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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO DE POMBAL Fabiana de Melo Oliveira Pereira Pós-graduanda lato sensu em Gestão Pública Municipal UFPB Dra. Jacqueline Echeverría Barrancos Professora Colaboradora do Programa de Especialização em Gestão Pública UEPB RESUMO O presente Trabalho busca uma análise documental que se refere à vulnerabilidade do Planejamento Estratégico no município de Pombal PB, em especial na Secretaria Municipal do Trabalho e Ação Social SEMTRAS que, atualmente, é uma das pastas mais atuantes do Governo Municipal administrando diversos programas sociais financiados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS. Buscando realizar a pesquisa sobre Planejamento Estratégico como sendo uma importante ferramenta para o bom funcionamento e melhor desempenho de uma Organização, este trabalho foi realizado por meio de leitura documental e encontros com o corpo técnico da Secretaria para diagnosticar o grau de satisfação das pessoas envolvidas. Como metodologia de pesquisa adotou-se a exploratória, descritiva e documental, já a seleção da amostra aconteceu por meio de busca em documentos e entrevistas com técnicos, coordenadores e usuários do Sistema Única da Assistência Social - SUAS para se compreender melhor o funcionamento da Secretaria, e assim, alcançar melhores resultados no futuro, contribuindo para o desenvolvimento sócio e econômico do município de Pombal. Para tanto, evidenciamos que, em termos documentais, até há um esforço do município em planejar as ações ligadas ao desenvolvimento social do município. Entretanto a fragilidade no sistema de implantação, monitoramento e avaliação alguns dos princípios fundamentais do Planejamento Estratégico, por vezes, têm resultados diferentes do que havia sido proposto pelos seus gestores. Palavras-chave: Planejamento, Administração Estratégica e Protagonismo Social.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA FORMULAÇÃO DE

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO

MUNICÍPIO DE POMBAL

Fabiana de Melo Oliveira Pereira

Pós-graduanda lato sensu em Gestão Pública Municipal – UFPB

Dra. Jacqueline Echeverría Barrancos

Professora Colaboradora do Programa de Especialização em Gestão Pública – UEPB

RESUMO

O presente Trabalho busca uma análise documental que se refere à vulnerabilidade do

Planejamento Estratégico no município de Pombal – PB, em especial na Secretaria Municipal

do Trabalho e Ação Social – SEMTRAS que, atualmente, é uma das pastas mais atuantes do

Governo Municipal administrando diversos programas sociais financiados pelo Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS. Buscando realizar a pesquisa sobre

Planejamento Estratégico como sendo uma importante ferramenta para o bom funcionamento

e melhor desempenho de uma Organização, este trabalho foi realizado por meio de leitura

documental e encontros com o corpo técnico da Secretaria para diagnosticar o grau de

satisfação das pessoas envolvidas. Como metodologia de pesquisa adotou-se a exploratória,

descritiva e documental, já a seleção da amostra aconteceu por meio de busca em documentos

e entrevistas com técnicos, coordenadores e usuários do Sistema Única da Assistência Social -

SUAS para se compreender melhor o funcionamento da Secretaria, e assim, alcançar

melhores resultados no futuro, contribuindo para o desenvolvimento sócio e econômico do

município de Pombal. Para tanto, evidenciamos que, em termos documentais, até há um

esforço do município em planejar as ações ligadas ao desenvolvimento social do município.

Entretanto a fragilidade no sistema de implantação, monitoramento e avaliação – alguns dos

princípios fundamentais do Planejamento Estratégico, por vezes, têm resultados diferentes do

que havia sido proposto pelos seus gestores.

Palavras-chave: Planejamento, Administração Estratégica e Protagonismo Social.

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INTRODUÇÃO

A partir da definição do problema de investigação relacionado às Políticas Públicas

voltadas à Assistência Social no município de Pombal, surgiu a ideia de realizar o presente

estudo e dar um contorno referente aos desafios a serem enfrentados para se conquistar um

maior desenvolvimento social, nesse âmbito.

E assim, por meio da problematização sobre o contexto em questão, é que foi possível

instituir as diretrizes que nortearam os resultados da nossa pesquisa, desde a etapa da escolha

da temática até a justificativa, e dos motivos que me levaram a trabalhar a real necessidade de

se observar as tendências e variações que a assistência social tem padecido no município em

que se aplicarão os resultados da análise.

Considerando que um dos motivos da escolha do fenômeno deve-se ao fato de

contribuir com a indigência em que enfrenta a Gestão Pública Municipal no que diz respeito

ao Planejamento Estratégico, torna-se relevante vivenciar uma mudança na condução dos

interesses públicos dados através desse modelo gerencial.

Tal pesquisa que tem como base alcançar uma perspectiva de melhoramentos para o

funcionamento do órgão em que será implementado levando em conta as condições internas e

externas dessa organização, que no caso do nosso trabalho diz respeito ao município de

Pombal – PB através da Secretaria Municipal do Trabalho e Ação Social - SEMTRAS.

De forma genérica, planejar significa que a organização seleciona os objetivos e

determina os meios para atingi-los. Os planos visam obter a melhor utilização dos recursos

organizacionais num ambiente futuro e são também a base para o controle e a direção da

organização pela gerência no seu ambiente atual, daí decorre a importância e necessidade do

Planejamento Estratégico e de como os gestores e responsáveis pela tomada de decisões

enfrentam a mudança nos seus ambientes. (REZENDE; CASTOR, 2006)

O que se observa na realidade, é que a maioria dos municípios brasileiros ainda não

possui Planejamento Estratégico elaborado ou posto em prática e isso tem contribuído de

maneira negativa na execução dos Planos de trabalho, implementação e continuidade das

ações voltadas às Políticas Públicas relacionadas à Assistência Social em nosso Estado.

Atualmente, o que fundamenta as ações da Secretaria em questão é a atuação do

Conselho Municipal de Assistência Social, cujos membros são escolhidos por meio de eleição

direta realizada em Assembléia Extraordinária de convocação pública, onde os escolhidos são

representantes do governo municipal das diversas Secretarias, da sociedade civil organizada,

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clubes de serviços e de classes como Rotary Club, Lions Clube, Maçonarias, ONG`s –

Organizações Não Governamentais.

Diante desse cenário e da necessidade de contribuir com o desenvolvimento e

progresso do município, a escolha do tema “O Planejamento Estratégico na Formulação de

Políticas Públicas para a Assistência Social no Município de Pombal” se deu pelo fato de

eu sempre ter convivido, de forma muito próxima, com a área social.

Primeiro por minha origem humilde e ter sido menina atendida em Entidade não-

governamental numa época que assistência social ainda não era tão presente no poder público

como é hoje, depois por fazer parte de Entidade Representativa de Classe – Sindicato dos

Servidores Municipais, conseguindo gerar em mim anseios e desejos por melhorias às

comunidades mais simples e humildes do nosso município.

Nesse sentido, com o anseio de obter melhorias junto às comunidades mais carentes

foram traçados os objetivos para investigar as políticas públicas de Assistência Social e sua

implantação no Planejamento Estratégico para essa Secretaria Municipal do Trabalho no

município de Pombal.

Para tanto, foram realizados alguns encontros com o Secretário, Equipe do Governo

Municipal, bem como com o quadro de servidores que compõe a Secretaria para levantar

informações sobre a necessidade de programar o Planejamento Estratégico como forma de

atingir melhores resultados. Embora ao término deste trabalho não obtivesse como resultado a

implantação do Planejamento Estratégico na sua totalidade conseguimos descrever os passos,

ou seja, a metodologia que será utilizada para a sua implementação.

2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 - NOVOS MODELOS ORGANIZACIONAIS

Nas últimas décadas, o ambiente organizacional mudou de forma fundamental para um

novo modelo organizacional. Durante um bom período do século XX, por exemplo, grande

parte da literatura pertencente ao que hoje denominamos administração estratégica, enfatizou

uma filosofia de guerra. Esse modelo de abordagem gerencial define como as tarefas são

formalmente distribuídas, agrupadas e coordenadas; cada organização adota o melhor modelo

para si segundo suas estratégias. A estrutura da organização influencia diretamente no seu

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desempenho, sua gestão e os seus resultados, e o modelo deve ser escolhido de forma a

garantir a melhor eficiência possível. (HARRISON, 2005).

No município de Pombal podemos dizer que existe modelo organizacional sim, porém

realizado individualmente, em cada um dos Programas existentes na Secretaria Municipal do

Trabalho e Ação Social - SEMTRAS, porém falta a aplicação estratégica das ações coletivas

para se obter melhores resultados no grupo. “A estrutura organizacional constitui uma cadeia

de comando, ou seja, uma linha de autoridade que interliga as posições da organização e

define quem se subordina a quem.” (CHIAVENATO, 2004, p.85)

A literatura mostra que, os fatores que determinam um modelo organizacional são:

Especialização do trabalho; Departamentalização; Cadeia de comando; Amplitude de

controle; Centralização e descentralização e Formalização (MINTZBERG, 1983).

2.2 - PRESSUPOSTOS DO PLANEJAMENTO: POR QUE PLANEJAR?

O Planejamento Estratégico é o ato de planejar as atuações a serem realizadas pelas

Organizações Governamentais e Não-Governamentais, bem como Empresas com

fundamentação na coerência, cujo objetivo maior está na obtenção dos resultados que se

deseja alcançar numa perspectiva de melhorar o funcionamento do órgão em que será

implementado levando em conta as condições internas e externas dessa organização.

O Planejamento Estratégico é algo a se implantar em médio e longo prazo, pois ele é

constituído por etapas e fases que vão desde encontros da equipe para planejar a ação,

passando pela visão do problema, missão, objetivos e metas a serem alcançadas. Todo

Planejamento requer um cronograma de execução e acompanhamento dos técnicos envolvidos

no processo, mas também dos gestores públicos que precisam sentir a necessidade de fazer a

sua elaboração e implantação.

O planejamento pode ser descrito como (1) escolha de um destino, (2) avaliação de

rotas alternativas e (3) decisão sobre o curso específico. O planejamento é uma disciplina que

pode ajudar as pessoas, profissionais e gestores a analisarem, cuidadosamente, as questões e

problemas e conceberem alternativas para lidar com as questões e superar os problemas

existentes (BONATO, 2008).

Entretanto, diante desses breves comentários apresentados anteriormente, o foco do

estudo é o planejamento direcionado para o município – como forma de ser conceituado e

discutido. É fato amplamente conhecido que o planejamento estratégico é parte das funções

de uma administração e é complementado por: organização; direção; e controle. Ele também

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envolve os conceitos de administração estratégica, pensamento estratégico, modelagem de

negócios privados ou de atividades públicas, inovação, inteligência competitiva e inteligência

organizacional. (CHIAVENATTO, 2004).

Como conceito, o Planejamento Estratégico municipal “é um processo dinâmico e

interativo para determinação dos objetivos, estratégias e ações do município e da prefeitura.”

(REZENDE; CASTOR, 2006, p.36).

Nesse sentido, o planejamento é elaborado por meio de diferentes e complementares

técnicas administrativas, com o total envolvimento dos atores sociais, ou seja, gestores e

colaboradores locais e demais interessados no desenvolvimento da cidade. O planejamento

estratégico é formalizado para articular políticas federais, estaduais e municipais, visando

produzir resultados no município e gerar qualidade de vida adequada para quem nele vive.

A realização do planejamento estratégico municipal de forma coletiva e participativa

oferece para os municípios e seus munícipes apenas benefícios positivos. Não são conhecidos

retornos negativos desse projeto. O desenvolvimento local é indiscutível e a melhora da

qualidade de vida dos munícipes é incontestável.

Dessa forma, a decisão de elaborar um planejamento estratégico municipal como um

processo, pode estar relacionada aos seguintes fatores: criar um consenso em torno de um

modelo de futuro para o município; definir um modelo de cidade a partir da percepção das

mudanças que se produzem no seu entorno; dar uma resposta para situações de crise ou de

recessão dos setores básicos da economia local; e perseguir uma maior coesão e integração

local. (ESTEVE, apud REZENDE; CASTOR, 2006).

Entretanto, os autores acima citados recomendam que o êxito do Planejamento

Estratégico municipal possa-se dar quando a visão da cidade e suas estratégias mobilizam

todos no município, quando os objetivos são exequíveis, quando existem consenso e trabalho

coletivo compromissado, quando seus colaboradores estão capacitados, quando os demais

planos municipais estão integrados e quando a gestão local assume e vivencia o planejamento

estratégico municipal juntamente com seus munícipes e com políticas municipais favoráveis.

2.3 - ORGANIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

São cinco as etapas desse processo com relação ao sistema de administração

estratégica: analisar o ambiente (monitorar o meio ambiente interno e externo da organização

para identificar seus riscos ou ameaças, oportunidades fraquezas e forças); estabelecer a

diretriz organizacional (determinar a meta da organização, juntamente com a missão e

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objetivos); formular estratégias (definir como as ações organizacionais possam alcançar seus

objetivos); implementar estratégias (colocar em ação as estratégias desenvolvidas); e elaborar

o controle estratégico (monitorar e avaliar todo o processo para melhorá-lo e assegurar um

funcionamento adequado, inclusive com sistemas de informação).

2.4 - CONCEITOS DE ESTRATÉGIAS

Apesar de não existir uma única definição universalmente aceita para estratégia,

(MINTZBERG ; QUINN, 2001), ela faz parte do planejamento estratégico organizacional

para ser aplicado em qualquer ambiente público ou privado, podendo contribuir

significativamente para o sucesso do seu município.

Dessa forma o pesquisador Mintzberg (1987), define estratégia como uma forma de

pesar no futuro, integrada no processo decisório, com base em um procedimento formalizado

e articulador de resultados e em uma programação. Pode-se relacionar a estratégia com a

palavra “guerra” e a tática com a palavra “batalha”. Mas, na prática, uma relação pode

complementar a outra e ainda, estratégia e tática podem ser vistas de formas diferentes pelos

diversos envolvidos na organização. (MINTZBERG ; QUINN, 2001).

As decisões antecipadas de o que fazer, o que não fazer, de quando fazer, de quem

deve fazer, de que recursos são necessários para atingir alvos num tempo predefinido, podem

ser chamadas de estratégia (OLIVEIRA, 1999). A estratégia considera o meio ambiente

interno e externo para concretizar a visão e atingir os objetivos, respeitando a visão, a vocação

e os princípios da cidade, visando também cumprir a missão da organização.

A ideia mais resumida e simples de estratégia é “arte de planejar”. “Como se regras de

decisão para orientar o comportamento do município, vista como uma ferramenta para

trabalhar com diferentes e divergentes condições que cercam os municípios.” (REZENDE;

CASTOR, 2006, p.88)

2.4.1 - TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DE ESTRATÉGIAS

Os estudos da ciência da administração oportunizam para os estrategistas municipais

inúmeros tipos e classificações, que podem ser utilizados na íntegra ou adequados ao

planejamento estratégico de uma organização ou município. Para Porter (1990), a estratégia

está relacionada com os seguintes tipos: liderança em custos, diferenciação e enfoque. Com

relação ao modelo utilizado para análise de estratégias competitivas em indústrias ou

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organizações privadas, é baseado nos conceitos de economia industrial e estratégias de

negócios, onde o potencial de rentabilidade de uma organização é definido por cinco forças

básicas: ameaça de novos entrantes; poder de barganha dos fornecedores; ameaça de produtos

ou serviços substitutos; poder de barganha dos clientes e intensidade da rivalidade entre os

competidores.

Mas não só o meio ambiente externo provoca a criação de estratégias. Para Davenport

e Prusak (1998), as estratégias podem ser criadas a partir do meio ambiente interno que nesse

caso, pode-se considerar o conhecimento das pessoas como outro valioso recurso estratégico,

juntamente com as competências essenciais e o capital intelectual.

Existem quatro tipos de estratégias organizacionais: defensiva; prospectiva; analítica e

reativa. Vejamos algumas coisas sobre elas:

1 – Estratégia Defensiva – adotado por organizações que possuem domínio definido de

produtos e mercados que pretendem manter ou defender da ação dos concorrentes. Preocupa-

se com a defesa e estabilidade.

2 – Estratégia analítica – é uma estratégia dual que fica entre a estratégia defensiva e

exploratória, procurando minimizar o risco e, ao mesmo tempo, maximizarão oportunidades

de lucro de maneira equilibrada. É uma estratégia compartimentada adotada por organizações

que operam e em dois tipos de domínio produto e mercado: um relativamente estável e outro

mutável.

3 – Estratégia reativa – a organização não tem uma estratégia devidamente formulada, mas

reage intempestivamente às ações que ocorrem no ambiente. A estratégia e a tiva organização

reage com atraso às ocorrências do ambiente geralmente despreparada e improvisada.

2.5 - PLANO DIRETOR E PLANO PLURIANUAL

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento do Município.

Sua principal finalidade é orientar a atuação do poder público e iniciativa privada na

construção e reorganização dos espaços urbano e rural, na oferta dos serviços públicos

essenciais, visando assegurar melhores condições de vida para a população.

A construção de um plano diretor se dá por exigência constitucional desde o ano de

2001, para municípios com mais de 20.000 habitantes, onde objetiva-se por uma melhor

qualidade de vida para todos, assegurando as necessidades mínimas dos cidadãos, nas áreas de

infra-estrutura, saúde e educação.

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No município de Pombal já aconteceu a elaboração do Plano Diretor, homologada

através da Lei Municipal Nº 1.287/06, sancionada em 10 de outubro de 2006 e coordenado

pelo Departamento Municipal de Habitação - também gerenciado pela Secretaria Municipal

do Trabalho e Ação Social – juntamente com equipe técnica, devidamente capacitada,

contratada pela administração municipal.

Para dá prosseguimento ás reuniões sobre o Plano Diretor, são realizados encontros

periódicos com representantes do governo municipal, ONG`s – Organizações Não

Governamentais e Sociedade Civil Organizada e, a partir daí gerou-se o Plano Local de

Habitação de Interesse Social – PLHIS que tem buscado a (re) urbanização do município.

Além do município de Pombal se enquadrar nas exigências constitucionais pelo seu

porte territorial e habitacional, temos atualmente uma incrível evolução na construção civil,

oferecendo à área imobiliária impressionante avanço. Portanto, uma necessidade ainda maior

de se possuir seu Plano Diretor.

O Plano Plurianual, no Brasil, – previsto no artigo 165 da CF – Constituição Federal,

e regulamentado pelo Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998 estabelece as medidas, gastos

e objetivos a serem seguidos pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal ao longo de um

período de quatro anos.

É aprovado por lei quadrienal, sujeita a prazos e ritos diferenciados de tramitação, tem

vigência do segundo ano de um mandato até o final do primeiro ano do mandato seguinte.

Também prevê a atuação do Governo, durante o período mencionado, em programas de

duração continuada já instituídos ou a instituir no médio prazo. Em caso de um plano

municipal é aprovado através da Câmara de Vereadores e sancionado pelo Executivo vigente.

No município de Pombal a elaboração é levada periodicamente pelo Executivo

Municipal e equipe técnica, às comunidades para que junto com seus moradores sejam

elencadas as necessidades mais urgentes do lugar e, assim, obtenham os melhores resultados e

supram tais carências. Com a adoção deste plano, tornou-se obrigatório o Governo planejar

todas as suas ações e também seu orçamento de modo a não ferir as diretrizes nele contidas,

somente devendo efetuar investimentos em programas estratégicos previstos na redação do

PPA – Plano Plurianual, para o período vigente.

Conforme a Constituição, também é sugerido que a iniciativa privada volte suas ações

de desenvolvimento para as áreas abordadas pelo plano vigente. Pode-se afirmar que o Plano

Plurianual faz parte da política de descentralização de governo, seja ele Federal, Estadual ou

Municipal, que já é prevista na Constituição Federal vigente.

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2.6 - POLÍTICAS PÚBLICAS

Podemos definir política pública como o conjunto de ações desencadeadas pelo

Estado brasileiro, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao bem comum

coletivo. Elas também podem ser desenvolvidas em parcerias com organizações não

governamentais e, como se verifica mais recentemente, com a iniciativa privada, as chamadas

PPP – Parcerias Públicas Privado. Porém, devemos salientar que cabe ao Estado propor ações

preventivas diante de situações de risco à sociedade por meio de políticas públicas nas

diversas áreas: saúde, assistência social, educação, habitação, etc.

As políticas públicas devem ser aplicadas de acordo com as necessidades das

comunidades que as receberão, mas não imaginemos que elas chegarão de maneira aleatória,

desestruturadas ou mal elaboradas. Essas ações necessitam, previamente, de formação da

agenda, formulação, prática, monitoramento e avaliação dos técnicos que gerenciarão a sua

aplicação.

Ultimamente, é muito comum ver o assistencialismo ser confundido com as políticas

públicas, que por muitas vezes são utilizadas como favorecimento pessoal de alguns

administradores. Porém essa confusão é indevida, já que muitas são as diferenças entre

políticas públicas e assistencialismo, vejamos: Políticas públicas são algo grande e um direito

adquirido pelo cidadão comum e obrigação do Estado de buscá-las e bem aplicá-las, já o

assistencialismo nada mais é que um favorecimento que ameniza as situações mais críticas e

não soluciona, uma espécie de caridade e não um direito.

Em consonância a essas definições e sobre essa perspectiva as secretarias municipais,

antigamente chamadas de “Ação Social”, passaram a adotar uma nova nomenclatura referente

às mudanças ocorridas nessa importante pasta, por se tratar de avaliar as políticas sociais no

contexto integral da assistência social em defesa dos direitos da coletividade, fugindo do

conceito de “assistencialismo” arraigado na cultura de tempos passados, ou seja, atualmente a

Assistência Social passa a desenvolver ações efetivas através de programas e projetos que não

mais vê apenas o individuo, e sim o direito social de famílias em vulnerabilidade social, os

assistindo de forma mais efetiva nas diversas áreas sociais, inclusive assistência alimentar e

nutricional. (FERNANDES, 2011)

Não poderia ser diferente com o município de Pombal. Justifica-se, portanto a

necessidade da secretaria adaptar-se a essas transformações, no qual o município de Pombal

propõe a mudança do nome, anteriormente, de Secretaria Municipal do Trabalho e Ação

Social para Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano, Segurança Alimentar e

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Nutricional, que vai contemplar uma nova política que garante a segurança alimentar e

nutricional, com ampliação do acesso aos alimentos, combinando programas e ações de apoio

à agricultura tradicional e familiar de base agro ecológica e cooperativa, além da implantação

de uma ampla Rede de Segurança Alimentar e Nutricional em todo o Município.

(FERNANDES, 2011)

2.7 - METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO MUNICIPAL

Uma metodologia para o planejamento estratégico municipal pode se constituir em

uma abordagem organizada para alcançar o sucesso do projeto por meio de passos

preestabelecidos, portanto é basicamente um roteiro sugerido.

Também pode ser entendida como um processo dinâmico e interativo para

desenvolvimento estruturado e inteligente de projetos visando à produtividade e efetividade

de projetos que permite o uso de uma ou várias técnicas por opção dos envolvidos no projeto.

O Planejamento Estratégico pode ser desenvolvido em grandes etapas: determinação

dos objetivos; análise ambiental externa; análise organizacional interna; formulação das

alternativas estratégicas e escolha das estratégias; elaboração do planejamento; e

implementação por meio de planos táticos e planos operacionais. (CHIAVENATO, 2004).

O processo do planejamento estratégico com relação ao sistema de administração

estratégica contempla as seguintes fases: análise do ambiente organizacional (interno e

externo); diretriz organizacional (missão, objetivos, etc.); formulação das estratégias, prática

das estratégias; e controle estratégico. Uma metodologia de planejamento estratégico pode ser

composta por: sumário executivo; produtos e serviços; análise do mercado; estratégias;

organização e gerência; e planejamento financeiro. Uma metodologia de planejamento

estratégico também pode ser composta por negócio, missão; princípios; análise do ambiente;

visão; objetivos e estratégias competitivas. (VASCONCELOS; PAGNONCELLI, apud

REZENDE; CASTOR, 2006).

3 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

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3.1 - CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Partindo-se da pressuposição estabelecida em relação ao objeto de nossa pesquisa,

identificamos a seguinte resposta ao problema do trabalho: A elaboração de um Planejamento

Estratégico voltado à formulação de novas políticas públicas trará à Secretaria Municipal do

Trabalho e Ação Social de Pombal – PB, aos Programas Sociais e Projetos por ela

administrados, melhores resultados aos beneficiários a partir de atuações mais organizadas e,

detalhadamente, esquematizadas visto que sua Equipe Técnica se preocupará mais em obter

melhores e maiores resultados.

Assim, pela natureza que envolveu o problema da pesquisa inserido no ramo das

políticas públicas e assistência social em nosso município, o tipo de pesquisa adotado foi o

exploratório, descritivo e documental.

Destarte, quanto aos objetivos, a pesquisa exploratória foi apropriada a uma vez que

ela permitiu a realização de um estudo preliminar do principal objetivo da pesquisa que foi

realizada, ou seja, familiarizar-se com o fenômeno investigado, de modo que a pesquisa

subseqüente foi concebida com uma maior compreensão e precisão ou ainda tendo a pesquisa

considerada de natureza exploratória, quando esta envolve levantamento bibliográfico,

entrevistas com pessoas que tiveram, ou têm, experiências práticas com o problema

pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. (THEODORSON, 1995 e

MICHEL, 2009).

Já do ponto de vista da adoção – pesquisa descritiva, o estudo é de natureza

quantitativa, pois vamos apresentar dados estatísticos e informações diversas sobre os

atendimentos oferecidos a usuários dos programas sociais ministrados na Secretaria – PETI,

PRO JOVEM Trabalhador e Adolescente, CRAS, CREAS, Compra Direta da Agricultura

Familiar, BOLSA FAMÍLIA, bem como dos subprojetos que cada programa possui.

Segundo Richardson (2008, p.71) “o método é fundamental para as diversas

Ciências Sociais, porque permitem controlar, simultaneamente, grande

número de variáveis e por meio de técnicas estatísticas de correlação, [....],

oferecendo ao pesquisador entendimento de modo pelo qual as variáveis

estão operando”.

Com analogia aos meios ou procedimentos que usamos em nossa pesquisa podemos

afirmar que o estudo foi caracterizado em pesquisa bibliográfica, pois de acordo com Vergara,

(2000), o estudo é caracterizado como pesquisa bibliográfica quando consiste em um estudo

sistematizado fundamentado em material publicado em livros, revistas, periódicos, entre

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outros. Para o embasamento teórico desta pesquisa, adotou-se somente a pesquisa documental

em virtude de termos, somente, documentos arquivados como projetos, ofícios, relatórios,

bem como conversas informais com usuários dos programas, familiares, equipe técnica da

secretaria, coordenadores de programas e servidores em geral que compõe o quadro funcional

da Secretaria.

3.2 - DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS DA PESQUISA

Com o objetivo de tornar público o estudo realizado na Secretaria Municipal do

Trabalho e Ação Social de Pombal – PB a partir de sua funcionalidade, assim como ajudar na

realização e elaboração de um Planejamento Estratégico para a citada secretaria utilizaremos

diversas variáveis, visto que para Lakatos e Marconi (2001), uma variável pode ser

considerada como uma classificação ou medida, ou seja, um conceito operacional que

apresenta valores, passível de mensuração.

A partir dos objetivos almejados poderemos obter diversas variáveis, pois na pesquisa

pode aparecer aquela que tem poder de influenciar outra, tornando-a uma Variável

Independente que também poderá ser chamada de variável experimental ou de tratamento.

Esta variável pode ser manipulada pelo investigador para verificar que influência exerce sobre

um possível resultado.

Existe ainda a Variável Intervenente que poderá ser ou não manipulada pelo

pesquisador que segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 150), “a variável interveniente é aquela

que, numa seqüência causal, se coloca entre a variável independente (I) e a variável

dependente (D), tendo a função de ampliar, anular ou diminuir a influência de I sobre D” e

isso dependerá do rumo que nossa pesquisa tomar daqui para frente.

Levando em consideração as definições das variáveis de pesquisas, posso afirmar que em

nosso trabalho teremos um pouco de cada uma delas, pois dependeremos de dados concretos

capazes de não sofrer nenhuma influência do investigador, porém em outros momentos

poderemos influenciar nos resultados desejados na pesquisa sem que saiamos do foco,

coerência e veracidade dos dados.

3.3 - ESPECIFICAÇÃO DO UNIVERSO OU POPULAÇÃO

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Vergara (2000, p. 50) define universo de pesquisa como sendo: “um

conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por exemplo) que

possuem as características que serão objetos de estudo.”

O universo de nossa pesquisa foi constituído pela Secretaria Municipal do Trabalho e

Assistência Social do município de Pombal, Estado da Paraíba, seus técnicos sociais, todos os

Programas e Projetos Sociais financiados pelo MDS – Ministério do Desenvolvimento Social

e Combate a Fome, coordenadores e educadores sociais desses programas, usuários, bem

como Governo Federal, Estadual e Municipal.

3.3.1 - Amostra

Segundo Marconi e Lakatos (1996, p. 28) “amostra é uma parcela conveniente

selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo”.

A amostra para o estudo de nossa pesquisa foi baseada em dados registrados em

estatísticas e relatórios existentes na Secretaria capazes de nos descrever a real situação

assistencial do município, cujo objetivo maior é a realização da (re) elaboração de um

Planejamento Estratégico que visa melhorar a atuação da Secretaria e ampliar o número dos

programas sociais em parceria com a União e, consequentemente, aumentar o número de

usuários que hoje são atendidos.

3.4 - COLETA DE DADOS

Para a coleta de dados levantamos os números de beneficiários atendidos nos diversos

programas federais por meio de entrevista com os coordenadores dos programas sociais, com

a equipe técnica e observação dos relatórios. Logo após o número em mãos, realizamos

pesquisa direta com, pelo menos, 115 usuários sobre a qualidade do atendimento por meio de

encontros entre nós – equipe técnica e pesquisadora do estudo – para que juntos busquemos

os melhores resultados para a elaboração do PE, uma vez que segundo RICHARDSON, 2008

num questionário podemos encontrar as melhores respostas para perguntas preestabelecidas.

4 - ANÁLISE DE RESULTADOS - Estudo do Planejamento Estratégico da Secretaria

Municipal do Trabalho e Ação Social do Município de Pombal - PB

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4.1 - ANÁLISE ESTRATÉGICA DA SECRETARIA

4.1.1 - Análise da cidade e Secretaria.

O município de Pombal está localizado na zona fisiográfica do baixo sertão de

Piranhas, na fachada ocidental do Estado da Paraíba, integrada a microrregião nº 95 –

Depressão do Alto Piranhas. Possui uma população de 32.117 habitantes, segundo dados do

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O município de Pombal está incluído na área geográfica de abrangência do semi-árido

brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Esta delimitação tem

como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. Pombal situa-se na

região oeste do Estado da Paraíba, mesorregião Sertão Paraibano e Microrregião Sousa.

Limita-se ao norte com os municípios de Santa Cruz, Lagoa e Paulista; ao leste, com

Condado; ao sul, com São Bento de Pombal, Cajazeirinha, Coremas, e São José da Lagoa

Tapada; ao oeste, com Aparecida e São Francisco.

Atualmente é governado por Yasnnaia Pollyanna Werton Feitosa – Partido dos

Trabalhadores - PT, gestão 2009 – 2012. Sendo este o segundo governo petista a assumir os

destinos políticos do município, sendo a segunda vez que o município é governado por uma

mulher.

A estrutura político-administrativa do município é composta por 08 Secretarias, sendo

a Secretaria Municipal do Trabalho e Ação Social – SEMTRAS uma das mais recentes, já que

até o ano de 2005 tinha status de Departamento de Ação Social. Com pouco respaldo, sem

recursos próprios, a SEMTRAS dependia da dotação orçamentária do Gabinete do Prefeito

para desenvolver suas atividades.

Hoje a SEMTRAS – Secretaria Municipal do Trabalho e Ação Social discute a

possibilidade de modificar seu nome para Secretaria Municipal do Desenvolvimento

Humano, Segurança Alimentar e Nutricional, a fim de buscar maior afinidade com as

políticas públicas capitaneadas pelo Governo Federal, através do MDS – Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

4.1.2 - Análise externa à cidade

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4.1.2.1 - Análise do ambiente externo

A Política Nacional de Assistência Social PNAS – Plano Nacional de Assistência

Social/2004, como direito é uma política nova e ainda passa por discussão em todo o país

quanto aos seus mecanismos de controle social. É inovadora por estruturar a assistência social

em níveis de proteção social, toma como base a família como espaço privilegiado e

substituível e leva em consideração as diversidades locais e regionais.

A quantidade de programas e ações disponibilizados pelo Governo Federal aos estados

e municípios é bem expressiva. Contudo, cabe aos municípios, através das instâncias de

controle – como os Conselhos Setoriais – definirem as melhores estratégias atender suas

necessidades locais sob pena de implementarem ações de baixa relevância frente a suas reais

carências.

Por outro lado, o Governo Estadual pouco tem contribuído para complementar, através

de contrapartidas, as ações sócioassitenciais nos municípios. Esta tem sido uma queixa antiga

que permeia conferências locais, regionais, estadual e nacional.

De uma forma geral o que se tem visto é quase uma padronização nos municípios. As

pistas para esta impessoalidade dos serviços podem ser compreendidas por duas óticas: pela

formatação das ações do Governo Federal que disponibilizam recursos para determinadas

ações pré-definidas ou pela ausência de políticas públicas na esfera municipal que sejam

compatíveis com as necessidades do território.

O Sistema Único da Assistência Social - SUAS está fundamentado em três bases:

sistema público não contributivo, descentralizado e participativo. E a mobilização da

sociedade é fundamental para, junto ao poder público municipal, determinar suas prioridades.

4.1.2.2 - Análise das oportunidades e riscos a cidade – forças, fraquezas e

potencialidades

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, Pombal

tem um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,661 para uma população estimada em

32.117 (trinta e dois mil cento e dezessete) habitantes, sendo que deste total 80,21% residem

na sede do município. A participação dos 20% mais pobres da população na renda passou de

2,9%, em 1991, para 2,5%, em 2000, aumentando ainda mais os níveis de desigualdade.

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Em 2000, a participação dos 20% mais ricos era de 57,8%, ou 24 vezes superior à dos

20% mais pobres. Em 2000 a per capta de pessoas vivendo com menos de ½ do salário

mínimo era de 54% da população – considerado linha de pobreza pelo PNUD. Em 2010 esse

número foi de 39,6% de habitantes, o que representa uma diminuição dos índices de pobreza

do município, com um significativo aumento da concentração de renda.

Ao lado das questões de concentração de renda, a situações de violação de direitos

através da exploração sexual de crianças e adolescentes, as drogas e a pouca perspectiva de

empregabilidade por parte da população jovem, são algumas dos duros desafios da atual

gestão municipal.

Por outro lado, cada vez mais fortalecida pela expansão e qualificação dos programas

de distribuição de renda, segurança alimentar e nutricional do Governo Federal, a SEMTRAS

– Secretaria do Trabalho e Ação Social vivencia uma das suas melhores fases. Prova disto foi

à recente implantação do segundo Centro de Referência da Assistência Social – CRAS no

Bairro dos Pereiros, considerado um dos bairros de maior vulnerabilidade econômica e social

do município.

Outra conquista significativa do município foi à implantação do Programa

Comercialização Direta da Agricultura Familiar – do Programa de Aquisição de Alimentos –

PAA do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Atendendo cerca de 20

agricultores com assistência direta com doação de barracas, freezeres, balanças, cadeiras e

birôs para efetivação de feira livre dos agricultores assistidos no Programa.

Já se encontra, também, implantado no município de Pombal o Programa Compra

Direta Local da Agricultura Familiar – também do PAA, onde é garantido aos agricultores a

compra dos produtos que eles cultivam, sendo esses destinados a instituições e órgãos

municipais.

A mobilização de recursos e conquistas de programas e projetos via MDS – Ministério

do Desenvolvimento social e combate á Fome, não tem sido uma tarefa das mais difíceis para

o município em razão das experiências anteriores bem sucedidas dos gestores em executar

programas e projetos daquela fonte.

Contudo, a execução de programas e projetos da própria SEMTRAS é tímida.

Restringindo-se a duas experiências implantadas com recursos próprios. São elas o Projeto

“Granjinha” – que estimula a produção de galinhas em regime comunitário em um

assentamento local (Assentamento Jacu) e o Projeto “Alimento Verde”, que tem trabalhado o

fortalecimento da agricultura urbana na produção de alimentos com familiares dos usuários do

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI – desenvolvido em parceria com a

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Universidade Federal de Campina Grande/UFCG – Campus de Pombal – Curso de

Agronomia. (FERNANDES, 2011)

Segundo relatório da Secretaria Municipal de Administração, o baixo número de

servidores efetivos também coloca em risco a continuidade das ações, já que apenas 01 (um)

dos 09 (nove) técnicos (assistentes sociais e psicólogos) envolvidos nos programas de

assistência social do município é do quadro efetivo. Os demais prestam serviços através de

contrato temporário de trabalho. Outros profissionais também têm vínculos trabalhistas

frágeis como arte-educadores e oficineiros.

Apesar disso, a grande queixa dos trabalhadores da assistência social do município

gira em torno da falta de transporte para o deslocamento dos técnicos para as visitas aos

usuários do SUAS. É evidente também a falta de outros profissionais como supervisores

pedagógicos e de coordenação junto à secretaria para dar enfrentamento às necessidades dos

programas ligados a SEMTRAS. Ou seja, ainda há a necessidade de dotar a política da

assistência social de mecanismos que garantam a valorização do servidor como parceiro

essencial das transformações sociais do município.

4.1.3 - Análises da administração municipal

4.1.3.1- Análise do ambiente de tarefa do setor pesquisado

A SEMTRAS tem seus trabalhos e serviços distribuídos em 05 edificações onde

funcionam os Programas CRAS I, CRAS II, CREAS, PROJOVEM TRABALHADOR e

PETI. Nas proximidades da Prefeitura Municipal de Pombal fica sua sede, onde funcionam os

serviços de documentação – expedição de carteiras de trabalho e identidade, Telecentro

Comunitário e atendimento aos usuários do Programa Bolsa Família.

Os técnicos da Secretaria recentemente iniciaram o hábito de encontrar-se

mensalmente com os demais técnicos do município. O objetivo é partilhar conhecimentos,

planejar atividades em conjunto e discutir ações de referência e contra-referência em serviço

social.

De uma forma geral, não há a prática entre os coordenadores dos programas, técnicos

e a secretaria de discutir efetivamente o planejamento estratégico de maneira coletiva. O

exercício de avaliação das atividades é feito programa a programa, normalmente, na sua sede,

já que a estrutura da SEMTRAS não dispõe de auditório ou sala para reuniões.

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4.1.3.2 - Análise dos serviços

De acordo com dados coletados em análise documental, são ofertados pela SEMTRAS

programas, serviços e projetos.

PROGRAMAS: Compra Direta da Agricultura Familiar, Comercialização Direta da

Agricultura Familiar, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, Bolsa

Família, Pro Jovem – Adolescentes e Pro Jovem – Trabalhador e Programa

Habitacional.

SERVIÇOS: Documentação, Orientação social-familiar, Centro de Referência da

Assistência Social – CRAS (proteção social básica), Centro de Referência

Especializado da Assistência Social (média complexidade) – CREAS,

PROJETOS: Granjinha e Alimento Verde

4.1.3.3 - Análise dos sistemas de informação e da tecnologia da informação

O gerenciamento das informações é feita via Rede SUAS – o sistema de informação, é

formada por um conjunto de subsistemas e aplicativos dinamicamente relacionados,

alimentada por gestores e técnicos dos três níveis federativos com as informações necessárias

ao andamento de processos administrativos essenciais à execução , ao financiamento e ao

controle social da política de assistência social.

4.1.3.4 - Análise do modelo de gestão da prefeitura

De acordo com o Secretário Interino Denis Januário, a proposta da Prefeitura

Municipal de Pombal tem se mostrado como um excelente porto de valorização da

participação popular. Prova disto é a implantação no primeiro ano de governo do orçamento

participativo e do lançamento público do seu Planejamento Estratégico que, mesmo que sem

muitos indicadores técnicos de sua implementação, representa um compromisso público

assinado pela atual gestora do município.

A sociedade civil organizada tem ocupado seus espaços de participação junto aos

conselhos setoriais. Contudo, o velho dilema da intervenção qualificada nestes espaços

privilegiados de atuação política tem colocado em cheque o compromisso do município em

qualificar seus representantes. Por outro lado, a própria sociedade civil peca por nem sempre

indicar membros mais comprometidos, dispostos a aprender e com disponibilidade para

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ocupar estes assentos de forma a cumprir com seu papel de fiscalização e definição das

políticas públicas.

4.2 - DIRETRIZES ESTRATÉGICAS DO MUNICÍPIO

4.2.1 - Diretrizes da cidade

4.2.1.1 - Visão da cidade e Plano de Governo

Em 2008, ainda em período eleitoral, a atual gestão lançou seu PLANO DE

GOVERNO baseado em 13 grandes desafios a serem vencidos. O Programa de Assistência

Social, Combate à Pobreza e Emprego e Renda é o terceiro capítulo deste documento que

apresentava a população 12 programas. São eles: Educação, Saúde, Assistência Social, Infra-

estrutura econômica e social, Setor Agropecuário, Preservação Ambiental, Cultura, Esporte e

Turismo, Políticas públicas para mulheres, Juventude, Criança e Adolescentes, Trânsito e

modernização administrativa.

4.2.1.2 - Vocações da cidade

A economia local é baseada no funcionalismo público, aposentados, pensionistas,

atividades da agricultura familiar, comércio, pecuária leiteira e de corte. Sendo o município

produtor diário de 8.000 mil litros de leite, sendo uma das maiores bacias leiteiras do Estado

sem, contudo, dispor de uma única indústria que beneficie esta significativa produção.

Portanto, quase tudo é comercializado in natura e volta ao município em forma de

produtos industrializados como iogurte e outros derivados. Com frágil parque industrial,

destaque para as micro-indústrias de doce, confecção de bolsas, roupa e redes.

4.2.1.3 - Objetivos do município

As ações de todas as Secretarias Municipais são permeadas e influenciadas pelos

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – definidos pelas Nações Unidas.

A proposta da atual gestão é dotar o município de meios para a promoção do

desenvolvimento econômico e social de forma sustentável. Em seu Plano de Governo, são

definidos três pilares: consolidação do sistema de saúde, educação e demandas sociais.

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4.2.2 - Diretrizes da administração municipal

4.2.2.1- Missão da Secretaria Municipal do Trabalho e Ação Social

Segundo seus documentos e planos da SEMTRAS sua missão é:

“Fortalecer o Sistema Único da Assistência Social, garantindo o acesso das

populações que vivem em vulnerabilidade social e econômica aos serviços

básicos e especiais da rede de proteção social, com foco para o combate a pobreza, a geração de emprego e renda e promoção da dignidade humana.”

4.3 - ESTRATÉGIAS E AÇÕES MUNICIPAIS

4.3.1 - Estratégias da Secretaria Municipal do Trabalho e Ação Social

O Planejamento Estratégico da SEMTRAS – extraído direto do Plano de Governo traz

em sua essência uma ambiciosa postura do governo local em dotar os munícipes de

equipamentos sociais capazes de auxiliá-los no enfrentamento das adversidades.

Porém, sua implantação fica vinculada exclusivamente a disponibilidade de editais do

MDS que propicie a conquista de tais programas ou equipamentos. Outro fator limitante é a

falta de prioridade da equipe técnica com relação ao planejamento das ações de médio e longo

prazo.

4.4 - CONTROLES MUNICIPAIS E GESTÃO DO PLANEJAMENTO

4.4.1 - Níveis e controles da Secretaria

De acordo com as observações e coleta de dados em relatórios, o gerenciamento do

planejamento estratégico não obedece a nenhuma sistemática razoável e sua aplicabilidade

fica à mercê dos acontecimentos e das grandes demandas de atividade do dia a dia da

SEMTRAS.

Em sendo assim, a avaliação do planejamento estratégico fica a cargo de reuniões

semestrais promovidas pela própria Prefeita em eventos que contam com a participação de

integrantes dos 1º e 2º escalões do governo municipal.

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4.4.2 - Meios e controles da Secretaria.

No âmbito da própria SEMTRAS não há uma equipe, grupo temático ou observatório

que faça o acompanhamento do Plano. Também não há clareza quanto aos indicadores, metas

ou quaisquer parâmetros que possibilitem seu efetivo monitoramento, a não ser os que são

definidos por técnicos via REDE SUAS. Sem muita correlação com a proposta do

Planejamento Estratégico a médio ou longo prazo.

Os técnicos relatam que o cumprimento dos objetivos do Plano da SEMTRAS

dependia, exclusivamente, da disponibilidade de editais do MDS ou outras fontes de

financiamento oferecidas pelo Governo Federal ou Estadual.

5 - CONCLUSÕES

Concluímos, portanto, que o Planejamento Estratégico da SEMTRAS é um documento

carente de técnicas que favoreçam sua implantação. Em sendo assim, não é de se estranhar

que não consiga “convencer” as pessoas, nem mesmo do quadro funcional do município. Este

amplo comprometimento é princípio fundamental do seu sucesso.

Algumas metas do Planejamento Estratégico já foram alcançadas, porém se faz

necessário promover amplo debate para revisá-lo. É de basilar importância realizar uma

análise de conjuntura mais atual, já que o governo e o cenário político e econômico não são os

mesmos desde sua última elaboração em 2008. Seus objetivos carecem ser re-discutidos com

a definição de outros novos conceitos, mais claros, consensuais, quantificáveis e praticáveis.

Tão importante quanto revisar o Planejamento Estratégico, é compor grupos temáticos,

observatórios e capacitações permanentes em toda a estrutura do governo municipal para que

se possa vivenciar e respirá-lo em todas as ações municipais – fortalecendo, assim, as etapas

de monitoramento e avaliação.

Por fim, o Planejamento Estratégico precisa ser entendido não como um instrumento

de opressão inflexível que atua contra os que o gerenciam. Nem tão pouco como uma bela

carta de intenções de cunho mais poético que prático. O Planejamento Estratégico precisa ser

concebido como o referencial que auxiliará seus gestores e colaboradores a não perderem o

rumo na luta implacável contra a pobreza extrema e demais formas de violação de direitos e

pela implantação das políticas públicas essenciais – condições fundamentais para a conquista

da dignidade humana.

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CURRICULUM DO AUTOR

Nome: Fabiana de Melo Oliveira Pereira

Curso: Licenciatura Plena em História pela UFCG – Universidade Federal de Campina

Grande, no Centro de Formação de Professores em Cajazeiras – PB, na turma 2001.2.

Experiências Profissionais: Professora do Ensino Fundamental pela Prefeitura Municipal de

Pombal desde o ano de 1998, sendo sob contrato até o ano 2000 e efetiva do quadro funcional

por meio de concurso público desde fevereiro de 2001; Secretária Geral do SINSEMP –

Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Pombal Gestão 2008/2010 e 2011/2013;

Mediadora do Curso de Pedagogia na Modalidade à Distância no Pólo de Apoio Presencial de

Pombal – PB desde julho de 2010.

Contatos:

(83) 9963 – 0683

Email: [email protected]

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REFERÊNCIAS

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Campus, 2004.

FERNANDES, Rômulo Lacerda. Mudança de Nomenclatura da SEMTRAS. Pombal – PB,

outubro de 2011.

FISHMANN, A. A.; Almeida, M. I. R. Planejamento estratégico na prática. 2. ed. São

Paulo: Atlas, 1991.

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<http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisa_explorat%C3%B3ria#cite_ref-0>. Acesso em outubro

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http://www.siaibib01.univali.br/pdf/Ana%20Paula%20Bonato.pdf>. Acesso realizado em 10 de dezembro de 2011.

Definição de Políticas Públicas e sua diversificação. Disponível em:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_p%C3%BAblica>. Acesso em 01 de novembro.

Definição sobre SUAS e sua fundamentação. Disponível em: <

http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/suas >. Acesso realizado em 10 de novembro de 2011.

Pesquisa sobre o Município de Pombal – Paraíba, localização, estudo demográfico e político.

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Pombal_%28Para%C3%ADba%29>. Acesso em

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MINTZBERG Henry.; AHLSTRAND, Bruce.; LAMPEL, Joseph. Safári de estratégia. Porto

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Atlas, 2000.

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QUESTIONÁRIO APLICADO AOS TÉCNICOS SOCIAIS

1 – Formação acadêmica

2 – Experiência Profissional

3 - Condição funcional no município (contrato ou concursado)

4 – Frequência com que se reúnem em grupo

5 – Com que freqüência é enviada relatório das atividades á SEMTRAS

ENTREVISTA COM 115 USUÁRIOS DO SUAS EM POMBAL

1 – Satisfação com a oferta de vagas nos programas sociais administrados pela SEMTRAS:

a) Muito satisfeito - 24

b) Satisfeito - 75

c) Pouco satisfeito - 16

2 – Atendimento oferecido pela SEMTRAS e seus funcionários aos usuários do SUAS:

a) Muito satisfeito - 12

b) Satisfeito - 66

c) Pouco satisfeito - 37

3 – Infra estrutura da SEMTRAS para o atendimento diário aos seus usuários:

a) Muito satisfeito - 02

b) Satisfeito - 33

c) Pouco satisfeito – 80

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MÉDIA DE ATENDIMENTOS MENSAIS NO PROGRAMAS SOCIAIS

ADMINISTRADOS PELA SEMTRAS

CRAS – CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSITÊNCIA SOCIAL (I e II)

Coordenadora: Valeska Katiuscia Bandeira de Oliveira Dantas

Gestantes: 21

Idosos: 150

Mulheres em cursos profissionalizantes: 45

Crianças: 15

CREAS – CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL

Coordenador: José Pereira Ribeiro

Famílias: 30

Individuais: 71

PETI – PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABLAHO INFANTIL

Coordenadora: Ana Graziele Araújo

Crianças de 07 a 14 anos de idade: 80

COMPRA DIRETA DA AGRICULTURA FAMÍLIAR

Coordenador: Cleuson Melo

Agricultores atendidos: 40

DEPARTAMENTO DE HABITAÇÃO

Coordenadora: Edini Evaristo Neri

Inscritos no Programa de habitação: 320

PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

Coordenadora: Alzira Laisse Assis

Benificiários cadastrados no Programa: 10.000

Beneficiários recebendo recursos do Programa: 6.000