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EDIÇÃO SETEMBRO/2016

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EDIÇÃO SETEMBRO/2016

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NESTA EDIÇÃO...

03 MATÉRIA PRINCIPAL

CAPACIDADE FINANCEIRA, INTERDIÇÃO JUDICIAL E

ENVELHECIMENTO

08 RELATO DE PESQUISA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DE CRIANÇAS E

ADOLESCENTES COM ANEMIA FALCIFORME:

CASUÍSTICA DE AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA

DA CIDADE DE SALVADOR, BAHIA.

13 RESUMO DE ARTIGO

DIFERENÇAS INDIVIDUAIS NA NECESSIDADE DE COGNIÇÃO

E TOMADA DE DECISÃO NO IOWA GAMBLING TASK (IGT)

16 POLÍTICAS PÚBLICAS

POLÍTICAS PÚBLICAS EM EPILEPSIA

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L Capacidade Financeira,

Interdição Judicial e

Envelhecimento

O envelhecimento populacional

é um fenômeno global e que avança

com notável rapidez, sobretudo nos

países em desenvolvimento. Nações

mais desenvolvidas, como a França e

o Japão, vivenciaram este processo

ao longo de mais de 150 anos. Por

outro lado, segundo dados da Organi-

zação Mundial de Saúde, a transição

demográfica vem ocorrendo de ma-

neira dramática em países como o

Brasil, China e Índia, como conse-

quência do desenvolvimento econô-

mico e da urbanização, principalmen-

te a partir da década de 19701. A mu-

dança abrupta na composição etária

dos povos possui implicações em di-

versos âmbitos (previdência, saúde,

economia, entre outros), levando à

urgência por adequações destes paí-

ses às novas demandas de suas po-

pulações.

No campo da saúde, o aumen-

to no número de idosos vem sendo

acompanhado, por exemplo, de uma

maior prevalência de quadros de alte-

rações cognitivas, como as demên-

cias1. No setor jurídico, tais fatos re-

percutem em uma maior necessidade

de medidas protetivas, a fim de res-

guardar os direitos de idosos conside-

rados incapazes para gestão patrimo-

nial e com maior vulnerabilidade para

abusos e autonegligência. Dentre os

instrumentos legais destinados a tal

fim, destaca-se a interdição. De acor-

do com o Código Civil (2003), recen-

temente modificado pela Lei Brasileira

de Inclusão da Pessoa com Deficiên-

cia (Lei n. 13.146/2015), aqueles des-

tituídos de discernimento para a ad-

ministração de seus bens e proven-

tos, em decorrência de transtorno

mental ou intelectual, devem ser re-

presentados nestas questões por um

terceiro (designado “curador”), o qual

deve ser nomeado judicialmente2,3.

A determinação da incapacida-

de (interdição) requer, via de regra, a

realização de uma avaliação pericial.

O método mais adequado para se

medir a capacidade financeira (CF),

no entanto, não se encontra estabele-

cido e as críticas acerca de pareceres

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subjetivos e baseados apenas na im-

pressão clínica do perito são abun-

dantes nos meios forenses4. A neces-

sidade de se definir parâmetros e ins-

trumentos baseados-em-evidências

na aferição da CF mostra-se premen-

te.

A CF é categorizada como uma

atividade instrumental de vida diária,

sendo fundamental para a vida inde-

pendente de um indivíduo. Estudos

sugeriram que a CF é um conjunto de

habilidades fundamentalmente media-

das por cognição, com influência pou-

co significativa de aspectos culturais,

afetivos e de gênero5. Por este moti-

vo, o declínio cognitivo associado aos

quadros demenciais pode ocasionar

dificuldades em funções executivas,

atenção, memória semântica

(relacionada a noções financeiras, co-

mo reconhecimento de moedas, iden-

tificações de extratos bancários, che-

ques, etc.) e cálculo, levando ao com-

prometimento da capacidade decisó-

ria para questões financeiras mesmo

em quadros iniciais. A despeito da im-

portância do tema, instrumentos vali-

dados para avaliação da CF são pou-

co abundantes. O Financial Capacity

Instrument (FCI), desenvolvido por

Marson e colaboradores, é uma das

ferramentas mais estudadas, compre-

endendo tarefas que medem diferen-

tes aspectos da CF, tais como: habili-

dades monetárias básicas

(reconhecimento de cédulas e moe-

das e cálculos simples), conhecimen-

to de conceitos financeiros

(capacidade para definir e aplicar tais

conceitos (como saques, depósitos,

transferências, etc.), capacidade para

transações em dinheiro (simulação de

situações de compras de 1 a 3 itens,

cálculo de gastos e de trocos), mane-

jo de talão de cheques (capacidade

de reconhecer partes e de preencher

um valor informado), manejo do extra-

to bancário (capacidade de reconhe-

cer partes, identificar informações e

reconhecer possíveis fraudes) e julga-

mento financeiro (noções de valores,

raciocínio acerca de opções de inves-

timento e detecção de fraudes)6. Estu-

dos que utilizaram o FCI na avaliação

de idosos com Doença de Alzheimer

indicaram consistência interna, confia-

bilidade teste-reteste e concordância

entre avaliadores adequadas e identi-

ficaram que a CF correlaciona-se com

o estágio da doença e com o grau de

complexidade da tarefa financeira6.

Desta forma, a maioria dos sujeitos

com a doença em estágio leve apre-

sentaria comprometimento apenas

em tarefas complexas (manejo de ta-

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lão de cheques e de extrato bancário

e julgamento financeiro), preservan-

do a capacidade para tarefas simples

(transações em dinheiro e noções

monetárias básicas). Já aqueles com

a doença em estágio moderado ou

grave apresentariam comprometi-

mento em todas as habilidades rela-

cionadas à CF7.

A possibilidade de se delimitar

a interdição apenas para as habilida-

des comprometidas pela doença,

permitindo que os demais atos sejam

exercidos livremente pelo indivíduo,

constitui a medida entre a prevenção

necessária de abusos e a preocupa-

ção atual em se estimular o empode-

ramento e o protagonismo do interdi-

tando. Tal questão foi endereçada na

Lei 13.146/2015, segundo a qual a

interdição seria uma “medida proteti-

va extraordinária, proporcional às ne-

cessidades e às circunstâncias de

cada caso”3. O uso da neuropsicolo-

gia aplicada à avaliação da CF favo-

receria a demarcação das incapaci-

dades, além de conferir maior objeti-

vidade e confiabilidade aos laudos

periciais8. Aliada a isto, a recente

mudança no Código do Processo Ci-

vil, que instituiu a equipe multidiscipli-

nar (no lugar de classes profissionais

específicas) para assistência técnica

dos juízes em processos de interdi-

ção, pode representar uma importan-

te abertura para uma – bem-vinda –

maior atuação de profissionais de

neuropsicologia em questões foren-

ses9.

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REFERÊNCIAS

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[acesso em 24 de setembro de 2016]. Disponível em: http://www.who.int/

mediacentre/factsheets/fs404/en/

2. Brasil. Código civil, 2002. Código civil. 53.ed. São Paulo: Saraiva; 2002.

3. Brasil. Lei 13.146 de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da

Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). [acesso em 24 de

setembro de 2016]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-

2018/2015/Lei/L13146.htm

4. Committee on Psychological Testing, Including Validity Testing, for Social Security

Administration Disability Determinations, Board on the Health of Select Popula-

tions, & Institute of Medicine. Psychological testing in the service of disability de-

termination. 2015 [acesso em 24 de setembro de 2016]. Disponível em: http://

www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK305232/

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mentia: A Commentary. The American journal of geriatric psychiatry : official jour-

nal of the American Association for Geriatric Psychiatry, 21(4):392-390.

doi:10.1097/JGP.0b013e31826682f4.

6. Marson, D. C.; Sawrie, S. M.; Snyder, S.; McInturff, B.;, Stalvey, T.; Boothe, A.;

Aldridge, T.; Chatterjee, A. & Harrell, L. E. (2000). Assessing financial capacity in

patients with Alzheimer disease: A conceptual model and prototype instrument.

Arch Neurol, 57(6):877-84. doi:10.1001/archneur.57.6.877.

7. Marson, D. C., Martin, R. C., Wadley, V., Griffith, H. R., Snyder, S., Goode, P. S.,

... & Zamrini, E. (2009). Clinical interview assessment of financial capacity in older

adults with mild cognitive impairment and Alzheimer's disease. Journal of the

American Geriatrics Society, 57(5), 806-814.

8. Sudo, F. K., & Laks, J. (2016). Financial capacity in dementia: a systematic revi-

ew. Aging & Mental Health, 1-7.

9. Brasil. Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. [acesso

em 24 de setembro de 2016]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/

_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm

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Autor M

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Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal Flumi-nense (2004), residência médica em Psiquiatria pelo IPUB-UFRJ (2008), título de especialista em Psiquiatria pela Associação Bra-sileira de Psiquiatria, título de especialista em Psicogeriatria pe-la Associação Brasileira de Psiquiatria. Mestre em Psiquiatria e Saúde Mental pela UFRJ (2012). Aluno de Doutorado em Psiquia-tria e Saúde Mental na UFRJ (2013-atual). Experiência em Medicina com ênfase em Psiquiatria, atuando principalmente na área de Neuropsiquiatria Geriátrica e Psiquiatria Forense. Atua em pes-quisa no Centro de Doença de Alzheimer do Instituto de Psiquia-tria da UFRJ (CDA-IPUB/UFRJ), principalmente no seguinte tema: manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas das doenças cére-bro-vasculares. Técnico Pericial da divisão de Saúde do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE-Saúde) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (2008-atual).

Felipe Kenji Sudo

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Avaliação Neuropsicológica de

Crianças e Adolescentes com

Anemia Falciforme: Casuística de

Ambulatório de Referência da

cidade de Salvador, Bahia

A Doença Falciforme (DF) é

uma afecção hematológica hereditá-

ria decorrente de alteração genética

da hemoglobina, proteína presente

nas hemácias e responsável pelo

transporte de oxigênio para todo o

organismo. Estas incluem a Anemia

Falciforme (HbSS) e aquelas associa-

das à HbS com outras variantes de

hemoglobina (Hb), como a HbD, a

HbC, e as talassemias.

No Estado da Bahia, a frequên-

cia estimada de portadores do traço

falcêmico é de 5,5% na população

geral e 6,3% na população afrodes-

cendente. A incidência de Anemia

Falciforme (AF), genótipo mais grave

da doença, no Estado da Bahia é a

maior do Brasil, 1:650 nascidos vivos

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

Ohene-Frempong e colaborado-

res (1998), descreveram que indiví-

duos AF desenvolvem infartos cere-

brais sintomáticos na frequência de

11%, até os 20 anos. As sequelas

destes eventos ecoam em diversos

aspectos da vida do paciente. 11 a

35% das crianças e jovens com DF

apresentaram infartos silenciosos

identificados por IRMci, na ausência

de sintomas clínicos observáveis

(OHENE-FREMPONG et al., 1998).

Trata-se da lesão cerebral mais fre-

quente nos pacientes com DF, princi-

palmente com o genótipo HbSS, aco-

metendo 27% destas crianças até os

seis anos e 37% até os quatorze

anos de idade (DE BAUN & TELFAIR

et al., 2012).

A fisiopatologia dos comprometi-

mentos neurocognitivos na DF parece

ser multifatorial. Fatores específicos

como anemia, hipoxemia crônica, in-

fartos cerebrais e nutricionais sobre o

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SANTOS, S. N. (2015). Avaliação Neuropsicológica de Crianças e Adoles-

centes com Anemia Falciforme: Casuística de Ambulatório de Referência da

cidade de Salvador, Bahia. Dissertação: Mestrado, Instituto de Ciências da

Saúde, Universidade Federal da Bahia.

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cérebro (devido a alta taxa metabóli-

ca basal), tem repercussão negativa

no desenvolvimento neurocognitivo

(AYGUN et al. 2011; HOGAN et al.,

2006),

Estudos neuropsicológicos trou-

xeram esclarecimento sobre a cogni-

ção de crianças falcêmicas com e

sem franco comprometimento neuro-

lógico (BROWN et al., 1993; GOO-

NAN et al., 1994, apud KRAL et al.

2001; SCHATZ & ROBERTS, 2005).

Schatz e colaboradores (2008) des-

creveram que aproximadamente 25%

dos participantes falcêmicos apresen-

taram déficits cognitivos significativos.

Dificuldades na sustentação da aten-

ção e na memória operacional, os

mais descritos, influenciam de forma

negativa o desempenho escolar na-

quelas sem sintomas neurológicos.

Diversos estudos apontam para

a tendência do aumento dos déficits

cognitivos com o avanço da idade

(MACKIN et al., 2014; RUFFIEUX et

al., 2013; ABREU, 2013; KRAL et al.,

2006; HOGAN et al., 2006), sugerin-

do se tratar de doença vascular dege-

nerativa do sistema nervoso central.

Conforme citado, as funções

executivas e atencionais são as mais

frequentemente comprometidas nas

crianças com francos acidentes vas-

culares cerebrais ou com infartos si-

lenciosos (BROWN et al., 2000). Para

estes autores, alterações nas medi-

das de atenção, concentração e de

funções executivas são índices para

a identificação de crianças com risco

de infarto cerebral.

Além do domínio cognitivo Aten-

ção/Funções Executivas, Chapar e

colaboradores (1986, apud KRAL et

al., 2001), reportaram alta prevalência

de déficits neuropsicológicos

(coordenação motora fina, percepção

tátil-sensória, percepção visual, inte-

gração visuomotora e de memória

visual de curto prazo) em adolescen-

tes com DF sem histórico de compro-

metimento neurológico em compara-

ção a adolescentes saudáveis. Múlti-

plos domínios cognitivos comprometi-

dos repercutem no status intelectivo.

As complicações neurocogniti-

vas e suas consequências são pro-

gressivas e originam um quadro de

vasculopatia cerebral, comprometen-

do o desenvolvimento infantil e a qua-

lidade de vida dos pacientes.

O presente estudo teve como

objetivo investigar o desempenho

cognitivo e intelectivo de crianças e

adolescentes com Anemia Falciforme

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(AF). Quinze indivíduos com AF fo-

ram avaliados e caracterizados em

relação a aspectos socioeconômicos,

clínicos e perfil comportamental. Os

resultados indicaram que os partici-

pantes com histórico de acidente vas-

cular encefálico apresentaram meno-

res índices de quociente intelectual

(QI). Foram observadas alterações na

atenção/funções executivas, lingua-

gem, memória verbal e visual, raciocí-

nio visuoespacial e habilidade sensó-

rio-motora. Estas alterações foram

encontradas nas crianças e adoles-

centes com ou sem infartos cerebrais,

bem como naquelas com ou sem al-

terações no Doppler transcraniano.

Dificuldade de aprendizagem, históri-

co de repetência escolar e necessida-

de de suporte educacional especiali-

zado foram identificados na maior

parte dos casos. Diagnósticos adicio-

nais mais frequentes segundo o DSM

-IV foram: Transtorno Depressivo,

Transtorno de Ansiedade, Transtorno

Somático, quadros associados à AF e

suas repercussões físicas e psicosso-

ciais.

Concluiu-se que, por ser consi-

derada vasculopatia cerebral progres-

siva, AF é fator de risco potencial pa-

ra o desenvolvimento neurocognitivo

e psicossocial. Deste modo, a avalia-

ção neuropsicológica e comporta-

mental periódica de crianças e ado-

lescentes com AF pode ser uma me-

dida útil para diminuir repercussões

biopsicossociais a longo prazo.

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REFERÊNCIAS

1. Abreu, K. D. C. Perfil neuropsicológico e comportamental de crianças com doença falci-

forme (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).

2. Aygun, B., Parker, J., Freeman, M. B., Stephens, A. L., Smeltzer, M. P., Wu, S., ... &

Wang, W. C. (2011). Neurocognitive screening with the Brigance Preschool screen-II in

3-year-old children with sickle cell disease. Pediatric blood & cancer,56(4), 620-624.

3. DeBaun, M. R., & Telfair, J. (2012). Transition and sickle cell disease. Pediatrics, 130

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4. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 55, de 29 de janeiro de 2010.Protocolo Clíni-co e Diretrizes Terapêuticas -Doença Falciforme. Senado Federal. Brasília, DF, 2010.

5. Brown, R. T., Armstrong, F. D., & Eckman, J. R. (1993). Neurocognitive aspects of pe-diatric sickle cell disease. Journal of Learning Disabilities, 26(1), 33-45.

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8. Goonan, B. T., Goonan, L. J., Brown, R. T., Buchanan, I., & Eckman, J. R. (1994). Sus-tained attention and inhibitory control in children with sickle cell syndrome. Archives of Clinical Neuropsychology, 9(1), 89-104.

9. Hogan, A. M., Kirkham, F. J., Prengler, M., Telfer, P., Lane, R., Vargha‐Khadem, F., & Haan, M. (2006). An exploratory study of physiological correlates of neurodevelopmen-tal delay in infants with sickle cell anaemia. British journal of haematology, 132(1), 99-107.

10. Kral, M. C., Brown, R. T., Curé, J. K., Besenski, N., Jackson, S. M., & Abboud, M. R. (2006). Radiographic predictors of neurocognitive functioning in pediatric sickle cell di-sease. Journal of child neurology, 21(1), 37-44.

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A Autora

Possui graduação em Psicologia pela Faculdade Ruy Barbosa (2006). Doutoranda e Mestre em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas no Instituto de Ciências da Saúde-UFBA. Trabalha no Complexo Hospita-lar Universitário Professor Edgard Santos (HUPES) da Universidade Federal da Bahia, no Ambulatório de Neurologia Pediátrica e no Núcleo Integrado de Neurociências da Bahia- NIN. É membro do Núcleo de estu-dos e clínica em Cognição Infantil – COGNI. Coordena estágio em Neu-ropsicologia Infantil da Especialização Avançada em Neuropsicologia-UFBA. Atuou nos Ambulatórios de Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade, Transtorno Obsessivo Compulsivo e coordenou o Núcleo de Pesquisa em Psicologia (NUPPSI) do Serviço Psicologia do C-HUPES. Fez parte do corpo docente do Curso de Psicologia da Universidade Jorge Amado. É Especialista em Neuropsicologia pela Universidade Fede-ral da Bahia. Tem formação em Terapia Cognitiva pelo Centro de Terapia Cognitiva e em Terapia Cognitivo-Comportamental da Infância e Adoles-cência pelo IBTC. Tem experiência na área de Neuropsicologia, com ênfa-se em avaliação e reabilitação neuropsicológica, bem como em Terapia Cognitiva e Psicologia Hospitalar.

Samantha Nunes Santos

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Diferenças individuais na

Necessidade de Cognição e

Tomada de Decisão no Iowa

Gambling Task (IGT)

A Tomada de Decisão consiste

na escolha de uma dentre várias alter-

nativas, especialmente em situações

que possuem algum nível de risco e

de incerteza. Neste processo, o indiví-

duo deve avaliar e prever consequên-

cias positivas ou negativas das suas

escolhas, utilizar conhecimentos sobre

fatos e valores sociais, além de reali-

zar reflexões constantes sobre as pos-

síveis implicações de suas decisões

(Bechara & Linden, 2005).

O Iowa Gambling Task

(Bechara et al., 1994) foi desenvolvido

para avaliar a habilidade de Tomada

de Decisão e consiste em um instru-

mento que envolve situações de riscos

monetários e incerteza. O indivíduo é

solicitado a escolher cartas que estão

dispostas em quatro pilhas de baralho

e, de acordo com sua decisão, pode

ganhar ou perder uma quantia de di-

nheiro fictícia. Cabe ao avaliado inferir

quais são os baralhos mais vantajosos

e os que oferecem maior risco de per-

da.

O IGT é amplamente utilizado

em pesquisas que avaliam diferentes

grupos clínicos de adultos, uma vez

que muitas doenças neurológicas e

psiquiátricas podem gerar deficiências

graves na capacidade de Tomada de

Decisão (Brevers, et al., 2014; Stout,

Rodawalt & Siemers, 2001).

Entretanto, nota-se escassez de

estudos sobre o tema com indivíduos

saudáveis, principalmente no tocante

à investigação de como diferenças

individuais e de personalidade

poderiam exercer influência no

processo decisório.

Sendo assim, o artigo

“Individual differences in need for cog-

Harman, J. L. (2011). Individual differences in need for cognition and deci-

sion making in the Iowa Gambling Task. Personality and Individual Differences.

51, 112–116;

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nition and decision making in the Io-

wa Gambling Task”, publicado por

Harman, em 2011, teve como objeti-

vo investigar a Tomada de Decisão a

partir do construto Necessidade de

Cognição (NdC), que indica a

tendência individual em procurar,

desfrutar e se engajar em atividades

que exigem esforços cognitivos

(Cacioppo et al., 1996). De acordo

com Cacioppo e colaboradores

(1996), indivíduos com maior NdC

são mais curiosos e reflexivos,

adotam postura ativa, analítica e

sistemática em relação aos eventos

ao seu redor. No lado oposto, as

pessoas com menor NdC tendem a

adotar uma postura passiva diante

acontecimentos, sendo mais

influenciadas por opiniões alheias e

habitualmente evitam esforço

cognitivo em suas tarefas cotidianas.

A investigação conduzida por

Harman (2011) foi realizada com 75

estudantes universitários saudáveis,

utilizando o IGT e a Escala Need for

Cognition resumida. Como principal

resultado detectou-se diferenças

significativas entre os grupos com

alta e baixa NdC quanto à

aprendizagem ao longo dos cinco

blocos do IGT. O grupo de

estudantes com elevada NdC

escolheu as cartas mais vantajosas

no decorrer da tarefa, enquanto que

o grupo com baixa NdC apresentou

menor curva de aprendizagem, com

tendência a persistir no erro,

escolhendo as cartas desvantajosas.

Para o autor, a causa dessa

diferença está relacionada com o fato

de que os indivíduos com baixa NdC

tendem a atribuir maior importância

no ganho imediato, sem avaliar as

consequências em longo prazo, o

que acarreta em um desempenho

inferior no IGT.

Os resultados do artigo pare-

cem estar de acordo com a premissa

básica descrita por Cacioppo e Petty

(1982), de que pessoas com baixa

NdC tendem a evitar esforço cogniti-

vo e apresentam postura menos ana-

lítica diante situações ao seu redor, o

que consequentemente influencia ne-

gativamente suas decisões. Em con-

trapartida, os indivíduos com maior

NdC, por serem mais reflexivos e sis-

temáticos, tendem a analisar de ma-

neira mais profunda as opções e con-

sequentemente apresentam melhor

desempenho na Tomada de Decisão.

Sendo assim, Hamann (2011) conclui

que o desempenho no IGT da popu-

lação não clínica pode variar em fun-

ção da NdC.

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Psicóloga. Mestre em Psicologia (UFBA), com ênfase em De-senvolvimento. É Especialista em Neuropsicologia, em Saúde Mental Coletiva e em Terapia Cognitivo Comportamental. É integrante do Grupo de Pesquisa Neuropsicologia Clínica e Cognitiva (NEUROCLIC). Faz parte da comissão da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia Jovem. Tem experiência na área de Neuropsicologia, com ênfase em avaliação e reabili-tação neuropsicológica.

Adriele Wyzykowski

REFERÊNCIAS

1. Bechara, A., Damasio, A., Damasio, H., & Anderson, S. (1994). Insensitivity to future con-

sequences following damageto human prefrontal cortex. Cognition, 50, 7–15;

2. Bechara, A., Linden, M. (2005). Decision-making and impulse control after frontal lobe

injuries. Curr Opin Neurol. 18(6), 734-739;

3. Brevers, D., Bechara, A., Cleeremans, A., Kornreich, C., Verbanck, P., & Noël, X. (2014).

Impaired Decision‐Making Under Risk in Individuals with Alcohol Depend-

ence. Alcoholism: Clinical and Experimental Research, 38(7), 1924-1931;

4. Cacioppo, J. T, Petty, R. E. (1982). The need for cognition. Journal of Personality and

Social Psychology, 42 (1), 116-131;

5. Cacioppo, J.T., Petty, R.E., Feinstein, J.A., Jarvis, B.G. (1996). Dispositional differences

in cognitive motivation: The life and times of individuals varying in need for cognition. Psy-

chological Bulletin, 119 (2), 197-253;

6. Harman, J. L. (2011). Individual differences in need for cognition and decision making in

the Iowa Gambling Task. Personality and Individual Differences. 51, 112–116;

7. Stout, J., Rodawalt, W. & Siemers, E. (2001). Risky decision making in Huntington’s dis-

ease. Journal of the International Neuropsychological Society, 7, 92–101.

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AS Políticas Públicas em Epilepsia

O diagnóstico da epilepsia tem origem controversa, que remonta à ideia

de que sua ocorrência se dava por fatores externos, geralmente associando as

crises a manifestações espirituais, sentenciando o sujeito ao degredo social e

privando-o das oportunidades cotidianas.

Decorridos séculos desde então, houve grande avanço no conhecimento

científico da epilepsia, não refletida de maneira proporcional no modo como o Es-

tado e a sociedade abordam essa questão, acarretando ao sujeito com epilepsia

algumas das mesmas consequências sofridas por aqueles da Idade Média, co-

mo, por exemplo, a falta de inserção social suficiente a permitir o exercício pleno

da cidadania, sobretudo o direito constitucionalmente assegurado de liberdade

individual plena.

Posto isso, a busca por essa inserção encontrou diversos reveses, até que

em 2016 foi definitivamente reconhecida pela Organização Mundial de Saúde co-

mo problema de saúde pública que afeta 10 a cada mil pessoas no mundo.

Até então (e isso ainda continua em discussão perante a sociedade civil),

o diagnóstico de epilepsia não implicava no direito a benefícios como gratuidade

no transporte público ou vagas pela lei de cotas do trabalho, por não ser encara-

da como incapacitante, contemplada a luz da Classificação Internacional das Do-

enças (CID). A Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) complemen-

tou o entendimento da doença com uma visão qualitativa, onde é verificado o im-

pacto da doença na vida de cada sujeito, sua funcionalidade e incapacidade, ou

seja, o quanto a epilepsia compromete de fato seu funcionamento social, laboral,

acadêmico, afetivo, familiar e pessoal. Em suma, a depender do impacto da do-

ença para o sujeito e/ou cuidador, é possível conseguir benefícios que antes não

eram concedidos.

A campanha “Saindo das sombras” foi a primeira campanha mundial so-

bre conscientização da Epilepsia, cujo objetivo era desmitificar o transtorno e ob-

ter melhorias em diagnóstico, tratamento, prevenção e aceitação social. A ideia

principal envolvia o foco no sujeito com uma doença, e não em sujeito que é uma

doença, através da mudança de expressão “pessoa epiléptica” para “pessoa com

epilepsia”.

Além – ou, talvez, mais do que – o impacto de funcionalidade e incapaci-

dade no sujeito com epilepsia, está o impacto da representação social que gera o

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AS

estigma da doença: mobiliza preconceitos, promove marginalização e afastamen-

to. Seu quadro clínico é comumente confundido com outras doenças, abuso de

substâncias lícitas e ilícitas, além de ideias de possessões espíritas/demoníacas.

É imperativo que haja divulgação de informações e psicoeducação em

templos religiosos e escolas, de modo a promover medidas educativas que vi-

sem a desmistificação deste estigma. Diretores, professores e coordenadores

pedagógicos ainda carecem de compreensão sobre a epilepsia e, por conta dis-

so, tratam o assunto de maneira velada e ignorando a ocorrência da mesma nas

redes de ensino, o que, invariavelmente culmina em milhares de alunos sofrendo

bullying.

Neste contexto, o papel primordial do psicólogo é viabilizar a comunicação

e promover psicoeducação de modo a difundir esse conhecimento nas escolas,

nas famílias e nas comunidades, reduzindo a exposição das pessoas com epilep-

sia à segregação causada pela falta de conhecimento da doença. Como neu-

ropsicólogos, o dever profissional nos leva a concluirmos que compreender o

funcionamento cognitivo do sujeito, suas dificuldades e facilidades, sua persona-

lidade e suas emoções são mandatórios para proporcionarmos melhores condi-

ções de adaptação e inclusão profissional, assim como conhecimento e desen-

volvimento pessoal.

CONTINUANDO...

Possui graduação em Psicologia pela Universidade do Vale do Itajaí (2007). Atualmente é psicóloga colabora-dora - avaliaçao neuropsicológica - do serviço de epi-lepsia do Hospital São Paulo (Universidade Federal de São Paulo). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Neuropsicologia.

Sandra Mara Comper

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GESTÃO 2015-2017

Presidente: Neander Abreu

Vice-presidente: Gabriel Coutinho

Conselho deliberativo

Leandro Fernandes Malloy-Diniz

Paulo Mattos

Jerusa Salles

Lucia Iracema

Conselho fiscal

Rodrigo Grassi-Oliveira

Annelise Júlio

Laiss Bertola

Secretária Executiva

Carina Chaubet D’Alcante Valim

Secretário Geral

Andressa M. Antunes

Tesouraria Executiva

Beatriz Bitttencourt

Tesouraria Geral

Deborah Azambuja

Presidente: Alina Teldeschi

Vice-presidente: Gustavo Siquara

Comissão SBNp Jovem:

Adriele Wyzykowski

Camila Bernardes

Cássio Lima

Fuuka Sunano

Jaqueline Rodrigues

Natália Becker

Natália Canário

Samara Reis

Thais Quaranta

Thales Coutinho

Comissão SBNp Kids:

Nayara Argollo

Editoração:

Fuuka Sunano

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