pipa megamil - v3

51
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE AMERICANA - IESA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PIPA Programa de Iniciação às Práticas Administrativas IESA AMERICANA - SP 2010

Upload: julio-tablas

Post on 30-Jun-2015

10.237 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

TC 6º Semestre de ADM

TRANSCRIPT

Page 1: PIPA MEGAMIL - V3

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE AMERICANA - IESA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

PIPA

Programa de Iniciação às Práticas Administrativas

IESA

AMERICANA - SP

2010

Page 2: PIPA MEGAMIL - V3

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE AMERICANA - IESA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

PIPA

Megamil Vídeos - ME

Alessandro Gomes de Almeida RA: 907780-4

André Lucas da Silva RA: 725093-2

Júlio Tablas RA: 918545-3

Ricardo Kaczora RA: A2338J-7

Rodrigo Henrique Delcol RA: 907784-7

IESA

AMERICANA - SP

2010

Page 3: PIPA MEGAMIL - V3

Sumário

Introdução ............................................................................................................... 1

1. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO ............................................................................. 2

1.1 Dados da Empresa ........................................................................................... 2

1.1.1 Histórico da Empresa ..................................................................................... 2

1.1.2 Missão, Visão e Valores ................................................................................. 3

1.2 Principais equipamentos, principais produtos e processos ............................... 3

1.2.1 Equipamentos ................................................................................................ 3

1.2.2 Produtos e Processos .................................................................................... 4

1.2.3 Composição da força de trabalho .................................................................. 5

1.3 Organograma .................................................................................................... 5

1.4 Principais mercados .......................................................................................... 6

1.5 Principais fornecedores ..................................................................................... 6

1.6 Principais concorrentes da organização ........................................................... 6

1.7 Ambiente competitivo ........................................................................................ 7

1.8 Desafios estratégicos ........................................................................................ 8

1.9 Avaliação dos processos................................................................................... 9

2. GOVERNANÇA CORPORATIVA ........................................................................ 9

2.1 Definição de Governança Corporativa .............................................................. 9

2.2 Natureza Jurídica, Formas e Tipos de Controle .............................................. 12

2.2.1 Natureza Jurídica, formas e tipos de controle .............................................. 12

2.2.2 Natureza jurídica, formas e tipos de controle da organização ...................... 13

2.3 Conselho de Administração ............................................................................ 14

2.3.1 Conselho de Administração na organização ................................................ 14

2.4 Gestão............................................................................................................. 15

2.4.1 Atribuições do Diretor-Presidente ................................................................ 15

2.4.1.1 Atribuições do Diretor na Organização em estudo .................................... 16

2.5 Auditoria Independente ................................................................................... 16

2.5.1 Auditoria Independente ................................................................................ 16

2.5.2 Auditoria Independente na organização ....................................................... 18

2.6 Conselho Fiscal ............................................................................................... 18

2.6.1 Conselho Fiscal ............................................................................................ 18

2.6.2 Conselho Fiscal da organização .................................................................. 19

2.7 Código de Conduta ......................................................................................... 19

Page 4: PIPA MEGAMIL - V3

2.7.1 Código de Conduta ...................................................................................... 19

2.7.2 Código de Conduta da organização ............................................................. 20

2.8 Conflito de interesses ...................................................................................... 21

2.8.1 Conflito de interesses ................................................................................... 21

2.8.2 Conflito de interesses na organização ......................................................... 21

3. RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES .................................. 21

3.1 Responsabilidade Social nas organizações .................................................... 21

3.2 Responsabilidade Social na organização em estudo ...................................... 23

4. PROJETOS ....................................................................................................... 23

4.1 Características de um projeto ......................................................................... 23

4.1.1 Temporário ................................................................................................... 24

4.1.2 Produtos, serviços ou resultados exclusivos ................................................ 24

4.1.3 Elaboração progressiva ................................................................................ 25

4.2 Necessidade e benefícios de projetos nas organizações ............................... 25

4.3 Fatores Críticos ............................................................................................... 26

4.3.1 Missão do Projeto ........................................................................................ 26

4.3.2 Plano e Cronograma do Projeto ................................................................... 27

4.3.3 Envolvimento do Cliente ............................................................................... 27

4.3.4 Pessoal ........................................................................................................ 27

4.3.5 Aceite do Cliente .......................................................................................... 28

4.3.6 Acompanhamento e Feedback .................................................................... 28

4.3.7 Solução de Problemas ................................................................................. 28

4.4 Ciclo de Vida ................................................................................................... 29

4.4.1 Características do ciclo de vida do projeto ................................................... 29

4.5 Estrutura organizacional para projetos ............................................................ 31

5. PROJETO ......................................................................................................... 34

5.1 Documento de Requisitos do Projeto .............................................................. 34

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 38

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 39

APÊNDICE A: CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PREVISTAS ........................... 41

APÊNDICE B: REGISTRO DE ATIVIDADES REALIZADAS ................................ 43

APÊNDICE C: FOTOS DA VISITA TÉCNICA ...................................................... 44

FICHA DE COMPOSIÇÃO DA EQUIPE ............................................................ 45

FICHA DE AVALIAÇÃO ........................................................................................ 46

Page 5: PIPA MEGAMIL - V3

Índice de Figuras

Figura 1. Ciclo de atendimento ............................................................................... 4

Figura 2. Organograma da empresa ....................................................................... 5

Figura 3. Evolução da Governança Corporativa no Brasil .................................... 11

Figura 4. Nível de custos e pessoal do projeto ao longo do seu ciclo de vida ...... 30

Figura 5. Influência das partes interessadas ao longo do tempo .......................... 30

Figura 6. Influências da estrutura organizacional nos projetos ............................. 31

Figura 7. Organização funcional ........................................................................... 32

Figura 8. Organização por projeto ......................................................................... 32

Figura 9. Organização matricial ............................................................................ 33

Page 6: PIPA MEGAMIL - V3

1

Introdução

Com a evolução das organizações, as transformações do mercado atuante

estão cada vez mais intensas, contudo mesmo diante de um cenário de forte

competição, é verídico e relevante o papel da informação como principal insumo

das organizações, constituindo-se em fator chave para o sucesso de qualquer

organização.

Este trabalho visa demonstrar que esta evolução das organizações e a

informação estão totalmente ligadas aos termos abordados a seguir.

No capítulo 1 abordamos a organização em estudo apresentando seu

perfil, porte, posicionamento no mercado, principais concorrentes e desafios

estratégicos.

Os capítulos seguintes tratam de dois temas amplamente discutidos

atualmente, a Governança Corporativa e a Responsabilidade Social. Detalhamos

o posicionamento da organização dentro deste contexto e apresentamos algumas

sugestões de melhoria.

O capitulo 4 falamos sobre a estrutura e características de um projeto,

apresentando a necessidade e benefícios de projetos nas organizações.

Fechamos o trabalho com o capítulo 5, onde citamos a possível

implantação de um Projeto Social elaborado pelo grupo, cujo foco é inclusão

profissional de pessoas com deficiência.

Enfim, todos os temas estudados nos levaram a entender melhor os

conceitos aprendidos em sala e a aplicabilidade destes conceitos em uma

organização real.

Page 7: PIPA MEGAMIL - V3

2

1. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO

1.1 Dados da Empresa

Empresa: Luisa Yasnici Meneghel - ME

Nome fantasia: Megamil Vídeos

Endereço: Av. Brasil, 1670 – Vila Frezzarin

Cidade: Americana – SP

CNPJ - 08.503.943/0001-49

Inscrição Estadual: 165.346.472.117

Telefone: 19 3408-2008

Web Site: http://www.megamil.com.br/

E-mail: [email protected]

1.1.1 Histórico da Empresa

A Megamil Vídeos ME, unidade de Americana – SP foi fundada em 22 de

dezembro de 2006, com sede própria localizada à Av. Brasil, bairro Frezzarin. É

uma franquia do Grupo Videoteca, uma das maiores e mais sólidas redes de

vídeo locadoras do país.

É uma empresa de médio porte, do ramo de lazer / entretenimento e

oferece ao público os serviços de locação e venda de filmes em DVD e Blue-Ray,

produtos de alimentação, conveniência e serviços de reprografia. A empresa

conta com mais de 4.000 títulos em DVD / Blue-Ray e é considerada uma das

maiores vídeo locadoras da região.

Com estrutura ampla e moderna, a Megamil Vídeo de Americana se

sobressai entre as concorrentes do ramo, e foca suas ações no atendimento

personalizado e de qualidade, procurando sempre identificar as necessidades de

cada cliente e oferecer soluções com flexibilidade e personalidade.

Page 8: PIPA MEGAMIL - V3

3

A marca MEGAMIL VÍDEO nasceu em 1995, em Campinas / SP. Em 10

anos, virou uma franquia e expandiu seus negócios para novos territórios,

fazendo-se presente nos estados de Mato Grosso do Sul, São Luís, Piauí, São

Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em junho de 2009, a marca foi

comprada pelo Grupo Videoteca. O novo grupo, no entanto, manteve o caráter de

loja franqueada, bem como suas características iniciais de comércio e gestão.

Atualmente a rede conta com 19 lojas distribuídas em 6 estados.

1.1.2 Missão, Visão e Valores

A Megamil Vídeos de Americana tem formalizado os princípios de missão,

visão e valores, sendo:

Missão: Proporcionar a comunidade entretenimento e atendimento com

alto padrão de qualidade, garantindo lucratividade à empresa e à

franqueadora, além de manter uma relação ética e profissional com seus

colaboradores e demais parceiros de empresa.

Visão: Ser a melhor opção de negócio no segmento de vídeo locadoras

através de um atendimento especial e único.

Valores: Ética nos negócios e no tratamento aos profissionais, inovação,

transparência e busca pela melhoria contínua.

1.2 Principais equipamentos, principais produtos e processos

1.2.1 Equipamentos

A empresa é equipada com 3 televisores, um aparelho de DVD e um de

Blue-Ray, onde são exibidos filmes durante o expediente. Outro equipamento

Page 9: PIPA MEGAMIL - V3

4

para auxiliar no atendimento dos clientes é o vídeo-trailer, um terminal onde os

clientes podem assistir o trailer de diversos lançamentos.

Para o serviço de reprografia, conta com uma máquina copiadora,

computadores e uma impressora multifuncional (scanner, copiadora e

impressora). Como conveniência, possui um freezer de sorvetes e uma geladeira

para refrigerantes e bebidas.

1.2.2 Produtos e Processos

O principal produto oferecido pela empresa são os filmes em DVD e em

Blue Ray. São mais de 4.000 títulos entre lançamentos, clássicos, shows, vídeos

didáticos e documentários.

Para maior comodidade dos clientes e como oportunidade de negócio, a empresa

vende produtos de alimentação (doces, salgadinhos, pipoca, sorvetes e bebidas),

brinquedos e presentes. Também aluga jogos de vídeo game e presta serviços de

reprografia (fotocópia).

O principal processo da empresa, no qual ela foca maior atenção, é o

atendimento ao cliente.

Figura 1. Ciclo de atendimento Fonte: do Autor

Page 10: PIPA MEGAMIL - V3

5

1.2.3 Composição da força de trabalho

A estrutura profissional da Megamil é enxuta e funcional. A força de

trabalho é composta pelas Gerências (geral e financeira), ocupadas pelos

proprietários e por uma equipe de vendas, cujo perfil é jovem, entre 20 e 25 anos,

ambos os sexos. A empresa realiza constantes treinamentos para manter o alto

nível no atendimento aos clientes e busca constantemente a excelência neste

quesito.

1.3 Organograma

A estrutura organizacional da empresa apresenta na Gerência Geral o

Proprietário da organização Sr. Ricardo Batista, responsável pela administração,

planejamento, estratégias e promoções. Abaixo, a gerência Financeira, ocupada

pela Sra. Graciela Meneghel, que responde pelos processos financeiros, compras

e pagamentos. Mais abaixo a Supervisora de Atendimento, Carolina Santos, que

cuida do controle operacional, treinamento e lidera a equipe de vendas, composta

por Caio, Mateus e Ana Paula, conforme esquematizado. Por último o

responsável pela entrega dos filmes, normalmente, profissional terceirizado.

Figura 2. Organograma da empresa Fonte: do Autor.

Page 11: PIPA MEGAMIL - V3

6

1.4 Principais mercados

O mercado de vídeo locadoras tange além dos amantes do cinema, o

público que busca entretenimento e lazer a um preço acessível.

O público alvo é qualquer pessoa que possua um aparelho de DVD / Blue-

Ray. O cliente de vídeo locadora, em geral, gosta de ter a liberdade de assistir ao

filme de sua escolha no horário mais apropriado ao seu ritmo de vida, sem ficar

sujeito às programações impostas pela TV.

Dentro deste ramo de atuação, existe o segmento de DVD’s (Digital Video

Disc, tecnologia mais comum), Blue-Ray (disco de alta definição, substituto do

DVD) e a quase extinta VHS (antiga fita de vídeo). Algumas vídeo locadoras

também alugam CD’s de música e jogos de vídeo game.

A Megamil é especializada no segmento de DVD’s, Blue-Ray, jogos de

videogame e também dispõe de produtos de alimentação e conveniência.

1.5 Principais fornecedores

Os principais fornecedores da Megamil Vídeos de Americana estão

divididos entre os segmentos de filmes, alimentação e conveniência sendo eles:

Distribuidora W-mix (filmes); Disduc, Parsel, Ferrero, Dama e Adams (doces);

Yoki, Elma Chips (pipoca e salgadinhos); Kibon (sorvetes); Femsa (refrigerantes e

bebidas) e BBR (Brinquedos).

1.6 Principais concorrentes da organização

Dentro do segmento de vídeo locadora, a Megamil Vídeos tem em

Americana dois grandes concorrentes: a 100% Vídeo e a Shopping Vídeos.

Page 12: PIPA MEGAMIL - V3

7

Existem também pequenas lojas de bairro, que atendem o público local e não

chegam a ser concorrentes diretos.

Com uma loja em Americana, a rede 100% Vídeo, divide com a rede

Videoteca e rede Blockbuster o status de maiores redes de vídeo locadoras do

país. No contexto geral, é o maior concorrente da rede Videoteca/Megamil. Tem

um público cativo, porém é considerada a mais cara da cidade, embora tenha

reajustado os preços de suas locações após a chegada da Megamil à Americana.

A Shopping Vídeos é uma loja local que está estabelecida há mais de 20

anos na cidade. Tem grande tradição e é considerada uma das pioneiras do ramo

de vídeo locadoras em Americana. Tanto tempo no mercado lhe rendeu um

público fiel, no entanto, a loja precisou passar por grandes mudanças para

continuar na ativa. Agora além de vídeo locadora, a Shopping Vídeos é

lanchonete, lan-house e balcão de anúncios de um jornal da cidade.

1.7 Ambiente competitivo

As três lojas são bastante semelhantes no tocante a produtos e serviços. A

Megamil, no entanto, possui um diferencial competitivo em relação às

concorrentes: sua localização. Enquanto a 100% vídeos e Shopping Vídeos

dividem o mesmo território e clientes (ficam praticamente lado a lado) no centro

da cidade, a Megamil está estabelecida na Av. Brasil, um dos cartões postais de

Americana, rodeada por restaurantes, academias e estabelecimentos comerciais

de grande movimento.

Localizada em um bairro de classe média alta, a Megamil absorve os

clientes da classe A / B e também a população mais distante do centro da cidade.

Além do ponto comercial, fatores como a variedade de títulos para locação,

as promoções diárias e o atendimento diferenciado ajudaram a consolidar a

empresa no cenário competitivo atual.

Page 13: PIPA MEGAMIL - V3

8

1.8 Desafios estratégicos

Um grande problema para o setor tem sido a pirataria e o download ilegal

de filmes na internet. Muitas vezes, filmes que ainda não saíram das salas de

cinema já estão disponíveis para downloads.

A pirataria também é um fator preocupante. Muitas pessoas optam pela

aquisição de um produto pirata, que na maioria das vezes tem o preço menor que

o da locação.

Embora seja uma concorrência desleal, a empresa foca suas ações no

bom atendimento e na qualidade dos produtos para não perder a queda de braço

contra a pirataria. Um produto pirata, na maioria das vezes, é de baixa qualidade,

gravado em uma mídia barata que pode danificar o aparelho de DVD. Isso sem

contar sua procedência: o mercado ilegal.

Entretanto, quando um cliente decide alugar ou adquirir um produto na

Megamil, ele tem certeza da boa procedência do produto, do atendimento

diferenciado, da variedade de títulos, das diversas promoções, do ambiente

familiar, enfim, do pacote de valor agregado ao produto.

Mesmo assim, existem clientes que levam em consideração apenas o fator

custo. Para atrair estes clientes e também para se destacar em relação à

concorrência, empresa desenvolveu uma série de promoções. São promoções

diárias, sendo:

DOSE DUPLA: de domingo a terça-feira, leve 2 ou mais super

lançamentos e devolva em 2 dias (um dia de bônus);

PONTO EXTRA: toda quarta-feira, alugue qualquer filme e ganhe 30

pontos;

TÁ BARATO: toda quinta-feira qualquer locação é metade do preço;

SEXTA CHEIA: alugue 3 filmes, devolva na terça-feira e ganhe mais

1 locação de brinde;

SÁBADO SEM STRESS: Alugue 3 super lançamentos e devolva na

segunda-feira;

VIDEO TICKET: Pacote de locação pré-pago, com melhores preços

e maiores prazos para devolução;

PONTO EXTRA II: Utilize a sacola retornável e ganhe 10 pontos;

Page 14: PIPA MEGAMIL - V3

9

100 PONTOS: devolva super lançamentos no dia seguinte e

acumule pontos para trocar por outra locação.

Outro desafio constante para qualquer empresa, em qualquer ramo de

atividade, é a redução de custos. Mesmo sendo concorrentes, as redes

Videoteca/Megamil e 100% Vídeos fizeram um acordo para compra conjunta de

filmes. Com essa manobra, as redes compram os filmes em maior quantidade e,

consequentemente, conseguem maiores descontos e prazos mais flexíveis.

A empresa também firmou convênios com colégios, escolas de idiomas,

faculdades, empresas e associações de classe a fim de conceder vantagens e

descontos para os conveniados, tendo como contrapartida, a divulgação da loja.

1.9 Avaliação dos processos

A avaliação de desempenho é realizada diariamente, na constante busca

pela melhoria continua. Quando identificado um ponto critico, é estudado pela

Gerencia geral e pela Supervisão de atendimento qual ação (adequação,

treinamento) deve ser tomada. Em paralelo, a Franqueadora realiza auditorias

periódicas nas franqueadas para avaliar o desempenho e realizar ações

direcionadas no sentido de melhoria dos processos.

2. GOVERNANÇA CORPORATIVA

2.1 Definição de Governança Corporativa

Segundo a definição da Comissão de Valores Mobiliários, Governança

Corporativa ―é o conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o

desempenho de uma companhia ao proteger todas as partes interessadas, tais

Page 15: PIPA MEGAMIL - V3

10

como investidores, empregados e credores, facilitando o acesso ao capital‖

(RECOMENDAÇÕES, 2002, p. 1).

Em uma visão mais ampla, trata ―das maneiras pelas quais os

fornecedores de recursos às corporações se asseguram que irão obter retorno de

seus investimentos‖ (SHLEIFER e VISHNY, 1997, p. 737).

A Governança Corporativa teve seu início há aproximadamente 50 anos e

vem passando por uma constante evolução. As questões que impulsionam os

estudos sobre governança corporativa são a separação entre propriedade e

controle, inerente às grandes empresas contemporâneas, e os problemas

gerados por essa separação. Foi a partir dos anos 90 que o conceito de

Governança Corporativa foi amplamente difundido e atingiu sua plena maturidade.

Segundo CARVALHAL DA SILVA (2005, p. 15) a governança corporativa é

um conceito conhecido há mais de 50 anos, porém esta denominação se tornou

popular após os anos 90.

Podemos começar pela década de 50 como o ponto de partida, uma era de

Conselhos sem atuação e de presença forte do acionista sócio/controlador.

O Código de Governança Corporativa elaborado por Sir. Adrian Cadbury,

em 1992, o Cadbury Report, define-a como ―o sistema pelo qual as companhias

são dirigidas e controladas‖. Em 1999, o IBGC - Instituto Brasileiro de Governança

Corporativa, órgão que está à frente de todo o trabalho de Governança no Brasil e

aplica as melhores formas e entendimentos nos códigos de administração das

organizações, oficializou o seguinte conceito diante das variantes de definições:

Governança Corporativa é o sistema que assegura aos sócios

proprietários o governo estratégico da empresa e a efetiva monitoração

da diretoria executiva. A relação entre propriedade e gestão se dá

através do conselho de administração, a auditoria independente e o

conselho fiscal, instrumentos fundamentais para o exercício do controle.

A boa Governança assegura aos sócios equidade, transparência,

responsabilidade pelos resultados (accountability) e obediência às leis do

país (compliance). (Código das Melhores Práticas de Governança

Corporativa do IBGC, 2004, p.19).

Para Lodi (2000, p. 136), a governança corporativa ―é o nome dado ao

sistema de gestão das relações entre os acionistas, majoritários e minoritários, o

Conselho de Administração, os auditores externos independentes e a diretoria da

empresa‖.

Page 16: PIPA MEGAMIL - V3

11

Sobre a origem da expressão Governança Corporativa, ANDRADE &

ROSSETTI explicam:

A expressão foi utilizada pela primeira vez em 1991 e no ano seguinte foi

definido o primeiro Código de Melhores Práticas da Governança

Corporativa, porém só em 1995 foi editado o primeiro livro com a

designação ―Corporate Governance‖ de autoria de R. Monks e N. Minow

(ANDRADE & ROSSETTI, 2004, p. 76).

Abaixo, temos os principais eventos deste tema a nível Brasil para melhor

entendimento desta evolução:

Figura 3. Evolução da Governança Corporativa no Brasil Fonte: do Autor.

Apresentadas as definições para a Governança Corporativa, entendemos

que na prática, envolve a gestão responsável da empresa em todos os seus

níveis, a efetividade de seus resultados e a confiança de todos os envolvidos com

a organização, obtida através da Transparência/Disclosure, Equidade/Fairness,

Prestação de Contas/Accountability e Responsabilidade Corporativa/Compliance.

Page 17: PIPA MEGAMIL - V3

12

2.2 Natureza Jurídica, Formas e Tipos de Controle

2.2.1 Natureza Jurídica, formas e tipos de controle

Segundo o código do IBGC (2004, p.16), ―as organizações podem ser

classificadas de acordo com sua natureza jurídica, estruturas de controles e tipos

de controlador‖. Abaixo segue abordagem das categorias e os aspectos mais

importantes de cada uma dessas classificações:

Natureza Jurídica do 3º setor – Organizações sem-fins lucrativos

(associações e fundações) podendo ser:

Cooperativas – Sociedades de pessoas, constituídas para prestar

serviços aos associados, cuja distribuição de resultados esta vinculada as

operações efetuadas pelo sócio com a sociedade e desvinculada da

participação no capital e cujos direitos políticos estão vinculados às

pessoas e desvinculados da participação no capital.

Sociedades Limitadas - Sociedades de pessoas ou de capital com fins

lucrativos, constituídas para fornecer serviços ou mercadorias a terceiros,

cuja distribuição de resultados e direitos políticos estão vinculados à

participação no capital, com reduzida estrutura administrativa, de controles

internos e transparência.

Sociedades Anônimas - Sociedades de capital com fins lucrativos,

constituídas para fornecer serviços ou mercadorias a terceiros, cuja

distribuição de resultado e direitos políticos estão vinculados à participação

no capital, com complexa estrutura administrativa e de controles internos e

ampliada transparência. Permite acesso a recursos através do mercado de

capitais.

Existem três principais formas de controle de uma organização:

Definido – O controle e exercido por um acionista ou grupo de acionistas,

vinculado por acordo de sócios ou sob controle comum, que possui

formalmente mais de 50% das ações ou quotas com direito a voto da

Page 18: PIPA MEGAMIL - V3

13

organização. Nesta hipótese, o controle só pode ser adquirido mediante

alienação pelo controlador original (aquisição derivada).

Difuso – O controle e exercido por acionista ou grupo de acionistas que

não estejam vinculados por acordo de sócios nem sob controle ou

representando interesse comum, detentor de parcela relevante do capital

votante da organização, porem inferior a 50% do capital social. Nesta

hipótese, o controle pode ser adquirido mediante alienação pelo

controlador original (aquisição derivada) ou aquisição em mercado

(aquisição originaria).

Pulverizado ou disperso – A composição acionaria esta dispersa entre

um grande número de acionistas, de tal forma que não exista um acionista

ou grupo de acionistas capaz de exercer o controle de forma permanente.

Neste caso, o controle só pode ser adquirido mediante aquisição em

mercado (aquisição originaria).

Com relação a caracterização do controlador, as organizações podem ser

classificadas entre os seguintes tipos:

Estatal - Controle definido, onde a maioria de capital votante pertence ao

Estado.

Familiar / Multifamiliar - Controle definido ou difuso, onde uma ou mais

famílias detêm o poder de controle.

Não Familiar - Controle definido ou difuso, onde um ou mais indivíduos

ou grupos empresariais detêm o poder de controle.

Estrangeiro - Controle definido ou difuso, onde o sócio controlador e

estrangeiro.

Institucional - Controle definido ou difuso, onde os controladores são

investidores institucionais (fundos de pensão, fundos de investimento, entre

outros).

2.2.2 Natureza jurídica, formas e tipos de controle da organização

A Megamil vídeos uma loja da franquia Videoteca, de sociedade limitada,

médio porte, controle familiar definido, registrada em regime de micro empresa.

Page 19: PIPA MEGAMIL - V3

14

2.3 Conselho de Administração

O Conselho de Administração é um grupo de pessoas - denominados de

conselheiros - que seguem a orientação do(s) proprietário(s), ou seja, que

defendem os seus interesses junto à gestão da organização. O Conselho recebe

poderes dos sócios e presta contas a eles, sendo o protetor do objeto social e do

sistema de governança, que decide os rumos do negócio, conforme o melhor

interesse da organização. O Conselho de Administração é responsável por traçar

as diretrizes estratégicas da organização e zelar pelos seus interesses, valores e

propósitos.

O código do IBGC (2004, p.29) determina que ―o Conselho de

Administração deve sempre decidir em favor do melhor interesse da organização

como um todo, independentemente das partes que indicaram ou elegeram seus

membros‖.

Sobre as atribuições do Conselho de Administração, o código IBGC diz,

Dentre as responsabilidades do Conselho de Administração destacam-se

a discussão, aprovação e monitoramento de decisões, envolvendo a

Estratégia, Estrutura de capital, Apetite e tolerância a risco, Fusões e

aquisições, Contratação e dispensa, avaliação, remuneração do diretor-

presidente e dos demais executivos, a partir da proposta apresentada

pelo diretor-presidente, Escolha e avaliação da auditoria independente,

Processo sucessório dos conselheiros e executivos, Práticas de

Governança Corporativa, Relacionamento com partes interessadas,

Sistema de controles internos (incluindo políticas e limites de alçada),

Política de gestão de pessoas e Código de Conduta. (Código das

Melhores Praticas de Governança Corporativa do IBGC, 2004, p.30)

2.3.1 Conselho de Administração na organização

Por se tratar de uma empresa de pequeno porte, a Megamil Vídeos não

possui um Conselho de Administração formalizado. No entanto, as decisões são

tomadas após reuniões entre o Gerente Geral, Gerente Financeiro e Supervisora

Page 20: PIPA MEGAMIL - V3

15

de atendimento. Embora pertençam a estrutura interna da empresa, esta

composição atua como uma espécie de conselho administrativo.

2.4 Gestão

É entendível que quando se trata de gestão estamos falando sobre todo o

gerenciamento dos aspectos dos processos envolvidos, onde as informações

devem ser equilibradas e de qualidade, a comunicação deve abordar tanto os

aspectos positivos quanto os negativos, de modo a oferecer aos interessados

uma correta compreensão da organização.

A gestão abrange uma série de ações, entre elas reuniões, relatórios

contendo informações sobre as atividades do Conselho e seus comitês, bem

como um detalhamento do modelo de gestão e de governança.

De acordo com o IBGC (2004, pg.55), ―o relatório anual é a mais

abrangente e usual forma de prestação de informações a sociedade, mas não

deve ser usado como limitador da tempestividade e da periodicidade da

comunicação da companhia‖.

2.4.1 Atribuições do Diretor-Presidente

A Função desempenhada pelo diretor-presidente está atrelada a

responsabilidade pela gestão da organização e coordenação da Diretoria, e é

recomendável que o diretor-presidente não seja membro do Conselho de

Administração, mas é interessante que ele participe das reuniões de Conselho

como convidado.

De acordo com o código do IBGC,

Page 21: PIPA MEGAMIL - V3

16

O Conselho de Administração deve estabelecer as metas de

desempenho do diretor-presidente no início do exercício e realizar,

anualmente, uma avaliação formal deste profissional. Cabe ao diretor-

presidente avaliar o desempenho de sua equipe e estabelecer um

programa de desenvolvimento. O resultado da avaliação dos executivos

deve ser comunicado ao Conselho com a proposição de permanência ou

não nos respectivos cargos. De seu lado, o Conselho de Administração

deve analisar e aprovar a recomendação do diretor-presidente, tanto no

que se refere às metas (inicio do exercício) como a avaliação e boa

pratica o diretor-presidente aproximar o Conselho de Administração dos

executivos da organização, para que sejam avaliados os possíveis

candidatos a sucessão. (Código das Melhores Praticas de Governança

Corporativa do IBGC, 2004, p.39)

O código do IBGC (2004, p.39) define que ―o diretor-presidente é o elo

entre o Conselho de Administração e o restante da organização. É vital que essa

comunicação seja clara e continua e que propicie condições para a tomada de

decisões eficazes‖.

2.4.1.1 Atribuições do Diretor na Organização em estudo

O proprietário da organização, que ocupa o cargo de Gerente Geral, é o

responsável pelas decisões a respeito da administração, planejamento

estratégico, divulgação e promoções. É de sua responsabilidade a palavra final no

que tange o direcionamento da organização.

2.5 Auditoria Independente

2.5.1 Auditoria Independente

Segundo definição do site do IBGC, a Auditoria Independente é ―órgão

externo à organização e isento de conflito de interesses, que tem a atribuição

Page 22: PIPA MEGAMIL - V3

17

básica de verificar se as demonstrações financeiras refletem adequadamente a

realidade da organização‖.

É comum e de bom tom que as organizações tenham as suas

demonstrações financeiras auditadas por órgãos externos ou grupo de auditores

independentes.

Sobre as atribuições da auditoria independente, o código do IBGC

estabelece,

Sua atribuição básica é verificar se as demonstrações financeiras

refletem adequadamente a realidade da sociedade. Como parte inerente

ao trabalho dos auditores independentes, inclui-se a revisão e a

avaliação dos controles internos da organização. Esta tarefa deve

resultar num relatório especifico de recomendações sobre melhoria e

aperfeiçoamento dos controles internos. A organização pode também

contratar outros serviços de auditoria externa independente para

informações não financeiras que considere relevantes. (Código das

Melhores Praticas de Governança Corporativa do IBGC, 2004, p.59)

.

Em relação à contratação, remuneração, retenção e destituição da

auditoria independente, o código do IBGC determina,

O Conselho de Administração e/ou o Comitê de Auditoria devem

estabelecer com os auditores independentes o plano de trabalho e o

acordo de honorários. O Comitê de Auditoria deve recomendar ao

Conselho a contratação, remuneração, retenção e substituição do auditor

independente. Nas empresas em que não haja Conselho de

Administração, a Auditoria Independente deve reportar-se aos sócios, de

forma a garantir a sua independência em relação à gestão. (Código das

Melhores Praticas de Governança Corporativa do IBGC, 2004, p.39)

O código do IBGC ainda recomenda,

Os auditores independentes devem reportar ao Comitê de Auditoria e, na

falta deste, diretamente ao Conselho de Administração os seguintes

pontos: discussão das principais políticas contábeis, deficiências

relevantes e falhas significativas nos controles e procedimentos internos,

tratamentos contábeis alternativos, casos de discordâncias com a

Diretoria; avaliação de riscos e analise de possibilidade de fraudes.

(Código das Melhores Praticas de Governança Corporativa do IBGC,

2004, p.39)

Page 23: PIPA MEGAMIL - V3

18

Existem no mercado vários órgãos qualificados para a realização das

auditorias internas. Para contratação deste tipo de serviço, as empresas gestoras

levam em consideração a relevância destes órgãos no mercado, tendo como

parâmetro o tempo de existência no mercado, os principais clientes, a eficácia e

as novas tendências à gestão que estes órgãos oferecem.

2.5.2 Auditoria Independente na organização

A franqueadora realiza auditorias e avaliações periódicas, através de um

corpo de consultores de campo que monitoram regularmente as lojas e atendem a

chamados dos franqueados. O objetivo não é apenas identificar problemas, mas

também maximizar os resultados da loja e mitigar qualquer tipo de prática que

não esteja de acordo com a franquia.

2.6 Conselho Fiscal

2.6.1 Conselho Fiscal

Segundo o código do IBGC (2004, p.62), o ―Conselho Fiscal e parte

integrante do sistema de governança das organizações brasileiras. Conforme o

estatuto pode ser permanente ou não. Sua instalação, no segundo caso, dar-se-á

por meio do pedido de algum sócio ou grupo de sócios‖.

A ideia que o próprio nome Conselho Fiscal transcende, evidencia

claramente qual seu papel na organização: fiscalizar, analisar, controlar,

denunciar fraudes ou irregularidades e sugerir providencias uteis a companhia .

Segundo o site do IBGC, o Conselho Fiscal tem como finalidade

―assegurar aos proprietários que a sociedade atenda aos seus objetivos dentro

dos princípios da ética, equidade e transparência; proteger o patrimônio e a

Page 24: PIPA MEGAMIL - V3

19

rentabilidade dos acionistas; e proporcionar maior segurança aos fornecedores

para tomar decisões de alocação de capital.

Sobre a relação entre Conselho Fiscal, Comitê de Auditoria, auditores

independentes e administração, o código do IBGC enfatiza,

O Conselho Fiscal não substitui o Comitê de Auditoria e este deve

acompanhar o trabalho dos auditores independentes contábeis e outros

e o relacionamento desses profissionais com a Administração. Os

auditores devem comparecer as reuniões do Conselho Fiscal sempre

que isto for solicitado, para prestar informações relacionadas ao seu

trabalho. A Administração não poderá obstruir ou dificultar a

comunicação entre quaisquer membros do Conselho Fiscal e os

auditores independentes, devendo, inclusive, disponibilizar aos membros

do Conselho Fiscal relatórios e recomendações emitidos por auditores

independentes ou outros peritos. (Código das Melhores Praticas de

Governança Corporativa do IBGC, 2004, p.63 e 64).

2.6.2 Conselho Fiscal da organização

A Megamil Vídeos não possui um conselho fiscal. Todas as decisões desta

natureza são tomadas pelos Gerentes Geral e Financeiro, sendo que tais

decisões são reportadas à franqueadora.

2.7 Código de Conduta

2.7.1 Código de Conduta

Dentro do conceito das melhores práticas de Governança Corporativa,

além do respeito às leis do país, toda sociedade deve ter um código de conduta

que comprometa administradores e funcionários, elaborado pela Diretoria de

acordo com os princípios e políticas definidos pelo Conselho de Administração e

por este aprovado. A essência do Código de Conduta visa garantir que os

Page 25: PIPA MEGAMIL - V3

20

membros da organização tenham como base este código antes da tomada de

qualquer intenção ou decisão a fim de garantir a moralidade das informações,

decisões e estratégias para a organização. O código de conduta deve também

definir responsabilidades sociais e ambientais.

À respeito ao Código de Conduta, o código do IBGC determina:

Além do respeito às leis do país, toda organização deve ter um Código

de Conduta que comprometa administradores e funcionários, onde este

documento deve ser elaborado pela Diretoria de acordo com os

princípios e políticas definidos pelo Conselho de Administração e por

estes aprovados. O Código de Conduta deve também definir

responsabilidades sociais e ambientais. (Código das Melhores Praticas

de Governança Corporativa do IBGC, 2004, p.66).

O guia do IBGC (2004, p. 66) ainda afirma que ―o código deve refletir

adequadamente a cultura da empresa e enunciar, com total clareza, os princípios

em que está fundamentado. Deve ainda apresentar caminhos para denuncias ou

resolução de dilemas de ordem ética (canal de denuncias, ombudsman)‖.

Toda esta preocupação na garantia com o código de conduta é de evitar

que a organização não seja foco de espionagem aberta bem como estabelecer

normas, regras e procedimento a fim de dirimir e organizar os assuntos que lhe

dizem respeito na sociedade, mantendo sempre uma melhor forma de agir

perante ou quando do surgimento destes assuntos citados.

2.7.2 Código de Conduta da organização

Embora não exista um Código de Conduta formalizado, os colaboradores

da Megamil vídeo recebem orientações e treinamentos no sentido de

desenvolverem uma conduta ética dentro da rotina de trabalho, tanto no respeito

à hierarquia quanto no relacionamento com os clientes, fornecedores e

franqueador. Como sugestão de melhoria, a empresa poderia concentrar as

informações pertinentes ao assunto e formalizar seu próprio código de conduta.

Page 26: PIPA MEGAMIL - V3

21

2.8 Conflito de interesses

2.8.1 Conflito de interesses

De acordo com o guia do IBGC (2004, p.67), ―há conflito de interesses

quando alguém não é independente em relação à matéria em discussão e pode

influenciar ou tomar decisões motivadas por interesses distintos daqueles da

organização‖.

Em suma, conflito de interesses dentro do contexto de Governança

Corporativa é o impasse entre os interesses pessoais em detrimento aos

interesses da organização. Um conselheiro deve ser leal à organização, e não

atender apenas seus próprios interesses ou daqueles que o elegeram.

2.8.2 Conflito de interesses na organização

Dentro da organização em estudo, os conflitos são tratados pela Gerência

Geral, que avalia o cenário e toma as ações necessárias. Existem também

conflitos entre os interesses da franqueada e franquia. Neste caso, são

identificados os pontos em conflitos e avaliado pelas partes a melhor maneira de

resolvê-los.

3. RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES

3.1 Responsabilidade Social nas organizações

Responsabilidade deriva-se do latim respondere, responder. Segundo o

dicionário Michaellis, responsabilidade é ―a qualidade de responsável‖, que

Page 27: PIPA MEGAMIL - V3

22

―responde por atos próprios ou de outrem‖, que ―deve satisfazer os seus

compromissos ou de outrem‖.

De acordo com Melo Neto e Froes (2001, p.78) ‖a Responsabilidade Social

das Empresas consiste na sua ―decisão de participar mais diretamente das ações

comunitárias na região em que está presente e minorar possíveis danos

ambientais decorrente do tipo de atividade que exerce.‖

Para Ashley,

A responsabilidade social empresarial pode ser definida como,

compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade,

expresso por meio de atos e atitudes que afetem positivamente, de modo

amplo, ou a alguma comunidade, de modo específico, agindo

proativamente e coerentemente no que tange a seu papel específico na

sociedade e na prestação de contas para com ela. (Ashley, 2003, p.56)

De acordo com Silva,

Responsabilidade social empresarial é o comprometimento permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e

da sociedade como um todo. (SILVA, R. D. da, 2001)

O termo Responsabilidade Social implica em uma forma das empresas

conduzirem seus negócios ―de tal maneira que as tornem parceiras e

corresponsáveis pelo desenvolvimento social‖ (Instituto Ethos, 2002).

A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de

ouvir os interesses das diferentes partes envolvidas no negócio (stakeholders):

acionistas, funcionários, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e

meio ambiente, de forma a conseguir incorporá-los no planejamento de suas

atividades, buscando atender às demandas de todos.

Page 28: PIPA MEGAMIL - V3

23

3.2 Responsabilidade Social na organização em estudo

A Megamil Vídeos de Americana conta com um programa de incentivo à

substituição de sacolas plásticas, nocivas ao meio ambiente, por sacolas de pano.

Esta prática foi introduzida na organização por conta da preocupação

ambiental. O plástico demora cerca de 300 anos para se decompor

completamente no meio ambiente e o descarte de sacolas plásticas é grande. Já

as sacolas de pano tem uma vida útil muito maior e podem ser reutilizadas.

A empresa oferece essas sacolas retornáveis através de um programa de

fidelidade. O cliente que aluga certa quantia de filmes recebe a sacola, e cada vez

que a mesma retorna, o cliente ganha pontos que são acumulados e podem ser

convertidos em locações grátis.

É uma medida simples, porém, que contribui efetivamente para o menor

descarte de sacolas plásticas no meio ambiente.

4. PROJETOS

4.1 Características de um projeto

De acordo com o guia PMBOK¹ (pag.5, ano 2004) um projeto é um esforço

temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo.

É um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência

clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um

objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros pré-

definidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade, para criar um

produto, serviço ou resultado exclusivo.

____________________________________________ ¹ PMBOK (Project Management Body of Knowledge), é um conjunto de práticas em gestão de projetos ou gerência de projetos publicado pelo Project Management Institute (PMI) e constitui a base do conhecimento em gerência de projetos.

Page 29: PIPA MEGAMIL - V3

24

4.1.1 Temporário

De acordo com o PMBOK (pag.5, ano 2004), o termo temporário quer dizer

que todos os projetos possuem um início e um final definidos. O final é alcançado

quando os objetivos do projeto tiverem sido atingidos, quando se tornar claro que

os objetivos do projeto não serão ou não poderão ser atingidos ou quando não

existir mais a necessidade do projeto e ele for encerrado.

Temporário não significa necessariamente de curta duração, muitos projetos

duram vários anos. Em todos os casos, no entanto, a duração de um projeto é

finita. Projetos não são esforços contínuos. Além disso, geralmente o termo

temporário não se aplica ao produto, serviço ou resultado criado pelo projeto.

A maioria dos projetos é realizada para criar um resultado duradouro. Os

projetos também podem com frequência ter impactos sociais, econômicos e

ambientais, intencionais ou não, com duração muito mais longa que a dos

próprios projetos.

4.1.2 Produtos, serviços ou resultados exclusivos

De acordo com o PMBOK (pag.5, ano 2004) um projeto cria entregas

exclusivas, que são produtos, serviços ou resultados. Os projetos podem criar:

Um produto ou objeto produzido, quantificável e que pode ser um item

final ou um item componente.

Uma capacidade de realizar um serviço, como funções de negócios que

dão suporte à produção ou à distribuição.

Um resultado, como resultados finais ou documentos. Por exemplo, um

projeto de pesquisa desenvolve um conhecimento que pode ser usado para

determinar se uma tendência está presente ou não ou se um novo processo irá

beneficiar a sociedade.

Page 30: PIPA MEGAMIL - V3

25

4.1.3 Elaboração progressiva

De acordo com o PMBOK (pag.6, ano 2004) a elaboração progressiva é

uma característica de projetos que integra os conceitos de temporário e exclusivo.

Elaboração progressiva significa desenvolver em etapas e continuar por

incrementos. A elaboração progressiva não deve ser confundida com aumento do

escopo.

A elaboração progressiva das especificações de um projeto deve ser

cuidadosamente coordenada com a definição adequada do escopo do projeto,

particularmente se o projeto for realizado sob contrato. Quando adequadamente

definido, o escopo do projeto — o trabalho a ser feito — deve ser controlado

conforme as especificações do projeto e do produto.

Os projetos atingem todos os níveis da organização. Podem envolver uma

pequena quantidade de pessoas, ou milhares delas. Podem levar menos de um

dia, ou vários anos. Podem ser aplicados a todas as áreas do conhecimento

humano, e muitas vezes precisa ser subdividido em partes, de fácil

gerenciamento e controle, chamadas subprojetos.

4.2 Necessidade e benefícios de projetos nas organizações

Criar um projeto não quer dizer que sua ideia vai ter 100% de chance de

dar certo, mas serve como um exercício para compreender melhor o que você

deseja, aonde quer chegar, como você vai chegar e quanto vai custar.

O aumento da complexidade de desenvolvimento de um produto, frente à

quantidade de fatores que exercem influência sobre ele, de origem interna e

externa às empresas, condiciona e interfere em sua dinâmica. Novos produtos

são demandados e desenvolvidos para atenderem a segmentos específicos de

mercado, para incorporarem tecnologias diversas, se integrarem a outros

produtos e usos e se adequarem a novos padrões e restrições legais.

Page 31: PIPA MEGAMIL - V3

26

Trata-se, portanto, de um dos mais importantes processos empresariais,

pois dele depende a renovação do portfólio de produtos da empresa e, com isso,

sua longevidade no mercado.

4.3 Fatores Críticos

De acordo com o PMBOK (ano 2004) a identificação de fatores críticos,

associadas ao desenvolvimento de produto que, quando bem executadas,

contribuem para reduzir as incertezas inerentes ao resultado do projeto.

Abaixo os fatores críticos foram agrupados por ordem de importância.

4.3.1 Missão do Projeto

A definição dos objetivos, requisitos e resultados esperados é de

fundamental importância para o sucesso na implantação de um projeto. Mas para

se definir os objetivos, requisitos e resultados esperados, não basta perguntar ao

gerente da entidade contratante o que ele deseja. Antes, precisamos identificar

quem são as pessoas afetadas pelo resultado do projeto, para saber delas o que

é esperado. Isso pode ser conseguido através de entrevistas, questionários e

workshops com gerentes dos serviços que irão ser afetados pelos resultados do

projeto, seus usuários e fornecedores de informações, equipe técnica de

implantação e eventuais parceiros.

Com essas informações podemos então elaborar um plano de implantação

que descreva com clareza o escopo do projeto, seus produtos bem como as

exclusões. Nessa fase do planejamento também se define o critério de aceitação,

o cronograma e os recursos necessários.

Page 32: PIPA MEGAMIL - V3

27

4.3.2 Plano e Cronograma do Projeto

Esta etapa trata da especificação detalhada dos passos e ações para a

implantação do projeto.

O plano do projeto, como definido pelo PMI (Project Management Institute),

é um documento formal e aprovado, usado para orientar a execução e controle do

projeto. As funções principais são documentar as decisões e premissas, facilitar a

comunicação entre as pessoas envolvidas no projeto, documentar o escopo,

custo e cronograma aprovados. Ele também deve definir o organograma, papeis e

responsabilidades, plano de testes, critério de aceitação, etc.

4.3.3 Envolvimento do Cliente

Quanto maior for o envolvimento do Cliente no planejamento e implantação

do projeto, melhor tende ser o resultado, já que as pessoas envolvidas vão se

sentir ―donas‖ do empreendimento e buscarão a melhor forma de atingir os

objetivos. As mudanças também devem ser amplamente discutidas com o Cliente,

para que os riscos e impactos no cronograma e nos custos do projeto sejam

avaliados.

4.3.4 Pessoal

As pessoas representam o que há de mais importante num projeto. Não

basta ter os melhores processos e a melhor tecnologia se as pessoas falharem. E

administrar esse recurso é o maior desafio de um gerente de projeto. Portanto, os

resultados têm que ser alcançados com os recursos disponíveis. É atribuição do

gerente do projeto garantir que as pessoas alocadas no projeto sejam capazes de

Page 33: PIPA MEGAMIL - V3

28

executar as tarefas conforme planejado, bem como gerenciar a comunicação

entre elas para que a informação possa fluir e atingir os objetivos estabelecidos.

4.3.5 Aceite do Cliente

É o ato de ―vender‖ o projeto final para o seu usuário final. O aceite do

Cliente será mais fácil se o planejamento for bem feito, pois o envolvimento do

Cliente na especificação do projeto, no desenvolvimento do cronograma e na

elaboração do critério de aceite diminui o conflito. De modo geral, se o

planejamento foi bem feito e os critérios de aceite são claros e tangíveis, há uma

boa chance de se chegar a um bom termo e as eventuais divergências serem

resolvidas com uma boa negociação entre as partes.

4.3.6 Acompanhamento e Feedback

É o fornecimento periódico de informações completas de controle em cada

estágio do processo de implantação.

Realização de reuniões de acompanhamento entre os membros da equipe

de implantação, fornecedores, Cliente e a alta direção ajudam a antecipar

problemas, avaliar riscos e tomar ações corretivas.

4.3.7 Solução de Problemas

São as habilidades de lidar com crises inesperadas e com desvios do

plano. Se o planejamento falhou ou ocorreu uma mudança inesperada, o gerente

do projeto, assessorado pela sua equipe, precisa tomar decisões rápidas, ainda

que isso incorra em riscos de outros erros e novos problemas. É preciso avaliar

rapidamente o custo/benefício de uma decisão

Page 34: PIPA MEGAMIL - V3

29

4.4 Ciclo de Vida

4.4.1 Características do ciclo de vida do projeto

De acordo com o PMBOK (pág.19, ano 2004) o ciclo de vida do projeto

define as fases que conectam o início de um projeto ao seu final. A definição do

ciclo de vida do projeto pode ajudar o gerente de projetos a esclarecer se deve

tratar o estudo de viabilidade como a primeira fase do projeto ou como um projeto

autônomo separado.

A transição de uma fase para a outra dentro do ciclo de vida de um projeto

em geral envolve e normalmente é definida por alguma forma de transferência

técnica ou entrega. As entregas de uma fase geralmente são revisadas, para

garantir que estejam completas e exatas, e aprovadas antes que o trabalho seja

iniciado na próxima fase. Não existe uma única melhor maneira para definir um

ciclo de vida ideal do projeto. Os ciclos de vida do projeto geralmente definem:

• Que trabalho técnico deve ser realizado em cada

• Quando as entregas devem ser geradas em cada fase e como cada

entrega é revisada, verificada e validada.

• Quem está envolvido em cada fase.

• Como controlar e aprovar cada fase. As descrições do ciclo de vida do

projeto podem ser muito genéricas ou muito detalhadas

• As fases geralmente são sequenciais e normalmente são definidas por

algum formulário de transferência de informações técnicas ou de entrega de

componentes técnicos.

• Os níveis de custos e de pessoal são baixos no início, atingem o valor

máximo durante as fases intermediárias e caem rapidamente conforme o projeto é

finalizado. A Figura 4 ilustra esse padrão.

Page 35: PIPA MEGAMIL - V3

30

Figura 4. Nível de custos e pessoal do projeto ao longo do seu ciclo de vida Fonte: PMI (PMBOK® Guide – 2000 Edition).

• O nível de incertezas é o mais alto e, portanto, o risco de não atingir os

objetivos é o maior no início do projeto. A certeza de término geralmente se torna

cada vez maior conforme o projeto continua.

• A capacidade das partes interessadas de influenciarem as

características finais do produto do projeto e o custo final do projeto é mais alta no

início e torna-se cada vez menor conforme o projeto continua. A Figura 5 ilustra

isso. Contribui muito para esse fenômeno o fato de que o custo das mudanças e

da correção de erros geralmente aumenta conforme o projeto continua.

Figura 5. Influência das partes interessadas ao longo do tempo

Fonte: PMI (PMBOK® Guide – 2000 Edition).

Embora muitos ciclos de vida do projeto possuam nomes de fases

semelhantes com entregas semelhantes, poucos ciclos de vida são idênticos.

Page 36: PIPA MEGAMIL - V3

31

4.5 Estrutura organizacional para projetos

De acordo com o PMBOK (pág. 28, ano 2004) a estrutura da organização

executora geralmente limita a disponibilidade de recursos em um espectro de uma

estrutura funcional a uma estrutura por projeto, com diversas estruturas matriciais

intermediárias. A Figura 6 mostra importantes características relacionadas a

projetos dos principais tipos de estruturas organizacionais.

Figura 6. Influências da estrutura organizacional nos projetos Fonte: PMI (PMBOK® Guide – 2000 Edition).

Atualmente são utilizados três tipos de estruturas:

1. Estrutura Funcional: Neste tipo de estrutura os gerentes funcionais

mantêm controle absoluto sobre o projeto. A estrutura funcional coloca o projeto a

ser executado dentro de um dos departamentos técnicos da empresa. Com isso o

responsável pelo projeto passa a ser o gerente funcional deste departamento.

Page 37: PIPA MEGAMIL - V3

32

Figura 7. Organização funcional Fonte: PMI (PMBOK® Guide – 2000 Edition).

2. Estrutura por Projeto: Em uma organização por projeto, os membros da

equipe geralmente são colocados juntos. A maior parte dos recursos da

organização está envolvida no trabalho do projeto e os gerentes de projetos

possuem grande independência e autoridade. As organizações por projeto em

geral possuem unidades organizacionais denominadas departamentos, mas

esses grupos se reportam diretamente ao gerente de projetos ou oferecem

serviços de suporte para os diversos projetos.

Figura 8. Organização por projeto Fonte: PMI (PMBOK® Guide – 2000 Edition).

Page 38: PIPA MEGAMIL - V3

33

3. Estrutura Matricial: A estrutura matricial combina os elementos da

estrutura funcional e de projeto para formar uma singular, híbrida com

características das ―estruturas-mãe‖. Em paralelo à estrutura funcional, sob a

responsabilidade dos gerentes funcionais são criados grupos de projeto, sob a

responsabilidade de gerentes de projetos. Os grupos de projeto utilizam as

mesmas pessoas que pertencem aos setores funcionais. Elas passam a ter dois

tipos de trabalho, um relativo ao seu setor funcional e outro relativo ao projeto do

qual estão participando; e dois ―chefes‖ diferentes, o gerente funcional e o gerente

do projeto.

Figura 9. Organização matricial Fonte: PMI (PMBOK® Guide – 2000 Edition).

Page 39: PIPA MEGAMIL - V3

34

5. PROJETO

5.1 Documento de Requisitos do Projeto

DOCUMENTO DE REQUISITOS DO PROJETO

PREPARADO POR: Júlio Tablas SOLICITANTE: Ricardo Batista TELEFONE: 34082008

1. SUMARIO DO PROJETO

O Projeto em questão visa realizar um processo seletivo para inclusão de uma

pessoa com deficiência (PcD) na empresa Megamil Vídeos de Americana. Pelo

fato da empresa possuir estrutura acessível às pessoas com deficiência e dispor

de processos que podem ser realizados por um profissional deste segmento, a

inclusão de uma pessoa com deficiência no quadro profissional se torna um

projeto altamente viável e com baixo custo.

2. OBJETIVOS DO PROJETO

Incluir uma pessoa com deficiência no quadro de funcionários da empresa e

estender a ideia para as demais lojas da rede.

3. JUSTIFICATIVAS DO PROJETO

Embora não seja obrigada a contratar uma pessoa com deficiência, a empresa

estaria contribuindo grandemente no sentido de incentivar a inclusão de pessoas

deste segmento no mercado de trabalho, cumprindo assim seu papel social.

4. FASES DO PROJETO

- Identificação da demanda; - Levantamento de dados e elaboração do Plano de Projeto; - Elaboração de Cronograma; - Estimativa de custos e recursos; - Avaliação de riscos; - Realização do processo Seletivo; - Contratação e treinamento da PcD; - Encerramento e divulgação do Projeto.

Page 40: PIPA MEGAMIL - V3

35

5. MARCOS DE CONTROLE

- Término do desenvolvimento do plano de projeto (1ª semana);

- Inicio da execução do plano de projeto (1ª semana);

- Realização do Processo Seletivo (2ª e 3ª semana);

- Contratação e treinamento da PcD (4ª a 6ª semana)

- Encerramento e divulgação do projeto (6ª semana);

6. PREMISSAS

- A vaga em questão deve ser preenchida exclusivamente por uma pessoa com

deficiência;

- A empresa deve garantir a acessibilidade dos candidatos em todos os sentidos.

7. RISCOS

- Baixa demanda de candidatos;

(Consultar banco de dados de Instituições e ONG’s ligadas à pessoas com

deficiência).

- Falta de qualificação profissional;

(Oferecer treinamento após a contratação).

- Barreiras arquitetônicas;

(Realizar as adaptações necessárias no ambiente de trabalho).

- Grau de deficiência do candidato;

(Identificar se o grau de deficiência não impossibilita o candidato de realizar as

atividades).

8. RESTRIÇÕES

- O tipo / grau de deficiência não pode impossibilitar a realização das atividades;

- Pessoas sem deficiência ou com grau de deficiência mínima ou imperceptível

não poderão participar do processo seletivo;

-Qualquer tipo de barreira que impossibilite o acesso dos candidatos ao processo

seletivo ou o que dificultem desempenho do profissional selecionado devem ser

eliminadas.

Page 41: PIPA MEGAMIL - V3

36

9. REQUISITOS DO PROJETO

- Local acessível à pessoas com deficiência;

- Processos que possam ser realizados por pessoas com deficiência.

10. CRITERIOS DE ACEITAÇÃO

- Processo Seletivo exclusivo à pessoas com deficiência.

11. ASSINATURAS

Gerente de Projeto: Júlio Tablas

Gerente Geral: Ricardo Batista

Gestor de Finanças: Graciela Maneghel

12. PLANO DE COMUNICAÇÃO

- Reunião de Abertura / definição do Plano de Trabalho;

- Reuniões para definição da vaga de trabalho e seus requisitos;

- Reunião para escolha do contemplado no processo seletivo;

- Follow Up diário com os Gerentes da empresa.

13. PLANO DE GERENCIAMENTO DE MUDANÇAS

Qualquer mudança no escopo original do Projeto deve ser avaliada pelo Gestores

e, confirmada a necessidade de mudança, deve ser elaborada a SME (Solicitação

de Mudança de Escopo) para avaliação e aprovação do Gerente de Projeto e do

Solicitante do Projeto.

Page 42: PIPA MEGAMIL - V3

37

15. ANÁLISE FINANCEIRA

TIPO CUSTO TOTAL

SALARIO INICIAL 800,00 800,00

DESPESAS OPERACIONAIS 200,00 200,00

TOTAL DE DESPESAS 1.000,00

PROJETO INCLUSÃO - MEGAMIL VIDEOS

TEMPO ESTIMADO CUSTO ESTIMADO

6 semanas - de 03/01/2011 a 15/02/ 2011

R$ 1.000,00 (Salário + despesas operacionais do

processo seletivo)

APROVAÇÕES

NOME ASSINATURA DATA

Gerente Geral Ricardo Batista / /

Gestor de Finanças Graciela Maneghel / /

Gerente de Projeto Júlio Tablas / /

Page 43: PIPA MEGAMIL - V3

38

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os temas estudados e abordados, chegamos ao parecer de

que qualquer organização possui pontos fortes e pontos que podem ser

aprimorados.

Na Megamil Vídeos identificamos que mesmo em um mercado concorrido,

como é o segmento de vídeo locadoras, sua permanência se destaca por fatores

como: sua localização, seu atendimento diferenciado e suas promoções ofertadas

aos clientes.

Todavia, o projeto de melhoria apresentado, visa a contratação de uma

pessoa com deficiência como uma forma de inclusão de pessoas deste segmento

no mercado de trabalho. Além de ser uma ação social, este projeto se transforma

em um diferencial perante a concorrência.

Atualmente a questão inclusão de pessoas com deficiência tem sido cada

vez mais presente e por este motivo trabalhamos com este tema.

Portanto, acreditamos que o projeto elaborado por este grupo, que será

apresentado à organização, seja aceito e implementado, trazendo benefícios para

todas as partes envolvidas.

Page 44: PIPA MEGAMIL - V3

39

BIBLIOGRAFIA

ÀLVARES, Elismar & OUTROS. Governança corporativa – Um modelo

brasileiro. S. Paulo: Campus, 2008.

ANDRADE, Adriana; ROSSETTI, José Paschoal. Governança corporativa:

fundamentos, desenvolvimento e tendências. S. Paulo: Atlas, 2004.

ARRUDA, Maria C. Coutinho de Et. al. Fundamentos de ética empresarial e

econômica. S. Paulo: Atlas, 2001.

ASHLEY, Patrícia Almeida (Coord.). Ética e responsabilidade social. São Paulo:

Saraiva, 2003.

Bolsa de Valores de São Paulo. (2010). IGC e o novo mercado.

<http://www.bovespa.com.br/Principal.asp>. Acesso em outubro 2010.

CARVALHAL DA SILVA, André Luiz. Governança corporativa e decisões

financeiras no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad, 2005.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Código

Brasileiro da Melhores Práticas de Governança Corporativa. 4ª Edição, 2004.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Governança

corporativa. Disponível em: <http://www.ibgc.org.br/Secao.aspx?CodSecao=17>.

Acesso em outubro 2010.

INSTITUTO ETHOS. Responsabilidade social das empresas: contribuição

das universidades. Vol 1 São Paulo: Peiropólis, 2002.

LODI, João B. Governança corporativa: o governo da empresa e o conselho de

administração. Rio de Janeiro: Campus,2000.

Page 45: PIPA MEGAMIL - V3

40

MAXIMIANO, A. C. Amaru. Administração de projetos: como transformar

ideias em resultados. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008

MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Responsabilidade social e

cidadania empresarial: a administração do terceiro setor. 2. ed. Rio de

Janeiro: Qualitymark, 2002.

PMI/PMBOK – Project Management Body of Knowledge (PMBOK® Guide –

2000 Edition).

RECOMENDAÇÕES da CVM sobre Governança Corporativa. Comissão de

Valores Mobiliários, Junho 2002. Disponível em:

<http://www.cvm.gov.br>. Acesso em outubro 2010.

SILVA, R. D. da. O melhor caminho, para àquele que deseja trilhar o rumo da

responsabilidade social e do marketing social. Monografia de Conclusão de

Curso (Graduação em Administração de Empresas) – Departamento de

Administração, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,

2001.

Page 46: PIPA MEGAMIL - V3

41

APÊNDICE A: CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PREVISTAS

PIPA VI – 2010

PROGRAMA DE INICIAÇÃO ÀS PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS

TEMA: Governança Corporativa / Responsabilidade Social.

REPRESENTANTE DA EQUIPE: Júlio Tablas R.A: 918545-3

Mês

Semana

ATIVIDADES PREVISTAS

Ago.

1

Definição do grupo.

Ago.

2

Definição da empresa e divisão de responsabilidades.

Set.

1

Pesquisa e desenvolvimento do trabalho.

Set.

2

Desenvolvimento do trabalho.

Set.

3

Contato com o representante da empresa.

Set.

4

Visita técnica à empresa.

Page 47: PIPA MEGAMIL - V3

42

Mês

Semana

ATIVIDADES PREVISTAS

Out.

1

Desenvolvimento do trabalho.

Out.

2

Montagem preliminar do trabalho.

Out.

3

Entrega das fichas e cronograma de trabalho.

Out.

4

Reunião para a correção e montagem do relatório.

Nov.

1

Entrega da 1ª fase do trabalho.

Nov.

2

Conclusão do trabalho.

Nov.

3

Entrega do trabalho.

Nov.

4

Apresentação do trabalho.

Page 48: PIPA MEGAMIL - V3

43

APÊNDICE B: REGISTRO DE ATIVIDADES REALIZADAS

PIPA VI – 2010

DATA

ATIVIDADES REALIZADAS Tempo Gasto

06/08/10 Reunião para definição de equipe e diretrizes de trabalho. 2h

10/08/10 Reunião para definição da empresa. 2h

12/08/10 Reunião para divisão de tarefas. 1h

18/08/10 Reunião para desenvolvimento dos trabalhos. 2h

25/08/10

Reunião para discussão do roteiro do trabalho e pesquisa do

conteúdo. 1h

01/09/10 Contato com representantes da empresa. 2h

08/09/10

Reunião para discutir os dados recolhidos, tanto no conteúdo

exigido, como na organização. 1h

15/09/10 Reunião para desenvolvimento dos trabalhos. 2h

21/09/10 Visita Técnica à empresa. 3h

25/09/10 Reunião para montagem preliminar. 3h

28/10/10 Entrega do relatório escrito (1ª fase). *

29/10/10 Revisão do trabalho escrito para efetuar correções necessárias. 2h

03/11/10 Reunião para a correção e montagem do relatório. 1h

05/11/10 Conclusão do trabalho. 3h

10/11/10 Revisão do relatório pronto. 4h

17/11/10 Entrega do PIPA. *

29/11/10 Apresentação do PIPA. *

Page 49: PIPA MEGAMIL - V3

44

APÊNDICE C: FOTOS DA VISITA TÉCNICA

Page 50: PIPA MEGAMIL - V3

FICHA DE COMPOSIÇÃO DA EQUIPE

DATA: 27/10/2010

Nome da empresa/organização:

Megamil Vídeos – Luiza Yasnici Meneghel ME

Área de atuação: Lazer / Entretenimento

Endereço: Av. Brasil, 1670 Cidade: Americana CEP: 13.465-770 Telefone: 19 3408-2008

Nome do contato na empresa/organização: Ricardo Batista

Cargo: Proprietário /Diretor

Turma: ADM 6º SEMESTRE Classe: A

Representante grupo: Júlio Tablas

Telefone: 19 3601-1983

E-mail: [email protected]

Identificação dos Integrantes das Equipes

Foto

Nome: Alessandro Gomes de Almeida

Endereço: R. das Magnólias 435 Cidade Jardim Americana – SP

RA: 907780-4 Telefone: 19 4109-0033 E-mail: [email protected]

Nome: André Lucas da Silva

Endereço: Rua São Gabriel, 1999 Apto. 601 São Vito Americana – SP

RA: 725093-2 Telefone: 19 3645-0784 E-mail: [email protected]

Nome: Júlio Tablas

Endereço: Rua Daniel Boldrini, 188 Jd. Progresso Americana – SP

RA: 918545-3 Telefone: 19 3601-1983 E-mail: [email protected]

Nome: Ricardo Kaczora

Endereço: R. 13 de maio, 115 Apto. 144 São Domingos Americana – SP

RA: A2338J-7 Telefone: 19 9608-7722 E-mail: [email protected]

Nome: Rodrigo Henrique Delcol

Endereço: Rua João Missio 427 Campo Limpo Americana – SP

RA: 907784-7 Telefone: 19 3478-1869 E-mail: [email protected]

A equipe necessita de Carta de Apresentação? ( ) Sim ( X ) Não Tema do PIPA VI: Governança Corporativa / Responsabilidade Social.

Page 51: PIPA MEGAMIL - V3

46

FICHA DE AVALIAÇÃO