planejamento estratÉgico em unidades de informaÇÃo

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – CCE/FAED DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA ALINE REGIANE KLAUMANN XAVIER PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM UNIDADES DE INFORMAÇÃO UMA PESQUISA NO CENTRO DE ESTUDOS DR. SIDNEI JORGE SANDIN FLORIANÓPOLIS – SC 2006

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UMA PESQUISA NO CENTRO DE ESTUDOS DR. SIDNEI JORGE SANDIN

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – CCE/FAED

DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA

ALINE REGIANE KLAUMANN XAVIER

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM UNIDADES DE INFORMAÇÃO

UMA PESQUISA NO CENTRO DE ESTUDOS DR. SIDNEI JORGE SANDIN

FLORIANÓPOLIS – SC 2006

ALINE REGIANE KLAUMANN XAVIER PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM UNIDADES DE INFORMAÇÃO

UMA PESQUISA NO CENTRO DE ESTUDOS DR. SIDNEI JORGE SANDIN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Biblioteconomia e Documentação do Centro de Ciências da Educação – CCE/FAED, da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Biblioteconomia - Gestão da Informação. Orientação: Profª Delsi Fries Davok, Drª.

FLORIANÓPOLIS - SC

2006

FICHA CATALOGRÁFICA

X3p XAVIER, ALINE R. K., 1985-

Planejamento estratégico em unidades de informação: pesquisa participante no Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin / Aline Regiane Klaumann Xavier. Florianópolis (SC), 2006.

69 f.; 30cm. Orientado por Delsi Fries Davok Inclui referências bibliográficas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação),

Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, 2006.

1. Planejamento estratégico. 2. Unidades de informação – Planejamento estratégico. I. Davok, Delsi Fries. II. Universidade do Estado de Santa Catarina.

CDD – 658.4012

ALINE REGIANE KLAUMANN XAVIER

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM UNIDADES DE INFORMAÇÃO UMA PESQUISA NO CENTRO DE ESTUDOS DR. SIDNEI JORGE SANDIN

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para obtenção do

grau de bacharel em Biblioteconomia – Gestão da Informação, pela Universidade do

Estado de Santa Catarina.

Banca Examinadora: Orientadora: ___________________________________

Profª Delsi Fries Davok, Drª. Universidade do Estado de Santa Catarina

Membro: ________________________________________

Prof. Mauro Sérgio Boppré Goulart, Ms. Universidade do Estado de Santa Catarina

Florianópolis, SC 2006

À minha amada mãe, que em todos os momentos dessa caminhada, foi o meu

porto seguro.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, que me guiou, me iluminou e me deu forças para me tornar uma conquistadora.

Aos meus pais Valéria e Edemar, e à minha irmã Bianca, que mesmo não podendo

estar perto, conseguiram me dar todo apoio e amor para continuar nesta caminhada.

Ao Rafael, meu alicerce durante esses anos.

À minha orientadora Delsi, por estar sempre me incentivando, ensinando e acreditando na minha capacidade.

Às colaboradoras do Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin, Rosana Aparecida

Nazário, Daniela Silva Ferreira e Gabriela Albino, pela amizade, compreensão e motivação.

“Pode o homem tornar-se culto pela cultura dos outros; mas só se torna sábio pelas

próprias experiências”.

Mansour Chalita

RESUMO Esta pesquisa teve o objetivo de delinear uma metodologia de planejamento estratégico para unidades de informação. Nesse sentido, apresenta uma metodologia de planejamento estratégico de unidades de informação e sua aplicação no planejamento estratégico de uma unidade de informação especializada na área da saúde, especificamente, do Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin. O estudo identificou o mandato, definiu a missão, realizou a análise do ambiente interno, identificando os pontos fortes e pontos fracos da instituição, definiu questões estratégicas, identificou obstáculos e apresentou propostas estratégicas para o Centro de Estudos. Os resultados e conclusões constatam a importância do planejamento estratégico como ferramenta para a gestão e o desenvolvimento das unidades de informação. Palavras-chave: Planejamento estratégico; Unidades de informação – Planejamento estratégico.

LISTA DE QUADROS

Quadro 5.1 – Capacidade de atendimento do CESJS na opinião dos gestores .......54

Quadro 5.2 – Demanda pelos serviços prestados na opinião dos gestores..............55

Quadro 5.3 – Crescimento do número de contribuintes do CESJS na opinião dos gestores 55

Quadro 5.4 – Contribuição das parcerias do CESJS na opinião dos gestores .........55

Quadro 5.5 – Clima organizacional do CESJS na opinião dos gestores...................56

Quadro 5.6 – Sistema de informação gerencial do CESJS na opinião dos gestores 56

Quadro 5.7 – Capacidade de gestão das lideranças do CESJS na opinião dos gestores ....................................................................................................................58

Quadro 5.8 – Intercâmbios sociais e científicos do CESJS na opinião dos gestores 58

Quadro 5.9 – Capacidade de atendimento do CESJS na opinião dos usuários........59

Quadro 5.10 – Satisfação dos sócios do CESJS na opinião dos usuários................59

Quadro 5.11 – Capacidade de atendimento do CESJS na opinião dos usuários......60

Quadro 5.12 – Capacidade de gestão das lideranças do CESJS na opinião dos usuários.....................................................................................................................60

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................11

1.1. Problema............................................................................................................12

1.2. Objetivos ............................................................................................................13

1.3. Justificativa da pesquisa ....................................................................................13

1.4. Limitações e delimitações da pesquisa..............................................................14

1.5. Estrutura do documento.....................................................................................15

2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................16

2.1. Planejamento .....................................................................................................16

2.2. Planejamento estratégico ...................................................................................18

2.3. Metodologias de planejamento estratégico ........................................................19

2.3.1. Metodologia de planejamento estratégico segundo Oliveira ...........................20

2.3.2. Metodologia de planejamento estratégico segundo Bryson ............................29

2.4. Planejamento estratégico em unidades de informação......................................33

2.5. Gerenciamento estratégico da informação.........................................................36

2.6. Bibliotecas especializadas..................................................................................38

2.6.1. Biblioteca hospitalar ........................................................................................39

3. METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA UNIDADES DE

INFORMAÇÃO..........................................................................................................41

3.1. Trajetória metodológica da aplicação da metodologia .......................................43

4. METODOLOGIA DA PESQUISA ..........................................................................46

4.1. Caracterização do estudo...................................................................................46

4.2. Universo da pesquisa.........................................................................................47

4.3. Técnicas de coleta de dados..............................................................................48

5. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO CENTRO DE ESTUDOS DR. SIDNEI

JORGE SANDIN .......................................................................................................49

5.1. Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes........................49

5.2. Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin .......................................................50

5.2.1. O Mandato do CESJS .....................................................................................52

5.2.2. A Missão do CESJS ........................................................................................52

5.2.3. Objetivos do CESJS........................................................................................53

5.3. Análise do ambiente interno do CESJS..............................................................53

5.3.1. Análise do ambiente interno pelos Gestores ...................................................54

5.3.2. Análise do ambiente interno pelos Usuários ...................................................59

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES.............................................62

7. REFERÊNCIAS.....................................................................................................65

APÊNDICE A – Questionário aplicado aos Gestores do CESJS ..............................69

APÊNDICE B – Questionário aplicado aos Usuários do CESJS...............................71

11

1. INTRODUÇÃO

A atividade de planejamento sempre foi vista como fundamental à

administração das organizações. Os primeiros pensadores da administração, como

Henry Fayol, já concebiam o processo administrativo em quatro etapas principais:

planejamento, comando, coordenação e controle. Nessas primeiras concepções, a

organização era vista como uma máquina. O gerente-de-topo era o responsável pela

verificação do desempenho organizacional, comparando-o aos padrões previamente

estabelecidos e tomando medidas para a correção de rumos. Assim, o planejamento

era uma atividade que permitia o controle sobre a alocação de recursos financeiros,

com vistas ao alcance dos objetivos da organização (LEITÃO, 1996).

Planejar tem sido uma prática freqüente desenvolvida pelas organizações,

porém a sua abrangência limitava-se à dimensão interna da organização, ou seja,

aos planejamentos tático e operacional. Contudo, devido à crescente

competitividade, inerente ao sistema de mercado e ao mundo globalizado, as

organizações de todos os tipos, para garantir a sua sobrevivência, têm sentido a

necessidade de sintonizar suas ações frente à dinâmica do mundo externo. Nesse

sentido, elas passaram a também planejar estrategicamente.

O planejamento estratégico busca o todo, o externo e o interno à

organização; tudo que possa interferir, contribuir, afetar, facilitar e dificultar deve ser

observado e conhecido pela organização. Esse tipo de planejamento possibilita a

sintonia entre a organização e o mundo externo. Nesse sentido, a organização deve

estabelecer sua missão, seus objetivos e metas, e trabalhar de forma sistematizada

para alcançá-los. Somente o planejamento estratégico possibilita a compreensão

das mudanças e o estabelecimento de um estado futuro (BARBALHO; BERAQUET,

1995).

As unidades de informação também necessitam elaborar seus planejamentos

para poderem atingir seus objetivos com eficiência e eficácia, e exibirem qualidade.

Como conseqüência direta da implementação do planejamento nessas

organizações, destaca-se a gestão estratégica, que assume a responsabilidade de

articular os interesses da unidade de informação, estimulando o espírito de equipe e

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motivando o comprometimento das pessoas com vistas a viabilizar ajustes e

alterações em suas ações, de acordo com a dinâmica e as exigências dos

ambientes interno e externo.

1.1. Problema

Estratégia é a mobilização de todos os recursos, no âmbito global, visando a

missão da organização. A finalidade das estratégias é estabelecer os caminhos, os

cursos, os programas de ação que devem ser seguidos para que os objetivos, as

metas e os desafios sejam alcançados (LEITÃO, 1996).

A estratégia é extremamente importante para uma unidade de informação e o

profissional da informação deve saber que o momento propício aos movimentos

estratégicos é tão importante quanto o movimento em si.

Numa unidade de informação a estratégia está relacionada à arte de utilizar

adequadamente os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a

minimização dos problemas e a maximização das oportunidades.

Planejar estrategicamente em unidades de informação é estar conectado à

organização maior na qual ela está inserida, ao mundo e a todas as variáveis que

possam interferir de alguma forma em suas atividades (BARBALHO; BERAQUET,

1995)

A estratégia deverá ser uma opção inteligente, econômica e viável, e, sempre

que possível, original e até ardilosa. Dessa forma, constitui-se da melhor arma de

que uma unidade de informação pode dispor para otimizar o uso de seus recursos,

tornar-se competitiva, superar a concorrência, reduzir seus problemas e otimizar a

exploração de suas oportunidades.

Nesse contexto, colocou-se como questão central de pesquisa, o seguinte

questionamento:

Como realizar o planejamento estratégico de unidades de informação?

13

1.2. Objetivos

Diante o problema posto, foram perseguidos os seguintes objetivos:

Objetivo geral

� Delinear uma metodologia de planejamento estratégico para unidades de

informação.

Objetivos específicos

� Realizar um estudo bibliográfico sobre o tema;

� Identificar metodologias de planejamento estratégico;

� Analisar as metodologias identificadas na literatura, com vistas à definição

de um modelo de planejamento estratégico para unidades de informação;

� Exemplificar a metodologia delineada com a aplicação em uma unidade de

informação especializada na área da saúde.

1.3. Justificativa da pesquisa

O planejamento estratégico procura responder a questões básicas, tais como:

porque a organização existe, o quê e como ela faz e onde ela quer chegar. Dele

resulta um plano estratégico, ou seja, um conjunto flexível de informações

consolidadas, que serve de referência e guia para a ação organizacional. Ele pode

ser considerado uma bússola para os membros da organização encontrarem o

caminho de suas ações com eficácia e eficiência.

Com a implementação do plano estratégico é possível monitorar o

comportamento do ambiente externo e adequar as estruturas e recursos internos da

organização, a fim de identificar novas oportunidades e enfrentar as ameaças que

dele se originam.

14

O planejamento estratégico em unidades de informação representa a

orientação das ações dessas organizações no sentido de sempre se adequarem as

reais necessidades de seus usuários, tendo em vista as freqüentes mudanças que

vêm ocorrendo no ambiente externo.

Nesse sentido, esta pesquisa apresenta mérito teórico e prático.

Teoricamente, enriquece a literatura sobre o tema, visto que disponibiliza,

sistematicamente, uma metodologia para realizar o planejamento estratégico de

unidades de informação. De forma prática, esta pesquisa apresentou, através de

uma análise do ambiente interno de uma unidade de informação especializada

específica, um resultado de diagnóstico estratégico e propôs recomendações de

melhoria e aprimoramento dos serviços inerentes à unidade de informação

pesquisada.

Enfim, esta pesquisa exibe relevância social, pois acredita-se que ela poderá

contribuir para a reflexão e a atualização dos profissionais bibliotecários, na sua

função de gestores da informação, e trazer subsídios para a melhoria contínua da

práxis desses profissionais.

1.4. Limitações e delimitações da pesquisa

A principal limitação deste estudo foi o tempo disponível para a realização da

pesquisa. A idéia inicial da pesquisadora era realizar todo o processo de

planejamento estratégico de uma unidade de informação; em função de o tempo

para realizar o estudo ter sido limitado, decidiu-se por realizar o processo de

planejamento estratégico baseado apenas no diagnóstico do ambiente interno da

organização. O ideal, obviamente, teria sido realizar também o diagnóstico do

ambiente externo.

Esta pesquisa foi delimitada ao Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin,

inserido na organização maior Hospital Regional de são José. A coleta de dados

limitou-se a três instrumentos: (i) questionário, respondido pelos gestores,

colaboradores e usuários; (ii) entrevista, realizada com os gestores; e (iii)

observação in loco realizada pela pesquisadora.

15

1.5. Estrutura do documento

Este documento é composto por sete partes inter-relacionadas:

� O capítulo 1 é esta Introdução, que apresenta a contextualização, o

problema, os objetivos, a justificativa, as limitações e delimitações e esta estrutura.

� O capítulo 2 apresenta a Revisão de literatura, que serviu para embasar

teoricamente este estudo.

� O capítulo 3 apresenta a Metodologia de planejamento estratégico que

foi aplicada neste estudo.

� O capítulo 4 relata a Metodologia da pesquisa, detalhando a natureza

deste estudo, o universo da pesquisa e as técnicas utilizadas para a coleta de

dados.

� O capítulo 5 apresenta o Planejamento estratégico do CESJS.

� O capítulo 6 traz as Considerações finais e recomendações para

estudos futuros.

� Por fim, o documento apresenta duas partes pós-textuais tradicionais:

Referências e Apêndices.

16

2. REVISÃO DE LITERATURA

Este capítulo apresenta a revisão de literatura que definiu o embasamento

teórico para a realização deste estudo de planejamento estratégico.

2.1. Planejamento

Existe certa dificuldade para conceituar a função do planejamento nas

organizações e estabelecer a sua real amplitude e abrangência. Contudo, o

planejamento pode ser conceituado como um processo desenvolvido para o alcance

de uma situação futura desejada, com a concentração de esforços e a alocação dos

recursos da organização com vistas à sua eficiência, eficácia, efetividade e

relevância1.

Para Oliveira (2005, p. 36)

O propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz.

Nesse sentido, o exercício sistemático do planejamento tende a reduzir a

incerteza envolvida no processo decisório, e, conseqüentemente, aumentar a

1Sander (1995, 43) conceitua a eficiência, eficácia, efetividade e relevância como critérios de dimensões instrumentais e substantivas, extrínsecas e intrínsecas à gestão organizacional. A eficiência “[...] é o critério econômico que revela a capacidade administrativa de produzir o máximo de resultados com o mínimo de recursos, energia e tempo”. É um critério de dimensões instrumental e extrínseca. A eficácia “[...] é o critério institucional que revela a capacidade administrativa para alcançar as metas estabelecidas ou os resultados propostos”. Esse critério tem dimensão instrumental e preocupa-se com a consecução dos objetivos intrínsecos. A efetividade “[...] é o critério político que reflete a capacidade administrativa para satisfazer as demandas concretas feitas pela comunidade externa”. É um critério substantivo extrínseco que reflete a capacidade de a organização responder às preocupações, exigências e necessidades da sociedade. A relevância, por sua vez, “[...] é o critério cultural que mede o desempenho administrativo em termos de importância, significação, pertinência e valor”. Esse critério é de natureza substantiva e intrínseca e está diretamente relacionado à atuação da organização para a melhoria do desenvolvimento humano e qualidade de vida dos indivíduos e grupos que participam da organização e da comunidade como um todo.

17

probabilidade de os objetivos, os desafios e as metas estabelecidos para a

organização serem alcançados. Além disso, o fato de o planejamento ser um

processo de estabelecimento de um estado futuro desejado e um delineamento dos

meios efetivos de torná-lo realidade justifica que ele anteceda à decisão e à ação.

De forma genérica, pode-se distinguir três tipos de planejamento: estratégico,

tático e operacional.

Conforme (OLIVEIRA, 2005, p. 47),

Planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para estabelecer-se a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada. [...] O planejamento tático tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no planejamento estratégico. [...] O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nesta situação tem-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais.

Nesse contexto, o planejamento de uma organização deveria ser composto

de três partes: a primeira referir-se-ia à elaboração de um plano global para a

realização de seu potencial; a segunda, ao desafio de angariar e desenvolver os

recursos necessários à execução desse plano; e a última, a integração do projeto à

execução, colocando o plano em prática. Teríamos então, nessa ordem,

planejamento estratégico, planejamento tático e planejamento operacional.

O planejamento estratégico, que é o tema desta pesquisa, é abordado na

próxima seção, com vistas, em especial, à construção de uma base teórica para o

delineamento de uma metodologia de planejamento estratégico de unidades de

informação.

18

2.2. Planejamento estratégico

De modo genérico, o planejamento estratégico da organização refere-se ao

produto e ao mercado. O primeiro são os bens que a organização produz ou os

serviços que ela presta. O segundo, onde a organização coloca seus produtos ou

bens ou onde presta seus serviços (ARAÚJO, 2006).

Oliveira (2004, p. 47) define planejamento estratégico como

[..] um processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada.

O planejamento estratégico inicia-se com a alta administração, através de um

processo sistemático, tendo por base a realidade sócio-organizacional, com vistas

ao atingimento dos objetivos organizacionais de maneira integrada e a consolidação

de suas ações.

Planejamento estratégico é o processo de formulação de ações com o fim de

alcançar os objetivos, compreendendo a alocação de recursos humanos, materiais e

financeiros, e procedimentos de avaliação.

Fischmann e Almeida (1991, p. 25), conceituam planejamento estratégico

como sendo

Uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma organização, cria a consciência de suas oportunidades e ameaças dos seus pontos fortes e fracos para o cumprimento da sua missão e, através desta consciência, estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar riscos.

Neste processo é importante levar em conta: (i) a estrutura da organização;

(ii) a cultura organizacional (valores, crenças básicas, hábitos e padrões de

comportamento que são aceitos e compartilhados pelos membros da organização);

e, (iii) a tecnologia disponível e o ambiente.

Para Ansoff e MacDonnell (1993), planejamento estratégico é o processo de

formulação de estratégias para aproveitar as oportunidades e neutralizar as

ameaças ambientais, utilizando os pontos fortes e eliminando os pontos fracos da

organização para a consecução de sua missão. Esses mesmos autores ressaltam

19

que o planejamento estratégico implica na análise do ambiente e do sistema

organizacional, na elaboração de filosofias e políticas, na escolha de objetivos, no

desenvolvimento de estratégias e na sua implementação e controle. As

organizações estão em permanente interação com o meio ambiente, afetando-o e

sendo por ele afetadas. Essas forças ambientais influenciam todo o processo de

formulação de objetivos e atingem todo o comportamento da organização. Nessas

condições, as organizações precisam ser pró-ativas em relação à influência do meio-

ambiente. Precisam antecipar-se às mudanças.

Essa visão também pode ser verificada na colocação de Motta (1999, p. 26),

que define o planejamento estratégico como

Uma ação voltada para o alcance de resultados, através de um processo contínuo e sistemático de antecipar mudanças futuras, tirando vantagem das oportunidades que surgem, examinando os pontos fortes e fracos da organização, estabelecendo e corrigindo cursos de ação a longo prazo.

Nesse sentido, o planejamento estratégico é um processo que propicia aos

gestores definirem a evolução futura da organização, bem como facilita a tomada de

decisões, possibilita o reconhecimento das oportunidades existentes, prepara a

gestão para diminuir os efeitos de ameaças e possibilita a utilização dos pontos

fortes e a eliminação dos pontos fracos para o alcance missão da organização.

2.3. Metodologias de planejamento estratégico

Para Tavares (1991, p. 73), o processo de planejamento estratégico inicia-se

com: (i) a definição do negócio e da missão da organização. Em seguida deve-se:

(iii) analisar os ambientes externo e interno; (iv) elaborar filosofias e políticas; (v)

definir objetivos; (vi) selecionar estratégias; (vii) formular metas e ações; (viii)

elaborar orçamento; (ix) definir parâmetros de avaliação; e (x) formular um sistema

de gerenciamento de responsabilidade. Finalmente, o planejamento é implantado, a

fim de colocar em prática as ações definidas para o cumprimento dos objetivos

organizacionais.

Almeida (1999), acrescenta que

20

[...] o processo de elaboração do planejamento estratégico deve ser desenvolvido de forma interativa e participativa, de maneira a envolver os participantes, desde a identificação do problema, passando pelo diagnóstico situacional-estratégico, para concluir com o documento final estabelecendo a missão, o objetivo, as políticas e as diretrizes, bem como as estratégias de ação.

O processo de planejamento estratégico deve seguir as características

próprias de cada organização. Nesse sentido, a natureza, o porte, o estilo de gestão

e a cultura irão influenciar o desenvolvimento dessa atividade.

2.3.1. Metodologia de planejamento estratégico segundo Oliveira

Para Oliveira (2004) não existe uma metodologia universal de planejamento

estratégico que possa ser aplicada de igual modo a todas as organizações, tendo

em vista que elas diferem em tamanho, em tipos de operações, em forma de

organização, em filosofia e em estilo administrativo. Conseqüentemente, as

metodologias devem ser adaptadas às condições e realidades internas e ambientais

individuais de cada organização. Todavia, o autor sugere uma metodologia de

planejamento estratégico concretizada em quatro fases:

Fase I – Diagnóstico estratégico

O diagnóstico estratégico é o primeiro passo do processo de planejamento e

é através dele que a organização irá se prover de informações que irão nortear o

seu direcionamento estratégico. O diagnóstico estratégico mantém atualizado o

conhecimento da organização em relação ao ambiente e a si própria, dando base

para que se antecipe às mudanças, preparando-se para agir em seus ambientes

internos e externos. Ele engloba a identificação da visão e dos valores, a análise

interna e externa, e a análise dos concorrentes da organização.

� Visão da organização

Representa o que a organização quer ser, atuando como um elemento

motivador e assim criando um ambiente propício ao surgimento de novas idéias.

Toda visão tem um componente racional, que é produto da análise ambiental, e

outro componente emocional, que é produto da imaginação, da intuição e da

21

criatividade dos gestores. A visão se torna mais consistente quando a organização

consegue incorporá-la em seus diferentes níveis, fazendo com que esses níveis

busquem alcançá-la de forma ampla.

Para o delineamento da visão é necessário:

• Estabelecer a visão de forma tão clara quanto o objetivo de lucro;

• Definir e respeitar os direitos das pessoas;

• Certificar-se de que a visão e os valores direcionam-se aos focos básicos,

ou seja, aos consumidores, funcionários e fornecedores;

• Melhorar a participação no mercado e lucratividade pelo aumento da

percepção pelos consumidores de seus produtos e serviços, em relação aos seus

concorrentes; e

• Desenvolver uma cultura de atuação para os resultados da organização.

� Valores da organização

Representam o conjunto dos princípios e crenças fundamentais de uma

organização, bem como fornecem sustentação a todas as suas principais decisões.

Oliveira (2005, p. 89) afirma que

[...] os valores se tornam tão mais importantes para a empresa quanto a Alta Administração – e principalmente os acionistas – se envolve profissional e motivacionalmente com as questões do modelo de gestão da empresa.

Segundo esse mesmo autor, é interessante utilizar o debate das frases da

visão e dos valores da organização para despertar o pensamento estratégico dos

executivos e profissionais da organização.

As frases da visão e dos valores da organização servem também para

consolidar o slogan comercial e de atratividade da organização perante seus

diversos públicos, tais como, clientes, fornecedores, funcionários, governos e

comunidade.

Os valores devem ter forte interação com as questões éticas e morais da

organização, e se forem verdadeiros sustentam a vantagem competitiva da

organização.

22

� Análise externa e interna da organização

Análise externa: É onde são verificadas as ameaças e oportunidades que

estão no ambiente da organização e as melhores maneiras de evitar ou usufruir

dessas situações.

Ameaças são variáveis externas e não controláveis pela organização, que

podem criar condições desfavoráveis para a mesma, tais como a entrada de um

novo concorrente forte no mercado, a implementação de restrições tarifárias por

parte de um país importador dos produtos da organização e a diminuição da

demanda.

Oportunidades são as variáveis externas e não controláveis pela organização

que podem criar condição e/ou interesse em usufruí-las, como, por exemplo, falhas

apresentadas pelo concorrente, que podem ser aproveitadas pela organização como

uma oportunidade para melhorar o seu produto e ganhar em diferencial.

Uma oportunidade devidamente usufruída pode proporcionar aumento nos

lucros da organização, enquanto uma ameaça não administrada pode acarretar

diminuição nos lucros previstos, ou mesmo prejuízos para a organização.

Para o estabelecimento das oportunidades e ameaças é importante que o

gestor levante informações sobre os seguintes aspectos:

• Socioculturais: preferências, tendências populacionais, cultura, nível

educacional, estilo de vida, distribuição etária e geográfica da população-alvo da

organização;

• Legais: leis, impostos, taxas aplicáveis ao setor;

• Políticos/governamentais: políticas governamentais de incentivo e/ou

restrição, influências políticas e de demais grupos de interesse;

• Econômicos: juros, câmbio, renda, nível de emprego, inflação, índices de

preços;

• Tecnológicos: pesquisa e desenvolvimento de produtos na área, avanços

tecnológicos e custos envolvidos.

23

Uma outra preocupação primordial na análise externa é a lucratividade.

Existem cinco forças competitivas que podem influenciar na lucratividade das

organizações:

• Rivalidade entre vendedores concorrentes na indústria, que é determinada

pelo número de concorrentes, seu tamanho e as condições de competição

existentes (demanda, integração das organizações, armas competitivas utilizadas);

• Tentativas que as organizações de outras indústrias fazem no mercado

para conquistar os clientes com seus produtos substitutos. Os produtos substitutos

podem ser considerados todos aqueles de outras indústrias que atendem à mesma

necessidade;

• Potencial de entrada de novos concorrentes, que é determinado pela

quantidade e intensidade das barreiras à entrada existentes do mercado, assim

como pela reação dos concorrentes existentes;

• Poder de barganha dos fornecedores, que é definido, dentre outros fatores,

pelo tamanho do fornecedor, pela importância do seu insumo e pelas vantagens que

ele oferece para a organização cliente;

• Poder de barganha dos compradores do produto, que é maior quando os

consumidores têm mais opções de compra e possibilidades de trocar de marcas,

sem maiores custos.

Análise interna: Procura verificar os pontos fortes, fracos e neutros da

organização. Os pontos fortes constituem as forças propulsoras da organização que

facilitam o alcance dos objetivos organizacionais, e devem ser reforçados. Os pontos

fracos constituem as limitações que dificultam ou impedem o alcance dos objetivos,

e devem ser superados. Os pontos neutros são variáveis identificadas, todavia a

organização, no momento da identificação, não possui critérios e parâmetros de

avaliação para classificá-los como pontos fortes ou fracos.

A análise interna envolve: (i) a análise da estrutura organizacional; e (ii) a

análise dos recursos de que a organização dispõe para suas operações atuais e

futuras. Nesse sentido, para o estabelecimento dos pontos fortes, fracos e neutros

da organização, em princípio, devem ser analisadas as grandes funções de uma

organização, como a Função Marketing, a Função Finanças, a Função Produção e a

24

Função Recursos Humanos. Dentro de cada função, devem ser considerados seus

aspectos principais, tais como:

− Organização: examinar estrutura organizacional, políticas, sistemas de

informações gerenciais, normas e procedimentos operacionais, sistemas de

planejamento, capacitação e habilidade dos empregados, domínio do mercado

consumidor, dentre outros.

− Abrangência do processo: examinar a organização na sua totalidade, ou

seja, áreas funcionais, grupos de indivíduos e indivíduos.

− Nível de controle do sistema pelo administrador: verificar se o mesmo

controla a eficiência, a eficácia e a efetividade organizacional.

− Critérios utilizados para a análise dos pontos fortes, fracos e neutros:

considerar, entre outros, a base histórica da organização, opiniões pessoais e de

consultores, análise em literatura e análise orçamentária.

− Técnicas para coleta das informações: utilizar observação direta, como

questionários, experiência prática, documentação do sistema, reuniões, funcionários,

livros, revistas e consulta a indicadores econômicos.

O tratamento adequado dos pontos fortes, fracos e neutros da organização,

bem como das oportunidades e ameaças ambientais, proporciona ao executivo uma

fotografia geral da organização e de seu ambiente. Esse panorama é subsídio para

o estabelecimento da estratégia organizacional, ou seja, onde a organização deverá

chegar e como essa nova posição será alcançada. Ademais, essas informações são

necessárias para determinar os objetivos e as estratégias que possam melhor

aproveitar as competências da organização e equacionar os problemas internos

identificados, assim como responder às ameaças e oportunidades identificadas

externamente.

� Análise dos concorrentes

Proporciona a identificação das vantagens competitivas da própria

organização e dos concorrentes, a fim de obter informação qualitativa para avaliar os

riscos provenientes do sistema de mercado.

Na análise dos concorrentes é válido que a organização elabore o plano

estratégico de cada um de seus principais concorrentes, da forma mais detalhada

25

possível. No desenvolvimento desse trabalho, verifica-se o nível de conhecimento

que se possui de cada concorrente: quanto menor for o nível de conhecimento que

se tem do concorrente, maior é o risco estratégico perante as estratégias desse

concorrente; e, vice-versa, quanto maior for o nível de conhecimento que se tem,

menor o risco estratégico.

Para Oliveira (2005, p. 115)

Todo esse trabalho deve levar ao estabelecimento da vantagem competitiva de nossa empresa e do pressuposto da vantagem competitiva de cada um de nossos principais concorrentes.

A vantagem competitiva identifica os produtos ou serviços e os mercados

para os quais a organização tem diferencial de atuação. Corresponde àquele algo

mais que faz os clientes comprarem e preferirem os produtos e serviços de

determinada organização em detrimento aos de outras.

Fase II - Missão da organização

A missão é uma declaração sobre o que a organização é e sobre sua razão

de ser. É necessário que a missão tenha flexibilidade para acompanhar as

mudanças ambientais e que seja sempre repensada, definida e redefinida quando

necessário. A definição da missão é o ponto inicial para as ‘macroestratégias e

macropolíticas’ a serem estabelecidas, assim como aponta a direção de

implementação e determina os limites de postura estratégica relevante a serem

escolhidos. É através de um bom planejamento da missão que se consegue

descrever as habilidades essenciais da organização (OLIVEIRA, 2004).

O estabelecimento da missão consiste em refletir sobre o motivo da existência

da organização, que tipo de benefício ela pode dar e o grau de sua adequação face

às oportunidades e pressões externas.

A missão direciona a definição dos objetivos e auxilia na escolha das

decisões estratégicas para a organização. Ela deve ser definida em termos amplos,

no sentido de satisfazer alguma necessidade do ambiente externo e não ser

colocada em termos de oferecer algum produto ou serviço.

Para que o planejamento da missão obtenha sucesso, é necessário observar

alguns aspectos básicos como: missão e propósitos da organização, cenários,

postura estratégica da organização e as macroestratégias e macropolíticas.

26

� Missão e propósitos da organização

A missão direciona a definição dos objetivos e auxilia na escolha das

decisões estratégicas para a organização. Ela deve ser definida em termos amplos,

no sentido de satisfazer alguma necessidade do ambiente externo e não ser

colocada em termos de oferecer algum produto ou serviço.

� Cenários

São visões para o futuro. Seu valor está em sensibilizar os executivos para

possibilidades que eles dificilmente perceberiam de outra forma. Cenários reduzem

as chances de surpresas indesejáveis e capacitam os executivos a tomar melhores

decisões no melhor tempo possível.

� Postura estratégica da organização

A partir da escolha por parte dos executivos de determinada missão, cabe a

eles orientar todas as estratégias, políticas e ações da organização, de médio e

longo prazos, para o seu cumprimento.

Delimita-se a postura estratégica da organização em três aspectos: a missão

da organização, a relação entre as oportunidades e ameaças que a organização

enfrenta, e a relação entre os pontos fortes e fracos que ela possui.

� Macroestratégias e macropolíticas

Macroestratégias são as grandes ações e caminhos, reconhecidos dentro da

missão, que a organização vai seguir, agindo dentro da situação atual e futura.

Macropolíticas visam às grandes orientações que a organização deve acatar, para

facilitar e agilizar suas ações estratégicas.

Fase III – Instrumentos prescritivos e quantitativos

Nessa fase, as questões básicas são o estabelecimento “de onde se quer

chegar” e de “como chegar na situação que se deseja” (OLIVEIRA, 2005). Nesse

sentido, é preciso definir as seguintes etapas:

27

� Objetivos e desafios

O estabelecimento dos objetivos e desafios no planejamento estratégico é o

primeiro passo da fase prescritiva. O objetivo poderá interessar toda a organização

ou ser específico para um setor da organização. É através do planejamento

estratégico que os objetivos da organização podem ser atingidos. A diferença entre

objetivo e desafio é que, o objetivo é o alvo ou o ponto que se pretende atingir, já o

desafio é a quantificação, com prazos definidos do objetivo estabelecido. Os

objetivos são de fundamental importância, pois permitem não somente guiar as

ações, mas também estimulá-las.

Para Oliveira (2004, p. 78), objetivo é o alvo ou situação que se pretende

atingir.

� Meta

É a quantificação dos objetivos e permite melhor alocação de recursos na

medida em que se constituem em um padrão de referência para o planejamento.

Para Oliveira (2004, p. 78), metas correspondem aos passos ou etapas,

perfeitamente quantificados e com prazos para alcançar os desafios e objetivos.

� Estratégia

A estratégia está relacionada à arte de utilizar, adequadamente, os recursos

físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos problemas e a

maximização das oportunidades.

A estratégia no contexto organizacional corresponde a determinado ambiente

ou situação, caminhos alternativos para que os objetivos possam ser alcançados.

� Política

Refere-se a orientações de caráter geral que devem fornecer parâmetros para

a tomada de decisão.

As políticas consistem em um conjunto de regras ou enunciados que orientam

a tomada de decisão. Oliveira (2004), acrescenta que política é a definição dos

níveis de delegação, faixa de valores e/ou quantidades limites e de abrangência das

estratégias e ações para a consecução dos objetivos.

28

� Projetos

É trabalho a ser realizado, com responsabilidade de execução, resultados

esperados, quantificação de benefícios e prazos para execução pré-estabelecidos.

Consideram-se os recursos e as áreas da organização necessárias para seu

desenvolvimento.

Oliveira (2004, p.246), destaca que

[...] o projeto é o instrumento de interligação do plano prescritivo com o plano quantitativo do planejamento estratégico: é por meio dos projetos que se alocam recursos ao longo do tempo, compatibilizando-os com o planejamento orçamentário, que é desenvolvido pelo plano quantitativo.

� Planos de ação

Representam os conjuntos das partes comuns dos diversos projetos quanto

ao assunto que está sendo tratado, como recursos humanos, tecnologia etc.

Para o estabelecimento de ações existe a necessidade de haver uma

integração para que aquilo que é planejado em nível estratégico seja refletido para o

nível administrativo e, também, para o operacional. O planejamento em nível

operacional define as ações, que devem refletir a real necessidade de pessoas e

recursos, servindo para comprometer as pessoas com os planos.

Fase IV – Controle e avaliação

Verificação do “como a organização está indo” em relação ao que foi definido

na Fase I – Diagnóstico estratégico; na Fase II – Missão da organização; e na Fase

III – Instrumentos do plano.

A função do controle e avaliação no processo de planejamento estratégico é

acompanhar o desempenho do sistema, através da comparação entre as situações

alcançadas e as previstas, principalmente quanto aos objetivos e desafios, e da

avaliação das estratégias e políticas adotadas pela organização. É destinada a

assegurar que o desempenho real possibilite o alcance dos padrões que foram

estabelecidos.

Em resumo, de acordo com os conceitos acima arrolados, o planejamento

estratégico deve estabelecer as premissas e políticas a serem consideradas nos

processos da organização, as expectativas de situações almejadas, os caminhos a

29

serem seguidos e os recursos a serem alocados, a fim de a organização assegurar

sua continuidade e adaptar-se ao ambiente de mudanças.

Para Oliveira (2004) a avaliação é o mecanismo que visa medir a efetividade

das ações, que consiste na identificação de aspectos e no levantamento de

hipóteses, que podem afetar ou estejam afetando positiva ou negativamente o

planejamento. Referindo-se ao controle, destaca que a avaliação sem o respectivo

controle não é de grande valia. A avaliação em si não implica tomada de decisão,

apenas indica as bases e a direção da intervenção.

2.3.2. Metodologia de planejamento estratégico segundo Bryson

A seguir será apresentada a proposta metodológica de planejamento

estratégico elaborada por Bryson (BRYSON, apud BARBALHO; BERAQUET, 1995).

Esse autor enfoca uma metodologia de planejamento estratégico que é de

fácil compreensão e que poderá ser adaptada às condições e realidades de cada

tipo de organização, em especial, organizações públicas e organizações sem fins

lucrativos. Barbalho e Beraquet (1995) adaptaram essa metodologia para o

planejamento estratégico de Unidades de Informação, conforme descrito abaixo.

Essa metodologia compreende sete etapas, quais sejam:

1ª Etapa – Mandato

É a descrição do que a unidade de informação deveria fazer em conformidade

com as obrigações institucionais estabelecidas nos documentos oficiais e técnicos

que a criaram. De forma clara, deve explicitar o campo de ação da unidade de

informação, de acordo com objetivos organizacionais.

2ª Etapa – Missão

Trata-se da definição do motivo da existência da unidade de informação, ou

seja, a justificativa social que dá sustentação às suas condutas. Assim, a unidade de

informação deve ser considerada como um meio a serviço de um fim, e não como

um fim em si mesma. Nessa direção, para formular a missão, a unidade de

informação deve conhecer os seus stakeholders (grupos de interesse, usuários), a

30

fim de que ela possa adequar-se e preparar-se para o atendimento das expectativas

deles, visto que “[...] a chave para o sucesso de uma organização pública ou sem

fins lucrativos é a satisfação dos seus stakeholders” (BRYSON, apud BARBALHO;

BERAQUET, 1995). Ademais, a missão deve explicitar o negócio, os usuários, os

produtos, os serviços e o mercado ou a comunidade que a unidade de informação

pretende atingir e/ou atender.

3ª Etapa – Análise do ambiente externo

Visa à identificação, o reconhecimento e o monitoramento de fatores

incontroláveis do ambiente externo que possam afetar o desempenho da unidade de

informação como oportunidade ou como ameaça. Esses fatores podem ser políticos,

econômicos, sociais, tecnológicos, legais, bem como os stakeholders reais e

potenciais. Essa etapa deve ser realizada formalmente, tendo em vista a sua

importância para o planejamento estratégico. Nesse sentido identifica-se:

� Oportunidades: forças externas que favorecem e interagem positivamente com

a unidade de informação. O conhecimento prévio dessas forças permite que os

recursos e esforços sejam eficazmente canalizados para o desenvolvimento da

unidade de informação; e

� Ameaças: situações que podem trazer algum prejuízo ou malefício à unidade de

informação, impedindo sua ação, seu crescimento ou ainda sua manutenção. Essas

forças externas, relacionadas de forma desfavorável às expectativas de atuação da

unidade de informação, podem localizar-se em todo o ambiente que interage com a

unidade de informação e com a organização onde ela está inserida.

4ª Etapa – Análise do ambiente interno

Visa identificar e reconhecer pontos fortes e pontos fracos relacionados a

fatores que são controlados pela unidade de informação, como recursos, estratégias,

atividades e resultados. De acordo com Bryson (apud OLIVEIRA; ROSS;

ALTIMEYER, 2005, p. 74), geralmente

[...] as organizações sem fins lucrativos possuem bons conhecimentos acerca dos recursos, poucos acerca das estratégias, e pouquíssimos acerca dos seus resultados, sobretudo, em relação às informações qualitativas dos seus clientes. Tais carências, provenientes da não utilização contínua do processo, criam dificuldades à organização à medida que os seus stakeholders não

31

percebam de maneira clara os resultados dos esforços empreendidos.

A análise do ambiente interno visa avaliar sistematicamente o desempenho

da unidade de informação, identificando:

� Pontos fracos: atividades que são pouco expressivas no desempenho geral da

unidade de informação, ou seja, aquelas atividades que apresentem falhas

estruturais e constantes reclamações por parte dos usuários.

� Pontos fortes: atividades que a unidade de informação melhor realiza, ou seja,

aquelas atividades que possuem maiores índices de aceitação por parte da

comunidade de clientes/usuários, ou ainda que representam o reconhecimento do

trabalho realizado pela unidade de informação.

32

5ª Etapa – Questões estratégicas

São baseadas na análise dos ambientes interno e externo, com foco nos

valores, nas políticas e na visão de futuro da unidade de informação. As questões

estratégicas são questões inadiáveis e relevantes para a sobrevivência da unidade

de informação e devem ser construídas sobre os pontos fortes e as oportunidades

com vistas a eliminar ou, pelo menos, minimizar os pontos fracos e as ameaças.

Bryson (apud OLIVEIRA; ROSS; ALTIMEYER, 2005, p. 74) afirma que aquelas

organizações “[...] que não respondem a questões estratégicas fazem proliferar

pontos fracos e perdem oportunidades”.

6ª Etapa – Obstáculos

Segundo Barbalho e Beraquet (1995, p. 40), “[...] é necessário o perfeito

conhecimento das barreiras que poderão se contrapor às questões estratégicas, ou

seja, que signifiquem dificuldades para adotá-las”. Nesse sentido, todos os possíveis

obstáculos que poderão impedir a adoção de cada uma das questões estratégicas

deverão ser levantados. A partir daí deve ser estabelecido um conjunto de

propósitos, políticas, programas, ações e decisões autênticos para solucionar os

problemas da unidade de informação.

7ª Etapa – Propostas estratégicas

Refere-se à definição de cursos de ação, políticas e programas condizentes

com a missão da unidade de informação. Bryson (apud OLIVEIRA; ROSS;

ALTIMEYER, 2005, p. 74) ressalta que “[...] as estratégias devem ser tecnicamente

viáveis, aceitáveis politicamente pelos stakeholders, e condizentes com a filosofia e

os valores principais da organização; devem também ser éticas, morais e legais,

além de responderem a uma questão estratégica”.

Segundo Barbalho e Beraquet (1995, p. 41), o desenvolvimento das

propostas estratégicas deve obedecer aos seguintes passos:

a) Definição de várias alternativas práticas, sem entretanto esquecer as visões de futuro;

b) Identificar as ações necessárias para colocar as propostas estratégicas em pratica; e

c) Determinar os prazos a serem submetidas as propostas estratégicas, bem como a pessoa (ou cargo) que ficará responsável pela implementação.

33

Após a elaboração das propostas estratégicas, elabora-se projetos para cada

uma delas. Esses projetos devem explicitar os objetivos, as metas, o cronograma e a

metodologia de implementação da proposta.

2.4. Planejamento estratégico em unidades de informação

Para o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (apud

TARAPANOFF; ARAÚJO JÚNIOR; CORMIER, 2000, p. 92), as

[...] unidades de informação (bibliotecas, centros e sistemas de informação e de documentação), são instituições voltadas para a aquisição, processamento, armazenamento e disseminação de informações.

Esses autores ainda destacam que as unidades de informação foram e são,

tradicionalmente, organizações sociais sem fins lucrativos, cuja característica como

unidade de negócio é a prestação de serviços para os indivíduos e a sociedade, de

forma tangível (produtos impressos), ou intangível (prestação de serviços

personalizados, pessoais, e hoje, cada vez mais, de forma virtual, em linha, pela

Internet).

Para o Serviço Tecnológico do Brasil (SERTEC, 2004), unidades de

informação voltadas à prestação de serviços e assistência tecnológica são:

bibliotecas, centros e/ou serviços de informação que oferecem serviços e produtos

de informação nas áreas da Tecnologia Industrial Básica (TIB), e/ou provêem acesso

a documentos primários (legislação, normas, patentes, dicionários, bibliografias,

documentos eletrônicos, indicadores numéricos, estatísticos, manuais, jornais e

periódicos etc.).

Com a mudança do paradigma social, centrado na informação e no

conhecimento, tendo a informação como um bem econômico, as unidades de

informação têm procurado se posicionar de forma que possam participar do

planejamento e das atividades decisórias da organização, onde processam, reunem

e coletam informações ambientais pertinentes à organização.

34

Nesse contexto, a unidade de informação deve buscar entender qual o

impacto da informação adquirida no desenvolvimento do indivíduo e da organização,

além de procurar saber como os conhecimentos de cada um podem beneficiar a

todos. (TARAPANOFF; ARAÚJO JÚNIOR; CORMIER, 2000).

Dessa forma, cabe destacar a colocação do Instituto Brasileiro de Informação

em Ciência e Tecnologia (IBICT, 1997, p. 9), quanto ao papel estratégico da unidade

de informação, como canal para expansão do conhecimento das organizações na

busca pela competitividade: o negócio das unidades de informação é o de

disseminar informações precisas e prestar a correta assistência às organizações

para que iniciem (tomada de decisão), mantenham e concluam (execução da ação)

as necessárias mudanças tecnológicas, comerciais, gerenciais, logísticas e

mercadológicas que assegurarão sua evolução e sobrevivência. Nesse sentido, as

informações oferecidas pelas unidades de informação são referência que orientam e

estimulam a evolução de seus clientes. A unidade de informação vista assim, é uma

prestadora de serviço estratégico aos seus clientes organizacionais, que através de

seus produtos e serviços terão uma compreensão mais abrangente de seus

negócios.

As unidades de informação, também atingidas por alterações ambientais,

buscam a utilização do planejamento estratégico como uma ferramenta na solução

de problemas gerenciais. A escassez de recursos, aliada a um ambiente econômico

e político instável, dificultam a realização dos seus objetivos e ameaçam a

manutenção e atualização de seus acervos.

Nesta linha, Forsman apud Costin et al., (1995), destaca que, por várias

razões, organizações que não visam lucros estão implementando técnicas derivadas

dos negócios. Como querem garantir sua existência num ambiente mutável, “[...]

bibliotecas têm obtido benefícios através do planejamento e se aventurado no

planejamento estratégico”.

Neste contexto, o planejamento estratégico apresenta-se como um

instrumento ideal para que os gestores de unidades de informação possam

estabelecer suas diretrizes e definir suas políticas e metas, e adequar suas

metodologias de forma a preparar as unidades de informação para um futuro cada

vez mais presente.

35

Barbalho (1997) destaca que o planejamento estratégico em unidades de

informação pressupõe que essas organizações desejam desenvolver-se

positivamente para o futuro, o que implica, portanto, no conhecimento de sua área

de eficácia e eficiência, bem como dos seus limites e das variáveis que compõem o

seu ambiente externo, relacionado à comunidade, às tecnologias e aos valores da

organização no qual a unidade de informação está inserida.

No processo de planejamento estratégico de uma unidade de informação

deve-se levar em conta que ela faz parte de uma instituição, e por isso, esse

planejamento não pode gerar conflito ou disparidade entre a parte e o todo. Ou seja,

a unidade de informação não existe de forma autônoma e independente da

instituição a qual pertence. Sua missão, seu sucesso, seus resultados e seus

clientes devem formar um subconjunto dos elementos definidos para a instituição

sede. (IBICT, 1997).

Desta forma, Barbalho (1997) expressa que a unidade de informação não

existe como um órgão isolado, estando sempre subordinada a uma instituição maior.

Conseqüentemente, ela necessita conhecer as estratégias institucionais adotadas

pela instituição maior e sob elas elaborar o seu planejamento estratégico.

Destaca-se que no desenvolvimento do planejamento estratégico de unidades

de informação, é fundamental considerar sua inclusão dentro da política, da missão

e das estratégias da organização da qual fazem parte. Isto significa integrar as

unidades de informação aos processos do ambiente da organização a quem são

subordinadas, em conformidade com as necessidades de informações que

impliquem no seu desenvolvimento eficaz. Na colocação de Santos Júnior (1996),

sobre a visão estratégica do serviço de informação, para uma unidade de informação

já em operação, ou para a implantação de uma nova, é necessário fazer uma

reflexão sobre o futuro, registrando os desejos e os objetivos dos gestores, e

antevendo as situações, as posições e o perfil da organização em um determinado

período de tempo.

Nessa direção, conforme Ramos (1996), o planejamento estratégico deve

estabelecer os principais recursos que uma unidade de informação deverá alocar

para seu desenvolvimento, tais como:

36

Recursos Financeiros: são verbas destinadas à cobertura das despesas da

unidade de informação.

Recursos Físicos: englobam itens como mobiliário, instalações físicas,

facilidades de comunicação, equipamentos, material de escritório e consumo em

geral.

Recursos Informativos: compreendem as fontes de informação internas e

externas acessíveis a unidade de informação. Constituem a matéria-prima a ser

trabalhada para a geração de seus produtos e serviços.

Recursos Tecnológicos: são as tecnologias para manipulação, tratamento,

organização, armazenamento, disseminação, e geração de informações.

Recursos Humanos: seleção, capacitação e motivação da equipe de trabalho.

Como qualquer outra prestadora de serviços, a unidade de informação tem como

seu principal recurso uma equipe treinada e capacitada.

Enfim, o planejamento estratégico é necessário para que a unidade de

informação alcance equilíbrio entre seu ambiente externo e suas aptidões internas,

de forma que possa assegurar sua continuidade e, ao mesmo tempo, adaptar-se ao

ambiente de mudanças da organização em que se insere.

2.5. Gerenciamento estratégico da informação

A informação é um elemento essencial para a criação, implementação e

avaliação de todo tipo de estratégia. Sem o acesso `a informações adequadas

referentes às variáveis internas e ao ambiente onde a organização se insere, os

responsáveis pela elaboração da estratégia não têm como identificar os pontos

fortes e fracos, as oportunidades e ameaças, os valores corporativos e toda a

variedade de fatores que devem ser considerados na identificação de alternativas e

na tomada de decisões estratégicas. Com base nas informações coletadas sobre os

ambientes interno e externo, a organização pode identificar alternativas e tomar

decisões estratégicas para promover mudanças na estrutura e nos processos

organizacionais, de modo a garantir a manutenção da sintonia com o ambiente

37

externo e oferecer respostas adequadas para a sobrevivência e crescimento da

organização.

O primeiro aspecto da estratégia competitiva é o problema de identificar uma

combinação de recursos e atividades que irão posicionar os produtos e serviços da

organização de forma que ela se sobressaia no ambiente competitivo. Os problemas

de definição e execução de uma estratégia eficiente e eficaz têm recebido bastante

atenção nos últimos anos. Existe um amplo consenso com relação aos elementos

essenciais à definição de uma estratégia (MCGEE; PRUSAK, 1994).

Primeiramente, o processo de definição da estratégia é um processo em que

a informação está intensamente envolvida. Uma definição de estratégia eficiente

exige informação precisa e em tempo hábil, informação variada e no volume

necessário. Os responsáveis pela definição da estratégia necessitam de uma intensa

compreensão dos pontos fortes e fracos internos para fazerem frente às ameaças e

oportunidades presentes no ambiente externo. Tudo isso requer informação

(MCGEE; PRUSAK, 1994).

A expressão gestão estratégica da informação designa a administração dos

recursos informacionais de uma organização a partir de um referencial estratégico.

As organizações podem ser analisadas sob duas perspectivas: a situacional e a

permanente. Adotar a gestão estratégica obviamente não implica abandonar a

perspectiva permanente da gestão da informação, voltada para a coleta, o

tratamento e a disponibilização da informação que dá suporte aos processos

organizacionais tendo em vista o alcance de seus objetivos permanentes, mas

acrescentar a ela a perspectiva situacional, onde o foco é a informação voltada para

a consecução dos objetivos estratégicos estabelecidos para determinado período de

tempo. (BEAL, 2004)

A gestão estratégica da informação pode ser dividida nas etapas que

tradicionalmente compõem os processos administrativos:

• Planejamento: a organização formula uma estratégia corporativa e

estratégias de informação e de tecnologias da informação (TI) articuladas entre si,

planejando objetivos e metas informacionais para determinado período e definindo

os meios para alcançá-los.

38

• Execução: as estratégias da informação e de TI são a principal referência

para todo o processo de administração da informação, dos sistemas de informação,

da infra-estrutura de TI e das competências da equipe de TI.

• Avaliação e ação corretiva: a organização usa um sistema de avaliação

para verificar o desempenho das estratégias de informação e de TI, se elas estão

sendo executadas, se trazem resultados, se permanecem adequadas. Os problemas

levantados são analisados, e as soluções são identificadas e implementadas.

2.6. Bibliotecas especializadas

As bibliotecas especializadas começaram a desenvolver-se em princípios do

século XX, em decorrência do crescente avanço nas áreas cientificas e tecnológicas,

com o objetivo de expandir e desenvolver assuntos diferenciados dentro das áreas

do conhecimento de uma organização.

Para Figueiredo (1979)

As bibliotecas especializadas são diferenciadas dos demais tipos de biblioteca pela estrutura por assunto, e pelo fato de que as organizações as quais pertencem terem objetivos mais específicos que geral, e estes objetivos, por sua vez, devem nortear todas as atividades da biblioteca, dentro das áreas do conhecimento abrangido pela empresa e/ou instituição a qual serve. Distinguem-se também pelos tipos de pessoas a que atendem, pessoas associadas às organizações mantenedoras e que têm interesses e habilidades especiais.

Biblioteca especializada significa uma biblioteca dedicada a publicações sobre

um assunto ou sobre um grupo de assuntos particulares. É destinada a atender a

um público pré-definido, ou seja, a usuários que necessitam das informações

armazenadas nessa biblioteca para melhor desenvolver suas atividades no dia-a-dia.

Segundo Campello (1982)

Uma biblioteca especializada caracteriza-se pela seletividade, facilidade e eficiência de seu uso; e a função básica do bibliotecário numa biblioteca desse tipo é a de formar e manter a coleção, colocando-a à serviço da instituição a qual pertence. A biblioteca

39

especializada está diretamente ligada à adequação de seu acervo, bem como às possibilidades de acesso a acervos externos.

2.6.1. Biblioteca hospitalar

A idéia de formação de bibliotecas em hospitais é bastante antiga. Já no

século XV, o Hospital de S. Bartolomeu na Inglaterra iniciou uma pequena coleção

de livros para seus médicos. Nos Estados Unidos, Inglaterra, países escandinavos e

outros países europeus, é comum encontrar bibliotecas hospitalares que foram

fundadas nos séculos XVII e XVIII. Em nossos tempos existem bibliotecas em quase

todos os hospitais do mundo civilizado.

De acordo com Silva (1986)

O objetivo da biblioteca do hospital é detectar as necessidades reais de informação do corpo clínico, melhorar o atendimento ao paciente e propiciar a interação entre profissionais da saúde e profissionais da informação. Estas atividades podem envolver pequenos grupos de profissionais da saúde (médicos, fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros e residentes) alienem função da área de especialização.

Em uma biblioteca hospitalar é de fundamental importância a informação

rápida para o corpo clínico e para o tratamento do paciente. Nesse sentido, toda a

estrutura de apoio da biblioteca deve estar consciente e preparada para ser

acionada.

Para Lima (1973)

O bibliotecário deve se tornar membro da equipe de saúde, responsável pelo fornecimento das informações aos profissionais da saúde. Deve ser especializado em literatura médica para se tornar o intermediário entre o profissional e a informação. Participar das discussões de grupos de trabalho e das reuniões clínicas, para sua atuação tornar-se mais dinâmica, pelo acesso antecipado às informações.

A biblioteca hospitalar tem como princípio fundamental prestar informações

bibliográficas aos profissionais dessa área, colaborando na investigação de novas

descobertas médicas, voltadas prioritariamente para o homem e o bem comum.

Nessa filosofia de trabalho, as bibliotecas hospitalares devem desempenhar suas

40

atividades, fomentando informações a seus usuários com a finalidade de aprimorar e

humanizar os serviços oferecidos aos pacientes.

41

3. METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA UNIDADES DE INFORMAÇÃO

Barbalho e Beraquet (1995) afirmam que “[...] não existe uma metodologia

universal para o Planejamento Estratégico porque as organizações variam de

tamanho, forma, filosofia, cultura, valores e estilos gerenciais”. Contudo, as fases do

processo de planejamento estratégico em qualquer tipo de organização, seguem

uma seqüência mais ou menos padrão.

Unidades de informação geralmente integram e são subordinadas a uma

organização maior, assim como não têm fins lucrativos. Nesse sentido, o seu

planejamento estratégico deve considerar as variáveis organizacionais que

permitirão visualizar as suas necessidades e abrangência dentro de seu contexto

maior, isto é, deve considerar sua inserção dentro da política, da missão e das

estratégias da organização a que é subordinada.

Tendo em vista as particularidades das unidades de informação, a

metodologia de planejamento estratégico de Bryson, recomendada por Barbalho e

Beraquet (1995) e descrita no capítulo anterior, foi julgada adequada para o

planejamento estratégico desse tipo de organização. Nessa direção, esse capítulo

apresenta essa metodologia de planejamento estratégico, tal como delineada e

aplicada no Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin, que é a unidade de

informação do Hospital Regional de São José.

O planejamento estratégico realizado enfocou principalmente o diagnóstico

estratégico do ambiente interno, tendo como base as sete etapas do planejamento

estratégico de Bryson (1989), como mostra a figura 3.1.

Ressalte-se que o planejamento estratégico não perpassou todas as etapas

previstas em função da limitação do tempo para a conclusão deste trabalho.

Todavia, os aspectos relacionados aos passos em destaque no algoritmo

representado na figura 3.1 foram desenvolvidos.

42

Figura 3.1 – Algoritmo de planejamento estratégico em unidades de informação

Pontos fortes

Processo de

Planejamento Estratégico em UI

Identificar Mandato

Definir Missão

Analisar Ambiente Externo

Analisar Ambiente Interno

Definir Questões Estratégicas

Conhecer Obstáculos

Desenvolver Propostas

estratégicas

Oportunidades Ameaças

Pontos fracos

Implementar

43

3.1. Trajetória metodológica da aplicação da metodologia

O presente trabalho constitui-se de uma proposta de planejamento

estratégico, cuja aplicação ficou limitada à definição do mandato e da missão, à

realização do processo de diagnóstico estratégico interno e à definição de questões

estratégicas para o Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin.

A necessidade de formulação deste planejamento estratégico foi detectada

pela pesquisadora – que realizou seu Estágio Curricular II na referida unidade de

informação – juntamente com a bibliotecária-chefe do Centro que, por meio de

acompanhamento direto, contribuiu sobremaneira para sua realização.

Através de observações in loco, entrevistas com sujeitos-chave, e aplicação

de questionários, buscou-se conhecer a unidade de informação para viabilizar uma

proposta de planejamento estratégico que respeitasse e contemplasse sua filosofia e

suas políticas.

Os sujeitos-chave constituíam-se de dois grupos de stakeholders. O primeiro,

denominado grupo de Gestores, composto por três membros da diretoria, pela

bibliotecária e por dois colaboradores do CESJS. O segundo, denominado grupo de

Usuários, composto por 27 sócios usuários do CESJS.

Nessa direção, durante o mês de setembro, foram aplicados questionários

aos usuários e gestores do Centro. Esses questionários foram elaborados após o

processo de observação, pois objetivou-se identificar, primeiramente, quais seriam

as principais necessidades dos usuários e por quais serviços havia maior demanda.

Os questionários aplicados aos stakeholders e a respectiva análise de dados

foram embasados na metodologia SWOT, que siginifica Strengths (Forças),

Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Essa

metodologia é uma ferramenta utilizada em processos de planejamento estratégico

para fazer a análise dos ambientes externo e interno (GOLDSCHMIDT, 2003). Os

questionários encontram-se nos Apêndices A e B.

Os dois questionários, aplicados aos Usuários e aos Gestores,

respectivamente, abordavam questões distintas, pois constatou-se que

determinadas questões não poderiam ser respondidas pelos Gestores e outras não

44

poderiam ser respondidas pelos Usuários. Sendo assim, foi criado um questionário

específico direcionado aos Gestores e outro específico para os Usuários.

O questionário aplicado aos Gestores abordou questões referentes aos

seguintes assuntos:

• Capacidade de atendimento no Centro (auto-avaliação e avaliação dos

demais funcionários);

• Demanda pelos serviços prestados no Centro;

• Crescimento do número de contribuintes (novos sócios);

• Contribuição das parcerias do Centro;

• Clima organizacional (auto-avaliação);

• Capacidade de gestão das lideranças (auto-avaliação);

• Sistema de informação gerencial; e

• Intercâmbios sociais e científicos do Centro.

Esse questionário, portanto, foi respondido pela bibliotecária e demais

funcionários do Centro e pelos membros da diretoria que ocupam os cargos de

Presidente, Vice-presidente e Tesoureiro.

O questionário aplicado aos usuários, por sua vez, abordou os seguintes

assuntos:

• Capacidade de atendimento dos funcionários;

• Satisfação quanto aos serviços, em suas funções de associados do

Centro;

• Clima organizacional dos colaboradores; e

• Capacidade de gestão das lideranças do Centro.

Esse questionário foi respondido por 27 sócios usuários que freqüentaram o

Centro durante os dias de coleta dos dados. A participação dos sócios foi voluntária.

Ressalte-se que a pesquisadora entregou o questionário em mãos aos usuários,

ficando a disposição para dirimir dúvidas.

As entrevistas com os colaboradores do Centro ocorreram em três momentos:

(i) no início das atividades, com vistas ao planejamento do plano estratégico; (ii) no

decorrer das atividades, a fim de fazer uma avaliação pró-ativa do processo de

planejamento que vinha sendo elaborado, com vistas à correção de rumos e ao

45

aperfeiçoamento do trabalho; e.(iii) na etapa da análise dos dados colhidos pelos

questionários, com vistas à complementar informações e definir as propostas

estratégicas.

A análise dos dados foi realizada pela pesquisadora. Os resultados foram

agrupados por fatores e respectivos sub-fatores, que foram analisados como força,

característica neutra ou fraqueza. Os sub-fatores avaliados pelos stakeholders

como uma força e/ou uma grande força foram considerados na análise como

pontos fortes; os sub-fatores avaliados como característica neutra, foram

considerados na análise como pontos neutros; e, os sub-fatores avaliados como

fraqueza e/ou grande fraqueza, foram considerados como pontos fracos do

Centro. Recorde-se que os pontos neutros são variáveis identificadas, todavia o

Centro, no momento da identificação, não possuía critérios e parâmetros de

avaliação para classificá-los como pontos fortes ou fracos.

As propostas estratégicas, o prazo e a responsabilidade pela implementação

delas, foram definidos, em conjunto, pela pesquisadora e pelos Gestores do Centro.

Nessa direção, num primeiro momento, a pesquisadora apresentou à apreciação e

discussão, os resultados dos questionários aos Gestores. Num segundo momento,

após consenso, foram elaboradas as propostas estratégicas para o Centro.

46

4. METODOLOGIA DA PESQUISA

Este capítulo descreve a metodologia utilizada neste estudo.

4.1. Caracterização do estudo

A abordagem utilizada nesta pesquisa é predominantemente qualitativa.

Pesquisas qualitativas compreendem atividades de investigação que podem ser

denominadas específicas e que, ao mesmo tempo, podem ser caracterizadas por

traços comuns. Essa é uma idéia fundamental para uma visão mais clara do que um

pesquisador, que tem por objetivo atingir uma interpretação da realidade do ponto de

vista qualitativo, pode realizar. (TRIVIÑOS, 1987)

A pesquisa qualitativa é essencialmente exploratória e descritiva. A

interpretação dos resultados surge como a totalidade de uma especulação que tem

como base a percepção de um fenômeno num contexto. Sendo assim, a pesquisa

qualitativa não é vazia, e sim, coerente, lógica e consistente.

Pode-se definir pesquisa como o processo formal e sistemático de

desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é

descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos

científicos.

Cada pesquisa, naturalmente, tem um objetivo específico. Contudo, é possível

agrupar as mais diversas pesquisas em certo número de grupamentos amplos.

Assim, classificam-se as pesquisas em três grupos: estudos exploratórios, estudos

descritivos e estudos explicativos.

Pelos seus objetivos, esta pesquisa é classificada como exploratória. Para Gil

(1999), pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar

visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Esse tipo de pesquisa

visa diagnosticar um problema de maneira mais precisa, tendo como principal

finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a

formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos

47

posteriores. De todos os tipos de pesquisa, as exploratórias são as que apresentam

menor rigidez no planejamento. Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico

e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso. Procedimentos de

amostragem e técnicas quantitativas de coleta de dados não são costumeiramente

aplicados nessas pesquisas.

Quanto aos procedimentos técnicos utilizados, a pesquisa realizada pode ser

classificada concomitantemente como bibliográfica, documental e levantamento.

Segundo Gil (1999), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de

material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa

natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes

bibliográficas. Parte dos estudos exploratórios podem ser definidos como pesquisas

bibliográficas, assim como certo número de pesquisas desenvolvidas a partir da

técnica de análise de conteúdo. A pesquisa bibliográfica forneceu a base necessária

para a definição do referencial teórico deste estudo.

A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A única

diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa

bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores

sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que ainda

não receberam um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de

acordo com os objetivos da pesquisa.

A pesquisa de tipo levantamento caracteriza-se pela interrogação direta das

pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à

solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema

estudado e em seguida, mediante análise, obtém-se as conclusões correspondentes

aos dados coletados.

4.2. Universo da pesquisa

O universo empírico desta pesquisa foi o Hospital Regional de São José Dr.

Homero de Miranda Gomes – HRSJHMG. O objeto do estudo foi o Centro de

48

Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin – CESJS. Esse Centro é uma sociedade civil com

fins de aprimoramento científico cultural e social, sem caráter lucrativo, inserido na

organização maior, o hospital.

Os sujeitos-chave envolvidos neste estudo foram os gestores (bibliotecária,

colaboradores e diretoria) e os usuários (médicos, médicos residentes e demais

associados) do CESJS.

4.3. Técnicas de coleta de dados

As técnicas utilizadas para as coletas dos dados desta pesquisa foram: (i)

observação in loco, quando os fatos foram percebidos diretamente, sem qualquer

intermediação; (ii) entrevistas estruturadas, quando a pesquisadora se apresentou

frente aos entrevistados e lhes formulou perguntas, juntamente com a aplicação de

questionários, com o objetivo de obter os dados; e (iii) análise documental, que

complementou os dados obtidos pela observação, pelas entrevistas e pelos

questionários.

49

5. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO CENTRO DE ESTUDOS DR. SIDNEI JORGE SANDIN

Este capítulo apresenta os resultados da aplicação da metodologia de

planejamento estratégico delineada e apresentada no capítulo três deste relatório.

Ressalte-se que o planejamento estratégico do Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge

Sandin, do Hospital de São José Dr. Homero de Miranda Gomes, não pode ser

concluído em função da limitação do tempo para a realização deste Trabalho de

Conclusão de Curso. Contudo, foi possível definir o mandato e a missão do Centro

de Estudos, bem como realizar o diagnóstico do ambiente interno, definir questões e

propostas estratégicas, tendo em vista os pontos fortes e pontos fracos levantados

pelo diagnóstico, e definir prazos e responsáveis pela implantação das propostas.

Precedidos de um breve histórico do Hospital e do Centro de Estudos, esses

aspectos são relatados abaixo.

5.1. Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes

Inaugurado em 25 de fevereiro de 1987 e ativado no dia 02 de março do

mesmo ano, o Hospital Regional de São José, localizado na rua Adolfo Donato da

Silva, s/n, Praia Comprida – São José, é uma instituição que tem como missão

oferecer serviços de saúde, ensino e pesquisa, com qualidade e resolutividade, de

acordo com as necessidades de seus usuários internos e externos, com princípios

de respeito, humanização e principalmente ética.

Ainda no mesmo ano de sua inauguração, foram ativados 36 leitos de

maternidade em regime de alojamento conjunto na Unidade de Internação

Obstétrica, Centro Obstétrico, Unidade de Neonatologia, Banco de Leite Humano,

Triagem Obstétrica, Emergência e Setor de Treinamento, sendo que o Centro

Cirúrgico funcionava conjuntamente com o Centro Obstétrico.

50

Em março de 1987 o Hospital Regional de São José contava com 86

funcionários na área de enfermagem e ao final do ano eram 163 funcionários.

Em 02/11/1987, foi ativado o Centro Cirúrgico com a abertura de 03 salas

cirúrgicas, para atendimento à Ginecologia e Obstetrícia.

Em dezembro de 1987 foi inaugurado o Serviço de Emergência, sendo então

deslocada a Triagem Obstétrica para o setor onde funcionaria o ambulatório.

Simultaneamente à abertura da Emergência Geral foi também inaugurado o

Serviço de Emergência Pediátrica, o qual funcionava na mesma área física da

Emergência Geral.

Em dezembro de 1987 foram atendidos 1.082 pacientes, sendo que em

novembro de 1988 este número já era de 7.333 atendimentos.

A Unidade de Clínica Cirúrgica foi inaugurada em 08/02/1988, dispondo de 40

leitos, sendo divididos entre pacientes Clínicos (16 leitos), Cirúrgicos (22 leitos) e

mais 02 apartamentos a serem ocupados pela demanda de ambas as clínicas.

Em 26/02/1988, foi ativado o Serviço de UTI, inicialmente com 04 leitos.

Em julho de 1988 foi inaugurado o Ambulatório Geral, dispondo das seguintes

especialidades: Oftalmologia, Urologia, Clínica Cirúrgica, Clínica Médica e Cirurgia

Vascular.

Em 30/08/1988 a Unidade de Clínica Médica é aberta, funcionando no 5º

andar (Ala A), contando com 18 novos leitos.

5.2. Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin

O Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin do Hospital Regional de São

José Dr. Homero de Miranda Gomes (CESJS), está localizada na rua Adolfo Donato

da Silva, s/n – Praia Comprida – São José, e foi criada no dia 23/05/1993 com

publicação no diário oficial nº 14.701 de 03/06/1993. O Centro tem como objetivo

atender as necessidades de informações para o aprimoramento do ensino e

atividades científicas diárias direcionadas tanto para a residência médica como para

todo o corpo clínico do Hospital.

51

O CESJS surgiu a partir de uma exigência feita pelo MEC para a implantação

de Programas de Residência Médica no Hospital, com a finalidade de atender as

necessidades de informações documentárias dos residentes e dos médicos.

Registre-se que um hospital que oferece residência médica deve dispor de um local

onde médicos e residentes possam pesquisar e estudar.

O CESJS é uma sociedade civil, independente, de duração indeterminada,

sem fins lucrativos, que tem como missão o aprimoramento científico cultural e social

de médicos, residentes e profissionais de áreas afins. Seu acervo é constituído das

seguintes especialidades: Oftalmologia, Clínica Médica, Cirurgia Geral, Cirurgia

Vascular, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Neonatologia, Cirurgia Torácica,

Reumatologia, Ortopedia e Traumatologia, Pneumologia, Neurologia, Cardiologia,

Serviço Social e Enfermagem.

O quadro social do CESJS é formado por 102 médicos, enfermeiros e

técnicos em enfermagem. Os médicos contribuem com o Centro, mensalmente, com

20% e os enfermeiros e técnicos em enfermagem com 10% do salário mínimo base

que recebem da Secretaria da Estado da Saúde. Essa contribuição, além de outros

serviços sociais e informacionais, lhes dá o direito de usarem 50 reprografias

gratuitas por mês.

Os serviços oferecidos aos usuários pelo Centro de Estudos são os

seguintes: empréstimo domiciliar, consulta local ao material disponibilizado, acesso à

base de dados MICROISIS, acesso ao banco de dados BIREME, reprografia, acesso

aos computadores – todos ligados em rede, auxílio à digitação de aulas elaboradas

em power point e levantamentos bibliográficos.

Além dos trabalhos desenvolvidos com e para os associados contribuintes, o

Centro trabalho em parceria com outras instituições e entidades de classe, entre elas

o Grupo de Bibliotecários de Informação em Ciências da Saúde de Santa Catarina –

GBICS/SC, que está vinculado a Associação Catarinense de Bibliotecários – ACB, a

Associação de Funcionários do Hospital Regional de São José – AFHRSJ, a

Associação dos Amigos do Hospital Regional – AMHOR, a UNIMED e a UNICRED.

A área física do Centro é de mais ou menos 70 metros quadrados e seu

acervo é especializado nas áreas de medicina e enfermagem, composto de

52

aproximadamente 1.200 títulos de livros, 20 títulos de periódicos correntes, além de

possuir acesso autorizado ao Portal Capes de periódicos e de teses.

O Centro é equipado com três projetores de slides, dois aparelhos de Data

Show, uma máquina de reprografia, um aparelho de telefone/fax, um scanner, um

laptop e uma máquina fotográfica digital. Além desses equipamentos, o Centro

possui 15 computadores ligados em rede: oito localizados na biblioteca, um no

auditório e seis nos quartos dos médicos residentes e médicos de plantão.

O Centro de Estudos é composto por uma diretoria constituída por Presidente,

Vice-Presidente, Secretário e Tesoureiro. O atual Presidente do Centro é Mestre em

Ciências da Saúde e atua como Médico Cirurgião-geral e do aparelho digestivo e

chefia o Serviço de Nutrição Parenteral e Enteral. Além da diretoria, o quadro

funcional do Centro é formado por duas Bibliotecárias e uma Técnica Administrativa.

5.2.1. O Mandato do CESJS

O Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin deverá promover, incentivar,

supervisionar e divulgar: (i) o desenvolvimento técnico-científico e cultural da

instituição; (ii) a realização de trabalhos científicos e de pesquisa; (iii) reuniões

científicas, cursos de aperfeiçoamento e de especialização para grupos de interesse

internos e externos; (iv) intercâmbios sociais e científicos com instituições

congêneres nacionais e estrangeiras; (v) o relacionamento hospital/comunidade, do

ponto de vista informativo, terapêutico e preventivo; (vi) a atualização da biblioteca; e

(vii) a abordagem multi-profissional e interdisciplinar na solução de problemas da

área.

5.2.2. A Missão do CESJS

O Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin é uma sociedade civil,

independente, de duração indeterminada, sem fins lucrativos, que tem por finalidade

o aprimoramento científico cultural e social de médicos, residentes e profissionais de

áreas afins.

53

5.2.3. Objetivos do CESJS

� Objetivo Geral:

• Oferecer um espaço voltado ao ensino e à pesquisa que permita aos

profissionais do hospital aperfeiçoar seus conhecimentos sem a necessidade

de sair da instituição.

� Objetivos Específicos:

• Promover, incentivar, supervisionar e divulgar o desenvolvimento técnico

científico e cultural da Instituição;

• Promover o aperfeiçoamento profissional do pessoal hospitalar;

• Promover, incentivar, supervisionar e divulgar a realização de trabalhos

científicos e de pesquisa;

• Promover reuniões científicas, cursos, reciclagem e especialização;

• Assessorar a Direção do órgão em assuntos Técnicos e Culturais;

• Manter intercâmbio Social e Científico com os Centros de Estudos e das

Faculdades e Escolas, Hospitais Nacionais e Estrangeiros e outras entidades

científicas;

• Organizar e fiscalizar provas de seleção, quando para tal fim designado;

• Incentivar o relacionamento Hospital/Comunidade, do ponto de vista

informativo, terapêutico e preventivo;

• Colaborar com a atualização da Biblioteca;

• Promover por todos os meios ao seu alcance a confraternização de seus

membros;

• Estimular a abordagem multi-profissional e interdisciplinar de problemas

afetos à sua área de atuação.

5.3. Análise do ambiente interno do CESJS

Nesta seção serão apresentados os resultados da análise do ambiente

interno do CESJS. Recorde-se que a coleta de dados realizou-se por meio de

54

observações in loco, questionários, entrevistas e análise documental. A análise dos

dados coletados, a elaboração das questões estratégicas, a definição das propostas

estratégicas, dos prazos e dos responsáveis pela implementação das estratégias

teve a participação dos Gestores do CESJS.

5.3.1. Análise do ambiente interno pelos Gestores

Os quadros abaixo apresentam os resultados da análise dos dados colhidos

com os gestores do Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin. Esses dados foram

colhidos por meio de questionário e complementados com entrevistas e observações

in loco.

Os gestores avaliaram oito fatores e respectivos sub-fatores do ambiente

interno do Centro. Os fatores avaliados são: (i) Capacidade de atendimento; (ii)

Demanda pelos serviços prestados; (iii) Crescimento do número de contribuintes; (iv)

Contribuições das parcerias; (v) Clima organizacional; (vi) Sistema de informação

gerencial; (vii) Capacidade de gestão das lideranças; e (viii) Intercâmbios sociais e

científicos.

Fator: Capacidade de atendimento

Sub-fatores Análise Questões

estratégicas Propostas

estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Qualificação e perfil profissional dos colaboradores (funcionários) adequados aos objetivos da organização

- Presteza de atendimento

- Rapidez na recuperação da informação

O fator Capacidade de Atendimento foi

considerado uma grande força, que se deve, em especial, à

dedicação dos colaboradores ao

atendimento prestado aos

usuários. Assim, trata-se de um ponto

forte.

- Como manter o grande índice de satisfação dos

usuários em relação ao atendimento na

biblioteca?

- Como manter os colaboradores

motivados para bem atender os usuários?

Manter os colaboradores do Centro sempre

atualizados através de processo de

educação continuada.

Contínuo

Diretoria / B

ibliotecária

Quadro 5.1 – Capacidade de atendimento do CESJS na opinião dos gestores

55

Fator: Demanda pelos serviços prestados

Sub-fatores Análise Questões estratégicas

Propostas estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Serviço de fotocópia

- Utilização da capacidade do acervo

- Empréstimo

- Acervo

- Atendimento

Os serviços oferecidos

apresentam grande índice de procura

por parte dos usuários, e foi

avaliado como uma grande força. Trata-

se de um ponto forte.

- Como manter o índice de procura pelos serviços?

- Quais novos serviços poderiam ser oferecidos aos

usuários para atender suas

necessidades?

Manter o Centro sempre em processo

de atualização e inovação pelos

serviços prestados.

Contínuo

Diretoria / B

ibliotecária

Quadro 5.2 – Demanda pelos serviços prestados na opinião dos gestores

Fator: Crescimento do número de contribuintes

Sub-fatores Análise Questões estratégicas

Propostas estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Médicos

- Médicos residentes

- Enfermeiros

O aumento do número de sócios

dessas categorias foi avaliado como uma grande força. Trata-se de um ponto forte

do Centro.

- Como manter os usuários do Centro?

- Como atrair novos usuários?

Manter atualização tecnológica e

informacional no Centro.

Contínuo

Diretoria /

Bibliotecária

- Técnicos em enfermagem

A não participação de técnicos em enfermagem

caracteriza-se como um ponto fraco.

Como atrair esse grupo de potenciais

usuários para a biblioteca do

Centro?

Reformular o estatuto do CESJS, estendendo o direito

de sócio aos profissionais Técnicos em

Enfermagem e convidá-los a se

associarem.

Médio prazo

Diretoria

Quadro 5.3 – Crescimento do número de contribuintes do CESJS na opinião dos gestores

Fator: Contribuição das parcerias

Sub-fatores Análise Questões estratégicas

Propostas estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Financeira

- Tecnológica

- Informacional / acervo

- Recursos humanos

Constatou-se que a colaboração das parcerias é muito importante para o Centro, o que se caracteriza como

ponto forte.

Como o CESJS poderá otimizar o

apoio dos parceiros para melhorar ainda mais a sua unidade

de informação?

Manter sempre parcerias ligadas ao

Centro.

Médio

Diretoria /

Bibliotecária

Quadro 5.4 – Contribuição das parcerias do CESJS na opinião dos gestores

56

Fator: Clima organizacional

Sub-fatores Análise Questões estratégicas

Propostas estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Colaboradores (funcionários) motivados e comprometidos com os objetivos da organização

- Dedicação dos colaboradores

- Imagem do CESJS na instituição

Verificou-se que os colaboradores

consideram o clima organizacional do

Centro uma grande força. Assim, trata-

se de um ponto forte.

Como manter um quadro de pessoal

adequado (quantidade e qualidade) e

motivado para atender e suprir as necessidades dos

usuários?

Manter no Centro um ótimo clima

organizacional já existente.

Contínuo

Diretoria

Quadro 5.5 – Clima organizacional do CESJS na opinião dos gestores

Fator: Sistema de informação gerencial

Sub-fatores Análise Questões estratégicas

Propostas estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Avaliação periódica do desempenho da biblioteca

- Estatísticas de reclamações sobre empréstimo, acervo e atendimento

- Estatísticas de satisfação dos associados

- Estatísticas de empréstimos e consultas

- Estatísticas de compras, doações e permutas

O Centro não faz periodicamente

avaliações e levantamentos de

resultados, deixando assim, de ter

estatísticas sobre os seus serviços, o que é um ponto fraco do

CESJS.

Como realizar avaliações e

estatísticas do CESJS para gerar informações úteis,

exatas e oportunas a fim de subsidiar as decisões no sentido de melhor atender

as necessidades dos usuários?

- Implementar um sistema de avaliação

dos serviços do Centro.

- Implementar um Sistema de Informações

Gerenciais a fim de coletar dados e

gerar informações sobre as rotinas da

instituição.

Curto

Bibliotecária /

ColaboradoresT

écnico- adm

inistrativos

Auto-avaliação da capacidade

dos gestores

Quadro 5.6 – Sistema de informação gerencial do CESJS na opinião dos gestores

57

Fator: Capacidade de gestão das lideranças

Sub-fatores Análise Questões estratégicas

Propostas estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Missão institucional claramente definida

Esse item deve ser considerado um

ponto fraco, visto que a Missão do Centro não é conhecida por

seus sócios e tampouco pela

instituição na qual o Centro está inserido.

Como divulgar a missão institucional

do Centro?

Divulgar a missão do Centro em folders

e/ou banners, colocados em

pontos estratégicos na organização.

Curto

Bibliotecária /

Colaboradores

Auto-avaliação da capacidade dos

gestores

- Existência de normas e padrões no CESJS

Não existem normas e padrões

esclarecidos diretamente aos

usuários. Este sub-fator é um ponto fraco

do CESJS.

Como desenvolver e divulgar as

normas dos CESJS aos usuários?

Elaborar normas internas do CESJS e

criar folders de divulgação para os

usuários.

Curto

Diretoria /

Bibliotecária

Auto-avaliação

da capacidade dos gestores

- Atualização da coleção de periódicos

Considerado um ponto forte, visto que

o Centro mantém assinaturas de

diversos periódicos científicos, dentre as mais diversas áreas

médicas.

Como manter a coleção de

periódicos da biblioteca sempre atualizada para

atender as necessidades dos

usuários?

Renovar anualmente as assinaturas das

revistas de periódicos.

Indeterminado

Bibliotecária

Auto-avaliação da capacidade dos

gestores

- Atualização tecnológica dos equipamentos

Os equipamentos tecnológicos do

Centro são considerados

atualizados, em bom estado de

funcionamento e em quantidade suficiente

em relação à demanda, o que é um ponto forte do Centro.

Como manter a atualização

tecnológica dos equipamentos do

Centro?

Manter o Centro em constante processo

de inovação.

Contínuo

Diretoria

Auto-avaliação da

capacidade dos gestores

- Adequação do ambiente físico do CESJS

Esse sub-fator foi avaliado como uma grande fraqueza. O espaço do Centro é

considerado pequeno e mal localizado.

Trata-se, portanto, de um ponto fraco.

Como melhorar as instalações físicas do CESJS a fim de

atender as suas necessidades?

Ampliar as instalações do

CESJS em uma área anexa ao auditório da organização,

baseado num projeto já existente.

Longo

Diretoria

Auto-avaliação da capacidade dos

gestores

- Capacidade de criação de novos produtos e serviços

Este sub-fator foi avaliado como ponto

neutro.

Os pontos neutros são variáveis identificadas, todavia a organização, no momento da identificação, não possuía critérios e parâmetros de avaliação para classificá-los como pontos fortes ou

fracos.

(Continua...)

58

- Serviço de Disseminação Seletiva da Informação

Trata-se de um ponto fraco, visto que esse

serviço não é oferecido pelo Centro.

Como implementar um serviço de DSI e torná-lo um ponto

forte do CESJS?

Divulgar assuntos de interesses

específicos de cada área aos usuários através de e-mail, contato telefônico e/ou abordagem

direta.

Médio

Bibliotecária

Auto-avaliação da capacidade dos

gestores

- Automação do acervo e dos processos administrativos

- Sistema de comunicação com o usuário

- Divulgação dos serviços prestados aos usuários

- Sistema de Recuperação da Informação

- Processo de comutação bibliográfica

Esses serviços são considerados pelos gestores como uma

grande força do Centro. O índice de procura por eles é

alto, portanto, trata-se de um ponto forte.

Como manter o sucesso desses

serviços?

Manter no Centro um ótimo

desempenho na realização desses

serviços.

Contínuo

Bibliotecária / C

olaboradores

Auto-avaliação da capacidade

dos gestores

Quadro 5.7 – Capacidade de gestão das lideranças do CESJS na opinião dos gestores

Fator: Intercâmbios sociais e científicos

Sub-fatores Análise Questões estratégicas

Propostas estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Centros de estudos

- Universidades

- Escolas

- Hospitais nacionais

- Hospitais estrangeiros

- Outras entidades científicas

O CESJS realiza intercâmbios

informacionais com inúmeras outras

instituições, o que se constitui um ponto

forte para a organização.

Como manter os intercâmbios e as

trocas de informações com

outras organizações para

melhorar ainda mais o atendimento das necessidades de informação dos

usuários?

Manter e renovar os intercâmbios

existentes e procurar novos intercâmbios

com outras instituições.

Contínuo

Diretoria / B

ibliotecária

Auto-avaliação da

capacidade dos gestores

Quadro 5.8 – Intercâmbios sociais e científicos do CESJS na opinião dos gestores

Como consta nos quadros acima, os gestores, em suas auto-avaliações,

mostraram-se bastante motivados e comprometidos com os objetivos da

organização. Eles consideraram que os serviços oferecidos pelo Centro a seus

usuários são pontos fortes. Contudo, quanto à capacidade de gestão das lideranças,

os gestores consideram que ainda há aspectos que devem ser aprimorados, pois

ainda existem normas e serviços do Centro que não são conhecidos pelos usuários.

59

5.3.2. Análise do ambiente interno pelos Usuários

Os quadros abaixo apresentam os resultados da análise dos dados colhidos

com os usuários do Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin. Esses dados foram

colhidos por meio de questionário, aplicado in loco, que abordou os seguintes

fatores do ambiente interno do Centro: Os fatores avaliados são: (i) Capacidade de

atendimento; (ii) Satisfação dos sócios; (iii) Clima organizacional; e (iv) Capacidade

de gestão das lideranças.

Fator: Capacidade de atendimento

Sub-fatores Análise Questões estratégicas

Propostas estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Presteza de atendimento

- Rapidez na recuperação da informação

Esses sub-fatores foram considerados pelos usuários como

uma força. Os usuários

consideraram que recebem um ótimo atendimento dos

funcionários e acham o serviço de

recuperação da informação eficiente. Trata-se, portanto de

um ponto forte.

Como manter a grande satisfação

dos sócios em relação a esses

serviços?

- Manter um quadro de funcionários

motivados e comprometidos com

os objetivos da instituição.

- Manter a tecnologia do sistema de

recuperação da informação atualizada.

Contínuo

Diretoria / B

ibliotecária

Quadro 5.9 – Capacidade de atendimento do CESJS na opinião dos usuários

Fator: Satisfação dos sócios

Sub-fatores Análise Questões

estratégicas Propostas

estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Empréstimo domiciliar (prazo)

- Sistema de Recuperação da Informação

- Serviço de Disseminação Seletiva da Informação

- Processo de comutação bibliográfica

- Informatização (quanto ao equipamento existente)

- Atualização do acervo

- Atendimento

Os sócios mostraram-se bastante

satisfeitos em relação aos serviços

oferecidos. Isso caracteriza um ponto

forte do Centro.

Como manter a satisfação dos

sócios em relação aos serviços

oferecidos pelo Centro?

Atender as expectativas e

adequar o Centro às necessidades dos

usuários.

Contínuo

Diretoria / B

ibliotecária

Quadro 5.10 – Satisfação dos sócios do CESJS na opinião dos usuários

60

Fator: Clima organizacional

Sub-fatores Análise Questões estratégicas

Propostas estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Dedicação da diretoria

- Dedicação dos colaboradores (funcionários)

- Imagem do CESJS na instituição

Os usuários avaliaram o clima organizacional do Centro como uma

força. Estão satisfeitos com a

dedicação prestada pela diretoria e

colaboradores, e consideram ótima a

imagem que o CESJS tem na organização. Trata-se, portanto, de

um ponto forte.

Como manter o bom clima

organizacional e a ótima imagem do

Centro?

Manter um quadro de gestores motivados e

comprometidos com os objetivos da

instituição.

Contínuo

Diretoria / B

ibliotecária / colaboradores

Quadro 5.11 – Capacidade de atendimento do CESJS na opinião dos usuários

Fator: Capacidade de gestão das lideranças

Sub-fatores Análise Questões estratégicas

Propostas estratégicas Prazo Resp. Obs.

- Missão institucional claramente definida

- Avaliação periódica do desempenho da biblioteca

- Atualização da coleção de periódicos

- Atualização tecnológica dos equipamentos

- Adequação do ambiente físico do CESJS

- Capacidade de criação de novos produtos e serviços

- Automação do acervo e dos processos administrativos

- Sistema de comunicação com os usuários

A capacidade de gestão das lideranças foi considerada uma força pelos usuários. Para eles os gestores estão cumprindo suas atividades de maneira

eficiente e eficaz e estão sempre

motivados a oferecer o melhor para o

Centro. Trata-se de um ponto forte.

Como manter um quadro de

lideranças sempre motivados e

empenhados em alcançar os melhores

resultados para o Centro?

Manter um quadro de gestores motivados e

comprometidos com os objetivos da

instituição.

Contínuo

Diretoria / S

ócios

Quadro 5.12 – Capacidade de gestão das lideranças do CESJS na opinião dos usuários

Os usuários, tal como os gestores, também se mostraram bastante satisfeitos

com os serviços que lhes são oferecidos no Centro. Reconhecem, sobremaneira, a

61

dedicação dos gestores, tanto no desempenho dos serviços prestados, quanto ao

ótimo atendimento voltado ao público-alvo.

Enfim, a análise do ambiente interno constatou que o Centro de Estudos Dr.

Sidnei Jorge Sandin desempenha suas funções com eficácia, visto que a maioria

dos fatores avaliados, tanto pelos gestores como pelos usuários, recebeu avaliação

positiva.

62

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

Planejar estrategicamente em unidades de informação não tem sido uma

prática freqüente e comum. Essa lacuna deu origem ao problema de pesquisa e

motivou a realização deste estudo com o objetivo de delinear uma metodologia de

planejamento estratégico em unidades de informação e exemplificar a sua aplicação

em uma unidade de informação especializada na área da saúde.

Foram enfrentadas inúmeras dificuldades para o desenvolvimento deste

trabalho, em especial na sua etapa inicial e exploratória, que foi essencial para

definir, organizar e elaborar uma proposta de planejamento estratégico para

unidades de informação. Registre-se que foram localizados poucos trabalhos

específicos da área de planejamento estratégico em unidades de informação que

pudessem servir de subsídio para o estudo. Por conseguinte, adequou-se uma

metodologia com delineamento próprio, fundamentada em metodologias de

planejamento estratégico empresarial e de instituições públicas e sem fins lucrativos.

Outra dificuldade encontrada e que limitou a busca e a implementação da

metodologia mais adequada ao contexto do universo da pesquisa e que orientasse a

elaboração das atividades planejadas e expressas nos objetivos específicos, foi o

tempo real disponível para realização deste estudo.

A aplicação da metodologia eleita mostrou que um adequado planejamento

estratégico para uma unidade de informação requer uma análise completa do

contexto organizacional no qual essa instituição está inserida. Ou seja, é

imprescindível que o ambiente organizacional da instituição maior onde a unidade de

informação está inserida seja conhecido, para que propostas estratégicas viáveis

possam ser apresentadas. Na prática deste estudo, esse aspecto não pode ser

adequadamente analisado, devido às restrições do cronograma.

Todavia, as dificuldades encontradas foram superadas e os objetivos

atingidos, tendo em vista que os resultados apresentados no capítulo 6 deste

relatório podem ser considerados satisfatórios.

63

Nessa direção, o trabalho realizado tem relevância prática, pois o

planejamento estratégico resultante exibe viabilidade de implementação. Ademais, a

sua implementação otimizará as atividades do CESJS e, conseqüentemente,

reforçará o seu compromisso social.

Para a área da Biblioteconomia e Ciência da Informação, este trabalho pode

contribuir no sentido de suprir parte da lacuna encontrada no estado-da-arte do

planejamento estratégico em unidades de informação, em especial no que se refere

a resultados práticos da aplicação de determinada metodologia.

A partir do trabalho realizado, outras pesquisas e estudos podem ser

elaborados, no sentido de melhor a metodologia aplicada. Nessa direção, sugere-se

dar continuidade a este estudo, visto que o cronograma previsto para a realização

da pesquisa ter sido insuficiente e não ter sido possível terminar todo o processo de

planejamento estratégico. Em especial, sugere-se que um estudo futuro realize a

análise do ambiente externo do CESJS, a fim de identificar oportunidades e

ameaças e apresentar propostas estratégicas relacionadas.

Ademais, reitera-se a importância do planejamento estratégico como uma

ferramenta para gerar informações e guiar decisões em unidades de informação,

tendo em vista a responsabilidade social dessas instituições, independente de elas

serem públicas, privadas, empresariais, universitárias, escolares ou especializadas.

Recorde-se que a finalidade maior das unidades de informação é agregar valor à

informação para efetivamente atender as expectativas e necessidades de

informação de seus stakeholders.

Enfim, é oportuno ressaltar que mudanças necessitam ser introduzidas nas

unidades e informação. As unidades de informação necessitam elaborar seus

planejamentos para poderem atingir seus objetivos com eficiência e eficácia, e

exibirem qualidade. Novas demandas de mercado estão solicitando dos profissionais

da informação práticas mais adequadas de gestão. Esses profissionais, atuando

como gestores, assumem a responsabilidade de articular os interesses da unidade

de informação, estimular o espírito de equipe e motivar o comprometimento das

pessoas, com vistas a viabilizar ajustes e alterações em suas ações de acordo com

a dinâmica e as exigências dos ambientes organizacionais. As inovações

tecnológicas e outras mudanças que estão ocorrendo no mundo, tanto podem ser

vistas como uma ameaça como uma oportunidade para o profissional da

64

biblioteconomia. Cabe a ele valorizar-se e mostrar para a sociedade que está

preparado para desempenhar a sua nova função de gestor da informação.

65

7. REFERÊNCIAS

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BRYSON, John M. Strategic planning for public and nonprofit organizations. San Francisco: Jossey-Bass Publishers, 1989.

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SERTEC. Unidade de informação tecnológica. Disponível em: <http://everest3.tecpar.br/sertec>. Acesso em : 25 abr. 2006.

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SOUZA, Ivone Gomes de Assis. Uma análise das abordagens epistemológicas e metodológicas da pesquisa contábil no programa do mestrado multi-institucional em ciências contábeis. 2005. Dissertação (Pós-graduação) -

67

Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis do Convênio UNB, UFPB, UFPE e UFRN.

TARAPANOFF, Kira; ARAÚJO JÚNIOR, Rogério Henrique de; CORMIER, Patrícia Marie Jeanne. Sociedade da informação e inteligência em unidades de informação. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 29, n. 3, p. 91-100, set./dez. 2000.

TAVARES, Mauro Calixta. Planejamento estratégico: a opção entre sucesso e fracasso empresarial. São Paulo: Harbra, 1991.

68

APÊNDICES

69

APÊNDICE A – Questionário aplicado aos Gestores do CESJS

Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes

Instrumento de análise de ambiente interno 1 – Perfil do gestor

a) Em que grupo você se situa?

( ) Bibliotecária-chefe ( ) Bibliotecária ( ) Técnica-administrativa

( ) Presidente do CESJS ( ) Outros ______________

b) Há quanto tempo você atua no Centro de Estudos?

( ) Menos de um ano ( ) De um a três anos ( ) De três a seis anos

( ) De seis a nove anos ( ) Dez ou mais anos

2 – Avalie o Centro de Estudos segundo a escala seguinte: � 0 ponto – Grande Fraqueza � 1 ponto – Fraqueza � 2 pontos – Característica Neutra � 3 pontos – Força � 4 pontos – Grande Força

a) Capacidade de atendimento 0 1 2 3 4 - Qualificação e perfil profissional dos colaboradores (funcionários) adequados aos objetivos da organização

- Presteza de atendimento - Rapidez na recuperação da informação b) Demanda pelos serviços prestados 0 1 2 3 4 - Serviço de fotocópia - Utilização da capacidade do acervo - Empréstimo - Acervo - Atendimento c) Crescimento do número de contribuintes 0 1 2 3 4 - Médicos - Médicos residentes - Enfermeiros - Técnicos em enfermagem d) Contribuição das parcerias 0 1 2 3 4 - Financeira - Tecnológica - Informacional/acervo - Recursos humanos e) Clima organizacional 0 1 2 3 4 - Colaboradores (funcionários) motivados e comprometidos com os objetivos da organização

- Dedicação dos colaboradores - Imagem do CESJS na instituição

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f) Capacidade de gestão das lideranças 0 1 2 3 4 - Missão institucional claramente definida - Existência de normas e padrões no CESJS - Atualização da coleção de periódicos - Atualização tecnológica dos equipamentos - Adequação do ambiente físico do CESJS - Capacidade de criação de novos produtos e serviços - Automação do acervo e dos processos administrativos - Sistema de comunicação com os usuários - Divulgação dos serviços prestados aos usuários - Sistema de Recuperação da Informação (Consegue a informação desejada?)

- Serviço de Disseminação Seletiva da Informação (Recebe informações atualizadas da sua área por parte do Centro de Estudos, mesmo quando não solicitado?)

- Processo de comutação bibliográfica (Solicitação de artigos científicos a outras Instituições)

g) Sistema de informação gerencial 0 1 2 3 4 - Avaliação periódica do desempenho da biblioteca - Estatísticas de reclamações sobre empréstimo, acervo e atendimento

- Estatísticas de satisfação dos associados - Estatísticas de empréstimos e consultas - Estatísticas de compras, doações e permutas h) Intercâmbios sociais e científicos 0 1 2 3 4 - Centros de estudos - Universidades - Escolas - Hospitais nacionais - Hospitais estrangeiros - Outras entidades científicas 3 – Registre aqui sugestões e críticas adicionais sobre o Centro de Estudos e sua Biblioteca: .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

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APÊNDICE B – Questionário aplicado aos Usuários do CESJS

Centro de Estudos Dr. Sidnei Jorge Sandin Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes

Instrumento de análise de ambiente interno 1 – Perfil do usuário

a) Em que grupo você se situa?

( ) Médicos ( ) Médicos Residentes ( ) Fisioterapeutas

( ) Enfermeiros ( ) Técnicos em Enfermagem ( ) Nutricionistas ( ) Outros _______________

b) Com que freqüência você usa a biblioteca do Centro de Estudos?

( ) Todos os dias ( ) Mais de uma vez por semana ( ) Uma vez por semana

( ) Uma vez por mês ( ) Eventualmente

c) Em que período você mais freqüenta a biblioteca do Centro de Estudos?

( ) Matutino ( ) Vespertino

2 – Avalie o Centro de Estudos de acordo com a sua opinião, segundo a escala: � 0 ponto – Grande Fraqueza � 1 ponto – Fraqueza � 2 pontos – Característica Neutra � 3 pontos – Força � 4 pontos – Grande Força

a) Capacidade de atendimento 0 1 2 3 4 - Presteza de atendimento - Rapidez na recuperação da informação b) Satisfação do usuário 0 1 2 3 4 - Empréstimo domiciliar (quanto ao prazo) - Sistema de Recuperação da Informação (Consegue a informação desejada?)

- Serviço de Disseminação Seletiva da Informação (Recebe informações atualizadas da sua área por parte do Centro de Estudos, mesmo quando não solicitado?)

- Processo de comutação bibliográfica (Solicitação de artigos científicos a outras Instituições)

- Informatização (quanto ao equipamento existente) - Atualização do acervo - Atendimento c) Clima organizacional 0 1 2 3 4 - Dedicação da diretoria - Dedicação dos colaboradores (funcionários) - Imagem do CESJS na instituição

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73

d) Capacidade de gestão das lideranças 0 1 2 3 4 - Missão institucional claramente definida - Avaliação periódica do desempenho da biblioteca - Atualização da coleção de periódicos - Atualização tecnológica dos equipamentos - Adequação do ambiente físico do CESJS - Capacidade de criação de novos produtos e serviços - Automação do acervo e dos processos administrativos - Sistema de comunicação com os usuários 3 – Registre aqui sugestões e críticas adicionais sobre o Centro de Estudos e sua Biblioteca: ........................................................................................................................................

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