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PERFIL MUNICIPAL DINÂMICO DE CATABOLA GOVERNO PROVINCIAL DO BIÉ ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE CATABOLA 2014

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PERFIL MUNICIPAL DINÂMICO DE CATABOLA

GOVERNO PROVINCIAL DO BIÉ ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE CATABOLA

2014

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Figura 1. Edifício da Administração Municipal de Catabola

FICHA TÉCNICA

Organização:

• Administração Municipal de Catabola

• FAS – Fundo de Apoio Social

Coordenação Local:

• Eusebio Grilo Catimba

Equipa Técnica:

• Teixeira Chiquemba Luciano

• Valentino Sassenda Sacupica

• Eduardo Sachemba

Equipa Técnica de dados Geográficos (SIG / GIS):

• Valentino Sassenda Sacupica

Organização de apoio:

• PLURÁLIA, Consultorıa e Formação, Lda.

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ÍNDICE GERAL

1. SUMÁRIO EXECUTIVO 11

2. INTRODUÇÃO 14

3. HISTÓRIA DO MUNICÍPIO 17

4. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E AMBIENTAL 24

5. CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA 31

6. CARACTERIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E INSTITUCIONAL 34

7. CARACTERIZAÇÃO SOCIAL 44

8. CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS EDUCATIVOS E DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL 48

9. CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E SANEAMENTO 56

10. CARACTERIZAÇÃO DA HABITABILIDADE E AMBIENTE 64

11. CARACTERIZAÇÃO ECONÓMICA E PRODUTIVA 69

12. ACESSOS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES 79

13. CULTURA, DESPORTO E LAZER 82

14. ORDEM PÚBLICA, SEGURANÇA E JUSTIÇA 83

15. PROTECÇÃO SOCIAL 85

16. COMUNICAÇÃO SOCIAL E MEDIA 86

17. VALIDAÇÃO DO PERFIL MUNICIPAL 87

18. ANEXOS 88

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ÍNDICE DE TABELAS E FIGURAS

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Empresas registadas na ACIP nos anos 70 ............................................................................................................................................................ 20

Tabela 2. Infra-estruturas sócio-económicas e Serviços Públicos do Tempo Colonial ........................................................................................................... 20

Tabela 3. Personalidades com função de Administrador Municipal desde a Independência Nacional .................................................................................. 23

Tabela 4. Fauna existente no Município de Catabola ............................................................................................................................................................. 26

Tabela 5. Flora existente no Município de Catabola ............................................................................................................................................................... 27

Tabela 6. Caracterização dos recursos piscatórios ................................................................................................................................................................. 29

Tabela 7. Recursos atractivos do Município para práticas de lazer e turismo ........................................................................................................................ 30

Tabela 8. Composição de Conselho de Auscultação e Consertação Social - CACS ............................................................................................................. 38

Tabela 9. Designação das Autoridades Tradicionais do Município ......................................................................................................................................... 39

Tabela 10. Formação de Recursos Humanos da Administração Municipal ............................................................................................................................ 41

Tabela 11. Mapa de Despesas Orçamentais ........................................................................................................................................................................... 43

Tabela 12. Listagem de Organizações representativas da Sociedade Civil no Município ...................................................................................................... 44

Tabela 13. Instituições religiosas existentes no Município ...................................................................................................................................................... 45

Tabela 14. Associações e Cooperativas do Município de Catabola ........................................................................................................................................ 47

Tabela 15. Número de escolas primárias e secundárias do Município, no final de 2013 ....................................................................................................... 48

Tabela 16. Tipologia de instalação das escolas, em 2014 ...................................................................................................................................................... 50

Tabela 17. Alunos matriculados em 2014, por Comuna e nível de ensino que frequentam ................................................................................................... 51

Tabela 18. Quadro docente afecto, no ano lectivo de 2014, ao Município de Catabola ......................................................................................................... 52

Tabela 19. Habilitações do Corpo Docente afecto ao Município em 2014 .............................................................................................................................. 52

Tabela 20. Níveis em que faltam professores ......................................................................................................................................................................... 53

Tabela 21. Alfabetizadores em funcionamento no ano de 2014 ............................................................................................................................................. 54

Tabela 22. Alunos em frequência dos Programas de Alfabetização no ano de 2014 ............................................................................................................. 54

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Tabela 23. Número de escolas e alunos beneficiados pela atribuição da Merenda Escolar, por Comunas .......................................................................... 55

Tabela 24. Escolas abrangidas pelo programa de Merenda Escolar com produtos locais ..................................................................................................... 55

Tabela 25. Tipologia das Unidades de Saúde presentes nas Comunas do Município ........................................................................................................... 56

Tabela 26. Consultas realizadas em 2014 no Hospital Municipal de Catabola....................................................................................................................... 58

Tabela 27. Admitidos a internamento em 2014 no Hospital Municipal de Catabola ............................................................................................................... 58

Tabela 28. Incisividade das principais doenças ...................................................................................................................................................................... 61

Tabela 29. Recursos Humanos especializados na área da Saúde ......................................................................................................................................... 62

Tabela 30. Sistemas de água do Município de Catabola ........................................................................................................................................................ 65

Tabela 31. Acesso à energia, por Comuna.............................................................................................................................................................................. 66

Tabela 32. Caracterização dos enfoques produtivos do Município, por tipo de produto ........................................................................................................ 69

Tabela 33. Produtividade Agrícola do Município de Catabola ................................................................................................................................................. 70

Tabela 34. Incidência de doenças nos produtos pecuários..................................................................................................................................................... 71

Tabela 35. Percepção da produção das terras em função das práticas agrícolas locais ....................................................................................................... 73

Tabela 36. Associativismo, por sector económico produtivo ................................................................................................................................................... 75

Tabela 37. Contabilização dos principais serviços e produtos presentes no comércio do Município ..................................................................................... 77

Tabela 38. Acidentes de viação, por idade e género ............................................................................................................................................................... 83

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Edifício da Administração Municipal de Catabola ...................................................................................................................................................... 2

Figura 2. Construção de 10 residência para os Técnicos em todas as Comunas .................................................................................................................. 11

Figura 3. Igreja Matriz de Catabola ......................................................................................................................................................................................... 11

Figura 4. Quedas de Catabola ................................................................................................................................................................................................ 12

Figura 5. Jardim Doutor Stranguay ......................................................................................................................................................................................... 13

Figura 6. Formação da Equipa Técnica .................................................................................................................................................................................. 15

Figura 7. Técnico em trabalho de campo e recolha de dados ................................................................................................................................................ 16

Figura 8. Equipa Técnica em processo de inserção de dados ............................................................................................................................................... 16

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Figura 9. Território circundante da Vila de Catabola ............................................................................................................................................................... 17

Figura 10. Entrada da Vila de Catabola .................................................................................................................................................................................. 18

Figura 11. Grupo Otchiganje, símbolo da cultura biena .......................................................................................................................................................... 19

Figura 12. Vista de Catabola, no ano de 2004 ........................................................................................................................................................................ 22

Figura 13. Província do Bié no Mapa de Angola ..................................................................................................................................................................... 24

Figura 14. Localização do Município de Catabola na Província do Bié .................................................................................................................................. 24

Figura 15. Terrenos pouco acidentados onde se pratica agricultura ...................................................................................................................................... 25

Figura 16. Fauna e flora da região .......................................................................................................................................................................................... 27

Figura 17. Mapeamento de recursos do subsolo .................................................................................................................................................................... 28

Figura 18. População residente na Província do Bié, por Município, género e área de residência ....................................................................................... 31

Figura 19. Censo 2014, Densidade demográfica da Província do Bié, por Municípios .......................................................................................................... 32

Figura 20. Gráfico de distribuição da população, por género ................................................................................................................................................. 32

Figura 21. Edifício da Administração Municipal de Catabola .................................................................................................................................................. 34

Figura 22. Administrador Municipal de Catabola ..................................................................................................................................................................... 35

Figura 23. Organograma da Administração Municipal ............................................................................................................................................................ 36

Figura 24. Reunião de Sobas do Município, Setembro 2014 .................................................................................................................................................. 40

Figura 25. Igreja da Fé Apostólica ........................................................................................................................................................................................... 45

Figura 26. Igreja do Bom Deus ................................................................................................................................................................................................ 45

Figura 27. Lançamento da construção da Escola no Bairro Simione (Catabola - 5 Fevereiro 2014) ..................................................................................... 48

Figura 28. Inauguração de uma nova escola primária em Calombambi (Agosto de 2014) .................................................................................................... 49

Figura 29. Algumas escolas do Município de Catabola .......................................................................................................................................................... 50

Figura 30. Identificação, em 2006, da abertura da EFP na Província do Bié ......................................................................................................................... 53

Figura 31. Acto de Inauguração do novo Hospital Municipal .................................................................................................................................................. 57

Figura 32. Hospital Municipal de Catabola .............................................................................................................................................................................. 57

Figura 33. Centro Materno Infantil de Catabola ...................................................................................................................................................................... 59

Figura 34. Marcha de Luta contra a SIDA – 2012 ................................................................................................................................................................... 60

Figura 35. Campanha de sensibilização à não discriminação dos seropositivos – 2014 ....................................................................................................... 60

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Figura 36. Quadro comparativo entre a situação das infraestruturas de Saúde em 2008 e as esperadas para 2018, no Município de Catabola ............... 63

Figura 37. Nova Centralidade de Catabola ............................................................................................................................................................................. 64

Figura 38. Casas de adobe com cobertura de zinco ............................................................................................................................................................... 64

Figura 39. Tanque reservatório de água .................................................................................................................................................................................. 65

Figura 40. Chafariz inactivo na Vila de Catabola .................................................................................................................................................................... 65

Figura 41. Brigadas de Limpeza na Avenida Norton de Matos ............................................................................................................................................... 67

Figura 42. Manada de Bois ..................................................................................................................................................................................................... 70

Figura 43. Aviário da Chipeta .................................................................................................................................................................................................. 71

Figura 44. Batata, na Escola de Campo da Chipeta ............................................................................................................................................................... 71

Figura 45. Aspectos da Escola de Práticas Agrícolas de Catabola ........................................................................................................................................ 72

Figura 46. Escola de Práticas Agrícolas de Catabola ............................................................................................................................................................. 72

Figura 47. Peixe seco .............................................................................................................................................................................................................. 74

Figura 48. Mufete ..................................................................................................................................................................................................................... 74

Figura 49. Oferta da lavra aos transeuntes ............................................................................................................................................................................. 76

Figura 50. Mercado informal de beira de estrada ................................................................................................................................................................... 76

Figura 51. Mercado Rural 10 de Dezembro, Caiuera ............................................................................................................................................................. 76

Figura 52. Farmácia Tradicional .............................................................................................................................................................................................. 77

Figura 53. Mini-mercado .......................................................................................................................................................................................................... 77

Figura 54. Agências comerciais diversas, na Vila de Catabola ............................................................................................................................................... 77

Figura 55. Cerâmica Prémio da Paz ....................................................................................................................................................................................... 78

Figura 56. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para

aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ............................................................................................................................................................. 79

Figura 57. Ponte sobre o Rio Cunje ........................................................................................................................................................................................ 79

Figura 58. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 59. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre

o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. .................................................................. 79

Figura 60. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para

aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ............................................................................................................................................................. 79

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Figura 61. Ponte sobre o Rio Cunje ........................................................................................................................................................................................ 79

Figura 62. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 63. Ponte sobre o Rio Cunje ............................................................................................ 79

Figura 64. Obras de reabilitação de estradas secundárias ..................................................................................................................................................... 79

Figura 65. Comboio da Linha Benguela-LuauFigura 66. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 67. Ponte sobre o Rio Cunje .................... 79

Figura 68. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 69. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre

o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. .................................................................. 79

Figura 70. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para

aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ............................................................................................................................................................. 79

Figura 71. Ponte sobre o Rio Cunje ........................................................................................................................................................................................ 79

Figura 72. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 73. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre

o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. .................................................................. 79

Figura 74. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para

aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ............................................................................................................................................................. 79

Figura 75. Ponte sobre o Rio Cunje ........................................................................................................................................................................................ 79

Figura 76. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 77. Ponte sobre o Rio Cunje ............................................................................................ 79

Figura 78. Obras de reabilitação de estradas secundárias ..................................................................................................................................................... 79

Figura 79. Comboio da Linha Benguela-LuauFigura 80. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 81. Ponte sobre o Rio Cunje .................... 79

Figura 82. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 83. Ponte sobre o Rio Cunje ............................................................................................ 79

Figura 84. Obras de reabilitação de estradas secundárias ..................................................................................................................................................... 79

Figura 85. Comboio da Linha Benguela-LuauFigura 86. Obras de reabilitação de estradas secundárias ............................................................................ 79

Figura 87. Comboio da Linha Benguela-Luau ......................................................................................................................................................................... 79

Figura 88. Estação de Comboios de CatabolaFigura 89. Comboio da Linha Benguela-LuauFigura 90. Obras de reabilitação de estradas secundárias ... 79

Figura 91. Comboio da Linha Benguela-LuauFigura 92. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 93. Ponte sobre o Rio Cunje .................... 79

Figura 94. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 95. Ponte sobre o Rio Cunje ............................................................................................ 79

Figura 96. Obras de reabilitação de estradas secundárias ..................................................................................................................................................... 79

Figura 97. Comboio da Linha Benguela-LuauFigura 98. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 99. Ponte sobre o Rio Cunje .................... 79

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Figura 100. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 101. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares

sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ........................................................ 79

Figura 102. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para

aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ............................................................................................................................................................. 79

Figura 103. Ponte sobre o Rio Cunje ...................................................................................................................................................................................... 79

Figura 104. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 105. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares

sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ........................................................ 79

Figura 106. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para

aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ............................................................................................................................................................. 79

Figura 107. Ponte sobre o Rio Cunje ...................................................................................................................................................................................... 79

Figura 108. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 109. Ponte sobre o Rio Cunje ........................................................................................ 79

Figura 110. Obras de reabilitação de estradas secundárias ................................................................................................................................................... 79

Figura 111. Comboio da Linha Benguela-LuauFigura 112. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 113. Ponte sobre o Rio Cunje ............... 79

Figura 114. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 115. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares

sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ........................................................ 79

Figura 116. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para

aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ............................................................................................................................................................. 79

Figura 117. Ponte sobre o Rio Cunje ...................................................................................................................................................................................... 79

Figura 118. Obras de reabilitação de estradas secundáriasFigura 119. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares

sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ........................................................ 79

Figura 120. Ponte sobre o Rio Cunje “Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre o rio Cunje, que liga o trânsito Comuna de Chipeta para

aldeia Kalingo, e 2 pontecos na mesma via terciaria. ............................................................................................................................................................. 79

Figura 121. Estação de Comboio de Catabola ....................................................................................................................................................................... 80

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LISTA DE ABREVIATURAS UTILIZADAS

ADPP - Ajuda de Povo para Povo

ADRA - Acção para Desenvolvimento Rural e Ambiente

ASC - Agentes de Saúde Comunitária

BCI - Banco de Comércio e Indústria

BPC - Banco de Poupança e Crédito

CIC-CEC - Centro Infantil Comunitário - Centro de Educação Comunitária

CACS - Conselho Municipal de Auscultação e Concertação Social

DDA - Doenças Diarreicas Agudas

EDA - Estação de Desenvolvimento Rural

FAPLA - Forças Armadas Populares de Libertação de Angola

FAS - Fundo de Apoio Social

FNLA - Frente Nacional de Libertação de Angola

GAS - Grupo de Água e Saneamento

IDA - Instituto de Desenvolvimento Agrário

ISCED - Instituto Superior de Ciências da Educação

AJS - Associação Juvenil para a Solidariedade (ONG)

JAM - JointAid Management (ONG)

JMPLA - Juventude do Movimento Popular de Libertação de ´

Angola

MAPESS - Ministério de Administração Pública, Emprego e

Segurança Social

MINAGRI - Ministério da Agricultura

MINARS - Ministério da Assistência e Reinserção Social

MPLA - Movimento Popular de Libertação de Angola

OMA - Organização da Mulher Angolana

OMS - Organização Mundial da Saúde

ONG - Organização Não-Governamental

PAV - Programa Alargado de Vacinação

PCT - Programa de Corte Transversal

PIC-PEC - Programa Infantil Comunitário - Programa de Educação Comunitária

PRS - Partido de Renovação Social

PT - Posto de Transformação (de energia)

PTV - Programa de Testagem Voluntária

PVE - Programa de Vigilância Epidemiológica

UNACA - União Nacional dos Camponeses Angolanos

UNITA - União Nacional para a Independência Total de Angola

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Figura 3. Igreja Matriz de Catabola

Fonte: Arqpais - Plano Director Municipal de Catabola

Figura 2. Construção de 10 residência para os Técnicos em todas as Comunas

Fonte: http://www.rna.ao/ngolayeto

1. SUMÁRIO EXECUTIVO

O Perfil Municipal de Catabola teve como

linha orientadora o Paradigma de elaboração

dos Perfis Municipais do Ministério da

Administração do Território (MAT). Os

trabalhos decorreram em quatro grandes

fases:

1-) Fase de arranque

2-) Fase de formação e capacitação dos

técnicos do Município

3-) Fase de recolha de dados

4-) Fase de elaboração do perfil

O trabalho foi conduzido pela Administração

Municipal, executado pelas suas Unidades

Técnicas (compostas por técnicos da

Administração Municipal), coordenado por

especialistas e consultores da Empresa

PLURÁLIA e com o financiamento do Fundo

de Apoio Social (FAS), através do Projecto

de Desenvolvimento Local (PDL) financiado

pelo Governo de Angola e pelo Banco

Mundial (BM).

A empresa consultora assessorou e

acompanhou os trabalhos através de

Consultores Internos e Externos que deram

suporte metodológico e técnico, assim como

apoio na revisão final do actual Perfil

Municipal.

O processo foi iniciado em 2013, com uma

série de sessões de capacitação da equipa

local em: Técnicas de Diagnóstico para o

Desenvolvimento; Metodologias de Recolha

e Análise de Dados; Estatística Aplicada à

Gestão I e II; Tratamento da Informação;

Elaboração de Perfis Municipais; Sistemas

de Informação Geográfica (SIG). Entre os

meses de Janeiro e Outubro de 2014, foi

realizado o trabalho de campo para a recolha

de informações quantitativas e qualitativas,

junto das Instituições do Governo e das

Comunidades, com realce para os

Administradores Municipais e Comunais,

responsáveis dos sectores municipais.

O presente relatório está organizado em 18

pontos/capítulos, sendo que, sumariamente:

O 1º e 2º dizem respeito ao Sumário

Executivo e à Introdução ao Documento.

No ponto 3 é apresentado um apontamento

histórico do Município.

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Figura 4. Quedas de Catabola

Fonte: panoramio.com

No ponto 4 apresenta-se a caracterização

física e ambiental do Município, onde se

procede ao enquadramento geográfico,

climático, dos recursos naturais, da fauna e

da flora.

No ponto 5 é apresentada a Caracterização

Demográfica do Município, distribuída pelas

Comunas, pelos clusters Género e Idade e

pela identificação de presença de

estrangeiros no território.

No ponto 6 caracteriza-se a Estrutura

Administrativa e Institucional. Esta

caracterização inclui as condições físicas de

trabalho na Administração Municipal, os

recursos humanos, o perfil dos responsáveis

pela Administração Municipal e Comunais e

os aspectos financeiros do Município.

No ponto 7 apresenta-se uma caracterização

social do Município, suas principais

entidades, associações, formas

organizativas, instituições religiosas.

No ponto 8 caracterizam-se os serviços

educativos e de formação profissional que

consubstanciam a oferta educativa do

Município: número de escolas e centros de

formação profissional, número de alunos e

de professores e sua distribuição por Género

e Idade.

No ponto 9 apresenta-se o perfil dos

Serviços de Saúde e Saneamento: número

de Unidades Sanitárias e principais cuidados

prestados, problemas que se destacam ao

nível da saúde da população, necessidades

identificadas.

O ponto 10 caracteriza a Habitabilidade e

Ambiente, apresentando dados sobre o

número de casas existentes e suas

características construtivas, infraestruturas

existentes, abastecimento de água, energia e

tratamento de resíduos.

No ponto 11 procede-se à caracterização

Económica e Produtiva da realidade do

Município, retratando as actividades

económicas aí existentes, desde o comércio

à indústria, das actividades hoteleiras à

agricultura.

No ponto 12 apresenta-se a caracterização

dos Acessos, Transportes e Comunicações:

transportes existentes no Município (que,

obviamente também dependem da sua

localização e características geográficas) e

traços gerais do seu funcionamento.

No ponto 13 identificam-se as infraestruturas

culturais e desportivas existentes no

Município, descrevendo-se a sua utilização e

funcionamento.

No ponto 14 elencam-se as estruturas de

Ordem Pública, Segurança e Justiça, as

estatísticas das principais ocorrências quanto

a crimes e acidentes e os equipamentos de

manutenção da Justiça: postos policiais,

tribunais, cartórios notariais.

No ponto 15, Protecção Social, são os

serviços de apoio social que são abordados,

havendo referência ao número de

beneficiários de várias instituições que

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PERFIL MUNICIPAL DINÂMICO DE CATABOLA

13

Figura 5. Jardim Doutor Stranguay

prestam apoio social, assim como o registo

de zonas de pobreza.

No ponto 16, são identificados os principais

meios de comunicação social e médias

existentes no Município, assim como a sua

localização e raio de cobertura;

O ponto 17 refere-se à validação do Perfil

Municipal.

No ponto 18 está compilado um conjunto de

anexos (mapas, cartas, fotografias,

entrevistas) que foram considerados

elementos importantes para a elaboração do

presente documento, mas que não são

oportunos no seu corpo de texto.

No fim de cada capítulo estão identificados

os principais problemas e perspectivas

futuras de cada temática organizadora, de

forma a apoiar a tomada de decisão para

acções correctivas de médio e longo prazo.

Sendo este um processo dinâmico e de

aprendizagem, importa referir que a grande

maioria dos dados foi recolhida por via

secundária, i.e., recorrendo a informação

disponível e existente. Dessa forma,

constataram-se lacunas de informação nas

seguintes áreas: Recursos Humanos da

Saúde; dados relativos à Protecção Social

(Estruturas provedoras, número de pessoas

inscritas); infraestruturas de comunicação e

dados numéricos referentes a mapas de

pobreza. Estas lacunas encontram-se

devidamente especificadas em anexo, no

respectivo relatório de lacunas. O documento

assume um cariz dinâmico no momento em

que a actualização destes dados resulte

numa actualização do Perfil Municipal.

As imagens que ilustram o texto foram

maioritariamente capturadas pela equipa

técnica (são identificadas as fontes das

fotografias que não são de autoria da

equipa).

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14

2. INTRODUÇÃO

No âmbito do reforço das capacidades da

Administração Municipal, o Fundo de Apoio

Social (FAS) em parceria com o Ministério da

Administração do Território (MAT), através do

Instituto de Formação da Administração

Local (IFAL), e com várias entidades, tem

vindo a promover iniciativas e a criar

diversos instrumentos que permitem

melhorar o conhecimento do território

angolano, designadamente a nível

municipal. Assim o esforço tem sido na

obtenção de conhecimento tanto do território

como da realidade socioeconómica dos

Municípios, permitindo uma análise integral e

holística da situação de cada um deles. Este

conhecimento do território permitirá a

definição de políticas de intervenção a nível

local, atenuando as debilidades e reforçando

os pontos fortes, designadamente através da

elaboração e execução de Planos plurianuais

de Desenvolvimento Municipal (PDM). Um

dos instrumentos que permite este

conhecimento do território é o Perfil

Municipal, que o MAT aprovou em 2008

como sendo um parâmetro uniforme e uma

ferramenta essencial para a planificação e

gestão municipal, pois recolhe dados

relativos à situação geográfica, demográfica,

socioeconómica e do bem-estar da

população dos Municípios.

Assim, o Perfil Municipal permite:

i) integrar políticas públicas e sistemas

sectoriais e nacionais,

ii) analisar o sistema produtivo e as

aspirações do sector privado a nível local,

iii) optimizar os princípios das reformas em

curso sobre a descentralização

administrativa e a constituição do poder local

autárquico em Angola.

iiii) contribuir para o reforço gradual da

capacidade das Administrações na

preparação de processos de recolha de

dados e informações e respectiva análise.

Este perfil tem como principal característica o

facto de ser dinâmico, permitindo

actualizações frequentes. Revelou-se, por

isso, um processo mais complexo que outros

Relatórios de Diagnóstico Municipal, pois

além da produção de informação / obtenção

de um diagnóstico acerca do Município,

tratou-se de capacitar os técnicos para

poderem, de forma autónoma, proceder à

elaboração de trabalhos análogos e da

actualização daquele que aqui se apresenta.

Este trabalho foi desenvolvido pelas

Unidades Técnicas do Município,

acompanhadas pela PLURÁLIA, sob

supervisão do FAS. Compilou-se um vasto

conjunto de dados quantitativos, qualitativos

e cadastrais que reflectem os principais

aspectos geográficos, populacionais e

socioeconómicos do Município, assim como

as principais características da

Administração Municipal. As fontes utilizadas

são diversas, desde registos de entidades

oficiais até testemunhos das autoridades

tradicionais.

Foram recolhidos dados primários e

secundários e a forma como estão

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PERFIL MUNICIPAL DINÂMICO DE CATABOLA

15

armazenados em plataforma electrónica

permite um fácil manuseamento e

actualização da informação. Neste Perfil

Municipal, mais do que proceder à recolha

de informações, obteve-se um capital de

conhecimentos para os Técnicos do

Município que constitui uma verdadeira mais-

valia em termos de desenvolvimento local.

Os encontros desenvolvidos entre os

especialistas da PLURÁLIA e os técnicos do

Município tiveram vários formatos:

workshops, reuniões de trabalho, acções de

formação, trabalho de campo com os pontos

focais, visitas de rotina e de monitorização

aos Municípios efectuadas pelos técnicos e

especialistas e assistência tecnológica.

Contou-se com o apoio por parte da

Administração Municipal neste processo de

formação - acção – trabalho de campo.

A elaboração do Perfil Municipal teve como

linha orientadora o Paradigma de elaboração

dos Perfis Municipais. Os trabalhos

decorreram em quatro grandes fases:

1. Fase de arranque

2. Fase de formação e capacitação dos

técnicos do Município

3. Fase de recolha de dados

4. Fase de elaboração do perfil

Para a fase 3 foram disponibilizados

instrumentos de recolha de informação

(questionários e check lists) facilitadores do

processo de investigação e diagnóstico por

parte dos técnicos das Administrações

Municipais. Cada um destes instrumentos de

recolha tem uma temática específica e

contribui para alimentar os vários indicadores

definidos pelo FAS, sendo basilares para a

elaboração do Perfil Municipal.

Os instrumentos foram apresentados e

explicados às Unidades Técnicas (e outros

participantes) durante os workshops, sendo

clarificada a metodologia de

utilização. Foram também criados

guiões das entrevistas a serem

aplicadas a actores locais, grupos

focais e figuras de destaque a

nível do Município.

Embora os referidos instrumentos

fossem entregues a técnicos

específicos, optou-se por nomear

um coordenador do projecto que

assumisse a complementaridade das

diferentes tarefas e garantisse o

cumprimento dos prazos estipulados. A este

coordenador foi facultada a possibilidade de

estar em permanente contacto com a

Plurália, através do Ponto Focal e, sempre

que solicitado, com o técnico especialista.

Nas actividades de pesquisa para recolha de

dados secundários, procedeu-se ao

respectivo registo e anotação / identificação

das fontes, colectando-se as evidências do

processo de pesquisa. Posteriormente

avançou-se para a recolha de dados

primários. A este nível, também, sempre que

foi solicitado, foram especificadas técnicas

de recolha. Foi explicada a importância da

Figura 6. Formação da Equipa Técnica

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16

complementaridade das diferentes tarefas e

das várias equipas, essenciais à construção

de um trabalho coerente e integrado.

Além da atenção dada à questão

metodológica do processo de recolha, houve

a preocupação de sedimentar a consciência

de um necessário trabalho em equipa,

essencial para a concretização de um

projecto com estas características dinâmicas.

Após a recolha dos dados, procedeu-se à

sua inserção na Plataforma Dinâmica de

Base de Dados, sua análise e elaboração do

relatório que agora se apresenta.

Figura 8. Equipa Técnica em processo de inserção de dados

Figura 7. Técnico em trabalho de campo e recolha de dados

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17

3. HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

3.1 - EVOLUÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E POLÍTICA DO TERRITÓRIO

Origem e cronologia do assentamento

dos povos

“Nos tempos antecedentes à chegada dos

portugueses, isto é, precedentemente ao

ano de 1475, na zona existiam dois reinos:

ONDULO e VIÉ, sob os quais ficava a

povoação de Katabola.

A área era habitada pelos Umbundos

Bailundos e Umbundos Bienos, que eram a

maioria. No Sul e Leste moravam os povos

Nganguelas. Esta zona, logo a seguir à

colonização, foi sujeita primeiramente só ao

comércio de escravos e subsequentemente

aos trabalhos forçados da população. Todas

as obras públicas foram erguidas com este

tipo de trabalho.

A Vila foi fundada, provavelmente, à volta de

1820, pelos Portugueses oriundos da

Estremadura, região nos arredores de

Lisboa. O ano de 1820 marca a data da

fundação da freguesia de Nova Sintra; esta

situação torna a ser um facto através da

presença pela primeira vez nesta localidade

de Portugueses provenientes de Sintra, em

Lisboa, nomeadamente Doutor Pessoa,

Senhor Eduardo Cachuco, Sr. Dinis, mais

conhecido por Capininili e o Sr. Castelo

Branco.

A denominação de Katabola surgiu numa

das frases da Língua idioma Nganguela,

povo original que habitou nesta vila no

século XVI no Reino do Soba Wango-wa –

Jamba ou Wango – Wavissapa.

Este Soba era por natureza,

muito mau. Quando batesse

em alguém, “tinha de rachar”.

Tal acto de magoar, ferir

alguém denominava-se

“Kutavula”, em Nganguela, o

que em Português significava

literalmente “rachar” e em

Umbundo significava

“Katavola”; veio esta

expressão a derivar em

Português por Katabola, actual

Figura 9. Território circundante da Vila de Catabola

Fonte: weather-forecast.com

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18

nome do Município.”

(Citado de «Resumo historial da Vila de Katabola,

Administração Municipal, 2006»)

Personalidades marcantes da história recente do município

São várias as personalidades que se foram

destacando, ao longo da história recente do

Município de Catabola, em sectores e

aspectos diferenciados.

Desde logo o Doutor Walter Stranguay, cujo

nome foi dado ao Jardim do Município, foi

um Médico canadiano que criou em 1928 o

Hospital Missionário da Chissamba (a cerca

de 10 Km da vila) e que, ao serviço da

população, fez desta Unidade Hospitalar

uma referência durante décadas,

nomeadamente através do seu trabalho

com a lepra.

Vários Chefes de Posto foram também

referência para o desenvolvimento de

Catabola: Carranca Santos, Vasco Santos,

Castelo Branco (o Saiamba), e, talvez por

ser o último Chefe de Posto, o Chefe

Mangueicha.

A referência ao Reverendo Padre Guilherme

é também incontornável, pela forma como

dirigiu os aspectos sociais do seu trabalho

na Comunidade.

O Regedor Municipal Salomão Soma, assim

como o Regedor Municipal Adjunto Cornélio

Cayumba, marcam a recolha pela tradição

oral de muitos dos aspectos sociais e

culturais do Município.

Figura 10. Entrada da Vila de Catabola

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19

3.2 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS SOCIAIS E ANTROPOLÓGICAS

A formação etno-linguística do território que

hoje constitui o Município de Catabola é

diversificada, como são diversas as origens

dos povos que aqui fizeram assentamento,

encontrando-se 3 línguas ou dialectos

fundamentais na representatividade etno-

linguítica materna. O Umbundo é

maioritário, com cerca de 65% de

incidência. Encontra-se uma

representatividade linguística materna

Nganguela, com cerca de 25% de incidência

e em menor representação o grupo etno-

linguístico Kioko, que enquadra cerca de

10% da população.

A população da região apresentou ao longo

dos tempos costumes culturais associados

à música e à dança.

As danças Catita, Olundongo, Savoia,

Ocanhe, Omenda Cuenda e Osseya são

expressões associadas ao território de

Catabola. Os instrumentos musicais que

acompanhavam as danças e rituais eram

diversificados: Okalialia, Ochissaji, Ondingu,

Onôma, Omussa, Ombumbumba e

Ochingufu faziam parte do arsenal cultural

do território.

No seu dia-a-dia, as mulheres vestiam os

seus panos pintados – opindali ou kavichala

– que cintavam com uma tira preta a que

chamavam de olimbueta. Os homens

usavam o bimbalanco ou ombilili, um pano

que os envolvia até aos pés, e calçavam

oluhakus ou ovipalacatas, que hoje chamam

de alpargatas.

A circuncisão era uma prática tradicional

corrente, A evamba era efectuada aos

rapazes pelo Chinganji (que tem como Rei o

Embuangungu, que só aparece em cada 5

anos). As raparigas eram excisadas pela

prática de ochissambué, que era animada

pela Okaviúla.

Atravessando dos tempos ancestrais até

aos nossos dias, o alambamento sempre foi

respeitado na região.

Muitas destas práticas ancestrais ainda hoje

têm algum relevo na população,

principalmente no que respeita às épocas

festivas.

Fonte: Resumo historial da Vila de Katabola, Administração Municipal, 2006

Figura 11. Grupo Otchiganje, símbolo da cultura biena

Fonte: Portal Angop

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20

Tradição economico-produtiva de Catabola pré Independência Nacional

No panorama do tempo colonial, Nova Sintra era um dos Concelhos mais jovens da

Província do Bié, não deixando de ser, no entanto uma das suas zonas mais produtivas.

Este Concelho foi essencialmente agrícola, destacando-se na tradição produtiva de milho,

feijão, citrinos, crueira, arroz, trigo e sisal. Na altura da independência, estava a

desenvolver-se na zona a cultura do café.

Em crescimento constante, a sede do Concelho possuía um alargado conjunto de infra-

estruturas socio-económicas e de serviços públicos, que se resumem na tabela 2.

Infra-estruturas e Serviços Públicos pré 1974

Correios Telégrafos e Telefones - estação de 2ª classe

Câmara Municipal de Nova Sintra

Delegação do Grémio de Milho

Escola Primária nº 69 – Luís Verney

Estação do Caminho de Ferro de Benguela

Estação dos Institutos dos Cereais de Angola

Igreja de Santa Teresinha

Internato Artur de Paiva – secção feminina do Instituto de Assistência Social de Angola

Julgado Municipal

Organização Provincial de Voluntários e Defesa Civil de Angola

Paróquia de Nova Sintra

Tabela 2. Infra-estruturas sócio-económicas e Serviços Públicos do Tempo Colonial

A ACIP (Agricultura, Comércio, Indústria e

Profissão) congregava, no início dos anos 60, um

conjunto de 13 sectores produtivos que se

concretizavam na existência de 93 empresas no

Município, de acordo com tabela abaixo

apresentada:

Sector

Número de empresas

registadas na ACIP

Padaria 3

Moagem 1

Comércio Geral 46

Pecuária e Criação de Gado

11

Agricultura 22

Armazém 1

Confecções e Calçado

1

Bar e Cantina 1

Materiais de Construção e

Ferragens 3

Transportes de Carga 1

Combustíveis e Lubrificantes

1

Comércio de Produtos

Ultramarinos 2

Tabela 1. Empresas registadas na ACIP nos anos 70

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21

Evolução da organização administrativa

e política do território

Até 1932, Catabola era o primeiro Posto

Administrativo pertencente ao Concelho do

General Machado.

Por Portaria do então Distrito de Silva Porto

– Bié, de 13 de Julho de 1963, o Município

passou à qualificação de Concelho de

Katabola.

A chegada, em 1924, do Caminho de Ferro

de Benguela originou a criação, em 1926,

da Estação de Nova Sintra. A vila de Nova

Sintra adquiriu estatuto de Posto

Administrativo dependente de Katabola

mantendo fortes ligações comerciais com os

Postos de Sande, Chissamba e Chiúca.

Sande era uma Colónia Penal para

prisioneiros portugueses e cabo-verdianos;

estes prisioneiros foram utilizados

localmente para o desenvolvimento da

cultura do milho e do trigo e para o

desenvolvimento da criação de gado bovino,

gerando um movimento comercial elevado

na região.

No ano de 1955 o Governo Colonial

desanexou Katabola de Kamacupa,

concelho de General Machado, por portaria

do então Distrito do Bié – Silva Porto.

Com a reforma Ultramarina do ano de 1963,

o número dos Concelhos em Angola

aumenta e assim o nosso Município passou

da categoria de Posto Administrativo para

Concelho de Katabola, com sede em Nova

Sintra (despacho de 13 de Julho de 1963).

Nesta data surgiram, pelo mesmo

despacho, os Postos de Chipeta, Caiuera,

Sande, Chiúca e Cuando Cubango – na

altura na Província do Bié.

A partir dos anos 60 houve uma forte

penetração comercial na região por parte

das empresas portuguesas, alemãs e

italianas. A Província foi dividida em zonas

de influência e a Itália tornou-se

responsável da zona de Katabola. Nesse

período, foram instaladas indústrias e

incrementada a agricultura.

A partir de 1970, com o início da luta

armada da libertação nacional e

independência do País, os ciclos produtivos

sofreram as quebras inerentes à situação

sócio-política nacional.

O período Pós-Independência

O período pós-independência, com os

sucessivos confrontos entre as forças

políticas nacionais, foi marcado por ataques

e emboscadas que originaram a fuga das

populações para os centros mais populosos.

O abandono dos campos, em sequência da

guerrilha, motivou a escassez de recursos,

nomeadamente os recursos alimentares.

Em toda a extensão provincial do Bié a

guerra foi particularmente feroz, tendo

destruido a maior parte das infra-estrututras

sociais e económicas, obrigando a maioria

dos habitantes a refugiarem-se na sede da

Província.

Em Março de 1991, com a assinatura do

armistício, as populações regressaram às

aldeias e retomaram algumas actividades

do sector primário. Porém, em Dezembro de

1993 voltaram a refugiar-se nos centros

populacionais, na sequência de novos

movimentos guerrilheiros.

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22

O ano de 1998 foi marcado pelo forte

recrudescimento dos combates e muitos

habitantes das áreas vizinhas encontraram

refúgio em Catabola. Com a implementação

dos Acordos de Lusaka, muitos

Catabolenses regressaram ao Município e

uma boa parte da população deslocada

voltou às terras de origem.

Fonte: Resumo historial da Vila de Katabola, Administração Municipal, 2006

Figura 12. Vista de Catabola, no ano de 2004

Fonte não identificada, captura em snipview.com

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23

Trajectória de Governação no Município

O início da história do Poder Administrativo

Local do território que hoje constitui o

Município de Catabola iniciou-se com o

Soba Wango-Wa Jamba.

O Senhor Vinhas de Novais segue o rumo

da Administração deste Posto, sucedido

pelo Doutor Pessoa Guimarães e,

posteriormente, o Senhor Maquete,

conhecido pelo Cabo Verdiano, que

governava o Município à data da

Proclamação da Independência.

Desde a Independência Nacional, o

Município de Catabola conta com um

historial de doze Administradores

Municipais. Os seus nomes apresentam-se

na Tabela abaixo, estando devidamente

identificados os seus períodos de

Governação Local.

Posição de Administrador Período

Nunes Carvalho Chicapa 1977/79

Hernani Duarte Figueiredo 1979/80

Enoque Pedro 1980/82

Serafim Molar Feleda 1982/84

Alfredo Carlos Pepino Massoxi 1984/86

Felix Gengua 1986/87

Faustino Kaquarta 1987/91

Francisco Gaspar 1991/94

Eurico Sassenta 1994/2003

Gabriel Hinse 2003/2009

Antunes Sapalo 2009/2014

Domingos Óscar Costa Pascoal 2014 à actualidade

Tabela 3. Personalidades com função de Administrador Municipal desde a Independência Nacional

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24

4. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E AMBIENTAL

4.1 - ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO

O Município de Catabola localiza-se no centro da Província do Bié, distando 56 km a Leste da capital

provincial. Limita a Leste com o Município de Camacupa, a Norte com o Município de Nharea, a

Nordeste com o Município de Andulo, ao Sul com a Comuna de Kambandua e a Oeste com a Comuna

do Cunje, ambas do Município do Cuíto. Tem uma superfície de 5.148 km2 e encontra-se a uma altitude

de 1.538 metros. Referencia-se geograficamente nas coordenadas de longitude 17’16’56’’ e de latitude

12’08’43’’.

Catabola tem 6 Comunas, que integram 28 ombalas grandes, 7 povoações e 272 aldeias. As Comunas

de Catabola são: Comuna Sede, Chipeta, Sande, Caiuera, Muquinda e Chuíca.

Figura 14. Localização do Município de Catabola na Província do Bié

Figura 13. Província do Bié no Mapa de Angola

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25

4.2 - CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS E RECURSOS NATURAIS

Clima

O clima do Município é húmido temperado,

com uma temperatura média de 22ºC de

máxima e de 17ºC de mínima. Existem

duas estações bem diferenciadas:

A estação seca e fresca, conhecida por

“cacimbo”, que vai de meados de Maio

a meados de Setembro, com

temperaturas médias de 2 graus a

mínima e 10 graus a máxima;

A estação chuvosa e quente, que vai de

meados de Setembro a meados de

Maio, com temperaturas médias de

18ºC a mínima e 25 ºC a máxima.

Os valores da precipitação anual andam

em média pelos 1400 e 1600 milímetros.

Solo e Relevo

Do ponto de vista morfológico, o tipo de

solo predominante é ferralitico, pobre

devido ao constante uso e lavagem pelas

chuvas; existem zonas onde os alusivinais

são mais ricos que os ferraliticos.

Embora se situem a uma altitude elevada,

os terrenos são, na sua maioria, pouco

acidentados pelo que os riscos de erosão

são mínimos.

Figura 15. Terrenos pouco acidentados onde se pratica agricultura

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26

Principais Recursos Naturais

Os principais recursos naturais da área do

Município são associados à qualidade dos

solos para as práticas agrícolas, pois

apresentam boa rentabilidade e uma quota

interessante de água.

O subsolo ainda não está suficientemente

investigado para se poder saber que

riquezas contém.

Os cursos de água são abundantes, o que

assegura a possibilidade de abastecimento

às populações e também condições de

irrigação dos solos. A caça é também um

recurso natural do Município, assim como

as espécies piscícolas que existem nas

lagoas formadas pelos abundantes rios da

região.

Fauna e Flora

A Fauna da região caracteriza-se por espécies relativamente vulgares no território nacional. Na maioria é uma Fauna de médio porte que não oferece

ameaças na proximidade ao Homem ou às povoações.

Tabela 4. Fauna existente no Município de Catabola

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27

A Flora é constituída por vegetação aberta, tipo savana, com zonas de árvores de médio e alto porte de onde se destacam o eucalipto, o omene e a

onjanja.

Tabela 5. Flora existente no Município de Catabola

Figura 16. Fauna e flora da região

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28

4.3 - RECURSOS DO SUBSOLO

Apesar de haver indicadores de que o subsolo da região

do Município de Catabola possa conter algumas riquezas,

não existem ainda dados que permitam identificar os

recursos existentes.

Projectos de mapeamento dos recursos do subsolo

produziram já alguma referenciação, conforme se

apresenta na imagem, apontando a possível existência de

veios de quartzo na região.

Figura 17. Mapeamento de recursos do subsolo

Fonte: Black Fire Minerals, disponível em www.blackfireminerals.com.au

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29

4.4 - RECURSOS PISCATÓRIOS

Os recursos piscatórios da região são típicos dos rios nacionais. Toda a pesca se faz em rio e lagoa, em modelo tradicional, utilizando muitas vezes

sistemas arcaicos de captura.

Os tamanhos das reservas são ainda indeterminados, estimando-se que na Província do Bié sejam capturados, por ano, cinco mil quilos de peixe das

diversas espécies.

Embora existam na Província várias associações de pescadores, muitos destes recorrem às tradições ancestrais de utilização de Nassa, vulgo Muzua,

para colmatar a pouca disponibilidade de redes de pesca nas comunidades.

Tabela 6. Caracterização dos recursos piscatórios

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30

4.5 - RECURSOS ATRACTIVOS PARA LAZER E TURISMO

A região é rica em monumentos e sítios de interesse que potencialmente são atractivos para o desenvolvimento do Lazer e do Turismo. Contabilizam-se

75 pontos de interesse que abaixo se identificam, devidamente organizados por grupos, dependendo do seu âmbito.

PONTOS DE POTENCIAL INTERESSE TURÍSTICO E DE PRÁTICAS DE LAZER

Monumentos

Civis 26

Edifício dos correios – CTT; Administração Municipal; Estação CFB; Grémio de Milho; Clube Desportivo; Hospital de Chissamba; Câmara Municipal; Fábrica de Etapi, de Sisal-Havo, de sisal Etunda; Fábrica de perfume Nola-Chipeta; Estação CFB – Chipeta; Grémio de milho-Chipeta; Administração – Chipeta; Bar Chipeta; Padaria Chipeta; Bar Estrela Reis; Boutique Bambi; Bar Inês; Bar Joana; Hospedaria Midões; Padaria Confiança; Padaria Ferrão; Padaria Domingos Rolo; Cerâmica - Joaquim Dias e Maia.

Religiosos 8 Missão de Chissamba; Missão de Chitalela, de Entre - Rios, de Canhanho, de Capango; Paróquia de Santa Teresinha - Katabola, de Chipeta e de Caxito.

Funerários 21 Ombala Chissingui, de Cacunho, de Katabola, de Chissende, de Chiteque, de Bonga, de Chissamba, de Chipeta, de Capoco, de Nende, de Calúca, de Chiúca, de Muquinda, de Missene, de Chitalela, de Ongue, de Saculefía e de Sachissica.

Locais

Ambientais 6 Ombala Katabola, Missão Chitalela, Cataratas - Rio Cunje, Ombala Chitalela, Sachondi, Caiuera, Nende, nascente de rios - Ussanga.

Naturais 7 Antiga Feira, Campo de jogos, jardim Frente a Igreja Católica, Frente Câmara Municipal, Capitação de água /Lomanda, Capitação de água ILondela.

Históricos 7 A Cacimba da Administração Municipal, Martires de Kamuxito, Cândido.Contreira, Marco de Canalização - água 1953, Pedra com sinallupestre.

Tabela 7. Recursos atractivos do Município para práticas de lazer e turismo

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31

Figura 18. População residente na Província do Bié, por Município, género e área de residência

5. CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA

5.1 - DEMOGRAFIA MUNICIPAL

O Censo 2014 possibilitou a aferição populacional,

apurando-se, pelos resultados preliminares já

publicados, que a população do Município de

Catabola é de 118.285 habitantes.

Assiste-se, na aferição da população, a um acerto que

revela um decréscimo de valores populacionais para o

Município, em relação às estimativas que

anteriormente estavam disponíveis (182.429 de

acordo com dados da Administração de 2013). O total

da população corresponde a 8,8 % da população da

Província do Bié, sendo o 4º município mais habitado.

Brevemente, com a publicação dos dados totais do

Censo 2014, será possível proceder à análise da

população do Município contabilizando outras

dimensões.

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32

47%53%

Homens Mulheres

Figura 20. Gráfico de distribuição da população, por género

No que diz respeito à densidade demográfica, Catabola apresenta 41,4

habitantes por quilómetro quadrado, de acordo com o Censo 2014.

Face à densidade demográfica da Província, que é de 19 habitantes por

quilómetro quadrado, Catabola apresenta uma densidade bastante acima

desta média, sendo o 2º Município de maior densidade.

Figura 19. Censo 2014, Densidade demográfica da Província do Bié, por Municípios

5.2 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR GÉNERO

A distribuição da população por género apresenta os valores de 55.294 de homens e 62.991

de mulheres, o que significa um índice de masculinidade de 87,5 para o Município.

Será possível brevemente, com a divulgação dos dados definitivos do Censo 2014,

apresentar a distribuição da população por género e idade.

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33

5.3 - POPULAÇÃO ESTRANGEIRA RESIDENTE NO MUNICÍPIO

Segundo os serviços de emigração e estrangeiros residem no município 10 cidadãos estrangeiros na sua maioria de nacionalidade libanesa (4), além de

chineses, coreanos e cubanos. Na sua maioria trabalham na área de comércio e construção civil e (4) prestam serviços no sector da saúde.

5.4 - MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS IDENTIFICADOS NO MUNICÍPIO

Não existe registo de movimentos migratórios nacionais, ou seja, de mudanças de residência de munícipes de Catabola para outros Municípios ou de

munícipes de outros Municípios para Catabola.

Os movimentos migratórios de cidadãos nacionais circunscrevem-se a estudantes que procuram a frequência universitária em outras zonas do País,

sendo por isso considerados movimentos migratórios temporários.

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6. CARACTERIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E INSTITUCIONAL

6.1 - CARACTERIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

De acordo a Lei nº17 de 29 de Julho de 2010, a

estrutura orgânica da Administração Municipal

contempla:

• 1 Administrador Municipal

• 1 Administrador Municipal Adjunto

• 5 Administradores Comunais

• 5 Administradores Comunais Adjuntos

Competências da Administração Municipal

1. Elaborar a proposta do Plano de

Desenvolvimento do Município e garantir a

sua execução;

2. Executar os planos anuais de actividade;

3. Elaborar a proposta de orçamento da

Administração Municipal para ser integre no

OGE;

4. Coordenar a arrecadação de recursos

financeiros provenientes dos impostos, das

taxas e outras receitas devidas ao Estado;

5. Promover e apoiar as empresas e as

actividades económicas que fomentem o

desenvolvimento económico-social do

Município;

6. Elaborar o projecto de Plano Municipal de

Ordenamento do Território;

7. Promover o saneamento público;

8. Promover a organização rodoviária

(transporte, sinalização, e toponímia, etc…);

9. Licenciar terras para diversos fins, nos

termos da lei e decidir sobre os projectos de

construção unifamiliar e outros de pequena

dimensão, autorizar concessões de terrenos

até 1000 m2, e promover o cumprimento da

lei de terras;

10. Promover e estimular o desenvolvimento

económico local;

11. Assegurar a protecção dos cidadãos

nacionais e estrangeiros e fazer cumprir a

ordem da segurança pública.

Figura 21. Edifício da Administração Municipal de Catabola

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35

Figura 22. Administrador Municipal de Catabola

Perfil do Administrador Municipal em funções

Domingos Óscar Costa Pascoal, de nacionalidade Angolana, nasceu em 1971. É

licenciado em Psicologia pela Universidade Agostinho Neto.

Ocupou o cargo de Director Provincial do Comércio da Província do Bié até

2014, altura em que foi nomeado Administrador Municipal de Catabola.

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36

Figura 23. Organograma da Administração Municipal

Organograma da Administração Municipal de Catabola

Apresenta-se o Organograma da Administração Municipal de Catabola, de acordo com o publicado em Diário da República.

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37

Instrumentos de Planificação

Como instrumento fundamental de

planificação os municípios dispõem da Lei

nº17/10 de 29 de Julho, complementada com

o Orçamento Geral do Estado (OGE), o

Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-

2017, o Plano de Desenvolvimento

Económico 2013-2017 e o Plano Integrado

de Desenvolvimento Rural e Combate à

Fome e à Pobreza.

Para a concretização de qualquer projecto ou

acção é imprescindível planificar as

actividades. Para tal, este órgão tem utilizado

como instrumento fundamental de

planificação a Lei nº17/10 de 29 de Julho e

que regula a Organização e Funcionamento

dos Órgãos de Administração Local do

Estado. Tem sido prática a realização de

encontros de auscultação com as Direcções

de vários sectores e as autoridades locais

para opinar sobre os Projectos a serem

implementados pelos sectores e nas

diversas localidades com envolvência dos

líderes comunitários, no quadro de uma

governação transparente e participativa.

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6.2 - CARACTERIZAÇÃO DO CACS

O Conselho Municipal de Auscultação e Consertação Social (CACS), legitimado pelo decreto-lei 2/07, tem por objectivo apoiar a Administração

Municipal na apreciação e na tomada de medidas de natureza política, económica e social. O CACS de Catabola tem um regimento interno aprovado,

sendo constituído por 42 elementos. O responsável pela Secretaria classifica o actual funcionamento e dinâmica do CACS como excelente na sua

actuação na vida das comunidades.

Tabela 8. Composição de Conselho de Auscultação e Consertação Social - CACS

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6.3 - AUTORIDADES TRADICIONAIS

As Autoridades Tradicionais do Município totalizam 220 elementos, distribuídos de acordo com o apresentado na tabela 9. Denota-se o grande peso do

papel masculino no âmbito das Autoridades Tradicionais, pois somente um destes elementos é Mulher, uma Secretária de Regedor. As Autoridades

Tradicionais não estão, por agora, representadas no CACS.

Tabela 9. Designação das Autoridades Tradicionais do Município

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40

Figura 24. Reunião de Sobas do Município, Setembro 2014

“Desde de tempos remotos o poder tradicional já se fazia

sentir nas OmbaIas que congregavam 4 a 7 aldeias.

A eleição para cargos de Soba Grande fazia-se por linhagem

(osonde), para aqueles que estavam indicados assumir

cargos de sobas grandes. Deviam estar obrigados no que

chamamos de kochimela.

Chegada a altura para entrar e assumir as suas funções na

Ombala, o candidato realizaria uma caça furtiva e se por

exemplo fosse apanhada uma cabra do mato ou qualquer

animal macho diziam então: «este candidato governará a

Ombala pelo poder da parte paterna» e chamvam Osanga.

Da mesma forma se fosse fémea, «será pelo poder da parte

maternal» e chamavam (ombambi) yetembo.

Fonte: «História do Município»,documento da Administração Municipal, 2003

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6.4 - RECURSOS HUMANOS DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

O quadro de recursos humanos do Administração Municipal apresenta um total de 181 Funcionários. Destes, 70 são Mulheres, numa percentagem de

cerca de 39%.

Os recursos humanos apresentam formações académicas bastante diversificadas, podendo o Município contar com um funcionário com formação

superior e 42 funcionários com o Ensino Secundário.

É possível evidenciar que a maior parte dos funcionários da Administração Municipal possui o Ensino Primário completo.

Formação de Recursos Humanos da Administração Municipal

De acordo com as orientações superiores, no âmbito da formação dos recursos humanos das Administrações Municipais, foram disponibilizadas em

2014 três linhas de formação, discriminadas na tabela 10, que envolveram 74 Funcionários.

No âmbito do diagnóstico realizado, a área de formação mais necessária é, na actualidade, a área de actividades e procedimentos administrativos.

Tabela 10. Formação de Recursos Humanos da Administração Municipal

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42

Condições de Trabalho Existentes

A Administração Municipal está instalada numa moradia, qualificada como “boa” quanto ao seu estado de conservação e à qualidade do seu

apetrechamento. A estrutura tem 1 piso, com 13 divisórias e 6 WC. Existem 5 serviços da Administração que funcionam em outros espaços.

Meios Rolantes

O Município tem 13 viaturas afectas aos serviços, 6 afectas directamente à Administração e 7 ao serviço de outros serviços. O estado de conservação

das viaturas é considerado Bom (B).

Estruturas e Organizações de suporte ao desenvolvimento do Município

Existem diversas Estruturas e Organizações de suporte ao desenvolvimento do Município, que sob diversas formas e estratégias garantem a

implementação de projectos de Desenvolvimento Local. Destacam-se os projectos que decorrem directamente dos Programas agendados no Plano

Nacional de Desenvolvimento e afectos ao Orçamento Geral de Estado para cada ano civil. Destaca-se ainda a intervenção do FAS, Fundo de Apoio

Social, na construção de infraestruturas sociais nos diversos locais do Município: Centros de Saúde, Escolas e residências para os Técnicos da área

social.

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6.5 - ASPECTOS FINANCEIROS

O Orçamento Geral de Estado (OGE) é a fonte de financiamento para o funcionamento da Administração Municipal, no que diz respeito quer ao suporte

das infraestruturas, quer ainda no que concerne à implementação dos projectos em curso. Para o ano de 2014, o valor do OGE dedicado ao Município

foi de 1.463.967.989,50 Kwanzas.

As despesas da Administração Municipal foram contabilizadas por sector, apurando-se os valores de 483.952.857 Akz para o ano de 2014, embora

alguns sectores não tenham prestado informação, como se confirma pela tabela 11.

Tabela 11. Mapa de Despesas Orçamentais

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7. CARACTERIZAÇÃO SOCIAL

7.1 ORGANIZAÇÕES SOCIAIS

Sociedade Civil

A Comunidade, além do cidadão comum, é composta por diversas organizações representativas da Sociedade Civil que contribuem não só para a

integração e apoio aos cidadãos como também para dar corpo à estrutura social. É assim que o município de Catabola conta com um total de 71

organizações da sociedade civil, maioritariamente associações (45), como se descreve na tabela 12.

Algumas destas organizações (como os partidos políticos) foram enquadradas como organizações sociais, já que embora em defesa de uma minoria,

considera-se estarem voltadas para o interesse público.

Antes de analisarmos os principais tipos de organização, resumidamente, contabilizam-se as que existem neste Município:

Organizações Nº

Igrejas 11

ONG’s 2

Cooperativas 6

Sindicatos 1

Associações 45

Grupos Juvenis 0

Partidos Políticos 4

Associações do Sector Empresarial 2

Total 71

Tabela 12. Listagem de Organizações representativas da Sociedade Civil no Município

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45

Instituições Religiosas

Estão representadas no Município 11 Instituições Religiosas, com diversos locais de culto ao longo das Comunas. Especificam-se, na tabela 13, quais

são os Credos presentes, sendo que todos estão formalizados legalmente, e estão presentes a nível nacional.

Tabela 13. Instituições religiosas existentes no Município

.

Figura 25. Igreja da Fé Apostólica

Figura 26. Igreja do Bom Deus

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46

Organizações não-governamentais

As Organizações Não Governamentais presentes no Município actuam em áreas especializadas das vidas das Comunidades: a vacinação tem tido o

apoio da Acção de Desenvolvimento e Enquadramento Social das Populações Vulneráveis (ADISPOV), no apoio aos jovens está presente a Associação

de Naturais e Amigos de Calima (ANAC).

Partidos Políticos

Os partidos políticos com representação no Município são o MPLA, a UNITA, a FNLA e o CASA-CE.

Ainda não foi possível obter dados sobre o número de membros e trabalhadores de alguns partidos. Foi apurado que o MPLA reúne, no Município,

46.422 membros afiliados, contando com um grupo de 15 trabalhadores.

Três das quatro forças políticas de Catabola estão representadas no CACS, excepto o CASA-CE.

Organizações Sindicais

É reconhecida no Município uma Organização Sindical que congrega elementos trabalhadores das várias áreas das comunidades, conforme o próprio

nome especifica: Sindicato dos trabalhadores da Educação, Saúde, Agricultura, Juventude, Desporto e Comunicação Social.

A Organização Sindical agrega 4 trabalhadores, não participando no CACS.

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47

Associações e Cooperativas

Existem no Município de Catabola 47 Associações e 6 Cooperativas. No seu conjunto, mobilizam um total de 3.217 associados. Destes, 1.318 são

Mulheres, fortemente presentes no movimento associativo e cooperativo, embora não em maioria. A maior parte destas organizações dedica-se a

aspectos ligados ao desenvolvimento da Agricultura.

Tabela 14. Associações e Cooperativas do Município de Catabola

No que diz respeito ao movimento associativo e cooperativo para a área da Agricultura, as entrevistas realizadas permitem perceber que existem, quatro

principais razões para que a população se agregue em movimentos cívicos, nomeadamente o acesso a Programas e Planos de incentivo e apoio

(sendo esta a razão mais forte para o Associativismo e Cooperativismo), o acesso a financiamento bancário e a possibilidade de aquisição de

conhecimentos e formação técnica também são factores de mobilização e por último os agricultores agrupam-se para a aquisição conjunta de

equipamentos e insumos agrícolas.

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48

Figura 27. Lançamento da construção da Escola no Bairro Simione (Catabola - 5 Fevereiro 2014)

Fonte: Portal Angop

8. CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS EDUCATIVOS E DE

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

8.1 SERVIÇOS EDUCATIVOS

A Educação é um dos pilares do desenvolvimento. No processo de elaboração deste perfil tentou-

se recolher informação não só acerca da oferta educativa, mas também das necessidades e das

condições em que o ensino ocorre pois, considerando a elevada taxa de natalidade em Angola,

esta é uma questão fulcral.

O número total de Escolas do Município era, no final do ano de 2013, de 208, divididas

pelos 3 níveis de educação primária e secundária, de acordo com os dados apresentados

na tabela 15. O Município tem vindo, anualmente a fazer um esforço grande para dignificar

as Escolas, na certeza de que a Educação constitui uma prioridade da Administração

Municipal para a melhoria das condições de vida dos habitantes de Catabola.

Catabola

N.º Escolas

Escolas Primárias

Iº Ciclo IIº Ciclo

Comuna Sede

69 10 2

Caiuéra 14 2 0

Chipeta 37 2 0

Chuíca 49 2 0

Sande 19 2 0

TOTAL 188 18 2

Tabela 15. Número de escolas primárias e secundárias do Município, no final de 2013

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Figura 28. Inauguração de uma nova escola primária em Calombambi (Agosto de 2014)

Fonte: Portal Angop

No âmbito das obras em curso e dos investimentos realizados na área da Educação, foram construídas ou reabilitadas 9 (nove) Escolas Primárias, 6

(seis) pelos fundos provenientes do OGE, 2 (duas) por comissões de pais e 1 (uma) pela IECA.

No ano de 2014 foram iniciadas novas construções e reabilitações do parque escolar, conforme tem sido noticiado na Comunicação Social. Em Agosto

foram inauguradas duas novas escolas, com quatro salas cada, na comunidade de Calombambi.

Quanto ao tipo de edifício onde funcionam e ao seu estado de conservação, das 212 Escolas contabilizadas já no ano de 2014 apenas 24 são

definitivas. Estes valores resultam numa contagem de 692 salas de aula, distribuídas em três condições diferenciadas: salas definitivas (88), salas

provisórias (376) e salas improvisadas (228), estas últimas apenas existentes como resposta ao Ensino Primário, face à quantidade de alunos deste

nível.

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50

Tipo de instalação das escolas Número

Escolas definitivas primárias 11

212 Escolas

Escolas definitivas secundárias 13

Escolas construídas com material local 188

Número de salas de aula definitivas primárias 32

692 Salas de

aula

Número de salas de aula definitivas secundárias 56

Número de salas de aula provisórias primárias 357

Número de salas de aula provisórias secundárias 19

Número de salas de aula improvisadas primárias 228

Tabela 16. Tipologia de instalação das escolas, em 2014

Figura 29. Algumas escolas do Município de Catabola

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Alunos Matriculados nas Escolas do Município

No que respeita ao número de alunos matriculados, no ano de 2014 frequentaram as escolas um total de 54.909 alunos distribuídos pelos diversos

níveis de ensino, de acordo com o apresentado na tabela 17.

Comuna Ensino Primário I Ciclo II Ciclo Total

MF F MF F MF F MF F

Sede 20.966 7.989 4.625 1.985 1.821 672 27.412 10.646

Chipeta 6.457 2.072 526 262 - - - - - - 6.983 2.334

Sande 4.797 1.910 286 122 - - - - - - 5.083 2.032

Chiúca 10.874 4.106 590 129 - - - - - - 11.464 4.235

Caiuéra 3.594 1.204 373 138 - - - - - - 3.967 1.342

TOTAL 46.688 17.281 6.400 2.636 1.821 672 54.909 20.589

Tabela 17. Alunos matriculados em 2014, por Comuna e nível de ensino que frequentam

O universo das alunas é inferior em relação ao dos alunos, em todos os níveis de escolaridade. No seu total, o universo masculino é de 34.320 alunos,

que correspondem a 62,50% do total de alunos do Município.

Por ciclos de estudos, verificam-se as seguintes percentagens de alunos de género masculino: para o ensino primário, 62,98%; para o 1º ciclo do ensino

secundário, 58,81%; para o 2º ciclo do ensino secundário, 63,09%

Tendo em conta o índice de masculinidade calculado para o Município (87,5), percepciona-se que possa existir uma maior incidência de raparigas fora

de frequência escolar. Quanto às crianças fora do sistema de ensino o Município controla 11.225, cifra que se justifica por duas razões principais:

• Insuficiência do pessoal docente.

• Insuficiência de infra estruturas escolares.

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8.2 CORPO DOCENTE

Foram, no início do ano lectivo de 2014, alocados 1.566 docentes

para as Escolas do Município de Catabola. Ao longo do ano lectivo,

foram desmobilizados, por razões diversas, 62 docentes (27

reformados, 27 ausentes e 8 falecidos), tendo o ano terminado com

um efectivo de 1.504 docentes, distribuídos de acordo com a tabela

18.

No âmbito das respectivas habilitações, é possível determinar que apenas 18 docentes apresentam habilitações de nível superior, sendo notória uma

extensa maioria de docentes que possuem o nível básico de habilitações: 1.122 docentes, como se observa na tabela 19.

Tabela 19. Habilitações do Corpo Docente afecto ao Município em 2014

Professores M F Total

Ensino Primário 662 408 1.070

Administrativos 54 40 94

Subtotal 716 448 1164

I ciclo 168 43 211

Administrativos 21 13 34

Subtotal 189 56 245

II ciclo 67 16 83

Administrativos 8 4 12

Subtotal 75 20 95

Total geral 980 524 1504

Tabela 18. Quadro docente afecto, no ano lectivo de 2014, ao Município de Catabola

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Figura 30. Identificação, em 2006, da abertura da EFP na Província do Bié

Fonte: ADPP, Angola

Do diagnóstico que tem vindo a ser feito pela Administração Municipal estimam-se, como já foi indicado, mais de onze mil crianças fora do sistema e

uma das razões identificadas é a falta de pessoal docente que assegure as funções lectivas.

A tabela 20 especifica os níveis onde são mais necessários os reforços de professores, estimados em 540, distribuídos pelos diversos níveis de ensino.

Tabela 20. Níveis em que faltam professores

O Município conta com uma escola de formação de professores, orientada pela ADPP –

Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo e integrada no Programa «Escola de

Professores do Futuro».

A Escola possui instalações adequadas, em bom estado de conservação, contribuindo

anualmente para colmatar as faltas de pessoal docente no Município.

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Ensino de Adultos

A implementação da Alfabetização tem sido uma realidade no Município, contabilizando, no

ano de 2014, o trabalho de 130 alfabetizadores que trabalharam na Educação de Adultos

nos dois projectos em vigor: «Para gostar de ler e escrever» e «Sim, eu posso».

Os dois programas de Alfabetização reuniram um total de 3.900

participantes no ano de 2014: no programa «Para gostar de ler e

escrever» participaram 1.500 alunos e no programa «Sim, eu

posso» participaram 2.400 alunos. Apresenta-se, na tabela 22, a

distribuição por grupo etário e género dos participantes na

Alfabetização.

Comuna Alfabetizadores

MF M

Sede 48 17

Chuíca 31 8

Sande 21 2

Chipeta 15 5

Caiuera 15 0

Total 130 32

Tabela 21. Alfabetizadores em funcionamento no ano de 2014

Grupo Etário

Para gostar de ler e escrever

“Sim, eu posso” Total Geral

MF M MF F MF F

12 aos 15 anos

198 109 480 298 678 407

16 aos 18 anos

402 230 378 412 780 642

19 aos 25 anos

490 272 582 354 1.072 626

26 aos 35 anos

270 124 670 211 940 335

Mais de 35 anos

140 74 290 214 430 288

Total 1.500 809 2.400 1.489 3.900 2.298

Tabela 22. Alunos em frequência dos Programas de Alfabetização no ano de 2014

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Comuna Nº de escolas

abrangidas Nº de alunos abrangidos

Sede 10 960

Chuíca 4 970

Sande 3 970

Chipeta 7 980

Caiuera 5 980

Aldeia Comunal de Muqinda 4 900

Total 33 5.760

Tabela 23. Número de escolas e alunos beneficiados pela atribuição da Merenda Escolar, por Comunas

Merenda Escolar

O programa Merenda Escolar representa um suplemento alimentar

indispensável ao aluno e constitui grande incentivo para o rendimento escolar.

A merenda escolar no Município de Catabola é um facto a considerar e, tendo

em conta o seu objectivo de elevar a taxa de matrícula, assistência às aulas, o

melhoramento do aproveitamento Escolar, evitar o absentismo e o abandono

Escolar, tem um impacto visível na população estudante abrangida. No ano de

2014 foram distribuídos: 3.270 sumos; 1.180 packs de bolachas; 3.270

unidades de leite com chocolate.

Foram beneficiados 5.760 alunos de 33 escolas do Município, distribuídos de

acordo com a tabela 23.

A utilização de produtos locais na Merenda Escolar tem vindo a aumentar

as possibilidades de apoio em algumas zonas. No Município, foram

distribuídas Merendas de produtos locais em 5 escolas, abrangendo 1.596

alunos no ano de 2014, conforme apresentado na tabela 24. Os estudantes

sentem-se mais identificados com este tipo de produtos ao mesmo tempo

que se reduzem custos quando comparados com bens importados.

N/O Comuna Escolas Nº Alunos anterior

Nº de Alunos actual

1. Sede Sessaca 200 267

2. Chipeta Sete casas 210 367

3. Chiúca Escola primária de Chiúca

200 270

4. Caiuera Escola primária Mateus Chicanha

200 490

5. Sande Escola primária do Sande

200 202

Total 1.010 1.596

Tabela 24. Escolas abrangidas pelo programa de Merenda Escolar com produtos locais

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9. CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E

SANEAMENTO

9.1 SERVIÇOS DE SAÚDE

Os Serviços de Saúde do Município estão presentes nas várias Comunas, contabilizando-se 2 (dois) hospitais, 5 (cinco) Centros de Saúde e 1 (um)

Posto de Saúde, conforme apresentado na tabela 25.

Tipologia da US Raio de cobertura

(em Km)

População abrangida (nº de

habitantes) Nome da Unidade Sanitária (US) Posto de Saúde

Centro de Saúde

Hospital

Hospital Municipal S 18 km 30941

Hospital M. Chissamba S 15 km 18752

Centro Materno Infantil S 18 km 19463

Centro Saúde Chipeta S 20 km 12292

Centro Saúde Sande S 20 km 11078

Centro Saúde Cauera S 18 km 12241

Centro Saúde Catabola S 23 km 25189

Posto de Saúde da Muquinda S 16 km 16687

Tabela 25. Tipologia das Unidades de Saúde presentes nas Comunas do Município

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Figura 31. Acto de Inauguração do novo Hospital Municipal

Fonte: Portal Angop

Figura 32. Hospital Municipal de Catabola

No seu conjunto, as Unidades de Saúde apresentam uma cobertura de perto de 150.000 habitantes.

Em todas as Comunas estão garantidos serviços preventivos de Saúde, nomeadamente no que respeita às áreas de vacinação, reidratação e vigilância

nutricional à infância.

O Hospital funciona com os seguintes serviços: medicina; pediatria; obstetrícia e

ginecologia; banco de urgência; farmácia; laboratório das análises clínicas; internamentos;

saúde pública; sala de recuperação nutricional; sala de HIV/Sida; secretaria-geral; serviços

gerais.

Já no ano de 2015 (5 de Fevereiro) procedeu-se ao Acto de inauguração do novo

Hospital Municipal, que veio consolidar as melhorias da Assistência em Saúde no

Município.

Os serviços preocupam-se em dar palestras que permitam aos utentes conhecer a

importância de prevenir certas doenças e sistema de alerta para certos casos, cujos

pacientes só podem ser tratados em regime hospitalar.

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No Relatório Anual de 2014, a Administração Municipal de Catabola faz referência ao número de atendimentos no movimento hospitalar, dos quais

19.499 se trataram de consultas realizadas e 3.207 casos admitidos a internamento. Nas tabelas 26 e 27 evidenciam-se os sectores de ocorrência.

Tabela 26. Consultas realizadas em 2014 no Hospital Municipal de Catabola

CONSULTAS REALIZADAS

Medicina 4.834

Pediatria 11.022

Banco de Urgência - adultos 1.201

Banco de Urgência - Crianças 194

Pré-Natais 0

Ginecologia 77

Obstetrícia 2.171

TOTAL 19.499

NÚMERO DE INTERNAMENTOS

Medicina 360

Pediatria 2.127

Maternidade 407

Partos normais 202

Partos de nados mortos 3

Nutrição 127

Transferidos 109

Falecidos na medicina e pediatria 28

Falecidos na nutrição 16

TOTAL 3.379

Tabela 27. Admitidos a internamento em 2014 no Hospital Municipal de Catabola

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Figura 33. Centro Materno Infantil de Catabola

Saúde Materno Infantil

O Centro Materno Infantil do Município atende diariamente crianças para

proceder ao processo de vacinação. De acordo com os Serviços, as taxas de

cobertura do Programa de vacinação variam bastante de acordo com o tipo de

vacina a ministrar:

• Sarampo – 98%

• Difteria – 23%

• Tosse convulsa – 23%

• Tétano – 23%

• Polio – 94%

A taxa de mortalidade infantil apresenta, nos últimos anos, uma tendência de diminuição. A Unidade de Saúde tem vindo a proceder a registos do peso

das crianças assistidas, como forma de controlo de ocorrências de subnutrição.

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Figura 34. Marcha de Luta contra a SIDA – 2012

Fonte: World Walls

Figura 35. Campanha de sensibilização à não discriminação dos seropositivos – 2014

HIV/SIDA e Tuberculose

As campanhas locais no âmbito da Luta contra o HIV / SIDA têm vindo a ser desenvolvidas,

com a convicção de que uma eficaz educação para a Saúde Sexual e Reprodutiva pode

ajudar controlar este flagelo da actualidade.

O Município de Catabola dispõe de meios técnicos para fazer teste de HIV, e também de

Tuberculose. No âmbito destas duas doenças, existe também um sistema disponível de

aconselhamento voluntário.

O número de testes voluntários tem vindo a aumentar, com certeza fruto das campanhas

que se têm realizado.

Existe, no âmbito da Saúde Materno-Infantil, capacidade para administrar o medicamento

que previne a transmissão mãe-filho no parto.

Têm vindo a desenvolver-se várias campanhas contra a discriminação dos seropositivos, que

contam com a acção dos Técncios de Saúde na informação às Comunidades.

São disponibilizados preservativos nos Postos e Centros de Saúde, principalmente às

populações infectadas e em risco.

A Comissão Provincial de HIV /SIDA funciona em colaboração, orientando o Município quanto

às políticas a desenvolver e acções a implementar no campo da prevenção e sensibilização

ao fenómeno do HIV/SIDA. Quanto ao caso da Tuberculose, o Município tem capacidade para

proceder a tratamento adequado (estratégia DOTS - Directly Observed Therapy Short-

Course).

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Acesso a Medicamentos e Taxa de Mortalidade

Os dados associados à taxa de incisividade / mortalidade de determinadas doenças encontram-se em fase de sistematização, sabe-se no entanto que

no ano de 2014 faleceu um adulto vitima de HIV / SIDA.

Tabela 28. Incisividade das principais doenças

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Recursos Humanos – Pessoal Qualificado

Não se encontram disponíveis os dados actualizados sobre a composição do Quadro de Pessoal qualificado para a área da Saúde afecto ao Município

de Catabola, no que respeita aos Médicos que servem as Unidades Sanitárias, estando apenas identificados os recursos médicos da especialidade de

Pediatria, que são 2. De acordo com os dados da tabela 29, é conhecido o número de técnicos de enfermagem que operam no Município, num total de

168 enfermeiros.

Existem ainda 2 técnicos de laboratório afectos às Unidades Sanitárias do Município.

Tabela 29. Recursos Humanos especializados na área da Saúde

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9.2 A POPULAÇÃO E A SAÚDE

O Relatório da Rede de Saúde da Província do Bié analisou a situação dos Municípios em 2008, projectando as linhas de desenvolvimento para os dez

anos seguintes. Espera-se que o sentido do desenvolvimento da Província em geral e do Município em particular possa dar expressão aos desejos de

desenvolvimento expressos abaixo, em figura 36, e que movem a área da Saúde local.

Figura 36. Quadro comparativo entre a situação das infraestruturas de Saúde em 2008 e as esperadas para 2018, no Município de Catabola

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Figura 37. Nova Centralidade de Catabola

Figura 38. Casas de adobe com cobertura de zinco

10. CARACTERIZAÇÃO DA HABITABILIDADE E AMBIENTE

10.1 HABITABILIDADE

O Município de Catabola apresenta dimensões de habitabilidade de várias tipologias,

principalmente se atendermos às diferenças encontradas entre o centro urbano da Vila de

Catabola e as zonas rurais do Município.

Nas zonas mais urbanizadas, encontram-se habitações de tijolo, blocos e cimento, de

construção definitiva e com as infraestruturas básicas de saneamento. Nas zonas periféricas

do centro urbano encontram-se casas de adobe tradicional, com cobertura de zinco. Nas

zonas rurais encontram-se principalmente habitações de adobe tradicional, com cobertura de

colmo.

Na vila de Catabola encontram-se muitas construções de inspiração colonial, quer no que

respeita a habitação, quer ao formato dos edifícios de Serviços.

A Nova Centralidade de Catabola vem oferecer ao Município um novo bairro de vivendas com

todas as condições de habitabilidade, saneamento e acessibilidade. Este projecto surge

enquadrado no programa habitacional de 200 fogos por município, sendo que a primeira fase

(100 fogos) está concluída, prevendo-se a conclusão da segunda fase ainda em 2015. Os

apartamentos em causa estão disponíveis para os interessados que formalizem o seu pedido

para aquisição junto da Administração Municipal.

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Figura 40. Chafariz inactivo na Vila de Catabola

10.2 ÁGUA

A distribuição de água às populações é uma das principais preocupações da Administração

Municipal. Têm vindo a ser feitos esforços diversos para melhorar esta área de Serviços.

Actualmente, o Município conta com alguns sistemas funcionais que garantem o acesso

mínimo das populações à água potável, conforme se pode observar na tabela 30.

Figura 39. Tanque reservatório de água

Tabela 30. Sistemas de água do Município de Catabola

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10.3 ENERGIA

A energia é um dos aspectos em evolução no Município. O abastecimento de energia abrange um mínimo dos habitantes, estando essencialmente

ligado aos Serviços. As potências disponíveis, por Comuna, estão indicadas na tabela 31, que sintetiza a situação de fornecimento de energia no

Município.

Tabela 31. Acesso à energia, por Comuna

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Figura 41. Brigadas de Limpeza na Avenida Norton de Matos

10.4 SANEAMENTO BÁSICO E RESÍDUOS

O saneamento básico é bastante limitado no Município. A recolha de resíduos urbanos não

é efectuada com a periodicidade devida, pelo que a manutenção de limpeza dos espaços

públicos e comuns é garantida pelas brigadas de limpeza do Município.

10.5 RISCOS AMBIENTAIS

Os riscos ambientais que mais preocupam os habitantes e governantes do Município são os associados à recolha de resíduos urbanos e respectiva

acumulação e tratamento.

Em algumas zonas do Município, a extracção de inertes preocupa os habitantes pela eventual degradação dos solos e possível alteração da

produtividade agrícola.

A exploração dos Recursos Florestais carece também de atenção para que a extracção de lenha e carvão não prejudique o ambiente.

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10.6 PRINCIPAIS DIFICULDADES E PERSPECTIVAS

“É de realçar que as perspectivas das acções e metas atingir, estão baseadas nos programas concebidos ao nível Central e Provincial

respectivamente para o ano 2014 particularmente cujas suas metas apontam os prazos estabelecidos na cobertura percentual da distribuição de

energia e do precioso líquido nas comunidades tanto Urbanas assim como rurais 2012/2017.

METAS DE ENERGIA E ÁGUAS

Reabilitar e modernizar todas as redes de distribuição da sede Municipal, Comunais e da preferia da sede Municipal;

Aumentar a capacidade de produção de Energia Eléctrica e o abastecimento de água potável aos habitantes;

Efectivar a cobertura das localidades em faltas na visão de cobrir 100% em zonas rurais e 80% em zonas rurais até em 2017;

Assegurar a monitorização de qualidade de água;

Melhorar os Sistemas actuais de água por tecnologias convencionais;

Primar em captações subterrâneas, com painéis solares sobretudo em zonas rurais com maior aglomerado populacional;

Primar pela formação de operadores de sistemas;

Promover uma eficiência na gestão e manutenção de sistemas de formas a garantir o abastecimento eficaz de água.”

Fonte: Relatório Anual das Actividades Realizadas 2014

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11. CARACTERIZAÇÃO ECONÓMICA E PRODUTIVA

11.1 ECONOMIA LOCAL

A economia do Município sustenta-se principalmente na actividade agrícola. A distribuição da economia local por tipologia de produto apresenta-se na

tabela 32, evidenciando-se os principais produtos que são produzidos no Município.

Tipo de Produto Principais Produtos Comuna Tipo praticado

Agricultura milho, mandioca, batata rena, feijão

manteiga Todas Artesanal e Associativa

Pecuária galinha, cabrito, boi Todas Artesanal e Associativa

Pesca tuqueia, cacusso Chiúca Artesanal e Associativa

Exploração de Recursos Florestais

lenha, carvão Todas Artesanal

Tabela 32. Caracterização dos enfoques produtivos do Município, por tipo de produto

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Figura 42. Manada de Bois

11.2 AGRICULTURA

A agricultura praticada no Município é de tipo familiar. A produtividade, apontada na tabela abaixo, situa o milho, a mandioca e a batata como principais

produtos agrícolas da região, cujo cultivo acontece em todas as Comunas.

Tabela 33. Produtividade Agrícola do Município de Catabola

A população agrícola pratica também alguma pecuária, fonte complementar de alimento e de receita para o seu quotidiano.

A pecuária dedica-se essencialmente à criação de Bois, Galinhas e Cabritos.

As explorações de pecuária são domésticas, registando-se na Comuna da Chipeta o único caso do Município de criação organizada de galinhas em

aviário.

0500

100015002000250030003500400045005000

Kgs

Produtividade / ha (Agricultura familiar)

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Figura 43. Aviário da Chipeta

Figura 44. Batata, na Escola de Campo da Chipeta

Estima-se que cerca de 85% da população trabalhe cumulativamente na

pecuária, em paralelo com as suas outras actividades produtivas.

No que diz respeito às doenças mais frequentes dos produtos pecuários,

registam-se algumas incidências conforme ilustrado na tabela acima, por

ordem de frequência (5, o mais frequente e 1 o menos frequente).

Tabela 34. Incidência de doenças nos produtos pecuários

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Escolas de Agricultura do Município

O Município de Catabola possui unidades de formação em Agricultura que

apoiam as populações locais na melhoria das produtividades pela

aprendizagem de novas técnicas.

Destacam-se:

Escola de Campo da Chipeta

Escola de Práticas Agrícolas, em Catabola

Centro de Treinamento Agrícola do Wongo, na Chipeta

A Escola de Práticas Agrícolas possui laboratórios e maquinaria que

permitem preparar melhor os agricultores e futuros agricultores do

Município.

Figura 45. Aspectos da Escola de Práticas Agrícolas de Catabola

Figura 46. Escola de Práticas Agrícolas de Catabola

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11.3 TERRA

Face à utilização maioritária dos terrenos para a Agricultura, a percepção das populações sobre a qualidade da terra é boa. Existe o sentimento

generalizado de que as terras agrícolas produzem bem. Esta percepção é comum a todo o Município, como se verifica na tabela 35.

Tabela 35. Percepção da produção das terras em função das práticas agrícolas locais

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Figura 47. Peixe seco

Figura 48. Mufete

11.4 PESCA

A pesca, no Município, é de tipo artesanal. É realizada em barcos familiares, não existindo registo de

contratação de trabalhadores temporários ou definitivos no sector.

Dos principais constrangimentos apontados em entrevistas realizadas para a práticas da actividade

pesqueira destaca-se a dificuldade em arranjar os equipamentos, principalmente motores, barcos e

redes.

A pesca é vista como uma oportunidade no sector económico produtivo do Município. Existem rios e

lagoas com muito potencial, principalmente para as espécies de Cacusso e Turqueia.

A conservação do peixe é feita artesanalmente, por método de secagem, ao sol e fumaça.

Tradicionalmente são os homens que se dedicam à pesca, utilizando maioritariamente captura com

cestos. As mulheres ocupam-se da secagem e da venda do pescado. A sua comercialização é feita

nos mercados e à beira da estrada.

Estima-se que cerca de 15% dos habitantes do Município trabalhem neste sector económico

produtivo.

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11.5 ASPECTOS GERAIS DO ASSOCIATIVISMO NO SECTOR PRIMÁRIO E SEUS EFEITOS

No Município estão registadas 89 Associações e 9 Cooperativas. Maioritariamente, dedicam-se à Agricultura, sendo que apenas 5 Associações se

dedicam á Pesca, como se pode observar na tabela 36.

As principais razões para a população se organizar em Associações e Cooperativas prende-se com o acesso a créditos para adquirir maquinaria e

insumos e para ter acesso a conhecimento que permita rentabilizar as suas produções.

Tabela 36. Associativismo, por sector económico produtivo

11.6 SITUAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E SINAIS DE MALNUTRIÇÃO

Estima-se que a produção de alimento ronde, por agregado familiar, uma média de 800 kg. Com uma produção disponível por cerca de 7 meses por

ano, os níveis de reserva alimentar por agregado devem atingir os 100kg de alimento. Os períodos de estiagem e de inundação podem comprometer os

valores estimados, pelo que frequentemente o Município vivencia situações de carência alimentar nas famílias mais pobres.

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76

Figura 49. Oferta da lavra aos transeuntes

Figura 50. Mercado informal de beira de estrada

11.7 ACESSO AO MERCADO

O acesso ao mercado de produtos

agrícolas é feito maioritariamente pela

disponibilização das colheitas aos

consumidores.

Em todo o Município se verifica a

existência de mercados de beira de

estrada, onde as vendedeiras,

normalmente elas próprias agricultoras,

oferecem ao viajante os produtos da

sua lavra.

Os Mercados Rurais têm sido construídos, com todas as condições para a

comercialização dos produtos da terra, mas ainda existe resistência dos

pequenos produtores na sua utilização. O receio de que o comprador não se

desloque ao mercado faz com que a venda de beira de estrada se mantenha

activa no Município.

Os Mercados Rurais têm sido construídos, com todas as condições para a

comercialização dos produtos da terra, mas ainda existe resistência dos

pequenos produtores na sua utilização. O receio de que o comprador não se

desloque ao Mercado faz com que a venda de beira de Estrada se mantenha

active no Município.

Os Mercados Rurais têm sido construídos, com todas as condições para a

comercialização dos produtos da terra, mas ainda existe resistência dos

pequenos produtores na sua utilização. O receio de que o comprador não se

Figura 51. Mercado Rural 10 de Dezembro, Caiuera

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Figura 53. Mini-mercado Figura 52. Farmácia Tradicional

11.8 COMÉRCIO

Na tabela 37 descrevem-se os principais produtos da actividade comercial do Município. Maioritariamente, o comércio local desenvolve-se em cantinas,

com uma frequência de 240 postos comerciais deste tipo.

A diversificação dos serviços comerciais disponíveis tem vindo a melhorar a qualidade de vida da população.

Figura 54. Agências comerciais diversas, na Vila de Catabola

Tabela 37. Contabilização dos principais serviços e produtos presentes

no comércio do Município

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Figura 55. Cerâmica Prémio da Paz

11.9 INDÚSTRIA

A actividade industrial não é ainda muito intensa no Município de Catabola. Existem algumas pequenas moageiras, de tipo familiar, e a Cerâmica Prémio

da Paz, na Chipeta como principal foco empregador do sector.

A Cerâmica Prémio da Paz emprega 94 trabalhadores, dedicando-se fundamentalmente à

produção de tijolo para a construção civil.

Dispõe de instalações próprias, autónomas quanto a consumo de água e energia, tendo

garantidos internamente os sistemas de transporte da produção.

Está em fase de estudo a instalação de uma zona industrial no Município, nos arredores da Vila de Catabola. Já existe o espaço, estando em curso o

processo de legalização, para o qual foram já apresentados os croquis de localização. Aguardam-se novos procedimentos para que seja possível o

desenvolvimento desta área produtiva no Município, que necessariamente trará novos investidores e criará novos postos de trabalho, melhorando a

qualidade de vida da população. Foram em 2014 delimitados um total de 477.200 metros quadrados de terreno para fins industriais.

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“Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre o rio Cunje, que

liga o trânsito Comuna de Chipeta para aldeia Kalingo, e 2 pontecos na

mesma via terciaria.

Acompanhamos e fiscalizamos a reabilitação das pontes sobre os rios Cunje

e Nhuambambi, também a construção dos rios sobre os rios Konjo Via

Sande, Jombo via Sande Kapango trabalhos realizados pela empresa

Cambambi.

Estão em curso a construção de uma ponte de 24 metros lineares sobre o rio

Konjo que liga Catabola a Sande, via terciária, trabalhos ao cargo da brigada

de pontes da Administração Municipal.”

Fonte: Relatório Anual das Actividades Realizadas, 2014 – Administração Municipal de Catabola

“Construímos 3 pontes, uma com 24 metros lineares sobre o rio Cunje, que

liga o trânsito Comuna de Chipeta para aldeia Kalingo, e 2 pontecos na

mesma via terciaria.

Acompanhamos e fiscalizamos a reabilitação das pontes sobre os rios Cunje

e Nhuambambi, também a construção dos rios sobre os rios Konjo Via

Sande, Jombo via Sande Kapango trabalhos realizados pela empresa

Cambambi.

Estão em curso a construção de uma ponte de 24 metros lineares sobre o rio

Konjo que liga Catabola a Sande, via terciária, trabalhos ao cargo da brigada

de pontes da Administração Municipal.”

Figura 55. Ponte Sobre o Rio Cunje

Figura 56. Obras de Reabilitação de Estradas

Secundárias

12. ACESSOS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

12.1 VIAS DE COMUNICAÇÃO

As vias de comunicação do Município têm vindo a ser

consecutivamente intervencionadas, constatando-se uma gradual

melhoria da mobilidade de pessoas e bens entre as Comunas e no

âmbito interprovincial. Ainda há muito trabalho de reabilitação viária

a fazer, mas a administração Municipal está a envidar os maiores

esforços para melhorar as estradas e pontes de todo o território

municipal. O Município tem 23 pontes, maioritariamente em mau

estado. As intervenções são graduais.

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Figura 57. Comboio da Linha de Benguela -Luau

Figura 121. Estação de Comboio de Catabola

12.2 ACESSOS E TRANSPORTES

Os transportes rodoviários são garantidos pela existência de colectivos de empresa

nacional, que garantem os transportes intermunicipais e interprovinciais. Os transportes

dentro do Município são garantidos pelos táxis colectivos, pelos táxis particulares e pelos

moto-táxis.

O Comboio garante também os acessos e transportes para fora do Município, dentro da

respectiva linha. A linha que serve Catabola pertence aos Caminhos de Ferro de Benguela,

com origem em Benguela e destino no Luau, apresentando um total de 1344 km de

ferrovia.

O Caminho-de-ferro está reabilitado e em bom estado de conservação. Existem 3 veículos

ferroviários, com cobertura para 4.250 passageiros, que fazem uma média anual de 156

viagens.

Às quartas-feiras o transporte é exclusivo para passageiros e às quintas-feiras faz-se

transporte de passageiros e carga.

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Figura 59. Antena Retransmissora da Movicel

12.3 COMUNICAÇÕES

As comunicações móveis são garantidas por dois serviços nacionais: Unitel e Movicel.

A difusão de rede não chega a todos os locais do município, pelo que são necessárias

intervenções de extensão de sinal para que todas as comunidades possam usufruir destes

serviços.

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Figura 60. Centro Cultural Soba Tchiúca

Figura 61. Equipa do Sporting Clube de Nova Sintra

13. CULTURA, DESPORTO E LAZER

13.1 CULTURA

A Cultura no Município conta com uma estrutura cultural formal, o Centro Cultural Soba

Tchiúca, onde se desenvolvem actividades de teatro e dança. As instalações foram

inauguradas em 2012.

É desejo do Município a construção de mais centros, nas Comunas, para garantir o acesso

de todos à Cultura e prosseguir com o Projeto «Caça Talento» em todas as comunidades.

A construção de uma sala de cinema é também uma ambição da população.

13.2 DESPORTO

No âmbito do Desporto, existe o Campo Municipal de Futebol que necessita de

intervenção para reabilitação. O Município conta com dois Clubes Desportivos: O Sporting

Club de Catabola e o Desportivo da IECA.

O Sporting Club de Catabola tem um historial muito antigo, derivando do Sporting Clube

de Nova Sintra, que existia na Vila de Catabola no tempo colonial.

O aumento de infraestruturas desportivas é fundamental para a massificação desportiva e

para o desenvolvimento do Desporto Escolar.

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Figura 62. Futuras Instalações do Comando Policial

14. ORDEM PÚBLICA, SEGURANÇA E JUSTIÇA

14.1 SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA

O Comando Policial é a estrutura responsável pela manutenção da Ordem Pública e da Segurança

de pessoas e bens.

São efectuadas regularmente patrulhas, policiamento de proximidade e policiamento comunitário,

tendo em vista a protecção do património e das populações, assim como o desencorajamento da

violência doméstica, do abuso de menores e de outras formas de crime.

A segurança rodoviária é uma das maiores preocupações no Município. Os acidentes de trânsito têm tido uma tendência de subida, como expresso na

tabela 38, com dados de 2012 e 2013. Nesse período de 2 anos, contabilizaram-se 193 acidentes. O Município pretende intensificar a fiscalização da

sinistralidade rodoviária, nomeadamente com a reabilitação do troço Cuito-Catabola, um dos mais acidentados.

Tabela 38. Acidentes de viação, por idade e género

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No ano de 2014, e de acordo com o «Relatório Anual das Actividades Realizadas 2014» da Administração Municipal, o Posto Policial de Catabola

registou um total de 45 ocorrências com a respectiva intervenção. Descrevem-se abaixo os casos, citados no referido relatório.

• 8 Casos de ofensas corporais;

• 7 Casos de ofensas morais;

• 3 Casos de furtos;

• 4 Casos de roubos;

• 2 Casos de espancamento;

• 6 Casos de uso e porte de estupefaciente;

• 2 Casos de fogo posto;

• 2 Casos de violação;

• 2 Casos de tentativa de homicídio;

• 5 Casos de ofensas corporais voluntárias;

• 2 Casos de ofensas corporais por acidente de viação;

• 1 Caso de injúria;

• 1 Caso de suicídio.

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15. PROTECÇÃO SOCIAL

ANÁLISE DO MAPA DE POBREZA

Foi criado recentemente o Gabinete de Combate à Pobreza, que se encontra em fase de instalação e sistematização, pelo que a breve prazo se

acederá a dados deste sector.

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16. COMUNICAÇÃO SOCIAL E MEDIA

16.1 COMUNICAÇÃO SOCIAL

A Televisão Nacional e a Rádio Nacional são difundidas no Município, embora o sinal não se extenda a todas as Comunas.

Não existe Comunicação Social local.

16.2 TELECOMUNICAÇÕES E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

O sinal de internet não abrange todo o Município, apenas existindo em algumas zonas da Vila. A extensão de sinal é uma necessidade para as

populações.

Por estimativa, apenas 1% da população do Município tem acesso à internet.

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17. VALIDAÇÃO DO PERFIL MUNICIPAL

De acordo com o Paradigma de Elaboração de Perfis Municipais Dinâmicos, o processo de validação da versão final do presente documento decorre de

uma fase de Preparação da Validação pela equipa técnica.

A validação só deverá ser realizada após o draft final do documento, incluindo os mapas, após a qual se organizará a realização de uma sessão pública

do Conselho de Auscultação e concertação Social Municipal para apresentação do Perfil Municipal dinâmico com o objectivo de partilhar as informações,

corrigir e / ou acrescentar:

− A apresentação deverá ser da responsabilidade da equipa técnica

− O acto deverá ser presidido pelo Administrador Municipal, e deverão participar:

• Membros do Governo Provincial, nomeadamente os directores Provinciais e GACAMC;

• Chefes das Repartições do Município;

• Administradores Comunais;

• Membros dos CACS a nível do Município e Comunas;

• Organizações da Sociedade Civil a nível da sede e das Comunas;

• Sector privado;

• Autoridades tradicionais, cidadãos e outros.

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18. ANEXOS

A secção de anexos está organizada em 2 partes:

:

1. Entrevistas extraídas diretamente das diversas secções da plataforma (resultados e estatísticas);

2. Listagem de Lacunas verificadas.

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ANEXO 1

Entrevistas extraídas (copiadas) diretamente das diversas secções

da plataforma

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Entrevista Sua Excª Srª. Administradora Municipal Drª Helena Ferraz

1- Na sua opinião, quais dos dois principais problemas deste Município, que gostaria de ver resolvidos?

Problemas ligados a Energia e Águas.

2- Que meios considera essenciais para o conseguir fazer?

Meios Financeiros, Humanos e Materiais.

3- Na sua opinião, o que é essencial fazer para melhorar as condições de vida da população deste Município?

Melhoramento das vias de acesso secundárias e Terceiras para garantir a circulação sem sobre salto de pessoais e bens, capacitar o empregado para

ações de serviços que promovam gestos de trabalho, promover ações de formação nas diversas áreas.

4- Relativamente a outros Municípios de Angola, considera que este está no bom caminho para atingir um estádio superior de desenvolvimento? Por

favor explique a sua opinião, pois é importante para nós.

Pelo andar da carruagem penso que sim. O importante é olhar-se para os Municípios com a mesma preocupação, e irmandades, assimetria regional.

5- - O que gostaria de alterar a curto / médio prazo neste Município? Tanto na Administração Municipal (organismo) como no território e sua população.

(Qual é o seu sonho?)

O sonho de qualquer dirigente é ver o território que dirige com melhores condições tais como: Serviços Habitacionais, assim como outros serviços. O

meu sonho é ver Catabola ao nível de outros Municípios do País, como os de primeira linha.

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Entrevista Educação (Repartição Municipal de Educação)

1- Como classificaria a qualidade do actual serviço educativo e de formação ao nível do município?

Má.

Explique-me essa sua percepção, por favor.

Por que temos professores sem agregação pedagógica. Os que possuem não cumprem com as exigências pedagógicas. Algumas condições de

infraestrutura não são das melhores.

2- O que seria importante fazer para melhorar o sistema educativo? Diga-me os três aspectos que consideram mais relevantes?

1- Capacitação dos professores directores, aumentos de mais salas de aulas definitivas, aumentar mais professores com agregação pedagógicas,

merendas escolar para todos os de ensino primário; Criação de comissões de Pais e encarregado de educação.

2- Na sua opinião, o número de inspectores de educação por escola é um número suficiente, face às necessidades? Não

Explique, por favor:

Porque perante às necessidades o número não é suficiente, pois os professores precisam de ser acompanhados de forma a seguir os seus planos de

trabalho. A este nível, não se consegue cobrir todas as escolas.

3- Quanto aos alunos que abandonam o ensino. Na sua opinião quais são as três principais razões para tal acontecer?

Problemas nas famílias [doenças]. As crianças são levadas para lavras; falta de interesse nos estudos; falta de conhecimento e da importância da

educação dos Pais. A distancia existente entre a escolas e residência do aluno.

4- Por favor desenvolva essas ideias?

Se factos os Pais tem a lavra de base de sobrevivência, as crianças são utilizadas como a mão de obra. A distância entre as escolas é outro problema

que muitas vezes os alunos não consegue chegar ao fim do ano lectivo.

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PERFIL MUNICIPAL DINÂMICO DE CATABOLA

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5- Quanto ao rendimento escolar dos alunos, considera-o positivo?

Por favor explique porquê:

Considero bom. O país passau por alguns constrangimentos, mas em cada ano lectivo o rendimento foi menor que 60%.

6- Existem castigos corporais nas escolas? Qual a opinião geral acerca disso?

Não existem castigos corporais; os professores aplicam métodos pedagógicos para transmissão dos seus conhecimentos.

7- Diga-me três acções que poderiam ser desenvolvidas para melhorar o rendimento escolar dos alunos?

Aplicar métodos pedagógicos para transmissão dos seus conhecimentos.

8- Considera que o aumento do número de professores permitiria melhorar o aproveitamento e desenvolvimento da população escolar?

Sim, primar pela formação permanente dos professores quando à aspectos pedagógicos; criação de espaços; salas de aula condignas; sensibilizar a

população para a valorização da educação.

9- Na sua opinião, quais os possíveis incentivos a criar para atraír mais professores e fixa-los no município?

Subsídio de isolamento, seria umas das formas para manter o professor nas periferias; melhorias nas vias de acesso às comunas e embalas.

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Entrevista Saúde (Repartição Municipal de Saúde)

1- Como classificaria a qualidade do actual serviço de saúde?

Péssima

1.1- Explique-me essa sua percepção, por favor?

Considero actualmente um número de qualidade razoável, a medida em que o sector urge, depõe de mais recursos humanos e financeiros.

1.2- O que seria importante fazer para melhorar o sistema de Saúde? Diga-me os três aspectos que consideram mais relevantes?

Aumento de técnicos qualificados; continuar com a melhoria dos investimentos; formação e palestras para todos.

2- Quantos inspectores de saúde existem atualmente?

Actualmente existem 11 inspectores de saúde.

2.1- Por unidade de saúde existem então em média: 1.

2.2- Na sua opinião, o número de inspectores de educação por escola, é um número suficiente, face às necessidades?

Não.

3- Diga-me três ações que poderiam ser desenvolvidas para melhorar a prestação de cuidados de saúde à população?

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Entrevista Saúde (Grupo Focal Local de Saúde)

1- Como classificaria a qualidade do actual serviço de saúde?

Razoável

1.1- Explique-me essa sua percepção, por favor.

Considero a qualidade actual do serviço de Saúde de razoável, a medida em que o sector requer mais recursos humanos e financeiros.

1.2- O que seria importante fazer para melhorar o sistema de Saúde? Diga-me os três aspectos que consideram mais relevantes.

Aumentos de Técnicos qualificados; continuar com a melhoria de infraestruturas; formação permanente do Pessoal .

2- Quantos inspectores de saúde existem atualmente?

Actualmente existem 11

2.1- Por unidade de saúde existem então em média: 1.

2.2- Na sua opinião, o número de inspectores de educação por escola, é um número suficiente, face às necessidades?

Não

Explique, por favor:

Insificiência de quadros.

3- Diga-me três ações poderiam ser desenvolvidas para melhorar a prestação de cuidados de saúde à população?

Aumento de quadros, formação permanente dos quadros já existentes, melhorias de infraestruturas.

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Entrevista Agricultura (Repartição Municipal PIAR)

1- Do ponto de vista da alimentacão da população, qual á a actividade mais relevante neste município? A agricultura, a pecuária ou a pesca?

Agricultura

2- Porquê?

Maior parte da população, dedica-se à Agricultura

3- A produção existente nessa actividade chega para alimentar a população?

Sim

4- Quais são os meses do ano que se revelam mais complicados para satisfazer as necessidades?

Dezembro e Março.

5- Quais são as medidas tomadas para colmatar essas necessidades?

Aconselhar no sentido de se criar Stokes.

6- Quais as principais dificuldades neste sector?

Insuficiência de técnicos; falta de meios de transporte; falta de maquinas para preparação da terra; degradação das estruturas de apoio (armazéns,

mangas de vacinação).

7- Qual é a segunda actividade mais importante no município?

Pecuária

8- Produzem o suficiente para vender para outros locais? Se sim, quais? E as quantidades?

Não se tem ainda um sistema de controlo das vendas.

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PERFIL MUNICIPAL DINÂMICO DE CATABOLA

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9- As associações existentes têm um papel activo na resolução das dificuldades? Por favor fale-me acerca disso:

As associações existentes ao dedicarem-se à produção agropecuária, aumentam os níveis desta produção, contribuindo direta ou indiretamente na

supressão da carência alimentar.

10- Na sua opinião o que precisa ser feito para resolver os principais problemas deste sector no município?

Adquirir maquinas, para preparação de terra, recrutar maior técnicos, reabilitar as estrutura produtivas, apoiar as ações de formação para camponeses e

aquisição.

11.No seu conhecimento de mercado, considera que a oferta actual dos produtos desta actividade respondem à procura? Justifique sucintamente.

Os níveis de produção não são baias, oferecem ao mercado produtos variados em diferentes épocas, respondendo às necessidades de procura dos

consumidores.

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Entrevista Comércio, Prestação de Serviços, Hotelaria e Turismo (responsável de área)

1- Considera que o comércio existente no município satisfaz as necessidades dos cidadãos?

Esta a minimizar.

2- Que produtos sente que deveriam ser comercializados e não o são?

Farinha de milho regional, arroz regional, citrinos locais.

3- Existem produtos locais que não há em mais nenhum outro município da Província? Em caso afirmativo, o que é feito para que se promovam /

vendam para o exterior?

Abacate, Manga, Limão.

4- Considera que o município tem condições para atraír turistas e, assim, impulsionar a economia?

Sim.

5- Na sua opinião quais são os principais produtos turísticos do município?

Cataratas.

6- Essa exploração turística já existe? Porquê?

Estamos a explorar.

7- Qual é mais ou menos qual é a percentagem de cidadãos que trabalha no sector de hotelaria e turismo?

8- Pensa que é uma área de trabalho que agradaria aos jovens?

Pode ser que sim.

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PERFIL MUNICIPAL DINÂMICO DE CATABOLA

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9- Na sua opinião quais são as principais potencialidades na á área do comércio, hotelaria e turismo, aqui no município?

Entrevista Desporto (responsável Municipal pela area)

1- Queira indicar as 3 principais potencialidades deste município em termos de cultura.

Aumento de infrasestruturas desportivas no Município.

2- E os 3 principais estrangulamentos?

A massificação desportiva, a massificação juvenil, e o desporto Escolar.

3- Levando em consideração as respostas anteriores, por favor faça um comentário ou diga o que poderia ser feito para melhorar a oferta cultural no

seu município’

Falta de infrasestruras, falta do material desportivo para a massificação desportiva.

4- Diga quais são as três principais lacunas do mercado (oferta vs procura):

N/ existem dados.

5- E, na sua opinião, quais são as principais lacunas estruturais (face aos padrões e normas vigentes)?

É o aumento de Clubes desportivos.

6- A população adere às iniciativas culturais que a administração municipal organiza? A que se deve tal facto?

7- O que pensa que a juventude gostaria de ter aqui em termos de oferta cultural, e que ainda não existe?

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PERFIL MUNICIPAL DINÂMICO DE CATABOLA

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N/tem dados.

8- Quais são as actividades de lazer a que a população melhor adere?

9- É costume a população organizar actividades culturais e de lazer por iniciativa própria, sem o apoio directo da Administração Municipal? Por favor,

fale um pouco acerca disso.

1- Por favor faça alguma sugestão em matéria do que considera importante para a actividade desportiva do município?

A língua, a forma de vestir, a dança Tradicional.

2- Diga quais são as 3 principais potencialidades neste sector?

Aumento de mais Centros de Cultura ao nível das Comunas, para a massificação da Cultura.

3- Diga quais são os 3 principais estrangulamentos:

Construção de mais centros nas Comunas para garantir o projeto caça talento em todo Município e a construção de sala de Cinema

4- Diga quais são as 3 principais lacunas do mercado?

5- Quais são as esperanças da juventude em termos de desporto?

Aumento de infrainstruturas culturais.

6- A população em geral e os jovens em particular, praticam desporto como forma de lazer? Aderem as atividades Culturais

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7- A realidade do município em termos de oferta e prática desportiva está alinhada com as práticas nacionais ou considera que existem lacunas?

Aumento de infrasestruturas culturais, apetrechamentos de meios, com meios culturais de ponta, isto é aparelho sonoro de alta qualidade.

Entrevista Ordem Pública e Segurança (Responsável Municipal pela área)

1- Quais são os principais crimes e problemas de protecção dos cidadãos no Município?

Intensificar e fiscalizar a sinistralidade rodoviárias, reabilitação do troço Cuito – Catabola.

2- Existem polícias suficientes em todas as Comunas?

3- Como é que os policias ligam com as autoridades tradicionais no tratamento de crimes e problemas sociais?Existem polícias suficientes em todas as

Comunas?

Temos feitos algumas patrulhas e policiamento comunitário.

4- Os cidadãos sentem-se seguros no Município?

5- O que é que as mulheres e crianças fazem para controlar ou tratar a violência doméstica? A quem se dirigem?

Temos lidado com as comunidades para que denunciem, aqueles que praticam o crime de violência domestica.

6- Quais são as principais dificuldades que identifica neste sector?

As principais actividades que se identifica neste sector são: patrulhas, busca de informação, prevenir o crime, fiscalizar o trânsito.

7- Nesta matéria, o que considera que seria mais urgente fazer, neste município?

O mais urgente é o atendimento ao público, é de louvar que a nossa Administração está a trabalhar bem na reconstrução e reabilitação de algumas

infrasestruturas, temos a salientar que temos uma boa aceitação na nossa Administração Municipal que tem envidados muitos esforços para a Policia.

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Entrevista Segurança e Assistência Social (Responsável Municipal pela area) PIAR

1.1- Como são tratadas as crianças sem familiares para as cuidar?

As Crianças nessas condições são encaminhadas para lares na Sede da Província.

1.2- Há algum apoio para crianças que vivem na rua?

Não, porque não se encontra nenhuma criança na rua.

1.3- Há algum apoio para crianças que vivem em famílias afectadas por doenças crónicas?

Sim, o MINARS local, tem o controlo de todos deficientes, a direcção Provincial presta apoio [cadeira de roda triciclos, muletas] que facilita as

deslocações para as escolas.

1.4- Existe algum tipo de parceria / colaboracão institucional, por exemplo, entre Educação e MINARS para garantir o acompanhamento das crianças

que abandonam a escola por razões sociais?

.

1.5- Há algum tipo de apoio para crianças abusadas ou vítimas de violência?

.

1.6- Existe algum tipo de acompanhamento de crianças com deficiência e colaboração entre MINARS e Educação para assegurar que consigam

estudar?

.

2- Serviços para Pessoas com Deficiências

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2.1- Existem apoios a pessoas que não conseguem trabalhar por causa de deficiência?

Sim tem apoio através do MiNARS apesar de ser parcial.

2.2- Existem formas de apoio para pessoas com deficiências motoras? (por exemplo, atribuicão de muletas, cadeira de rodas, etc)? E para outros tipos

de deficiência?

Parcialmente recebem, alimentação e roupa usada.

3- Serviços para Pessoas da Terceira Idade.

3.1- Que apoios existem para as pessoas da terceira idade?

Realizamos palestras com filhos dessas pessoas sensibilizando [assegurar os Pais e outros casos de hospitomologia].

4- Pobreza

4.1- Existem formas de apoio a famílias carenciadas? Quais?

As pessoas deste Município, as famílias e tribos vivem alguns na base de ajuda mútua - aquelas que têm, ajudam os seus parentes], actualmente o

MINARS realiza inquéritos nesta área.

4.2- Como é que são identificadas as famílias em situação mais grave de pobreza?

Por meio inquérito e diagnóstico, informações de vizinho e de pessoas mais chegados, que vivem a realidade.

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ANEXO 2

Listagem de Lacunas verificadas

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Não foi fornecida informação para os tópicos referenciados

4. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E AMBIENTAL

4.2.3. Bacias hidrográficas

4.6. Principais dificuldades e perspectivas

5. CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA

5.5. Principais dificuldades e perspectivas

6. CARACTERIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E INSTITUCIONAL

6.4. Órgãos Delegados

6.5. Recursos Humanos da Administração Municipal

6.5.2. Instalações da Administração Municipal

6.6. Aspectos Financeiros

6.6.1. Valor global disponibilizado pelo OGE para o Município

6.7. Principais dificuldades e desafios

7. CARACTERIZAÇÃO SOCIAL

7.1.6 Distribuição espacial dos Equipamentos Sociais

7.2. Principais dificuldades e desafios

8. CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS EDUCATIVOS E DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

8.1.4. Distribuição espacial dos Equipamentos de Educação no Município

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8.2. Corpo Docente

8.2.2. Escolas Primárias

8.2.4. Ensino socioprofissional

8.3. Principais dificuldades e desafios

9. CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E SANEAMENTO

9.1. Serviços de Saúde

9.1.5. Caracterização das Unidades Sanitárias

9.1.8. Distribuição espacial dos Equipamentos de Saúde

9.2. A população e a Saúde

11. CARACTERIZAÇÃO ECONÓMICA E PRODUTIVA

11.10. Hotelaria e Turismo

11.11. Restauração

11.13. Principais dificuldades e desafios

12. ACESSOS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

12.2.1. Mapas de redes de acessos

12.4. Principais dificuldades e desafios

13. CULTURA, DESPORTO E LAZER

13.3. Lazer

13.4. Principais dificuldades e desafios

14. ORDEM PÚBLICA, SEGURANÇA E JUSTIÇA

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14.2. Acesso à Justiça

14.2.1. Infraestruturas de Justiça

14.2.3. População prisional

14.2.4. População estrangeira presente no município, por razão e duração da estadia

14.3. Principais dificuldades e desafios

15. PROTECÇÃO SOCIAL

15.1. Estruturas provedoras de segurança social, assistência familiar e pensões

15.3. Principais dificuldades e desafios

16. COMUNICAÇÃO SOCIAL E MEDIA

16.3. Principais dificuldades e desafios