine o negócio da empresa” (LAS CASAS, 2007, p. 86).

Ou seja, antes de determinar a missão da empresa é necessário definir o negócio

em função do mercado.

Na definição do negócio de uma empresa avaliam-se os fatores internos

(endógenos), como por exemplo, os equipamentos de fabricação disponíveis e os

fatores externos (exógenos), que é a busca de quem são os clientes da empresa,

reais e os potenciais, afirma Cobra (1991).

Após definido o negócio de atuação da empresa e a missão, o administrador

desenvolverá seu plano e como mencionado anteriormente, os objetivos determinam

aonde a empresa quer chegar. Enfim, Las Casas (1999, p. 89) apresenta que:

Objetivos são os resultados operacionais, financeiros ou qualquer outro que a empresa deseja atingir em determinado período com seu plano estratégico, podendo ser quantitativos ou qualitativos e determinados a curto, médio e longo prazo. Objetivos são os resultados que queremos atingir e as estratégias são as formas de aí chegar.

Na mesma concepção Las Casas (2007, p. 90) afirma que “os objetivos

podem ser expressos tanto por números ou percentuais, como por procedimentos”.

Por isso, o autor (2007) apresenta os aspectos quantitativos e qualitativos na

determinação dos objetivos:

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Quadro 12- Objetivos quantitativos e qualitativos.

Objetivos quantitativos: São os que expressam uma quantidade ou medida. Exemplos: aumentar as vendas em 10%, aumentar a fatia de mercado de 5% para 15% ou aumentar pontos-de-venda de 120 para 300.

Objetivos qualitativos: São todos aqueles que expressam uma qualidade específica. Exemplos: melhorar a qualidade de produtos, ou a imagem da empresa, treinar os vendedores e capacitar às recepcionistas.

Fonte: Las Casa (2007 p. 91-92). Adaptado pela autora.

O autor Las Casas (1991, p. 91) apresenta que “um plano de marketing pode

ser para um período relativamente pequeno, para um ano de atuação, por exemplo”.

Existem também os objetivos de longo prazo, aqueles com um período maior.

“Muitas vezes o planejamento de marketing não pode ser proativo, mas

reativo” (LAS CASAS, 1991, p. 92). Isso significa que apesar de todo o planejamento

feito para tomar iniciativas, normalmente o planejador se vê fora das situações

planejadas.

O autor (2007, p. 93) ressalta que “ao fazer um plano de marketing,

estaremos interessados no desenvolvimento de objetivos relacionados,

principalmente, às estratégias do composto”. Apresenta vários objetivos possíveis

para uma organização incluir em um plano:

Quadro 13- Objetivos de marketing.

Rentabilidade:

Fixação da taxa de crescimento do resultado desejado por produto e por gama de produtos;

Melhoramento da produtividade por pessoa empregada;

Progressão do volume de negócio por pessoa empregada.

Mercados:

Determinação das parcelas de mercado;

Escolha de novos segmentos de mercado;

Melhoramento da posição concorrencial sobre um ou outro mercado.

Produtos:

Evolução do volume de negócios por produto o por tipo de produtos;

Objetivos de lucro por produto ou por gama de produtos;

Decisão em matéria de abandono de produtos, de modificação de produtos existentes ou de lançamento de novos produtos;

Consolidação de certos portfólios na distribuição;

Diversificação dos produtos em função de novos alvos ou de novos segmentos do mercado;

Crescimento da fidelidade dos consumidores;

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Proposição de novas utilizações para os produtos.

Distribuição:

Reforçar a posição em certos canais de distribuição;

Introdução de novos canais de distribuição;

Abertura à exportação.

Força de vendas:

Repartição do volume de negócios por produto e por segmento entre vendedores;

Reforço ou diminuição da força de vendas;

Formação da força de vendas;

Melhoria do rendimento da prospecção das propostas.

Comunicação:

Crescimento da notoriedade da empresa;

Aumento do número de contatos;

Melhor cobertura geográfica da comunicação;

Desenvolvimento da política de comunicação interna. Fonte: Las Casas (2007, p. 94). Adaptado pela autora.

Portanto, depois de feita a análise dos ambientes internos e externos, da

definição do negócio da empresa, da missão e dos objetivos para um plano de

marketing, o planejador tem mão tudo aquilo que a empresa pretende atingir.

2.4.6 Estratégias de marketing

O próximo passo para a elaboração do plano de marketing é a determinação

das estratégias. Segundo Las Casas (2007), após a identificação dos objetivos faz

se necessário determinar quais atividades são necessárias para alcançá-lo.

Alguns autores apresentam conceitos de estratégia de marketing. Oliveira

(2001) diz que o conceito básico de estratégia está ligado a empresa e seu

ambiente, que neste momento a organização procura definir e operacionalizar

estratégias, estabelecendo os caminhos, cursos e programas de ação que são

seguidos para alcançar os objetivos.

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Quadro 14- Tipos de estratégias.

Estratégias defensivas

Melhorar a imagem da companhia;

Melhorar a qualidade / confiabilidade do produto / serviço;

Melhorar a confiabilidade das promessas de prazos de entrega;

Dar um novo estilo / redesenhar a embalagem dos produtos / serviços;

Melhorar o desempenho do produto;

Aumentar a durabilidade do produto;

Superar as falhas do produto.

Estratégias de desenvolvimento

Aumentar a variedade de tamanhos / cores/ materiais oferecidos;

Aumentar a variedade de serviços oferecidos;

Aumentar a variedade de características extras / opções oferecidas;

Encontrar diferentes utilidades para o produto;

Desenvolver um novo produto;

Tornar o produto mais favorável ambientalmente.

Estratégias de ataque:

Mudar a política de estabelecimento de preços;

Usar novos canais de vendas;

Encontrar novos distribuidores;

Entrar em novos mercados geográficos;

Entrar em novos setores industriais. Fonte: Westwood (1996, p. 141). Adaptado pela autora.

Westwood (1996, p. 141) destaca no quadro 14 os tipos de estratégia, e diz

que “todas as estratégias são de um destes tipos, ou uma combinação de mais de

uma delas”.

O autor (1996) afirma que a estratégia define os meios para se atingir os

objetivos. “Elas se relacionam aos produtos, estabelecimento de preços,

propaganda/comunicação e distribuição” (WESTWOOD, 1996, p. 138). Relacionam-

se também às vendas.

Segundo Churchill e Peter (2000), as estratégias de marketing buscam

alcançar os objetivos de marketing analisando seus mercados-alvo e seu composto

de marketing.

O planejador escolherá determinado tipo de estratégia mais adequada, tendo

em vista sua capacidade e os objetivos estabelecidos, diz Oliveira (2001).

A seguir, o autor Oliveira (2001, p. 188) apresenta alguns dos seus tipos de

estratégias.

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Quadro 15- Tipos básicos de estratégias.

Diagnóstico Interno

PREDOMINÂNCIA DE PONTOS FRACOS

PREDOMINÂNCIA DE PONTOS FORTES

Predominância de Ameaças

Postura estratégica de sobrevivência

Postura estratégica de manutenção

Redução de custos

Desinvestimento

Liquidação de negócios

Estabilidade

Nicho

Especialização

Predominância de Oportunidades

Postura estratégica de crescimento

Postura estratégica de crescimento

Inovação

Internacionaliza-ção

Joint venture

Expansão

De mercado

De produtos

Financeiro

De capacidades

De estabilidade DIVERSIFICAÇÃO

- Horizontal - Vertical - Concêntrica - Conglomerativa - Interna - Mista

Fonte: Oliveira (2001, p. 188).

Ressalta-se que é interessante que o administrador tenha a capacidade de

escolher a estratégia certa para cada situação e para cada momento em que a

empresa se encontra. “Mas, naturalmente, esta flexibilidade estratégica não pode ser

exagerada, pois a empresa pode perder a sua personalidade” (OLIVEIRA, 2001, p.

187).

Las Casas (2007) apresenta que, os passos para determinação das

estratégias de marketing são os seguintes: determinação do mercado alvo, do

posicionamento e a escolha do composto de marketing.

2.4.6.1 Determinação do mercado alvo

A determinação do mercado-alvo é importante, pois não se consegue atender

a todos em um mercado. “Por tanto, o reconhecimento de segmentos no mercado

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leva-nos a pensar em termos de mercado-alvo, grupos de consumidores específicos

que temos interesse de atingir” (LAS CASAS, 2007, p. 96).

Os autores Churchill e Peter (2005, p. 204) apontam que segmentação de

mercado é “o processo de dividir um mercado em grupos de compradores potenciais

que tenham semelhantes necessidades e desejos, percepção de valores ou

comportamento de compra”.

Segmentos são grupos de consumidores homogêneos entre si, nesse sentido,

segmentar é o processo de separar esses grupos de forma heterogênea. O autor

(2007) afirma que é importante escolher o mais indicado para o alcance dos

objetivos da empresa, com base na análise do potencial de cada um.

Quadro 16- Análise de segmento.

FATORES ANALISADOS

SEGMENTO 1 SEGMENTO 2 SEGMENTO 3

Há a possibilidade de o segmento ser quantificado?

O segmento é substancial?

O segmento pode ser abordado com composto específico?

Fonte: Las Casas (2007, p. 97).

Segundo o Las Casas (2007), o quadro 16 apresenta a análise dos

segmentos, usando como critério a atratividade do mercado em que alguns fatores

foram selecionados. O autor (2007) deixa claro que o planejador pode fazer as

adaptações necessárias na coluna “fatores analisados” de acordo com seu

segmento.

O administrador pode escolher um, dois ou mais segmentos. No caso da

escolha de apenas um segmento, todos os esforços serão dirigidos para esse

mercado-alvo. “Nesse caso, é desenvolvido um produto para atender às

necessidades específicas do público-alvo, bem como preço, canal de distribuição e

promoção em mídias adequadas” (LAS CASAS, 2007, p. 97).

O autor (2007, p. 98) afirma também que “um mesmo composto de marketing

poderá ser dirigido a um ou mais segmentos”. Essa é uma decisão que dependerá

do esforço dedicado pela empresa.

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Portanto, segmentação de mercado é a separação dos consumidores em

grupos heterogêneos, conforme suas características e necessidades, auxiliando a

empresa na determinação das estratégias de marketing, que são as atividades

necessárias param se alcançar os objetivos estabelecidos pela empresa.

2.4.6.2 Posicionamento

Para Las Casas (2007), posicionamento é a percepção dos consumidores a

respeito dos produtos ou marcas. É uma imagem mental que depende da

apresentação dos diferenciais pela empresa.

Kotler (2000, p. 321) afirma que posicionamento “é o ato de desenvolver a

oferta e a imagem da empresa para ocupar um lugar destacado na mente dos

clientes-alvo”. As empresas buscam inovar atraindo mais fortemente seu público-

alvo.

Na mesma linha, Cobra (1991, p. 170) diz que “o posicionamento é entendido

como o lugar que o produto ocupa na mente do consumidor em relação aos

produtos concorrentes”. A imagem depende de como a empresa apresentará seus

diferenciais. O autor (1991) afirma que o posicionamento pode ser obtido por meio

de diversas variáveis do composto de marketing,

Para posicionar um produto, é preciso que se tenha uma pesquisa que revele

os atributos importantes para os consumidores e como a concorrência está

posicionada, afirma Las Casas (2007).

Portanto, o posicionamento é como os consumidores veem os produtos, o

lugar que ele ocupa em suas mentes em relação aos concorrentes. Por isso, que é

importante que as organizações promovam diferenciais e inovem, para que possam

conquistar um lugar de destaque em meio a tanta concorrência.

2.4.6.3 Estratégia do composto de marketing

Segundo Churchill e Peter (2005, p. 20) “o composto de marketing é uma

combinação de ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e

alcançar os objetivos da organização”.

Para Las Casa (2007), estratégia é a análise dos fatores externos e a escolha

da melhor forma de desenvolvimento para atingir posições diferentes.

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Já para Kotler e Armstrong (2003, p. 47) o composto de marketing é o

“conjunto de ferramentas de marketing táticas e controláveis que empresa utiliza

para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo”.

Para o autor Las Casas (2007) as alternativas estratégicas de marketing

referem-se às táticas, pois são desenvolvidas em uma etapa intermediária.

Portanto, a estratégia de marketing estabelece os caminhos, cursos e

programas de ação para alcançar os objetivos. Na elaboração das estratégias de

marketing as empresas podem definir quais serão seus públicos-alvo, o seu

posicionamento e por ultimo, a escolha das estratégias do composto de marketing.

2.4.7 Plano de Ação

Para Westwood (1996), após determinada às estratégias e as táticas para

realizar os objetivos de marketing da empresa, é preciso voltar ás estratégias na

direção de programas ou planos de ação que permitam instruções claras para a

equipe.

“O plano de ação corresponde às atividades operacionais de uma empresa. É

um detalhamento do que se deve fazer, quando e como as atividades serão

desenvolvidas” (LAS CASAS, 2007, p. 115). O plano auxilia os participantes no

conhecimento de suas responsabilidades e o cronograma para realizá-las.

Oliveira (2001), diz que plano de ação é o conjunto das partes comuns dos

projetos, quanto ao assunto que está sendo tratado. Isso significa que o plano de

ação inclui todas as etapas usadas no desenvolvimento da estratégia de marketing,

que necessitam de alguma ação.

Para Kotler (1998, p. 105) “os planos de ação permitem que a gerente de

produto prepare um orçamento de apoio”. Os planos de ação contam com a

apresentação de suas receitas e despesas sendo a diferença do lucro projetado.

Portanto, o plano de ação apresenta o que deve ser feito na empresa e como

as atividades serão desenvolvidas, para atingir os objetivos e as metas traçadas.

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2.4.8 Projeções de Vendas e Lucros

Segundo Churchill e Peter (2000, p. 104) a projeção de vendas “é uma

estimativa das vendas futuras prováveis da empresa”. Ou seja, a análise das

informações da demanda passada e da atual.

Para Las Casas (2007, p. 132), “é necessário fazer uma projeção de vendas e

lucros para justificar o investimento em um plano de marketing”. Portanto, é

necessário determinar o retorno que a empresa terá com esse investimento.

Quadro 17- Projeção de vendas e lucros.

Período: Inclua, aqui, o período a ser considerado no planejamento, que pode ser mensal, semanal ou outro qualquer, de acordo com a necessidade de seus negócios. O mais comum é que as empresas determinem períodos mensais;

Vendas:

Coloque, aqui, o valor estimado de vendas para o período. As projeções podem considerar produtos específicos, em unidade, ou grupos de produtos em valores monetários; Lucros:

Geralmente, os planejadores fazem uma estimativa de lucro que irão ter no período com a determinação de percentuais sobre as vendas. Inclua esses percentuais e quanto pretende lucrar; Observações:

Inclua, aqui, qualquer observação que julgar importante, como alterações nos planos, no ambiente etc.

Fonte: Las Casas (2007, p. 132). Adaptado pela autora.

É apresentada por Las Casas (2007, p. 132) no quadro 17, a projeção de

vendas e lucros.

Fazendo uma análise desse tipo, se tem um controle total dos resultados do

plano de marketing, assim é possível verificar se as vendas estão andando conforme

foi planejado e se o plano está gerando os lucros previstos, afirma Las Casas

(2007). O autor (2007) destaca a importância da correção imediata de qualquer

desvio no plano.

Portanto, a projeção de vendas e lucros facilita o controle total dos resultados

do plano de marketing, analisando se as vendas estão acontecendo conforme

planejado, bem como se o plano está gerando os lucros previstos.

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3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Esse capítulo reúne informações a cerca dos procedimentos metodológicos

utilizados para o desenvolvimento do presente trabalho. Apresentam-se também as

ferramentas usadas para a coleta e análise dos dados, procedimentos

indispensáveis para conclusão do estudo.

Para alcançar o objetivo principal que é de elaborar um plano estratégico

orientado para o mercado, com aplicação na empresa Instituto Catarinense de

Estágio e Assessoria, definiu-se como procedimento básico a aplicação de um

modelo teórico existente na literatura.

Portanto, esse trabalho caracteriza-se como um projeto de aplicação de um

modelo. Sendo assim, refere-se a um projeto de proposição de planos que, segundo

Roesch (1996, p. 64), “[...] trata, normalmente, da aplicação de modelos estudados

durante o curso a situações práticas”.

O estágio será realizado no Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria –

ICEA, no período de agosto de 2012 á junho de 2013. A empresa localiza-se na

Avenida Osmar Cunha, número 183, no Edifício Ceisa Center, bloco A, sala 707, no

Centro de Florianópolis.

A pesquisa bibliográfica conceituada pelos autores Marconi e Lakatos (2010),

abrange toda a bibliografia que já se tornou pública, desde publicações avulsas até

meios de comunicação oral, colocando o pesquisador em contato direto com tudo

que já foi escrito. Segundo o autor (2010), trata-se do levantamento de toda a

bibliografia já publicada, em diferentes formas (livros, revistas, publicações avulsas e

impressa escrita).

O modelo escolhido para guiar a construção do plano estratégico orientado

para o mercado, com aplicação na empresa Instituto Catarinense de Estágio e

Assessoria é o modelo do autor Las Casas (2007). Que foi seguido conforme as

etapas:

Análise ambiental: análise das ameaças e oportunidades,

Análise dos pontos fortes e fracos;

Postura estratégica

Objetivos;

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Estratégias de marketing;

Plano de ação;

Projeção de vendas e lucros.

A análise ambiental seguiu a orientação de outros autores e foi adaptada para

o desenvolvimento do trabalho. No item macroambientes não se apresenta a

variável ambiente natural, pois envolve recursos naturais que afetam a organização

ou afetados por ela, sedo assim, o mesmo não contribui para o desenvolvimento do

objetivo do trabalho.

O mesmo acontece com o item projeção de vendas e lucros, que tem por

finalidade estimar as vendas futuras e prováveis pela empresa. Portanto, não é

apresentado no decorrer do plano, pois não tem grande contribuição para o alcance

do objetivo principal.

A coleta de dados foi desenvolvida por meio de pesquisa documental,

entrevistas, questionários e observação participante. Para Pádua (2000, p. 65)

pesquisa documental:

É aquela realizada a partir de documentos, contemporâneos ou retrospectivos, considerados cientificamente autênticos (não fraudados); tem sido largamente utilizada nas ciências sociais, na investigação histórica, a fim de descrever/comparar fatos sociais, estabelecendo duas características ou tendências.

Segundo Roesch (2012) entrevista é uma pesquisa de mercado e de opinião,

necessária quando nos questionários existem muitas questões aberta além de

assegurar maior taxa de respostas.

Para Marconi e Lakatos (2010), o questionário apresenta uma série de

perguntas ordenadas, que são respondidas por escrito e sem a presença do

entrevistador.

A observação participante ou observação ativa, conforme Gil (1994) é um tipo

de observação na qual existe a real participação do observador na vida da

comunidade, do grupo ou de uma situação determinada. O observador assume o

papel de um membro do grupo.

No desenvolvimento do modelo escolhido foram realizadas pesquisas

qualitativas e quali-quantitativa, que segundo Roesch (2012), a pesquisa qualitativa

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é a mais apropriada para a avaliação formativa, quando se trata de melhorar a

efetividade de um programa ou plano. Mas não é adequada para avaliar resultados

de programas ou planos.

De acordo com Oliveira (2001), a abordagem qualitativa tem como objetivo

situações complexas e particulares, uma vez que facilita descrever a complexidade

de uma determinada hipótese ou problema. Analisando a interação das variáveis,

sendo que foram à base para a elaboração do plano estratégico para a instituição

em questão, além de detectar as falhas da organização e traçar novos rumos para a

empresa, conseguindo definir a melhor forma para alcançar os resultados

esperados.

A pesquisa quali-quantitativa, como o próprio nome indica, representa a

combinação das duas modalidades. Portanto, requer o uso de recursos e de

técnicas estatísticas, porém não abdica da interpretação dos fenômenos e da

atribuição de significados aos dados.

A análise dos dados qualitativos requer que a acadêmica caminhe de forma

ordenada, com disciplina, uma mente organizada e perseverança. Para Godoi, Mello

e Silva (2006, p. 137)) “a análise de dados inclui uma atividade reflexiva que resulta

num conjunto de notas que guia o processo, ajudando o pesquisador a mover-se

dos dados para o nível conceitual”. Os dados são segmentados e analisados em

conjuntos de dados cada vez menores e mais homogêneas, afirmam os autores

(2006).

Para Godoi, Mello e Silva (2006), a manipulação dos dados qualitativos é uma

tarefa bem eclética, não há melhor meio de realizá-la, porém deve ser conduzida

artisticamente. O resultado da análise qualitativa é um tipo de síntese mais elevado,

através de um quadro mais amplo e consolidado.

Nesse sentido, a entrevista qualitativa foi aplicada com o proprietário do

Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria – ICEA e permitiu a coleta de dados

primários, ou seja, aqueles coletados pela primeira vez. Segundo Roesch (2012), a

coleta dos dados primários normalmente é feitas através de entrevistas,

questionários, teste e a observação.

A entrevista (APÊNDICE A) foi criada e aconteceu no dia 29 de novembro de

2012 na própria empresa.

Visando propor uma melhor estrutura de planejamento para o presente

estudo, foi aplicado questionários quali-quantitativos com 10 dos principais clientes

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(APÊNDICE B). Primeiramente, manteve-se o contato por telefone com os

representantes das empresas ou com os responsáveis pela contratação dos

estudantes. Para realização da pesquisa, foi encaminhado via e-mail um

questionário para cada um dos participantes, que responderam individualmente as

questões. O envio dos questionários por e-mail aconteceu no mês de dezembro de

2012 e o recebimento do último questionário respondido foi no mês de fevereiro.

Alguns clientes preferiram não responder o questionário por falta de tempo,

dificultando, mas não impedido a realização da pesquisa.

Também foi aplicado questionários quali-quantitativos com 4 dos principais

concorrentes situados em Florianópolis (APÊNDICE D), mas apenas dois

responderam, o restante preferiu não divulgar as informações. O primeiro contato foi

feito por telefone e não foi divulgado o nome da empresa. Os questionários foram

encaminhados por e-mail para os gestores e respondidos individualmente no mês de

Janeiro de 2013.

E por último, a pesquisa quali-quantitativa com todos os funcionários do

Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria (APÊNDICE C). O questionário foi

aplicado com 6 funcionárias no dia 23 de janeiro de 2013, na própria empresa.

Nos dados secundários, foram coletados de sites, notícias, artigos na internet

e informações relevantes para o estudo, além de documentos da empresa. Os dados

secundários para a Roesch (2012, p. 140) não são “criados” pelo pesquisador.

Para Mattar (1997), dados secundários são aqueles que já foram coletados e

estão à disposição dos interessados.

Após a coleta dos dados, foi elaborada a análise da Matriz Swot, que permitiu

a avaliação tanto do ambiente interno como do ambiente externo, conhecendo e

relacionando os pontos fortes e fracos, assim como as ameaças e as oportunidades.

Na sequência, identificaram-se quatro diretrizes estratégicas, permitindo a

identificação dos objetivos e as estratégias de cada um. Por fim, sugeriu-se um

plano de ação para a empresa.

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4 RESULTADO DA APLICAÇÃO

Na sequência do estudo será exposta a caracterização da empresa,

descrevendo a organização estudada, em seguida serão apresentados os resultados

da pesquisa, realizada com o proprietário, os funcionários, clientes e concorrentes

do Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria – ICEA.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

O Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria foi fundado em 11 de junho

de 2002, por Edmon Duarte Nader, é uma sociedade civil que busca desenvolver

nos estudantes, através do estágio, as habilidades pessoais exigidas pelo mercado

de trabalho. Assim, a criação do ICEA veio para auxiliar estudantes e empresas em

busca de novos indivíduos e ideias.

O ICEA surgiu da preocupação de professores universitários com os alunos,

visando canalizar o potencial dos mesmos em busca da qualificação profissional.

Atualmente a empresa possui um rico banco de dado, contendo informações

sobre todos os estudantes e empresas cadastradas no ICEA, possibilitando fácil

contato e divulgação das oportunidades de vagas e um contínuo contato com os

clientes empresariais. O Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria tem convênio

com empresas de pequeno e médio porte em toda a Santa Catarina. Os serviços

prestados visam atender as necessidades do seu público alvo, que é constituído de

organizações de grande importância para a região, que procuram indivíduos

qualificados, formando também, grandes profissionais para o mercado.

A empresa tem como princípios básicos a lealdade, associada à fidelidade e a

sinceridade, competência, também a acompanhada da aptidão e da capacidade, tem

como princípios também a velocidade, celeridade e presteza. A missão do ICEA é

ocupar os jovens, orientando-os para o mercado e a vida profissional.

A empresa situa-se na Avenida Osmar Cunha 183, no edifício Ceisa Center,

no Bloco A, sala 707, no Centro de Florianópolis. Conta com uma sede que no

momento atende suas necessidades, porém, com a crescente demanda do

mercado, provavelmente deva aumente seu espaço. Seu quadro de funcionários é

constituído por 6 colaboradores, sendo quatro delas estagiárias e duas contratadas

pela CLT. As funções são distribuídas da seguinte forma, uma funcionária no

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administrativo, uma no financeiro, uma na captação de novas empresas, duas no

atendimento e uma na recepção. Pelo pequeno porte da empresa, sua estrutura

organizacional é enxuta, com poucos níveis hierárquicos e departamentalização,

facilitando assim o fluxo das informações e a tomada de decisão. Entretanto, com o

aumento da concorrência e dos diferenciais que o mercado oferece, percebe-se que

a empresa necessita de um aumento do seu espaço e de funcionários para atender

a crescente demanda do mercado.

4.2 APRESENTAÇÃO, DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Após ter caracterizado a empresa, apresenta-se, a descrição e análise dos

dados e informações coletados na pesquisa quantitativa junto a 10 (dez) clientes, 2

(dois) dos principais concorrentes, 6 (seis) funcionárias e o proprietário da empresa.

4.2.1 Entrevista com o proprietário

Segundo proprietário, a agência de estágios mantém seu foco em empresas

de pequeno e médio porte. A imagem que tem em relação à sua empresa daqui a

cinco ou dez anos é de uma boa prestadora de serviços. Para que isso aconteça o

dono pretende melhorar o setor de captação da empresa (captação de novos

clientes), consolidar o quadro administrativo para corrigir algumas falhas e em

relação aos clientes praticar a fidelização, ao final treinar os funcionários para

atender as novas necessidades. Assim, atingindo o objetivo principal, que é

dinamizar a colocação de estagiários e promover a valorização do estudante no

ambiente empresarial.

Busca como principais valores, ou seja, pretende ser fiel às leis trabalhistas

para uma maior motivação dos funcionários, a modernização e respeitar o meio

ambiente.

Considera como seus principais pontos fortes a presteza e a rapidez,

diferencial perante seus concorrentes. Acredita que a qualidade dos serviços é muito

boa, assim como as demais empresas do setor.

Em relação à variedade dos produtos acredita estar dentro da expectativa dos

clientes, não diferenciando dos seus concorrentes.

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Atualmente, oferece material promocional, além da divulgação dos produtos

através de visitas e entrevistas. Porém, o único meio citado pelo proprietário como

divulgação da empresa são as visitas individuais aos futuros e atuais clientes.

A legislação é o principal ponto citado pelo dono como uma ameaça a

agência, pois com a nova lei de estágio surgiram grandes mudanças no setor e

todos devem estar adequados às novas regras.

Por outro lado, a busca dos empresários pelo desenvolvimento dos jovens é

vista pelo como uma grande oportunidade, pois facilita a entrada do jovem no

mercado de trabalho.

Portanto, na visão do proprietário, a empresa tem seus pontos fortes e fracos,

mas precisa também aproveitar as oportunidades, amenizando suas ameaças.

4.2.2 Questionários com os funcionários

A entrevista foi feita com todas as funcionárias do ICEA, assim como, uma

recepcionista, uma auxiliar administrativa, uma captadora, duas encaminhadoras e

uma funcionária que auxilia no pagamento das contas. Todas as seis funcionárias se

mostraram insatisfeitas em relação às condições de trabalho oferecidas, por

exemplo, falta de material de trabalho, computadores velhos e antigos, ambiente

desfavorável, entre outros.

Não consideram os benefícios da empresa suficientes e de qualidade, além

de não trabalharem com um plano de cargo e salários, consequentemente três das

cinco entrevistadas não tem interesse em crescer dentro da empresa, o restante

toma com frequência e às vezes alguma decisão independente.

Com relação à oportunidade e inovação, o ICEA não oferece nenhum tipo de

oportunidade, segundo os funcionários.

Segundo a visão dos funcionários a relação de trabalho entre os mesmos e

seus gerentes é tranquila, recebem algum apoio ao seu trabalho.

Nenhum dos entrevistados recebeu treinamento de uma pessoa especializada

e nunca participou de reciclagens. O treinamento recebido para executar suas

funções foi feito por colegas de trabalho.

Os principais pontos considerados pelos funcionários como pontos fortes

foram à ótima localização da empresa e a boa equipe de trabalho.

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Portanto, todos entrevistados deram sugestões para empresa, buscando

torná-la mais competitiva no mercado de trabalho, como por exemplo, atualização

dos sistemas, equipamentos de trabalho inadequados, melhorias no layout das

salas, investimentos em divulgação, contratação e reciclagem de mais funcionários,

cursos periódicos e principalmente em novas tecnologias.

4.2.3 Questionário com os clientes

Em relação aos clientes do ICEA, a grande maioria localiza-se na região da

grande Florianópolis, sendo empresas de pequeno e médio porte que estão no

mercado de cinco a trinta anos. Essas empresas trabalham com o ICEA em torno de

um ano á dez anos, grande parte é cliente há mais tempo. Usam os serviços em

média duas vezes ao mês, dependendo muito da necessidade.

O total de empresas cadastradas no ICEA é de 2.591 empresas. Englobando

empresas que já tiveram, mas não tem mais vagas de estágio em aberto e as

empresas que trabalham frequentemente com o ICEA. Portanto, a agência de

estágios ICEA tem atualmente uma média de 99 estagiários ativos.

Os principais fatores que fazem com que as empresas escolham uma agência

de estágios é o menor preço, com a melhor qualidade e quantidade de estagiários

capacitados indicados para as empresas, além da praticidade e confiança nos

serviços.

A maioria dos clientes nunca teve nenhum tipo de problema com a empresa,

àqueles que tiveram foram pelos mesmos motivos, pagamentos incorretos,

problemas com os documentos de estágio (perda de documentos), contratos

expirados com as universidades (exemplo a UFSC). O restante considera os

processos utilizados pelo ICEA como bom.

Em relação aos serviços, grande parte dos entrevistados se considera

satisfeitos.

O atendimento pessoal e telefônico foi o que mais deixou a desejar, levando

em consideração que a maioria dos clientes nunca foi ao ICEA, mantém contato

frequente por telefone. Pela falta de conhecimento dos funcionários e a alta

rotatividade, a demora na resolução e resposta ás dúvidas é muito grande.

Quanto á aparência física os clientes não estão muito satisfeitos, preferem um

local maior e adequado para atender ás empresas. Em relação à aparência física

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dos funcionários não houve nenhuma reclamação e acreditam não ser um fator

relevante para a qualidade dos serviços.

Como já foi citado anteriormente, o preço é um dos principais fatores na

escolha por uma agência de estágios, portanto, todos os clientes estão satisfeitos ou

muito satisfeitos com o preço praticado pelo ICEA.

Cinquenta por cento dos respondentes estão satisfeitos com a pontualidade e

flexibilidade do ICEA e a outra parte declara como pontos á melhorar.

Quanto á sugestões, todos os empresários questionados opinaram.

Sugerindo melhorias no atendimento pessoal e principalmente no telefônico,

atualização do banco de dados dos estudantes e das empresas, aumentar a

divulgação das vagas de estágio, filtrar melhor os candidatos á vagas e

principalmente investir no capital humano.

Portanto, todas as empresas entrevistadas recomendariam ou já

recomendaram o ICEA pelo serviço oferecido, mas esperam melhorias nos pontos

citados acima.

4.2.4 Questionário com os concorrentes

Atualmente, concorrentes do ICEA são:

Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE;

Instituti Euvaldo Lodi - IEL;

Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos - FEPESE;

Fundação de Apoio ao Estudante Catarinense - FAEC

Central de Estágios;

Agência de Integração Santa Catarina - AGISC;

Labore Agência de Integração Empresa Escola;

Fundação dos Administradores de Santa Catarina - FUNDASC;

Estágio Santa Catarina;

Essencial;

Employer Organização de Rh;

SEIBRAS Estágios;

Stag Central de Estágios;

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Centro de Integração Nacional de Estágios para Estudantes - CEINEE;

Integração Empresa, Escola e Emprego - IEEE;

Das empresas citadas, as principais e mais fortes são: CIEE, IEL, FEPESE e

FAEC. Porém, apenas o IEL e a FAEC responderam aos questionários, as demais

preferiram não participar, pois as informações são sigilosas.

Essas empresas estão localizadas atualmente em Florianópolis e seu

principal foco é na região. Estão em funcionamento há muito tempo na região, por

exemplo, a Faec está a mais de onze anos no mercado e o Iel a mais de 31 anos.

Todas as duas consideram-se satisfeitas com os seus serviços e acreditam

estar na frente da concorrência em relação à qualidade dos mesmos. Além dos

processos tem se revelado eficientes.

Em relação ao ICEA, os preços praticados são iguais ou maiores, segundo os

gerentes. E afirmam nunca ter tido problemas e relação á isso, porque procuram

convencer e demonstrar o motivo do valor cobrado.

Os meios de divulgação das empresas e de seus serviços são feitas através

de sistemas web, e-mail, facebook, contato telefônico, jornal encaminhado aos

clientes, impressos simples, correspondências e contato pessoal (visita).

Quanto á frequência com que as empresas concorrentes tiveram problemas

com os seus clientes, estudantes ou estagiários foi grande, porém equacionados

rapidamente sem sequelas, a maioria não resultam em ações judiciais.

O atendimento aos clientes é considerado pela concorrência como primordial,

é um atendimento personalizado e eficaz, pois através dele que se inicia um

relacionamento. Portanto, estão todos muito satisfeitos em relação ao atendimento

pessoal e telefônico.

Em relação à prova física, as empresas não apresentaram nenhuma

reclamação em relação ao ambiente físico e nem em relação aos colaboradores.

Ao perguntar sobre a principal vantagem competitiva da empresa, IEL

acredita que seja por ser uma entidade de Federação das Indústrias – FIESC, ou

seja, pertencer ao sistema FIESC. Para a FAEC, sua principal vantagem competitiva

é a rapidez e a atenção oferecida aos clientes, através do atendimento privilegiado e

dos serviços executados com rapidez e honestidade.

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4.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O ICEA

Após o levantamento dos modelos de plano de marketing em bibliografias

referentes ao assunto e a coleta de dados da empresa e no mercado em que atua,

apresenta-se o planejamento estratégico a ser proposto pela empresa, através do

modelo de Las Casas (2007).

4.3.1 Diagnóstico estratégico

A seguir, são apresentados os levantamentos das informações referentes ao

macro-ambiente e ao micro-ambiente, essas informações servirão com base para a

criação da matriz SWOT que por sua vez, possibilitará a formulação das estratégias

mais adequadas para amenizar as fraquezas, ameaças e potencializar o uso das

forças e oportunidades.

4.3.1.1 Análise do Macro Ambiente

A análise do macro ambiente busca analisar os fatores externos da

organização podendo revelar suas ameaças e oportunidades, fatores que não

podem ser controlados pela empresa.

Atualmente as empresas vivem em um cenário de busca constante pela

vantagem competitiva, maior desenvolvimento tecnológico, maior oferta de produtos

e serviços adequados às necessidades dos clientes e também a motivação do seu

público interno.

4.3.1.1.1 Ambiente Demográfico

Segundo dados do IBGE de 2010, o estado de Santa Catarina possui

6.248.436 habitantes para uma área de 95.403,487 Km². A taxa de analfabetismo de

10 a 14 anos é de 1,2 %, sendo que a taxa de analfabetismo entre 15 ou mais anos

é de 4,1 %, sendo essa taxa muito alta.

A população jovem tende a cair aproximando-se de 1.202.000 de pessoas no

final da próxima década. Já a população de 15 a 64 anos, que constitui a maior parte

da força de trabalho potencial, aumentará dos 4.452.680 observados em 2010 para

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4.929.000 em 2030 revelando, nessas duas décadas, uma taxa de crescimento

média de 0,9% ao ano. Os idosos (65 anos e mais) são o grupo que mais deverá

crescer, em termos relativos: taxas de variação de 3,9% ao ano, entre 2010 e 2030,

segundo o Caderno de Indicadores 2012 da Secretaria de Estado da Fazenda.

De acordo com os dados do Censo do INEP/MEC de 2010, existem no Brasil

8.357.675 matriculados no ensino médio, sendo que 260 mil estagiam. No nível

superior o Brasil tem 6.379.299 alunos matriculados, destes 740 mil fazem estágios,

13,58% do total e 173 mil alunos em cursos de pós-graduação.

De acordo com o ABRES (dados referentes à 2ª temporada de 2011), a

região sul tem um total de 49.365 vagas de estágios, sendo 40.476 vagas para o

ensino superior e 8.889 para o ensino médio e técnico.

A região sul do Brasil está em terceiro lugar com o maior número de

estudantes matriculados tanto no ensino médio, técnico como no superior e em

segundo com o maior número de alunos estagiando, segundo o Censo do

INEP/MEC de 2010. Representando uma oportunidade para a área, pois existe uma

grande parcela dos estudantes da região sul e outra grande parcela que não estão

estagiando, portanto, podem ser conscientizados e preparados para novas

oportunidades.

De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Estágios

(ABRES), o total de estágios no Brasil antes da aprovação da Lei n° 11.788 era de

1,1 milhão. Hoje esse número é um milhão, sendo, 740 mil para o ensino superior e

260 mil para o ensino médio. Esses números foram resultados de um levantamento

feito com os agentes de integração do país. Essa Lei de Estágio representa maior

segurança e oportunidades para as empresas responsáveis e que pretendem

crescer nesse setor. E uma ameaça para aquelas que não estiverem dentro da lei.

Ao analisar o mercado percebe-se que, apesar da previsão de crescimento de

quase 8% das vagas de estágio este ano no Brasil, segundo o site da G1, ainda

faltam oportunidades para acolher os jovens aptos a trabalhar no Brasil. Com isso, a

experiência do primeiro emprego é, muitas vezes, adiada ou não acontece em

determinadas áreas de estudos.

No site Administradores.com, o Centro de Integração Empresa – Escola

(CIEE) apontou que nos dois primeiros meses de 2013, o número de seus novos

contratos de estágio chegou a 55 mil. Representando um crescimento de 10% em

relação ao igual período de 2012. Segundo o presidente executivo do CIEE, esse

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expressivo volume de contratações representa o reconhecimento do estágio como

um instrumento de recrutamento e seleção de novos talentos, atendendo às

exigências de um mercado mais competitivo e cada vez mais globalizado.

4.3.1.1.2 Ambiente econômico

A economia de Santa Catarina é bem diversificada, são desenvolvidas

atividades econômicas no ramo da indústria, extrativismo (animal, vegetal e mineral),

agricultura, pecuária, pesca, turismo, entre outras. Santa Catarina hoje é o quinto

estado mais rico do país, segundo o site Info Escola. A região sul do país destaca-se

por ser a segunda mais industrializada, sendo também um grande polo turístico,

cultural e econômico.

De acordo com a pesquisa, a participação do estado de Santa Catarina no

Produto Interno Bruto do Brasil é de 4%. Os últimos anos foram os de maior

crescimento econômico no estado.

A balança comercial de Santa Catarina em 2010 era de US$ 7.582.027 como

valor de exportação segundo o Caderno de indicadores 2012 da Secretaria de

Estado da Fazenda.

Segundo o Caderno de indicadores 2012 da Secretaria de Estado da

Fazenda, o total de empregos no ano de 2010 em Santa Catarina foi de, 1.969.654.

Conforme dados do IBGE de 2010, a renda média da população em Santa Catarina

é de R$ 843,00.

Uma pesquisa elaborada pela consultoria Hay Group com empresas de todo o

País mostra que 86% delas têm interesse em efetivar os estagiários antes mesmo

do término do contrato. De acordo com o estudo, a efetivação depende da

disponibilidade de vaga e também do bom desempenho dos jovens enquanto estão

na função de estagiário. Esses dados são muito interessantes ao setor, pois

representam a importância dos estágios na carreira dos estudantes, oportunidade

que deve ser aproveitada pelas empresas.

Mas, segundo dados da “Pesquisa nacional de bolsa-auxílio 2012” do Núcleo

Brasileiro de Estágios (NUBE), coletados entre os dias 25 de julho e 20 de agosto,

envolvendo 23 mil estagiários de diferentes níveis, com contratos de acordo com as

regras da nova Lei de Estágio, nº 11.788/08, revelaram a média paga aos

estagiários por empresas de pequeno, médio e grande porte. O resultado aponta um

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aumento de 6,5% em relação a 2011. Atualmente, a média nacional é de R$

772,82. Portanto, esse aumento na média paga aos estagiários representa uma

maior busca dos estudantes pelos mesmos.

4.3.1.1.3 Ambiente Tecnológico

Segundo o site G1, durante a realização do evento Campus Party Brasil 2009,

o Ibope entrevistou 600 participantes do encontro de internet e levantou que 90%

desse público estão envolvidos com tecnologias colaborativas e buscam ou

fornecem informações sobre produtos. As redes sociais, os sites colaborativos como

o Wikipédia, os blogs e as outras páginas que permitem interação. Dos entrevistados

87% possuem algum perfil nos sites de relacionamento. Um dos principais

chamarizes das tecnologias colaborativas para esse público é educação e

aprendizagem com 24%. Também fica em 40% a porcentagem de internautas que

sempre visitam o site antes da compra de um produto ou serviço.

A diretora geral do IBOPE Inteligência do Chile, Jacqueline Alé, escreveu um

artigo sobre mídias digitais e afirmou que um fenômeno relevante é a transformação

da web devido à tecnologia digital e que a importância das redes sociais é

indiscutível. 80% das empresas estão utilizando Linkedin como ferramenta principal

para encontrar um empregado e o meio mais utilizado pelos internautas é o

facebook (51%). Por tanto, as empresas precisam cuidar da sua imagem na internet,

estar atentos á as redes sociais e divulgar o seu produto.

Segundo o site Administradores.com, o número de empresas brasileiras

engajadas nas redes sociais aumentou 25% em relação a 2010, chegando a 88%.

4.3.1.1.4 Ambiente Político e Legal

Em 2008, foi aprovada a Lei nº 11.788, divulgado no dia 25 de setembro pelo

Presidente da República, garantindo os direitos dos estagiários e fortalecendo as

empresas que cumprem com seus deveres.

Este fato acarretou em uma diminuição das vagas de estágio que segundo a

Associação Brasileira de Estágios (ABRES), o total de estágios no Brasil antes da

aprovação da Lei n° 11.788 era de 1,1 milhão, sendo que hoje esse número é de um

milhão, voltando ao patamar anterior. Por tanto, as exigências da lei fizeram com

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que as empresas se regularizassem e cumprissem seus deveres, fato ruim para

aquelas que não conseguiram acompanhar as mudanças.

A nova Lei tem a finalidade de valorizar o trabalho feito pelos estagiários, sem

prejudicá-los em suas atividades escolares, assumindo a verdadeira finalidade do

estágio na vida do estudante. Para as empresas, a nova Lei de estágio terá a

finalidade de melhor assessorar judicialmente a relação com os estágios, evitando

assim processos jurídicos solicitando vínculo empregatício.

4.3.1.1.5 Ambiente Sociocultural

Segundo a Revista Online Ensino Superior, com o índice de desemprego em

torno de 10% nas maiores capitais do país, é preocupante a constatação de que

uma boa parte desse índice está constituída por jovens que cursam faculdade e que

se preparam para ingressar no mercado de trabalho, mas que ainda não o fizeram

por falta de uma oportunidade que lhes propicie a experiência necessária. Dessa

forma, considera-se a possibilidade de realizar um estágio, na área de formação,

como um caminho dos mais apropriados para a obtenção da tão almejada

experiência. E uma oportunidade para as agências de estágios, que buscam

empresas interessadas nesses jovens.

A grande vantagem de começar a carreira em uma empresa de pequeno

porte é o grau de responsabilidade que pode adquirir já nos primeiros anos da sua

trajetória profissional, diz Carlos Eduardo Altona, sócio da EXEC á Revista Online

Você S/A em 2012. E representam também grandes oportunidades as pequenas

empresas que trabalham com esses jovens, pois os jovens buscam nos estágios a

experiência profissional para sua entrada no mercado de trabalho. Essa pode ser

mais umas oportunidades para o setor de estágios.

4.3.1.2 Análise do Micro Ambiente

A análise do micro ambiental tem como objetivo analisar o ambiente

operacional, que são os clientes, fornecedores, distribuidores, concorrentes, o

público em geral, os agentes financeiros, os sindicatos, o governo, entre outros.

Esses agentes afetam a capacidade da empresa, por isso são estudados e

analisados os públicos de interesses como os clientes, concorrentes e fornecedores.

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4.3.1.2.1 Clientes

Em relação aos clientes, o ICEA trabalha com empresas de pequeno e médio

porte, grande parte deles é cliente há mais tempo e usa os serviços em média duas

vezes ao mês.

Os clientes têm como principal vantagem competitiva do ICEA o menor preço

em relação aos concorrentes. Têm como pontos fortes a qualidade e quantidade de

estagiários capacitados indicados às empresas, praticidade, pontualidade e

flexibilidade dos serviços, além de satisfeitos com os serviços.

Pagamentos incorretos, falta de cuidado com os documentos de estágio,

contratos expirados com as universidades, demora na resolução de resposta ás

dúvidas são exemplos de problemas frequentes com os clientes. Além disso, o

pouco investimento nos funcionários e a alta rotatividade também incomodam os

clientes e atrapalhas a realização de um serviço de qualidade.

Os clientes não estão muito satisfeitos com a aparência física, pois o local é

pequeno e inadequado para o trabalho exercido.

Portanto, na visão dos clientes do ICEA, a empresa é considerada por eles

como uma prestadora de serviços de qualidade, porém acreditam ter muito a ser

modificado.

4.3.1.2.2 Concorrentes

Os principais concorrentes do Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria

são o CIEE, FEPESE, IEL e FAEC. Empresas que atuam há mais de onze anos em

Florianópolis.

Tem como pontos fortes, os serviços de qualidade, eficiência nos processos,

diferentes meios de divulgação da empresa e de seus serviços, atendimento

personalizado, rapidez e atenção necessária aos clientes.

A concorrência também convive com problemas frequentes com os clientes,

mas estão preparados para equaciona-los rapidamente. Além dos preços que são

iguais ou maiores do que o ICEA.

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4.3.1.3 Análise das ameaças e oportunidades

De acordo com a análise ambiental, apresenta-se um quadro onde são

evidenciadas as ameaças e oportunidades da empresa ICEA.

Quadro 18- Ameaças e oportunidades.

AMEAÇAS OPORTUNIDADES

Aumento da concorrência;

Aumento da população de 15 a 64 anos;

A região sul tem o maior número de estudantes matriculados;

Crescimento de 8% das vagas de estágio;

Aumento pelo interesse de efetivação dos estagiários;

Aumento na média paga aos estagiários;

Legislação: Adequação a Nova Lei de estágio n° 11.788;

Crescimento no uso da internet e das redes sociais;

Nova Lei de estágio n° 11.788 e a valorização dos estagiários;

Aumento no número de estudantes;

Índice de desemprego em 10% e a oportunidade de estágio;

Fonte: Elaborado pela autora (2013).

4.3.1.4 Análise dos pontos fortes e fracos

Os pontos fortes e fracos do ICEA foram alcançados com base na pesquisa

aplicada com o proprietário, os funcionários e os clientes.

Pontos fortes

Foco em empresas de pequeno e médio porte;

Ótima relação de trabalho;

Ótima localização;

Clientes antigos e fidelizados;

Menor preço comparado com o praticado pelo mercado;

Pontualidade e flexibilidade;

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Praticidade.

Pontos Fracos

Funcionários insatisfeitos com os benefícios;

Falta de um plano de cargos e salários;

Pouco incentivo à inovação;

Treinamento dos funcionários inadequado;

Sistema desatualizado;

Equipamentos de trabalho antigos e inadequados;

Problemas com pagamentos incorretos;

Problemas com a perda de documentos de estágio;

Alta rotatividade;

Falta de conhecimento dos funcionários;

Demora na resolução e resposta ás dúvidas;

Local pequeno e inadequado;

Atendimento telefônico ineficiente.

4.3.2 Análise SWOT

A análise SWOT, também chamada de análise PFOA vem da combinação

dos quatro temos em inglês que significam Forças (Strengths), Fraquezas

(Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).

A análise SWOT é uma ferramenta de avaliação sistemática do ambiente

interno externo, conhecendo os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças

(CHURCHILL e PETER, 2005).

4.3.2.1 Matriz SWOT

Na sequência, são apresentadas as forças, fraquezas, oportunidades e

ameaças, que puderam ser identificados a partir dos dados levantados na análise

ambiental.

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Quadro 19- Forças e fraquezas, oportunidades e ameaças do ICEA.

OPORTUNIDADES

- Aumento da população de 15 a 64 anos; - A região sul tem o maior número de estudantes matriculados; - Crescimento de 10% das vagas de estágio; - Aumento pelo interesse de efetivação dos estagiários; - Aumento na média paga aos estagiários; - Crescimento no uso da internet e das redes sociais pelos jovens e pelas empresas; - Nova Lei de estágio n° 11.788 e a valorização dos estagiários; - Aumento no número de estudantes; - Índice de desemprego em 10% e a oportunidade de estágio;

AMEAÇAS

- Concorrência forte; - Legislação: Adequação a Nova Lei de estágio n° 11.788;

POTENCIALIDADES - Foco em empresas de pequeno e médio porte; - Ótima relação de trabalho; - Ótima localização; - Clientes antigos e fidelizados; - Menor preço comparado com o praticado pelo mercado; - Pontualidade e flexibilidade; - Praticidade;

FRAGILIDADES - Funcionários insatisfeitos com os benefícios; - Falta de um plano de cargos e salários; - Pouco incentivo à inovação; - Treinamento dos funcionários inadequado; - Sistema desatualizado; - Equipamentos de trabalho antigos e inadequados; - Problemas com pagamentos incorretos; - Problemas com a perda de documentos de estágio; - Alta rotatividade; - Falta de conhecimento dos funcionários; - Demora na resolução e resposta ás dúvidas; - Local pequeno e inadequado; - Atendimento telefônico ineficiente;

Fonte: Elaborado pela acadêmica.

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Em relação às oportunidades e as potencialidades, a empresa pode

aproveitar que o setor de estágios está crescendo muito, principalmente nos

primeiros meses de 2013 e focar em empresas de pequeno e médio porte e nos

clientes antigos e fidelizados. Ou seja, o ICEA tem como principais clientes: centros

educacionais, clínicas e imobiliárias, o foco nas empresas desses segmentos faz

com que mantenham seus esforços direcionados para um sentindo.

Outra grande oportunidade percebida na matriz SWOT é o crescimento no

uso da internet e das redes sócias tanto pelos jovens como pelas empresas. O ICEA

pode aproveitar essa oportunidade para encaminhar os jovens da geração Y (jovens

com menos de 30 anos) para essas empresas, pois foram moldados pelo

imediatismo da internet e podem trazer excelentes ganhos de produtividade,

atendendo tanto as necessidades dos estudantes como das empresas.

Quanto às oportunidades e as fragilidades, a empresa pode aproveitar o

interesse da geração Y e das empresas pelo uso da internet e das redes sociais e

investir mais em tecnologias, em inovações, e usar o conhecimento dos funcionários

ao seu favor. Assim minimizando algumas das fragilidades apontadas no quadro 9,

como pouco incentivo à inovação, sistema desatualizado, equipamentos antigos,

demora nas respostas as dúvidas dos clientes.

O crescimento no interesse das empresas pela efetivação dos estagiários

pode ser aproveitado pelo ICEA e aplicado dentro da própria empresa. Pois a

mesma mantém um número grande de estagiários insatisfeitos com os seus

benefícios, logo a criação de um plano de cargos e salários e a futura efetivação faz

com que os estudantes se sintam motivados a permanecer na empresa. Ou seja, o

ICEA elimina suas fraquezas e aproveita as oportunidades.

Em relação às ameaças e as fragilidades, a concorrência e as mudanças na

legislação são as principais ameaças, que a empresa precisa buscar corrigir através

de uma reestruturação interna. Como por exemplo, treinamento inadequado é uma

fragilidade que precisa ser corrigida rapidamente para evitar uma série de outros

problemas desagradáveis á empresa como, falta de conhecimento dos funcionários,

atendimento inadequado, demora na resolução de problemas e resposta aos

clientes, entre outros. Outro fato importante é estar atento às mudanças na lei e

adequar-se á elas imediatamente. Essa busca pela melhoria no ambiente interno faz

com que as ameaças sejam anuladas.

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Nas ameaças e potencialidades, já que a concorrência está cada vez mais

forte, é a hora da empresa aproveitar suas potencialidades, como por exemplo,

aproveitar sua ótima localização e o menor preço comparado com o praticado pelo

mercado para ganhar força em relação às demais.

4.3.2.2 Diretrizes estratégicas

Concentrar as ações em um segmento específico através de um nicho de

mercado. Em principio os centros educacionais, clínicas, setor hoteleiro, e os

escritórios.

Reorganização interna. Reestruturação organizacional (revisão do

organograma, revisão de processos e procedimentos, criação de regras

claras, melhorar o processo de recrutamento e seleção, rever modelo de

gestão).

Melhorar a atuação de captação de parceiros e estagiários.

Reposicionamento da empresa. Comunicação.

4.3.2.3 Postura Estratégica

De acordo com o diagnóstico e analisando a posição estratégica da empresa

segundo o autor Oliveira (2001), identifica-se uma postura estratégica de

manutenção.

4.3.2.4 Objetivos

Após analisar a matriz SWOT e definir as diretrizes estratégicas, levantam-se

os objetivos que a empresa pretende alcançar.

Objetivo 1: Ações direcionadas á um segmento específico através de um

nicho de mercado para o ano de 2014;

Objetivo 2: Reorganização interna para o ano de 2014;

Objetivo 3: Melhorar o setor de captação da empresa para o ano de 2014;

Objetivo 4: Reposicionamento da empresa no mercado para o ano de 2014.

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4.3.2.5 Estratégias de Marketing

Para alcançar os objetivos propostos foi necessária à formulação de

estratégias, abaixo segue os objetivos com suas respectivas estratégias.

Objetivo 1: Ações direcionadas á um segmento específico através de um

nicho de mercado para o ano de 2014.

Reorganizar as vagas de estágio, focando nas empresas do novo segmento;

Buscar novas empresas parceiras;

Divulgar vagas de estágio em instituições que oferecem cursos relacionados

aos das oportunidades de estágio;

Objetivo 2: Reorganização interna para o ano de 2014.

Contratação de 4 novas funcionárias (CLT).

Efetivar (CLT) todas as estagiárias;

Elaboração de um novo organograma;

Definir e separar as funções para cada funcionário;

Repassar aos clientes (estagiários e parceiros) as funções dos funcionários,

para que saibam com quem deve tratar determinados assuntos;

Criação de regras claras, apresentação e disponibilização das mesmas aos

funcionários;

Criação de critérios de recrutamento e seleção mais rígidos;

Treinamento;

Criação de um modelo de gestão adequado à empresa;

Objetivo 3: Melhorar o setor de captação da empresa para o ano de 2014.

Treinar as captadoras para atender melhor as empresas do setor escolhido;

Treinamentos periódicos para as captadoras direcionadas para o novo nicho

de mercado (busca por novos clientes e parceiros);

Objetivo 4: Reposicionamento da empresa no mercado para o ano de 2014.

Buscar convênio com as Instituições de ensino da região;

Divulgação da empresa nas Instituições de ensino da região;

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Divulgação da empresa e das vagas de estágio nas redes sociais;

Participação da empresa em eventos;

Recriação do site;

Melhorar a divulgação dos serviços da empresa;

4.3.2.6 Sugestão de Plano de Ação

Neste item é apresentado o detalhamento das ações que serão feitas, quando

como e por que as atividades serão desenvolvidas. Neste acaso, não se apresenta o

quanto é necessário investir para realizar cada uma das etapas, pois, não é o

objetivo do trabalho.

Quadro 20- Plano de ações para o objetivo 1.

O que fazer Como fazer Quem fará Por que fazer Quando fazer

Quanto

Ações direcionadas á um segmento específico através de um nicho de mercado para o ano de 2014

Treinar o setor de captação para focar nesse segmento específico.

Coordenadora Geral

O treinamento para as o setor de captação tem a intenção de especialização e maior conhecimento das funcionárias sobre o segmento escolhido. Logo, a reorganização das vagas de estágio, a melhor divulgação das mesmas e a busca por novas empresas parceiras nesse novo nicho de mercado.

16/06/2014

Este plano não

implicará em custos

para a organização

Reorganizar as vagas de estágio, focando nas empresas do novo segmento.

Coordenadora Geral

01/08/2014

Buscar novas empresas parceiras.

Coordenadora Geral

15/08/2014

Divulgar vagas de estágio em instituições que oferecem cursos relacionados aos das oportunidades de estágio

Coordenadora Geral

01/09/2014

Fonte: Elaborado pela acadêmica.

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Quadro 21- Plano de ações para o objetivo 2.

O que fazer Como fazer Quem fará Por que fazer Quando fazer

Quanto

Reorganização interna para o ano de 2014

Contratação de 4 novas funcionárias (CLT).

Coordenadora Geral

Contratando 4 novas funcionárias, efetivando todas as estagiárias e distribuindo as funções para cada empregado, auxiliará no desenvolvi-mento das atividades, melhorando o atendimento e oferecendo um serviço de qualidade. A criação de critérios de recrutamento e seleção mais rígidos garante mão de obra mais qualificada. Logo, um treinamento de qualidade pode ser dado aos funcionários periodicamen-te. Por fim, a criação de um modelo de gestão adequado à empresa e a criação de um novo organograma confirmaram uma reorganização interna.

01/01/2014

Este plano não

implicará em

custos para a organi-zação

Efetivar (CLT) todas as estagiárias.

Coordenadora Geral

15/01/2014

Elaboração de um novo organograma.

Coordenadora Geral

01/03/2014

Definir e separar as funções para cada funcionário.

Coordenadora Geral

01/03/2014

Repassar aos clientes (estagiários e parceiros) as funções dos funcionários, para que saibam com quem deve tratar determinados assuntos.

Coordenadora Geral / Administrativo / financeiro

15/03/2014

Criação de regras claras, apresenta-ção e disponibili-zação das mesmas aos funcionários.

Coordenadora Geral

01/04/2014

Criação de critérios de recrutamento e seleção mais rígidos.

Coordenadora Geral

01/05/2014

Treinamento. Coordenadora Geral

02/06/2014

Criação de um modelo de gestão adequado à empresa.

Coordenadora Geral

01/07/2014

Fonte: Elaborado pela acadêmica

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Quadro 22- Plano de ações para o objetivo 3.

O que fazer

Como fazer Quem fará Por que fazer Quando

fazer

Quanto

Melhorar o setor de captação da empresa para o ano de 2014

Treinar as captadoras para atender melhor as empresas do setor escolhido.

Coordenadora Geral

Tendo o pessoal capacitado e especializado para o trabalho é de grande importância para manter e conquistar uma vantagem em relação aos concorrentes.

16/06/2014

Este plano não

implicará em custos

para a organização

Treinamentos periódicos para as captadoras direcionadas para o novo nicho de mercado (busca por novos clientes e parceiros).

Coordenadora Geral

16/06/2014

Fonte: Elaborado pela acadêmica.

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Quadro 23- Plano de ações para o objetivo 4.

O que fazer Como fazer Quem fará Por que fazer

Quando fazer

Quanto

Reposicionamento da empresa no mercado para o ano de 2014

Buscar convênio com as Instituições de ensino da região.

Coordenadora Geral / Administrativo

Para reposicionar a empresa no mercado é importante que se desenvolva a oferta da imagem, mas para que isso aconteça é preciso divulgar os serviços em todos os meios disponíveis que cheguem aos clientes finais, sejam pelas instituições de ensino, eventos, site ou redes sociais.

15/09/2014

Este plano não

implicará em custos

para a organização

Divulgação da empresa nas Instituições de ensino da região.

Coordenadora Geral

01/10/2014

Divulgação da empresa e das vagas de estágio nas redes sociais.

Coordenadora Geral / Administrativo

15/10/2014

Participação da empresa em eventos.

Coordenadora Geral

01/11/2014

Recriação do site.

Coordenadora Geral / Administrativo

01/12/2014

Melhorar a divulgação dos serviços da empresa.

Coordenadora Geral / Administrativo

15/11/2014

Fonte: Elaborado pela acadêmica.

O plano de ação não apresenta nenhuma expectativa de gastos e quanto é

preciso investir em cada uma das etapas, pois não é necessário para o alcance dos

objetivos principais do trabalho.

4.4 SUGESTÕES PARA IMPLANTAÇÃO

A partir dos objetivos identificados, das estratégias definidas e da criação do

plano de ação, são apresentadas sugestões para implantação do planejamento

estratégico na empresa Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria – ICEA.

Sugere-se então, uma postura estratégia de manutenção, pois, a empresa

encontra-se em um ambiente de ameaças constantes, entretanto, possui uma série

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de pontos fortes que podem ser aproveitados e continuar mantendo sua posição

conquistada até agora. Diante disso, a empresa pode continuar investindo, porém de

maneira moderada, mantendo o seu foco em: estabilidade, nicho e especialização.

Em relação à estratégia de nicho, a sugestão é dominar um segmento

específico de mercado em que atua, procurando concentrar seus esforços e

recursos em algumas vantagens competitivas, sem desviar os seus recursos para

outras atenções.

Em vista disso, levantaram-se os principais nichos a serem estudados pela

empresa que são: os centros educacionais, as clínicas, o setor hoteleiro, e os

escritórios.

Logo, é preciso manter a concentração dos esforços e expansão nessas

áreas citadas acima, através da especialização. Mas, para que isso aconteça de

forma organizada a sugestão é uma reorganização interna e a apresentação de um

novo organograma e as funções de cada setor.

Figura 5 – Organograma sugerido.

Fonte: Elaborado pela autora.

A partir do organograma sugerido, sugere-se também um funcionograma,

para divisão clara das tarefas de cada setor, para que assim, cada funcionário

conheça sua função e todos possam se dedicar melhor ao objetivo principal que é

oferecer serviços de qualidade para o nicho de mercado.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização do estudo teve como objetivo a realização de um planejamento

estratégico no Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria – ICEA.

Para alcançar esse objetivo, foi utilizada a pesquisa bibliográfica em diversas

obras sobre o planejamento estratégico e temas relacionados.

O planejamento estratégico é importante para as empresas, pois, através

dele, definem-se quais os objetivos e as estratégias para se atingir e como fazer

para alcançá-los, aproveitando os pontos fortes e as oportunidades no mercado e ao

mesmo tempo desenvolvendo seus pontos fracos e conhecendo suas ameaças.

Para desenvolvimento desse trabalho, foi feita uma entrevista com o

proprietário e aplicado questionários com todos os funcionários, principais clientes e

concorrentes. Pode-se concluir através dos questionários com os funcionários, a

insatisfação dos mesmos perante a empresa. Em relação aos clientes, consideram-

se satisfeitos, porém com algumas reclamações em relação ao serviço.

Dessa forma, através da pesquisa e dos dados coletados e analisados, pode-

se realizar o planejamento estratégico orientado para o mercado com aplicação na

empresa Instituto Catarinense de Estágio e Assessoria – ICEA.

A dificuldade na aplicação dos questionários foi uma das limitações

identificadas. Ocorreu grande descompromisso dos entrevistados, gerando muito

esforço na coleta de dados. Porém, este fato viabilizou a pesquisa e o

desenvolvimento do estudo.

Após o término do estudo, pode-se retomar a questão norteadora: Que

direcionamento estratégico deve adotar o Instituto Catarinense de Estágio e

Assessoria para atingir ou adequar-se ao seu propósito? Conclui-se que o resultado

do trabalho respondeu a essa questão, sugerindo a empresa um caminho a seguir

diante de todos os fatores analisados.

É importante salientar a importância desse estudo para o crescimento

pessoal, acadêmico e profissional.

Espera-se que a empresa aproveite o material coletado e implante o plano,

contribuindo para seu resultado final que é satisfazer seu publico alvo e tornando-se

cada vez mais competitiva no mercado.

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APÊNDICES

APÊNDICE A - ENTREVISTA REALIZADA COM O PROPRIETÁRIO DA

EMPRESA..............................................................................................................95

APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO REALIZADO COM OS CLIENTES DA

EMPRESA..............................................................................................................97

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO REALIZADO COM OS FUNCIONÁRIOS DA

EMPRESA..............................................................................................................99

APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO REALIZADO COM OS CONCORRENTES DA

EMPRESA............................................................................................................101

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APÊNDICE A - ENTREVISTA COM O PROPRIETÁRIO

Visão

1 - Qual a imagem que o senhor tem em mente em relação a sua empresa daqui

a 5 ou 10 anos?

2 - O que o senhor melhoraria na empresa?

3 - Quais objetivos o senhor tem para a empresa?

Missão

4 - O que precisa ser feito para que a empresa imaginada/sonhada se concretize?

5 - O que ela precisa oferecer/ fazer para alcançar esse objetivo maior?

6 - Em relação aos clientes? (como será essa relação)

7 - Em relação aos funcionários? (como será essa relação)

Valores (como deve ser)

8 - Como devem ser conduzidas as relações entre empresa X empregado?

9 - Como devem ser conduzidas as relações entre empresa X meio ambiente?

10 -Como devem ser conduzidas as relações entre empresa X mudanças

tecnológicas (Inovações)?

Setor

11 - Quem são os concorrentes?

12 - Quem são os clientes da empresa?

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13 - Quais as principais Ameaças?

14 - Quais as principais oportunidades?

Posicionamento estratégico /Abrangência Geográfica

15 - Qual a principal região que a empresa mantém seu foco?

16 - Qual o perfil dos clientes?

17 - Qual a imagem que a empresa busca passa para seus clientes?

Pontos Fortes e fracos

18 - Quais as principais características da sua empresa?

19 - Qual o diferencial da sua empresa perante seus concorrentes? Possui

alguma estratégia?

20 - Como você vê a qualidade dos serviços?

21 - Como você vê a qualidade dos serviços dos seus concorrentes?

22 - Como está a variedade dos seus produtos em relação aos seus

concorrentes?

23 - Como você vê a marca da empresa?

24 - Como esta sendo a divulgação da empresa?

25 - Como a empresa divulga seus produtos?

26 - A empresa oferece material promocional para seus clientes?

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APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO COM OS CLIENTES

Esta pesquisa, que faz parte de um Trabalho de Conclusão de Estágio do Curso

de Administração, da UNIVALI, tem como objetivo verificar a satisfação dos

clientes em relação aos serviços oferecidos pela empresa Instituto Catarinense de

Estágio e Assessoria - ICEA.

Solicitamos que você responda com muita atenção e sinceridade a todas as

questões abaixo, pois é a partir do resultado da pesquisa que a empresa irá

avaliar seus processos.

Obrigada!

1 - Há quanto tempo sua empresa está no mercado?

( ) Até 5 ( ) 6 a 10 ( ) 11 a 30 ( ) acima de 31

2 - Há quanto tempo você é cliente do Instituto Catarinense de Estágio e

Assessoria – ICEA?

3 - Qual o principal fator que faz com que você escolha uma agência de estágios?

Por quê?

4 - Com que frequência você solicita os serviços do ICEA?

5 - Você já teve algum problema com o ICEA? Foi resolvido?

6 - Como você avalia os processos utilizados pelo ICEA?

7 - Com relação aos serviços oferecidos pelo você está?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

8 - O que deixa você mais ou menos satisfeito em relação ao atendimento

(pessoal ou telefônico) do ICEA?

9 - A aparência física do ICEA poderia melhorar? E a aparência física dos

funcionários?

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10 - Comparado com os preços praticados pelo mercado, qual o nível de

satisfação em relação aos preços dos serviços oferecidos pelo ICEA?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

11 - Você está satisfeito ou insatisfeito com relação à pontualidade?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

12 - E em relação à flexibilidade?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

13 - Você recomendaria ou já recomendou o ICEA? Por quê?

14 - Você já trabalhou ou trabalha com outras empresas? Qual o nome da

empresa? Nessa outra empresa, qual a sua satisfação em relação aos serviços

prestados?

15 - Em relação a essa outra empresa, o que ela tinha de melhor e o que ela tinha

de pior quando comparado com o ICEA?

16 – Você tem alguma sugestão para o ICEA?

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APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO COM OS CONCORRENTES

1 - Há quanto tempo sua empresa está no mercado?

( ) Até 5 ( ) 6 a 10 ( ) 11 a 30 ( ) acima de 31

2 - Qual a principal região que a empresa mantém seu foco?

3 - Com relação aos serviços oferecidos pela sua empresa você está?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

4 - Como você vê a qualidade dos serviços dos seus concorrentes?

( ) Muito ruim ( ) Ruim ( ) Bom ( ) Muito Bom

5 - Comparado com os preços praticados pela concorrência, a sua empresa tem o

preço?

( ) Muito menor ( ) Menor ( ) Igual ( ) Maior ( ) Muito maior

6 - Qual o nível de satisfação dos clientes em relação ao preço praticado por sua

empresa?

7 - Quais os canais de comunicação usados por sua empresa?

8 - Como você avalia os processos utilizados por sua empresa?

9 - Qual a frequência com que sua empresa tem problemas com os clientes

(empresas, estudantes e estagiários)?

10 - O que deixa você mais ou menos satisfeito em relação ao atendimento

(pessoal ou telefônico) em sua empresa?

11 - A aparência física poderia melhorar? E a aparência física dos funcionários?

12 - Qual a principal vantagem competitiva de sua empresa, ou seja, o que faz

com que os consumidores escolham os seus serviços?

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13 - O que você mudaria em sua empresa?

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APÊNDICE D - QUESTIONARIO COM OS FUNCIONÁRIOS

1 - Há quanto tempo você trabalha no ICEA?

2 - Qual a sua função?

3 - Você está satisfeito com as condições de trabalho (material de trabalho,

ambiente, uniforme, etc)?

4 - Você considera os benefícios da empresa suficientes e de qualidade?

5 - Sua empresa possui um plano de cargos e salários? Você considera

importantes as oportunidades de crescimento dentro da empresa?

6 - Com que frequência você pode tomar decisões independentes no trabalho?

( ) Com extrema frequência

( ) Com frequência

( ) Às vezes

( ) Raramente

( ) Nunca

7 - Há oportunidades de criatividade e inovação disponíveis?

( ) Extremamente disponíveis

( ) Disponíveis

( ) Um pouco disponíveis

( ) Nem um pouco disponíveis

8 - É tranquila a relação de trabalho entre você e o seu gerente ou supervisor?

( ) Extremamente tranquila

( ) Tranquila

( ) Um pouco tranquila

( ) Nem um pouco tranquila

9 - Seu gerente ou supervisor dá apoio ao seu trabalho?

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( ) Total apoio

( ) Algum apoio

( ) Pouco apoio

( ) Nenhum apoio

10 – É tranquila a relação de trabalho entre você e seus colegas?

( ) Extremamente tranquila

( ) Tranquila

( ) Um pouco tranquila

( ) Nem um pouco tranquila

11 - Você recebe ou recebeu treinamento adequado para exercer sua função?

( ) Sim recebi de colegas de trabalho

( ) Sim recebi de uma pessoa especializada

( ) Sim recebi de uma pessoa especializada e participo de reciclagens

( ) Não recebi

12 - O que você considera como ponto forte do ICEA?

13 - O que você mudaria em sua empresa para torná-la mais competitiva no

mercado? Dê sugestões.