Perfil dos Trabalhadores em FRIGORFICOS no Brasil

Segundo a Rais 2013, o Brasil possui 440.150 trabalhadores no abate e produo de carne. A remunerao mdia dos trabalhadores em frigorficos de R$ 1.379,69, conforme a Tabela 1.TABELA 1

Trabalhadores no Abate e Fabricao de Carne, por setor

Brasil, 2013

SetorN.%Remunerao mdia

Abate de reses, exceto sunos128.91629%R$ 1.447,63

Abate de sunos, aves e pequenos animais252.82457%R$ 1.329,04

Fabricao de produtos de carne58.41014%R$ 1.448,95

Total440.150100% R$ 1.379,69

Fonte: Rais 2013

Elaborao: SS CNTA DIEESE

Ainda segundo os dados de 2013, o estado onde h maior nmero de trabalhadores em frigorficos o Paran. So 76.375 trabalhadores (14,4% do total do pas), com remunerao mdia de R$ 1.289,64. O segundo estado com maior nmero de trabalhadores no setor So Paulo, com 63.399 (14,4% do total) e remunerao mdia de R$ 1.620,85. Vale ressaltar que So Paulo e Paran inverteram as posies com relao ao ranking do ano passado. Em seguida encontramos Santa Catarina, com 56.875 trabalhadores e remunerao mdia de R$ 1.507,23 e Rio Grande do Sul, com 54.187 trabalhadores e remunerao mdia de R$ 1.401,79. Santa Catarina e Rio Grande do Sul tambm inverteram suas posies com relao ao ano anterior. No que tange remunerao, So Paulo (R$ 1.620,85), Roraima (R$ 1.568,11) e Santa Catarina (R$ 1.507,23), so os estados que registram as maiores mdias, enquanto Alagoas (R$ 943,43), Sergipe (R$ 928,04) e Amap (917,91), registram as menores.

TABELA 2

Trabalhadores no Abate e Fabricao de Carne, por UF

Brasil, 2012RemuneraoUF

N.

%

MdiaParan76.375

17,3%

R$ 1.289,64So Paulo63.399

14,4%

R$ 1.620,85 Santa Catarina56.875

12,9%

R$ 1.507,23 Rio Grande do Sul54.187

12,3%

R$ 1.401,79Mato Grosso36.481

8,3%

R$ 1.431,60Minas Gerais34.630

7,9%

R$ 1.166,10Gois33.227

7,5%

R$ 1.359,55Mato Grosso do Sul24.092

5,5%

R$ 1.330,48Rondnia10.023

2,3%

R$ 1.279,41Rio de Janeiro8.425

1,9%

R$ 1.262,03Par8.410

1,9%

R$ 1.273,68Bahia6.767

1,5%

R$ 1.137,55Esprito Santo5.557

1,2%

R$ 1.232,34Tocantins4.751

1,1%

R$ 1.268,31Pernambuco4.367

1,0%

R$ 1.259,53Distrito Federal3.898

0,9%

R$ 1.179,90Cear1.640

0,4%

R$ 1.077,76Maranho1.491

0,3%

R$ 1.158,27Paraba1.385

0,3%

R$ 1.018,90Acre1.185

0,3%

R$ 1.150,85Rio Grande do Norte774

0,2%

R$ 1.029,80Piau627

0,1%

R$ 1.063,49Roraima473

0,1%

R$ 1.568,11Amazonas413

0,1%

R$ 1.231,03Sergipe311

0,1%

R$ 928,04Alagoas277

0,1%

R$ 943,43Amap50

0,0%

R$ 917,91Total440.150

100%

R$ 1.379,69 Fonte: Rais 2012

Elaborao: DIEESE2

A comparao entre os anos de 2012 e 2013 nos revela que o Paran foi estado que mais abriu vagas em nmeros absolutos: saldo positivo de 18.962 (alta de 33,03%); enquanto o Mato Grosso foi aquele que mais cresceu proporcionalmente: saldo de 9.901 vagas (alta de 37,25%). Das 27 unidades da federao, apenas 8 registraram reduo no nmero de postos de trabalho: So Paulo (-0,62%), Mato Grosso do Sul (-2,14%), Rio de Janeiro (-9,94%), Distrito Federal (-0,74%), Acre (-2,15%), Rio Grande do Norte (-12,64%) e Amap (-5,66%).

Com relao ao aumento da renda, Cear, Pernambuco e Paran foram os estados com as maiores variaes positivas: 22,76%, 22,08% e 14,84% respectivamente. Os menores aumentos foram registrados em Roraima (1,51%), Distrito Federal (1,89%), Acre (4,34%) e Piau (6,10%); bem abaixo da mdia nacional que registrou crescimento de 10,7% entre 2012 e 2013.

Faixas SalariaisNo que se refere s faixas salariais, cerca de 2% dos trabalhadores em frigorficos recebe at 1 salrios mnimo, 30,7% de 1 a 1,5 salrio e 36,2% recebem entre 1,5 e 2 salrios mnimos. Somando estas faixas, conclumos que os trabalhadores que em 2013 recebiam at 2 salrios mnimos somam mais de 67% do total, ou seja, 2 em cada 3 trabalhadores. O Grfico 1 mostra a diviso dos trabalhadores em frigorficos de acordo com sua faixa salarial.

3GRFICO 1

Trabalhadores em frigorficos, por faixa de remunerao

Brasil, 2013

Fonte: Rais 2013

Elaborao: SS CNTA DIEESETempo no Emprego

Um dos principais fatores que compromete o aumento do salrio dos trabalhadores no Brasil a alta rotatividade no emprego. Quando o trabalhador demitido, se v obrigado a aceitar um novo emprego com um salrio mais baixo, impedindo que o salrio dos trabalhadores do setor como um todo aumente.

A alta rotatividade pode ser observada pelo pouco tempo no emprego da maior parte dos trabalhadores em Frigorficos. Mais de 42% deles possui menos de 1 ano em seu emprego (taxa superior aos 40% registrados em 2012). Outros 17% esto entre 1 e 2 anos no mesmo posto de trabalho. H no entanto uma parcela importante de trabalhadores com maior tempo de vnculo: 12% tm entre 3 e 5 anos de vnculo e 18% mais de cinco anos de permanncia no emprego.4GRFICO 2

Trabalhadores em frigorficos, por tempo no emprego

Brasil, 2012

Fonte: Rais 2013

Elaborao: SS CNTA DIEESESexo e Faixa Etria

O trabalho em frigorficos realizado marjoritariamente por homens de meia idade. Em dezembro de 2013, a diviso entre homens e mulheres era de cerca de 60% dos trabalhadores do sexo masculino e 40% do sexo feminino. Com relao idade, a faixa etria que mais concentra trabalhadores a de 30 39 anos, com mais de 30%. Se somarmos a esta faixa os trabalhadores entre 40 e 49 anos (18,7%) e os com mais de 50 anos (8,64%), concluiremos que mais de 57% dos trabalhadores tem pelo menos 30 anos de idade.

5GRFICO 3

Trabalhadores em frigorficos, por sexo

Brasil, 2013

Fonte: Rais 2013

Elaborao: SS CNTA DIEESEGRFICO 4

Trabalhadores em frigorficos, por faixa etria

Brasil, 2013

Fonte: Rais 2013

Elaborao: SS CNTA DIEESE6Escolaridade

Os nveis de escolarizao dos trabalhadores em Frigorficos vm paulatinamente melhorando nos ltimos anos, seguindo uma tendncia que vem sendo tambm observada em outros setores. Alm de dinmicas particulares cada setor, este movimento se d em um contexto onde as taxas de escolarizao da populao brasileira como um todo vem crescendo. Em 2013, cerca de 32%, ou seja, cerca de 1 em cada 3 dos trabalhadores tinham o Ensino Mdio completo, faixa que concentrou o maior nmero de vnculos.

GRFICO 4

Trabalhadores em frigorficos, por faixa de escolaridade

Brasil, 2012

Fonte: Rais 2013

Elaborao: SS CNTA DIEESE7 EMBED opendocument.ChartDocument.1

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