pibid no contexto escolar
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PIBID NO CONTEXTO ESCOLAR: ATIVIDADE LÚDICA COMO EIXO
ARTICULADOR NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Autora: Soraya Pereira Cordeiroi
Co-autoras: Jaqueline Fernanda de Oliveiraii
Maria Claudia Correia Reisiii
Instituto Federal Catarinense
CAPES
RESUMO
O presente trabalho relata a experiência em andamento do Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, desenvolvida com uma turma de crianças de
seis anos de idade que frequentam o primeiro ano do Ensino Fundamental do Grupo
Escolar Municipal Professora Clotilde Ramos Chaves da rede municipal de Camboriú,
Santa Catarina. Tal trabalho objetiva instituir práticas pedagógicas fundamentadas nas
atividades lúdicas que visam sistematizar e enriquecer o cotidiano escolar, tendo em
vista o processo ensino e aprendizagem da alfabetização. Compreendemos que as
atividades lúdicas exercem um papel fundamental sobre a criança, pois facilitam o
desenvolvimento das funções psicológicas, intelectuais, sociais e morais. De acordo
com Vygotsky (2007) as crianças utilizam-se da imitação de situações conhecidas, de
processos imaginativos e da estruturação de regras para produção e aquisição de
conhecimentos e saberes. Nesta mesma direção, Kishimoto (1998) defende que a
inserção dos jogos e brincadeiras no planejamento, desde que respeite a natureza do ato
lúdico se constitui como elemento motivador das interações sociais, das trocas de
saberes e da sistematização dos conhecimentos. Salientamos que além dos autores já
citados dialogamos também com Freire (2011) e Barbosa (2009). No decorrer dessa
experiência, podemos com a professora da turma de alfabetização, vivenciar a proposta
de trabalho, se utilizando da atividade lúdica, com o intuito de criar meios para que as
crianças desenvolvam a autonomia, a criatividade, o raciocínio e se apropriem de
maneira significativa dos conceitos matemáticos e alfabetizadores. Utilizamos como
recursos metodológicos a construção de jogos, criação de textos coletivos e individuais,
contações de histórias, representação teatral, música e dança.
Palavras-chave: alfabetização, lúdico, formação de professores.
O PIBID TRAÇANDO EXPERIÊNCIAS COM O LÚDICO NA ALFABETIZAÇÃO
Este trabalho relata as experiências do Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência - PIBID, que estão sendo vivenciadas no decorrer do ano de 2014,
pelas bolsistas do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Instituto Federal Catarinense
- Campus Camboriú. As mesmas acontecem no Grupo Escolar Clotilde Ramos Chaves,
localizado no município de Camboriú, Santa Catarina, instituição parceira do programa,
em uma turma de primeiro ano do Ensino Fundamental, no período vespertino, com 25
crianças.
As referidas experiências contextualizam o lúdico nas práticas pedagógicas que
acontecem durante o processo ensino e aprendizagem da alfabetização, proporcionando
a criança o aprendizado de maneira lúdica, enfatizando que a interação entre o brincar e
o aprender contribui para que o processo de aprendizagem se estabeleça de forma
significativa e prazerosa.
O brincar revela a estrutura do mundo da criança, como se organiza o seu
pensamento, às questões que ela se coloca como vê o mundo à sua volta. Na
brincadeira, a criança explora as formas de interação humana, aprende a lidar
com a espera, a antecipar ações, a tomar decisões, a participar de uma ação
coletiva (BRASIL, 2007, p. 9).
As atividades lúdicas desempenham um papel fundamental sobre a criança,
pois criam um ambiente estimulador para o desenvolvimento das funções psicológicas,
intelectuais, sociais e morais. Com as situações imaginárias derivadas da imitação de
situações cotidianas, as crianças aprendem a estruturar regras, descobrem novas
possibilidades, experimentam o diferente e exploram capacidades.
Kramer (2001) ressalta que:
Ver a criança enquanto ser social (cidadão de pouca idade que tem, como a
professora, direitos, deveres e limites) e perceber que, na sua prática, o
professor atua como mediador entre a criança e o conhecimento são aspectos
centrais. Essa visão em relação à criança auxilia, ainda, o trabalho cotidiano,
à medida que o professor levar em consideração qual é o conceito de
alfabetização e o valor atribuído à aquisição da linguagem escrita pelo grupo
social a que pertence a criança e considerar também qual o grau de
familiaridade da criança com livros, jornais, revistas. (KRAMER, 2001, p.65-
66).
A partir dessa perspectiva, torna-se claro que através de jogos e brincadeiras,
criação de textos coletivos e individuais, contações de histórias, representações teatrais,
o uso da música e da dança, o professor oportuniza que as crianças despertem o seu
interesse pelo assunto abordado facilitando assim o processo de aprendizagem,
considerando ser fundamental a inserção do lúdico na prática pedagógica.
Contribuindo com esta ideia, Vygotsky (2007) destaca que as crianças utilizam-
se da imitação de situações conhecidas, de processos imaginativos e da estruturação de
regras para produção e aquisição de conhecimentos e saberes.
No decorrer dessa experiência, foi possível juntamente com a professora da
turma de alfabetização, vivenciar a proposta de trabalho, utilizando-se do lúdico, com o
intuito de criar meios para que as crianças desenvolvam a atenção, a criatividade, o
raciocínio e aprendam de maneira significativa, tendo como cenário um ambiente
alfabetizador com elementos motivadores para que sintam prazer em realizar as
atividades propostas atreladas ás seqüências didáticas.
Deste modo, em uma das atividades organizamos a sala em quatro ilhas, para
que as crianças aprendessem brincando a interagir, dividir e reconhecer os sons das
letras, das sílabas, associando-as com as figuras dos jogos.
Lima (1989) destaca que:
É preciso, pois, deixar o espaço suficientemente pensado para estimular a
curiosidade e a imaginação da criança, mais incompleto o bastante para que
ela se aproprie e transforme este espaço através de sua própria ação. (LIMA,
1989, apud MACHADO, 1991, p.62)
Para que a atividade proposta fosse desenvolvida disponibilizamos os seguintes
jogos: “Bingo dos Sons Iniciais”, “Bingo da Letra Inicial”, “Quem Escreve Sou Eu” e
“Batalha de Palavras”. Esses jogos como ferramentas no processo de aprendizagem
lúdica na alfabetização são disponibilizados pelo Ministério da Educação e Cultura –
MEC.
Conforme Kishimoto (2011):
Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos
simbólicos dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o
desenvolvimento integral da criança. Nesse sentido, qualquer jogo
empregado pela escola, desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta
o caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo
educativo. (KISHIMOTO, 2011, p.22).
Neste sentido, podemos ressaltar que o “Bingo da Letra Inicial” e dos “Sons
Iniciais” possibilitam as crianças observarem que a palavra é composta de letras e de
sons equivalentes a sílabas e que estes sons podem se repetir em palavras diferentes. Já
o jogo de “Batalha de Palavras”, considera que ao contar o número de sílabas e
comparar o tamanho de palavras, as crianças percebem que as palavras são constituídas
por unidades silábicas.
Kishimoto (1998) defende que a inserção dos jogos e brincadeiras no
planejamento, desde que respeite a natureza do ato lúdico se constitui como elemento
motivador das interações sociais, das trocas de saberes e da sistematização dos
conhecimentos.
O uso do lúdico no processo de alfabetização é enriquecedor, pois os jogos
envolvem e despertam a curiosidade para a aprendizagem. Deste modo, os jogos usados
com intencionalidade facilitam com que a criança exerça sua capacidade de
aprendizagem, como aborda Freire (2011, p.26): “Quanto mais criticamente se exerça a
capacidade de aprender, tanto mais se constrói e desenvolve o que venho chamando de
“curiosidade epistemológica”, sem a qual não alcançamos o conhecimento cabal do
objeto.”
A intenção de oferecer as crianças o jogo “Quem Escreve Sou Eu” é justamente
desafiar as crianças que apresentam determinadas dificuldades de reconhecer as sílabas
que devem ser registradas durante a escrita das palavras, tal brincadeira pretende
possibilitar a identificação das unidades sonoras e suas respectivas representações
gráficas através das cartelas de correção.
Kishimoto (1998) ressalta que:
Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos
simbólicos dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o
desenvolvimento integral da criança. Nesse sentido, qualquer jogo
empregado pela escola, desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta
o caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo
educativo. (KISHIMOTO, 1998, p.23).
Para que os objetivos das atividades fossem alcançados, organizou-se o tempo
e o espaço de maneira que fossem reconhecidas as especificidades de cada criança, em
se tratando de níveis diferentes de aprendizagem, com o intuito de que se ajudassem,
destacando a importância da sua participação ativa neste processo, diante da atividade
coletiva.
De acordo com Barbosa (2009, p.30) “a criação de espaços pedagógicos, de
materiais e a construção de situações didáticas que desafiem e contribuam para o
desenvolvimento das crianças exige preparo, conhecimento e disponibilidade das
professoras.”
Diante disso, compreendemos que ao proporcionar um espaço planejado, de
modo desafiador, com novas possibilidades para as crianças, determina importante
influência no seu desenvolvimento, na sua criatividade e interação delas com as demais.
Em outro momento, a partir da abordagem da sequência didática trabalhada, com
o título FAMÍLIA, a professora destacou que além da família de humanos, existem as
famílias de animais. Dando continuidade a sequência didática realizamos diversas
atividades, dentre elas podemos citar: a exploração das letras da palavra FAMÍLIA,
elaboração de textos individuais e coletivos, ditado de palavras, construção de frases,
rimas e jogos.
As crianças exploraram a sua criatividade através de uma produção artística
desenhando as suas famílias, bem como a abordagem dos diferentes tipos de famílias e
moradias, ao término da atividade as crianças socializaram para a turma como a sua
família era constituída com o auxílio de uma caixa de som. Concluindo essa abordagem
com o teatro da história “O carteiro chegou”iv.
Evidentemente, a escolha da história se deu pelo fato da mesma apresentar
diferentes tipos de famílias e suas respectivas moradias. Para realizar o teatro
confeccionamos as moradias dos personagens com os seguintes materiais: caixas de
papelão, tecidos, TNT, tintas, colas, barbantes e E.V.A.
Para a apresentação do teatro montamos o cenário próximo as salas de aula, de
modo que as crianças não percebessem nossa presença criando assim, uma surpresa. Foi
possível observar, ao entrarmos em cena, que crianças de outras turmas participavam
também daquele momento, o que nos encheu de satisfação e alegria. As crianças muito
atentas observavam as cenas que se apresentavam demonstrando expectativa e surpresa
a cada momento vivido, pois, puderam também, interagir com a história.
Ao final da história, a personagem Cachinhos Dourados entra em cena e as
convida para a sua festa de aniversário. No momento da festa de Cachinhos Dourados,
as crianças relataram conhecer algumas histórias que envolviam os personagens do
teatro, como: o Lobo Mau, Cachinhos Dourados e a Cinderela.
Era visível o entusiasmo das crianças ao relatarem os momentos vividos durante
a história, como também a riqueza de detalhes ao recontá-las, com descrição dos
personagens e seus comportamentos. A manifestação das crianças diante da história
contada reitera a intencionalidade do professor em selecionar, preparar, e escolher
cenários e fantasias para mobilizar as crianças ao mundo do faz de conta inerente as
histórias infantis.
Garcia (1993) aponta que:
[...] As crianças estão sempre predispostas a ouvir histórias. Sobretudo se
quem conta cria uma atmosfera mágica em que a voz assume diversos papéis
e se colore de emoção. Com a aguda intuição de quem tem pressa em
alcançar o trem de história, as crianças buscam se apropriar da matéria
necessária ao processo de sua constituição como sujeitos produtores de
linguagem (GARCIA, 1993, p.42).
No processo ensino-aprendizagem, o lúdico é um recurso onde a criança aprende
brincando, conhecendo e descobrindo os limites existentes entre a realidade e a fantasia,
pensando nesta perspectiva vale ressaltar que a música e a dança se fizeram presentes no
cotidiano escolar atreladas às sequências didáticas uma vez que esses momentos fazem
partes do lúdico e que devem ser inseridos na prática pedagógicav.
Os documentos norteadores do Ensino Fundamental enfatizam que:
As interpretações são importantes na aprendizagem, pois tanto o contato
direto com elas quanto a sua utilização como modelo são maneiras de o aluno
construir conhecimento em música. Além disso, as interpretações
estabelecem os contextos onde os elementos da linguagem musical ganham
significado. (BRASIL, 1998, p.53)
Partindo desse pressuposto, a música e a dança devem ser consideradas como
elementos educativos, reconhecendo seu valor nesse processo de construção de
conhecimentos. Em alguns momentos entre uma atividade e outra cantamos com as
crianças algumas musicas relacionadas ao contexto da seqüência didática abordada,
dentre elas a música “Boneca de Lata”vi, da cantora Bia Bedran.
Essa música explora o movimento das crianças, desenvolve a lateralidade, a
percepção corporal, noções matemáticas, além de proporcionar a interação da turma por
meio da dança e da música.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essas ações permitem aos bolsistas vivenciar e aproximar-se da prática
docente no cotidiano escolar, por meio das fundamentações teóricas temos o suporte
para que os objetivos esperados sejam alcançados na prática docente. Ampliando nossa
visão em relação à realidade social, política e econômica da educação, prática essencial
para a construção de conhecimento.
As experiências são enriquecedoras e muito acrescentam à nossa formação
acadêmica, fazendo com que haja uma reflexão sobre a ação docente, para ter um ensino
de qualidade é necessário que a equipe escolar desenvolva um trabalho com
intencionalidade, estabelecendo uma parceria de trabalho entre professores, pais e as
crianças.
Constatamos que é possível aliar a teoria à prática. O caminho é difícil, mas
quando se está preparado, se tem coragem e com vontade, é possível desenvolver um
trabalho onde oportunize as crianças aprendizagens por intermédio do lúdico. O
professor é a chave para desvendar paradigmas, vivenciar e oportunizar momentos onde
as crianças sintam-se estimuladas e participantes daquele processo.
Destacando que a docência é um desafio e exige que o profissional planeje a sua
prática, construindo conhecimentos com as crianças e proporcionando atividades que
despertem o interesse e o façam sujeitos do processo ensino e aprendizagem, sendo
assim, de acordo com suas práticas contribuirá para a formação de cidadãos autônomos
e críticos.
Durante o planejamento das atividades foi necessário estabelecer relações com
as fundamentações teóricas entrelaçando a nossa prática com a teoria, sabendo da
importância do professor planejar as suas atividades, não de modo inflexível, mas de
uma forma que se adapte a realidade das crianças, um roteiro que norteie as suas
atividades, o modo como ele desenvolve as atividades do cotidiano pode mudar todo o
contexto escolar, tanto positivamente ou negativamente.
A partir dos momentos vivenciados na instituição em nossa prática tivemos a
percepção sobre o valor do lúdico no processo de ensino aprendizagem, com nossos
olhares atentos às crianças, buscando compreender seus significados e suas
particularidades, ao observá-las tivemos base para conseguirmos realizar atividades que
pudessem ser significativas e ao mesmo tempo desafiadoras.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Prática Cotidianas na educação infantil: bases
para a reflexão sobre as orientações curriculares.2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos: Orientações
para a Inclusão da Criança de Seis anos de Idade. Brasília: Ministério da Educação,
Secretária de Educação Básica, 2007.
_______. Parâmetros Curriculares Nacionais /PCN: Arte. Brasília: MEC/SEF, 1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo, Paz e terra, 2011.
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1998.
KRAMER, Sonia. Alfabetização, leitura e escrita: formação de professores em curso.
São Paulo: Ática, 2001.
MACHADO, Maria Lucia A. Pré-escola é não é escola: a busca de um caminho. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1991
VIGOSTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos
processos psicológicos superiores. 7 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
ANEXO 1
HISTÓRIA O CARTEIRO CHEGOU
Autores: Janet e Allan Ahlberg
Na manhã ensolarada pedalando pela estrada, alguém vem vindo do sul: é o
Carteiro da comarca em seu uniforme azul, trazendo uma carta para os três Ursos. A
família leu a carta (menos, é claro, o Ursinho), serviu um chá ao Carteiro, que tomou o
bule inteiro e seguiu o seu caminho.
Empurrando a bicicleta, o Carteiro a pé penetra no coração da floresta - de tão
fechada que era, nem dava pra ver o céu!- e finalmente ele chega a uma casinha
modesta.
Mas com carro na garagem e feita de pão de mel, trazendo uma carta para a
Bruxa Malvada. A Bruxa convida o Carteiro para entrar e descansar, ler o jornal da
noite, tomar um gole de chá. Aceita o Carteiro o convite, mas deixa o chá intocado, que
sua cor era sinistra e tinha um fedor danado!
Pedalou o bom Carteiro, pedalou, pedalou bastante, até chegar uma casa, a uma
casa gigante. Tão alta era a campainha, a campainha gigante, que o Carteiro precisou
trepar numa escada pra tocar, dim-dom dim-dom, avisando que ele vinha trazendo um
cartão-postal para...adivinha! Enquanto o gigante lia, o minúsculo postal, o Carteiro
matava a sede tomando chá num dedal. O Carteiro seguiu sua ronda. E chegou a um
lindo castelo pintado de rosa e amarelo.
Chegou junto com a mudança trazendo uma carta para... Cinderela (com uma
surpresa dentro dela!). Cinderela abriu sem demora o livro com a sua história. E o
Carteiro – que glória!- Tomou champanhe e tonto, tonto foi-se embora!
Pela estrada afora foi o carteiro sozinho levar uma carta urgente pra lá do velho
moinho.Ao chegar ao endereço, avistou uma velhinha, tão estranha que o carteiro
comentou baixinho: - Que dentes compridos, Vovozinha! A- ham! Trouxe uma carta
para... ooooh! A falsa vovó fez um chá, leu a carta e ficou uma fera!
O carteiro, em vez de tomar, preferiu sair dali sem espera!Só faltava uma carta
para o carteiro entregar na última casa da aldeia, onde uma festa bem animada, quando
ele chegou pedalando, acabava de começar.
Vejam só quem está sentado bem no degrau da escada: o Ursinho, a quem
entregou a primeira carta do dia!
Mas a última carta era para...Cachinhos Dourados!
ANEXO 2
Experiências vividas pelas crianças no projeto
Crianças interagindo com os jogos propostos
Apresentação do teatro “O Carteiro Chegou”
Momentos de dança e música Crianças socializando as famílias
ANEXO 3
MÚSICA BONECA DE LATA
Cantora: Bia Bedran
Compositor: Domínio Público
Minha boneca de lata bateu com a cabeça no chão levou mais de uma hora pra fazer a
arrumação. Desamassa aqui, pra ficar boa...
Minha boneca de lata bateu com o nariz no chão levou mais de duas horas pra fazer a
arrumação. Desamassa aqui, desamassa aqui, pra ficar boa...
Minha boneca de lata bateu com o ombro no chão levou mais de três horas pra fazer a
arrumação. Desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui pra ficar boa...
Minha boneca de lata bateu com o cotovelo no chão levou mais de quatro horas pra
fazer a arrumação. Desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui,
pra ficar boa...
Minha boneca de lata bateu com a mão no chão levou mais de cinco horas pra fazer a
arrumação desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui,
desamassa aqui, pra ficar boa...
Minha boneca de lata bateu com a barriga no chão levou mais de seis horas pra fazer a
arrumação desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui,
desamassa aqui, desamassa aqui, pra ficar boa...
Minha boneca de lata bateu com as costas no chão levou mais de sete horas pra fazer a
arrumação desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui,
desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, pra ficar boa...
Minha boneca de lata bateu com o joelho no chão levou mais de oito horas pra fazer a
arrumação desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui,
desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, pra ficar boa...
Minha boneca de lata bateu com o pé no chão levou mais de nove horas pra fazer a
arrumação desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui,
desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, pra
ficar boa...
Minha boneca de lata bateu com o bumbum no chão levou mais de dez horas pra fazer a
arrumação desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui,
desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui, desamassa aqui,
desamassa aqui, pra ficar boa.
i Bolsista do PIBID, Acadêmica do Curso de Licenciatura do Instituto federal Catarinense - Campus
Camboriú. ii Bolsista do PIBID, Acadêmica do Curso de Licenciatura do Instituto federal Catarinense - Campus
Camboriú. iii Bolsista do PIBID, Acadêmica do Curso de Licenciatura do Instituto federal Catarinense - Campus
Camboriú. iv A história “O carteiro chegou” pode ser consultada no Anexo 1. v As experiências vividas pelas crianças neste projeto podem ser observadas através das fotos que constam
no Anexo 2. vi A letra da música “Boneca de Lata” pode ser consultada no Anexo 3 .