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Pesquisa 93,24% Médicos aprovam atuação do Cremers Ano 5 | nº 40 | Janeiro/2007 | Publicação do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul Eleita nova diretoria INFORMATIVO

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Pesquisa

93,24%Médicosaprovamatuaçãodo Cremers

Ano 5 | nº 40 | Janeiro/2007 | Publicação do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul

� Eleita nova diretoria

INFORMATIVO

Presidente: Luiz Augusto PereiraVice-presidente: Fernando Weber Matos

1o Secretário: Joaquim José Xavier2o Secretário: Flávio Job

Tesoureiro: Marco Antônio BeckerCorregedor: Martinho Álvares da Silva

Conselheiros Antônio Celso Koehler Ayub | Carlos Antônio Mascia Gottschall

Céo Paranhos de Lima | Cláudio Balduíno Souto FranzenErcio Amaro de Oliveira Filho | Fernando Weber da Silva Matos

Flávio José Mombrú Job | Isaias Levy | Ismael MaguilnikIvan de Mello Chemale | João Pedro Escobar Marques Pereira

Joaquim José Xavier | José de Jesus Peixoto Camargo José Pio Rodrigues Furtado | Luiz Augusto Pereira

Marco Antônio Becker | Marineide Gonçalves de MeloMartinho Alexandre Reis Álvares da Silva | Newton Monteiro de Barros

Regis de Freitas Porto | Rogério Wolf de Aguiar Alberi Nascimento Grando | Cláudio André Klein Cléber Ribeiro Álvares da Silva | Douglas Pedroso

Enio Rotta | Euclides Viríssimo Santos Pires Fernando Antônio Lucchese | Geraldo Druck Sant’Anna

Ibrahim El Ammar | Iseu Milman Izaias Ortiz Pinto | Jefferson Pedro Piva

José Pedro Lauda | Luciano Bauer Gröhs Magno José Spadari | Marco Antônio Oliveira de Azevedo Maria Lúcia da Rocha Oppermann | Mário Antônio Fedrizzi

Moacir Assein Arús | Silvio Pereira Coelho | Tomaz Barbosa Isolan

O Informativo Cremers é uma publicação doConselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul

Av. Princesa Isabel, 921 CEP 90620-001 – Porto Alegre/RSFone (51) 3219.7544 Fax (51) 3217.1968

E-mail: [email protected] – www.cremers.com.br

Conselho EditorialLuiz Augusto Pereira, Fernando Weber da Silva Matos,

Joaquim José Xavier, Flávio Job e Marco Antônio Becker

Redação: W/COMM Comunicação Jornalista Responsável: Ilgo Wink – Mat. 2556

Repórter: Viviane Schwäger – Reg. 10233Estagiário: Luis Felipe dos Santos

Revisão: Raul Rubenich Fotos: W/COMM Comunicação

Projeto e Produção Gráfica Stampa Design

Direção: Eliane CasassolaEditoração: Thiago Pinheiro

CTI: Ana Paula AlmeidaIlustrações: Leandro Camiña

(51) 3023.4866 [email protected]

Tiragem: 30.000 exemplares

A Redação reserva-se o direito de publicar ou não o material a ela enviado, bem como editá-lopara fins de publicação. Maté rias as sinadas não expressam necessariamente a opinião da Diretoria do Cremers. O conteúdo do Informativo Cremers po de ser reproduzido, desde que mencionados o autor e a fonte.

O Conselho Federal de Medicina aprovou so-

licitação do Cremers e decidiu doar os recursos

necessários para aquisição definitiva do terreno

onde se encontra o estacionamento. A aprovação

foi informada pelo tesoureiro do CFM, Genário

Alves Barbosa, em correspondência encaminha-

da ao Cremers no dia 5 de janeiro de 2007.

"O CFM se mostrou sensível ao nosso pleito, enten-

dendo a necessidade de proporcionar maior segu-

rança e comodidade aos médicos. Não precisamos

gastar nesse item o valor economizado com publici-

dade", afirmou o presidente Luiz Augusto Pereira.

Desde setembro, os médicos gaúchos já dis-

põem de um espaço amplo e seguro para esta-

cionar seus veículos. A atual direção do Conselho

conseguiu a cedência de um terreno na esquina da

Rua Bernardo Pires com Avenida Princesa Isabel,

em frente à sede do Cremers, mediante comodato,

que tem validade até março deste ano. O custo é de

R$ 326,00 mensais (o valor do IPTU do local).

"Uma comissão constituída no plenário pe-

los conselheiros Ismael Maguilnik, Isaias Levy e

Ibrahim El Ammar tem a responsabilidade de

obter, na negociação, o valor mais vantajoso para

o Cremers", destacou Pereira.

Cremers obtém recursos do CFM para adquirir a área do estacionamento

CREMERSINFORMATIVO

Janeiro/20072 CREMERSINFORMATIVO

NOTAS

Luiz Augusto PereiraPresidente do Cremers

Ética e compromisso

Ao encerrar uma gestão de

20 meses na presidência

do Cremers, quero agra-

decer a todos os médicos que atuam

com ética e profissionalismo, e que

cumprem os compromissos com a

classe médica, dignificando o nome

da medicina.

Vencer não é ganhar eleições.

É muito mais do que isso, é essen-

cialmente cumprir os compromissos

assumidos com a classe médica.

São muitos os médicos que, de

forma atenta, acompanharam os re-

centes acontecimentos do processo

eleitoral no Cremers. A expressão la-

tina res ipsa loquitur (a coisa fala por

si mesma) esclarece que comporta-

mento ético, especialmente num ór-

gão de defesa da ética, não pode ser

desconsiderado, sob pena de com-

prometer a credibilidade não só das

pessoas, mas da própria instituição.

A verdade sempre vem à tona

com o tempo. As bandeiras não

devem ser só publicitárias, mas

de busca de resultados concretos.

O dinheiro das contribuições dos

médicos ao Cremers deve sempre

ser bem empregado.

Ao final da gestão, desejo aos

novos dirigentes êxito na missão

de colocar a ética como prioridade.

Todos nós passamos e a instituição

continua. Cumprimos com a nossa

obrigação, mas sabemos que ainda

há muito a fazer.

Ética, coerência e firmeza de con-

vicções são valores que nunca podem

ser esquecidos.

Ética, coerência

e firmeza de

convicções são

valores que

nunca podem

ser esquecidos.

Janeiro/2007 3CREMERSINFORMATIVO

EDITORIAL

O ANO DE 2006 ENCERROU COM

mais uma edição do Programa Desafios Éticos,

desta vez com um tema especialmente polê-

mico: a gravidez na adolescência. O assunto

foi abordado sob os pontos de vista da Me-

dicina e da Justiça, através da participação

do Ministério Público Estadual. O presidente

do Cremers, Luiz Augusto Pereira, saudou

os participantes e abriu as atividades relem-

brando os projetos e compromissos da ges-

tão que termina, enfatizando a concretiza-

ção de sua proposta de buscar cada vez mais

a aproximação do Conselho à comunidade.

O conselheiro Magno Spadari, coorde-

nador do evento, apresentou os palestrantes

e ime diatamente passou a palavra ao

presidente da Associação de Obstetrícia e

Ginecologia do RS, João Steibel. O médico

cedeu seu espaço para a ginecologista e

obstetra Letícia Germany Paula, professora

da PUCRS, que proferiu a primeira palestra.

A médica relatou sua experiência de edu-

cação com jovens de escolas particulares e

públicas, ressaltando a importância do as-

pecto psicológico resultante das alterações

físicas nos adolescentes.

Gestação precoce é um fenômeno mundial

“A gestação entre mães muito jovens

não acontece somente no Brasil, é um pro-

blema de âmbito mundial nas classes menos

favorecidas”, esclareceu. Segundo Letícia, os

principais motivos para a gravidez na adoles-

cência incluem o início precoce da vida se-

xual, a falta de informação, o chamado “pen-

samento mágico”, a desestruturação familiar

– meninas engravidam para sair de uma fa-

mília problemática e formar a sua própria fa-

mília – e a tentativa de solução de proble-

mas econômicos e ascensão social através

de um filho. A médica em seguida mostrou

uma série de perguntas regularmente feitas

pelos adolescentes nas palestras ministra-

das em escolas. “Essas perguntas demons-

tram como eles não têm a menor noção de

educação sexual”, apontou.

As conseqüências dessas gestações

são muitas e graves, de acordo com Letícia.

“A separação do casal, a desilusão com

o ‘sonho’ de ter um bebê, a evasão esco-

lar, as dificuldades econômicas e psicológi-

cas, a gestação de novos filhos são algumas

delas. Poucos conseguem realmente estru-

turar uma família”, explicou. A palestrante

ressaltou que os problemas médicos entre

grávidas adolescentes não são maiores que

os de gestantes mais velhas, desde que ob-

servados os adequados cuidados pré-natais.

“Uma das maiores dificuldades é a falta de

acesso e de paciência das jovens em esperar

em filas, marcar consultas e fazer exames”,

apontou, ressaltando a importância do su-

porte de uma equipe multidisciplinar.

Letícia lembrou ainda que a educação é

a melhor arma para combater o que chamou

de “doença social”: “São pessoas que ficam

desarticuladas do mercado de trabalho, des-

favorecidas social e culturalmente, não con-

seguem sair da situação de baixa renda.

Mesmo as crianças poderão ter problemas

educacionais. Isso ocasiona o aumento de

tentativas de aborto, transmissão de DSTs,

desorganização familiar, abuso de drogas,

pobreza e outros fatores. Somente com for-

tes programas de apoio, educação e preven-

ção isso pode ser solucionado”.

Convenções dispõem sobre direitos da mulher

O segundo palestrante foi o promotor

de justiça Rodrigo Schoeler de Moraes, que

expôs o ponto de vista do Ministério Público

Estadual sobre a questão. Moraes repassou

questões internacionais sobre direitos repro-

dutivos, analisando-as sob a visão da moral

e da ética. Diversas convenções internacio-

nais dispõem sobre os direitos da mulher, o

papel social da maternidade, os direitos dos

filhos a uma família estruturada e a criança

como sujeito social. “Nos últimos anos, os

paradigmas sobre o sentido da vida dessas

crianças que nascem e das pessoas que as

colocam no mundo têm mudado significati-

vamente”, destacou.

O papel do Estado no desenvolvimento

de potencialidades das crianças também foi

apontado: “A educação não deve ser imposi-

tiva, e sim trazer para fora o que o outro já tem

existente em si, potencialidades latentes”.

Gravidez na adolescência

Janeiro/20074 CREMERSINFORMATIVO

DESAFIOS ÉTICOS

Dra. Letícia Germany Paula

Médica

Dr. Rodrigo Schoeler de Moraes

Promotor

“O planejamento familiar não é questão de quantidade,

mas de qualidade para garantir um futuro digno e sustentável às

crianças. É preciso conscientizar a população a esse respeito.”

Dr. Antônio Celso Ayub

Médico

“Algumas conseqüências desse fenômeno são prejuízo escolar,

psicossocial e econômico da mãe, com 60% de chances de novas

gestações em dois anos.”

Além da educação, o promotor também citou

a importância do Estado no suporte ao pla-

nejamento familiar, previsto na Constituição

Federal. “O planejamento familiar não foge

da necessidade de uma atuação sistêmica,

abrangendo os eixos da saúde, educação –

não somente acadêmica, mas de sentimen-

tos –, cidadania e segurança.”

Moraes apresentou dados do Programa

Aliança, um projeto de promoção do pla-

nejamento familiar realizado pela prefeitura

municipal de Rio Grande. “O Programa de-

monstrou a necessidade de união entre en-

tidades em torno de um interesse comum.

Ações isoladas dificilmente alcançam resul-

tados, mas o trabalho em conjunto prova-

se mais eficaz.” O promotor demonstrou,

ainda, resultados da atuação multidiscipli-

nar: “O planejamento familiar não é ques-

tão de quantidade, mas de qualidade para

garantir um futuro digno e sustentável às

crianças. É preciso conscientizar a popu-

lação a esse respeito”.

A última participação foi do conselheiro

Antônio Celso Ayub, que iniciou sua fala

ressaltando a importância da participação

do público em debates como esse. Ayub

demonstrou aspectos clínicos e sociais que

possibilitam a gravidez em meninas cada vez

mais jovens e o número crescente de mães

adolescentes – entre eles, emancipação fe-

minina e revolução sexual. O médico apre-

sentou também estatísticas históricas da

gravidez na adolescência em diferentes paí-

ses, épocas e conjunturas sociais.

Educação sexual deve ser precoce e natural

“Algumas das conseqüências desse fe-

nômeno são prejuízo escolar, psicossocial e

econômico da mãe, com 60% de chances de

novas gestações em 2 anos. Para a criança,

pode acontecer a adoção, maus-tratos e re-

petição do modelo”, esclareceu. Segundo

o médico, nenhuma das condutas normal-

mente adotadas – manter o filho, oferecê-lo

para adoção, aborto ou casamento dos pais

adolescentes – soluciona a questão de forma

permanente. “Estudos apontam que 80%

dessas gestações não são planejadas”.

O conselheiro apontou algumas so-

luções para este grave problema social:

“Não há idade adequada para iniciar a

educação sexual. Ela deve ser o mais pre-

coce e natural possível. Além disso, o mé-

dico deve estar preparado para comunicar-

se com o adolescente, com fácil acessibi-

lidade e privacidade”. Ayub citou ainda o

caso dos implantes anticoncepcionais ofe-

recidos pela prefeitura de Porto Alegre.

“Houve grande repercussão entre diversas

entidades, muitas evocando a invasão dos

direitos reprodutivos”, apontou. O mé-

dico encerrou sua participação com uma

frase de impacto, defendida pela Febrasgo:

“Qualquer método anticoncepcional é me-

lhor do que a gravidez na adolescência”.

“Uma das maiores dificuldades é a falta de acesso e de paciência das

jovens em esperar em filas, marcar consultas e fazer exames.”

Dr. João SteibelPresidente da Associação de

Obstetrícia e Ginecologia do RS

Janeiro/2007 5CREMERSINFORMATIVO

Livro aborda um ano de Desafios APÓS O ÚLTIMO DEBATE DO PRO-

grama Desafios Éticos em 2006, os pre-

sentes participaram do coquetel de lança-

mento do livro Desafios Éticos, quarto vo-

lume da Coleção Cremers, que reproduz

de forma resumida todas as palestras das

12 primeiras edições.

Entre os convidados estiveram o presi-

dente do Cremerj, Paulo César Geraldes, e

a presidente do Coren/RS, Maria da Graça

Piva, ambos participantes do Programa

Desafios Éticos. Geraldes avaliou a iniciativa

como extremamente importante, “pois os

temas estão relacionados com questões que

dão margem a controvérsia nos padrões éti-

cos e bioéticos”. O dirigente ressaltou ainda

que o Programa demonstrou grande envol-

vimento com a questão social, lembrando

a importância de colocar visões divergentes

mostrando todas as interpretações do tema.

“É um debate importantíssimo, muito atual,

com temas que não se esgotam. É inesti-

mável descobrir novos ângulos de opinião

sobre temas que continuam na pauta do

dia e merecem novas observações até que

seja atingido um consenso”.

Maria da Graça Piva comentou que di-

ficilmente as pessoas interagem com os

temas éticos das profissões. “Só se dis-

cutem as notícias, as situações de crise.

Se temos uma publicação que aborde esses

temas de forma científica, ajuda a escla-

recer a população e isso contribui inclu-

sive para as discussões dos profissionais

de saúde. Agir com correção deveria ser

sempre o natural, mas as pessoas não per-

cebem isso até encararem o problema que

se desenha, não há uma discussão da le-

gislação e dos padrões éticos”.

“Só posso elogiar a iniciativa. Entendo que a construção de acordos sociais passa pelo diálogo multidisciplinar, com todos os setores da sociedade relacionados com a Saúde. A ética é um componente importante para permear os diálogos. Os debates foram interessantes, instigantes, com temas novos, pessoas muito apropriadas. A compilação de todos os debates num livro é elogiável como fonte de leitura e discussão para a sociedade.”

“O programa Desafios Éticos é uma maravilha. Uma iniciativa pioneira, inteligente e oportuna, que merece todos os elogios. Foi muito importante trazer esses temas para conhecimento dos médicos e da população. É importante também a publicação do livro sobre os painéis. Todos estes temas são de interesse da sociedade. A iniciativa do Cremers deve ser ponto de partida para seminários e fóruns, onde estas questões éticas podem ser debatidas.”

“O livro Desafios Éticos é um documento importantíssimo para leitura, um documento de consulta histórico que vai ajudar muito a classe médica. Pela relevância dos temas, este livro é fundamental para o conhecimento da sociedade. O próprio estudante de medicina tem muito que aprender através desse material. É também muito relevante para o médico do interior, que muitas vezes não tem acesso a certas informações que ficam restritas às plenárias.”

Dra. Marinês AssmannPromotora de Justiça do Ministério Público Estadual

Dr. João Albino PotrichDiretor-médico do Pronto Socorro Municipal de Canoas

Dr. José de Jesus Peixoto CamargoCirurgião Torácico, conselheiro do Cremers e professor da FFFCMPA

Janeiro/20076 CREMERSINFORMATIVO

COLEÇÃO CREMERS

Éticos

PRESIDENTES DOS CONSELHOS

Regional do Sul e do Sudeste defendem

a criação de novo documento para inibir

ação de falsificadores

Preocupados com o aumento de casos

de “falsos médicos” atuando criminosa-

mente no país, os presidentes dos Conselhos

Sul/Sudeste enviaram correspondência ao

Conselho Federal de Medicina sugerindo a

criação de uma nova cédula de identidade

profissional para os médicos, com normas

de segurança que impeçam sua falsificação.

No documento enviado ao CFM, os diri-

gentes ressalvam que “em que pese tratar-se,

primeiramente, de um problema policial-crimi-

nal, os Conselhos Regionais de Medicina não

podem se furtar à obrigação social de contri-

buir para proteção da sociedade contra a atua-

ção dos criminosos”, destacando que “a cada

caso de prisão de ‘falso médico’, os Conselhos

são requeridos pela mídia e pela sociedade em

geral, no sentido de possibilitarem a identifica-

ção inequívoca dos médicos inscritos”.

Os presidentes dos CRMs destacam que

“a desatualização cadastral causa prejuízos

e dificulta na interlocução dos Conselhos

com os médicos inscritos, quer nas ques-

tões judicantes, financeiras, de informa-

ções e de mobilização”, e que os “pacien-

tes e os diretores das instituições médi-

cas e hospitalares têm o direito de identifi-

car, de forma inequívoca, a habilitação dos

profissionais que vão contratar”.

Em função disso e do crescimento de casos

de pessoas que se fazem passar por médicos,

com graves danos aos pacientes, os dirigentes

sustentam que a existe a necessidade urgente

“de substituição das Cédulas de Identidade

dos Médicos por modelos mais modernos e

mais seguros”, que contemplem “o princípio

da eficiência e da economicidade”.

A correspondência é assinada pelo pre-

sidente do Cremers, Luiz Augusto Pereira;

pelo presidente do Cremesp, Desiré Carlos

Callegari; pelo presidente do Crememg,

Hermann Alexandre Von Tiesenhausen; pelo

presidente do Cremerj, Paulo César Geraldes;

pelo presidente do Cremesc, Wilmar de

Athayde Gerent; e pelo presidente do CRM-

PR, Hélcio Bertolozzi Soares.

Conselhos do Sul/Sudeste

propõem ao CFM

um modelo de cédula

mais seguro que

o atual (foto)

“Ao ler o livro, percebi que excelentes debates aconteceram antes daquele no qual participei, o que mostra a importância do trabalho. Essas discussões com as entidades da sociedade civil trazem um grande aprendizado para todos e criam uma rede, onde se torna possível inserir a sociedade nos questionamentos que também são pertinentes às pessoas comuns. O Cremers precisa dar continuidade a este projeto, torço para que a nova gestão mantenha o Programa Desafios Éticos.”

Dra. Eunice FloresPresidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher

CRMs sugerem nova cédula de identidade ao CFM

Janeiro/2007 7CREMERSINFORMATIVO

EXERCÍCIO PROFISSIONAL

No dia 25 de janeiro, às 11 horas, foi empossado o

novo diretor do Corpo Clínico do Hospital Ernesto Dornelles,

em Porto Alegre. O médico Írio Ferreira Bicca foi eleito

pelos colegas no dia 19 de dezembro. Bicca ocupará o

cargo durante o biênio 2007/2008, sendo o primeiro

diretor clínico do Hospital Ernesto Dornelles, conforme o

novo regimento interno. O médico auditor Cláudio Cana-

barro afirma que os profissionais do hospital estão muito

esperançosos com a eleição do primeiro diretor. “O diretor

do Corpo Clínico exerce uma função muito importante, é

um canal entre os médicos e a direção do hospital, assim

como zela pelo cumprimento da ética médica. O Dr. Bicca

é uma pessoa muito interessada nesse aspecto, pois é mé-

dico desde a fundação do hospital”, afirmou Canabarro.

Medicina Hipocrática

Posse no Hospital Ernesto Dorneles

A SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA ENTROU EM CAMPO

para lembrar aos homens que devem consultar o médico e fazer exames

de próstata à partir dos 45 anos. Literalmente a SBU entrou em campo

no Campeonato Brasileiro, levando informações à população masculina.

Essa campanha teve apoio da CBF e também do Clube dos 13. O ex-

jogador Sócrates, que é médico, foi escolhido para ser o garoto propa-

ganda da campanha. A Sociedade Européia de Urologia também está em-

penhada nesta campanha, tendo escolhido o dia 15 de Setembro como

o dia da Próstata. O Serviço de Urologia da Santa Casa apóia esta idéia,

já tendo rea lizado duas campanhas de prevenção do câncer de próstata.

Lembramos que todo o homem de mais de 50 anos deve fazer exame uro-

lógico, que inclui toque retal e dosagem de PSA. O homem com fatores de

risco, história familiar ou racial, deve iniciar estes cuidados aos 40 anos.

Dr. Carlos Ary Vargas Souto – Chefe do Serviço de Urologia - ISCMPA

Campanha de combate ao câncer de próstata

PAINEL

NO LANÇAMENTO DO LIVRO MEDI-

cina Hipo crática, Antes, Durante e Depois, o

presidente da Academia Sul-Rio-Grandense

de Medicina e conselheiro do Cremers,

professor Carlos Gottschall, saudou a ini-

ciativa do Cremers de apoiar a publicação

da obra. “Desejo que este volume seja se-

guido por outros sobre diferentes aspectos

da medicina. Essa idéia completa a gestão

do Dr. Luiz Augusto Pereira, olhando para

a Educação Médica Continuada e atingindo

os objetivos do Conselho”. Na sua expo-

sição, Gottschall falou sobre os princípios

da medicina hipocrática, que precederam

conceitos morais do cristianismo e estabe-

leceram alguns dos princípios da civiliza-

ção ocidental. “O Código de Ética Médica

é um dos maiores monumentos morais do

Ocidente. Através dele, introduzindo o res-

peito ao paciente, o sigilo profissional, o

respeito aos colegas, a ética, o relaciona-

mento, a conduta ilibada, o princípio da be-

neficiência e da não-maleficiência, estas são

vigas da construção moral do Ocidente”,

afirmou. Gottschall também falou sobre o

quanto a medicina traduz uma das partes

fundamentais da índole humana, através

da solidariedade e do altruísmo. “A medi-

cina nasceu como forma de socorro, con-

solo e alento, surgindo antes mesmo da

filosofia e da ciência”, declarou.

Professor Carlos Gottschall

Janeiro/20078 CREMERSINFORMATIVO

O ENCONTRO DOS DELEGADOS

Seccionais do Cremers, realizado em 12 de

janeiro, foi destinado a importantes discus-

sões a respeito da atual situação do exercício

da medicina no Estado. A fiscalização foi o

tema principal do evento, que contou com a

presença maciça dos delegados do interior e

dos secretários das delegacias.

O presidente Luiz Augusto Pereira foi

acom panhado na mesa pelo conselheiro

Moacir Arús, da Comissão de Fiscalização

do Cremers, e abriu o evento com palavras

de agradecimento aos delegados. “Com o

trabalho feito nesta gestão, avalio que esta-

mos fazendo parte de um processo de aper-

feiçoamento que culmine com a prestação

de serviços de mais qualidade à população

e à classe médica.”

Moacir Arús apresentou os dados da

Comissão de Fiscalização, incluindo o novo

mecanismo que inclui a participação dos dele-

gados em fiscalizações no interior. Salientou a

fundamentação legal que regula a fiscalização

e demonstrou os resultados obtidos com o

trabalho da Comissão. “Entre junho de 2005

e dezembro de 2006 houve 43 visitas da

Comissão e 68 do médico fiscal”, informou.

O trabalho de fiscalização das delegacias

também foi contemplado. Segundo Arús, os

principais problemas encontrados foram a

falta de diretores técnicos e clínicos nas insti-

tuições, inadequação das comissões de ética,

má divulgação dos assuntos médicos, ausên-

cia de registro no Cremers, erros em prontuá-

rio, conflitos entre corpo clínico e direção dos

hospitais, condições físicas dos ambientes.

Depois, o presidente Luiz Augusto Pereira

apresentou o resultado da pesquisa realizada

pelo Conselho junto aos médicos gaúchos.

“Esta pesquisa é muito importante para a

gestão vindoura porque pode ser indicativa

de ações a serem feitas”, afirmou.

Encontro dos delegados

Após a apresentação do resultado da

pesquisa os delegados puderam expor

dúvidas e comentários sobre suas respec-

tivas regiões, especialmen te a respeito da

fiscalização. Ao final das manifestações o

delegado de Uruguaiana, Jorge Hecker

Kappel, proferiu um breve discurso de

caloroso agradecimento e homenagem

à atual gestão. “É de fundamental impor-

tância o apoio do Conselho ao médico

do interior. A presença de todos aqui é

um estímulo para que possamos vencer

dificuldades. Esta gestão se esmerou de

forma ímpar nesse sentido. O presidente

aceitou o desafio e manteve uma postura

atenta às evoluções que o tempo imprimiu,

lutando com a vontade de construir algo

de bom no convívio de nossa comunidade

profissional e no desejo de poder olhar

o amanhã com renovadas esperanças,

para chegar ao final do mandato gratifi-

cado pelo apoio constante de todos, pela

harmonia do bom convívio social e pelo

desejo sadio de ajudar a construir um

ambiente cada vez mais justo, fraterno e

leal entre todos nós.”

Delegado saúda o trabalho da gestão

Delegados e secretários de delegacias

discutiram os problemas do exercício

profissional no Estado e também

a qualificação e intensificação

do trabalho de fiscalização

Janeiro/2007 9CREMERSINFORMATIVO

PARTICIPAÇÃO

A PESQUISA FEITA PELO CREMERS

junto aos médicos que atuam no Estado

atingiu um número expressivo de profissio-

nais. De um total de 22 mil em atividade

no RS, 1.089 responderam ao questionário,

que havia sido distribuído durante o mês de

novembro. “É um índice muito bom de re-

torno. Isso demonstra que os médicos gaú-

chos estão preocupados em buscar soluções

para as demandas da classe. É importante,

nesse sentido, saber o que realmente pen-

sam os médicos, tanto da Capital como do

Interior”, comenta o presidente do Cremers,

Luiz Augusto Pereira.

Ao observar o índice de aprovação de

sua gestão (93,24%, entre ótimo, bom e re-

gular), Pereira comentou: "É com muita ale-

gria e orgulho que eu recebo o resultado.

É muito bom saber que o nosso trabalho

tem o reconhecimento dos colegas, princi-

palmente neste momento em que deixo a

presidência do Cremers".

Conforme Pereira, a opinião dos médicos

sobre o SUS, por exemplo, indica que é funda-

mental uma mudança no sistema. “A grande

maioria manifestou sua insatisfação com o

Sistema Único de Saúde. Mais da metade,

54,91%, o considera ruim para a população

e para o próprio médico, que não vê seu tra-

balho valorizado e na maioria das vezes tra-

balha sem as condições adequadas, apesar de

sua enorme responsabilidade. Esse é um dado

que precisa ser considerado por todos que se

preocupam com a saúde pública. Penso que é

o momento de começarmos uma grande cam-

panha para melhorar o SUS.”

O resultado final da pesquisa registra um

equilíbrio no número de médicos da Capital e

do Interior que enviaram suas respostas, re-

tratando a realidade na distribuição de profis-

sionais no Estado, onde praticamente a me-

tade (onze mil) atua no Interior. São 550 da

Capital, 526 do Interior e 13 de ambas as re-

giões e ainda a região metropolitana.

Os médicos do sexo masculino, que

ainda são em maior número no Estado, ti-

veram participação correspondente: 795 res-

ponderam, contra 291 do sexo feminino.

A pesquisa comprova o crescimento da pre-

sença da mulher na medicina gaúcha. Nas

respostas dos médicos formados até 1970,

apenas 10 são de mulheres, contra 142 de

homens. Já nos médicos formados após

1990, são 111 mulheres participando da

pesquisa, contra 155 homens.

Os números revelam dados importan-

tes para avaliação, como o elevado número

de médicos que já sofreram algum tipo de

agressão no exercício da profissão (53,05%);

o significativo índice de médicos favoráveis

ao ‘exame de ordem’ (59,7%); a preocupa-

ção do médico em buscar o aperfeiçoamento,

com 87,79% manifestando necessidade de

um ensino continuado; o desejo de ter maior

segurança profissional, com 85,66% que-

rendo maior cobrança por carteira assinada;

e 94,62% destacando que é preciso um piso

salarial previsto em lei para a classe médica.

“São indicadores que evidenciam as maio-

res preocupações dos colegas e que apontam

um caminho de luta para as entidades da área

médica”, conclui Luiz Augusto Pereira.

Resultado da pesquisa junto aos médicos do Estado Médicos manifestam insatisfação com o Sistema Único de Saúde, destacam a necessidade de ensino continuado e aprovam o trabalho da atual gestão, com índice de 93,24%

Janeiro/200710 CREMERSINFORMATIVO

PESQUISA

Confira os dados da pesquisaTotal: 1089 médicos

Capital: 550

Interior: 526

Capital/interior: 13

Sexo: Feminino: 291 (26,79%)

Masculino: 795 (73,20%)

Como percebe a atuação das entidades médicas:

Cremers

Ótimo: 233 (21,58%)

Bom: 541 (50,09%)

Regular: 233 (21,57%)

Ruim: 73 (6,76%)

CFM

Ótimo: 68 (6,59%)

Bom: 385 (37,31%)

Regular: 417 (40,40%)

Ruim: 162 (15,70%)

É a favor do Exame de Habilitação Profissional

para o médico (semelhante ao realizado

para os advogados)?

Sim: 643 (59,70%)

Não: 434 (40,30%)

Já sofreu ato de violência (física ou verbal)

em seu ambiente de trabalho?

Sim: 574 (53,05%)

Não: 508 (46,95%)

Qual sua avaliação sobre o SUS?

Ótimo: 5 (0,47%)

Bom: 111 (10,38%)

Regular: 366 (34,24%)

Ruim: 587 (54,91%)

Sente necessidade de Ensino Médico Continuado

patrocinado pelas entidades médicas?

Sim: 949 (87,79%)

Não: 132 (12,21%)

Acha que a relação de trabalho com carteira

assinada deveria ser mais reivindicada?

Sim: 914 (85,66%)

Não: 153 (14,34%)

Considera importante o médico

ter um piso salarial previsto em lei?

Sim: 1021 (94,62%)

Não: 58 (5,37%)

É favorável a que médicos formados

no exterior e que não revalidem seus diplomas

em universidade brasileira realizem residência

médica no Brasil?

Sim: 413 (38,38%)

Não: 663 (61,62%)

Centro de Pesquisa Cremers

Janeiro/2007 11CREMERSINFORMATIVO

Informativo Cremers - Presidente

Luiz Augusto Pereira, ao final dos

seus vinte meses de gestão, o senhor

considera cumpridas as metas almeja-

das no princípio?

Dr. Pereira - Quando assumimos a di-

reção, em junho de 2005, tínhamos duas

grandes propostas. A primeira, uma proposta

de gestão tecnológica; e a segunda, de apro-

ximar mais os médicos da sua instituição.

Durante esses vinte meses, nós contamos

com a colaboração de muitos colegas e con-

seguimos atingir boa parte das metas pro-

postas, mas ainda há muito a fazer. O resul-

tado da pesquisa feita com 1.089 médicos

do Estado, na qual tivemos índice elevado

de aprovação, 93,24%, não deixa de ser uma

prova de que nosso trabalho foi bom, atendeu

a expectativa da classe médica. Muito obri-

gado a todos os médicos que com seu com-

portamento ético colaboraram com a gestão.

IC - Qual a importância que teve a

inauguração de novas delegacias sec-

cionais durante esse período?

Dr. Pereira - É importante que as dele-

gacias estejam bem estruturadas para que os

delegados possam desempenhar bem a sua

função. Assim, trabalhamos muito no sen-

tido de valorizar as delegacias. Com relação a

obras físicas, o Cremers, durante esta gestão,

inaugurou quatro novas delegacias, localizadas

em Cachoeira do Sul, Santa Rosa, Cruz Alta

e Novo Hamburgo, totalmente estruturadas.

Além disso, reestruturamos uma delegacia em

Bagé. Sem dúvida nenhuma, obras físicas são

importantes, principalmente no Interior. Nos

dez anos anteriores, apenas uma nova dele-

gacia foi inaugurada. É evidente que isto não

aconteceu de repente, mas caracterizou um

foco maior da nossa gestão com relação ao

Interior do estado, onde também desenvolve-

mos inúmeros encontros com os médicos, em

especial o Fórum do Prontuário Médico.

IC - Também na sede do Cremers

ocorreram melhorias...

Dr. Pereira - Há muito tempo os mé-

dicos pleiteavam um estacionamento. Isso

foi conseguido no ano passado, com um ter-

reno cedido em comodato, a um custo muito

baixo. Economizamos da verba de publicidade

o valor para comprar o terreno, mas conse-

guimos que o CFM doe o valor do imóvel.

Uma comissão nomeada pelo plenário deverá

implementar a compra. Houve também a mo-

dernização do auditório antigo, melhorias na

área de atendimento ao público e muitas ou-

tras providências no sentido de qualificar a

prestação de serviço ao médico.

IC - Como foram as relações com

outras instituições da sociedade?

Dr. Pereira - Fizemos inúmeras parce-

rias durante esta gestão, como por exem-

plo com o Ministério Público Estadual, o

Conselho de Odon tologia, a Ordem dos

Advogados. Tivemos no Ministério Público

um parceiro importante na realização de inú-

meras atividades, como a participação no

Programa Desafios Éticos e também o Fórum

do Prontuário Médico, que levamos a inúme-

ras cidades do Interior, sempre com expres-

siva participação dos colegas. A aproximação

com o MP ajudou a diminuir qualquer tensão

existente entre as instituições, especialmente

no Interior do Estado.

IC - Um dos pontos mais elogiados

da gestão é a implantação da videoconfe-

rência. Como o sr. analisa esse projeto?

'Resultado da pesquisa atesta a eficiência da gestão'A declaração é do presidente Luiz Augusto Pereira que deixa o comando

do Cremers depois de 20 meses, referindo-se à pesquisa feita junto aos médicos

do Estado. Nesta entrevista, Pereira faz um balanço da administração,

destacando, entre outras iniciativas, a implementação do projeto

de videoconferência, a interiorização, maior aproximação com os médicos

e a sociedade, o programa Desafios Éticos e o lançamento da Coleção Cremers

Janeiro/200712 CREMERSINFORMATIVO

ENTREVISTA

Dr. Pereira - Em primeiro lugar, quero

destacar a parceria com a Associação Mé-

dica de Pelotas, que contribuiu para o su-

cesso do programa de videoconferência,

com cursos totalmente gratuitos aos mé-

dicos da região de Pelotas. Esse programa

contou com a colaboração fundamental

das sociedades de Pediatria, Clínica Médica

e Psiquiatria. Estas sociedades propiciaram

módulos de Educação Médica Continuada em

um projeto piloto que demonstrou grande

utilidade, levando informações aos médicos

do interior em tempo real. A Amrigs deverá

ser a grande parceira neste ano de 2007 na

educação médica continuada. Fomos pio-

neiros, mas queremos que a Amrigs se in-

corpore a este projeto que tem tudo a ver

com as suas finalidades.

IC - Nesta gestão também foi lan-

çada a Coleção Cremers. Um dos livros

é dedicado às doze primeiras edições

do Programa Desafios Éticos. Hoje, ao

final de sua gestão, qual a avaliação

que o sr. faz dessas duas iniciativas?

Dr. Pereira - O saldo é dos mais po-

sitivos. O Cremers inovou ao lançar o pro-

grama Desafios Éticos, que visa uma maior

aproximação da instituição com a socie-

dade. Foram 16 edições, marcadas pelo

debate de temas polêmicos com diversos

segmentos da sociedade. O Cremers tam-

bém publicou os livros Pareceres Selecio-

nados das Câmaras Técnicas e Ética

e Bioética, e lançou a nova edição do

Manual Técnico Disciplinar. O último lan-

çamento foi Medi cina Hipocrática, de au-

toria do Prof. Carlos Gottschall. São duas

iniciativas que muito me orgulham.

IC - O senhor sai gratificado e con-

templado com o seu trabalho, apesar

das eventuais dificuldades que possam

ter acontecido nesta gestão?

Dr. Pereira - Eu saio com a consciência

tranqüila de ter sempre buscado o melhor

para o Cremers e a classe médica. Ninguém

faz nada sozinho e nada seria possível se

não houvesse a participação de colaborado-

res nesse período. Quero aqui destacar os

colegas da diretoria, conselheiros, membros

das câmaras técnicas e das comissões, os

delegados. É preciso destacar também a fis-

calização sendo exercida com maior intensi-

dade pelos delegados.

IC - Como anda esta relação do

Cremers com os jovens médicos?

Dr. Pereira - Temos uma comissão

do jovem médico, voltada para os profis-

sionais com até cinco anos de graduação.

Incluem-se os médicos residentes, a quem

o Cremers tem apoiado em todas as rei-

vindicações, desde que estas sejam jus-

tas, legais e éticas. No momento da úl-

tima paralisação da categoria, o Cremers

apoiou os médicos residentes, que mere-

cem todo o amparo do órgão fiscalizador

da profissão. São 1.500 no Estado e pre-

cisam ser mais valorizados.

IC: A sua gestão também se desta-

cou pelo reconhecimento aos médicos

que ajudaram a fazer a história da me-

dicina gaúcha.

Dr. Pereira - Nesta gestão, o Cremers

realmente buscou a aproximação com todos

os segmentos. Uma grande iniciativa foi a

homenagem prestada aos médicos com mais

de 50 anos de profissão. Em 2006, o Cremers

instituiu a Comenda do Mérito Médico, rece-

bida pelo Dr. César Amaury Ribeiro da Costa.

Havia 13 anos que o Cremers não homenage-

ava com uma comenda. Além disso, todos os

médicos do RS com mais de 70 anos de idade

foram homenageados e isentos da mensali-

dade através da Resolução 04/06. Foi gratifi-

cante prestar essa homenagem a esses profis-

sionais que dignificaram a medicina gaúcha.

IC - Em relação aos funcionários do

Cremers, o que foi feito?

Dr. Pereira - O Conselho proporcionou

treinamento aos funcionários, a quem agra-

deço muito pelo excelente trabalho que vêm

desenvolvendo e pela capacidade de absor-

ver as inovações propostas. Além do mé-

dico fiscal, foram contratados por concurso

diversos funcionários, melhorando os servi-

ços prestados pela instituição.

IC - As bandeiras nacionais como

a Lei do Ato Médico e a CBHPM de-

verão continuar?

Resposta - Estas são as bandeiras per-

manentes. Nacionalmente, não tivemos

ainda conquistas a serem comemoradas.

Continuaremos defendendo uma maior va-

lorização da profissão. Os médicos preci-

sam acima de tudo estar mais unidos, es-

pecialmente em torno da ética, para que

realmente tenhamos o que comemorar.

Esta é uma meta de todos nós.

Dr. Luiz Augusto Pereira

Janeiro/2007 13CREMERSINFORMATIVO

AO PARTICIPAR DO LANÇAMENTO

do programa de prevenção da violência no

dia 10 de janeiro, na Secretaria da Saúde

do Estado, o presidente do Cremers, Luiz

Augusto Pereira, afirmou que o Conselho

estava aderindo à iniciativa comandada pelo

secretário Osmar Terra, que irá congregar

inúmeras entidades, públicas e privadas.

Aproveitou para destacar que os mé-

dicos gaúchos têm sido vítimas da violên-

cia como qualquer cidadão, inclusive em

seu ambiente de trabalho. “Em cada dois

médicos, um já sofreu violência física ou

verbal no exercício da profissão”, reve-

lou, citando dados da pesquisa feita pelo

Cremers no mês de dezembro junto a mais

de mil médicos gaúchos (são 22 mil em

atividade no Estado).

Pereira lembrou ainda que o Conselho na

atual gestão tem procurado cada vez mais

aproximar-se da sociedade. Dentro dessa

política, promove mensalmente o Programa

Desafios Éticos, que já debateu temas rela-

cionados com a violência, como Maus-Tratos

na Infância, Ética e Saúde nos Presídios,

Violência na Atividade Profissional, aborto

e Planejamento Familiar.

Programa de prevenção da violência no RS

Secretário Osmar Terra

apresentou o programa que terá

participação do Cremers

O CFM EDITOU A RESOLUÇÃO

n° 1.811/06, publicada no Diário Oficial da

União no dia 17 de janeiro, estabelecendo

normas éticas para a utilização da anticon-

cepção de emergência como método alterna-

tivo para a prevenção da gravidez.

A Resolução diz que cabe ao médico a

responsabilidade pela prescrição da anticon-

cepção de emergência como medida de pre-

venção, visando interferir no impacto nega-

tivo da gravidez não planejada e suas conse-

qüências na Saúde Pública.

O uso da pílula não pode ser conside-

rado uma forma de aborto. O corregedor do

CFM, Roberto Luiz d’Ávila, esclarece que

a anticoncepção de emergência - conhe-

cida popularmente como pílula do dia se-

guinte - é um remédio à base de hormônios

que dificulta o acesso do espermatozóide

ao óvulo, não chegando a ocorrer à fecun-

dação. “O método pode ser utilizado em

qualquer etapa da vida reprodutiva e fase

do ciclo menstrual na prevenção da gravi-

dez e, em caso de ocorrência de fecunda-

ção, não haverá interrupção do processo

gestacional”, esclarece.

A contracepção de emergência não é

considerada um método de primeira esco-

lha, pois não tem a eficácia de outros mé-

todos mecânicos, como a ‘camisinha’, que

diminui o risco de transmissão de doenças

sexualmente transmissíveis (DST).

A contracepção de emergência na forma

de pílulas orais está regulamentada em

norma técnica do Ministério da Saúde, desde

1996, para uso em ações de Planejamento

Familiar. A Resolução ainda destaca que a

prevenção da gravidez indesejada constitui

bom exemplo de sexualidade responsável, e

que tal gravidez pode conduzir a custos psí-

quicos e sociais por vezes irreversíveis.

Resolução sobre contracepção de emergência

Confira a íntegra da Resolução no site do Cremers: www.cremers.org.br

Janeiro/200714 CREMERSINFORMATIVO

ORIENTAÇÃO

Estão abertas até o dia 15 de

fevereiro as inscrições para o preen-

chimento de duas vagas de Membro

Titular da Academia Sul-Rio-Gran-

dense de Medicina.

Os médicos interessados em con-

correr deverão estar exercendo a Me-

dicina no Estado do Rio Grande do Sul,

devidamente registrados no Cremers,

sem condenação por processo ético-

profissional, e diplomados há mais de

quinze anos, nos termos dos artigos 9°

e 10° do Estatuto e artigos 13 e 14 do

Regimento Interno desta Academia.

Os candidatos deverão entrar em

contato com a Secretaria da Aca-

demia, na rua Bernardo Pires 280,

sala 402, das 14 às 16 horas, fones

(51) 3217.0666 ou (51) 9695.0523.

Taxa de inscrição: R$ 200,00.

NO DIA 15 DE JANEIRO, MAIS DE 70 JOVENS MÉDICOS

receberam suas carteiras profissionais das mãos do presidente Luiz

Augusto Pereira e do conselheiro Moacir Arús. Pereira dirigiu-se

aos recém-formados e esclareceu as funções do Conselho, ressal-

tando a importância da participação de todos os médicos na fisca-

lização do exercício profissional e na defesa da atividade médica.

“O Cremers procurou modificar seu perfil durante a última gestão,

aproximando-se ainda mais dos médicos através de ações de inte-

riorização, participação e educação”, ressaltou.

O conselheiro Moacir Arús desejou sucesso aos jovens médi-

cos e aconselhou prudência e respeito às normas éticas. “O futuro

da profissão não depende somente das inovações tecnológicas, mas

também do desenvolvimento moral.” Evento do dia 15 de janeiro reuniu mais de 70 novos médicos

Entrega de carteira no Cremers

Inscrições na Academia

O MÉDICO JOSÉ CARLOS DA

Costa Gama, ex-presidente da Aca-

demia Sul-Rio-Grandense de Medicina,

presenteou o Conselho com um de-

senho da fachada da Faculdade de

Medicina da UFRGS executado pelo ar-

tista Antônio C. Marques. O quadro

está exposto no gabinete da presidên-

cia em local de destaque.

Costa Gama afirma que doou a obra

porque “a Faculdade é a célula mater

de onde se originou grande parte dos

patronos da Academia de Medicina e

dos conselheiros do Cremers. A me-

dicina gaúcha se baseia nela”. O mé-

dico ressaltou ainda que o presente foi

“uma forma de reconhecimento, pois o

Cremers sempre foi o irmão maior da

Academia, possibilitando até mesmo a

sede maravilhosa que temos hoje”.

Médico doa obra de arte ao Conselho de Medicina

Quadro foi doado pelo

Dr. José Carlos da Costa Gama

Janeiro/2007 15CREMERSINFORMATIVO

EVENTO

NA LUTA PERMANENTE EM PROL

da vida o médico enfrenta, ao longo da vida

profissional, situações críticas de conflito

de consciência profissional que tão-so-

mente a ele é lícito compreender.

A ortotanásia é uma dessas circuns-

tâncias que perpassam a área fundamental-

mente médica e adentram em outros terre-

nos alheios à sua função específica, como o

judiciário e o religioso Trata-se de uma cir-

cunstância ímpar em que o médico assis-

tente é coagido a tomar a difícil decisão de,

mediante os modernos recursos terapêuti-

cos, manter artificialmente uma vida já em

fase terminal, sem perspectiva de reversão.

Há ocasiões em que a decisão puramente

médica esbarra nos óbices legais ou dogmá-

ticos impostos por essas esferas, criando

conflitos de competência, com prejuízo ao

doente. Em outras ocasiões as divergências

afastam-se do terreno médico ou legal, coa-

gindo o médico a acatar o arbítrio de paren-

tes ou mesmo do próprio doente, psicologi-

camente afetado pelo padecimento.

Nessa conjuntura, o cumprimento da

medicina, do ponto de vista ético, deve ser

guiado prioritariamente por convicções filo-

sóficas e profissionais, amparadas pelo sa-

grado juramento hipocrático.

Obviamente, o médico não é demiurgo da

vida ou da morte, nem tampouco a ele é dado

esse poder. A ortotanásia é muito mais um

ato de verdadeira caridade do que simples-

mente uma decisão médica. Mesmo assim, o

médico deve sempre ter em mente que a con-

duta tomada “in extremis” precisa estar res-

paldada pelas normas éticas, definidas pelos

Conselhos de Ética Médica ou jurisdicionais.

O Código Penal brasileiro ainda hoje não

prevê a prática da ortotanásia, sujeitando o

médico a uma eventual condenação, embora

o artigo 5° da Constituição reze que ninguém

será submetido a tratamento desumano ou

degradante. O CFM, juntamente com os con-

selhos regionais, procura normatizar esse ato

mediante o Código de Ética Médica.

Há pouco, o CFM sabiamente expediu

norma facultando ao médico a decisão sobre

quando interromper a medicação diante de

uma vida em extinção irreversível. Todavia,

não pode haver confusão entre o que seja

ortotanásia ou eutanásia.

Até que ponto seria justo facultar ao

médico assistente o arbítrio de interferir in-

devidamente na história natural de uma do-

ença, prolongando artificialmente uma vida

que já deveria estar extinta?

Não seria acaso mais justo e humano,

um ato extremo de caridade, permitir que

a doença seguisse o seu curso, sem uma

interferência invasiva?

Deveria o médico sujeitar-se às imposi-

ções legais, inclusive contra a vontade so-

berana do doente terminal ou de respon-

sáveis legais e assim prolongar indefinida-

mente um sofrimento inútil?

Manter uma vida em estado vegetativo ir-

reversível não seria um ato de prepotência, in-

surgindo-se contra a própria vontade divina?

Essas e muitas outras indagações são

reconhecidamente cabíveis e precisam ser

motivo de reflexão permanente, visando a

alcançar um juízo soberano no exercício

da medicina dentro do modelo mais equâ-

nime e humanitário.

Na verdade, dentro dos preceitos jurídicos

ou religiosos que deveriam ser obedecidos,

em minha opinião, o mais humano ato mé-

dico frente à morte iminente deve ser prima-

riamente caritativo, proporcionando ao doente

terminal, com a aquiescência de familiares res-

ponsáveis, uma morte condigna, liberta de um

sofrimento supérfluo, físico ou psíquico.

Dr. Fernando PitrezProfessor da FFFCMPA

Ortotanásia: A visão de um médico “Quando tiveres desvendado todos os mistérios da vida, ansiarás pela morte, pois ela não é senão outro mistério da vida.” Gibran Khalil Gibran

Janeiro/200716 CREMERSINFORMATIVO

ARTIGO

PARECER

É entendimento deste Conselho que a Resolução CFM n° 1.793/06

só autoriza registros para pós-graduação, não incluída a residência, que

tem disciplina própria, nos termos do parecer aprovado em Plenária.

Como esses médicos não têm registro no Conselho (nem mesmo

o previsto na Resolução), não podem ser aceitos em Residência, sob

pena de responsabilização do Diretor e do Coordenador da Residência.

O edital inclui nas exigências para Residência, condições só possí-

veis para os cursos de pós-graduação (que não a Residência, que tem

disciplina própria). Portanto, só o efetivo registro no Conselho é que

permite o ingresso na Residência médica.

É o parecer.

Dr. Jorge Alcibíades Perrone de Oliveira”

A consultoria jurídica do Cremers, atendendo solicitação da diretoria da entidade, emitiu o seguinte parecer a respeito da Resolução CFM nº 1.793/06

Residência Médica só com registro em CRM

“Protocolo CJ n° 17.383/2006

NO DIA 11 DE JANEIRO, O CREMERS

publicou nota oficial contendo decisão

sobre o processo ético-profissional envol-

vendo o médico Antônio Carlos Ebling.

A pena aplicada foi de suspensão do exer-

cício profissional por 30 dias, prevista

na letra “d” do artigo 22 da Lei Federal

n° 3.268/57, por infração dos artigos 92 e

96 do Código de Ética Médica. O médico,

na condição de dirigente de hospital, re-

teve parte de honorários destinados a pa-

gamento de serviços previstos em convê-

nio com o poder público.

Atualmente, o Cremers contabiliza

144 processos ético-profissionais em an-

damento. Os processos correm em si-

gilo, e as punições previstas pela lei, caso

comprovada a culpabilidade dos envolvi-

dos, variam desde advertência confiden-

cial em aviso reservado até a cassação do

exercício profissional.

Conselho aplica sanção a médicoCONSELHO REGIONAL DE MEDICINADO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

EDITALEXECUÇÃO DE SANÇÃO DISCIPLINAR

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul com fundamento nos arts. 57 e 58 do Código de Processo Ético-Profi ssional, em execução da decisão transitada em julgado no Processo CFM nº 6500-147/04 – conforme Acórdão publicado no D.O.U de 1º/11/2006 – que negou provimento ao recurso interposto pelo apelante/denunciado, mantendo a decisão do Cremers (Processo Ético-Profi ssional nº 42/01), torna público que foi aplicada ao médico

ANTÔNIO CARLOS EBLING (Cremers nº 6.125)

a pena de SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL POR 30 (TRINTA) DIAS, prevista na letra “d” do artigo 22 da Lei Federal nº 3.268/57, por infração aos artigos 92 e 96 do Código de Ética Médica, pois, na condição de dirigente de hospital, reteve parte de honorários destinados a pagamento de serviços previstos em convênio com o poder público.

Porto Alegre, 11 de janeiro de 2007Dr. Luiz Augusto PereiraPresidente do Cremers

Janeiro/2007 17CREMERSINFORMATIVO

TRABALHO MÉDICO

Dra. Miréia Wahys

Processo de interiorização do Cremers deve seguir

Ijuí

A delegada Miréia Wahys de-

monstra satisfação com o trabalho

executado na sede do Cremers na

região de Ijuí, onde trabalham 202 médicos. “O trabalho de

inscrições, ofícios, atualizações e reingressos é executado de

forma muito competente. Temos uma secretária muito hábil e

com bons conhecimentos de informática”, declarou Miréia.

Na saúde pública, a região de Ijuí conta com três hospitais,

um deles recém-inaugurado, prestando serviços à Unimed.

A nova instituição causou um certo problema para os médicos

locais, pois os médicos ligados à Unimed rescindiram contrato

com os outros hospitais, optando pelo da cooperativa. “Acon-

teceram várias negociações, as partes entraram um pouco em

choque. Existem situações como por exemplo da hemodiálise,

que ficou restrita a certos locais, atendendo somente pelo SUS

e não pela Unimed. Divergências ocorreram, pois o associado

também precisa desses serviços”, afirmou.

Segundo Miréia, a relação entre os médicos já foi melhor,

com uma maior união da classe em torno dos problemas. Para

a delegada, o Cremers tem um papel fundamental na aproxi-

mação desses profissionais.

Na sua opinião, a atuação do Conselho deveria ser am-

pliada ainda mais: “Gostaríamos que o Cremers organizasse

palestras aqui na região com mais frequência, assim como

fizesse visitas aos hospitais da região, talvez uma vez a cada

dois meses. O trabalho de interiorização é muito bom e precisa

ser aprofundado”, declarou, ressaltando os avanços alcançados

desde o seu primeiro ano como delegada seccional, em 1984.

"Houve uma modificação muito grande desde aquele ano.

Temos hoje um Conselho muito mais próximo dos colegas.

Essa aproximação precisa continuar, porque o médico se sente

mais seguro para trabalhar."

O Conselho Federal de Medicina editou a Resolução CFM n° 1.808/2006,

que dispõe “sobre a ilegalidade de registro de diplomas de formatura, emiti-

dos por instituições de ensino superior brasileiras que não sejam reconhe-

cidas pelo Ministério da Educação”. A decisão considera “o disposto na alínea

“a” do §1° do artigo 2° do Decreto 44.045/58, que dita que o pedido de inscri-

ção junto ao CRM deve ser instruído com o original ou fotocópia autenticada

do diploma de formatura devidamente registrado no Ministério da Educação”.

Diplomas médicos só com

Seção Delegado

Alegrete Dr. Décio Passos Sampaio Péres

Bagé Dr. Airton Torres de Lacerda

Cachoeira do Sul Dr. Osmar Fernando Tesch

Camaquã Dr. Vitor Hugo da Silveira Ferrão

Carazinho Dr. Airton Luís Fiebig

Caxias do Sul Dr. Alexandre Ernesto Gobbato

Cruz Alta Dr. João Carlos Stona Heberle

Erechim Dr. Juliano Sartori

Ijuí Dra. Miréia Simões Pires Wahys

Lajeado Dr. Roberto da Cunha Wagner

Novo Hamburgo Dr. Jorge Luiz Siebel

Osório Dr. Ângelo Mazon Netto

Palmeira das Missões Dr. Áttila Sarlo Maia Júnior

Passo Fundo Dr. Alberto Villarroel Torrico

Pelotas Dr. Marco Antônio Silveira Funchal

Rio Grande Dr. Job José Teixeira Gomes

Santa Cruz do Sul Dr. Mauro José Thies

Santa Maria Dr. João Alberto Larangeira

Santa Rosa Dr. Omar Celso Ceccagno dos Reis

Santana do Livramento Dr. Leandro Nin Tholozan

Santo Ângelo Dr. Ubiratã Gomes de Almeida

São Borja Dr. João Umberto Del Fabro

São Gabriel Dr. Clóvis Renato Friedrich

São Jerônimo Dra. Lori Nídia Schmitt

São Leopoldo Dr. Renato Brufatto Machado

Três Passos Dr. Dary Pretto Filho

Uruguaiana Dr. Jorge Augusto Hecker Kappel

Janeiro/200718 CREMERSINFORMATIVO

DELEGACIAS SECCIONAIS

Críticas à situação da saúde pública na região

Dra. Lori Nídia Schmitt

São Jerônimo

A delegada Lori Nídia Schmitt

está muito contente com a política do

Cremers de valorização das dele-

gacias seccionais: “Parabenizamos a diretoria, em especial

o Dr. Luiz Augusto Pereira, pela política de interiorização e

valorização do trabalho médico. No mês de dezembro foi

realizado em São Jerônimo o Fórum do Prontuário Médico,

com homenagem aos médicos jubilados, tendo ampla parti-

cipação dos colegas da região, preocupados com as atuais

condições de trabalho”.

A situação da saúde pública na região é deficiente, em

especial no que diz respeito ao atendimento de nível secun-

dário do SUS. “Existe a falta de leitos cirúrgicos, UTI e espe-

cialidades. Na última década alguns hospitais fecharam e as

dificuldades vêm aumentando. Os gestores municipais, preo-

cupados com a situação, discutem há três anos a criação de

um consórcio regional de saúde, que, por conflitos políticos,

não se concretiza”, declara Lori, que ressalta a dificuldade dos

médicos em resolver os problemas dos pacientes.

“Enfrentamos conflitos nas emergências, no manejo de casos

graves ou cirúrgicos, que necessitam de transferência. Temos co-

mo referência os grandes hospitais de Porto Alegre, que têm uma

grande dificuldade em absorver os pacientes”, lamenta.

Segundo Lori, as mudanças necessárias na gestão de saú-

de pública dependem da vontade política do poder público;

na situação atual, cabe ao delegado seccional contribuir com

as instituições a fim de lutar pelo exercício digno da profissão

médica. “Como delegada, ouço as queixas e angústias dos

colegas, procurando orientá-los dentro dos limites propostos.

Enfrentamos a angústia da espera, a cobrança dos familiares,

a discussão com o gestor na resolução do problema e em últi-

mo caso a relação com a promotoria”, conclui Lori.

Diante disso, a Resolução estabelece o seguinte:

Art. 1° Os Conselhos Regionais de Medicina somente poderão pro-

ceder ao registro de diplomas de formatura expedidos por instituições de

ensino superior brasileiras que possuam reconhecimento do curso de me-

dicina pelo Ministério da Educação.

Art. 2° Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação;

Art. 3° Revogam-se as demais disposições em contrário.

reconhecimento do MEC

Fone Endereço

(55) 3422.4179 R. Vasco Alves, 431/402

(53) 3242.8060 R. General Neto, 161/204

(51) 3723.3233 R. Pinheiro Machado, 1020/104 | [email protected]

(51) 3671.3191 R. Júlio de Castilhos, 235

(54) 3330.1038 R. Bernardo Paz, 162

(54) 3221.4072 R. Bento Gonçalves, 1759/702 | [email protected]

(55) 3324-2800R. Venâncio Aires, 614 salas 45 e 46 | CEP 98005-020 | [email protected]

(54) 3321.0568 Av. 15 de Novembro, 78/305 | [email protected]

(55) 3332.6130 R. Siqueira Couto, 93/406 | [email protected]

(51) 3714.1148 R. Fialho de Vargas, 323/304 | [email protected]

(51) 35811924 R. Joaquim Pedro Soares, 500/sl. 55/56

(51) 3663.2755 R. Barão do Rio Branco, 261/08-9

(55) 3742.1503 R. César Westphalen, 195

(54) 3311.8799 R. Bento Gonçalves, 190/207 | [email protected]

(53) 3227.1363 R. General Osório, 754/602 | [email protected]

(53) 3232.9855 R. Zalony, 160/403 | [email protected]

(51) 3713.1532 R. Ramiro Barcelos, 1365

(55) 3221.5284 Av. Pres. Vargas, 2135/503 | [email protected]

(55) 3512.8297R. Fernando Ferrari, 281/803 | CEP 98900-000 |[email protected]

(55) 3242.2434 R. 13 de Maio, 410 / 501

(55) 3313.4303 R. Três de Outubro, 256/202 | [email protected]

(55) 3431.3433 Av. Presidente Vargas, 1440

(55) 3232.2713 R. Jonathas Abbot, 636

(51) 3651.1361 R. Salgado Filho, 435

(51) 3592.1646 R. Feitoria, 178

(55) 3522.2324 R. Bento Gonçalves, 222 | CEP 98600-000

(55) 3412.5068 R. Dr. Domingos de Almeida, 3.801

Janeiro/2007 19CREMERSINFORMATIVO

Cremers: nova diretoria é eleita

Gestão: 01 de fevereiro/2007 a 31 de outubro/2008

AVISO: O Cremers solicita aos médicos que atualizem seus endereços de correio eletrônico através do site www.cremers.com.br

Eleição ocorreu em sessão plenária realizada dia 23 de janeiro de 2007

Em sessão plenária realizada dia

23 de janeiro, em continuidade à ses-

são de 16 de janeiro, que havia sido

suspensa pelo presidente do Cremers,

foi eleita, por 14 dos 21 conselheiros

presentes, a nova Diretoria do Cremers.

O mandato vai de 1º de fevereiro até

31 de outubro de 2008, totalizando 20

meses. A presidência do Cremers ficará

a cargo de Marco Antônio Becker, tesou-

reiro na gestão que se encerra.

O processo eleitoral começou na

plenária do dia 16, na qual foi solici-

tada a impugnação da chapa, porque

alguns conselheiros entendiam que es-

sas candidaturas feriam o Regimento

Interno da instituição.

O presidente Luiz Augusto Pereira,

para melhor avaliar a situação e não

correr o risco de haver conselheiros

eleitos, mas inelegíveis, decidiu sus-

pender a sessão com base nos artigos

47 e 74 do Regimento Interno. Ao

mesmo tempo, convocou todos os con-

selheiros efetivos para a continuação

da plenária, marcada no ato para o

dia 23, às 20h30min.

Os conselheiros que apoiavam os

candidatos apontados como inelegíveis

decidiram seguir a plenária. A questão

foi encaminhada ao Poder Judiciário

Federal, que, no dia 22 de janeiro,

decidiu que as candidaturas tinham

validade e que a eleição realizada

após a suspensão pelo presidente era

“despida de validade jurídica”. Diante

disso, as candidaturas foram manti-

das e a eleição foi realizada dia 23,

sendo eleitos os candidatos do quadro

acima.

Foram eleitos também pelo plenário,

por ocasião da eleição da diretoria,

o corregedor e o subcorregedor, res-

pectivamente, Regis de Freitas Porto e

Joaquim José Xavier.

O presidente do Cremers ao final

da sessão parabenizou os eleitos e de-

sejou uma profíqua gestão e destacou

que continuará colaborando como con-

selheiro em benefício da classe médica.

DiretoriaMarco Antônio BeckerPresidente

Cláudio Balduíno Souto FranzenVice-Presidente

Fernando Weber da Silva MatosPrimeiro-Secretário

Ismael MaguilnikSegundo-Secretário

Isaias LevyTesoureiro

CorregedoriaRegis de Freitas Porto Corregedor

Joaquim José XavierSubcorregedor