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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ADRIANA SCHMITT PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO REALIZADO COM OS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA INCOMUM TURISMO LTDA. Biguaçu 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ADRIANA SCHMITT

PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO REALIZADO COM

OS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA INCOMUM TURISMO LTDA.

Biguaçu

2009

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ADRIANA SCHMITT

PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO REALIZADO COM OS

FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA INCOMUM TURISMO LTDA.

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professora Orientadora: Ely Teresinha Dionísio

Biguaçu

2009

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ADRIANA SCHMITT

PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO REALIZADO COM OS

FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA INCOMUM TURISMO LTDA.

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título

de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do

Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração: Recursos Humanos

Biguaçu, 30 de junho de 2009.

Prof. MSc. Ely Teresinha Dionísio

UNIVALI - CE de Biguaçu

Orientadora

Prof. Dra. Simone Regina Dias

UNIVALI - CE de Biguaçu

Professora

Prof. MSc. João Carlos D. Carneiro

UNIVALI - CE de Biguaçu

Professor

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Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio a meus pais que

sempre me incentivaram e, em especial ao meu marido que não

mediu esforços me apoiou em minha trajetória acadêmica, aos

familiares que estiveram presentes e acreditaram em mim.

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AGRADECIMENTOS

À Universidade do Vale do Itajaí, pela oportunidade de realizar este Curso.

A Deus que, acima de tudo, me guiou e me iluminou na elaboração deste

trabalho.

A empresa Incomum Turismo Ltda. pela oportunidade de realizar o estágio,

acreditando no meu sonho, oportunizando-me o espaço para desenvolver a

pesquisa.

Em especial a amiga Graciela Cogo de Vargas que sempre esteve disponível

para auxiliar e me orientar nas minhas dúvidas.

Aos meus amigos de turma que dividiram atenções e companheirismo

durante o percurso destes anos.

A professora Simone Regina Dias pela paciência e dedicação e que me

ensinou a dar os primeiros passos neste trabalho e a professora Ely Teresinha

Dionísio que sempre acreditou no meu desempenho e me orientou de maneira

positiva e construtiva.

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O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.

José de Alencar

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RESUMO

SCHMITT, Adriana. Pesquisa de clima organizacional: um estudo realizado com os funcionários da empresa Incomum Turismo Ltda. 2009. 110 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009. Este trabalho tem como objetivo um projeto de integração construtivo para a empresa Incomum Turismo Ltda., proporcionando uma melhor visualização das análises sobre o clima organizacional. O instrumento de coleta de dados pôde levantar os principais dados positivos e negativos e foram definidos aspectos fundamentais para a elaboração do modelo sugerido, como também determinantes nas rotinas diárias para sua estruturação. Como resultado da pesquisa elaborou-se um Plano de Ação com base no diagnóstico organizacional inicial e, consequentemente melhorias futuras no ambiente de trabalho. O procedimento metodológico foi realizado a partir de pesquisa bibliográfica, análise documental, análises de gráficos, tabelas e interpretações quantitativas e qualitativas dos dados coletados. Com a elaboração deste trabalho a empresa terá uma ferramenta que a auxiliará no planejamento de suas ações e tomadas de decisões. Palavras-Chave: clima organizacional; cultura organizacional e gestão de pessoas.

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ABSTRACT

SCHMITT, Adriana. Pesquisa de clima organizacional: um estudo realizado com os funcionários da empresa Incomum Turismo Ltda. 2009. 110 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009. This work aims at a constructive project of integration for enterprise unusual Turismo Ltda., Providing better visualization of the analysis on the organizational climate. The data collection instrument was able to raise the main positive and negative data were defined and key considerations for the development of the model suggested, but also in daily routines to determine its structure. As a result of research developed by a Plan of Action based on the initial organizational diagnosis and therefore future improvements in the workplace. The methodological procedure was carried out from literature, document analysis, analysis of graphs, tables and interpretation of quantitative and qualitative data collected. With the development of this work the company will have a tool to help plan their actions and decision making. Keywords: organizational climate, organizational culture and management of people.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Estudos atuais sobre clima organizacional...............................................49

Quadro 2: Plano de ações..........................................................................................85

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Perfil dos Funcionários pesquisados nas empresas................................63

Tabela 2 – Variável Trabalho Realizado pelos Funcionários ....................................64

Tabela 3 – Variável Salário .......................................................................................66

Tabela 4 – Variável Supervisão/Liderança/Estilo Gerencial/Gestão .........................67

Tabela 5 – Variável Comunicação.............................................................................68

Tabela 6 – Variável Relacionamento Interpessoal ....................................................70

Tabela 7 – Variável Condição Física do Trabalho.....................................................71

Tabela 8 – Variável Estabilidade no Emprego...........................................................72

Tabela 9 – Variável Treinamento/Desenvolvimento/Carreira/Progresso e Realização

Profissional................................................................................................................74

Tabela 10 – Variável Trabalho em Equipe ................................................................75

Tabela 11 – Variável Qualidade e Satisfação do Cliente ..........................................76

Tabela 12 – Médias de discordância, concordância e média geral da variável.........78

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Organograma da empresa Incomum Turismo Ltda..................................62

Figura 2 – Variável Trabalho Realizado pelos Funcionários .....................................65

Figura 3 – Variável Salário ........................................................................................66

Figura 4 – Variável Supervisão/Liderança/Estilo Gerencial/Gestão ..........................67

Figura 5 – Variável Comunicação .............................................................................69

Figura 6 – Variável Relacionamento Interpessoal .....................................................70

Figura 7 – Variável Condição Física do Trabalho......................................................71

Figura 8 – Variável Estabilidade no Emprego ...........................................................73

Figura 9 – Variável Treinamento/Desenvolvimento/Carreira/Progresso e Realização

Profissional................................................................................................................74

Figura 10 – Variável Trabalho em Equipe .................................................................75

Figura 11 – Variável Qualidade e Satisfação do Cliente ...........................................77

Figura 12 – Médias Gerais das Variáveis..................................................................78

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12

1.1OBJETIVOS .................................................................................................. 12

1.1.1 Objetivo geral .............................................................................................13 1.1.2 Objetivos específicos..................................................................................13 1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................... 14

2.1 ÁREA DE GESTÃO DE PESSOAS............................................................... 14

2.2 CULTURA ORGANIZACIONAL.................................................................... 25 2.3 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL ................................................... 30 2.4 CLIMA ORGANIZACIONAL.......................................................................... 34 2.4.1ESTUDOS ATUAIS SOBRE CLIMA ORGANIZACIONAL........................... 49 2.5 A MOTIVAÇÃO E O CLIMA NAS ORGANIZAÇÕES..................................... 50

3 METODOLOGIA ............................................................................................. 55

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA ................................................................ 55 3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA .................................................................... 55

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS................................................. 56 3.4 INSTRUMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS ............................................. 57 4.0 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA ......................................... 60 4.1 CARACTERIZÇÃO DA ORGANIZAÇÃO.......................................................60 4.2 PERFIL DOS PESQUISADOS...................................................................... 62 4.3 QUANTO AS VARIÁVEIS DO CLIMA ORGANIZACIONAL .......................... 64 4.4 QUANTO AS QUESTÕES DISCURSIVAS....................................................80 4.5 AÇÃO PARA MELHORIAS DAS VARIÁVEIS................................................83 4.5.1 PLANO DE AÇÃO.......................................................................................85

CONCLUSÃO .................................................................................................... 91

REFERÊNCIAS.................................................................................................. 93

APÊNDICE......................................................................................................... 96

ANEXO...............................................................................................................108

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, fala-se muito a respeito da área de Recursos Humanos e do

papel que esta vem desempenhando nas empresas face à globalização do

mercado. A literatura indica que dentro desta área é possível desenvolver

inúmeras pesquisas relacionadas com a gestão de pessoas, a motivação, a

cultura e comportamento organizacional, as competências e, principalmente,

sobre o clima organizacional, um campo cada vez mais pesquisado e discutido

tanto nos meios acadêmicos como nas empresas, cada vez mais focado, com

vistas à melhoria do convívio inter-relacional dos funcionários e das chefias nas

organizações.

Diante da atual realidade de economia global, a empresa em estudo,

Incomum Turismo Ltda. é apresentada como um espaço organizacional que

merece atenção porque possibilitou espaço, no que diz respeito a uma

investigação científica no tocante ao tema Clima Organizacional. Esta empresa

possui o ramo de atuação voltado à área de turismo e, está situada na cidade de

Florianópolis – Santa Catarina, conta, atualmente, com trinta e um funcionários.

Trata-se de uma empresa que possui sociedade, com extensão em

Blumenau e Joinville, ambas também no Estado de Santa Catarina. Atua com

trabalhos feitos internamente para agências de viagens, recebendo pacotes de

Hotéis do Brasil e de outros países, organizando-os a fim de repassar às

agências, para que as mesmas façam suas vendas.

O ambiente interno da empresa Incomum Turismo Ltda. está apresentando

problemas relativos ao descontentamento da relação funcionário-chefia, sendo

assim, a realização de uma pesquisa de clima organizacional, nas três unidades

traria como benefício à verificação e a percepção dos fatores que causam a falta

de desempenho dos funcionários, culminando no desânimo e na desmotivação

dos mesmos no trabalho.

Assim, este trabalho pretende responder a seguinte questão norteadora:

Como estão os indicadores de clima organizacional da empresa Incomum

Turismo Ltda., situada em Florianópolis, Blumenau e Joinville?

1.1OBJETIVOS

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1.1.1 Objetivo geral

Realizar uma pesquisa de Clima Organizacional com os funcionários da

Empresa Incomum Turismo Ltda. nas três unidades: Florianópolis, Blumenau e

Joinville, no período de agosto de 2008 a junho de 2009.

1.1.2 Objetivos específicos

• Identificar na literatura quais são os pressupostos básicos do clima

organizacional.

• Conhecer a percepção dos funcionários sobre os fatores que

interferem no clima organizacional.

• Definir quais variáveis devem ser analisadas na empresa Incomum

Turismo Ltda.

• Proceder à análise dos resultados do estudo de clima organizacional

visando o estabelecimento de um plano de ação.

1.2 JUSTIFICATIVA

O presente estudo pretende conhecer o Clima Organizacional da empresa

Incomum Turismo Ltda. entender o relacionamento entre chefias e subordinados,

buscando a proposta de um plano com vistas a tornar o ambiente de trabalho

mais tranqüilo, com menos pressão, fazendo com que os colaboradores

trabalhem mais à vontade, e assim, produzam mais, buscando proporcionar um

clima de harmonia e colaboração, tendo em vista a interação e o entrosamento no

que diz respeito às idéias, opiniões, feedback, comportamento e entusiasmo,

levando os mesmos a se sentirem confiantes e compartilharem expectativas de

atuações inovadoras e atraentes em suas funções.

Até o presente momento, não foi realizado nenhum estudo desta natureza

na empresa Incomum Turismo Ltda, e, considerando que estão ocorrendo alguns

problemas no ambiente interno dessa empresa, entre os colaboradores. Observa-

se então, um momento oportuno para tal estudo, procurando identificar as causas

que originam esses problemas, cujo conhecimento dessas situações possibilitará

uma tomada de decisão, com a finalidade de proporcionar uma melhor

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interatividade entre chefias e colaboradores gerando a oportunidade de

entrosamento, troca de experiências e o aperfeiçoamento contínuo com o objetivo

de conciliar os interesses individuais e organizacionais, numa perspectiva de

disseminação do aprendizado organizacional na empresa em estudo.

Considera-se que esta pesquisa além de oportuna é viável, tendo em vista

que não houve anteriormente nenhum estudo nessa temática. Assim, entende-se

que é uma ótima oportunidade para a acadêmica relaciona teoria e prática

propondo melhorias à empresa. Em termos de custos e tempo, não haverá muitas

dificuldades, pois a acadêmica desempenha atividades administrativas na

empresa em questão, que tem interesse no desenvolvimento desse estudo.

Além disso, é impossível realizá-lo no período de um ano, mas o tempo

dedicado será um tempo louvável, pois todos os esforços de leitura, pesquisa e

observação serão destinados a este estudo, como uma a oportunidade única de

análise no campo, entendo como o clima organizacional é percebido pelos

colaboradores e pela empresa atualmente.

Justifica-se ainda a realização desse estudo, como uma entre as possíveis

alternativas de identificar problemas cujos erros poderão ser reparados buscando

a reflexão no tocante as relações no ambiente de trabalhado, assim como, uma

conscientização quanto à atuação desses profissionais de que os mesmos

poderão contribuir significativamente, mudando: a postura, a forma de pensar, o

agir e o trabalhar caracterizando uma constante atribuição de inovação e

harmonia na empresa no que se diz respeito ao clima organizacional.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Tendo em vista que o clima organizacional está em estudo, a

fundamentação teórica abordará os seguintes temas: a área de gestão de

pessoas, cultura organizacional, comportamento organizacional, clima

organizacional e motivação no ambiente de trabalho.

2.1 ÁREA DE GESTÃO DE PESSOAS

Gil (2001, p.17) apresenta a Gestão de Pessoas como a função gerencial

que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance

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dos objetivos organizacionais quanto individuais. Também constitui uma evolução

das áreas designadas no passado como Administração de Pessoal, Relações

Industriais e Administração de Recursos Humanos.

A expressão Gestão de Pessoas aparece no final do século XX e possue

similaridade com outras que também vem se popularizando, tais como Gestão de

Talentos, Gestão de Parceiros e Gestão do Capital Humano (GIL, 2001, p. 17).

Ela visa substituir a Administração de Recursos Humanos, que é a mais

comum entre todas as expressões utilizadas nos tempos atuais para designar os

modos de lidar com as pessoas nas organizações. Os argumentos em prol dessa

mudança de nomenclatura ressaltam que o termo Administração de Recursos

Humanos é muito complexo e implica na percepção das pessoas que trabalham

numa organização apenas como recursos materiais ou financeiros. Por isso,

alguns autores adeptos da Gestão de Pessoas, procuram designar as pessoas

que trabalham nas organizações não mais como empregados ou funcionários,

mas como cooperadores colaboradores ou parceiros (GIL, 2001, p.17-18).

Ainda em relação à evolução histórica, o mesmo autor (2001, p.18-20)

salienta a Administração de Recursos Humanos definindo como:

• A Administração científica que tem sua origem com as experiências

de Frederick W. Taylor (1856-1915) nos Estados Unidos e Henri

Fayol (1841-1925) na França, onde o objetivo fundamental era

proporcionar fundamentação científica às atividades administrativas,

substituindo a improvisação e o empirismo.

• A Escola das relações humanas possue o movimento das relações

humanas no trabalho surgindo à constatação da necessidade de

considerar a relevância dos fatores psicológicos e sociais na

produtividade. Estes estudos foram feitos pelo psicólogo americano

Elton Mayo (1890-1949).

• As relações industriais possuem o poder dos sindicatos sobre os

trabalhadores e em virtude dessa relação, as empresas passaram a

se preocupar mais com as condições de trabalho e benefícios de

seus empregados e também a necessidade de negociar com as

entidades representativas dos trabalhadores.

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• Administração de Recursos Humanos foi conhecida em 1960 e

passou a substituir as expressões das organizações relacionadas a

Administração de Pessoal e Relações Industriais. O aparecimento

da Administração de Recursos Humanos deve-se à introdução de

conceitos originários dos sistemas à Gestão de Pessoal que teve

origem nos estudos do biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy

(1901-1972) que verificando certos princípios de algumas ciências,

pode ser aplicada desde que seus objetivos pudessem ser

entendidos como sistemas: físico, químico, social e psicológico.

Gil (2001, p. 21) enfatiza que a Administração de Recursos Humanos pode

ser entendida como a Administração de Pessoal baseada na abordagem

sistêmica que seriam:

• Interdependência das partes: a administração como sistema,

tornando-se possível identificar suas partes como subsistemas

interdependentes, podendo como, por exemplo, envolver a seleção

de treinamento;

• Ênfase no processo: é dinâmica, a organização não é vista como

uma estrutura estática, mas como um processo de contínua

mudança;

• Probabilismo: a organização não é caracterizada pela certeza

absoluta, mas pela probabilidade;

• Multidisciplinalidade: buscam contribuições dos mais diversos

campos de conhecimento como a psicologia, sociologia, economia,

etc. A equipe de recursos humanos tende a buscar vários tipos de

formações profissionais diferentes;

• Caráter multicausal: As organizações em relação ao indivíduo e

aos grupos para serem analisados com base na consideração dos

múltiplos fatores de seus objetivos para que possam interferir em

sua ocorrência como, por exemplo, a causalidade como apoio;

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• Caráter descritivo: compreensão dos fenômenos e deixam a

escolha dos objetivos e procedimentos aos indivíduos que compõem

a definição do que deve ser feito na organização;

• Caráter multimotivacional: Os atos humanos podem ser

determinados por múltiplos motivos e as organizações são

constituídas para a satisfação dos interesses;

• Participação: o processo normal da tomada de decisões requer a

participação em decisões sobre política de pessoal como exemplo,

mas a decisão só poderá ser tomada depois de terem sido ouvidos

pelos integrantes dos subsistemas de recursos humanos: seleção,

treinamento, cargos e salários, etc.

• Ênfase dos papéis: as organizações sistêmicas lidam com

expectativas de papéis, portanto, seus membros precisam estar

permanentemente informados acerca do que se espera em relação

à organização, aos colegas de trabalho e ao público externo.

Esses procedimentos, aliados às novas concepções acerca do papel dos

indivíduos nas organizações, determinam, sobretudo, a partir da década de 90,

sérios questionamentos à forma como vinha sendo desenvolvida a Administração

de Recursos Humanos nas organizações dentre eles, as pessoas são tratadas

como recursos e precisam ser administradas para obter o máximo rendimento

possível e, consequentemente, tendem a ser consideradas parte do patrimônio da

organização. Na Gestão de Pessoas, passariam a ser reconhecidas como

fornecedoras de conhecimentos, habilidades, capacidades e inteligência. As

pessoas constituiriam o capital intelectual da organização devendo, portanto,

tratar os empregados como parceiro do negócio e não mais como simples

empregados contratados (CHIAVENATO, 1999, p. 7 apud GIL, 2001, p. 23).

Estes fatos demonstram que há uma evolução para uma nova forma de

Gestão de Recursos Humanos, que vem designada principalmente como Gestão

de Pessoas embora também se fale em Gestão de Talentos, Gestão de parceiros,

Gestão de capital Humano e capital Intelectual (GIL, 2001, p. 24).

O mesmo autor (2001, p. 4) salienta que a Gestão de Pessoas, no

entanto, constitui ainda uma tendência que se manifesta mais no meio acadêmico

do que propriamente nas empresas, visto pela revisão de obras relativas à Gestão

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de Recursos Humanos e aos cursos que vem sendo oferecidos por instituições

especializadas. Daí constata-se que a Gestão de Pessoas vem ganhando

adeptos, já que as empresas anunciam a disposição para tratar seus empregados

como parceiros, incentivando sua participação nas decisões, utilizando ao

máximo o talento das pessoas para a obtenção da sinergia necessária para seu

desenvolvimento.

Os princípios ou atividades que norteiam a Gestão de Pessoas é um amplo

leque nos quais seriam: recrutamento de pessoal, descrição de cargos,

treinamento e desenvolvimento e avaliação de desempenho. As atividades são

intimamente relacionadas entre si, influenciando-se reciprocamente e então fica

difícil estabelecer um sistema de classificarão que seja suficientemente capaz de

abranger todas as atividades de forma que nenhuma seja excluída (GIL, 2001, p.

24).

Já o autor Dutra (2002, p. 27) sustenta que nos EUA haja registros de

gestão profissionalizada de empresas desde o início do século XIX (CHANDLER,

1962, p. 19-29), a gestão de pessoas é sistematizada no movimento de

administração científica.

Na França, são observadas no século XIX discussões estruturadas sobre a

gestão de pessoas em conjunto com aquelas efetuadas sobre as relações de

trabalho e sobre a regulamentação social do trabalho.

No século XX a gestão de pessoas estrutura-se. Essa estruturação ocorre

com base na Escola da Administração Científica e então condiciona a gestão de

pessoas durante todo o século XX aos paradigmas de gestão criados por esse

movimento na história da administração (DUTRA, 2002, p. 28).

O mesmo autor (2002, p. 28) comenta que a administração científica está

fundamentada nas seguintes idéias:

• O homem é um ser eminentemente racional e que, ao tomar uma

decisão, conhece todos os cursos de ação disponíveis, bem como

as conseqüências da opção por qualquer um deles;

• Existe uma única maneira certa, uma vez descoberta e adotada,

maximizará a eficiência do trabalho;

• Fixados os padrões de produção, era preciso que fossem

atingidos. Para isso, era necessária a seleção, o treinamento, o

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controle por supervisão e o estabelecimento de um sistema de

incentivos.

Na década de 60, são percebidas as primeiras fissuras nos modelos de

gestão de pessoas centrados no paradigma taylorista/fordista, mas na década de

70 críticas fundamentais de forma melhor surgem, gerando as bases para uma

ruptura profunda com princípios que sustentavam as políticas e práticas de gestão

de pessoas. Durante a década de 80 convivemos com uma transição de

referenciais tanto teórico-conceituais, quanto técnico-instrumentais, ou seja,

vivemos uma grande crise no que tange à gestão de pessoas. Mas, também nos

anos 80, tivemos a oportunidade de participar de diversos encontros teóricos e

profissionais especializados em gestão de pessoas e que muitos afirmavam que

as empresas nunca haviam sido estimuladas pelo ambiente. Os anos 80 era o

início dessa reflexão e que, portanto, não sabíamos gerir pessoas e estávamos

começando o aprendizado (DUTRA, 2002, p. 30).

Dutra (2002, p. 30) sustenta que os anos 90 foram muito ricos em termos

de aprendizado sobre novas propostas e experiências na gestão de pessoas.

Atualmente, temos um amplo campo oferecido por diversas experiências que

traduzem novas abordagens para a gestão de pessoas e que indicam um novo

caminho.

No processo evolutivo da gestão de pessoas, o mesmo autor (2002, p. 30)

apresenta uma abordagem, denominada de funcionalista em três fases, a saber:

• Operacional: até a década de 60. Nessa fase, a gestão de pessoas

preocupa-se basicamente com a operacionalização de captação,

treinamento, remuneração, informações, etc.

• Gerencial: dos anos 60 até início dos anos 80 em que a gestão de

pessoas passa a interferir em diferentes processos da organização,

sendo requisitada como parceira nos processos de desenvolvimento

organizacional;

• Estratégica: a partir dos anos 80 a gestão de pessoas começa a

assumir um papel estratégico na internalização de novos conceitos

de pensar nas pessoas como: na geração de valor das mesmas

para as organizações.

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De forma mais abrangente, Bulgacov (1990, p. 354) enfatiza que nos dias

atuais, um ponto a ser destacado cada vez mais nas organizações é a

contribuição do gestor de pessoas, independente da área funcional que atua, seja

comercial, financeira, administrativa, entre outras, deva assumir para si certas

atividades que anteriormente eram realizadas por uma área que concentrava

atividades restritas a recursos humanos, tais como recrutamento e seleção,

elaboração de catálogo de cargos, definição das faixas salariais, etc. O mesmo

deve conhecer os instrumentos que fazem com que coloque “a pessoa certa, no

lugar certo, pelo tempo certo”, contribuindo assim, para que seus funcionários se

motivem e produzam mais em seu ambiente de trabalho.

O executivo principal de uma organização, independente de sua dimensão, é o responsável máximo pela gestão de pessoas. Seja desde aos níveis de gerência, de supervisão, ou de qualquer tipo de definição hierárquica, são os profissionais de linha que respondem pelas pessoas de sua área ou órgão (BULGACOV, 1999, p. 354).

Em outra perspectiva, Flippo (1975, p. 24-25) aborda que o administrador é

uma pessoa que exerce autoridade e liderança sobre outras pessoas. O

administrador de pessoal deve desempenhar as funções administrativas e

funcionais da empresa. A área de gestão de pessoas abrange o desenvolvimento,

remuneração, integração e manutenção de pessoal de uma organização, com a

finalidade de contribuir para que a organização atinja seus princípios, metas e

objetivos. Portanto, a administração de pessoal é responsável por planejar,

organizar, dirigir e controlar.

Em perspectiva similar, Chiavenato (2004, p. 13) considera que cada

administrador, seja um diretor, gerente, chefe ou supervisor, desempenha as

quatro funções administrativas que constituem o processo administrativo:

planejar, organizar, dirigir e controlar.

A área de recursos humanos procura auxiliar o administrador a

desempenhar as funções porque ele não realiza seu trabalho sozinho, mas, por

meio das pessoas que formam a sua equipe. Com a equipe de subordinados, o

administrador executa as tarefas e alcança metas e objetivos estabelecidos pela

organização.

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Todavia, Chiavenato (2008, p. 8) aborda o conceito de Gestão de Pessoas

como uma área sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é

extremamente contigencial e situacional, pois depende de vários aspectos como a

cultura que existe em cada organização, a estrutura organizacional adotada, as

características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia

utilizada, dos processos internos, do estilo de gestão utilizada e de uma infinidade

de outras variáveis importantes.

O mesmo autor (2008, p. 9) menciona outros autores sobre o conceito de

gestão de pessoas:

• Administração de Recursos Humanos (ARH): é o conjunto de

políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da

posição gerencial relacionados com as “pessoas” ou recursos

humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento,

recompensas e avaliação de desempenho.

• ARH: é a função administrativa devotada à aquisição, treinamento,

avaliação e remuneração dos empregados. Todos os gerentes são,

em certo sentido, gerentes de pessoas, porque todos eles estão

envolvidos em atividades como recrutamento, entrevistas, seleção e

treinamento.

• ARH: é o conjunto de decisões integradas sobre as relações de

emprego que influenciam a eficácia dos funcionários e das

organizações.

• ARH: é a função na organização que está relacionada com a

provisão, treinamento, desenvolvimento, motivação e manutenção

dos empregados.

• Gestão de Pessoas: é o conjunto integrado de atividades de

especialistas e de gestores como: agregar, aplicar, recompensar,

desenvolver, manter e monitorar pessoas para proporcionar

competências e competitividade à organização.

• Gestão de Pessoas: é a área que constrói talentos por meio de um

conjunto integrado de processos e cuida do capital humano das

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organizações, o elemento fundamental do seu capital intelectual e a

base do seu sucesso.

Além de definir conceitualmente gestão de pessoas Chiavenato (2004,

p.15) apresenta seis processos que a caracterizam:

• Processos de Agregar Pessoas: processos utilizados para incluir

novas pessoas na empresa, chamados de provisão ou suprimento

de pessoas, incluem recrutamento e seleção de pessoas.

• Processos de Aplicar Pessoas: são considerados processos para

desenhar as atividades que as pessoas irão realizar na empresa,

inclui desenho organizacional e desenho de cargos, análise e

descrição de cargos, orientação das pessoas e avaliação de

desempenho.

• Processos de Recompensar Pessoas: são processos utilizados para

incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades individuais.

Incluem recompensas, remuneração e benefícios e serviços sociais.

• Processo de Desenvolver Pessoas: são os processos utilizados para

capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal

das pessoas inclui o treinamento e desenvolvimento, gestão do

conhecimento, gestão de competências, programas de mudanças e

de comunicações.

• Processos de Manter Pessoas: são os processos utilizados para

criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as

atividades das pessoas. Incluem administração da cultura

organizacional, clima, disciplina, higiene, segurança, qualidade de

vida e manutenção de relações sindicais.

• Processo de Monitorar Pessoas: são processos utilizados para

acompanhar e controlar as atividades das pessoas e verificar

resultados inclui banco de dados e sistemas de informações

gerenciais.

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O autor (2004, p. 15) conclui que “todos esses processos estão

interligados, de tal maneira, que relacionam-se e influenciam-se reciprocamente”.

Cabe evidenciar que Dutra (2002, p. 43) aponta o foco no desenvolvimento

em vez do foco no controle. No referencial taylorista, a gestão de pessoas sempre

se preocupou com o controle das pessoas, traduzido no procedimento de

captação, remuneração, capacitação, carreira, desempenho, movimentação, ou

seja, as práticas e políticas para a gestão de pessoas têm nesse referencial o

controle da pessoa como maior objetivo pressupondo um papel passivo da

mesma.

A realidade organizacional teve um maior envolvimento das pessoas e foi

estimulando um papel mais ativo, mas na prática a gestão de pessoas não

conseguiu acompanhar e gerou grande defasagem e dissonância em relação à

tarefa segundo Semler (apud DUTRA, 2002, p.43):

Um trabalhador é estimulado com sugestões e opiniões para melhorias nos

processos produtivos, é encarado nesse processo como alguém maduro para

sugerir e agregar valor, mas, quando vai embora para casa ao final do

expediente, é revisado para verificar se não está levando nada e tem que marcar

cartão ponto para controle de sua assiduidade, e é encarado como um potencial

ladrão e sem maturidade para cumprir seus deveres.

O quadro traçado por Semler é comum nas organizações em função desse

descompasso entre a realidade e as necessidades organizacionais. O que causa

esse descompasso é uma interpretação equivocada da realidade pelos modelos

de gestões tradicionais que partem da idéia de que a relação entre empresa e

pessoas é de natureza conflitante e não há espaço para a construção de objetivos

comuns e de parcerias (DUTRA, 2002, p. 43-44).

No momento em que a organização pensa nas pessoas como parceiras de

seu desenvolvimento as pessoas pensam o mesmo em relação à empresa, o foco

altera-se do controle, para o desenvolvimento. Esse comprometimento viabiliza

uma gestão organizacional mais descentralizada e flexível, tornando suas

respostas ao ambiente mais ágil e objetiva, também fazem à organização mais

competitiva. A obtenção do comprometimento entre a organização e as pessoas

pressupõe as idéias de desenvolvimento e satisfação de ambas e também a

consistência no tempo de gestão de pessoas. Desse modo, a pessoa deixa o

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papel passivo e assume o papel ativo na gestão de pessoas, de forma

compartilhada com a organização (DUTRA, 2002, p. 44).

Essa é a grande transformação conceitual na gestão de pessoas, em que

elas passam a ser agentes de sua própria gestão, em conjunto com a empresa.

Já nos modelos tradicionais elas não conseguem traduzir isso, portanto, pensar

em gestão de pessoas com base em uma visão funcionalista ou sistêmica, não dá

suporte às organizações (DUTRA, 2002, p. 44).

Em outra perspectiva, Gil (2001, p. 27) sustenta que na organização atual,

as funções são estreitamente definidas e devem ceder lugar a uma série contínua

de processos que aborde como as pessoas ingressam na organização, como

evoluem dentro dela, como seu desempenho pode ser maximizado. Sobre esse

novo paradigma a ação de RH deve ser vista como perspectiva dos empregados

e gerentes avaliando: do que os empregados necessitam para ajudá-los a se

tornar ativos organizacionais, produtivos e valiosos, e do que os gerentes de linha

necessitam para ajudá-los a liderar e utilizar esses importantes ativos humanos

com mais eficácia. A estrutura de recursos humanos departamentizada e voltada

para funções, deverá dar lugar a uma organização mais enxuta. Os processos de

recursos humanos devem ser deslocados de: centralizados para operações mais

amplas. Gerentes de linha devem assumir muitas das atividades até então

desempenhadas pelo departamento de recursos humanos (GIL, 2001, p. 27).

Os mesmos serão valorizados, mas, no novo contexto, o prazo de que

dispõem para provar suas competências tende a ser cada vez menor. A gestão de

pessoas tende a tornar-se o mais importante setor da administração. Seus

agentes, por sua vez, passarão a ser selecionados não apenas pelas

capacidades técnicas inerentes a esse setor, mas também pela competência em

outras áreas da administração (GIL, 2001, p. 32).

. Fazendo uma interpretação do conjunto dos processos de Chiavenato

relacionados à gestão de pessoas, nota-se que este conjunto consiste em fazer

com que as pessoas se sintam valorizadas e capazes dentro de uma

organização. Elas são avaliadas conforme perfil profissional, habilidades,

conhecimentos e atitudes. Dentre eles estão: a cultura, recompensas, satisfação

pessoal, motivação, análise psicológica, acompanhamento dos processos e

informações disponíveis para ajudá-las a desempenharem seu papel profissional

e seu potencial dentro das organizações. Com esta base nota-se que se faz

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necessário nos dias atuais o envolvimento das organizações com seus

colaboradores, pois são eles que podem influenciar ou não o avanço da empresa

e seu futuro.

Já Dutra mostra que seus colaboradores na gestão de pessoas devem ter

o foco no desenvolvimento e não no controle. O trabalhador pode ser estimulado

com sugestões e opiniões agregando seus conhecimentos. Eles interagem sendo

seus próprios agentes na gestão em conjunto com a empresa e passam a ser um

colaborador ativo para o processo produtivo e competitivo. Então, a empresa com

o foco no desenvolvimento e a colaboração de seus trabalhadores, também pode

ganhar o avanço competitivo e uma grande visão de perspectiva da empresa em

relação a seu futuro.

Gil enfatiza os processos de abordagem de seus colaboradores para o

ingresso, a evolução e seu desempenho dentro das organizações. Eles precisam

de ajuda para poderem se desenvolver e se tornarem ativos dentro da

organização e para isso a área de RH precisa ficar enxuta e repassando sua

função para a área de gestão de pessoas onde seus gerentes de linhas devem

estar preparados para desempenhar a função de incentivo e apoio. E,

concordando com Dutra e Chiavenato, os colaboradores sendo incentivados e

tendo apoio, com certeza serão um agente produtivo fazendo com que a empresa

ganhe com o conhecimento, estímulo e capacidade num todo.

Falar sobre gestão de pessoas nos dias atuais requer uma busca mais

profunda dos aportes teóricos que envolvem diversos temas presentes nas

organizações, como por exemplo, a cultura organizacional.

2.2 CULTURA ORGANIZACIONAL

A cultura é um conceito antropológico e sociológico que comporta múltiplas

definições. A cultura é a forma pela qual uma comunidade satisfaz às suas

necessidades materiais e psicossociais. Implícita nesta idéia está à noção de um

ambiente como fonte de sobrevivência e de crescimento. Cultura é a adaptação

em si, é a forma pela qual uma comunidade define seu perfil em função da

necessidade de adaptação ao meio em que vive (MOTTA e CALDAS, 1997, p.

160).

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Motta e Caldas (1997, p. 160-161) mencionam propostas conceituais e

metodológicas que definem o papel da empresa e das pessoas na gestão de suas

expectativas de desenvolvimento. Tais propostas apontam como responsabilidade

da pessoa a gestão de seu desenvolvimento, destino profissional e carreira. Cabe

a empresa estimular e dar suporte, compreensão às pessoas e de definir com

clareza suas expectativas.

Propostas conceituais e metodológicas transformaram-se em práticas

dentro das organizações. Os mesmos autores (1997, p. 160-161) enfatizam essas

propostas como instrumentos que se concretizam na contínua busca da melhor

conciliação das expectativas de desenvolvimento das pessoas nas empresas:

• Necessidade de a empresa obter um comprometimento efetivo do

trabalhador com os objetivos e estratégias como forma de obter vantagens

competitivas.

• Necessidade de as empresas contarem com pessoas em condições de

interagir com a organização num processo de mútua aprendizagem, sem

que a empresa e as pessoas percam sua individualidade.

• Necessidade de a empresa e as pessoas reverem suas relações de

dependência, as empresas não mais podendo garantir emprego e as

pessoas não vinculando suas carreiras e futuro profissional a uma única

empresa.

• Mudança de perfil exigido pelas empresas de pessoas obedientes e

disciplinado para autônomas e empreendedoras.

• Mudança de expectativa das pessoas em sua relação com a organização,

busca cada vez mais autonomia e liberdade em suas opções de carreira e

escolhas profissionais.

Em linha distinta, Parsons (apud MOTTA, 1995, p. 188-189) apresenta a

visão mais clássica e tradicional veiculada pela análise organizacional, à visão

sistematizada, que vê a cultura como sistema de valores e de continuidade

cultural por um período longo de tempo. As coisas passam de uma forma

semelhante às concepções de cultura que vêem uma espécie de superestrutura

de um sistema de instituições, que determina como face afetiva da vida e um

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grupo reunido por interesses comuns. A cultura é vista como um instrumento a

serviço das necessidades biológicas e psicológicas dos seres humanos, também

vista como um mecanismo adaptativo. A cultura é como cognições

compartilhadas, a noção de que a mente humana gera cultura por meio de um

número finito de regras. Essas dificuldades desaparecem quando nos

debruçamos sobre a antropologia contemporânea, concentrando-nos na

compreensão da cultura.

Para a antropologia, os homens vivem num universo de significados; dessa

forma, não apenas as palavras, mas expressões, posturas e ações conferem aos

objetivos que dão sentido aos homens. É por essa razão que podemos afirmar

antes de tudo, uma linguagem de códigos, é dessa maneira que a cultura fornece

aos grupos e às nações um referencial que permite aos homens atribuir um

sentido ao mundo que vive. (PARSONS apud MOTTA, 1995, p.188-189).

Parsons (apud MOTTA, 1995, p.188-189) enfatiza que a cultura designa,

classifica, corrige, liga e coloca em ordem a sociedade em grupos distintos

ambientais e profissionais.

Schein (apud FLEURY e FISCHER, 1996, p. 20) denomina a cultura

organizacional como um conjunto de pressupostos básicos que um grupo

inventou, descobriu e desenvolveu ao aprender como lidar com problemas de

adaptação externa e integração interna e que funcionou bem o suficiente para

serem considerados válidos e ensinados a novos membros como a forma correta

de perceber, pensar e sentir, em relação aos problemas.

Analisando o conceito de Motta e Caldas, percebe-se que a cultura é um

conceito antropológico e sociológico, é a forma pela qual a comunidade satisfaz

seus desejos materiais ou psicológicos e é a fonte da sobrevivência. Já nas

empresas a cultura gera expectativa de desenvolvimento e propostas

metodológicas, elas se transformam em práticas de instrumentos que se com o

tempo se concretizam.

Em relação à Parsons, o mesmo tem uma visão mais clássica que vê a

cultura como um valor e um instrumento a serviço das necessidades biológicas e

psicológicas, simplificando, as pessoas da organização precisam de um tempo e

se tornam um mecanismo adaptativo.

E Fleury e Fischer percebem a cultura como um pressuposto para lidar com os

problemas de adaptação e integração, por exemplo, a forma de pensar e sentir

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das pessoas nas organizações. Além desses níveis, este autor apresenta alguns

elementos constitutivos da cultura organizacional que são essenciais à

manifestação e a compreensão da cultura nos espaços organizacionais, a saber:

Diante dessa base conceitual, a cultura organizacional pode ser apreendida

em vários níveis (SHEIN, apud FLEURY e FISCHER, 1996, p. 20):

• Nível de artefatos visíveis: o ambiente construído da organização,

arquitetura, layout, a maneira de as pessoas se vestirem, padrões

de comportamento, documentos público, exemplo: cartas e mapas.

• Nível dos valores que governam comportamento das pessoas: é

preciso entrevistar os membros-chave de uma organização ou

realizar a análise de conteúdo e documentos formais de uma

organização para se ter um resultado concreto.

• Nível de pressupostos inconscientes: são aqueles pressupostos

que determinam como os membros de um grupo percebem, pensam

e sentem.

Em perspectiva divergente, Aidar (1995, p. 99) menciona que a cultura está

presente em todo o lugar da empresa e em todas as ações de seus funcionários.

Analisando apenas a estrutura formal das organizações teremos uma

compreensão incompleta de sua cultura. A transformação da cultura corre por

meio de decretos ou palavras. Ocorre por intermédio de uma mudança real nas

crenças e valores pela grande maioria das pessoas que trabalham numa

empresa. Grande parte de altos dirigentes percebem, hoje, a importância do

gerenciamento da cultura para a condução de seus negócios, mas apesar desse

reconhecimento que os altos dirigentes têm a respeito da importância dos valores

e da cultura organizacional como um todo, eles pouco têm se mobilizado nesse

sentido em suas práticas diárias.

As tarefas designadas aos altos executivos estão muitas vezes

relacionadas à implementação de novas estratégias nos negócios como forma de

competitividade organizacional, restringe-se as condições econômicas e

mercadológicas e deixam a desejar os fatores humanos. Além disso, as

mudanças culturais são relegadas a um segundo plano por ser um processo

demorado dentro da organização (AIDAR, 1995, p. 100).

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Na mesma linha, Johann (2004, p. 9) aborda algumas hipóteses para a

reflexão dos níveis decisórios sobre a ausência de estratégias empresariais

formatadas com a finalidade de gerenciar a cultura:

• Hipótese 1: ocorrência de determinada miopia estratégica, que

impede a alavancagem da gestão da cultura como um dos possíveis

fatores críticos de sucesso nos negócios;

• Hipótese 2: a cultura reorganizacional é considerada imutável;

• Hipótese 3: predomínio, no topo decisório, de uma visão

excessivamente cartesiana, que exclui tudo que envolva o subjetivo,

o emocional, o demorado para dar resultados;

• Hipótese 4: falta de materialização das atribuições relativas à

cultura organizacional, na estrutura formal ou no organograma;

• Hipótese 5: desconhecimento de uma metodologia que alinhe as

várias intervenções necessárias ao manejo da cultura.

Kanaane (1994, p.32) aponta a cultura organizacional analisando as

relações interpessoais, identificando as sinalizações para a caracterização da

cultura existente que retratam o grau de formalidade e de informalidade presentes

nos ambientes, denotando a maior ou menor flexibilidade das relações entre seus

membros e em que nível os mesmos respondem e participam das condições

vigentes.

Já as relações de poder e autoridade refletem as posições ocupadas pelo

indivíduo no contexto organizacional. Esta situação assinala o conjunto delimitado

pelo sistema de papéis, normas, valores, e o fluxo de informações que reforçam

as posições socialmente mantidas (KANAANE, 1994, p. 32).

O nível de sinergia existente em um sistema organizacional dependerá das

energias emanadas via ambientais, cujos elementos gradativamente delineiam o

quadro geral das interações sociais. Essas interações refletem um conjunto de

possibilidades que vão desde as relações facilitadoras como a cooperação,

colaboração e participação até as relações que impedem seu funcionamento

adequado, ou seja, conflitos não administrados, competições, rivalidades e

disputas de poder (KANAANE, 1994, p. 32).

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O mesmo autor (1994, p. 32) menciona que essas relações, aliadas aos

papéis profissionais desempenhados pelos indivíduos, grupos, as condições

mercadológicas e o estilo de gestão, refletirão as possibilidades de sucesso das

organizações.

Quando se consegue criar um clima organizacional que propicie a

satisfação das necessidades de seus participantes e que canalize seus

comportamentos motivados para a realização dos objetivos da organização,

simultaneamente, tem-se um clima propício ao aumento da eficácia do mesmo. A

seguir será abordado o tema comportamento organizacional.

2.3 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Apesar dos estudos sobre as relações humanas terem iniciado

praticamente na década de 30 em oposição à administração científica que

predominava a divisão e a especialização do trabalho estimulando o trabalhador

ao “não pensar”, a prática de se lidar com este conhecimento voltado à

compreensão do indivíduo como um “ser social” ainda é muito recente. Neste

período, as pessoas trabalhavam sozinhas ou em pequenos grupos e era possível

resolver os conflitos rapidamente, o que já não ocorre nos dias atuais. Este modo

rápido de resolução era decorrente da visão que predominava até então. O

homem era visto como um ser eminente econômico movido por incentivos

salariais que gostava de ser comandado, não tinha iniciativa própria, surgindo

então a origem do homo economicus (DIONÍSIO, 2002, p. 3-4).

Dionísio (2002, p. 4) ressalta que, à medida que alguns precursores

aprofundavam suas pesquisas na tentativa de compreender a realidade daquela

época contrapondo-se as idéias vigentes até então, buscavam também a origem

desses problemas deparando-se com vários fatores os quais interferiam na

satisfação e produtividade dos trabalhadores. Tais fatores se caracterizavam por

uma realidade brutal como, por exemplo: ambientes mal iluminados, poucos

ventilados, péssimas condições de higiene e segurança, além de longas jornadas

de trabalho nas fábricas e nas indústrias.

Assim, decorrentes do processo de industrialização introduzidos no mundo

do trabalho é oportuno ressaltar que este processo além de contribuir na

expansão dos bens de consumo, este momento permitiu a introdução de novos

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conhecimentos, principalmente, no que diz respeito às novas relações de trabalho

exigindo maior qualificação dos trabalhadores com salários mais dignos e redução

nas horas trabalhadas.

Dionísio (2002, p. 1) afirma que muito se têm dito sobre comportamento

organizacional e o quanto esta ciência tem contribuído para o desenvolvimento

das organizações. No entanto, para entendermos a dimensão, a importância e a

aplicabilidade deste campo de conhecimento é preciso resgatar alguns conceitos:

Dawis e Newstrom (1992) salientam o comportamento organizacional como

o estudo e a aplicação do conhecimento das pessoas dentro das organizações.

Já para os autores Schermerhorn, Hunt e Osborn (1999, p. 26), o comportamento

organizacional é somente o estudo de indivíduos e grupos dentro das

organizações.

Diante dessa base conceitual, acrescenta-se que o comportamento

organizacional estuda os comportamentos observáveis como: conversar com os

colegas de trabalho, utilizar equipamentos ou preparar relatórios como também

trata de questões internas como: pensar, perceber e decidir questões externas.

Estuda também o comportamento das pessoas como indivíduos e como

integrantes de unidades sociais maiores (grupos e organizações). E, além de

estudar os indivíduos e os grupos, se preocupa com o comportamento de

unidades sociais maiores porque nem sempre conhecê-las é o suficiente. Cada

organização se comporta de maneira diferente e esses comportamentos e podem

ser entendidos somente sob o ponto de vista individual ou grupal (DIONÍSIO,

2002, p. 2).

Estudos nesta área sinalizam que o comportamento organizacional é um

campo de conhecimento que se aplica a todo e qualquer ambiente de trabalho

independentemente da sua natureza sejam eles: pequenos, grandes, lucrativos,

não lucrativos, onde houver um grupo organizado existirá sempre um

comportamento organizacional a ser estudado (DIONÍSIO, 2002, p. 2).

Diante disso, a principal característica do comportamento organizacional é

o seu caráter multidisciplinar integrado a outras ciências como, por exemplo: a

antropologia, a sociologia, a psicologia, a economia e outras, de tal forma que

estas colaboram substancialmente à construção deste novo ramo de

conhecimento. Deste modo, a ciência antropológica e sociológica nos remete a

seguinte questão: o homem é um ser eminentemente social gregário e

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organizacional, desde seus primeiros anos de vida o ser humano faz parte de um

grupo organizado que é a família.

De acordo com Dionísio, (2002, p. 7-8) por definir-se como um ser

eminentemente social, focamos alguns aspectos facilitadores e limitadores do

comportamento humano como: afetos, desejos, bloqueios, omissões e medos nas

interações sociais que caracterizam o processo de socialização do individuo e dos

grupos, no qual os mesmos são continuamente submetidos. Este processo tende

a direcionar a vontade e os valores intrínsecos do homem que desde a infância,

incorpora as normas que permeiam os ambientes familiares, religiosos, sociais e

organizacionais determinando comportamentos específicos.

Dionísio (2002, p. 8) ressalta a psicologia como um campo interdisciplinar

com uma forte ligação nas ciências sociais a exemplo de outras, como é o caso

da medicina e da administração que se apropria de diferentes conhecimentos

contribuindo para aprimorar o relacionamento entre as pessoas e as

organizações. Então, cabe mencionar os elementos-chave do comportamento

organizacional:

• As pessoas: representam o sistema social interno da organização.

Pode ser constituído pelos indivíduos ou pelos grupos, sejam eles

pequenos ou grandes formais ou informais. O que realmente

interessa é a sua natureza dinâmica porque eles se constituem,

mudam, transformam e se dissolvem constantemente. Este processo

se dá a partir das mudanças sociais, culturais e econômicas inerente

aos indivíduos integrantes dos sistemas organizacionais.

• A estrutura: define os relacionamentos sob o ponto de vista formal

principalmente no que diz respeito à hierarquia e a diferenciação dos

cargos estabelecendo e possibilitando o inter-relacionamento dos

seus integrantes a partir da cooperação da negociação e do

processo de decisão tudo isto visando o alcance dos objetivos da

organização.

• A tecnologia: oferece recursos através dos quais as pessoas

trabalham interferindo no desempenho das tarefas.

• O ambiente: todas as pessoas atuam dentro de um ambiente

organizacional que pode ser interno ou externo isto porque,

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nenhuma organização sobrevive isoladamente já que faz parte de

um sistema maior cuja interação é uma constante.

Com essa relação ao interesse entende-se que as organizações precisam

das pessoas para atender os objetivos organizacionais e as pessoas necessitam

das organizações para entenderem os objetivos organizacionais (DIONÍSIO,

2002, p. 9).

A importância do comportamento organizacional se situa no processo de

sua aplicação de estudos passando para o processo de relações entre o

desenvolvimento teórico da pesquisa e da prática administrativa. O interesse de

conhecer, relacionar explicar e controlar o comportamento humano no ambiente

de trabalho vem aumentando ao longo dos tempos e através deste processo

evolutivo surgem dois desejos: um fisiológico e outro prático dos estudiosos de

modificarem os ambientes de trabalho tornando-se cada vez mais humanos e

saudáveis (DIONÍSIO, 2002, p. 12-18).

Em perspectiva divergente, Wagner e Hollenbeck (1999, p. 272-273)

ressaltam que o poder e o conflito nas organizações podem aumentar ou não a

produtividade e a eficiência. Os processos de clima organizacional podem

determinar a existência e a direção estratégica de uma organização. A

reestruturação de uma organização é muitas vezes estimulada tanto por lutas

internas, ou pelo poder das condições externas de mercado, surgindo novas

direções e estratégicas para as empresas.

Segundo esses autores, o poder pode ser uma estratégia definindo a

capacidade de influenciar as pessoas. As necessidades das pessoas podem

produzir diversos efeitos diferentes no modo como se comportam. Em termos

gerais, as pessoas são competitivas e buscam prestígio em seu ambiente de

trabalho, são orientadas para ações em grupos pretendendo melhorias e

participação em sua satisfação pessoal.

Na mesma linha, Kanaane (1999, p. 39-40) aborda que as relações de

poder e autoridade refletem as posições ocupadas pelo indivíduo no contexto

organizacional; esta situação está integrada ao conjunto delimitado pelo sistema

de papéis e status e ao conjunto de normas, valores e fluxo de informações que

reforçam as posições socialmente mantidas. Tais posições se notam e se refletem

aos graus de influência e realizações dos respectivos indivíduos. O nível de

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sinergia existente em um sistema de clima organizacional dependerá das

energias emitidas por via de intercâmbios ambientais, cujo conjunto de elementos

delineia o quadro geral das interações sociais. Elas vão desde as relações

facilitadoras como cooperação, colaboração e participação, até as relações que

independem de seu funcionamento adequado, ou seja, conflitos não

administrados, competições, rivalidades e disputa pelo poder.

O mesmo autor (1999, p. 40) identifica que o conjunto dessas relações e

interações sociais aliado aos papéis profissionais desempenhados pelos

indivíduos, grupos e condições mercadológicas e tecnológicas empregadas à

gestão, refletem as possibilidades do sucesso das organizações, desde que

propiciem um intercâmbio entre, de um lado, os papéis instituídos e as

expectativas dos sujeitos de suas necessidades e, de outro lado, as condições

emergentes do contexto social como: governo, concorrentes, fornecedores e

clientes. Nesse sentido, as organizações buscando melhorar seu clima, estarão

adotando estruturas horizontais e enxutas onde as pessoas tendem a participar

efetivamente do negócio da empresa, recebendo informações e colaborando na

realização do trabalho em equipe, bem como no planejamento estratégico.

Alternativa como remuneração variável e flexibilidade no horário de trabalho têm

colaborado para que ocorra um clima de comprometimento com os objetivos

organizacionais.

E, ao nos apropriarmos das expectativas, dos anseios e das necessidades

dos funcionários e do conjunto de perspectivas das relações interpessoais,

podemos identificar e compreender o clima organizacional presente em dado

momento no contexto organizacional. (KANAANE, 1999, p. 40).

2.4 CLIMA ORGANIZACIONAL

Champion (apud LUZ, 2003, p. 10) explica que clima organizacional pode

ser visto como impressões gerais ou percepções dos empregados em relação ao

seu ambiente de trabalho; embora nem todos os indivíduos tenham a mesma

opinião. O clima organizacional reflete o comportamento organizacional, isto é,

atributos específicos de uma organização, seus valores e atitudes que afetam a

maneira pelas quais as pessoas ou grupos se relacionam no ambiente de

trabalho.

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O clima organizacional é o reflexo do estado de ânimo ou grau de

satisfação dos funcionários de uma empresa num dado momento. É a atmosfera

psicológica que envolve a relação entre empresa e seus funcionários. O

profissional não depende só de saber fazer aquilo que tem que fazer, ou seja, não

depende somente de ele estar treinado, capacitado para seu desempenho, não

depende só de poder fazer ou de possuir os recursos necessários para realizar

um bom trabalho. Luz (2003, p. 29) salienta que para que tenha uma boa

performance é essencial:

• Saber fazer: questão de conhecimentos, habilidades ou atitudes.

• Poder fazer: questão de dispor e poder usar os recursos

necessários.

• Querer fazer: questão volitiva que depende da satisfação das

pessoas.

O mesmo autor (2003, p. 29) afirma que muitas empresas criam canais de

comunicação com seus clientes externos (SAC), mas esquecem de fazer o

mesmo em relação aos seus clientes internos, esquecendo que a satisfação dos

seus clientes externos passa antes pela satisfação dos clientes internos. As

empresas investem em melhorias de seus produtos, mas não são cuidadosas em

relação aos serviços. Investir na gestão de clima é uma estratégia que contribui

para a melhoria da qualidade dos mesmos.

Poucas são as empresas que têm interesse de ouvir seus clientes internos,

conhecer suas expectativas profissionais e pessoais, reclamações em relação ao

salário, ao trabalho, à supervisão que recebem, à integração entre os diferentes

setores da empresa, à comunicação existente na empresa, à sua estabilidade no

emprego, às suas possibilidades de progresso profissional, à disciplina, aos

benefícios, às suas condições de segurança e higiene, ao processo decisório.

Além de ouvir seus funcionários sobre o que pensam, as empresas deveriam

conhecer a realidade familiar, social e econômica em que os mesmos vivem e

assim poderão encontrar respostas que justifiquem a qualidade dos serviços por

eles prestados (LUZ, 2003, p. 30).

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A pesquisa de clima organizacional deve ser considerada como uma estratégia para identificar oportunidades de melhorias contínuas no ambiente de trabalho. É fundamental que os funcionários compreendam que ao responder a pesquisa estarão dando o primeiro passo no processo de melhoria do ambiente de trabalho, à medida que também sejam implementados os necessários planos de ação (LUZ, 2003, p. 30).

Luz (2003, p. 30) aponta que embora o clima seja uma responsabilidade da

Administração de Recursos Humanos no que se refere à organização, cada setor

passa a ter a responsabilidade de quem está exercendo o cargo, pois conhecer o

grau de satisfação, expectativas e necessidades da equipe de trabalho, constitui

um importante papel, um desafio gerencial e essencial para a melhoria do

ambiente de trabalho e da qualidade dos serviços prestados.

Segundo Mcgregor (1992, p. 125-126), considerando o ambiente

psicológico das pessoas no trabalho, pensamos na relação entre superior e

subordinado e a principal característica dessa relação é a interdependência das

partes, visto que numa relação interdependente cada uma das partes afeta de

alguma maneira, a capacidade de outra atingir os seus objetivos ou satisfazer

suas necessidades e se, ambas as partes não acreditarem positivamente que a

relação favorecerá essas finalidades, muitos problemas poderão surgir no clima

organizacional da empresa.

Ao subordinado podemos identificar quais são suas expectativas em

relação à empresa e a resposta seriam políticas e procedimentos. Essas normas

são importantes, mas a concordância entre qualidade da relação e qualquer

conjunto de normas relativas à administração do pessoal é relativamente baixa.

As companhias que dispõem de todos os programas e práticas recomendados

podem ter excelentes ou péssimas relações, e dependendo do superior, o

subordinado é sensível a uma série de indícios que influenciam a sua expectativa

de sucesso na obtenção de seus objetivos. Mais importantes do que a existência

de determinadas políticas ou as declarações formais, as relações são os sinais de

como são administradas. O comportamento no dia-dia do superior imediato e de

outras pessoas importantes na organização gerencial revela pressuposições da

administração que é profundamente significativa ao meio (MCGREGOR, 1992, p.

126).

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Embora a dependência do subordinado seja muito menor na relação do

emprego, a verdade é que a sua capacidade de atingir os seus objetivos é

consideravelmente afetada pelas atitudes de seus superiores. O mesmo autor

(1992, p. 126) sustenta que ele deverá recorrer constantemente à sua capacidade

de perceber o clima da relação para julgar as oportunidades de atingir os seus

objetivos. O clima organizacional é mais importante do que o tipo de liderança ou

o “estilo” pessoal do superior. O chefe pode ser autocrático ou democrático,

simpático e comunicativo, distante ou introvertido, indulgente ou inflexível: essas

características pessoais são menos importantes do que as atitudes mais

profundas às quais seus subordinados são sensíveis (MCGREGOR, 1992, p.

127).

Cabe evidenciar que Chiavenato (2000, p. 94) aborda que o conceito de

motivação ao nível individual conduz ao clima organizacional de uma organização

e que os seres humanos estão continuamente engajados no ajustamento a uma

variedade de situações no sentido de satisfazer suas necessidades e manter o

equilíbrio emocional. Tal ajustamento não se refere somente à satisfação das

necessidades fisiológicas e de segurança, mas também a satisfação das

necessidades de pertencer a um grupo social de estima e de auto-realização.

Nessa perspectiva, a satisfação dessas necessidades depende muito das

outras pessoas, particularmente daquelas que estão em posições de autoridade,

tornando-se importante para a administração compreender a natureza do

ajustamento e do desajustamento das pessoas. O ajustamento como a

inteligência ou aptidões, varia de uma pessoa para outra e de um momento para

outro. Um bom ajustamento denota “saúde mental” e uma das maneiras de se

definir saúde mental, segundo o autor (2000, p. 94), é descrever as características

das pessoas mentalmente sadias:

• Sentem-se bem consigo mesmo;

• Sentem-se bem em relação às outras pessoas;

• São capazes de enfrentar por si as demandas da vida.

Chiavenato (2000, p. 94) menciona que o clima organizacional é dado ao

ambiente interno existente entre os membros da organização. O clima

organizacional está intimamente relacionado com o grau de motivação de seus

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participantes. Quando há elevada motivação entre os membros, o clima

motivacional se eleva e se traduz em relações de satisfação, de animação,

interesse e colaboração. Quando há baixa motivação entre os membros, seja por

frustrações ou barreiras à satisfação das necessidades, o clima organizacional

tende a abaixar-se por estados de depressão, desinteresse, apatia, insatisfação,

podendo, em casos extremos, chegar a estados de agressividade, tumulto,

inconformidade... Típicos de situações em que os membros se defrontam com a

organização como: greves, piquetes, etc.

Atkinson (apud CHIAVENATO, 2000, p. 95) desenvolveu um modelo para

estudar o comportamento motivacional que leva em conta determinantes

ambientais da motivação:

• Todos os indivíduos têm motivos ou necessidades básicas que

representam comportamentos potenciais e somente influenciam o

comportamento quando provocados.

• A provocação ou não desses motivos depende da situação ou do ambiente

percebido pelo indivíduo.

• As propriedades particulares do ambiente servem para estimular ou

provocar certos motivos, em outras palavras, um motivo específico não

influencia o comportamento até que seja provocado por uma influência

ambiental apropriada.

• Mudanças no ambiente de trabalho percebido resultarão em mudanças no

padrão da motivação aplicada.

• Cada espécie de motivação é dirigida para a satisfação de uma espécie de

necessidade. O padrão da motivação provocada determina o

comportamento e a mudança nesse padrão que resultará em mudança de

comportamento.

Verifica-se no modelo apresentado, que Atkinson considera os indivíduos

com necessidades básicas e que os mesmos usam seu potencial quando

necessário para conseguir seus objetivos. O ambiente organizacional tem a ver

com seu comportamento em relação às suas motivações. A motivação deve ter a

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satisfação da necessidade gerada, se não houver, o indivíduo se tornará

impotente às mudanças do ambiente organizacional.

O conceito de clima organizacional envolve um quadro amplo e flexível de

influência ambiental sobre a motivação. “O clima organizacional é a qualidade ou

propriedade do ambiente organizacional que é percebido ou experimentado pelos

membros da organização e que influencia o seu comportamento” (CHIAVENATO,

2000, p. 95)

Luz (2003, p. 42) menciona que a pesquisa de clima é um método formal

de se avaliar o clima de uma empresa porque essa é um instrumento importante

para fornecer subsídios capazes de aprimorar continuamente o ambiente de

trabalho. Para Luz (2003) nas pesquisas de clima organizacional, as empresas

geralmente buscam saber a opinião dos funcionários a partir das seguintes

variáveis:

• O trabalho Realizado pelos Funcionários: avalia a adaptação dos

funcionários com os trabalhos realizados; o volume do trabalho

realizado; o horário de trabalho; se é justa a distribuição dos

trabalhos entre os funcionários; se o quadro de pessoal em cada

setor é suficiente para realizar os trabalhos; se o trabalho é

considerado relevante e desafiador e o equilíbrio entre trabalho e

vida pessoal.

• O salário: analisa a percepção deles quanto à compatibilização dos

salários da empresa com os praticados no mercado; o equilíbrio

existente na empresa entre salários dos cargos de mesma

importância; a possibilidade de obtenção de aumentos salariais.

• Os benefícios: avalia o quanto eles atendem às necessidades e

expectativas dos funcionários; a qualidade da prestação desses

serviços aos funcionários; o impacto na atração, fixação e

satisfação dos funcionários.

• A integração entre Departamento da Empresa: avalia o grau de

relacionamento; a existência de cooperação e conflitos entre os

diferentes departamentos da empresa.

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• A supervisão/liderança/estilo Gerencial/Gestão: revela a

satisfação dos funcionários com seus gestores; a qualidade da

supervisão exercida; a capacidade técnica, humana e administrativa

dos gestores.

• A comunicação: avalia o grau de satisfação com o processo de

divulgação dos fatores relevantes da empresa; aponta a satisfação

quanto à forma e os canais de comunicação utilizados pela

empresa.

• O Treinamento/Desenvolvimento/Carreira/Progresso e

Realização Profissional: avalia as oportunidades que os

trabalhadores têm de se qualificar, de se atualizar, de se

desenvolver profissionalmente.

• O Progresso Profissional: aponta a satisfação dos trabalhadores

quanto às possibilidades de promoção e crescimento na carreira, as

possibilidades de realização de trabalhos desafiadores e

importantes, avalia as possibilidades de os funcionários

participarem de projetos que representam experiências geradoras

de aumento de empregabilidade e realização profissional; avalia o

uso e o aproveitamento das potencialidades dos funcionários.

• O Relacionamento Interpessoal: avalia a qualidade das relações

pessoais entre funcionários, entre eles e suas chefias e a existência

de conflitos.

• A Estabilidade no Emprego: procura conhecer o grau de

segurança que os funcionários sentem nos seus empregos, assim

como o feedback que recebem sobre como eles estão indo no

trabalho.

• O Processo Decisório: avalia a opinião dos funcionários sobre a

qualidade do processo decisório, sobre o quanto a empresa é ágil,

participativa, centralizada ou descentralizada em suas decisões.

• As condições físicas de trabalho: verifica a qualidade e o conforto

das condições físicas, das instalações, dos recursos colocados a

disposição dos funcionários para a realização dos seus trabalhos:

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41

posto de trabalho, vestiários, horários de trabalho, local de trabalho,

recursos disponíveis para o trabalho.

• O Relacionamento da Empresa com os Sindicatos e

funcionários: analisa a postura como a empresa se relaciona com

os sindicatos; a qualidade do tratamento dos problemas

trabalhistas. Avalia o tratamento que a empresa dispensa às

reclamações (formais ou Informais) dos empregados, e o

cumprimento da empresa quanto às obrigações a que ela está

sujeita por força de acordos coletivos ou convenções coletivas de

trabalho. Analisa também o grau de satisfação quanto à importância

que os sindicatos têm como órgãos representativos dos

trabalhadores.

• A participação: avalia as diferentes formas de participação dos

funcionários no cotidiano da empresa; seu grau de conhecimento e

envolvimento com os assuntos relevantes da empresa; sua

participação na definição dos objetivos do seu setor de trabalho; a

participação financeira que os funcionários têm nos resultados da

empresa; a participação deles na gestão da empresa.

• O pagamento dos Salários: avalia a incidência de erros na folha

de pagamento; o conhecimento que os funcionários têm sobre os

códigos de proventos e descontos lançados na folha de pagamento.

• A segurança no trabalho: avalia a percepção e a satisfação dos

funcionários quanto às estratégias de prevenção e controle da

empresa sobre os riscos de acidentes e doenças ocupacionais a

que estão sujeitos os funcionários.

• Os objetivos organizacionais: avalia a clareza, a transparência da

empresa quanto à comunicação dos objetivos organizacionais e

departamentais aos seus funcionários.

• A orientação da Empresa para Resultados: avalia o quanto a

empresa é percebida pelos seus funcionários no seu esforço de

orientar-se para a consecução de seus resultados.

• A disciplina: avalia o grau de rigidez da disciplina praticada na

empresa, o grau de justiça na aplicação das punições.

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• A imagem da empresa: avalia a opinião dos funcionários sobre

como a empresa é percebida no mercado por seus clientes,

fornecedores e pela comunidade.

• A estrutura organizacional: avalia a opinião dos funcionários

sobre a adequação da estrutura da empresa para o processo

decisório, para a comunicação, para a consecução dos objetivos

organizacionais.

• A ética e a responsabilidade social: avalia o quanto a empresa é

ética e cumpre suas responsabilidades sociais, nas suas relações

com seus parceiros comerciais, com os funcionários, com a

comunidade e com o Estado.

• A qualidade e a satisfação do Cliente: identifica a percepção dos

funcionários quanto ao compromisso da empresa em relação à

qualidade dos produtos, processos e serviços, assim como a

satisfação dos clientes.

O clima organizacional, mesmo sendo abstrato, materializa-se se tornando

tangível nas organizações através de alguns indicadores que dão “sinais” sobre a

sua qualidade. Esses indicadores não nos fornecem elementos capazes de

descobrirmos as causas que mais estão afetando positivamente ou

negativamente o clima de uma empresa, mas nos servem para alertar algo bom

ou ruim dentro dela (LUZ, 2003, p. 33).

Luz (2003, p. 33) apresenta os seguintes indicadores:

• Turnover: O turnover ou a rotatividade de pessoal pode representar

uma “pista” de que algo vai mal. Quando elevado, pode significar

que as pessoas não têm comprometimento com a empresa. Falta

algo na empresa para satisfazê-las.

• Absenteísmo: Da mesma forma, o excessivo número de faltas e

atrasos pode ter o mesmo significado que o apresentado sobre o

turnover.

• Pichações nos Banheiros: Os banheiros das empresas

representam um importante indicador do clima organizacional. As

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críticas, as agressões direcionadas aos líderes da empresa indicam

o estado de satisfação dos funcionários. As portas e paredes

representam um “espaço” anônimo onde os funcionários sentem-se

mais seguros para falar mal e zombar dos seus gestores ou da

forma como a empresa conduz seus negócios.

• Programas de sugestões: Programas de sugestões malsucedidos

também podem revelar a falta de comprometimento dos

funcionários, que reagem à empresa, não apresentando em número

ou em qualidade as sugestões que ele esperava.

• Avaliação de Desempenho: Outro indicador sobre o clima é o

instrumento de avaliação de desempenho. Quando a empresa utiliza

um procedimento formal para avaliar o desempenho de seus

empregados, as informações ali encontradas, muitas vezes, vão

confirmar que o baixo desempenho de determinados colaboradores

decorre de seu estado de ânimo, da sua apatia em relação à

empresa, ou até mesmo de problemas pessoais que estejam

afetando o desempenho. Daí a importância de a empresa, através

dos seus gestores ouvir seus empregados.

• Greves: Embora as greves estejam mais vinculadas ao

descumprimento de obrigações legais por parte das empresas, ou a

omissão dos gestores em tomar determinadas providências que

atendam a determinadas reivindicações dos trabalhadores, a adesão

às greves, muitas vezes, revela uma reação dos empregados ao seu

descontentamento com a empresa.

• Conflitos Interpessoais e Interdepartamentais: Essa é a forma

mais aparente do clima de uma empresa. A intensidade dos conflitos

interpessoais e entre os diferentes departamentos da empresa é que

vai, muitas vezes, determinar um clima tenso ou agradável.

• Desperdícios de Material: Muitas vezes, a forma de o trabalhador

reagir contra a empresa é estragando os materiais, consumindo-os

mais do que o necessário, danificando os equipamentos de trabalho.

É uma forma velada de o trabalhador se rebelar contra as condições

de trabalho a que está sujeito.

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• Queixas no Serviço Médico: Os consultórios médicos das

empresas funcionam como um confessionário. Lá, os empregados

descarregam suas angústias sobre os demais diferentes tipos de

reclamações: sobrecarga de trabalho, humilhações, exposição a

situações vexatórias, constrangimentos, discriminações. Muitos

desses problemas transformam-se em distúrbios emocionais, que

acabam gerando doenças e influindo negativamente na qualidade de

vida dos empregados.

O mesmo autor (2003, p. 42) salienta que a pesquisa de clima deve ser

realizada anualmente ou a cada dois anos, pois a periodicidade superior a dois

anos poderá trazer surpresa para as empresas.

Luz (1995 p. 10) menciona o clima organizacional como um conjunto de

valores, atitudes e padrões de comportamentos formais e informais existentes em

uma organização. Ele também é um fenômeno resultante das variáveis culturais.

Segundo Luz (1995, p. 5) o clima organizacional se manifesta por meio das

expressões e nas ações no ambiente de trabalho, cujas causas e efeitos se

resumem em:

• Normas: conflitos

• Feedback: estresse

• Benefícios: rotatividade

• Estratégias: absenteísmo

• Objetivos: apatia

• Tecnologia: competição

• Mudanças: greves

• Liderança: doenças

• Cultura: rumores

• Situação econômica: envolvimento

O mesmo autor (2003, p. 31) considera alguns tipos de clima

organizacional:

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• O clima pode ser bom, prejudicado ou ruim. Ele é bom quando

predominam as atitudes positivas que dão ao ambiente de trabalho

uma tônica favorável. Diz-se que o clima é bom quando há alegria,

confiança, entusiasmo, engajamento, participação, dedicação,

satisfação, motivação, comprometimento na maior parte dos

funcionários.

• O clima de uma empresa é bom quando os funcionários indicam

seus conhecidos e parentes para trabalharem nela, quando sentem

orgulho em participar dela. A baixa rotatividade e o alto tempo de

permanência na empresa são bons indicadores desse tipo de clima.

• O clima é prejudicado ou ruim quando algumas variáveis

organizacionais afetam de forma negativa e duradoura o ânimo da

maioria dos funcionários gerando evidências de tensões, discórdias,

desuniões, rivalidades, animosidades, conflitos, desinteresses pelo

cumprimento das tarefas, resistência manifesta ou passiva às

ordens, ruído nas comunicações, competições exageradas, etc. A

intensidade com que essas situações se manifestam é que

caracteriza o clima como prejudicado ou ruim. Porém ambos são

desfavoráveis aos objetivos das organizações e das pessoas que

nelas trabalham.

• Nas empresas onde o clima é predominantemente ruim, a

rotatividade costuma ser alta, e alguns funcionários chegam a omitir

sua passagem profissional por elas, não as citando em seus

currículos, com receio de ficarem “queimados” no mercado de

trabalho. Esse é um típico sentimento de vergonha e desaprovação

dos funcionários por uma empresa.

Luz (2003, p. 31) comenta que algumas expressões são utilizadas para a

denominação do clima como, por exemplo: clima realizador, clima de harmonia,

clima construtivo, clima sadio, clima tenso, clima de confiança. Mas, mais

importante do que a denominação que possamos dar é a idéia que devemos ter

sobre o tipo de clima nas empresas seja favorável, desfavorável ou neutro em

relação às pessoas.

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Gil (1994, p. 159) considera que o clima organizacional pode exercer um

efeito dramático sobre os indivíduos que fazem parte dela e, em alguns casos, a

empresa contribui para a incapacidade da pessoa em lidar com o ambiente. Pode

ocorrer, portanto, que o clima organizacional venha constituir em certos casos, um

elemento dificultador do envolvimento dos empregados nos programas de gestão

de qualidade.

Considerando que os empregados passam muitas horas dentro da

organização e se essas oito horas puderem ser agradáveis, as pessoas se

sentirão motivadas e, conseqüentemente, mais envolvidas com a qualidade de

seus trabalhos. Claro que a motivação dos funcionários não significa que a

empresa deixe de ter problemas. Esses fatores são de certa forma,

independentes.

Portanto, o gerenciamento da motivação é muito importante para o

engajamento dos empregados. Pode ser que os empregados não estejam

plenamente satisfeitos com seus salários, mas, se a empresa concorda com seus

objetivos, sentem-se num lugar agradável e vêem seus chefes como pessoas

sensatas, e sentem-se motivados, fazendo com que os seus obstáculos sejam

mais facilmente superados (GIL, 1994, p. 160).

O mesmo autor (1994, p. 160) menciona que seria conveniente que as

empresas desenvolvessem sistematicamente pesquisas sobre clima

organizacional com os seguintes dados:

• Identificar e mensurar as atitudes dos empregados para com os

programas, políticas e possibilidades práticas da empresa. De posse

desses dados, a empresa poderá avaliar os efeitos das decisões

anteriores e promover mudanças onde for conveniente;

• Desenvolver a compreensão das gerências acerca dos pontos de

vista dos empregados para melhorar as relações de trabalho com

seus subordinados;

• Identificar as tendências das opiniões e atitudes dos empregados.

Comparando-se os resultados de levantamentos sucessivos, torna-

se possível antecipar tendências que poderão influir no

comportamento dos empregados. Desta forma, a pesquisa de clima

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organizacional poderá constituir um verdadeiro “sistema de alerta

preventivo”;

• Subsidiar estudos acerca da eficiência organizacional. Os dados

obtidos podem ser utilizados para obter uma melhor compreensão

acerca dos fatores que intervém na satisfação e moral do

empregado;

• Demonstrar o interesse da empresa nas opiniões dos empregados

para melhorar a qualidade de vida no trabalho. Para Lobos (1991, p.

148), a pesquisa em si acaba tornando-se uma contribuição mais

importante que seus próprios resultados.

Identificando os problemas de seus funcionários dentro das organizações,

percebe-se que as empresas poderão verificar o que seria melhor para eles, isto

ocasionaria uma melhor convivência entre chefias e satisfação de ambos os

lados. Também melhora a qualidade de vida no trabalho e o interesse das

empresas em seu desempenho e produtividade organizacional (ADRIANA, 2008).

Em outra perspectiva, Sartor e Rizzatti (2003, p. 23) abordam que os

primeiros estudos de clima organizacional surgiram nos Estados unidos na

década de 60 com Forehand & Gilmer (1964), Pelz & Andrews (1966) e Litwin &

Stringer (1966).

Forehand e Gilmer (1964) em estudos sobre o comportamento

organizacional enfocaram os problemas de conceituação e mensuração do clima

organizacional comparando-se com os estudos sobre comportamento individual

realizados na área da psicologia. Pelz & Andrews (1966) em pesquisas realizadas

com engenheiros e cientistas de 11 organizações industriais, governamentais e

universitárias, identificaram diversos fatores que propiciam climas favoráveis a

atividades no âmbito da pesquisa científica agrupados nos seguintes tópicos:

liberdade, comunicação, dedicação, motivação, satisfação, similaridade,

criatividade, idade e grupos (SARTOR e RIZZATTI, 2003, p. 24).

Diferente enfoque foi dado por Litwin & Stringer (1966), ao sugerirem que o

clima organizacional pode ser criado de diferentes formas e uma delas refere-se

ao estilo de liderança imposto pelos dirigentes. O modo como se exerce a

liderança causa grande influência no comportamento e desempenho das pessoas

e na saúde da organização (SARTOR E RIZZATTI, 2003, p. 24)

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Sartor e Rizzatti (2003, p. 24) mencionam que, conceituar, no entanto, é

uma construção abstrata que visa dar conta do real. Para isto, construir um

conceito abstrato consiste em determinar as dimensões constituintes e precisa de

seus indicadores, também conhecidos como termo de atributos ou fatores que

são manifestações objetivamente observáveis e mensuráveis nas organizações.

Sobre as idéias dos autores, percebe-se claramente a preocupação com

estudos focados na psicologia e, em pesquisas históricas que precisam de uma

mudança conceitual para que os funcionários sintam-se bem em seu ambiente de

trabalho. Um exemplo: pessoas teriam uma melhor absorção de interesses

organizacionais se tivessem liberdade e motivação em climas favoráveis a seus

desempenhos profissionais e individuais.

Gil (1994, p. 160) enfatiza que para mensurar o clima organizacional utiliza-

se um questionário padronizado onde as perguntas correspondem aos fatores

mais relevantes, tais como: conformismo, condições de trabalho, remuneração,

estilo gerencial, recompensas, clareza organizacional e apoio.

Entretanto, estudos demonstram que o ato de investigar sobre clima

organizacional permite ao pesquisador adotar diferentes métodos de pesquisa e

envolvendo tanto a abordagem quantitativa como a qualitativa utilizando, para

isso, um ou mais instrumentos de coletadas de dados que pode ser: a entrevista,

a observação o questionário ou ambos. A forma de pesquisar depende da

abordagem que o pesquisador pretende dar, ou seja, mensuração dos dados

coletados ou descrição das falas, crenças e valores dos pesquisados.

A seguir, apresenta-se um quadro síntese de estudos contemporâneos

sobre clima organizacional realizados por alguns autores.

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2.4.1ESTUDOS ATUAIS SOBRE CLIMA ORGANIZACIONAL

Título

Autor Tipo Data Campo Pesquisado

Clima Organizacional

Isa Aparecida de Freitas

Artigo Julho à setembro de

2006

Uma análise de sua definição e

de seus componentes

Contribuição de assistente social no Clima Organizacional

Maria Claudia Botelho

Tese Ano de 2007 A importância do serviço social dentro da empresa

Manter um ótimo Clima Organizacional como estratégia na gestão do seu público interno

Edílson da Costa

Tese Janeiro a junho de 2007

Qualidade de vida, Clima Organizacional, rotatividade

Humanização da assistência materna neonatal: uma contribuição à sua implantação

Sandra Dircinha Teixeira de Araújo

Tese 13-02-07 Condições estruturais do trabalho no Clima Organizacional

Clima Organizacional e fatores associados

Ana Laura Sica Cruzeiro

Artigos 02-05-07 Motivação organizacional

Inventário de Clima Organizacional de segurança

Cristiana Maria Di Primio Gonçalves

Dissertação 12-05-08 Segurança no trabalho

Quadro 1: Estudos atuais sobre clima organizacional Fonte: Adaptado de Freitas (2006); Botelho (2007); Costa (2007); Araújo (2007); Cruzeiro (2007); Gonçalves (2008).

A partir desses estudos, percebe-se que o clima organizacional, seja ele

ruim, prejudicado ou bom, se manifesta em diferentes acontecimentos nos

espaços organizacionais.

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Ele está cada vez mais presente nos meios que procuram soluções para

problemas internos do ambiente organizacional que envolve objetivos tanto

individuais como organizacionais, buscando soluções para um melhor

entrosamento e equilíbrio no ambiente de trabalho, com vistas a qualidade de

produtos e serviços, como também, a motivação dos colaboradores.

.

2.5 A MOTIVAÇÃO E O CLIMA NAS ORGANIZAÇÕES

Silva (2004, p. 217) apresenta a abordagem comportamentalista também

denominada de Novas Relações Humanas que teve origem como um

desdobramento da Teoria das Relações Humanas e como uma tentativa de

consolidar o enfoque nas teorias das organizações.

A escola Comportamentalista estabelece críticas à Teoria Clássica e aos

princípios gerais por ela estabelecidos pela sua rigidez e mecanicismo. O

comportamentalismo também critica a Teoria da Burocracia pelo seu “modelo de

máquina”. O mesmo autor (2004, p.17) salienta que esta escola trouxe um novo

direcionamento às teorias da administração com uma maior valorização do

comportamento do indivíduo e uma redução nas posturas normativas e descritas

das teorias de até então, isto é, a Teoria Clássica, a Teoria da Burocracia e a

Teoria das Relações Humanas.

Havia muitas falhas na abordagem das relações humanas e nas suas

suposições, as quais se desenvolveram a partir de estudos tais como a

experiência de Hawthorne que não eram necessariamente sustentadas por

evidência empírica. Um exemplo que pode ser citado é de que um trabalhador

satisfeito é um trabalhador produtivo, o que não é válido. Entretanto os resultados

de Hawthorne e a subseqüente atenção dada à organização social e às teorias de

motivação do indivíduo, aceleraram o trabalho de estudiosos e escritores entre

1950 e 1960. Tais estudiosos adotaram uma orientação mais psicológica, com

foco no ajustamento pessoal do trabalhador e nos efeitos dos relacionamentos

intragrupais e estilos de liderança. O movimento estava envolvido com o sentido

do comportamento organizacional, isto é, o estudo dos indivíduos e grupos nas

organizações (SILVA, 2004, p. 217).

Concluí-se então que a herança mais importante trazida para a abordagem

comportamentalista veio de Kurt Lewin (1980-1947). Nascido na Alemanha

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51

estudou nas universidades de Friburgo, Munique e Berlin, onde se doutorou em

Psicologia. Os estudos de Lewin constituíram a passagem das relações humanas

para um novo movimento dedicado à administração e à psicologia industrial na

época de 1960. Alguns autores já tratavam na época de Lewin da influência do

grupo na vida do indivíduo, e alguns, com um pouco de exagero da Escola das

Relações Humanas, mencionavam até que a personalidade nada mais era do que

o lado subjetivo da cultura. Lewin tentou estabelecer uma ligação entre teoria

social e ação social que trata sua teoria focalizada ao grupo e ao campo de

percepções, ações e sentimentos humanos (SILVA, 2004, p. 217).

Com Kurt Lewin, a Psicologia encontrou um meio de usar a

experimentação para estudar a vida dos grupos. O mesmo conduziu

experimentos de grupos para medir a atmosfera da liderança nos três estilos

básicos: autocrática, liberal e democrática, ele estava convencido de poder

conduzir experimentos com grupos com o mesmo rigor científico dos

experimentos químicos e físicos (SILVA, 2004, p.218).

Silva (2004, p. 227) tece a teoria da motivação em se preocupar em

determinar as razões pelas quais as pessoas adotam determinados

comportamentos e o processo que causa tais comportamentos. Teorias cujo foco

está em “o que” motiva o comportamento são chamadas Teorias do Conteúdo

e aquelas cujo foco está em “como” o comportamento é motivado, são

chamadas Teorias de Processo.

A teoria de conteúdo focaliza geralmente as necessidades humanas de

algum tipo: força das necessidades e o modo que especifica como uma pessoa

deseja satisfazê-la. É usualmente aprendida pela teoria do processo. Existe

também a teoria do reforço que trata em ajudar os administradores a entender

como o comportamento dos indivíduos é influenciado pelas conseqüências do

ambiente (SILVA, 2004, p. 228).

Silva (2004, p. 228) apresenta as principais teorias do conteúdo de

motivação, do processo e do reforço:

Motivação:

• Teoria da hierarquia das necessidades, de Maslow;

• Teoria ERC, de Aldrfer;

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• Teoria dos dois fatores, de Herzberg;

• Teoria da realização (necessidades adquiridas) de McClelland

Processo:

• Teoria da expectação, de Vroom;

• Teoria da eqüidade, de Stac Adams

Reforço:

• Teoria de Skinner

Convém enfatizar que, Silva (2004, p. 220) comenta o estudo da motivação

no que se refere basicamente às razões pelas quais as pessoas se comportam de

certo modo. Em termos gerais, a motivação pode ser descrita como o

direcionamento e a persistência da ação. Isto está relacionado com a escolha que

as pessoas fazem de um particular curso de ação em detrimento de outros e

porque continuam com a ação escolhida, muitas vezes por um longo caminho e

enfrentando dificuldades. “Motivação é alguma força direcionada dentro dos

indivíduos, pela qual eles tentam alcançar uma meta, a fim de preencher uma

necessidade ou perspectiva” (SILVA, 2004, p.221).

Mitchell (1982, apud SILVA, 2004, p. 221), menciona novas direções para a

Teoria, Pesquisa e Prática e aponta uma revisão para este estudo identificando

quatro características específicas que servem de base para a definição de

motivação:

• A motivação é definida como um fenômeno individual: cada

pessoa é única e todas as teorias maiores assim a consideram;

• A motivação é descrita, geralmente, como intencional:

considera-se que esteja sob o controle do trabalhador e

comportamentos que são influenciados pela motivação são vistos

como escolhas de ação;

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53

• A motivação é multifacetada: os fatores de maior importância são:

O que mantém as pessoas ativas (estímulo) e a força de um

indivíduo para adotar o comportamento desejado (escolha de

comportamento);

• O propósito das teorias de motivação é predizer

comportamento: a motivação não é comportamento em si, e não é

desempenho, motivação se refere à ação e forças internas e

externas que influenciam a escolha de um indivíduo.

Com base nestas características, Mitchell (1982, apud SILVA, 2004, p. 221)

define motivação como “o grau para o qual um indivíduo quer e escolhe adotar um

determinado comportamento”.

Em outra perspectiva, Moscovici (1997, p. 76) trata a motivação,

necessidades básicas de várias situações como: vida no lar, trabalho e

sociedade. Estudos foram feitos num esforço de integração de descobertas e de

conhecimentos para sua compreensão nas empresas, entretanto, isso precisa ser

colocado em suas devidas proporções (MOSCOVICI, 1997, p. 76).

As necessidades básicas são como aspectos da motivação humana. Ela

estabelece distinções nítidas entre motivação de deficiência e motivação de

crescimento, sendo necessidades básicas como deficiência, e contraste com

outra espécie de motivos, denominada crescimento. O mesmo autor (1997, p. 76)

sustenta que a motivação humana é constante, infinita, flutuante e complexa.

Moscovici (1997, p. 76-83) ainda define as necessidades de deficiência

como a carência no indivíduo e que precisa ser preenchida de fora pelos outros

para conservar sua saúde. A motivação pelo crescimento é caracterizada pela

carência. O crescimento passa a ser visto não apenas pela satisfação, mas pela

motivação específica ao desenvolvimento como: criatividade e potencialidade.

Em outra perspectiva, Maslow (apud BERTONI, 1994, p. 79) sustenta que

a motivação é um meio para alcançarmos o sentimento interno da auto-

realização; nada mais é que a soma de emoções básicas nos seres humanos: a

alegria e o amor resumindo o prazer de produzir um trabalho criativo e bem feito.

Já Chiavenatto (1994, p. 166) conclui que a motivação está contida dentro

das próprias pessoas e pode ser amplamente influenciada por fontes externas ao

indivíduo e pelas pessoas do trabalho na empresa. A motivação intrínseca e a

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54

motivação extrínseca devem ser também estimuladas pelo trabalho gerencial e

sendo utilizada como ponto de apoio para alavanca à satisfação das pessoas.

O mesmo autor (1994, p. 166) aborda que na realidade, as pessoas nas

empresas precisam alcançar seus objetivos, e a participação das pessoas na

empresa, depende da idéia que elas têm a respeito de como a empresa poderá

ajudá-las. Só assim, se as pessoas acreditarem, irão permanecer e contribuir para

o alcance dos objetivos, seja individual ou organizacional. Esta crença será

efetiva na medida em que forem trabalhados os elementos que permeiam a

cultura organizacional.

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55

3 METODOLOGIA

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA

A pesquisa se caracteriza como quantitativa que se refere a traduzir em

números opiniões e informações para classificar e analisar os dados. Também é

uma pesquisa descritiva, pois visa descrever as características de uma

determinada população e envolve um levantamento de estudo.

Segundo Roesch (1996, p. 132), na pesquisa quantitativa, os processos de

coleta de dados e análise de dados são separados no tempo. A coleta antecede a

análise, ao contrário da pesquisa qualitativa em que ambos os processos se

combinam. Nas pesquisas quantitativas, as fases estão relacionadas, pois a

maneira como os dados são coletados determinam o tipo de análise que é

possível realizar. As principais técnicas de coleta de dados são as entrevistas, o

questionário, os testes. Também é possível trabalhar com dados existentes na

forma de arquivos, banco de dados, índices ou relatórios.

Na pesquisa descritiva, não se procura explicar alguma coisa ou mostrar

relações causais. Censos, levantamentos de opinião pública ou pesquisas de

mercado procuram fatos descritivos, buscam informação necessária para a ação

ou predição. Pesquisas descritivas não respondem bem ao porquê, embora

possam associar certos resultados a grupos respondentes (ROESCH, 1996, p.

129).

3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

O estudo de clima organizacional foi realizado com 31 funcionários, nos

seguintes cargos: contínuo, auxiliares administrativos, vendedores, chefias e

gerentes na Empresa Incomum Turismo Ltda., no período de agosto de 2008 a

junho de 2009 nas três localidades: Florianópolis localizada na Rua: Adolfo Melo,

38, Sala 502, Centro – SC, em Blumenau na Rua: Luiz Freitas Melro, 231 1º

andar, Alameda, Blumenau – SC e em Joinville na Rua: Blumenau, 178 sala

1010, Centro – SC, para que se possam identificar os fatores mais relevantes

para o desenvolvimento do trabalho proposto, ou seja, identificação dos fatores

que prejudicam o clima e melhoria dos mesmos. Trata-se de uma pesquisa

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censitária, baseada em um censo onde as pessoas poderão dar suas

informações/opiniões a respeito sobre o tema pesquisado e com a coleta desses

dados será feita uma análise para melhorias futuras no ambiente de trabalho.

Nessa pesquisa em relação à amostragem temos uma média relacionada a um

número de trinta pessoas que responderam o questionário relacionado com o

clima organizacional.

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Primeiramente foi aplicado um questionário baseado no modelo de Porter

que explica as motivações humanas (intrínsecas e extrínsecas) como, por

exemplo: o nível de desempenho do indivíduo no cumprimento de uma tarefa que

é determinado pela sua percepção do que lhe é exigido e da sua capacidade para

a execução dessa tarefa (intrínseco auto-realização da tarefa) e (extrínseco as

condições do trabalho para que ela seja cumprida).

Este questionário contém quarenta questões objetivas e três discursivas

sendo que as objetivas contêm as respostas simulativas e a numeração do valor

de cada questão e, quanto às questões discursivas os funcionários poderão expor

suas opiniões sobre questionamentos formulados, revelando interesse mais

subjetivos em relação clima organizacional nessa empresa, não sendo necessário

a identificação. A coleta de dados também envolveu a pesquisa bibliográfica que

é baseada através de consulta de livros, cujos autores estudaram temas

relacionados ao assunto e servem como base/apoio a pesquisa do trabalho.

A autora Vergara (1997, p. 52-54) salienta que na coleta de dados, o leitor

deve ser informado como pretende obter os dados de que precisa para responder

o problema. Se optar pela formulação de questões, em vez da definição de

objetivos intermediários, a correlação deverá ser feita entre questões e meios de

respondê-las. Em se tratando de pesquisa de campo, esses meios poderão ser: a

observação, o formulário, a entrevista e o questionário.

Vale mencionar que, de acordo com Vergara, o questionário da presente

pesquisa foi acompanhado de uma carta de apresentação aos respondentes, bem

como, instruções sobre a finalidade do estudo. Isto garantiu o anonimato dos

respondentes, bem como, orientou-os sobre a forma como o questionário deveria

ser devolvido a pesquisadora. Ainda, esta autora (197, p. 54) menciona que

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57

quanto às instruções, deve-se deixar bastante claro para o respondente como ele

deverá responder ao questionário. No caso dessa pesquisa os entrevistados

foram devidamente orientados.

3.4 INSTRUMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS

Os dados foram organizados em uma planilha, tabulados e analisados

quantitativamente, representados por gráficos cujos dados mais importantes e os

dados mais prejudicados entre chefias e funcionários, a partir da análise,

auxiliarão a elaboração de um plano de ação que melhore os indicadores da

pesquisa.

Roesch (1996, p. 141-142) considera que na pesquisa de caráter

quantitativo, normalmente os dados coletados são submetidos à análise

estatística, com a ajuda de computadores. Tipicamente, as medidas para cada

respondente são codificadas e, em seguida, manipuladas de várias maneiras.

Conforme Oppenhhein (apud ROESCH, 1996, p.142) na análise

quantitativa, podem-se calcular médias, computar percentagens, examinar dados

para verificar se possuem significância estatística, podem-se calcular correlações,

ou tentar várias formas de análise multivariada, como regressão múltipla ou

análise fatorial. Estas análises permitem “extrair sentido de dados”, ou seja, testar

hipóteses, comparar os resultados para vários subgrupos, e assim por diante.

Considerando que o questionário foi o instrumento adotado para coletar os

dados apresenta-se, a seguir, uma breve explicação sobre seu conceito onde

autores expõem suas opiniões, salientando a importância do uso desse

instrumento para realizar pesquisas de clima organizacional com o objetivo de

verificar o ambiente interno da organização, os problemas gerenciais, entre outros

e, através dele, descobrir fatores que devem ser trabalhos e que possibilitam a

melhora do ambiente de trabalho dentro de uma organização.

Gil (1999, p. 128) apresenta o conceito de questionário como a técnica de

investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões

apresentadas por escrito para as pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de

opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas,

entre outros.

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58

Já para Richardson (1999, p.189) geralmente os questionários cumprem

pelo menos duas funções: descrever as características e medir determinadas

variáveis de um grupo social. A informação obtida por um meio de questionário

permite observar as características de um indivíduo ou de um grupo. Como

exemplo, podemos citar: idade, sexo, estado civil, nível de escolaridade,

preferência política, etc.

Portanto, uma descrição adequada das características de um indivíduo ou

grupo não apenas beneficia a análise a ser feita por um pesquisador, mas

também pode ajudar outros especialistas como planejadores e administradores a

contribuírem para o sucesso da organização (RICHARDSON, 1999, p. 189).

Cabe evidenciar que, Vergara (2003, p. 15) menciona a formalização da

pesquisa ou questionário para ser desenvolvido (a), necessita de um projeto

viável que o oriente. Ele pode garantir o sucesso da investigação, ou não.

Esses elementos estão presentes relativamente na maneira como foram

efetivamente trabalhados e utilizados para conseguir a solução dos problemas

organizacionais.

O questionário utilizado foi elaborado com base no autor Luz (2003) e tem

por objetivo, fazer um levantamento de Clima Organizacional por meio das

variáveis previamente definidas, com a intenção de contribuir no avanço, na

integração, responsabilidade e aperfeiçoamento da empresa Incomum Turismo

Ltda.

As respostas desse questionário são simulativas e discursivas baseadas no

modelo de Porter que procura explicar as motivações humanas através do esforço

que determinado indivíduo está disposto a fazer para a concretização da

recompensa. Estão incluídas as motivações extrínsecas (condições de trabalho) e

intrínsecas (sentimento de auto-realização), o nível de desempenho (percepção

do que lhe é exigido e capacidade de execução da tarefa). Por fim, integrar todo

este sistema de esforço-desempenho-recompensa-satisfação envolvendo as

definições claras das tarefas e responsabilidades da empresa.

Com base na análise das respostas obter-se-á clareza na busca de

soluções viáveis ao bom funcionamento interno da organização, o equilíbrio e a

satisfação no convívio no ambiente de trabalho. Assim, para melhor visualização

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dos dados coletados trataremos no item seguinte sobre a apresentação, a

interpretação e a análise dos mesmos.

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4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA

Nos dados a seguir, apresentam-se os resultados da pesquisa de Clima

Organizacional aplicada no período de novembro a dezembro de 2008 na

empresa Incomum Turismo Ltda. envolvendo uma população de 31 funcionários

nas três unidades sendo a Matriz em Florianópolis e filiais em Blumenau e

Joinville todas situadas no estado de Santa Catarina, nos quais, 30 responderam

as perguntas com a função de expor suas opiniões com interesse de evoluir nos

procedimentos e inovações dentro da organização.

Na seqüência, apresentar-se-á um breve histórico da empresa e, em

seguida, as análises e interpretações das variáveis envolvendo o Fator “Clima

Organizacional”. Essas variáveis foram demonstradas por meio de tabelas,

gráficos, interpretações e análises. Em relação às questões discursivas, foram

destacadas as mais e as menos significativas no ambiente de trabalho.

4.1CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A Incomum Turismo Ltda. é uma empresa que atua no segmento de

turismo há 11 anos e está situada em Florianópolis na Rua Adolfo Melo, 38 Sala

502, Centro, com filiais em Blumenau e Joinville, ambas em Santa Catarina.

Esta empresa iniciou suas atividades como operadora de turismo em 02 de

junho de 1998 com um quadro funcional de duas pessoas, sendo o Sr. Adriano de

Souza Rebello e o Sr. Fábio César Frassetto, ambos sócio-proprietários. Hoje,

conta com 31 funcionários nas três localidades.

Os valores dessa empresa estão voltados à integração dos conhecimentos

da área de turismo e ao crescimento competitivo sendo assim, têm a visão de ser

a maior operadora de turismo de Santa Catarina pretendendo atingir uma maior

parcela do mercado nacional com produtos diferenciados, como pacotes

turísticos, de acordo com o perfil de cada cliente. Suas principais atividades

desenvolvidas estão voltadas à criação de pacotes turísticos e à venda para as

agências de viagens. Além disso, essa empresa atua na área de vendas no

mercado nacional e internacional, cujos desafios são a obtenção e a qualificação

de funcionários, gerando um clima organizacional favorável ao gerenciamento da

informação e a qualidade dos serviços prestados.

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61

Quanto aos colaboradores, estes atuam na área de vendas com uma

média de atuação, de cada um, de pelo menos 06 anos no mercado de turismo,

cujas escolaridades variam entre cursos técnicos e faculdades ligadas à área de

turismo mais especificamente.

Já em relação à estrutura hierárquica, A Incomum Turismo Ltda. está

constituída de dois diretores, sendo um voltado à área de vendas e o outro para

área de marketing, um gerente financeiro que cuida de toda movimentação

financeira da empresa para que não haja nenhum tipo de risco ou instabilidade,

além disso, tem os vendedores com sua dinâmica profissional toda voltada à

atuação de vendas que são determinantes no crescimento da empresa e os

auxiliares administrativos que contribuem com a atividade meio prestando suporte

administrativo-burocrático.

Quanto aos benefícios oferecidos pela empresa, estes estão previstos na

lei e constituem-se em: planos de saúde, vale transporte, vale dinheiro e vale

alimentação.

A Incomum direciona sua visão para ser a maior operadora de turismo de

Santa Catarina e esta trabalhando constantemente para atender os mercados

nacionais e internacionais, tendo como característica e como seu ponto forte, o

pedido do cliente sob encomenda. Em relação a seus clientes, essa empresa

pretende estar sempre à frente, prosperando, qualificando seu trabalho tendo

como meta ser um nome de referência e sucesso, como agência de turismo, no

mercado competitivo. Para isso, busca constantemente adquirir cada vez mais

experiência, priorizando a satisfação do cliente, prestando um excelente

atendimento e qualidade dos serviços.

Diante do atual cenário de competitividade tão intensa, à empresa

Incomum Turismo Ltda. procura oferecer produtos com um preço mais

competitivo e atraente juntos aos seus fornecedores buscando negociações e

empenhos para poder se manterem no mercado e permanecer acima ou igual a

seus concorrentes proporcionando uma constante interação com o mercado e as

expectativas de crescimento empresarial.

Na figura 1 é apresentado o organograma da empresa Incomum Turismo Ltda.

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Figura 1 – Organograma da empresa Incomum Turismo Ltda.

Fonte: Dados documentais fornecidos pela empresa.

A seguir, o item que trata da apresentação, das interpretações e das análises dos

dados relativos a cada variável pesquisada.

4.2 QUANTO AO PERFIL DOS PESQUISADOS

O perfil dos pesquisados corresponde às questões 1, 2, 3,4 referente ao:

Sexo, idade, escolaridade e tempo de serviço.

DIRETOTRES

VENDAS

FINANCEIRO

ADMINISTRATIVO

OPERACIONAL

CHEFIA

BLUMENAU

CHEFIA

JOINVILLE

VENDAS

VENDAS

FINANCEIRO

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Tabela 1 – Perfil dos funcionários pesquisados nas empresas

Questão 1 – Sexo

Feminino

Masculino

Total

Feminino 19 --- 19

Masculino --- 11 11

Total: sexo

19

11

30

Questão 2 – Idade

Feminino

Masculino

Total

18 a 25 anos 06 02 08

26 a 35 anos 04 03 07

36 a 40 anos 08 04 12

40 anos ou mais 01 02 03

Total: idade

19

11

30

Questão 3 –

Escolaridade

Blumenau

Florianópolis

Joinville

Ensino

Fundamental

---

---

---

Ensino

Fundamental

Incompleto

---

---

---

Ensino Médio --- 04 02

Ensino Médio

Incompleto

---

03

---

Ensino Superior 08 04 05

Ensino Superior

Incompleto

01

02

01

Continua na próxima página

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64

Continuação

Total: escolaridade

09

13

08

Questão 4 - Tempo

de Serviço

Blumenau (anos)

Florianópolis

(anos)

Joinville (anos)

Até 01 ano 03 --- 03

02 a 03 anos --- 12 12

04 a 07 anos 07 --- 07

08 a 10 anos --- 08 08

Total: tempo

serviço

10

20

30

Fonte: Dados Primários (2009)

4.3 QUANTO AS VARIÁVEIS DO CLIMA ORGANIZACIONAL

Tabela 2 - Variável Trabalho Realizado pelos Funcionários

Trabalho Realizado pelos Funcionários Discordância ND e NC Concordância Subtotal % Média

Questões 1 2 3 4 5 Disc. Conc. 1 0 3 5 17 5 10% 73% 3,80 2 0 1 8 16 5 3% 70% 3,83 3 0 2 10 11 7 7% 60% 3,77 4 2 4 7 13 4 20% 57% 3,70

Resumo em % 2% 8% 25% 48% 18% Geral

Total em % 10% 25% 65% 3,78 Fonte: Dados primários (2009)

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Variável Trabalho Realizado pelos Funcionários

2%

8%

25%

48%

18%

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Mais ou Menos

Satisfeito

Muito satisfeito

Figura 2 – Variável Trabalho Realizado pelos Funcionários Fonte: Dados primários (2009)

De acordo com os dados apresentados, na questão 2: (Você considera

que seu trabalho é avaliado de forma justa pelos seus superiores) temos a

maior média 3,83 na matriz Florianópolis.

Na questão 4: (Você tem liberdade para fazer o seu trabalho da forma que

considera melhor) temos a menor média 3,70 também relacionada a matriz

Florianópolis.

Nota-se que a questão 2 está com uma aprovação boa e aceitável em

relação ao trabalho avaliado pelos superiores no qual, torna-se satisfatório entre

os funcionários. Já a questão 4 necessita de melhorias no quesito “liberdade”

como forma de progredir profissionalmente dentro da empresa.

Luz (2003, p.42), conclui a adaptação dos funcionários com os trabalhos

realizados ao volume do trabalho realizado; o horário de trabalho; se é justa a

distribuição dos trabalhos entre os funcionários; se o quadro de pessoal em cada

setor é suficiente para realizar os trabalhos; se o trabalho é considerado relevante

e desafiador e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

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Tabela 3 - Variável Salário

Salário

Discordância ND e NC Concordância Subtotal % Média

Questões 1 2 3 4 5 Disc. Conc. 5 0 3 8 10 9 10% 63% 3,83 6 0 4 9 11 6 13% 57% 4,43 7 1 4 9 10 6 17% 53% 3,73 8 2 1 7 17 3 10% 67% 3,70

Resumo em % 3% 10% 28% 40% 20% Geral

Total em % 13% 28% 60% 3,93 Fonte: Dados primários (2009)

Variável Salário

3%

10%

28%

40%

20%

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Mais ou Menos

Satisfeito

Muito satisfeito

Figura 3 – Variável Salário Fonte: Dados primários (2009)

De acordo com os dados apresentados, na questão 6: (Como você

compara o seu salário ao de outras pessoas que executam tarefas

semelhantes às suas em outras empresas) temos a maior média 4,43 com

maior contribuição. Destaque para matriz Florianópolis e em seguida Blumenau.

Na questão 8: (Você se sente devidamente informado sobre reajustes,

aumentos e promoções salariais pela empresa) temos a menor média 3,70.

Destaque também para a matriz Florianópolis.

Nota-se que a questão 6 está com uma aprovação positiva na comparação

dos salários à outras empresas, o que contribui para um desempenho produtivo

entre os funcionários. Já a questão 8 dispõe de bastante melhorias e

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67

envolvimento na comunicação de interesse geral, pois temos uma média não

favorável sobre o que o funcionário considera relevante.

Luz (2003, p.42), afirma a compatibilização dos salários da empresa com

os praticados no mercado; o equilíbrio existente na empresa entre salários dos

cargos de mesma importância e a possibilidade de obtenção de aumentos

salariais.

Tabela 4 - Variável Supervisão/Liderança/Estilo Gerencial/Gestão

Supervisão/Liderança/Estilo

Gerenc./Gestão

Discordância ND e NC Concordância Subtotal % Média

Questões 1 2 3 4 5 Disc. Conc. 9 0 4 3 20 3 13% 77% 3,73 10 1 4 5 14 6 17% 67% 3,27 11 4 3 3 13 7 23% 67% 3,77 12 1 1 7 14 7 7% 70% 4,30

Resumo em % 5% 10% 15% 51% 19% Geral

Total em % 15% 15% 70% 3,77 Fonte: Dados primários (2009)

Variável Supervisão/Liderança/Estilo Gerenc./Gestão

5%

10%

15%

51%

19%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Mais ou Menos

Satisfeito

Muito satisfeito

Figura 4 – Variável Supervisão/Liderança/Estilo Gerencial/Gestão Fonte: Dados primários (2009).

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De acordo com os dados apresentados, na questão 12: (Como você

avalia a empresa atualmente, em relação a quando você começou a

trabalhar nela) temos a maior média 4,30 com maior contribuição. Destaque para

as três unidades: (Blumenau, matriz Florianópolis e Joinville).

Na questão 10: (Os gestores da empresa têm interesse no bem-estar dos

funcionários) temos a menor média 3,27. Destaque para Joinville.

Nota-se que a questão 12 está com uma aceitação boa, pois com o devido

“tempo”, as funções e benefícios contribuíram para este índice elevado. Já a

questão 10 significa uma discordância razoável, deve-se rever este fator

“interesse no bem estar”, pois pode atingir a qualidade e o comprometimento no

trabalho prestado pelos funcionários.

Luz (2003, p.42) evidencia que não há a satisfação dos funcionários com

seus gestores; a qualidade da supervisão exercida; a capacidade técnica,

humana e administrativa dos gestores.

Tabela 5 – Variável Comunicação

Comunicação

Discordância ND e NC Concordância Subtotal % Média

Questões 1 2 3 4 5 Disc. Conc. 13 6 4 11 8 1 33% 30% 2,80 14 4 5 12 9 0 30% 30% 2,87 15 5 5 10 10 0 33% 33% 2,83 16 6 6 10 8 0 40% 27% 2,67

Resumo em % 18% 17% 36% 29% 1% Geral

Total em % 34% 36% 30% 2,79 Fonte: Dados primários (2009)

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Variável Comunicação

18%

17%

36%

29%

1%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Mais ou Menos

Satisfeito

Muito satisfeito

Figura 5 – Variável Comunicação Fonte: Dados primários (2009)

De acordo com os dados apresentados, na questão 14: (Os funcionários

se sentem adequadamente informados sobre as decisões que afetam o

trabalho deles) temos a maior média 2,87 com maior contribuição. Destaque

para matriz Florianópolis.

Na questão 16: (Você se sente devidamente informado sobre os planos

futuros da empresa) temos a menor média 2,67. Destaque para matriz

Florianópolis e em seguida Blumenau.

Nota-se que a questão 14 apesar de estar na posição com maior destaque,

não contribui na aprovação dos funcionários em relação sobre decisões que

afetam seus trabalhos, necessitam de mais atenção no compartilhamento das

informações por parte das chefias. Já na questão 16 a falta de informação para

melhorias sobre o futuro da empresa para futuros planos, faz com que eles não se

sintam parte do processo estrutural.

Luz (2003, p, 42), observa que o grau de satisfação com o processo de

divulgação dos fatores relevantes da empresa; requer a satisfação dos

funcionários quanto à forma e os canais de comunicação utilizados pela empresa.

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Tabela 6 – Variável Relacionamento Interpessoal

Relacionamento Interpessoal

Discordância ND e NC Concordância Subtotal % Média

Questões 1 2 3 4 5 Disc. Conc. 17 0 0 4 17 9 0% 87% 4,17 18 0 3 5 17 5 10% 73% 4,47 19 2 5 4 16 3 23% 63% 3,43 20 3 4 9 7 7 23% 47% 2,90

Resumo em % 4% 10% 18% 48% 20% Geral

Total em % 14% 18% 67% 3,74 Fonte: Dados primários (2009)

Variável Relacionamento Interpessoal

4%

10%

18%

48%

20%

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Mais ou Menos

Satisfeito

Muito satisfeito

Figura 6 – Variável Relacionamento Interpessoal Fonte: Dados primários (2009)

De acordo com os dados apresentados, na questão 18: (O clima de

trabalho da minha equipe é bom) temos a maior média 4,47 com maior

contribuição. Destaque para as três unidades: (Blumenau, matriz Florianópolis e

Joinville)

Na questão 20: (Você se sente a vontade para falar abertamente a

respeito de trabalho com o seu superior imediato) temos a menor média 2,90.

Destaque para matriz Florianópolis e em seguida Joinville.

Nota-se que a questão 18 está aceitável em relação ao clima de trabalho

em equipe podendo ser considerado um fator benéfico e construtivo. Já a questão

20 apresenta falta de oportunidades ou interesses de ambas as partes chefias-

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funcionários para melhorar o entrosamento e envolvimento sobre sugestões do

trabalho exercido.

Luz (2003, p.42), afirma que o benefício e a qualidade das relações

pessoais entre funcionários, eles e suas chefias e também a existência de

conflitos.

Tabela 7 – Variável Condição Física do Trabalho

Condição Física do Trabalho

Discordância ND e NC Concordância Subtotal % Média

Questões 1 2 3 4 5 Disc. Conc. 21 3 4 6 12 5 23% 57% 3,40 22 0 5 4 14 7 17% 70% 3,77 23 0 4 2 17 7 13% 80% 4,37 24 2 3 13 9 3 17% 40% 3,47

Resumo em % 4% 13% 21% 43% 18% Geral

Total em % 18% 21% 61% 3,75 Fonte: Dados primários (2009)

Variável Condição Física do Trabalho

4%

13%

21%

43%

18%

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Mais ou Menos

Satisfeito

Muito satisfeito

Figura 7 – Variável Condição Física do Trabalho Fonte: Dados primários (2009)

De acordo com os dados apresentados, na questão 23: (Os equipamentos

de segurança da empresa são adequados para proteger os funcionários no

trabalho) temos a maior média 4,37 com maior contribuição. Destaque para

Blumenau e em seguida a matriz Florianópolis.

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Na questão 21: (As condições físicas e o ambiente de trabalho são

satisfatórios (ruído, temperatura, higiene, mobiliário, etc)) temos a menor

média 3,40. Destaque para Joinville.

Nota-se que a questão 23 os funcionários se sentem seguros com os

equipamentos de proteção investidos pela organização o que torna excelente o

conceito ente eles. Já a questão 21 não está sendo construtiva para empresa,

deve-se ver o motivo para tais problemas nas condições físicas em relação a

ruídos e outros componentes...

Luz (2003, p.42), aponta à qualidade e o conforto das condições físicas,

das instalações, dos recursos colocados a disposição dos funcionários para a

realização dos seus trabalhos: posto de trabalho, vestiários, horários de trabalho,

local de trabalho, recursos disponíveis para o trabalho.

Tabela 8 – Variável Estabilidade no Emprego

Estabilidade no Emprego

Discordância ND e NC Concordância Subtotal % Média

Questões 1 2 3 4 5 Disc. Conc. 25 3 5 8 9 5 27% 47% 3,27 26 2 4 6 16 2 20% 60% 3,40 27 2 6 14 6 2 27% 27% 2,80 28 3 1 10 13 3 13% 53% 3,10

Resumo em % 8% 13% 32% 37% 10% Geral

Total em % 22% 32% 46% 3,14 Fonte: Dados primários (2009)

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73

Variável Estabilidade no Emprego

8%

13%

32%

37%

10%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Mais ou Menos

Satisfeito

Muito satisfeito

Figura 8 – Variável Estabilidade no Emprego Fonte: Dados primários (2009)

De acordo com os dados apresentados, na questão 26: (Você e os demais

funcionários do seu setor sentem-se seguros no emprego) temos a maior

média 3,40 com maior contribuição. Destaque para Joinville e Blumenau.

Na questão 27: (Seu superior imediato costuma discutir os resultados da

avaliação de desempenho) temos a menor média 2,80. Destaque para matriz

Florianópolis.

Nota-se que a questão 26 está havendo um comprometimento em relação

à estabilidade segundo a visão dos funcionários. Já a questão 27 necessita de

melhorias que dizem respeito sobre avaliações e informações importantes sobre

eles.

Corroborando com esta afirmação Luz (2003, p.42), salienta a procura de

conhecer o grau de segurança que os funcionários sentem nos seus empregos,

assim como o feedback que recebem sobre como eles estão indo no trabalho.

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Tabela 9 – Variável Treinamento/Desenvolvimento/Carreira/Progresso e Realização

Profissional

Treinam./Desenvolvim./Carreira/Progresso

Discordância ND e NC Concordância Subtotal % Média

Questões 1 2 3 4 5 Disc. Conc. 29 3 6 11 9 1 30% 33% 2,97 30 4 7 5 13 1 37% 47% 2,87 31 7 8 6 9 0 50% 30% 2,57 32 5 8 10 7 0 43% 23% 2,63

Resumo em % 16% 24% 27% 32% 2% Geral

Total em % 40% 27% 33% 2,76 Fonte: Dados primários (2009)

Variável Treinam./Desenv./Carreira/Progresso

16%

24%

27%

32%

2%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Mais ou Menos

Satisfeito

Muito satisfeito

Figura 9 - Variável Treinam./ Desenv./Carreira/Progresso e Realização

Profissional

Fonte: Dados primários (2009)

De acordo com os dados apresentados, na questão 29: (Os treinamentos

que a empresa costuma oferecer atendem às necessidades prioritárias do

seu setor) temos a maior média 2,97 com maior contribuição. Destaque para

Florianópolis.

Na questão 31: (A empresa dá condições de treinamento/desenvolvimento

para que você tenha um aprendizado contínuo) temos a menor média 2,57.

Destaque para Joinville.

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75

Nota-se a questão 29 está com uma aceitação razoável pelos funcionários

o que não é muito beneficente na questão do treinamento exercido pela empresa.

Já na questão 31, requer avaliação de melhorias no quesito

treinamento/desenvolvimento para se obter futuros avanços técnicos, tanto para a

empresa como para funcionários.

Luz (2003, p.42), aponta em relação às oportunidades que os

trabalhadores têm de se qualificar, de se atualizar, e de se desenvolver

profissionalmente.

Tabela 10 – Variável Trabalho em Equipe

Trabalho em Equipe

Discordância ND e NC Concordância Subtotal % Média

Questões 1 2 3 4 5 Disc. Conc. 33 1 3 9 13 4 13% 57% 3,53 34 0 5 12 11 2 17% 43% 3,27 35 2 8 4 13 3 33% 53% 2,93 36 1 7 8 11 3 27% 47% 3,07

Resumo em % 3% 19% 28% 40% 10% Geral

Total em % 23% 28% 50% 3,20 Fonte: Dados primários (2009)

Variável Trabalho em Equipe

3%

19%

28%

40%

10%

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Mais ou Menos

Satisfeito

Muito satisfeito

Figura 10 – Variável Trabalho em Equipe Fonte: Dados primários (2009)

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De acordo com os dados apresentados, na questão 33: (Na sua equipe de

trabalho, pontos de vista divergentes são debatidos antes de se tomar uma

decisão) temos a maior média 3,53 com maior contribuição. Destaque para

matriz Florianópolis e, em seguida, Joinville.

Na questão 35: (O trabalho em equipe é incentivado pela empresa) temos a

menor média 2.93. Destaque para Florianópolis e, em seguida, Blumenau.

Nota-se que segundo a opinião dos envolvidos o fator “debate” é de

fundamental importância para haver entrosamento no ambiente de trabalho, e

assim, aprimorando conhecimentos e a troca de opiniões. Já a questão 35

apresenta a necessidade de uma atenção por parte das chefias num

envolvimento e interesse de estimular e incentivar o trabalho em equipe.

Luz (2003, p.42), sustenta a integração, o grau de relacionamento; a

existência de cooperação entre os diferentes departamentos da empresa.

Tabela 11 – Variável Qualidade e Satisfação do Cliente

Qualidade e Satisfação do Cliente

Discordância ND e NC Concordância Subtotal % Média

Questões 1 2 3 4 5 Disc. Conc. 37 0 2 7 14 7 7% 70% 3,87 38 0 2 7 15 6 7% 70% 4,23 39 0 3 4 13 10 10% 77% 4,33 40 0 0 4 14 12 0% 87% 6,27

Resumo em % 0% 6% 18% 47% 29% Geral

Total em % 6% 18% 75% 4,68 Fonte: Dados primários (2009)

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Variável Qualidade e Satisfação do Cliente

0%

6%

18%

47%

29%

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Mais ou Menos

Satisfeito

Muito satisfeito

Figura 11 – Variável Satisfação do Cliente Fonte: Dados primários (2009)

De acordo com os dados apresentados, na questão 40: (Você acha que a

empresa é eficiente no desenvolvimento de novos produtos e serviços)

temos a maior média 6,27 com maior contribuição. Destaque para as três

unidades: (Blumenau, Florianópolis e Joinville).

Na questão 37: (A empresa costuma melhorar os produtos e serviços

prestados aos seus clientes) temos a menor média 3,87. Destaque para

Florianópolis e em seguida Joinville.

Nota-se que a questão 40 está com uma aprovação excelente a novos

produtos e serviços que a empresa oferece para seus clientes, conforme opiniões

dos funcionários. Já a questão 37 não contribui muito interesse em melhorar os

“produtos e serviços já existentes” o que pode causar uma desmotivação no

serviço feito pelos funcionários e consequentemente prestado aos clientes.

Luz (2003, p.42), aborda a identificação e a percepção dos funcionários

quanto ao compromisso da empresa em relação à qualidade dos produtos,

processos e serviços, assim como a satisfação dos clientes.

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78

Tabela 12 - Médias de discordância, concordância e média geral das variáveis.

Variáveis

Discordância

Concordância

Média Geral

Trabalho Realizado 10% 65% 3,78

Salário 13% 60% 3,93

Supervisão/Liderança/

Estilo Gerencial/Gestão

15%

70%

3,77

Comunicação 34% 30% 2,79

Relacionamento 14% 67% 3,74

Condição Física 18% 61% 3,75

Estabilidade 22% 46% 3,14

Treinamento/

Desenvolvimento/Car-

reira/Progresso e

Realização

40%

33%

2,76

Trabalho Equipe 23% 50% 3,20

Satisfação Cliente 6% 75% 4,68

Média Total

3,55

Fonte: Dados primários (2009)

Médias Gerais das Variáveis

3,783,93

3,772,79

3,743,75

3,142,76

3,204,68

0 1 2 3 4 5

Médias

Figura 12 - Médias Gerais das Variáveis Fonte: Dados primários (2009)

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79

De acordo com os dados apresentados na Variável Qualidade e

Satisfação com os Clientes obtêm-se uma maior concordância com 75% dos

funcionários relacionados às três unidades (Blumenau, matriz Florianópolis e

Joinville) com uma média geral da variável de 4,68.

Conclui-se, de um modo geral, que esta variável está sendo bem sucedida

na percepção dos funcionários.

Também nos dados apresentados está a Variável Salário com uma

concordância de 60% entre os funcionários da matriz Florianópolis e Blumenau e

com a média geral da variável de 3,93, o que significa relevante em relação a

outras empresas.

Outros dados que podem ser considerados com uma boa pontuação e

possuem uma concordância aceitável são as Variáveis Trabalho Realizado

pelos Funcionários com 65% de aprovação pelos funcionários da matriz

Florianópolis e uma média geral de 3,78, e em seguida a Variável

Supervisão/Liderança/Estilo Gerencial/Gestão com 70% nas três unidades

Blumenau, matriz Florianópolis e Joinville com a média geral da variável de 3,77.

Na seqüência da análise destaca-se a Variável Condição Física do

Trabalho com 61% de aprovação dos funcionários de Blumenau e a matriz

Florianópolis e a média geral de 3,75 na qual, pode ser considerada aceitável

pelos mesmos!

A Variável Relacionamento Interpessoal com 67% de aceitação nas três

unidades Blumenau, matriz Florianópolis e Joinville possui uma média geral de

3,74. Percebe-se que há um entrosamento entre os funcionários.

De acordo com os dados apresentados dentre as variáveis menos

favoráveis classifica-se a Variável Trabalho em Equipe com uma proporção de

50% relacionados aos funcionários da matriz Florianópolis e Joinville em uma

média geral de 3,20. Isso demonstra que ainda existem oportunidades para

melhorias, mas, deve haver uma contribuição por parte das chefias.

Já a Variável Estabilidade no Emprego existe somente a concordância

de 46% dos funcionários sendo estes das unidades de Joinville e Blumenau com

uma média geral da variável de 3,14. Nota-se que a melhoria desta variável pode

ser obtida com um trabalho emocional/psicológico para se obter um maior nível de

confiança em relação auto-estima dos funcionários.

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80

Continuando a análise, a Variável Comunicação possui um índice de

discordância de 34% em relação aos funcionários da matriz Florianópolis e com

uma média geral de 2,79. Isso demonstra que deve ser feito um aprimoramento

na melhoria desta variável, pois ela faz parte dos contatos,

oportunidades/competências no ambiente de trabalho como, por exemplo, a

carreira. Ela também poderá interferir no relacionamento da vida pessoal dos

funcionários.

E por último, destaque para a Variável Desenvolvimento/Carreira/

Progresso e Realização com uma discordância de 40% obtidos pela matriz

Florianópolis e uma média geral de 2,76. Observa-se que deve haver um

investimento para uma evolução contínua da aprendizagem e aperfeiçoamento do

trabalho realizado com ênfase no conhecimento. Desta forma, os funcionários

estarão atualizados para eventuais desafios, carreira, promoções e a busca por

uma oportunidade profissional.

Luz (2003, p. 42) considera que a pesquisa de clima é um método formal

de se avaliar o clima de uma empresa porque é um instrumento importante para

fornecer subsídios capazes de aprimorar continuamente o ambiente de trabalho,

consequentemente as variáveis que o afetam.

4.4 QUANTO AS QUESTÕES DISCURSIVAS

41- Na sua percepção a empresa desfruta de boa imagem entre os funcionários?

Por quê?

42 - De modo geral, você está satisfeito em trabalhar na empresa? Justifique a

sua resposta.

43 - Quais sugestões você daria para tornar a empresa um lugar melhor para se

trabalhar?

Questão 41.

Na sua percepção a empresa desfruta de boa imagem entre os

funcionários? Por quê?

A maioria das respostas obtidas nas três unidades Blumenau, matriz

Florianópolis e Joinville condiz que a empresa possui imagem positiva, pois ela

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81

tenta obter melhorias constantes e busca ajudá-los da melhor maneira possível

em todos os aspectos, principalmente no fator salário, destacado pelos

funcionários.

Luz (2003, p. 42) enfatiza a imagem da empresa na avaliação da opinião

dos funcionários sobre como a empresa é percebida no mercado por eles,

clientes, fornecedores e pela comunidade.

Questão 42.

De modo geral, você está satisfeito em trabalhar na empresa? Justifique a

sua resposta.

A maioria das respostas são favoráveis e pertencem as unidades de

Blumenau e a matriz Florianópolis com um índice de 9 entre 12 funcionários. Em

seguida, está Joinville com 6 entre 8 funcionários.

Segundo os funcionários, a satisfação de trabalhar na empresa está

relacionada ao trabalho realizado por eles e ao desafio relacionado com o objetivo

da empresa. Os benefícios gerados por ela também contribui para um bom

posicionamento como: passagens aéreas e hotéis para o Brasil e Exterior com

tarifas bem abaixo do mercado, vale-transporte, plano de saúde, vale dinheiro e

vale alimentação. Isto de certa forma contribui para que se sintam orgulhosos de

fazer parte da empresa.

Luz (2003, p. 42) menciona que, a satisfação dos trabalhadores quanto às

possibilidades de realização de trabalhos desafiadores e importantes, avalia as

condições dos funcionários participarem de projetos que representam

experiências geradoras de aumento de empregabilidade e realização profissional;

avalia o uso e o aproveitamento das potencialidades dos funcionários.

Questão 43.

Quais sugestões você daria para tornar a empresa um lugar melhor para se

trabalhar?

A maioria das respostas obteve uma colaboração expressiva dos

funcionários das unidades de Joinville e Blumenau com uma média de 8

funcionários. Por último está a matriz Florianópolis com 7 funcionários...

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82

Para os funcionários, as opiniões para os interesses de melhorias no

ambiente de trabalho contribuem em oportunidades e novas perspectivas. Este

envolvimento fez com que se sentissem valorizados e parte do processo da

organização.

Após um levantamento, destacam-se algumas das principais sugestões

fornecidas por eles para a “empresa se tornar um lugar ainda melhor para se

trabalhar”.

São elas:

• Novos equipamentos como computadores e cadeiras de apoio,

• A comunicação entre chefias e funcionários,

• Trabalho em equipe incentivado pela empresa,

• Música no ambiente de trabalho

• Treinamento/Desenvolvimento

Portanto, essas expressões estão relacionadas ao dia-dia na empresa e

também ao conforto dos mesmos. Observa-se que as melhorias sendo

adquiridas, consequentemente contribuirá para vários benefícios dentro da

empresa e posteriormente para o entusiasmo e a motivação gerada no ambiente

de trabalho pelos mesmos.

Luz (2003, p. 42) conclui que os programas de sugestões podem revelar o

comprometimento dos funcionários através do desempenho e da qualidade do

trabalho exercido.

A seguir, uma proposta de ação para melhorias das variáveis que obtiveram

menores pontuações nas médias gerais.

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83

4.5 AÇÃO PARA MELHORIAS DAS VARIÁVEIS COM MENORES

PONTUAÇÕES

Após a apresentação dos dados dos pontos positivos e dos pontos

negativos que mais se destacaram na pesquisa realizada, será apresentado na

seqüência um “Plano de Ação” para melhorias das variáveis que obtiveram um

“índice menor que 3,00 nas pontuações das médias gerais”.

A “comunicação e o treinamento/desenvolvimento/carreira/progresso/

realização profissional” foram as variáveis que tiveram as menores pontuações.

O objetivo da proposta é fazer com que haja uma possibilidade de

mudança/inovação e comprometimento dos envolvidos para a realização da

satisfação no clima do ambiente de trabalho envolvendo diretores, chefias e

funcionários e assim buscando um entrosamento harmonioso e contínuo na

perfeição do trabalho/tarefa realizado por eles dentro da empresa.

Perguntas com menores pontuações à média geral 3,00:

COMUNICAÇÃO

• Questão 13: A empresa explica adequadamente aos funcionários o motivo

das decisões que ela toma?

• Questão 14: Os funcionários se sentem adequadamente informados sobre

as decisões que afetam o trabalho deles?

• Questão 15: Como a direção da empresa se comunica com os

funcionários a respeito das informações de interesse geral?

• Questão 16: Você se sente bem informado sobre os planos futuros da

empresa?

TREINAMENTO/DESENVOLVIMENTO/CARREIRA/PROGRESSO E

REALIZAÇÃO PROFISSIONAL

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• Questão 29: Os treinamentos que a empresa costuma oferecer atendem

às necessidades prioritárias do seu setor?

• Questão 30: A empresa oferece oportunidades para o seu

desenvolvimento e crescimento profissional?

• Questão 31: A empresa dá condições de treinamento/desenvolvimento

para que você tenha um aprendizado contínuo?

• Questão 32: Você considera suficiente o treinamento dado pela empresa

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4.5.1 PLANO DE AÇÕES

QUESTÕES /VARIÁVEL O QUÊ QUEM QUANDO COMO ONDE POR QUÊ

COMUNICAÇÃO 13 – A empresa explica adequadamente aos funcionários o motivo das decisões que ela toma?

BNU: 2,80 Média geral: 2,79

Envolver todos os funcionários nos processos, negociações e metas dos trabalhos.

Diretorias das unidades

Mensalmente

Fazer reuniões dos procedimen- tos e regras utilizados, onde todos os funcionários possam contribuir com sugestões a respeito das negociações.

Na unidade de Blumenau

Para promover a integridade e a auto-estima dos funcionários envolvidos no processo

Continua na próxima página

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86

Continuação

14 – Os funcionários se sentem adequadamente informados sobre as decisões que afetam o trabalho deles?

BNU: 2,87 JOI: 2,87

Média geral: 2,79

Rever decisões e medidas tomadas a respeito do processo sistemático utilizado

Chefias

Imediato

Verificar a aplicação das regras utilizadas de interesses dos funcionários através de coleta de opiniões para possíveis ajustes, e assim, realizarem seus trabalhos com mais entusiasmo e dedicação.

Nas unidades de Blumenau e Joinville

Para que haja um melhor entrosamento e não haja dúvidas do que se está propondo ou introduzindo em seu trabalho

15 – Como a direção da empresa se comunica com os funcionários a respeito das informações de interesse geral?

JOI: 2,83

Média geral: 2,79

Adotar formas de comunicação estrategicamente clara e objetiva

Diretorias das unidades

Sempre que houver alteração funcional dentro da empresa

Fazer um plano de comunicação integrada transmitindo as informações através de: e-mails, MSN, murais e reuniões.

Unidade de Joinville

Para que não haja distorções nas informações dos acontecimentos e interesses, para que melhore o desenvolvimento e a confiança dos trabalhos feitos dentro da empresa.

Continua na próxima página

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87

Continuação

16 – Você se sente bem informado sobre os planos futuros da empresa?

FLN: 2,67 BNU: 2,67 Média geral: 2,79

Participação dos funcionários a respeito de novas informações e mudanças de conceitos a serem adquiridos e aplicados pela empresa

Diretorias e Chefias

Semestralmente

Promover encontros com os funcionários para a empresa expor os novos objetivos e metas a serem alcançados

Na matriz Florianópolis e na unidade de Blumenau

Para que se possua um bom relacionamento, que o funcionário não se sinta excluído dos interesses futuros, que eles saibam exatamente qual é o seu papel dentro da organização.

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QUESTÕES /VARIÁVEL O QUÊ QUEM QUANDO COMO ONDE POR QUÊ

TREINAMENTO/DESEN-VOLVIMENTO/CARREIRA /PROGRESSO 29 – Os treinamentos que a empresa costuma oferecer atendem às necessidades prioritárias do seu setor?

BNU: 2,97 JOI: 2,97

Média geral: 2,76

Rever os interesses técnicos, qualidade e quantidade de cada departamento.

Chefias das unidades

Semestralmente

Estabelecer reuniões e encontros com chefias para se obter as informações das necessidades de novos cursos/treinamen-tos a serem utilizados em cada setor

Nas unidades de Blumenau e Joinville

Para dar incentivo, interesse e estabilidade aos funcionários no que diz respeito a seus cargos e funções na empresa.

30 – A empresa oferece oportunidades para o seu desenvolvimento e crescimento profissional?

FLN: 2,87

Média geral: 2,76

Priorizar oportunidades constantes de crescimento profissional

Chefias

Semestralmente

Criar chances de aperfeiçoamento profissional para os funcionários disponibilizando recursos financeiros e horários compatíveis para aprimorar conhecimentos.

Matriz Florianópolis

Para que haja uma conquista e o trabalho se torne satisfatório entre todos que queiram progredir na carreira e no sucesso profissional

Continua na próxima página

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89

Continuação

31 – A empresa dá condições de treinamento/desenvolvimento para que você tenha um aprendizado contínuo?

JOI: 2,57

Média geral: 2,76

Melhorar o aprendizado atualizando conceitos técnicos de produtividade e integração.

Diretores e chefias

Trimestralmente

Buscar novos cursos através de contatos ou sites e promover a inserção dos mesmos através de murais, panfletos e e-mails para que todos tenham acesso e possam buscar atualizações constantemente.

Na unidade de Joinville

Para que os funcionários se sintam capazes de poder produzir algo novo, satisfatório gostarem do que fazem e acima de tudo ter um bom entrosamento e desenvolvimento profissional atingindo suas metas.

Continua na próxima página

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90

Continuação

32 - Você considera suficiente o treinamento dado pela empresa?

FLN: 2,63

Média geral: 2,76

Realizar uma análise envolvendo prioridade na valorização do trabalho

Diretores

Anualmente

A empresa todo início do ano deve fazer um estudo ou levantamento a respeito dos cursos e treinamentos que foram oferecidos no ano anterior aos funcionários e verificar se os mesmos atingiram os objetivos e metas.

Matriz Florianópolis

Para que todos se sintam orientados de maneira positiva no aperfeiçoamento dos conhecimentos para a busca de novos horizontes.

Quadro 2: Plano de ações

Fonte: Elaborado pela autora

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91

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa de clima organizacional teve seu o objetivo atendido, pois foram

conhecidos seus pressupostos bibliográficos e as percepções dos funcionários

através das variáveis que interferem no ambiente da empresa. Verificou-se que,

em alguns aspectos as decisões e o comprometimento entre chefias-funcionários

não estavam sendo adequadas para um bom relacionamento visto que, a

empresa não possuía nenhum instrumento de coleta de dados ou análises,

baseava-se nos conhecimentos e experiências já adquiridos ao longo dos anos.

Na realização deste trabalho de pesquisa revelaram-se as variáveis de

“comunicação, treinamento/desenvolvimento” através das análises feitas e foi

proposto um “Plano de Ação” que servirá como uma ferramenta destas variáveis

para o futuro da organização.

O resultado proporciona meios construtivos e positivos à continuação das

atividades no mercado de trabalho de maneira segura e competitiva.

Durante o período em estudo pela acadêmica, foi comprovado que a

empresa estava tomando decisões em cima de experiências, mas, apresentava

falta de entrosamento em algumas áreas, o que pode ocasionar entre os

funcionários a falta de confiança, desmotivação e o interesse pelo trabalho.

Como uma ferramenta necessária o modelo aplicado no caso o

questionário, serviu para fazer este levantamento da atual situação. Também o

mesmo pode servir como instrumento que diagnostica os interesses da empresa e

sua capacidade de absorver e resolver os conflitos adquirindo um clima bom e

positivo.

Os dados apresentados na proposta de ação auxiliarão o processo

administrativo e gerencial da empresa, sendo considerado como um recurso

eficaz. Nesse sentido, é de fundamental importância o uso destes dados, pois os

administradores têm como necessidade saber o destino dado às suas

disponibilidades e, por meio deste demonstrativo, obterão informações que

servirão de base para o planejamento de controle de ações momento atual e no

futuro da empresa. Diante dos resultados deste estudo, pode-se concluir que

tanto as análises como a proposta de ação foi de grande valia e serviram para

identificar os problemas internos da empresa Incomum Ltda e, futuramente, a

mesma poderá fazer inspeções mais criteriosas de seus pontos positivos e

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negativos as quais trará uma visão mais clara e objetiva das percepções sobre

clima organizacional.

Para os colaboradores, conclui-se que a importância da comunicação, do

treinamento e do desenvolvimento, envolveu relações interpessoais entre eles e

chefias, minimizando desconfortos e situações mal resolvidas e assim,

concretizou-se um interesse maior no aproveitamento construindo um novo

paradigma, priorizando objetivos e metas na contribuição de um clima harmonioso

e satisfatório dentro da empresa.

Para os administradores da empresa, a satisfação no desempenho em

conjunto de uma melhor interatividade, troca de experiências, perspectivas e o

aperfeiçoamento contínuo em prosseguir no caminho da realização dos projetos

de interesses organizacionais com o objetivo de ter um futuro competitivo e

promissor.

E, para a acadêmica que descreveu a técnica de utilização desta proposta

de um “Plano de Ação” para melhorias no clima organizacional, houve o interesse

de buscar soluções eficazes que visam obter um trabalho de qualidade,

motivação, determinação ao comprimento da tarefa, o controle da atividade

aplicada no conhecimento obtido através desta experiência e que foram

resolvidos de maneira simples e de fácil entendimento a fim de demonstrar as

necessidades de manter-se um clima agradável e, facilitando aos empresários

uma clareza na visualização dos fatos e dos dados apresentados.

Além disso, esta avaliação sobre clima organizacional na empresa

Incomum Turismo Ltda. oportunizou a contribuição e o empenho construtivo de

melhorias com a finalidade de tornar o ambiente organizacional saudável,

motivado, harmonioso e promissor e, assim atingir as metas previamente

definidas. E, por fim, considerando o atual cenário globalizado onde vivemos,

surgem novas perspectivas de interesses conjuntos que são modificados

intensamente e requererem cada vez mais soluções, competitividade e

entrosamento entre as organizações e seu capital humano para futuros

planejamentos e investimentos dos recursos aplicáveis nas tomadas de decisões.

Portanto, este estudo não se esgota aqui, futuramente poder-á-se dar

continuidade num prazo de dois anos, tempo médio para novas percepções de

situações decorrentes do clima organizacional que possam atingir novamente

interesses e o equilíbrio da empresa Incomum Turismo Ltda.

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REFERÊNCIAS

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FREITAS, Isa Aparecida de. Clima organizacional: Uma análise de sua definição e de seus componentes. 2006. Disponível em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4723289Z3#LP_Avalia%C3%A7%C3%A3o%20de%20clima%20organizacional>. Acesso em: 16 set. 2008.

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SARTOR, Fabíola de Bona; SARTOR, Vicente Volnei de Bona; RIZZATTI, Gerson. Clima organizacional: Conceitos e estudo de caso. Florianópolis: Feijó, 2003. 159 SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da administração. São Paulo: Pioneira, 2004. 523 p. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 1997. 90 p. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2003. 96 p. WAGNER, John A.; HOLLENBECK, John R. Comportamento organizacional. São Paulo: Saraiva, 1999. 496 p.

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96

APÊNDICES

Apendice A: Questionário sobre pesquisa de Clima Organizacional ...................97

Apendice B: Correspondência encaminhada para a empresa Incomum Turismo

Ltda. (Matriz) Florianópolis...................................................................................106

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97

APÊNDICE A: QUESTIONÁRIO

Este questionário faz parte de um estudo intitulado Pesquisa de Clima

Organizacional: Um estudo realizado com os funcionários da empresa

Incomum Turismo Ltda. cujo objetivo geral é analisar e compreender o clima

organizacional dessa empresa a fim de contribuir para o bom entrosamento e

desenvolvimento nas áreas de relacionamentos e também, como conclusão de

trabalho de curso.

Este questionário foi elaborado com base no referencial teórico “Gestão de

Clima Organizacional” do autor Ricardo Luz nas p. 42 a 45 e 84 a 97 contendo

40 questões objetivas e 03 questões subjetivas, baseado no modelo de Porter.

Considerando a importância das informações e dados para concluir o TCE

- Trabalho de Conclusão de Estágio do Curso de Administração/UNIVALI,

agradeço antecipadamente a sua colaboração, lembrando que as informações

coletadas serão utilizadas apenas para fins acadêmicos e sua identidade será

preservada.

PARTE I - QUANTO AO PERFIL DO ENTREVISTADO

Em relação ao perfil do entrevistado:

Sexo:

( ) Feminino ( ) Masculino

Idade:

( ) 18 a 25 anos

( ) 26 a 35 anos

( ) 36 a 40 anos

( ) 40 anos ou mais

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Escolaridade:

( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino médio completo ( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino superior completo ( ) Ensino superior incompleto

Tempo de serviço:

( ) Até 1 ano ( ) 2 a 3 anos

( ) 4 a 7 anos ( ) 8 a 10 anos

Parte II – QUANT0 AO CLIMA ORGANIZACIONAL

I - Quanto a variável Trabalho realizado pelos funcionários:

1. As orientações que você recebe sobre o seu trabalho são claras e objetivas?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

2. Você considera que seu trabalho é avaliado de forma justa pelos seus

superiores?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

3. O seu trabalho lhe dá um sentimento de realização profissional?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

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99

4. Você tem liberdade para fazer o seu trabalho da forma como considera melhor?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

II - Quanto a variável Salário:

5. Você considera seu salário adequado em comparação com o salário recebido

por outros funcionários do mesmo nível da sua empresa?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

6. Como você compara o seu salário ao de outras pessoas que executam tarefas

semelhantes às suas em outras empresas?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

7. O seu salário satisfaz às suas necessidades básicas?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

8. Você se sente devidamente informado sobre reajustes, aumentos e promoções

salariais praticados pela empresa?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

III - Quanto a variável Supervisão/Liderança/Estilo Gerencial/Gestão:

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9. Os funcionários são tratados com respeito, independente dos seus cargos?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

10. Os gestores da empresa têm interesse no bem-estar dos funcionários?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

11. Você considera o seu superior hierárquico um bom líder?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

12. Como você avalia a empresa atualmente, em relação a quando você começou

a trabalhar nela?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

IV - Quanto a variável Comunicação:

13. A empresa explica adequadamente aos funcionários o motivo das decisões

que ela toma?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

14. Os funcionários se sentem adequadamente informados sobre as decisões que

afetam o trabalho deles?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

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101

15. Como a direção da empresa se comunica com os funcionários a respeito das

informações de interesse geral?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

16. Você se sente bem informado sobre os planos futuros da empresa?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

V - Quanto a variável Relacionamento Interpessoal:

17. A empresa é aberta a receber e reconhecer as opiniões e contribuições de

seus funcionários?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

18. O clima de trabalho da minha equipe é bom?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

19. Como você considera o relacionamento entre funcionários do seu setor?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

20. Você se sente à vontade para falar abertamente a respeito de trabalho com o

seu superior imediato?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

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VI - Quanto a variável Condição Física do Trabalho:

21. As condições físicas e o ambiente de trabalho são satisfatórios (ruído,

temperatura, higiene, mobiliário, etc.)?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

22. A direção da empresa está comprometida em melhorar a segurança dos

funcionários no local de trabalho?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

23. Os equipamentos de segurança da empresa são adequados para proteger os

funcionários no trabalho?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

24. Seu horário de trabalho causa transtornos na sua vida pessoal?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

VII - Quanto a variável Estabilidade no Emprego:

25. A permanência de um funcionário na empresa tem sido definida

principalmente pelo seu desempenho?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

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26. Você e os demais funcionários do seu setor sentem-se seguros no emprego?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

27. Seu superior imediato costuma discutir os resultados da avaliação de

desempenho ?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

28. Você sabe quais são os resultados que o seu superior imediato espera do seu

trabalho?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

VIII - Quanto a variável Treinamento/Desenvolvimento/Carreira/Progresso e

Realização Profissional:

29. Os treinamentos que a empresa costuma oferecer atendem às necessidades

prioritárias do seu setor?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

30. A empresa oferece oportunidades para o seu desenvolvimento e crescimento

profissional?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

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104

31. A empresa dá condições de treinamento/desenvolvimento para que você

tenha um aprendizado contínuo?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

32. Você considera suficiente o treinamento dado pela empresa?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

IX - Quanto a variável Trabalho em Equipe:

33. Na sua equipe de trabalho, pontos de vista divergentes são debatidos antes

de se tomar uma decisão?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

34. Como você avalia seu superior imediato quanto à representação da sua

equipe perante os escalões superiores?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

35. O trabalho em equipe é incentivado pela empresa?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

36. Seu superior hierárquico estimula o trabalho em equipe?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

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105

X - Quanto a variável Qualidade e Satisfação do Cliente

37. A empresa costuma melhorar os produtos e serviços prestados aos seus

clientes?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

38. A empresa atende prontamente às solicitações dos seus clientes?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

39. Você acha que a empresa está precisando de inovação para ter sucesso nos

seus negócios?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

40. Você acha que a empresa é eficiente no desenvolvimento de novos produtos

e serviços?

( ) Muito ( ) Satisfeito ( ) Mais ou ( ) Insatisfeito ( ) Muito

satisfeito menos insatisfeito

1 2 3 4 5

41- Na sua percepção a empresa desfruta de boa imagem entre os funcionários?

42 - De modo geral, você está satisfeito em trabalhar na empresa? Justifique a

sua resposta.

43 - Quais sugestões você daria para tornar a empresa um lugar melhor para se

trabalhar?

[email protected]

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APENDICE B: CORRESPONDÊNCIA ENCAMINHADA A EMPRESA

Florianópolis, 11 de Novembro de 2008. Ilmo.srs.

Adriano de Souza Rebello e Fábio César Frassetto

(Diretores da Empresa Incomum Turismo Ltda.)

Solicitação de Preenchimento de Questionário

Venho através de este e-mail solicitar a gentileza para que encaminhe este

questionário anexo a todos os funcionários da empresa “Incomum Turismo Ltda.”

nas três unidades (Matriz Florianópolis, Blumenau e Joinville) a fim de concluir o

meu Trabalho de Conclusão de Estágio de Administração da UNIVALI –

Universidade do Vale do Itajaí.

Este questionário tem o objetivo de fazer um levantamento de Clima

Organizacional na empresa onde serão respondidos:

• 40 questões de assinalar (em cada pergunta assinale uma

resposta com um (X)).

• 03 questões discursivas (Escreva sua opinião/resposta)

O tempo para todas as respostas levará uma média de 15 minutos, onde os

mesmos poderão responder em suas casas, no horário de almoço, etc. não

havendo a necessidade de identificação do respondente.

Agradeço a colaboração e se possível, gostaria de obter as respostas no

período de um mês a partir da data de hoje, mais preciso em 11 de dezembro de

2008.

Dúvidas: (48) 3879-3546 [email protected]

Atenciosamente,

Adriana Schmitt

(Acadêmica)

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ANEXO

Anexo A: Fotos das empresas.............................................................................108

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108

ANEXO A: FOTOS DAS EMPRESAS (PADRÃO) 2009

Recepção das empresas

Sala das Chefias

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109

Sala de reuniões

Sala do financeiro

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110

Sala de vendas

Sala de atendimento aos clientes