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PLANEJAMENTO 24 de fevereiro de 2015

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PLANEJAMENTO

24 de fevereiro de 2015

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Para um barcoque não sabea que porto quer chegarnenhum vento poderá ser favorável.

Sêneca

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O que é planejar/ planejamento?

Por que planejamos?

Vídeo: Ormie, the pig

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Vídeo: “Preciso de um companheiro”

Organizar a ação;

Tomar consciência da ação “tomar o sonho nas mãos”;

Antecipar possibilidades e/ou dificuldades;

Prever recursos materiais e humanos;

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Que Educação Infantil se deseja realizar?

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(…) “As crianças cumprem obedientemente um roteiro de atividades previstas: brincadeiras,

aulas de música, de arte, de dança, contação de histórias, jogos, hora da merenda, do sono, da higiene, do pátio, sem possibilidade de fugir ao roteiro e de demonstrar o que gostariam de

estar fazendo de diferente em todos esses momentos.” (...)

Jussara HoffmannMaria Beatriz Gomes da Silva

Planejamento, práticas e projetos pedagógicos na Educação Infantil

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Planejar significa fazer listas intermináveis de “atividades”?

Que tipo de sujeito “criança” está na concepção dos professores/ educadores que atuam desta

forma?

Em que medida o planejamento está sendo colocado como um instrumento de contenção

das crianças?

O que leva o professor/ educador a agir desta maneira?

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1. O planejamento materializa as concepções educativas do

profissional/ instituição

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(…) “Um planejamento, insisto, é muito mais um desenho sinuoso que permite ir e vir, dar voltas, ziguezaguear do que uma prescrição

linear. Principalmente porque só se concretiza num tempo e espaço mediado pelas crianças e

suas culturas.

Marita Martins Redin

Planejamento, práticas e projetos pedagógicos na Educação Infantil

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(…) Fazem parte desse processo a produção de significados e a relação entre o objetivo e o subjetivo,

entre o mundo e os sujeitos. A cultura é, portanto, a revelação dos espaços e formas que lidam com

elementos simbólicos próprios do processo criativo: a imaginação, o lúdico, a projeção, a fantasia, o

mistério, o cômico, a poesia... Dessa forma, existe uma dimensão estética como resultado do sujeito no e

com o mundo, num permanente processo de construção e de desconstrução, de projetar e realizar,

de planejar e ver os resultados.

processo: constituição do sujeito pela/ na cultura

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“As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do

planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade

pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia deseja, aprende, observa, experimenta, narra,

questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.”

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – art. 4º

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AVALIAÇÃO

PLANEJAMENTO REALIZAÇÃO OBSERVAÇÃO

INTERVENÇÃOREGISTROREFLEXÃO

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PLANEJAR É fazer escolhas; recortar a realidade e, num momento

histórico, propor ações; direção para o trabalho, a partir de análises

e sínteses; “intenção submetida a uma direção”; conciliar as propostas do professor e as

necessidades e propostas das crianças.

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2. As instituições educativas de EI da RME e creches parceiras

devem vivenciar o planejamento como um processo reflexivo e

dialogado entre os profissionais, as crianças e as experiências

educativas.

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O que se planeja?

Vídeo turma de 1 ano

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CONTEXTOS EDUCATIVOS

CAMPO INTERATIVO

vídeo: organização do espaço e do tempo

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3. O planejamento precisa prever e propor possibilidades sem se

limitar a elas.

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PLANEJAMENTO

Do professor para as crianças

Das crianças para o professor

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PARTE CHEIA: Diretrizes Curriculares Nacionais

- experiências que promovam o conhecimento de si e do outro, por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que permitam a expressão da individualidade;

- favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens;

- possibilitem experiências narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e o convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos;

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PARTE CHEIA: Diretrizes Curriculares Nacionais

- recriem, em contextos significativos para as crianças, as relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaçotemporais;

- ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;

- possibilitem situações de aprendizagens mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;

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PARTE CHEIA: Diretrizes Curriculares Nacionais- possibilitem vivências éticas e estéticas com

outras crianças e grupos culturais que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e reconhecimento da diversidade;

- incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza;

- promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;

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PARTE CHEIA: Diretrizes Curriculares Nacionais

- promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais;

- propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras;

- possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos;

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PARTE CHEIA: Proposições Curriculares do Município

Intencionalidades educativas do município:

A construção da autonomia do(a) estudante; A construção de conhecimentos que favoreçam a participação na vida social e interação ativa com o meio físico e social; O tratamento da informação e expressão por meio das múltiplas linguagens e tecnologias.

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Proposições Curriculares para a Educação InfantilEixos:

Interações Brincar Cultura-sociedade-natureza

Linguagens: Linguagem Corporal Linguagem Musical Linguagem Oral Linguagem Plástica-visual Linguagem Digital Linguagem Matemática Linguagem Escrita

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Foco na criança

Desenvolvimento de habilidades

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PARTE VAZIA:

Identificação das habilidades já desenvolvidas por cada uma das crianças; Individualização das habilidades (ampliação); Necessidades, interesses e propostas das crianças; Saberes e conhecimentos de cada uma das crianças;

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4. O planejamento deve garantir um equilíbrio entre as propostas

do professor/ educador e as propostas das crianças.

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EI Nacional

EI Municipal

PPP Instituição

Turma

Criança

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Amplitude do planejamento

Educação Infantil

Ciclo

Ano

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Habilidades de acordo com a amplitude

Habilidade

Possíveis manifestações a serem observadas

Longo prazo Médio prazo Curto prazo

Atuar com progressiva autonomia emocional

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5. Os professores/ educadores precisam conhecer os

documentos oficiais (leis, resoluções, PPP da instituição)

para organizarem seus planejamentos.

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Rotinas Atividades permanentes; Atividades sequenciais; Projetos; Tipos, quantidade e características dos

espaços de cada instituição; Horários de chegada e saída; Características do grupo de crianças.

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Atividades permanentes

Acolhida; Organização da rotina; Rodas de conversa e argumentação; Rodas de dança e de música; Rodas de história; Atividades de livre escolha pelas crianças; Momentos de higiene, alimentação e repouso; Faz de conta; Atividades em espaços abertos;

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Atividades sequenciais

Sequências didáticas; Campeonatos; Registros sobre o crescimento de uma

horta; Outras.

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Projetos

De acordo com os interesses das crianças, as propostas dos professores, as discussões em turma;

Sempre planejados coletivamente; Monitoramento do projeto pelas crianças; Registros e reflexão coletivos; Produção de material individual e/ou

coletivo.

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Planejamento Previsibilidade e imprevisibilidade;

Continuidade e encadeamento;

Inacabamento;

Participação;

Cumplicidade.

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“Para mim, elaborar um “planejamento bem planejado” no espaço da educação infantil significa

entrar na relação com as crianças (e não com os alunos!), mergulhar na aventura da busca do

desconhecido, construir uma identidade de grupo junto com as crianças. Assim, mais do que conteúdos

da matemática, da língua portuguesa e das ciências, o planejamento na educação infantil é essencialmente linguagem, formas de expressão e leitura de mundo

que nos rodeia e que nos causa espanto e paixão por desvendá-lo, formulando perguntas e convivendo com

a dúvida.”

Luciana Esmeralda Ostetto

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6. O planejamento precisa ser um instrumento de aproximação dos

professores/educadores às crianças.

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Intencionalidade Educativa

(...) “não é a atividade em si que ensina, mas a possibilidade de interagir, de trocar

experiências e partilhar significados é que possibilita às crianças o acesso a novos

conhecimentos”.

Luciana Esmeralda Ostetto

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“É por isso que transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é

amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter

formador.”

Paulo Freire

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7. O planejamento precisa contribuir para nossa eficiência

profissional sem jamais nos fazer perder a nossa humanidade.

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Formação profissional