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1 FRIGORÍFICOS omo superar a atual situação de adoecimentos de trabalhadores Avaliação e Gestão do Risco de LER/DORT na Indústria Frigorífica Carlos Campos SEMINÁRIO

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FRIGORÍFICOSComo superar a atual situação de adoecimentos de trabalhadores?

Avaliação e Gestão do Risco de LER/DORT na Indústria Frigorífica

Carlos Campos

SEMINÁRIO

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Avaliação e Gestão do Risco de LER/DORT na Indústria Frigorífica

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Avaliação e Gestão do Risco de LER/DORT na Indústria Frigorífica

Devem estar aptos a desenvolver ações de promoção e proteção da saúde, vigilância, prevenção das doenças, assistência e reabilitação da saúde dos trabalhadores, tanto em nível individual, quanto coletivo.

Deve ser realizada de forma contínua e integrada com as demais instâncias do sistema de saúde e de outras organizações sociais que têm atribuições equivalentes ou complementares na esfera do Trabalho, Previdência Social e Meio Ambiente.

Exige pensamento crítico, capacidade de análise dos problemas que envolvem as relações saúde-trabalho

Postura ética, considerando o conflito latente e os interesses contraditórios da produção e da saúde e bem estar dos trabalhadores.

ATITUDES E AÇÕES DOS MÉDICOS DO TRABALHO

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O próprio trabalho já nos recompensa

Ganharmos dinheiro com algo que não nos dá prazer

Uma meta hoje: realizar-se no trabalho produtivo

Propósitos: que o trabalho seja criativo e realize a pessoa (produtivo externamente e rentável internamente)

4

UMA META CONTEMPORÂNEA DO TRABALHO

“Gerar riqueza e vida para a humanidade, e o de dar realizações às pessoas”.

Renato Janine

TRABALHO

Produtivo externamente Rentável internamente Promover a saúde em seu sentido +

amplo

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ENTÃO… PARA ENTENDER O PROCESSO DE ADOECIMENTO É PRECISO

Compreender a natureza multidimensional da saúde e da doença

Encontrar instrumentos que nos auxiliem a identificar, classificar e agirsobre as diferentes dimensões do adoecimento

Medir os impactos de nossas ações sobre o contexto de trabalho e sobreas pessoas que nele interagem

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A FORMA DE ADOECER

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A FORMA DE ADOECER

DO MOMENTO EM QUE NASCE, O SER HUMANO VIVEDE ACORDO COM O MODO DE SE RELACIONAR COM

O MUNDO OU COM A REALIDADE.

SUJEITO COM O OBJETO PESSOA COM O MUNDO

EFEITOS EMOCIONAIS

VIDA SOBRE A PESSOA

ALGUMAS PESSOAS ADOECEM DEVIDO À MANEIRA DESARMÔNICA

DE SE RELACIONAR COM O MUNDO, ENQUANTO OUTRAS,

VIVENCIANDO AS MESMAS EXPERIÊNCIAS E CONTATANDO O MESMO MUNDO, SÃO MAIS

ADAPTADASE SOFREM MENOS.

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PERPLEXIDADEPERPLEXIDADE

DEBATES ACALORADOSDEBATES ACALORADOS

CONCLUSÕES ANTAGÔNICASCONCLUSÕES ANTAGÔNICAS

LITIGÂNCIAS CONTROVERSASLITIGÂNCIAS CONTROVERSAS

REVISÃO/AMPLIAÇÃO DE CONCEITOSREVISÃO/AMPLIAÇÃO DE CONCEITOS

MUITAS INDAGAÇÕES COLETIVASMUITAS INDAGAÇÕES COLETIVAS

POUCAS /MUITAS CERTEZASPOUCAS /MUITAS CERTEZAS

MUITAS /POUCAS INCERTEZASMUITAS /POUCAS INCERTEZAS

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Cenário de certezasCenário de certezas

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Cenário de certezasCenário de certezas

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JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ0.8

0.85

0.9

0.95

0.9359757161299330.938283815326186

0.935516311386735

0.826046429827647

0.8118642633494120.8150840616059880.815519736313208

0.8223379840442970.823616887794224

0.829095400988217

0.824391687342089

0.830251901140684

0.9609138788647230.9620181083081830.963200774720532

0.869750485298992

0.8594589812213840.8583555176051030.858884345343724

0.8663634493634720.869924833039931

0.8763520727914210.875256592452234

0.882366927214908

0.936891507314394

0.942638947815019

0.936209317693706

0.827197095054238

0.814787350054526

0.8207027345652120.820145563124009

0.828259136969145

0.833953918082813

0.8389247950304890.8414804108811230.842528294081144

0.955203153697980.958562367864693

0.960960839725474

0.885134514736939

0.8701277091393150.868473263972901

0.876326398220657

0.881765545019720.8788470199669720.8771085328725420.8774456393007720.876399000325981

0.9281522757532420.929233958969882

0.937548756175782

0.841273747416084

0.8244781783681210.821481747702418

0.831536254822435

0.8374041718666430.8380927011188070.8388029619243750.8432797885319240.841868767696664

B 31

REGIÃO IREGIÃO IIREGIÃO IIIIREGIÃO IVREGIÃO V

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JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ0

0.02

0.04

0.06

0.08

0.1

0.12

0.14

0.16

0.18

0.2

0.06402428387006730.0617161846738141

0.0644836886132655

0.173953570172353

0.1881357366505880.1849159383940120.184480263686792

0.1776620159557030.176383112205776

0.1709045990117830.175608312657911

0.169748098859316

0.03908612113527750.03798189169181710.0367992252794678

0.130249514701008

0.1405410187786160.1416444823948970.141115654656277

0.1336365506365280.130075166960069

0.1236479272085790.124743407547766

0.117633072785092

0.0631084926856059

0.0573610521849809

0.0637906823062944

0.172802904945762

0.185212649945474

0.1792972654347880.179854436875991

0.171740863030855

0.1660460819171870.161075204969511

0.1585195891188770.157471705918856

0.04479684630202030.0414376321353066

0.0390391602745256

0.114865485263061

0.1298722908606850.131526736027099

0.1236736017793430.11823445498028

0.1211529800330280.1228914671274580.1225543606992280.123600999674019

0.07184772424675770.0707660410301179

0.0624512438242177

0.158726252583916

0.1755218216318790.178518252297582

0.168463745177565

0.1625958281333570.1619072988811930.1611970380756250.1567202114680760.158131232303336

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REGIÃO IREGIÃO IIREGIÃO IIIIREGIÃO IVREGIÃO V

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Conclusões Periciais sobre NTEP, GER III, abr/07 a abr/08

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

45000

50000

CURITIB

A

CASCAVEL

LONDRIN

A

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PONTA G

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PORTO A

LEG

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ben

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0

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20

30

40

50

60

70

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NTEP aplicado

NTEP não aplicado

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Fibromialgia x LER/DORTFibromialgia x LER/DORT

““De 103 pacientes diagnósticados como De 103 pacientes diagnósticados como portadores de LER, 73 apresentavam portadores de LER, 73 apresentavam critérios positivos para síndrome da critérios positivos para síndrome da fibromialgia “fibromialgia “

Helfenstein M e Feldman D. REV. Brasileira de Reumatol. Helfenstein M e Feldman D. REV. Brasileira de Reumatol. 1998 Mar/Abr 38(2):71-771998 Mar/Abr 38(2):71-77

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MITOS

• Tenossinovite é doença, eminentemente, ocupacional.Tenossinovite é doença, eminentemente, ocupacional.

• Tenossinovite/tendinite não tem curaTenossinovite/tendinite não tem cura

• Tenossinovite/tendinite causa invalidez.Tenossinovite/tendinite causa invalidez.

HelfensteinHelfenstein

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FatoresFatores Determinantes das LER/DORTDeterminantes das LER/DORT

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“doenças musculo-tendinosas dos MMSSombros e pescoço, causadas pela sobrecarga de um grupo muscular particular, devido ao uso

repetitivo ou pela manutenção de posturas contraídas, que resultam em dor, fadiga e declínio do desempenho profissional”

Browne, 1984

“síndrome clínica”, caracterizada por dor crônica, acompanhada ou não por alterações objetivas e que se manifesta principalmente no pescoço, cintura escapular, e/ou membros superiores em decorrência do trabalho

NT / INSS / DORT, 1997

“um modo de adoecimento emblemático, revelador das contradições e da patogenia social e do trabalho, desse novo ciclo do desenvolvimento e

crise do modo de produção capitalista” Ribeiro, 1997

...combinação da sobrecarga das estruturas anatômicas do sistema osteomuscular com a falta de tempo para sua recuperação.

A alta prevalência das LER/DORT tem sido explicada por transformações do trabalho e das empresas... estabelecimento de metas e produtividade, considerando apenas suas

necessidades, particularmente a qualidade dos produtos e serviços e competitividade de mercado, sem levar em conta os trabalhadores e seus limites físicos e

psicossociais. IN 98 – Instituto Nacional de Previdência Social

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TRABALHADOR(A)TRABALHADOR(A)

• banalização da doença

• discriminação no trabalho

• indiferença social pela doença

• disseminação conceitual errônea

• formas de adoecimento

As situações ansiogênicas geram condições de sofrimento e manifestações de

somatização, quando o sujeito não é mais capaz de tratar mentalmente essas

condições de trabalho.

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PSICOLÓGICOSPSICOLÓGICOSREPERCUSSÕES SOCIAISREPERCUSSÕES SOCIAIS

PARA EXPLICAR AS CONSEQUÊNCIAS DO ENTRELAÇAMENTO DAS QUESTÕES

PSÍQUICAS E SOCIAIS, UTILIZA DO CONCEITO DE REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE Jodelet...

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PSICOLÓGICOSPSICOLÓGICOSREPERCUSSÕES SOCIAISREPERCUSSÕES SOCIAIS

REPRESENTAÇÃO SOCIAL ( Jodelet )

“ É UMA FORMA DE CONHECIMENTO SOCIALMENTE ELABORADA E COMPARTILHADA, UMA PRÁTICA

QUE CONTRIBUI PARA CONSTRUÇÃO DE UMA REALIDADE COMUM PARA UM OU MAIS

GRUPAMENTOS SOCIAIS .”

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LER / D O R T

CONSEQUÊNCIA DA AGRESSÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO SOBRE SEU SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO E, EM

ALGUNS CASOS SOBRE A VIDA PSÍQUICA DO TRABALHADOR.

QUEM DEFENDE ESTA VISÃO ACREDITA QUE AS SEQUELAS SÃO IRREVERSÍVEIS DE PROGRESSIVIDADE INEXORÁVEL ATÉ A

COMPLETA INCAPACIDADE.

REPRESENTAÇÃO SOCIAL IREPRESENTAÇÃO SOCIAL I

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LER / D O R TLER / D O R T

CONSEQUÊNCIA DA FRAGILIDADE PSÍQUICA POUCO ESPECÍFICARELACIONADA COM NOÇÕES LEIGAS DE CONVERSÃO PSÍQUICA

E HISTÉRICA - (SIMULAÇÃO) - DEBILIDADE. PSICOLÓGICA OUFÍSICA OU DISTÚRBIO DE CARÁTER, BUSCA DE ATENÇÃO,

AFASTAMENTO REMUNERADO.

SÃO DOIS CONCEITOS EXTREMOS E OPOSTOS QUE

REFLETEM AS DIVERGÊNCIAS NA ABORDAGEM DAS LER/DORT, DIFICULTANDO A SUA COMPREENSÃO E A AVALIAÇÃO, ALÉM DE CONTRIBUIR PARA A

CRISTALIZAÇÃO DE ESTEREÓTIPOS ESTIGMATIZANTES.

REPRESENTAÇÃO SOCIAL IIREPRESENTAÇÃO SOCIAL II

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Predisposição – Suscetibilidade ou DoloPredisposição – Suscetibilidade ou DoloSimulaçãoSimulação

O DEVER – A CULPA – A RESPONSABILIDADE O DEVER – A CULPA – A RESPONSABILIDADE NO PROCESSO DE ADOECIMENTONO PROCESSO DE ADOECIMENTO

Page 26: 1 FRIGORÍFICOS Como superar a atual situação de adoecimentos de trabalhadores? Avaliação e Gestão do Risco de LER/DORT na Indústria Frigorífica Carlos

Econômicos Tecnológicos Políticos Antropotecnológicos Cultura do faz de conta Falta e Má Gestão em SST Responsabilidade Social

Page 27: 1 FRIGORÍFICOS Como superar a atual situação de adoecimentos de trabalhadores? Avaliação e Gestão do Risco de LER/DORT na Indústria Frigorífica Carlos

O ESTADO E O CONTROLE SOCIALO ESTADO E O CONTROLE SOCIAL

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• falta do diagnóstico precisofalta do diagnóstico preciso

• despreparo do sistema de saúdedespreparo do sistema de saúde

• metodologia específica entre profissionaismetodologia específica entre profissionais

• falta de abordagem interdisciplinarfalta de abordagem interdisciplinar

• iatrogenias: medicamentos - ginásticasiatrogenias: medicamentos - ginásticas

PROFISSIONAIS DA ÁREAPROFISSIONAIS DA ÁREA

• nexo causal sem conhecer o local de trabalhonexo causal sem conhecer o local de trabalho

• dificuldades em se fazer diagnóstico x nexodificuldades em se fazer diagnóstico x nexo

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UMA FERRAMENTA DE PREVENÇÃO DE LER/DORT, QUE SE PROPÕE A VERIFICAR NO AMBIENTE CONSTRUIDO DO

TRABALHO:

COMO AS TAREFAS SÃO REALIZADASCOMO AS TAREFAS SÃO REALIZADAS. .

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E A COGNIÇÃO A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E A COGNIÇÃO EXIGIDA.EXIGIDA.

COMO DIFERENCIAR AÇÕES TÉCNICAS NORMAIS DAS ATIVIDADES QUE

COMPORTAM SOBRECARGA BIOMECÂNICA..

29

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ERGONOMIAERGONOMIAERGONOMIA

MEDICINA DOMEDICINA DOTRABALHOTRABALHO

SOCIOLOGIASOCIOLOGIA

PSICOLOGIAPSICOLOGIA ESTRATÉGIAESTRATÉGIA

FISIOLOGIAFISIOLOGIA

SOCIOTÉCNICASOCIOTÉCNICALINGUÍSTICALINGUÍSTICA

HIGIENE INDUSTRIALHIGIENE INDUSTRIAL

SEGURANÇA DO SEGURANÇA DO TRABALHOTRABALHO

INDIVÍDUOINDIVÍDUO

COLETIVOSCOLETIVOS

RISCOSRISCOS

ORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃO

CIÊNCIAS DA VIDACIÊNCIAS DA VIDA CIÊNCIAS TÉCNICASCIÊNCIAS TÉCNICAS

CIÊNCIAS HUMANASCIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS SOCIAISCIÊNCIAS SOCIAIS

Mário Mário VidalVidal, 1998, 1998

INTERDISCIPLINARIDADEINTERDISCIPLINARIDADE

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Física Organizacional Cognitiva

Posto de Trabalho Individual

Coletivo

Normalidade

Anormalidade

MACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAC

MACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAC

MACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAM

MACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAM

MACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAM

MACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAMACROERGONOMIAC

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ANÁLISE DA ATIVIDADEANÁLISE DA ATIVIDADE

TRABALHADOR CONTEÚDO EMPRESA

Estado físico

Situação social

Qualificação

Estado atual

TAREFAS PRESCRITAS

TAREFAS REAIS

ATIVIDADESDE

TRABALHO

Objetivos

Equipamentos

Tempo

Organização de Trab

Organização da Prod

Ambiente

HOMEM SAÚDE acidentes

doenças

PRODUÇÃO qualidade

produtividade

Guerin, França

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FatoresFatores Determinantes das LER/DORTDeterminantes das LER/DORT

Os fatores de risco das LER/DORT podem ser variados e Os fatores de risco das LER/DORT podem ser variados e interdependentes, não sendo necessariamente relacionados interdependentes, não sendo necessariamente relacionados aos fatores repetitivos...aos fatores repetitivos...

É considerado repetitivo, atividades que contenham ciclos com tempoInferior a 30 segundos ou quando mais que 50% do tempo do ciclo éComposto pela mesma sequência de gestos (SILVERSTEIN, FINE e ARMSTRONG, 1987).

KILBOM (1994) separa a repetitividade por partes do corpo, de acordocom o esquema abaixo:

PARTE DO CORPO REPETIÇÕES POR MIN Ombros acima de 2½ Braço/Cotovelo acima de 10 Antebraço/Punho acima de 10 Dedos acima de 200

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Sinalizadores de Possíveis Determinantes Sinalizadores de Possíveis Determinantes

das LER/DORT - das LER/DORT - Linhas Diretivas n. º 18140/2003

REPETITIVIDADE - Trabalhos com tarefas cíclicas que exigem a execução do mesmo movimento (ou breve conjunto de movimentos) dos membros superiores, a cada poucos segundos, ou a repetição de um ciclo de movimentos por mais de 2 vezes por minuto por pelo menos 2 horas totais no turno de trabalho.

USO DA FORÇA - Trabalhos com uso repetido (pelo menos 1 vez a cada 5 min)da força das mãos por pelo menos 2 horas totais no turno de trabalho.

POSTURA INADEQUADA – Trabalhos que exigem o alcance ou a manutenção de posições extremas do ombro ou do punho por períodos de 1 hora contínua oude 2 horas totais no turno de trabalho.

IMPACTOS REPETIDOS - Trabalhos que exigem o uso da mão como ferramenta (por exemplo: usar a mão como se fosse um martelo) por mais de 10 vezes por hora por pelo menos 2 horas totais no turno de trabalho.

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Nos anos 80 já chamavam a atenção a prevalência de DORT

OSHA, 1986 – 2004 o estudo da situação real de trabalho a vigilância da saúde dos trabalhadores a formação e informação intervenção sobre o trabalho x ergonomia

No século XX surge a corrente sócio-técnica fomentando o enriquecimento das tarefas e a sua diversificação

a alternância entre os períodos e os postos de trabalho entretanto, aumentava os tempos de trabalho e

diminuía os ciclos de produção vantagem: sistema de rotação dos postos de trabalho desvantagem: a rotação não obedecia critérios

científicos e os trabalhadores “rodavam”, mas com idênticas exigências.

35

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Os abatedouros e frigoríficos comportam atividades suscetíveis de expor os trabalhadores a fatores de risco que podem causar efeitos adversos para a saúde.

LER/DORT MM SS

As atividades de trabalho determinam a exposição a fatores de risco superior às capacidades fisiológicas do trabalhador.

Aplicação de força Movimentos repetitivos/Hipersolicitação Posturas desfavoráveis Exposição a vibrações Frio Ruido

Estas situações de risco devem ser identificadas na perspectiva de gestão desses riscos

Utilizando metodologias para identificação Caderno de encargos Hierarquia/priorização de intervenção

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Trabalho automatizado onde o trabalhador não tem controle sobre suas atividades Obrigatoriedade de manter o ritmo para garantir a produção Trabalho fragmentado - onde cada um exerce uma única tarefa de forma repetitiva Trabalho hierarquizado, sob pressão permanente das chefias Jornadas prolongadas de trabalho, com horas extras Ausência de pausas durante a jornada de trabalho Trabalho realizado em locais frios, ruidosos e mal ventilados Mobiliário inadequado que obriga a adoção de posturas incorretas do corpo durante a jornada de trabalho.

(Vikari, 1997 – Finlandia, estudo epidemiológico / Ergonomics)

Na análise ergonômica de postos

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Linhas de produção – o ritmo é imposto Tarefas eminentemente manuais Aplicam força durante cortes ou manipulação de peças Posições desfavoráveis e extremas em nível do MM SS Repetitividade gestual - 18.000 movimentos / 8 horas (Romquist; Hanson,

1979 Magnusson, 1987; Cook, 1999) Exposição a vibrações Temperatura e umidade ambiental Temperatura da peça História do animal, a sua alimentação, o tipo de criação e a sua

mobilidade(ou ausência) em vida (Magnusson, 1987) Hipersusceptibilidade (sexo – idade – capacidade física) Falta de tempo para recuperação – repouso Falta de uma política efetiva de gestão de riscos (SST – Ergonomia)

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GESTÃO INTEGRADA AO RISCO DE LER/DORT

POLÍTICAS DE GESTÃO EM SST COMO VALOR AGREGADO AO PRODUTO

CRITÉRIOS DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE DOS TRABALHADORES

IDENTIFICAÇÃO - AVALIAÇÃO – REDUÇÃO DO RISCO

FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DOS TRABALHADORES

É UMA TAREFA TRANSDISCIPLINAR E DURADOURA

O QUE FAZER DIANTE DESTA DIMENSÃO O QUE FAZER DIANTE DESTA DIMENSÃO SOCIAL?SOCIAL?

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ENVOLVIMENTO CORPORATIVO

VONTADE IMPLÍCITA E EXPLÍCITA

INTERESSE E MOTIVAÇÃO

GRUPOS DE TRABALHO – UM TIME TRANSDISCIPLINAR

GESTÃO INTEGRADA AO RISCO DE LER/DORT

POLÍTICAS DE GESTÃO EM SST COMO VALOR AGREGADO AO PRODUTOCRITÉRIOS DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE DOS TRABALHADORES

IDENTIFICAÇÃO - AVALIAÇÃO – REDUÇÃO DO RISCOFORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DOS TRABALHADORES

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AVALIAR GLOBALMENTE O CENÁRIO DE SAÚDE x DOENÇA

LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA DOS SINTOMAS NOS ÚLTIMOS 12 MESES

PERSISTÊNCIA DOS SINTOMAS NA ÚLTIMA SEMANA

RASTREAR PRECOCEMENTE EVENTUAIS CASOS DE DOENÇA

ABSENTEÍSMO (susceptibilidade e eficácia no trato dos riscos ambientais)

COMPONENTE CLÍNICO: intensidade dos sintomas e o estado geral de saúde do trabalhadorCOMPONENTE DA ATIVIDADE DE TRABALHO: sintomas x fatores de riscoCOMPONENTE SÓCIO-DEMOGRÁFICO E ANTROPOMÉTRICO

OUTRAS QUESTÕES AMBIENTAIS: conforto térmico, acústico e iluminação

REABILITAÇÃO E REINSERÇÃO DO TRABALHADOR

GESTÃO INTEGRADA - LER/DORT

POLÍTICAS DE GESTÃO EM SST COMO VALOR AGREGADO AO PRODUTOCRITÉRIOS DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE DOS TRABALHADORES

IDENTIFICAÇÃO - AVALIAÇÃO – REDUÇÃO DO RISCOFORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DOS TRABALHADORES

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UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS OBSERVACIONAIS

INTENSIDADE DO ESFORÇO

DURAÇÃO DO ESFORÇO POR CICLO DE TRABALHO

NÚMERO DE ESFORÇOS POR MINUTO

POSTURAS DOS SEGMENTOS DOS MEMBROS SUPERIORES

VELOCIDADE DA EXECUÇÃO

DURAÇÃO DIÁRIA DA ATIVIDADE

TAXA DE OCUPAÇÃO

GESTÃO INTEGRADA - LER/DORT

POLÍTICAS DE GESTÃO EM SST COMO VALOR AGREGADO AO PRODUTOCRITÉRIOS DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE DOS TRABALHADORES

IDENTIFICAÇÃO - AVALIAÇÃO – REDUÇÃO DO RISCOFORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DOS TRABALHADORES

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FASE INICIAL – diagnóstico preliminar

Essencialmente descritiva – processos de trabalho, os elementos do trabalho e a compreensão do trabalho

Identificar os fatores de riscos e os seus efeitos negativos na saúde do trabalhador exposto

Não se esquecer do passado ocupacional

GESTÃO INTEGRADA - LER/DORT

POLÍTICAS DE GESTÃO EM SST COMO VALOR AGREGADO AO PRODUTOCRITÉRIOS DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE DOS TRABALHADORES

IDENTIFICAÇÃO - AVALIAÇÃO – REDUÇÃO DO RISCOFORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DOS TRABALHADORES

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PRIMEIRA ETAPA - RASTREAMENTO DO RISCO

OSHA Checklist - é muito fácil e rápido de ser preenchido, são consideradasDiversas causas de risco por sobrecarga biomecânica dos MM SS, como:• a repetitividade dos movimentos• a força• a postura• as vibrações• o microclima• alguns elementos da organização de trabalho

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SEGUNDA ETAPA

ANÁLISE FOCADAMÉTODOS INTEGRADOS DE AVALIAÇÃO DO RISCO

GESTÃO INTEGRADA - LER/DORT

POLÍTICAS DE GESTÃO EM SST COMO VALOR AGREGADO AO PRODUTOCRITÉRIOS DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE DOS TRABALHADORES

IDENTIFICAÇÃO - AVALIAÇÃO – REDUÇÃO DO RISCOFORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DOS TRABALHADORES

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SEGUNDA ETAPA – ANÁLISE FOCADAMÉTODOS INTEGRADOS DE AVALIAÇÃO DO RISCO

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Usa escala de Latho e Armstrong para a medição

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0

2 4 6 8 10

Mãos inativas pela maior parte do tempo

Longas pausas ou movimentos muito lentos

Movimentos e esforços regulares e lentos: pausas frequentes e breves

Movimentos e esforços regulares : pausas não frequentes

Movimentos e esforços continuos e rápidos: pausas não frequentes

Movimentos e esforços continuos e rápidos ou esforços contínuos, não consegue manter o ritmo

http://umrerc.engin.umich.edu/jobdatabase/RERC2/HAL/ApplyingTLV.htm>

Pode-se avaliar tarefas que durem 4 horas por turno de trabalho.Não pode empregar em mais de uma tarefa repetitivaNão se leva em conta as pausasO avaliador tem que ter conhecimento profundo em tempos e métodosÉ simples para ciclos breves

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Rapid Upper Limb Assessment

Usado como screening, avaliando o posto de trabalho em referência às posturas assumidas durante o trabalho. Este método não considera alguns determinantes do risco: organização do trabalho – pausas – ritmo imposto e não controlado de uma linha de produção.

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Índice de Moore e GargCarlos Campos

LINHA Tapeçaria BT 40 AUDITOR Carlos Campos

POSTO Pré-montagem do Encosto Traseiro DATA 06.06.08Classificação Caracterização Mult. Enc. Observações

Intensidade do esforço ( FIT )Leve Tranquilo 1.0Médio Percebe-se algum esforço 3.0Pesado Esforço nítido; sem expressão facial 6.0Muito Pesado Esforço nítido; muda a expressão facial 9.0Próx. máximo Usa tronco e membros 13.0

XDuração do Esforço ( FDE )< 10% do ciclo 0.510-29% do ciclo 1.030-49% do ciclo 1.550-79% do ciclo 2.0> 80% do ciclo 3.0

XFrequencia do Esforço ( FFE )< 4 por minuto 0.54 - 8 por minuto 1.09 - 14 por minuto 1.515-19 por minuto 2.0> 20 por minuto 3.0

XPostura da Mão-Punho ( FPMP )Muito boa Neutro 1.0Boa Próxima do neutro 1.0Razoável Não neutro 1.5Ruim Desvio nítido 2.0Muito ruim Desvio próximo do máximo 3.0

XRitmo do trabalho ( FRT )Muito lento =< 80% 1.0Lento 81-90% 1.0Razoável 91-100% 1.0Rápido 100-115% ( apertado porém acompanha ) 1.5Muito rápido > 115% ( apertado, não acompanha ) 2.0

XDuração do trabalho ( FDT ) =< 1 hora por dia 0.251-2 horas por dia 0.502-4 horas por dia 0.754-8 horas por dia 1.0 > 8 horas por dia 1.5

ÍNDICE ( FITxFDExFFExFPMPxFRTxFDT ) = 18.0

< 3.0 Baixo Risco

Interpretação 3.0 - 7.0 Duvidoso RESULTADO

> 7.0 Risco x

1.0

1.0

3.0

2.0

1.5

2.0

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OVAKO WORKING POSTURE ANALYSING SYSTEM

Posturas de corpo inteiro – força e frequênciaNão considera os aspectos ligados à organização do trabalho e os fatores considerados como complementares.É muito útil para re-progetação de postos de trabalho

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MÉTODO OCRA

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Conjunto de operações ou fases de trabalho necessárias para completar um subconjunto que será passado para a fase seguinte de trabalho.

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ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DAS AÇÕES

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Duração de tarefas não repetitivas (limpeza, abastecimentos, etc., não cíclicos.

Duração de pausas e de outras interrupções de atividades Minutos acumulados no início ou no fim do turno, aumento do

tempo da pausa para refeição Duração total dos tempos passivos quando considerados como

tempos de recuperação Tarefas com conteúdo prevalente de controle visual com as

características dos tempos de recuperação

Tempo real de trabalho repetitivo Tempo real do Ciclo (seg.): Tempo Real de Trabalho Repetitivo/N.º de

Ciclos (por cada trabalhador)

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Duas tarefas: A (soldagem de peça) e B (executar furação).Trabalho realizado em 2 turnos de 480 min.: refeição 30 min., fator de repouso 8% que é igual a 38 min. (3 pausas= 2 de 15 min., e uma de 8 min)

Duração do turno----------------------------------------- 480 min. Duração dos trabalhos não repetitivos----------- 120 min. Duração de pausas-------------------------------------- 38 min. DURAÇÃO LÍQUIDA DO TEMPO COM TAREFAS REPETITIVAS--- 322

min. Tarefa A (1500 peças): 226 min. Tarefa B (964 peças) : 96 min.

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Tarefas repetitivas

Duração real

/min.n. Peças

turnoFórmula Tempo Real

de Ciclo (seg.)

Tarefa A 226 1500 226x60/1500 9

Tarefa B 96 964 96x60/964 6

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OS TRABALHADORES SEMPRE TÊM INSUFICIENTES INFORMAÇÕES

NEM SEMPRE SÃO INFORMADOS SOBRE OS RISCOS

OS TRABALHADORES NEM SEMPRE SÃO FORMADOS PARA PREVENIR

GESTÃO INTEGRADA - LER/DORT

POLÍTICAS DE GESTÃO EM SST COMO VALOR AGREGADO AO PRODUTOCRITÉRIOS DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE DOS TRABALHADORES

IDENTIFICAÇÃO - AVALIAÇÃO – REDUÇÃO DO RISCOFORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DOS TRABALHADORES

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ATENÇÃO PRIORITÁRIA DO GOVERNO SOBRE AS DOENÇAS DO TRABALHO

ACESSO À REDE PÚBLICA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

GESTÃO DOS CUSTOS COM OS TRATAMENTOS

MELHORAR O OLHAR DA SOCIEDADE PARA O PROBLEMA

GESTÃO INTEGRADA - LER/DORT

POLÍTICAS DE GESTÃO EM SST COMO VALOR AGREGADO AO PRODUTOCRITÉRIOS DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE DOS TRABALHADORES

IDENTIFICAÇÃO - AVALIAÇÃO – REDUÇÃO DO RISCOFORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DOS TRABALHADORES

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