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Perfil Técnico Rev. 05 - Nov/11 Compósito para Dentes Anteriores e Posteriores NANOPARTÍCULAS

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  • Perfil TcnicoRev. 05 - Nov/11

    Compsito para DentesAnteriores e Posteriores

    NANOPARTCULAS

  • NDICE

    1. Apresentao

    2. Composio Bsica

    3. Principais Caractersticas

    4. Apresentaes do Produto

    5. Propriedades Fsico-Qumicas e Mecnicas

    5.1 Estabilidade de Cor

    5.2 Brilho

    5.3 Estabilidade Reolgica

    5.4 Grau de Converso

    5.5 Resistncia Flexural Limite aps Fadiga

    5.6 Desgaste

    5.6.1 Rugosidade Superficial aps Escovao Simulada

    5.6.2 Desgaste e Rugosidade aps Escovao Simulada

    5.7 Distribuio do Tamanho de Partculas

    5.8 Resistncia Compresso

    5.9 Resistncia Compresso Diametral

    5.10 Dureza Knoop

    5.11 Mdulo de Elasticidade

    5.12 Resistncia Flexo

    5.13 Contrao de Polimerizao

    5.14 Resistncia Adesiva Dentina

    5.15 Sensibilidade Luz

    5.16 Grau de Translucidez

    5.17 Testes Toxicolgicos

    6. Sistema de Cores Opallis

    6.1 Cores de Efeito

    6.1.1 Translcidas

    6.1.2 Valor

    6.1.3 Cores Extra-Opacas

    6.1.4 Cores Bleach

    7. Projetos de Pesquisa Concludos

    Projeto 1: Estudo da Fluorescncia de Resinas Compostas

    Projeto 2: Percepo Visual da Diferena de Cor entre Diversas Resinas Compostas e Escala Vita Classical

    Projeto 3: Avaliao Laboratorial da Resistncia Adesiva de duas Resinas Compostas Restauradoras Dentina, Mediada por Diferentes Sistemas Adesivos

    Projeto 4: Avaliao de 1 Ano de Desempenho Clnico da Resina Composta Opallis: Restauraes Classe II e V.

    Projeto 5: Avaliao Comparativa das Propriedades Fsicas-Mecnicas de Diferentes Resinas Compostas.

    Projeto 6: Avaliao da Resistncia ao Desgaste Abrasivo de Resinas Compostas Universais.

    Projeto 7: Percepo de Cor de Resinas Compostas em Relao Escala Vita.

    Projeto 8: Influncia do Momento do Acabamento no Selamento Marginal de Restauraes Diretas.

    8. Instrues de Uso

    8.1 Seleo de Cor

    8.1.1 Mtodos para a Escolha de Cor

    8.2 Aplicao do Produto

    8.3 Precaues e Contra-Indicaes

    8.4 Efeitos Colaterais

    8.5 Conservao e Armazenamento

    8.6 Advertncias

    9. Referncias de Suporte

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    1. Apresentao

    Opallis uma resina composta microhbrida indicada para restaurao direta de dentes anteriores e posteriores. O compsito dispe de quatro nveis distintos de translucidez - esmalte, esmalte de efeito (extra-opacas e translcidas), dentina e valor distribudos em trinta e cinco cores, sendo que as cores de esmalte e dentina seguem a escala Vita. Opallis tambm oferece cores especficas para dentes clareados. Fatores estticos indispensveis como fluorescncia, opalescncia e polimento diferenciado tambm so oferecidos por Opallis que, aliados ao alto desempenho mecnico, possibilitam a criao de restauraes de excelncia.

    A nova Opallis foi desenvolvida para aprimorar caractersticas clnicas extremamente importantes. Nesta nova apresentao, o poder de brilho e polimento so levados a um nvel superior. A consistncia (reologia) da resina tambm foi renovada e agora se apresenta mais macia, de fcil e agradvel manipulao e excelente capacidade de escultura.

    As propriedades de brilho e polimento foram desenvolvidas a partir do cuidadoso ajuste da distribuio das partculas de carga da Opallis nas cores de esmalte e efeito. Esse ajuste possibilita resultados superiores em restauraes estticas, com valores de brilho significativamente elevados.

    A implantao de um inovador e eficiente processo de silanizao das partculas das cargas da Opallis trouxe como benefcio maior disperso e maior interao entre carga e monmeros, levando a uma consistncia mais macia e maior estabilidade reolgica, sem perder as caractersticas de excelente manuseio e escultura.

    Toda esta tecnologia atestada por um padro elevado de controle de qualidade, dos quais participam equipamentos sofisticados como remetros, analisadores trmicos, espectrofotmetros, microdurmetros, entre outros. Tudo isto para que voc possa oferecer o que h de melhor aos seus pacientes: Opallis.

    2. Composio Bsica

    Ingredientes ativos: monmeros de Bis-GMA (Bis-Fenol A di-Glicidil Metacrilato), BisEMA(Bis-Fenol A di-Glicidil Metacrilato etoxilado), TEGDMA (Trietileno glicol dimetacrilato), UDMA (Uretano dimetacrilato), canforquinona, co-iniciador e silano. Ingredientes inativos: vidro de brio-alumino silicato silanizado, pigmentos e slicas.

    Opallis tem partculas de carga de dimenses entre 40nm a 3,0 microns para as cores de dentina, e para cores de esmalte e efeito a faixa dimensional de 40nm a 2,0 microns. O tamanho mdio de partculas de 0,5 microns, o contedo total de carga em peso de 78,5 a 79,8% e volume 57,0 a 58,0% de carga inorgnica. A distribuio do tamanho das partculas permite um preenchimento adequado da resina contribuindo para sua elevada resistncia mecnica e ao desgaste, caractersticas necessrias para restauraes em dentes posteriores, e o reduzido tamanho mdio das partculas traz facilidade de polimento gerando uma restaurao com superfcie lisa e de alto brilho.

    3. Principais Caractersticas

    l

    l Variedade de cores que permite concluir com sucesso casos clnicos simples e complexos.l As cores de esmalte e dentina seguem a escala Vita Classical com fidelidade.l Fcil identificao das cores atravs das letras E (esmalte), D (dentina), T (translcidas),

    O (extra-opacas).l Cores especficas para dentes clareados (E-Bleach L, E-Bleach H, E-Bleach M, D-Bleach).

    Elevado nvel de brilho e polimento nas cores de esmalte e efeito.

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    l

    T-Neutral, VH, VM, VL).l Suas propriedades mecnicas atendem requisitos de restauraes em dentes anteriores e

    posteriores.l Excelente radiopacidade.l Opalescncia idntica dos dentes naturais.l Fluorescncia balanceada com a estrutura dental.l Elevado grau de converso.l Reduzido desgaste e rugosidade superficial contribuindo na manuteno do brilho e

    longevidade da restaurao.l Embalagem ergonmica, com tampa acoplada ao corpo da seringa.l Cores especiais so comercializadas em menor quantidade (2g), seguindo a freqncia de

    consumo.

    4. Apresentaes do Produto

    Clinical Kit - 15 seringas EA1, EA2, EA3, EB2, DA1, DA2, DA3, DB2, D-Bleach, T-Blue, T-Neutral, T-Yellow, E-Bleach H, Opaque Pearl e VH.

    Kit Bsico - 6 seringasEA2, EA3, EA3.5, DA2, DA3 e T-Neutral

    RefilSeringa com 4 g para cores de maior uso e 2 g para cores especiais, conforme descrito no quadro a seguir:

    Cores com elevada translucidez para restauraes estticas (T-Yellow, T-Blue, T-Orange,

    *densidade de potncia recomendada de 400 mW/cm.

    QuantidadeTempo de

    polimerizao*CoresCategoria

    Dentina

    DA2DA3DA3,5DA4DB1DB2DB3DC2DC3D-Bleach

    DA1 40 s40 s40 s40 s40 s40 s40 s40 s40 s40 s40 s

    4 g4 g4 g4 g2 g4 g4 g2 g2 g2 g2 g

    43,0 - 46,0

    53,0 - 56,0

    20 s20 s20 s20 s40 s20 s20 s40 s40 s40 s20 s20 s20 s

    4 g4 g4 g4 g2 g4 g4 g2 g2 g2 g2 g2 g2 g

    EA2EA3EA3,5EA4EB1EB2EB3EC2EC3E-Bleach HE-Bleach ME-Bleach L

    EA1

    TranslucidosT-BlueT-YellowT-OrangeT-NeutralExtra OpacosOpaque Pearl (OP)Opaque White (OW)B0,5A0,5

    20 s20 s20 s20 s

    60 s60 s60 s60 s

    2 g2 g2 g2 g

    2 g2 g2 g2 g

    78,578,578,566,0

    35,035,035,035,0

    VH (high)VM (medium)VL (low)

    20 s20 s20 s

    2 g2 g2 g

    70,0

    Esmalte

    Esmalte efeito

    Valor

    Translucidez (%)

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    5. Propriedades Fsico-Qumicas e Mecnicas

    5.1 Estabilidade de Cor

    Para que uma restaurao tenha sucesso clnico, indispensvel que a tcnica restauradora aplicada seja adequada, respeitando todos os preceitos de utilizao de uma resina composta. No entanto, grande parcela de responsabilidade pelo xito no processo pertinente ao prprio material, e pode-se considerar que um dos fatores que mais leva troca de restauraes por insucesso ou insatisfao consiste na alterao de cor pela resina composta. Deste modo, imprescindvel que o compsito apresente estabilidade de cor, uma caracterstica que pode, inclusive, ser avaliada in vitro por aparelhos especficos.No ensaio a seguir, corpos de prova em resina composta foram preparados seguindo o tempo de fotopolimerizao recomendado pelos fabricantes. Os corpos de prova foram armazenados em gua deionizada por 24h para realizao da leitura de cor imediata usando um espectrofotmetro X-Rite SP62, na escala CIE L*a*b. Aps quatro semanas as leituras foram repetidas e os dados tabulados e avaliados estatisticamente.

    Os dados de estabilidade de cor revelam que estatisticamente grande parte dos grupos testados, incluindo Opallis, mantiveram sua cor estvel. Observou-se diferena estatstica para os grupos das resinas Concorrente A, Concorrente B e Concorrente C.

    5.2 Brilho

    O brilho de uma superfcie uma propriedade tica baseada na interao da luz com a superfcie do material. O brilho que observamos est associado com a capacidade de superfcies refletirem a luz incidente na direo especular. Quanto mais radiao for refletida na mesma direo, maior ser o brilho que percebemos. Vrios fatores afetam o brilho como, por exemplo, o ndice de refrao do material, o ngulo da luz incidente e a topografia da superfcie, ou seja, a lisura da superfcie.Sabemos que a lisura da superfcie de uma resina composta fundamental para substituir com perfeio a estrutura dental perdida. Por esta razo, investigamos intensamente a relao entre o tamanho das partculas de carga das resinas compostas e seu efeito no polimento e consequentemente, brilho final.Atravs desta pesquisa chegamos a um resultado de excelncia para Opallis, como pode ser visto no grfico abaixo.A seguir apresentado um ensaio onde corpos de prova em resina composta indicadas para esmalte foram preparados em molde especfico, seguindo o tempo de polimerizao indicado por cada fabricante. Aps 24h, os corpos de prova foram submetidos ao polimento seguindo critrios estabelecidos na norma ASTM D-523, empregando lixa dgua 600. Este procedimento

    Figura 1: Variao de cor de compsitos envelhecidos

    oem gua deionizada a 37 C por quatro semanas.

    Fonte: FGM Produtos Odontolgicos Ltda. (Letras diferentes indicam diferena estatstica (p

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    de polimento possibilita observar a capacidade intrnseca de cada resina composta em alcanar brilho. Logicamente, o emprego de materiais de polimento de baixa granulometria (como a pasta Diamond Excel - FGM) conferem brilho a diferentes compsitos, independentemente da distribuio granulomtrica das partculas de carga do compsito. No entanto, neste estudo tivemos como objetivo desafiar cada compsito sem a contribuio do material de polimento empregado.

    Os resultados apresentados na figura acima mostram que Opallis (FGM) e Concorrente I apresentam o maior valor mdio de brilho, sendo estatisticamente semelhantes ao Concorrente F e Concorrente H. O fato de a resina atingir um alto valor de brilho/lisura sem necessidade de polimento com discos de feltro e pastas indica uma condio favorvel principalmente em restauraes proximais, onde no se tem um acesso ideal para realizar o polimento. Estando esta superfcie mais lisa apenas com o acabamento por tiras de lixa, as condies clnicas da restaurao so diretamente beneficiadas e a longevidade da mesma favorecida.

    5.3 Estabilidade Reolgica

    A consistncia de um compsito fundamental para sua adequada manipulao na cavidade bucal. Devido importncia clnica deste quesito buscamos um equilbrio perfeito entre as substncias responsveis por esta caracterstica em Opallis (FGM), atentando especialmente para a estabilidade da consistncia (reologia) do produto com o passar do tempo e para a facilidade de manipulao, sem aderir indevidamente esptula ou puxar fio.Para alcanar este nvel de conhecimento e rigor na reprodutibilidade entre lotes, foram desenvolvidos mtodos diferenciados para quantificar a consistncia. Atualmente, o remetro empregado para realizar estas leituras tem sensibilidade superior ao que possvel ser detectado em anlise de avaliadores cirurgies dentistas calibrados.O grfico abaixo mostra a padronizao e reprodutibilidade da consistncia de diferentes lotes da resina Opallis (FGM) cor EA2 e EA3 avaliados por um remetro da marca TA-2000 da TA Instruments.

    Concorrente L

    Concorrente C

    Concorrente H

    Concorrente F

    Concorrente I

    Opallis(FGM)

    Figura 2: Brilho alcanado por diferentes resinas compostas submetidas ao polimento com lixa dgua 600, segundo norma ASTM D-523.

    Fonte: FGM Produtos Odontolgicos Ltda. (Letras diferentes indicam diferena estatstica (p

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    5.4 Grau de Converso

    O grau de converso reflete a quantidade de monmeros que se convertem em polmero aps o processo de polimerizao. Um elevado grau de converso contribui para o aumento das propriedades mecnicas de um compsito, reduo da absoro de gua e maior estabilidade de cor da restaurao final.Os monmeros residuais, ou seja, aqueles que no foram convertidos em polmeros, so responsveis por vrios problemas, como diminuio das propriedades mecnicas e efeitos txicos para as clulas pulpares.Muitos fatores interferem na qualidade da fotopolimerizao e, conseqentemente, no grau de converso, como por exemplo: a reduo da densidade de potncia do fotopolimerizador conforme o uso continuado, tempo de polimerizao reduzido e caractersticas inerentes qumica dos monmeros da resina.Portanto, o grau de converso pode impactar no desempenho clnico, podendo alterar propriedades fsicas, qumicas, biolgicas e estticas das resinas compostas, e sendo assim consiste em um dado importante para a resina composta.A figura 5 apresenta o resultado de um ensaio realizado na Universidade de Erlangen (Alemanha), onde trs resinas compostas (Opallis FGM, Tetric EvoCeram Ivoclar Vivadent e Filtek Supreme XT 3M ESPE) foram submetidas a ensaio para revelar seu grau de converso. De cada resina foram feitos espcimes em forma de disco (6mm de dimetro e 2.5mm de espessura) e a fotoativao foi realizada utilizando um aparelho de luz halgena de quartzo (800

    2mW/cm ) de acordo com o tempo indicado por cada fabricante. As amostras foram analisadas no topo (face que entrou em contato mais prximo com a ponteira do fotopolimerizador) e na base da amostra.

    Figura 4: Excelente consistncia: facilidade de escultura.

    O exigente controle de qualidade traz, portanto, a reprodutibilidade da viscosidade de cada resina, a cada novo lote. Esta caracterstica sinnimo de maior confiana no produto por parte do profissional.

    EA2

    EA3

    Figura 3: Consistncia de diferentes lotes da resina Opallis indicando a reprodutibilidade da consistncia. Regio azul indica fa ixa de cons is tnc ia no perceb ida por ava l iadores calibrados.

    Fonte: FGM Produtos Odontolgicos Ltda.

    Faixa de

    variao abaixo da

    sensibilidade humana

    Lotes de Opallis

  • Da anlise dos resultados, percebe-se que o topo (face superior das amostras) teve maior grau de converso, e que Opallis mostra resultados estatisticamente semelhantes s concorrentes.

    5.5 Resistncia Flexural Limite aps Fadiga

    Para avaliao da resistncia flexural limite aps fadiga de Opallis, foi utilizado o teste de flexo em 4 pontos. As amostras foram confeccionadas de acordo com a norma ISO 4049 e submetidas inicialmente a um carregamento de 50% da carga suportada no ensaio de flexo em 4 pontos. De acordo com o comportamento da amostra em ciclagem (aps 10 mil ciclos), o nvel de estresse para a segunda amostra se elevava em incrementos constantes, conforme o mtodo da escada (staircase-method).No grfico a seguir so apresentados os resultados de flexo em 4 pontos, inicial e aps fadiga. O fato de testar o material aps fadiga de grande relevncia, pois traduz o que ocorre com a funo mastigatria.

    Um resultado que prov anlise clara do comportamento mecnico do compsito apresentado na seqncia, e revela a percentagem de reduo da resistncia flexural antes e aps a ciclagem das amostras.

    06

    Figura 6: Resistncia flexural ao ensaio de 4 pontos: inicial e aps fadiga.

    Fonte: Dr. Ulrich Lohbauer e cols Universidade de Erlangen Alemanha (Letras diferentes indicam diferena estatstica (p

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    Os resultados mostram que Opallis (FGM) apresentou menor perda percentual de resistncia flexo do que resinas como Filtek Supreme XT (3M ESPE) e Venus (Heraeus Kulzer), indicando maior estabilidade da resistncia flexural aps ciclagem.

    5.6 Desgaste

    O desgaste da resina composta envolve diferentes processos encontrados na cavidade bucal, sendo de diferentes origens como abraso, atrito e eroso (Mondelli, 1995). A abraso um dos fatores de desgaste, correspondendo a um processo no qual o material progressivamente removido da superfcie de um slido por ao de um material abrasivo. Dessa forma, as resinas podem sofrer desgaste pela ao de escovao, contatos dentrios e atrito de mastigao de elementos abrasivos (Martinez, 2004). O desgaste da resina composta Opallis e de vrias marcas comerciais foi avaliado por escovao e mastigao simulada atravs do ensaio de desgaste de trs corpos.

    5.6.1 Rugosidade Superficial aps Escovao Simulada

    Neste ensaio, a resina composta (primeiro corpo) sofre abraso por um dentifrcio (segundo corpo) e uma escova dental com cerdas macias (terceiro corpo) durante 100.000 ciclos de escovao. A rugosidade da superfcie da resina composta foi determinada antes e aps os ciclos de escovao com um rugosmetro. A diferena de rugosidade antes e aps o teste de desgaste apresentada na Figura 8. Os resultados obtidos indicam que a resina Opallis (FGM) tem um nvel de desgaste semelhante s resinas Esthet X (Dentsply) e Filtek Supreme (3M ESPE). As demais marcas de resinas compostas apresentaram maior diferena de rugosidade em relao a este grupo. O resultado alcanado pela resina Opallis deve-se principalmente ao ajuste do tamanho das partculas que compe a resina e da forte unio qumica entre polmero e carga, impedindo o desprendimento das partculas da superfcie da resina.

    Figura 7: Diferena percentual entre resistncia flexural em 4 pontos antes e aps ensaio de fadiga.

    Fonte: Dr. Ulrich Lohbauer e cols Universidade de Erlangen Alemanha

    Venu

    s

    (Hera

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    me XT

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    (FGM)

    Tetric

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    lar Vi

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    nt)

  • 08

    5.6.2 Desgaste e Rugosidade aps Ensaio de Mastigao Simulada

    O objetivo deste estudo foi avaliar o desgaste e a rugosidade superficial de vrias resinas compostas aps ensaio de mastigao simulada. Neste ensaio, os corpos de prova das resinas foram previamente polidos e submetidos a 400.000 ciclos mastigatrios num equipamento de ciclagem mecnica da Universidade de So Paulo, Faculdade de Odontologia. Foram utilizados fragmentos de esmalte bovino nos ensaios de mastigao simulada. Aps a ciclagem mecnica os corpos de prova foram analisados num rugosmetro (Mitutoyo Surftest 211) e o desgaste sofrido foi analisado em comparao com a escala M-L (Lugassy eMoffa, 1985). As Figuras 9 e 10 mostram os resultados de rugosidade (Rz e Ra) e desgaste antes e aps os corpos de prova serem submetidos ao ensaio de mastigao simulada.

    Figura 8: Diferena de rugosidade da resina composta Opallis e de marcas comerc ia is aps teste de desgaste.

    Cortesia: Dr. Baratieri e col. (2005) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

    Opall

    is

    (FGM)

    Filtek

    Supre

    me

    (3M ES

    PE)

    Filtek

    Z250

    (3M ES

    PE)

    Filtek

    Z100

    (3M ES

    PE)

    Esthe

    t X

    (Den

    tsply)

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    )Fil

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    dent)

    Chari

    sma

    (Hera

    eus K

    ulzer)

    Tetric

    Cera

    m

    (Ivoc

    lar Vi

    vade

    nt)

    F igura 9a -b : Rugos idade superficial mxima (Rz) e mdia (Ra) de resinas compostas submetidas a 400.000 ciclos mastigatrios. A resina Opallis ap resen tou um exce len te resultado comparado ao grupo de estudo. No houve diferena estatstica entre os grupos.

    Cortesia Dr. Carlos Francci e col. (2005) da Universidade de So Paulo Faculdade de Odontologia.

    Chari

    sma

    (Hera

    eus K

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    Point

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    (Kerr

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    Point

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    Figura 9b.a

    A

    A

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    A

    a a a a

    a

  • 09

    Figura 10: Desgaste sofrido por resinas compostas submetidas a 400.000 ciclos mastigatrios. A resina Opallis apresentou um excelente resultado comparado ao grupo de estudo.

    Cortesia Dr. Carlos Francci e col. (2005) da Universidade de So Paulo Faculdade de Odontologia.

    Chari

    sma

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    Opall

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    Z250

    (3M ES

    PE)

    Figura 11: Tamanho mdio de partculas de vrias resinas.

    Cortesia Dr. Carlos Francci e col. (2005) da Universidade de So Paulo Faculdade de Odontologia.

    Charisma(Heraeus Kulzer)

    Opallis(FGM)

    Point 4(Kerr)

    Tetric Ceram(Ivoclar Vivadent)

    TPH Spectrum(Dentsply)

    Filtek Z250(3M ESPE)

    O excelente resultado alcanado pela resina Opallis (FGM) nos ensaios de desgaste por mastigao simulada deve-se principalmente a distribuio do tamanho das partculas, ao tamanho mdio das partculas que compe a resina e ao tratamento de silanizao da superfcie das cargas. O processo de silanizao desenvolvido pela FGM permite uma forte ancoragem das partculas de carga na matriz monomrica, resultando em um compsito com reduzido desgaste e elevadas propriedades mecnicas.

    5.7 Distribuio de Tamanho de Partculas

    O tamanho mdio das partculas de vrias resinas foi determinado atravs de medidas de espalhamento de luz laser de baixo ngulo (LALLS) num aparelho Malvern, modelo Mastersizer S long bed. As amostras de resinas foram dispersas em acetona, para separar as cargas da parte monomrica, gerando uma suspenso que foi utilizada nas anlises.A Figura 11 mostra que a resina Opallis apresenta partculas de tamanho mdio bastante reduzido, justificando o seu excelente desempenho nos testes de desgaste.

    5.8 Resistncia Compresso

    A resistncia compresso um dos parmetros mais importantes na avaliao fsica de uma resina devido a sua correlao com as foras mastigatrias. A resina Opallis foi submetida ao teste de resistncia compresso em comparao com outras resinas comerciais. Os testes foram desenvolvidos segundo procedimento experimental descrito por Craig e Power (2004) e Phillips e Anusavice (1998). A Figura 12 apresenta a resistncia compresso de vrias resinas compostas. A resina Opallis apresentou comportamento estatisticamente semelhante resina Charisma e significativamente superior s marcas Tetric Ceram, Filtek Supreme e Esthet X.

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    5.9 Resistncia Compresso Diametral

    O teste de resistncia compresso diametral realizado de forma semelhante ao teste de compresso, porm a fora aplicada nas laterais de corpo de prova at o momento da fratura. A Figura 13 mostra os resultados de resistncia compresso diametral de vrias marcas comerciais. Os testes foram desenvolvidos segundo procedimento experimental descrito por Craig e Power (2004) e Phillips e Anusavice (1998). Verifica-se que a resina Opallis apresenta valores estatisticamente superiores s resinas Tetric Ceram, Filtek Supreme e Charisma.

    5.10 Dureza Knoop

    A Figura 14 apresenta os valores de dureza Knoop da resina Opallis (FGM) e de outras resinas comerciais, conforme mtodo experimental descrito por Barros e col. (2004). A resina Opallis no apresentou diferena estatstica em relao s resinas Tetric Ceram e Esthet X, e foi superior a resina Charisma.

    Figura 13: Resistncia compresso diametral. Cortesia Dr. Luiz Narciso Baratieri e col. (2005) da Universidade Federal de Santa Catarina.

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    Figura 12: Resistncia compresso.

    Cortesia Dr. Luiz Narciso Baratieri e col. (2005) da Universidade Federal de Santa Catarina.

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    Figura 16: Resistncia flexo.

    Cortesia Dr. Luiz Narciso Baratieri e col. (2005) da Universidade Federal de Santa Catarina. Conforme especificaes da ADA n 27.

    5.11 Mdulo de Elasticidade

    O mdulo de elasticidade representa a capacidade do material em deformar-se. Um baixo valor de mdulo de elasticidade indica um material mais flexvel. O esforo gerado pelas foras mastigatrias pode deformar o material restaurador, dependendo do mdulo de elasticidade, e causar distores da resina nas margens. A resina Opallis (FGM) apresentou mdulo de elasticidade estatisticamente superior s resinas Tetric Ceram, Esthet-X e Charisma. A resina Filtek Supreme apresenta mdulo de elasticidade prximo resina Opallis.

    5.12 Resistncia Flexo

    Como est mostrando na Figura 16, a resina Opallis apresenta resistncia flexo estatisticamente semelhante s resinas Tetric Ceram e Filtek Supreme e superior s resinas Esthet X e Charisma.

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    Figura 14: Dureza Knoop.

    Cortesia Dr. Luiz Narciso Baratieri e col. (2005) da Universidade Federal de Santa Catarina.

    Figura 15: A resina Opallis a p r e s e n t a m d u l o d e elasticidade estatisticamente superior s resinas Tethic Ceram, Esthetic X e Charisma. A resina Filtek Supreme apresenta mdulo de elasticidade prxima resina Opallis.

    Cortesia Dr. Luiz Narciso Baratieri e col. (2005) da Universidade Federal de Santa Catarina. Conforme especificaes da ADA n 27.

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    Charisma(Heraeus Kulzer)

    Opallis(FGM)

    Esthet X(Dentsply)

    Tetric Ceram(Ivoclar Vivadent)

    Filtek Supreme(3M ESPE)

    5.13 Contrao de Polimerizao

    Quando monmeros reagem para formar ligaes covalentes, ocorre uma diminuio das distncias inter-moleculares e uma diminuio do volume livre, gerando a contrao de polimerizao volumtrica (Braga e col. (2005); Truffier-Boutry e col. (2005);Dewaele e col (2005).A contrao de polimerizao volumtrica de vrias resinas foi determinada pelo aparelho Accuvol, que consiste na captura de imagens da resina no perodo de contrao e, atravs do software, feita a converso das imagens em porcentagem de contrao de polimerizao volumtrica (Choi e col. (2003); Sharp e col (2002). Todas as resinas testadas estabilizaram sua contrao de polimerizao aps 10 minutos da fotopolimerizao. Como a Figura 17 est mostrando, a resina Opallis apresenta valores de contrao volumtrica intermedirios s resinas Esthet X e Tetric Ceram e contrao estatisticamente superior resina Charisma.

    5.14 Resistncia Adesiva Dentina

    Estudos de resistncia adesiva sobre dentina foram realizados na Faculdade de Odontologia de Bauru, USP, sob orientao do Prof. Dr. Ricardo M. Carvalho. Neste estudo, utilizou-se diferentes adesivos e as resinas compostas Opallis (FGM) e Tetric Ceram. A Figura 18 mostra os resultados obtidos e indicam a compatibilidade de uso destes sistemas de resina-adesivo.

    5.15 Sensibilidade Luz

    A arte de recriar com perfeio a parte perdida de um dente exige que a resina composta oferea ao dentista as cores e efeitos necessrios para alcanar este objetivo. Alm disso, arte exige tempo, uma restaurao esteticamente imperceptvel deve ser realizada sem a luz do refletor do

    Figura 17: Contrao de polimerizao volumtrica da resina Opallis (FGM) e de resinas compostas comerciais. Resultados obtidos aps 10 minutos de polimerizao atravs de captura de imagem no aparelho Accuvol.

    Cortesia Dr. Luiz Narciso Baratieri e col. (2005) da Universidade Federal de Santa Catarina.

    Figura 18: Resistncia adesiva entre diferentes adesivos, dentina e resinas compostas.

    Cortesia Dr. Ricardo Marins Carvalho da Universidade de So Paulo.

  • 13

    equipamento do dentista, a qual contm no seu espectro de luz a componente azul, que contribui para iniciar a polimerizao da resina composta, dificultando a finalizao da restaurao. Por esta razo, a sensibilidade luz da resina Opallis (FGM) foi otimizada para permitir que o profissional tenha condies de finalizar seu trabalho com riqueza de detalhes. A Figura 19 compara o tempo de trabalho de vrias marcas comerciais, segundo norma ISO 4049. Observa-se que a resina Opallis (FGM) apresenta o maior tempo de trabalho em relao s demais marcas testadas, quando mantida sob a luz do refletor do equipamento.

    5.16 Grau de Translucidez

    Devido aos diferentes graus de translucidez da dentina e esmalte, necessrio que o material restaurador tambm apresente opes de translucidez, permitindo ao dentista recriar os efeitos de cor e profundidade do dente natural. As cores da resina Opallis (FGM) apresentam quatro nveis de translucidez que, utilizados de forma adequada, fornecem as ferramentas para o dentista recriar com riqueza de detalhes a parte do dente. As cores de efeito para esmalte apresentam elevada translucidez, dando o efeito de profundidade ao dente. Essa caracterstica deve-se capacidade destas resinas em transmitir a luz e difundir as cores das camadas internas de esmalte pigmentado e da dentina opaca.A resina Opallis (FGM) oferece quatro cores de efeito extra opacas para situaes onde necessrio bloquear totalmente a passagem de luz: Opaque White, Opaque Pearl, A0.5 e B0.5. A imagem a seguir ilustra os quatro graus de translucidez das resinas Opallis. Percebe-se que a fita preta mais visvel atravs das resinas de efeito, seguida das resinas de esmalte, dentina e extra-opacas. Sendo que as cores extraopacas tem a capacidade de mascarar dentes escurecidos devido sua elevada opacidade empregando finas camadas do material. A Tabela a seguir mostra os diferentes nveis de translucidez das cores da resina Opallis.

    Tabela1: Diferentes nveis de translucidez das cores da resina Opallis.

    Figura 19: Tempo de trabalho de vrias marcas comerciais de cor A2 esmalte sob luz do refletor (8000 Lux).

    Fonte: FGM Produtos Odontolgicos Ltda, seguindo norma ISO 4049.

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  • 14

    A escala de translucidez varia de 0 a 100%, onde materiais totalmente opacos apresentam translucidez zero e materiais que permitem a passagem total da luz - transparentes - apresentam translucidez de 100%. Materiais com porcentagens intermedirias so chamados de translcidos. A translucidez das resinas compostas dependente da espessura. Os valores apresentados na tabela acima e a anlise comparativa da Figura 20 foram obtidos com espessuras constantes dos corpos de prova, permitindo a comparao entre as diferentes marcas comerciais analisadas. Os valores de translucidez foram obtidos atravs de medidas num espectrofotmetro. O controle eletrnico das cores e translucidez de Opallis (FGM) permite excelente padronizao e reprodutibilidade entre cada lote produzido.

    5.17 Testes Toxicolgicos

    Com o objetivo de avaliar a citotoxicidade da resina Opallis (FGM), corpos de prova da resina foram preparados e fotopolimerizados conforme especificao e analisados quanto a citotoxicidade frente a clulas do tecido conjuntivode camundongos (ATCC CCl-1), segundo norma da ASTM F895-84, ISO 10993.5:1992 e US Pharmacopia XXVIII, 2005. Tambm foram realizados testes de toxicidade aguda (oral e cutnea) e genotoxicidade. Em todos os testes, o compsito Opallis foi aprovado.

    6. Sistema de Cores Opallis

    As cores para esmalte e dentina da resina Opallis (FGM) seguem com fidelidade a escala VITA Clssica. Todas as cores foram cuidadosamente ajustadas e so rigorosamente controladas a cada lote, garantindo a qualidade do produto final.Para alcanar este nvel de qualidade no ajuste das cores, controle e reprodutibilidade dos lotes de resina e estabilidade da cor aps a polimerizao, foi realizado um extenso estudo no qual a cor de cada resina foi determinada utilizando-se um espectrofotmetro, cujos dados so convertidos para a escala CIE L*, a* e b*. A Figura 21 ilustra o sistema de coordenadas da escala CIE L*, a* e b*.

    Figura 21: Sistema de coordenadas CIE L* a* e b*. Onde L* descreve a luminosidade ou valor da cor, a* denota as cores vermelho/verde e b* denota as cores amarelo/azul.

    Figura 20: Anlise comparativa de translucidez de vrias marcas de resina composta para efeito, esmalte e dentina.

    Fonte: FGM Produtos Odontolgicos Ltda.

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  • 15

    Utilizando a escala CIE L* a* e b* foi possvel ajustar as cores da resina Opallis (FGM) de forma consistente e coerente. A leitura da cor e converso dos dados na escala CIE L* a* e b* permitiu quantificar os componentes de cores da resina composta. Conforme pode ser observado na Figura 22 h um aumento gradual dos componentes vermelho e amarelo ao longo da escala de cores das resinas para esmalte e dentina.

    As massas de esmalte e dentina esto disponveis em uma ampla variedade de cores. Todavia, combinaes adequadas de massas de cores de diferentes nveis de translucidez so possveis para todas as situaes clnicas.

    6.1 Cores de Efeito

    6.1.1 Translcidas

    A cor T-Blue foi desenvolvida com uma qualidade sutilmente azulada tal qual o esmalte do tero incisal de dentes jovens. A cor T-Orange contribui na caracterizao alaranjada da ponta dos mamelos. A cor T-Yellow apresenta-se com elevada translucidez, sem pigmentos, dando profundidade restaurao, pode ser empregada como ltima camada sem alterar as cores de resinas das demais camadas da restaurao. A cor T-Neutral, por sua vez, assemelha-se s cores incisais bem conhecidas no mercado, apresenta-se com translucidez mediana e muito empregada para reproduzir o tero incisal.

    6.1.2 Valor

    As massas para a correo do valor foram desenvolvidas com diferentes nveis de pigmento branco/preto para serem usadas como ltima camada. Dentes brancos e mais opacos podem ser reproduzidos empregando as cores de Opallis e como ltima camada a cor VH. A cor VL pode ser empregada em dentes menos brancos e mais translcidos e a cor VM para situaes intermedirias.

    6.1.3 Cores Extra-Opacas

    As cores extra-opacas, Opaque White (OW), Opaque Pearl (OP), B0,5 e A0,5, so teis no mascaramento de dentes escurecidos. Finas camadas destas resinas conseguem promover o mascaramento do fundo escuro. Casos tpicos de meia lua so resolvidos empregando resinas extra-opacas que bloqueiam a passagem da luz atravs do dente. A cor OW apresenta-se com elevado teor de pigmento branco, a cor OP de igual opacidade porm assemelha-se a cor A2 da escala Vita. B0,5 e A0,5 so cores mais claras que B1 e A1, respectivamente, porm com opacidade mais elevada. Estas duas cores tambm podem ser empregadas na reconstruo de dentes decduos, devido elevada opacidade destes tecidos.

    Figura 22: Valores de L, a e b das cores de dentina da resina Opallis.

    Fonte: FGM Produtos Odontolgicos Ltda.DA1 DA2 DA3 DA3,5 DD4 DB1 DB2 DB3 DC2 DC3

  • 16

    6.1.4 Cores Bleach

    As cores Bleach foram desenvolvidas especialmente para reconstruir dentes clareados, cujo croma est abaixo das cores previstas na escala Vita, ou seja, mais claras que as cores A1 e B1. Opallis contm trs cores para reproduzir o esmalte, divididas em E-Bleach H, E-Bleach M, E-Bleach L. Os termos H, M e L definem a ordem de croma, sendo que H refere-se a cor mais clara (high) e L a cor de maior croma (low). Para reproduzir a dentina foi desenvolvida a cor D Bleach com opacidade semelhante s cores de dentina.

    7. Projetos de Pesquisa Concludos

    Projeto 1: Estudo da Fluorescncia de Resinas Compostas.

    Autores: Marcos Kenzo Takahashi, Evelise Machado de SouzaDentstica, Pontifcia Universidade Catlica do Paran- PUC/PR

    O cirurgio dentista atual constantemente desafiado a substituir o tecido dental perdido ou at mesmo modific-lo com a utilizao de materiais restauradores. A escolha de materiais com fluorescncia e opalescncia apropriadas, em adio a uma extensa gama de cores e opacidades, respeitando a indicao do produto e a disposio das camadas, ir resultar em uma restaurao de aspecto natural e longevidade previsvel. Dentes incisivos centrais superiores humanos hgidos foram utilizados para confeccionar espcimes de esmalte e dentina, separadamente, como controles. As leituras de fluorescncia foram realizadas em um espectrofotmetro de fluorescncia (F-4500 Hitachi High-Technologies Corp., Tquio, Japo), com registro da intensidade de fluorescncia das resinas compostas, esmalte e dentina, na forma de grficos. Os picos de emisso fluorescente se encontram prximos a 440nm de comprimento de onda indicando que, quando excitados por luz ultravioleta na faixa de 380nm, estes materiais emitiram luz visvel entre o violeta e o azul. As mdias dos valores de intensidade de fluorescncia que se localizavam entre 420nm e 470nm de comprimento de onda foram calculadas e analisadas estatisticamente. Na Figura 24 podem ser observados discos confeccionados com as mesmas resinas compostas analisadas por espectrofotometria, separadamente ou sobrepostos, sob iluminao ultravioleta. Notam-se diferenas marcantes na capacidade fluorescente entre as diferentes resinas compostas, assim como entre as trs opacidades de uma mesma resina composta.

    Concluso

    As resinas compostas de dentina que apresentaram valores de intensidade de fluorescncia semelhantes aos da dentina humana foram Charisma OA2, Esthet-X A2O e Opallis DA2 (Figura 23). As resinas de esmalte e translcidas das resinas Esthet-X e 4 Seasons apresentaram intensidades de fluorescncia ainda maiores que a da dentina humana. A resina de dentina A2 da marca Vit-l-escence apresentou fluorescncia extremamente alta, quando comparada aos demais e dentina humana. As resinas compostas Esthet-X para dentina, Vit-l-escence para esmalte e translcida, alm de Opallis (FGM) e Charisma em todas as opacidades, apresentaram intensidade de fluorescncia comparveis da dentina humana. Todas as resinas de esmalte e translcidas avaliadas diferiram estatisticamente dos valores de fluorescncia do esmalte humano.

  • 17

    Figura 23: Intervalos de confiana das resinas analisadas. Nas barras azuis, faixa de emisso da fluorescncia do esmalte e dentina.

    Cortesia Dr. Marcos Kenzo Takahashi e Evelise Machado de Souza, PUC-PR.

    Tabela 2: Materiais utilizados no estudo

    Resina Compasta Fabricante Dentina Esmalte Translucido

    4 SeasonsIvoclar VivadentSchan, Liechtenstein

    Heraneus Kulzer GmbH 7 CoHanau Alemanha

    A2 Dentin A2 Enamel Trans Clear

    A2OA2

    A2-0 A2

    A2A2

    DA2 EA2

    A2 Pearl Amber

    I

    C-E

    Y-T

    T-Neural

    Trans Ice

    Hanau AlemanhaDentsply /Caulk

    3M ESPESt Paul, MN EUA

    FGM Produtos OdontologicosJoinville,SC, Brasil

    Ultradent Products Inc.South Jordan, UT, USA

    Charisma

    Esthet-X

    Filtek Supreme XT

    Opallis

    Vit-l-escence

    4 Seasons

    CharismaEsthet-X

    Filtek Supreme XT

    Opallis

    Vit-l-escence

    Tabela 3: Intensidade de Fluorescncia (desvio padro) das resinas compostas,

    Dentina Esmalte Translucido

    Resinas

    Compostas

    Controle

    dentina e esmalte humanos

    443,27 (31,29)

    301,17 (12,02)296,91(20,76)

    116,45 (7,75)

    266,07 (7,70)

    1025,88(21,61)

    473,52 (22,22)

    299,60 (10,14)

    475,92 (13,00)

    130,38 (11,44)

    257,97 (9,74)

    373,89 (22,90)

    622,49 (34,19)

    281,28 (17,86)

    467,43 (18,98)

    13,83 (3,84)

    284,01 (11,16)

    324,08 (7,53)

    314,76 (54,82)

    54,67 (14,19)

    Dentina Humana

    Esmalte HumanoGrupos com as mesmas letras no apresentam diferenas estatisticamente significante (p> 0,05).

  • 18

    Figura 24: Imagem dos discos em resina composta empregadas no estudo. Sob iluminao ultravioleta. D= Dentina, E= Esmalte, T=Translcida.

    Cortesia de Marcos Kenzo Takahashi e Evelise Machado de Souza, PUC-PR.

  • 19

    Projeto 2: Percepo Visual da Diferena de Cor entre Diversas Resinas Compostas e Escala Vita Classical.

    Autores: Tatiana P. Rodrigues, Leonor de Castro M. Loffredo, Alessandra N. S. Rastelli, Juliana A. D. B.Campos, Vanderlei S. Bagnato, Valria M. Longo, Edson LongoInstituto de Qumica Universidade Federal de So CarlosFaculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

    Este estudo teve por objetivo avaliar a diferena de cor entre a escala Vita Classical e diversas resinas compostas por meio do sistema CIE L*a*b*. A amostra foi constituda por 132 corpos-de-prova na tonalidade A3 confeccionados em matriz metlica circular com 8mm de dimetro e 1mm de espessura, utilizando as resinas compostas CR1: Opallis (FGM); CR2: Concept Advance (Vigodent); CR3: Z-100 (3M/ESPE); CR4: Palfique Estelite (J. Morita USA Inc.); CR5: Helio Fill (Vigodent); CR6: Fill Magic (Vigodent); CR7: Charisma (Heraeus-Kulzer); CR8: Tetric Ceram (Ivoclar/Vivadent); CR9: Durafill (Heraeus-Kulzer); CR10: Filtek Supreme (3M/ESPE); CR11: Esthet-X (Dentisply). Realizaram-se as medidas quantitativas da cor por meio do sistema CIE L*a*b* e calculada a diferena da cor total entre a escala Vita Classical e a resina composta. Os valores mdios para E*(95%iC), de CR1 a CR12 foram, respectivamente, 1,23 (0,84-1,62); 1,27 (1,03-1,51); 1,86 (1,63-2,09); 1,59 (1,12-2,06); 1,64(1,48-1,80); 1,14 (0,83-1,44); 2,50 (2,14-2,86); 6,48 (6,03-6,92); 2,58 (2,14-3,02); 1,16 (0,98-1,34) e 6,64 (6,32-6,96). Os resultados obtidos so apresentados no grfico a seguir. Observou-se que oito das resinas compostas analisadas (CR1, CR2, CR3, CR4, CR5, CR6, CR7, CR9 e CR10) no diferem visualmente da escala Vita Classical e duas (CR8 e CR11, Tetric Ceram e Esthet-X, respectivamente) apresentam diferena perceptvel ao olho humano.

    Concluso

    Concluiu-se que a escala Vita Classical no indicada como meio auxiliar na seleo visual da cor dental para os procedimentos restauradores estticos diretos realizados com Tetric Ceram e Esthet-X. As demais marcas, inclusive Opallis, seguem a escala Vita Classical com fidelidade.

    Figura 25: Diferena da cor total de resinas compostas cor A3 em relao escala Vita Classical, onde E*=

    2 2 2[(L*) + (a*) + (b*) ] .

    C o r t e s i a d e Ta t i a n a P. Rodrigues, UNESP-Araraquara.

    Opall

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    tsply)

    Filtek

    Supre

    me

    (3M ES

    PE)

  • 20

    Projeto 3: Avaliao Laboratorial da Resistncia Adesiva de Duas Resinas Compostas Restauradoras Dentina, Mediada por Diferentes Sistemas Adesivos.

    Autores: Ricardo M. Carvalho, Professor Associado, Depto. PrteseThiago Amadei Pegoraro, CD, Aluno Mestrado PrteseUniversidade de So Paulo USP/Bauru

    O objetivo deste trabalho foi avaliar a influncia do tipo de adesivo combinado a diferentes resinas compostas na resistncia adesiva dentina. Os corpos de prova foram preparados empregando terceiros molares humanos extrados, a aplicao do adesivo e resina composta seguiu as recomendaes dos fabricantes. Os dentes foram fatiados em bastes, com rea de seo transversal de aproximadamente 0,8 mm, foram submetidos aos ensaios de microtrao, cujos resultados so apresentados abaixo.

    O I C ( 9 5 % ) da amostra (Magic Bond/Tetric Ceram) est bem deslocada das demais, o mesmo ocorrendo, embora de maneira menos intensa, com o IC (95%) da amostra (Excite/Opallis). Em cor azul, no rodap, est a mdia geral de todas as amostras.

    Figura 26: Anlise do posicionamento do intervalo de confiana (IC 95%) dos diferentes grupos experimentais, em relao mdia geral dos grupos. Anlise discriminante entre as amostras Opallis e Tetric Ceram.

    Tabela 4: Valores de resistncia adesiva a dentina, de acordo com a resina e adesvo empregados. Valores em MPa DP (N).

    Materiais

    Tetric

    Opallis

    Excite

    29,6 12,1 (54) Aa

    32,4 12,3 (55) Aa

    30,2 10,6 (50) Aa

    22,1 9,2 (44) Bb

    Optibond Single Bond

    24,3 8,4 (51) Aa

    21,2 8,3 (53) Ab

    14,9 8,2 (47) Ab

    24,1 10,3 (50) Bb

    Letras maisculas iguais indicam ausncia de significncia estatstica entre resinas para o mesmo adesivo (comparao em coluna). p>0,05.Letras minusculas iguais indicam ausncia de significncia estatstica entre resinas para o mesmo adesivo (comparao em linha). p>0,05.

    Magic Bond

    Material/FalhaTetric + Magic Bond

    Tetric + Excite

    Tetric + Optibond

    Tetric + Single Bond

    Opallis + Nagic Bond

    Opallis + Excite

    Opallis + Optibond

    Opallis + Single Bond

    50%

    37,5%

    29,15%

    31,25%

    30,45%

    ---------

    36,35%

    33,33%

    50%

    62,5%

    62,5%

    68,75%

    62,5%

    63,63%

    54,55%

    66,67%

    ---------

    ---------

    8,35%

    ---------

    4,35%

    36,37%

    9,1%

    ---------

    Adesiva Mista Coesiva

    Tabela 5: Modo de Fratura dos espcimes testados (%).

  • 21

    Interpretao

    A anlise da Tabela 4 indica no preponderncia de influncia do tipo de resina ou tipo de adesivo na resistncia adesiva dentina. No se pode prever a superioridade ou inferioridade de comportamento das diferentes combinaes em funo de uma das variveis. Para o adesivo Optibond, houve superioridade significante de valores de resistncia adesiva quando a resina Tetric Ceram foi em pregada (p

  • 22

    vista que o comportamento de ambos nas outras combinaes no apresentou-se deslocado da mdia geral. O mesmo raciocnio pode ser aplicado ao Grupo do Optibond, no qual se observou diferenas significantes de resistncia adesiva entre as duas resinas. Ainda que esse resultado pudesse sugerir superioridade da resina Tetric Ceram sobre a resina Opallis, a interseco dos intervalos de confiana do Grupo Optibond/Tetric com o Grupo Excite/Opallis, ambos com valores acima de 30 MPa e no diferentes entre si, sugere que a inferioridade do Grupo Optibond/Opallis em comparao com o Grupo Optibond/Tetric no est relacionada com propriedades mecnicas inferiores da resina Opallis, mas provavelmente com diferenas no mecanismo de copolimerizao das resinas com esse adesivo, ou simplesmente ao acaso experimental. A anlise do modo de fratura (Tabela 5) sugere informaes interessantes. O maior percentual de fraturas coesivas para cada resina ocorreu exatamente nos grupos em que os valores mdios de resistncia adesiva foram numericamente superiores (Opallis/Excite e Tetric/Optibond). Analisando os outros grupos nos quais tambm houve fraturas coesivas na resina, pode-se especular que, dentro das mesmas condies de teste, as duas resinas apresentariam valores de resistncia mdia a trao de cerca de 20 a 30 MPa, com ligeira superioridade da resina Tetric Ceram sobre a resina Opallis. O elevado percentual de falhas adesivas no Grupo Tetric/Magic Bond (50%) e a ausncia de falhas adesivas no Grupo Opallis/Excite refora a sugesto de que a combinao da resina Tetric Ceram com o adesivo Magic Bond (menores valores gerais mdios de resistncia adesiva) pode ser afetada por problemas de copolimerizao entre ambos. Por outro lado, a resina Opallis parece apresentar tima interao com o adesivo Excite e essa forte unio transfere os stios de fratura para regies mais frgeis, aumentando o percentual de falhas na resina. De uma maneira geral, com exceo da combinao entre a resina Tetric Ceram e o adesivo Magic Bond, pode-se afirmar que no existem indcios fortes que justifiquem a limitao de uso da resina Opallis com todos os adesivos testados e da resina Tetric Ceram com os adesivos Excite, Optibond e Single Bond. A anlise discriminante apresentada no Figura 27 suporta essa afirmao, demonstrando vrias superposies de unidades experimentais entre os Grupos.

    Concluso

    Os resultados demonstram que, com exceo da combinao entre a resina Tetric Ceram e o adesivo Magic Bond, no existem restries para o emprego da resina Opallis ou Tetric Ceram com os adesivos testados neste estudo. A similaridade de resultados observada na anlise discriminante suporta o conceito de que eventuais diferenas estruturais das resinas no foram determinantes das diferenas de valores de resistncia de unio.

    Projeto 4: Avaliao de 1 Ano do Desempenho Clnico da Resina Composta Opallis: Restauraes Classe II e V.

    Autores: Bernardon JK, Ferreira KB, Baratieri LNUniversidade Federal de Santa Catarina/UFSC.

    Atravs de um estudo randomizado, com objetivo de avaliar, o desempenho clnico de 1 ano da resina composta Opallis, foram confeccionadas 70 restauraes: 35 classe II, indicadas como substituio de restauraes insatisfatrias de amlgama ou resina composta e 35 restauraes classe V de leses no-cariosas. As restauraes foram realizadas empregando o sistema adesivo Singlebond (3M ESPE) e a resina composta Opallis (FGM) de forma incremental. Cada incremento foi fotopolimerizado por 30 segundos, por aparelho de luz halgena com

    2550mW/cm . As restauraes classes II e V foram avaliadas de forma direta, por dois examinadores previamente calibrados, nos perodos baseline e 1 ano, de acordo com os critrios modificados United States Public Health Service (USPHS) de Ryge e Cvar: sensibilidade ps-operatria, integridade marginal, descolorao do ngulo cavosuperficial, estabilidade de cor, desgaste, ocluso estressante e sade periodontal. Contato interproximal e recorrncia de crie foram critrios especficos de restauraes classe II, enquanto o critrio textura superficial foi

  • 23

    especfico para restauraes classe V. Para cada critrio, foi usada a classificao Alfa (A) para indicar o mais alto grau de aceitao clnica e, em ordem regressiva de aceitabilidade clnica, seguiram-se as classificaes Bravo(B), Charlie (C) e Delta (D) (Quadro 2). Com o intuito de esclarecer possveis dvidas que surgissem durante a avaliao clnica, fotografias digitais intra-orais das restauraes foram realizadas em todos os perodos avaliados. Ainda como meio auxiliar de avaliao, foram realizadas radiografias interproximais para restauraes classe II.

    Quadro 2: Critrios e ndices empregados para a avaliao das restauraes classe II e V.

    Resultados

    Para anlise estatstica dos resultados, foi empregado o teste Binomial ao nvel de significncia p < 0,05. Tanto nas restauraes classe II como classe V, todos os critrios analisados ficaram restritos classificao A ou B. No foram encontradas diferenas estatisticamente significantes entre baseline e 1 ano de avaliao para nenhum dos critrios avaliados. Os resultados encontrados para as restauraes classe II esto representados na Tabela 6 e Figura 28 e os resultados para classe V, na Tabela 7 e Figura 30.

    Tabela 6: Valores percentuais de ndice A (%A) obtidos nos critrios de avaliao de restauraes classe II com a resina composta Opallis, nos perodos baseline e 1ano.

    Critrios USPHS

    Sensibilidade ps-operatria

    Integridade Marginal

    Descolorao do ngulocavo superficial

    Estabilidade de cor

    Desgaste

    Ocluso estressante

    Sade Periodontal

    Textura superficial**

    Contato Interproximal*

    Recorrncia de crie*

    ndice

    AB

    ABCD

    ABC

    A

    B

    C

    A

    AB

    AB

    AB

    ABC

    Definio

    - Nenhuma- Presente

    - Nenhuma evidncia visvel de fendas ao longo da margem.- Evidncia visvel de fendas e ausncia de exposio dentinria.- Reteno do explorador na fenda e exposio dentinria.- Restaurao deslocada, fratura.

    -

    - Nenhuma descolorao presente- Descolorao superficial.- Descolorao profunda.

    - Semelhante estrutura dental aglacente em cor e translucidez- Diferena em cor e translucidez comparada estrutura dental aglacente(aceitvel clinicamente).- Diferena em cor e translucidez comparada estrutura dental aglacente( no aceitvel clinicamente)

    - Restaurao em continuidade com a forma anatmica existente.- Restaurao em descontinuidade com a forma anatmica existente, mas a perda dematerial no foi suficiente para espor a dentina.

    - Nenhuma evidncia de contatos oclusais extressantes.- Evidncia de contatos oclusais extressantes.

    - Sade periodontal preservada.- Alterao na sade periodontal preservada.

    - Conservada- Alterada.

    - Leve contato com dificuldade de passar o fio dental entre a restaurao e o dente adjacente.- Leve contato com facilidade de passar o fio dental entre a restaurao e o dente adjacente.- No existe contato entre a restaurao e o dente adjacente.

    - Ausncia de crie.- Evidncia de crie na margem da restaurao.

    *critrio especfico para restauraes classe II**critrio especfico para restauraes classe V

    AB

    Critrios USPHS % A baseline % A 1 anoTeste Binomial

    (valor de p)Sensibilidade Ps-operatria

    Integridade Margina

    Descolorao de ngulo cavo superficialContato interproximal

    Recorrncia de crie

    Desgaste

    Ocluso estressante

    Sade Periodontal

    Estabilidade de cor

    *nesses critrios foi obtido ndice A em 100% dos casos, no sendo necessria aplicao de teste estatstico.

    100%100%

    100%

    100%100%100% 100%

    100%100%

    100%

    100%

    100%

    95%

    97%93%95%

    90% 90%

    p-0,25

    p-0,25

    p-0,25

    *

    *

    *

    *

    **

  • 24

    Tabela 7: Valores percentuais de ndice A (%A) obtidos nos critrios de avaliao de restauraes classe V com a resina composta Opallis, nos perodos baseline e 1ano.

    Figura 28: Restauraes classe II: valores percentuais de ndice A (%A) nos perodos baseline e 1 ano.

    Restauraes Classe II (dente 15 MO)

    Figura 29a: Inicial Figura 29b: Avaliao baseline Figura 29c: Avaliao 1 ano

    Critetrios USPHS % A baseline % A 1 anoTeste Binomial

    (valor de p)Sensibilidade Ps-operatria

    Integridade Margina

    Descolorao de ngulo cavo superficial

    Textura superficial

    Desgaste

    Ocluso estressante

    Sade Periodontal

    Estabilidade de cor

    *nesses critrios foram obtidos indice A em 100% dos casos no sendo necessria aplicao de teste estatstico.

    100%

    100%

    100%

    100%

    100%

    100%

    100% 100%95%

    100%

    100%

    100%

    98%

    93%

    98%

    93%

    *

    p - 0,25

    p - 1

    *

    *

    *

    p - 1

    p - 1

    Figura 30: Restauraes classe V: valores percentuais de ndice A (%A) nos perodos baseline e 1ano.

    Restauraes Classe V (dente 14)

    Figura 31a: Inicial Figura 31b: Avaliao baseline Figura 31c: Avaliao 1 ano

    SP: Sensibilidade Ps-operatria; IM: Integridade Marginal; DAC: Descolorao do ngulo Cavo-superficial; CI: Contato Inter-proximal;RC: Recorrncia de crie; D: Desgaste; OE: Ocluso Estressante; SP: Sade Periodontal e EC: Estabilidade de Cor.

    SP: Sensibilidade Ps-operatria; IM: Integridade Marginal; DAC: Descolorao do ngulo Cavo-superficial; D: Desgaste;OE: Ocluso Estressante; SP: Sade Periodontal; EC: Estabilidade de Cor e TS: Textura Superficial.

  • 25

    Discusso

    De maneira geral, os resultados observados neste estudo clnico randomizado evidenciam o desempenho satisfatrio do compsito Opallis, quando empregado em restauraes adesivas diretas classes II e V. Para nenhum critrio avaliado foi observada diferena estatisticamente significante (p (O)> (EX)>(FZ)> (FS); 2) resistncia compresso: O=FZ>=CH>=EX>=FM>=TC>=FS, entretanto FS=CH; 3)resistncia trao diametral: O=FS=FZ> TC=FM>EX=CH; 4)resistncia flexural: FZ> FM=TC=FS=O>EX=CH e 5) mdulo de elasticidade: FZ>FS>O>TC>EX=FM>CH. Diante dos resultados comprovou-se que a composio do material influenciou diretamente o

  • 26

    comportamento fsico-mecnico dos compsitos. De maneira geral, as resinas com maior contedo de carga (Filtek Z250, Filtek Supreme e Opallis), apresentaram os melhores resultados entre osmateriais testados.

    Projeto 6: Avaliao da Resistncia ao Desgaste Abrasivo de Resinas Compostas Universais.

    Autores: Ferreira, K.B, L.N. BaratieriDissertao (Mestrado em Odontologia - rea de concentrao Dentstica) Programa de Ps-Graduao em Odontologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, 2007)

    Resumo

    O objetivo desse estudo foi avaliar a resistncia ao desgaste abrasivo das resinas compostas universais Charisma/CH (Heraeus Kulzer), Esthet-X/EX (Dentsply Caulk), Fill Magic/FM (Vigodent), Filtek Supreme/SU (3M ESPE), Filtek Z100/ Z1 (3M ESPE), Filtek Z250/Z2 (3M ESPE), Herculite XRV/HE (Kerr Dental), Opallis/OP (FGM), Te-econom/TN (Ivoclar Vivadent) e Tetric Ceram/TC (Ivoclar Vivadent). Foram confeccionados 8 corpos-de-prova, na cor A2, com formatos cilndricos (8,0mm de dimetro X 2,0mm de espessura) de cada material. A resistncia ao desgaste abrasivo foi avaliada atravs de anlises das alteraes na massa e na rugosidade superficial das amostras submetidas escovao simulada. As mensuraes iniciais (pr-escovao simulada) e finais (ps-escovao simulada) de massa foram obtidas atravs de balana eletrnica com preciso de 0,0001g. As aferies iniciais e finais da rugosidade superficial foram feitas com uma sonda mecnica de 5 micrmetros acoplada ao rugosmetro Perthometer S8P (Mahr), com velocidade constante de 0,15mm/s e fora de 0,8mN, utilizando o parmetro de medio Ra expresso em m, com de 0,25mm e comprimento de avaliao de 1,25mm. O teste abrasivo foi realizado em uma mquina de escovao simulada, utilizando escovas dentais de cerdas macias e pontas arredondadas, sob 200g de carga, com velocidade de 374 ciclos/min e soluo de dentifrcio e gua deionizada na proporo de 1:2. As amostras foram submetidas a 50.000 ciclos de escovao. As escovas foram substitudas a cada 25.000 ciclos e a soluo foi constantemente reposta durante o teste. Para a avaliao das alteraes decorrentes do teste abrasivo foram calculadas as diferenas entre asmdias finais e iniciais de massa e de rugosidade superficial e os valores obtidos foram convertidos em porcentagem.Os dados foram analisados estatisticamente atravs dos testes pareado, ANOVA, Scheff e correlao de Pearson (p Z1 > TC > (HE=CH) > FM > TN > SU > EX. Com relao s alteraes na rugosidade superficial, a ordem crescente de resistncia abraso dos materiais avaliados foi EX > (HE = SU = TC = CH = FM) > (TC = CH = FM = OP) > (OP = Z2 = TN = Z1). Os mtodos de avaliao de resistncia ao desgaste no possuem correlao. Com base nos resultados concluiu-se que dentre as resinas compostas universais avaliadas existem diferenas na resistncia abraso, entretanto, todas desgastam e ficam mais rugosas em conseqncia de foras abrasivas por escovao simulada. As alteraes de massa e de rugosidade superficial das resinas compostas no esto correlacionadas.

  • 27

    Projeto 7: Percepo de Cor de Resinas Compostas em Relao Escala Vita.

    Fonte: Rodrigues TP, Loffredo LCM, Rastelli ANS, Bagnato VS, Longo VM, Longo E, Campos JADB. Percepo de cor de resinas compostas em relao escala Vita. In: 23 Reunio Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontolgica - IADR, 2006, Atibaia. Brazilian Oral Research - Pesquisa Odontolgica Brasileira, 2006. v. 20. p. 187-187.

    Objetivo: Este estudo teve por objetivo avaliar a diferena de cor entre a escala Vita e diversas resinas compostas por meio do sistema CIE L*a*b*.

    Materiais e Mtodos: A amostra foi constituda por 33 corpos-de-prova na tonalidade A3 confeccionados em matriz metlica circular com 8 mm de dimetro e 1 mm de espessura, utilizando as resinas compostas (A: Charisma, B: Concept Advence, C: Durafill, D: Esthet-X, E: Fill Magic, F: Filtek Supreme, G: Helio Fill, H: Opallis, I: Palfique Estelite, J: Tetric Ceram e K: Z-100). Realizaram-se as medidas quantitativas da cor por meio do sistema CIE L*a*b*, determinando 3 parmetros: L*, a* e b*. Em seguida, foi calculada a diferena da cor total entre a escala Vita e a resina composta, baseando-se nas diferenas de cada parmetro e utilizando a equao dada pela CIE.

    Resultados: Obtiveram-se as seguintes mdias e os respectivos desvios-padro para as resinas compostas: A= 3,731(0,478), B= 0,896(0,130), C= 1,715(0,228), D= 6,182(0,630), E= 0,899(0,112), F= 1,364(0,080), G= 1,418(0,037), H = 0,911(0,084), I= 3,158(0,280), J= 6,561(0,655), K= 2,213(0,213). De acordo com a literatura, a diferena de cor total visualmente imperceptvel ao olho humano e tambm clinicamente aceitvel quando possui valor menor ou igual a 3,7. As resinas compostas D e J possuram diferena de cor perceptvel quando comparada escala Vita, enquanto A estava dentro do limite de percepo.

    Concluso: Deste modo, pode-se notar que 8 das resinas compostas analisadas no diferem visualmente da escala Vita, enquanto 2 apresentam cor diferente, sugerindo que os fabricantes destas tenham sua prpria escala fabricada com o seu material.

    Projeto 8: Influncia do Momento do Acabamento no Selamento Marginal de Restauraes Diretas.

    Fonte: Ramrez JC, Baratieri LN, Lopes GC, Arajo Jnior EM. Influence of finishing time on marginal sealing of direct restorations.. In: 37th AADR Annual Meeting, 2008, Dallas - Texas - USA. The Journal of Dental Research (Abstracts), 2008.

    Objetivo: Verificar a influncia dos procedimentos de acabamento e polimento na microinfiltrao de restauraes Classe V utilizando duas resinas compostas diferentes.

    Materiais e Mtodos: Sessenta cavidades Classe V foram preparadas em pr-molares humanos hgidos. Uma margem cervical foi posicionada em esmalte (1mm da JCE) e a outra em dentina (1mm abaixo da JCE). Os dentes foram randomicamente divididos nos seguintes grupos: grupo I foi restaurado com a resina composta micro-hbrida Opallis (FGM) procedimentos de acabamento e polimento imediatos, grupo II foi restaurado com Opallis (FGM) procedimentos de acabamento e polimento aps 24 horas, grupo III restaurado com a resina composta de nanopartculas Filtek Supreme XT (3M ESPE) procedimentos de acabamento e polimento imediatos, grupo IV com Filtek Supreme (3M ESPE) procedimentos de acabamento e polimento aps 24 horas. Os dentes restaurados foram armazenados em gua a 37 C e submetidos a ciclagem trmica (5-55 C, 500x, 1 min) antes de serem imersos em fuccina bsica 0,5% por 24h. Os dentes foram ento lavados, secos, seccionados e a extenso da infiltrao do corante foi mensurada e pontuada utilizando uma escala de 0-4. Os dados foram analisados com o teste de Kruskall Wallis (p

  • 28

    Resultados: As mdias das pontuaes foram: G1 esmalte:0, dentina:1; G2 esmalte:0, dentina:0; G3 esmalte:1, dentina:2; G4 esmalte:0, dentina:1. Comparando as resinas compostas, Opallis resultou em menor pontuao de microinfiltrao em ambas margens de esmalte e dentina. Os procedimentos de acabamento e polimento aps 24 horas resultaram em melhor capacidade de selamento.

    Concluso: O tipo de resina composta e o momento da realizao dos procedimentos de acabamento e polimento influenciam a microinfiltrao em restauraes diretas.

    8. Instrues de Uso

    A resina composta Opallis indicada para reproduzir o esmalte e a dentina, podendo ser utilizada nas seguintes situaes:Restauraes de leses cariosas oclusais e/ou proximais de tamanho pequeno e mdio.Substituio de leses oclusais, proximais e ocluso-proximais tambm de tamanho pequeno e

    mdio.Facetas diretas em resina composta.Restauraes em dentes anteriores classe III e IV.Restauraes classe V.Colagem de fragmentos de dentes.Para reduzir e/ou fechar espaos (diastemas).Para corrigir/alterar a forma de umou vrios dentes.Para corrigir e/ou alterar a proporo largura/comprimento, de um ou vrios dentes.Para corrigir a posio de um ou vrios dentes.Para corrigir/alterar a cor de uma parte ou de todo o dente, tanto em casos de um nico dente

    como de vrios dentes.Defeitos Estruturais: Amelognese imperfeita, hipoplasia de esmalte, eroso,abraso,

    abfrao.

    8.1 Seleo de Cor

    Para a seleo da cor faa uma profilaxia. Os dentes devem estar limpos e hidratados, sem isolamento, uma vez que a desidratao pode alterar a cor.

    8.1.1 Mtodos para a Escolha da Cor

    Pode ser realizada com a escala Vita comumente utilizada.Uma pequena poro de resina composta pode ser colocada sobre a superfcie vestibular do

    dente a ser restaurado (sem condicionamento e aplicao de sistema adesivo), polimerizada durante 30 segundos, umidificada com a saliva do paciente e observar.

    Para os casos mais desafiadores, recomendamos que, inicialmente, o profissional faa o mapa cromtico do dente. O mapa cromtico so todas as informaes mais detalhadas das caractersticas individuais dos dentes.

    8.2 Aplicao do Produto

    1. Faa o isolamento do campo operatrio. O isolamento deve garantir um campo operatrio livre de umidade, limpo e visvel durante todo o tratamento. Se necessrio, faa isolamento absoluto.

    2. Faa o preparo para a execuo de restauraes adesivas diretas.3. Faa o condicionamento cido (CondAc 37%) inicialmente nas margens de esmalte e em

    seguida no interior da cavidade. O tempo de condicionamento de 15 segundos. Em seguida lave com gua em abundncia, remova todo o cido da estrutura dental e seque a dentina sem desidrat-la.

  • 29

    4. Aplique o sistema adesivo de acordo com as recomendaes do fabricante.5.Insero e Fotopolimerizao da Resina Composta:

    Recomendamos a tcnica de insero e polimerizao por incremento. A tcnica incremental possibilita que cada camada seja adequadamente polimerizada facilitando a adaptao do material s paredes da cavidade, reduzindo o estresse das interfaces em cavidades amplas, permitindo a estratificao das cores e aumentando a durabilidade da restaurao. Utilize os tempos de polimerizao descritos na Tabela 1 para camadas de at 1,5mm de resina.

    Restaure a cavidade de acordo com a(s) core(s) selecionada(s) aplicando pequenas camadas de Opallis (espessura mxima de 1,5mm) adaptando cuidadosamente na cavidade.

    Para o acabamento e polimento podem ser utilizados os discos de lixa Diamond Pro e discos de feltro Diamond Flex com auxlio de pastas para polimento Diamond ACI e ACII e Diamond Excel.

    Nota: Checar a ocluso um fator de extrema importncia. Restauraes em supra-ocluso provocam um estresse muito grande no dente e restaurao, o que pode levar dor. No as deixe em infra-ocluso.

    8.3 Precaues e Contra-Indicaes

    Em casos de reaes alrgicas ao produto, suspenda o uso. Evite a utilizao de materiais forradores ou provisrios base de eugenol, pois estes interferem na polimerizao do material. Evite o contato de Opallis no polimerizado com a pele, mucosa e olhos. Quando ainda no polimerizado, o produto pode provocar um efeito ligeiramente irritante e promover a sensibilizao devido aos metacrilatos.

    8.4 Efeitos Colaterais

    O produto contm monmeros de metacrilatos que podem provocar reaes alrgicas ou irritantes leves em pacientes sensveis a estas substncias.

    8.5 Conservao e Armazenamento

    Manter o produto em local fresco com a embalagem sempre bem fechada e protegida. Proteger da incidncia da luzsolar direta. Armazene o produto emtemperaturas de 5 30C / 41-86 F.No congelar o produto.

    8.6 Advertncias

    No utilizar o produto se estiver fora do prazo de validade. Para o descarte do produto siga a legislao de seu pas. Manter fora do alcance de crianas.

    9. Referncias de Suporte

    Archegas LRP, Freire A, Igncio SA, Caldas DBM, Souza EM. Estabilidade de cor de cimentos resinosos e resinas tipo flow para cimentao de facetas cermicas. Braz Oral Res, v. 24, n.1, p. 230, 2010.

    Bauru, 2004. p.154 Dissertao (Mestrado) Faculdade de Odontologia de Bauru Universidade de So Paulo.Miranda, C. C. Atlas de Reabilitao Bucal. So Paulo: Santos, p 218-21 e 245-248,1984.

    Barros BACD, Lopes GC, Baratieri LN, Araujo E. (2004) Surface microhardness of different resin composites. J Dent Res 82:0574.

    Bernardon JK, Ferrari P, Vieira LCC, Baratieri LN. Estudo comparativo das propriedades mecnicas de diferentes resinas compostas. Braz Oral Res, v. 23, n.1, p. 340, 2009.

  • 30

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