PREFEITURA DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – CS

EMEF VARGEM GRANDE

TCA - Trabalho Colaborativo de Autoria

Pipa: uma brincadeira perigosa

Orientadores: Prof. Gerson Alves de Oliveira

Prof. André Adolfo Mota Trindade

Orientandos: Felipe Moreira da Paixão - 9ºD

Luandson Tenório Alves - 9ºD

Matheus Santos da Silva - 9ºB

São Paulo

2014

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................... 1

2. PIPA ...................................................................................... 2

2.1. História ........................................................................... 2

2.2. Tipos de pipas ................................................................ 2

2.3. Cerol .............................................................................. 3

3. PROBLEMÁTICA .................................................................. 5

4. CUIDADOS E PRECAUÇÕES ........................................... 6

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................. 8

ANEXOS ............................................................................... 9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................... 13

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1. INTRODUÇÂO

Soltar pipa se trata de uma das brincadeiras mais praticadas por crianças e

adolescentes das periferias. Escolhemos este tema, porque também soltamos pipas e

gostamos muito desta atividade, sendo assim, o propósito deste trabalho, será de

abordar o assunto focando a prática de soltar pipa como uma brincadeira cativante,

mas também apontar os perigos que o mau uso desta atividade pode gerar para a

sociedade. Mau uso este, como utilizar linhas cortantes e soltar em ambientes

inadequados como lajes e próximo a rede elétrica. Iremos aplicar um questionário para

saber dos alunos e funcionários da EMEF Vargem Grande como é a relação que eles

tem com os pipas, se soltam e como soltam. Para complementar o trabalho,

utilizaremos com fonte de pesquisa, sites da internet, livros, revistas, etc.

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2. PIPA

Também chamada de papagaio, pandorga ou raia, a pipa é um brinquedo que

voa baseado na oposição entre a força do vento e a da corda segurada pelo operador.

É estruturada geralmente por varetas de bambu encapadas de papel, que tem a função

de asa, sustentando o brinquedo. Conforme o modelo, pode contar com uma rabiola,

que se trata de um adereço preso na parte inferior para proporcionar estabilidade,

geralmente feitas de fitas plásticas finas ou de papel, amarradas a uma linha. É um dos

brinquedos mais utilizados por crianças, adolescentes e até adultos, sendo que na

maiorias das vezes, não há um local apropriado para a prática desta brincadeira.

2.1. História

As pipas nasceram na China antiga por volta do ano 1200 a. C. sendo utilizadas

como dispositivo de sinalização militar, ou seja, seus movimentos e as cores eram a

princípio, interpretados como mensagens transmitidas à distância entre destacamentos

militares. No século XIII, na Europa, as crianças já brincavam com pipas. Vale a pena

notar também o papel desempenhado pela pipa como aparelho de medição

atmosférica. O político e inventor americano Benjamin Franklin utilizou uma pipa para

investigar e inventar o Pára-raios. Até hoje, a pipa mantém a sua popularidade entre as

crianças de todas as culturas.

2.2. Tipos de pipas

No Brasil, as pipas podem trocar de nome de acordo com a região, sendo

conhecidas por exemplo como cafifa, papagaio, quadrado, piposa ou pandorga na

região sul e, arraia ou pepeta na região norte. Porém, o que define o tipo de pipa é seu

formato e a inserção de adornos como a rabiola. Muito populares nos subúrbios das

cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, são chamadas de pipas propriamente ditas ou

pipa biquinho, aquelas em formato de pentágono, com cabresto triangular (estirante) e

rabiola. As pipas conhecidas como arraias ou surus não possuem rabiola, seu formato

imita um losango e utiliza em sua fabricação duas varetas em forma de cruz, sendo

totalmente encapada. Indiferente do nome e formato, as pipas são muito comuns nas

periferias da regiões brasileiras, sendo muito praticada por pessoas de diversas idades.

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2.3. Cerol

O cerol consiste em uma mistura composta de pó de vidro e cola de madeira,

utilizado na linha da pipa com o objetivo de cortar a linha de outra pipa oponente. Trata-

se de um substância com uso proibido, porém, muito utilizada nas periferias, pois a

maioria dos praticantes da brincadeira não abrem mão deste recurso. É interessante

ressaltar, que o uso de cerol está relacionado a inúmeros acidentes fatais. Para piorar,

foi lançado atualmente no mercado, uma linha composta por quartzo moído e óxido de

alumínio intitulada de linha chilena. Esta vem se popularizando e consiste em um

material muito mais perigoso do que o próprio cerol.

Figura 1: Arraia ou Sururu Figura 2: Pipa biquinho

Figura 3 e 4: Linhas com cerol

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Figura 5: O uso de cerol é uma prática comum entre os pipeiros

Figura 6: Adolescente passando cerol na linha

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3. PROBLEMÁTICA

Soltar ou empinar pipa é uma das brincadeiras mais utilizadas por crianças,

adolescentes e até adultos, porém, na maiorias das vezes, não há um local apropriado

para a prática desta. Assim os pipeiros, como são chamados, acabam brincando em

meio a fios de alta tensão em ruas e avenidas. Muitos destes, molham a linha da pipa

com cerol no intuito de cortar a linha de outros operadores, em um tipo de disputa. Tal

prática acaba provocando acidentes com os próprios pipeiros e com outras pessoas

como, por exemplo, motoqueiros que tem seus pescoços cortados ao serem atingidos

pela linha. Mas não só os estes atores se envolvem em acidentes onde ocorre o uso de

cerol em linhas de pipa, áreas onde existe esta prática e a presença de aeronaves,

pedestres, ciclistas, paraquedistas, entre outros, também são muito comuns os

acidentes.

Figura 7: Motociclista acidentado por linha com cerol

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Figura 8 e 9: Adolescentes soltando pipa em lugares inadequados

4. CUIDADOS E PRECAUÇÕES

Como dito anteriormente, o ato de soltar pipa se trata de uma atividade

extremamente prazerosa, porém, quando praticada em lugares inadequados e fazendo

uso de substâncias cortantes, acaba se tornando algo perigoso, gerando acidentes

muitas vezes até fatais. Devido a isso, os praticantes desta atividade devem seguir

algumas precauções para se isentarem de tais situações. Veja o principais cuidados ao

soltar pipa:

1 – Não soltar pipas perto de fios de telefone, de fios elétricos ou de antenas;

2 - Procurar sempre lugares abertos, como praças, parques e campos de futebol;

3 - Se a pipa agarrar nos fios, não tentar tirá-la;

4 – Não utilizar linha metálica, como fio de cobre de bobinas, e não fazer uso de papel

laminado para fazer a pipa, ele pode causar risco de choque elétrico;

5 - Tomar cuidado onde pisa, especialmente quando andar para trás;

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6- Aos primeiros sinais de tempestade, interromper a brincadeira. Nessas condições, a

pipa funciona como para-raios, conduzindo a energia;

7 - Aprender a soltar pipas sem rabiola, como as do tipo arraia. As pipas agarram quase

sempre por causa dela;

8 - Não usar cerol, pois a linha fica cortante e aumenta o risco de acidentes.

Cuidado com ruas e lugares movimentados.

Atenção com motos e ciclistas pois a linha pode ser perigosa para eles.

Não solte pipas perto de antenas, fios telefônicos

ou elétricos.

Procure lugares abertos tipo praças, parques, campos de

futebol, etc.

Não empine pipas em lajes e telhados.

Uma queda pode ser fatal.

Não use linha cortante

(cerol).

É facílimo cortar as pessoas com ela, inclusive você

mesmo.

Olhe bem onde pisa.

Especialmente se andar para trás. Você pode se

acidentar.

Cuidado com os temporais.

Não soltar pipas em dias de chuva ou relâmpagos.

Se a pipa enroscar nos fios, não tente tirá-la.

É melhor perder a pipa do que a vida.

Atenção com motos e

carros.

Você pode ser atropelado se não prestar atenção na rua.

Figura 10: Dicas de segurança

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através dessa pesquisa, conseguimos entender que várias pessoas soltam pipa,

mas não tem um lugar certo para a prática da brincadeira. Muitos realizam essa

atividade na laje, perto de avenidas e próximo de instalações elétricas, sendo que se

tivessem uma área adequada (terreno plano sem habitação) daria para todas as

pessoas se divertirem com segurança. As pessoas soltam pipa com cerol porque

acham divertido cortar os outros pipas, já que segundo o relatos dos entrevistados a

graça da brincadeira está nisso. O certo era procurar um lugar adequado para todos

soltarem pipa sem causar nenhum problema para si e para as outras pessoas que

estão em volta, mas falta a prefeitura investir em mais espaços apropriados. Além

disso, a falta de orientação por parte da família também conta muito e, isso associado

ao fato das crianças e adolescentes serem imprudentes, muitas vezes até por

ingenuidade, contribui muito para pratica inadequada da brincadeira. Gostamos muito

de fazer este trabalho, porque ele está direcionado a conscientização das pessoas,

sendo importante dizer que o ato de soltar pipa tem que existir sim, já que é uma

brincadeira prazerosa, barata e de fácil acesso para os jovens que não possuem muitos

recursos. Mas lembrando que de uma brincadeira muito divertida que traz felicidade, se

manipulada de forma errada pode inverter a situação e promover muita tristeza.

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ANEXOS

1 - Modelo de questionário utilizado na pesquisa

EMEF Vargem Grande

Questionário para obtenção de dados estatísticos

TCA - Pipa

1 - Nome

2 - Idade

3 - Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )

4 - Você solta pipa? Sim ( ) Não ( )

5 - Onde você solta pipa?

Rua ( ) Laje ( ) Terrenos baldios ( ) Campos ( ) Parques ( ) Clube ( )

6 - Faz uso de cerol? Sim ( ) Não ( )

7 - Com que frequência faz uso de cerol? De vez em quando ( ) Sempre ( )

8 - Porque você solta pipa?

9 - Você tem consciência dos problemas que a prática inadequada desta atividade pode gerar?

Explique.

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2 - Faixa etária dos indivíduos entrevistados

3 - Sexo dos indivíduos entrevistados

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4 - Quantidade de indivíduos que soltam pipa

5 - Locais escolhidos para a prática da brincadeira

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6 - Utilização de cerol na linha

7 - Frequência no uso de cerol

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CDI NEWS. Cerol pode ser proibido no Brasil. http://cdinews.com.br/ cotidiano/ cerol-

pode-ser-proibido-no-brasil/. Acesso em : 13/08/2014.

CLAFS BRASIL. Pipas prontas de vários modelos e cores. http://www.clasf.com.br

/q/pipas-prontas-de-vrios-modelos-e-cores/. Acesso em: 22/09/2014.

COATSCRAFT. Dicas de segurança. http://www.coatscrafts.com.br / PRODUTOS/

COSTURA/Linha+Para+Pipa/Dicas+de+Seguran%C3%A7a/. Acesso em: 11/08/2014.

DSCONTO. Modelos de pipa: conheça os tipos e estilos mais atuais do mundo.

http://www.dsconto.com/galeria/modelos-de-pipa-conheca-os-tipos-e-estilos-mais-

atuais-do-mundo-5/. Acesso em: 18/08/2014.

PORTAL AMAZÔNIA. Com verão amazônico pipas voltam as ruas e aumentam

riscos de acidentes. http://www.portalamazonia.com.br/editoria/atualidades/com-

verao-amazonico-pipas-voltam-as-ruas-e-aumentam-riscos-de-acidentes/. Acesso em:

23/08/2014.

SBN NOTÍCIAS. Pipa com cerol é apreendida no 31 de Março.

http://www.sbnoticias.com.br/noticias/104022/pipa-com-cerol-e-apreendida-no-31-de-

marco/. Acesso em: 13/09/2014.

VOCÊ DE OLHO EM TUDO. Cerol Chileno. http://vocedeolhoemtudo.com.br/

entretenimento/curiosidades/cerol-chileno/. Acesso em: 16/08/2014.