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República de Angola Governo Provincial do Bié Plano de Desenvolvimento Provincial do Bié (2013-2017) Volume II – Estratégia de Desenvolvimento Versão Final Bié, 30 de Setembro de 2014

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República de Angola

Governo Provincial do Bié

Plano de Desenvolvimento Provincial do Bié

(2013-2017)

Volume II – Estratégia de Desenvolvimento

Versão Final

Bié, 30 de Setembro de 2014

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22 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

1. Índice

1.1. Índice do Documento

1. Índice.................................................................................................................... 2

1.1. Índice do Documento ................................................................................ 2

1.2. Índice de Tabelas e Ilustrações .................................................................. 5

2. Planos de Desenvolvimento Sectoriais (Para Onde Vamos? e Como Vamos?) .... 6

2.1. Sectores Económicos ................................................................................. 7

2.1.1. Agricultura, Silvicultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural .................... 7

2.1.2. Pescas ............................................................................................. 15

2.1.3. Indústria .......................................................................................... 17

2.1.4. Geologia e Minas .............................................................................. 19

2.1.5. Comércio ......................................................................................... 21

2.1.6. Hotelaria e Turismo .......................................................................... 23

2.1.7. Ambiente ......................................................................................... 25

2.2. Sectores Infraestruturas .......................................................................... 27

2.2.1. Energia ............................................................................................ 27

2.2.2. Águas .............................................................................................. 29

2.2.3. Construção ....................................................................................... 31

2.2.4. Transportes ...................................................................................... 33

2.2.5. Telecomunicações e Tecnologias de Informação .................................. 35

2.2.6. Urbanismo e Ordenamento Território .................................................. 37

2.3. Sectores Sociais ...................................................................................... 39

2.3.1. Educação ......................................................................................... 39

2.3.2. Saúde .............................................................................................. 41

2.3.3. Cultura ............................................................................................ 43

2.3.4. Juventude e Desportos ...................................................................... 45

2.3.5. Assistência e Reinserção Social .......................................................... 47

2.3.6. Habitação......................................................................................... 49

2.3.7. Formação Profissional ....................................................................... 51

2.3.8. Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria ........................................ 53

2.3.9. Comunicação Social .......................................................................... 55

2.4. Sectores Institucionais ............................................................................ 57

2.4.1. Administração Pública ....................................................................... 57

2.4.2. Defesa e Segurança Social ................................................................. 59

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33 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.4.3. Justiça e Registos ............................................................................. 61

3. Clusters de Desenvolvimento ............................................................................. 63

4. Estratégia de Desenvolvimento da Província ..................................................... 66

4.1. Análise SWOT da Província ...................................................................... 66

4.1.1. Matriz SWOT .................................................................................... 66

4.1.2. Análise de Pertinência ....................................................................... 68

4.2. Modelo de Desenvolvimento .................................................................... 70

4.2.1. Promoção da Agricultura ................................................................... 72

4.2.2. Promoção do Equilíbrio Territorial ....................................................... 83

4.3. Eixos de Desenvolvimento ....................................................................... 87

4.4. Medidas de Intervenção .......................................................................... 90

4.4.1. Eixo 1 – Garantir o Capital Humano e Institucional de Suporte ao

Desenvolvimento........................................................................................ 91

4.4.2. Eixo 2 – Combater o Desemprego e Reforçar o Poder Económico das

Populações ................................................................................................ 93

4.4.3. Eixo 3 – Aumentar a Qualidade de Vida nas Zonas Urbanas e Rurais ..... 95

4.4.4. Eixo 4 – Minimizar as Assimetrias Sociais ............................................ 97

5. Inserção dos Planos de Desenvolvimento Sectoriais na Estratégia Nacional .... 98

5.1. Sectores Económicos ............................................................................. 100

5.1.1. Agricultura, Silvicultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural ................ 100

5.1.2. Pescas ........................................................................................... 102

5.1.3. Indústria ........................................................................................ 102

5.1.4. Geologia e Minas ............................................................................ 102

5.1.5. Comércio ....................................................................................... 103

5.1.6. Hotelaria e Turismo ........................................................................ 104

5.1.7. Ambiente ....................................................................................... 105

5.2. Sectores Infraestruturas ........................................................................ 106

5.2.1. Energia .......................................................................................... 106

5.2.2. Águas ............................................................................................ 106

5.2.3. Construção ..................................................................................... 107

5.2.4. Transportes .................................................................................... 107

5.2.5. Urbanismo e Ordenamento Território ................................................ 107

5.2.6. Telecomunicações ........................................................................... 108

5.3. Sectores Sociais .................................................................................... 109

5.3.1. Educação ....................................................................................... 109

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44 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.3.2. Saúde ............................................................................................ 110

5.3.3. Cultura .......................................................................................... 111

5.3.4. Juventude e Desportos .................................................................... 112

5.3.5. Assistência e Reinserção Social ........................................................ 113

5.3.6. Habitação....................................................................................... 113

5.3.7. Formação Profissional ..................................................................... 114

5.3.8. Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria ...................................... 114

5.3.9. Comunicação Social ........................................................................ 114

5.4. Sectores Institucionais .......................................................................... 115

5.4.1. Administração Pública ..................................................................... 115

5.4.2. Defesa e Segurança Nacional ........................................................... 115

5.4.3. Justiça ........................................................................................... 116

6. Meios Necessários para a Prossecução dos Objectivos .................................... 117

6.1. Recursos Financeiros ............................................................................. 118

6.1.1. Responsabilidade pelo Investimento por Domínios e Sectores ............. 118

6.1.2. Calendarização do Investimento ....................................................... 120

6.1.3. Distribuição Territorial ..................................................................... 122

6.1.4. Natureza Orçamental por Domínios e Sectores .................................. 123

6.1.5. Decomposição dos Recursos Financeiros por Origem e Período ........... 125

6.2. Recursos Organizacionais ...................................................................... 126

6.2.1. Necessidades de Reforço de Pessoal ................................................. 126

6.2.2. Necessidades de Formação .............................................................. 129

7. Sistema de Monitoria e Avaliação .................................................................... 131

8. ANEXO – Projectos de Investimento ................................................................ 133

8.1. Projectos de Investimento de Âmbito Central .......................................... 133

8.2. Projectos de Investimento de Âmbito Municipal ....................................... 134

8.3. Projectos de Investimento de Âmbito Provincial ....................................... 135

8.4. Despesas de Apoio ao Desenvolvimento ................................................. 136

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55 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

1.2. Índice de Tabelas e Ilustrações

Tabelas

Tabela 1 - Distribuição do Investimento pelos Eixos de Desenvolvimento .............. 88

Tabela 2 - Eixos de Desenvolvimento vs Objectivos Nacionais............................... 98

Ilustrações

Ilustração 1 - Distribuição do Investimento por Clusters ....................................... 64

Ilustração 2 - Clusters Prioritários Nacionais ........................................................ 65

Ilustração 3 - Matriz de Pertinência do Bié .......................................................... 69

Ilustração 4 - Eixos de Desenvolvimento da Província .......................................... 87

Ilustração 5 - Distribuição do Investimento pelos Eixos de Desenvolvimento .......... 88

Ilustração 6 - Distribuição Temporal do Investimento .......................................... 89

Ilustração 7 – Percentagem da Distribuição do Investimento pelos Objectivos

Nacionais ......................................................................................................... 99

Ilustração 8 - Distribuição do Investimento (Valor) ............................................ 118

Ilustração 9 - Distribuição do Investimento (Projectos) ...................................... 119

Ilustração 10 - Distribuição Temporal do Investimento ....................................... 120

Ilustração 11 - Distribuição Territorial do Investimento ...................................... 122

Ilustração 12 - Distribuição do Investimento por Natureza Orçamental (Valor) ..... 123

Ilustração 13 - Distribuição do Investimento por Natureza Orçamental (Projectos) 124

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66 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2. Planos de Desenvolvimento Sectoriais (Para Onde

Vamos? e Como Vamos?)

As conclusões que resultaram dos Diagnósticos Prospectivos sectoriais e as Análises

Territoriais desenvolvidas ao nível dos municípios, permitiram promover um processo

de reflexão estratégica que identificou os factores críticos de desenvolvimento e as

linhas de orientação que determinarão os rumos estratégicos sectoriais.

A sumarização da evolução estratégica perspectivada ao nível dos sectores responde

objectivamente às questões Para Onde Vamos? e Como Vamos? no período 2013-

2017 e encontra-se evidenciada nas Fichas Estratégicas Sectoriais, apresentadas

no presente capítulo do Plano de Desenvolvimento Provincial, integrando as

seguintes componentes de informação:

Objectivo de Desenvolvimento Genérico;

Objectivos de Desenvolvimento Específicos e investimento plurianual respectivo;

Medidas de Intervenção por Objectivo Específico e investimento plurianual

respectivo;

Produtos do Investimento Plurianual;

Natureza do Investimento Plurianual;

Calendarização do Investimento Plurianual.

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77 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.1. Sectores Económicos

2.1.1. Agricultura, Silvicultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Para Onde Vamos?

2.1.1.1. Agricultura

Para Onde Vamos?

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88 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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99 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.1.1.2. Pecuária

Para Onde Vamos?

Como Vamos?

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1100 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Com que Recursos Financeiros?

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1111 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.1.1.3. Floresta

Para Onde Vamos?

Como Vamos?

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1122 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Com que Recursos Financeiros?

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1133 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.1.1.4. Agroindústria

Para Onde Vamos?

Como Vamos?

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1144 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Com que Recursos Financeiros?

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1155 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.1.2. Pescas

Para Onde Vamos?

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1166 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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1177 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.1.3. Indústria

Para Onde Vamos?

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1188 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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1199 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.1.4. Geologia e Minas

Para Onde Vamos?

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2200 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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2211 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.1.5. Comércio

Para Onde Vamos?

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2222 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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2233 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.1.6. Hotelaria e Turismo

Para Onde Vamos?

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2244 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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2255 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.1.7. Ambiente

Para Onde Vamos?

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2266 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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2277 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.2. Sectores Infraestruturas

2.2.1. Energia

Para Onde Vamos?

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2288 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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2299 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.2.2. Águas

Para Onde Vamos?

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3300 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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3311 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.2.3. Construção

Para Onde Vamos?

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3322 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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3333 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.2.4. Transportes

Para Onde Vamos?

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3344 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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3355 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.2.5. Telecomunicações e Tecnologias de Informação

Para Onde Vamos?

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3366 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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3377 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.2.6. Urbanismo e Ordenamento Território

Para Onde Vamos?

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3388 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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3399 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.3. Sectores Sociais

2.3.1. Educação

Para Onde Vamos?

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4400 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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4411 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.3.2. Saúde

Para Onde Vamos?

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4422 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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4433 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.3.3. Cultura

Para Onde Vamos?

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4444 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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4455 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.3.4. Juventude e Desportos

Para Onde Vamos?

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4466 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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4477 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.3.5. Assistência e Reinserção Social

Para Onde Vamos?

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4488 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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4499 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.3.6. Habitação

Para Onde Vamos?

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5500 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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5511 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.3.7. Formação Profissional

Para Onde Vamos?

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5522 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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5533 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.3.8. Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria

Para Onde Vamos?

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5544 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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5555 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.3.9. Comunicação Social

Para Onde Vamos?

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5566 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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5577 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.4. Sectores Institucionais

2.4.1. Administração Pública

Para Onde Vamos?

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5588 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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5599 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.4.2. Defesa e Segurança Social

Para Onde Vamos?

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6600 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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6611 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

2.4.3. Justiça e Registos

Para Onde Vamos?

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6622 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Como Vamos?

Com que Recursos Financeiros?

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6633 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

3. Clusters de Desenvolvimento

Os Projectos Estruturantes afectos à Província resultam dos esforços para a

concretização do modelo de desenvolvimento preconizado pela Estratégia “Angola

2025”, que dá grande ênfase à necessidade de alavancar clusters e cadeias

produtivas através de investimentos de dimensão significativa.

No mesmo sentido se posiciona o Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017

(PND), que atribui uma especial prioridade aos Projectos Estruturantes dos clusters:

Energia e Água, Alimentação e Agro-Indústria, Habitação, Logística e Transportes.

Na sua Política Nacional de Desenvolvimento consagrada à Promoção do

Crescimento Económico, do Aumento do Emprego e de Diversificação Económica o

PND 2013-2017 contempla um programa de acção fundamental que aponta para a

Criação de Clusters Prioritários.

A análise do desenvolvimento económico e da competitividade com base em clusters

é uma abordagem que coloca a tónica em temas microeconómicos, enquanto

elementos essenciais para a vantagem competitiva entre nações.

A nível provincial assumem especial relevo estratégicos os clusters formados com

base na posição geográfica e nos recursos naturais que a Província apresenta, que

lhe permite ter inequívocas vantagens comparativas em relação a outras.

A estratégia de desenvolvimento do PND para 2013-2017 da Província do Bié,

valorizou a necessidade de privilegiar o cluster da Educação e Cultura em matéria de

investimento.

Esta orientação estratégica resulta da condicionante ao desenvolvimento que decorre

da carência de quadros técnicos nos sectores públicos e privados, que constitui um

factor crítico para o desenvolvimento da Província.

A criação de condições que assegurem que os jovens da Provincia desenvolvem as

actividades escolares e formativas, sem terem necessidade de se deslocar para

outras regiões, constitui um facto determinante para a fixação futura dos quadros e

para a criação de um capital humano constituído maioritariamente por pessoas que

com o devido enraizamento cultural e social.

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6644 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

O cluster dos Transportes e Logística assume também uma relevância significativa

nas prioridades de investimento por força da necessidade de reduzir a distância da

Província em relação às restantes centralidades nacionais reforçando-se, por esta

via, o potencial e atractividade do Bié para a fixação de pessoas e projectos

empresariais, onde a componente de transportação é um factor crítico na cadeia de

valor do projecto.

Ilustração 1 - Distribuição do Investimento por Clusters

No que concerne à orientação nacional em relação aos clusters prioritários de

desenvolvimento verifica-se que o Plano de Investimentos Plurianual direcciona 26%

dos recursos financeiros para as zonas de desenvolvimento críticas nacionais,

nomeadamente:

Transportes e Logística – 118.778.876.760 kz (16% do Investimento Total);

Habitação – 54.627.223.592 kz (7% do Investimento Total);

Energia e Água – 25.467.367.354 kz (3% do Investimento Total);

Alimentação e Agro-Indústria – 2.131.105.697 kz (0,3% do Investimento Total);

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6655 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Ilustração 2 - Clusters Prioritários Nacionais

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6666 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4. Estratégia de Desenvolvimento da Província

4.1. Análise SWOT da Província

4.1.1. Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS

Investimentos de reabilitação das

infraestruturas urbanas e institucionais.

Inexpressividade da actividade empresarial

nos sectores primário, secundário e terciário.

Grandes investimentos na recuperação das

vias de circulação e em projectos imobiliários

(novas centralidades).

Deficiências no sector da Indústria,

Comércio, Serviços e Agropecuária: não

existem cadeias produtivas; baixa tecnologia

incorporada nos processos e existência de

um forte mercado informal.

Potencial agropecuário. Infraestruturas básicas deficientes: rede de

energia elétrica insuficiente, rede de esgoto

deficiente; sistema de coleta de lixo precário

e alto déficit de habitações sociais.

Grande diversidade e quantidade de recursos

minerais.

Baixos níveis de ensino superior e reduzida

abrangência do ensino técnico profissional.

Recursos hídricos abundantes e boas

condições climatéricas.

Quadros capacitados insuficientes para

atenderem às necessidades da Província.

Melhorias nas áreas de saúde e da

educação.

Desadequação das infraestruturas

aeroportuárias.

População na sua maioria jovem com forte

anseio por oportunidades.

Inexistência de sistema de informação

provincial integrado;dados existentes sem

compilação, sem consistência e sem critérios

de armazenamento.

Tecnologia de informação deficiente.

Inexistência de Censo Populacional e de

Inventário dos Recursos Naturais.

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6677 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Disponibilidade de mão-de-obra para

acomodar a instalação de novas actividades

industriais.

Localização geográfica da província e a

distancia em relação aos eixos de

desenvolvimento do interior.

Exploração do potencial para o

desenvolvimento agropecuário e turismo.

Insuficiência de capacitação continua e de

quadros técnicos ao nível das actividades

empresariais e dos serviços públicos.

Exploração do Caminho de Ferro de

Benguela e do Corredor do Lobito.

Sistemática emigração dos jovens para

outras regiões na procura de oportunidades

de ensino e inserção profissional.

Cooperação Internacional (ONGs e

Governos) para a realização dos programas

e projectos.

Persistência das desigualdades sociais e das

assimetrias entre os centros rurais e a cidade

capital.

Ausência de incentivos para o

desenvolvimento de um empresariado

nacional forte, sobretudo ao nível do crédito

bancário.

Insucesso na descentralização e

reordenamento, levando à desagregação

territorial.

Reduzido número de voos regulares que

assegurem a ligação da província com outras

regiões do país.

Aumento da marginalidade entre os jovens e

adolescentes.

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6688 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.1.2. Análise de Pertinência

A análise de pertinência apresenta-se como uma ferramenta metodológica que

permite identificar as medidas estratégicas relevantes através da avaliação da

interacção das Forças, das Fraquezas, das Oportunidades e das Ameaças da Matriz

SWOT:

Medidas Estratégicas de Consolidação e Competitividade (Forças vs Oportunidades)

Identificam as áreas nas quais a província deverá intervir para se

diferenciar em relação às restantes regiões e para garantir a

consolidação do desenvolvimento.

Medidas Estratégicas de Mudança (Fraquezas vs Oportunidades)

Identificam as áreas que garantem a viabilidade da estratégia e que

deverão ser promovidas para assegurar a optimização da utilização

dos recursos.

Medidas Estratégicas de Sustentabilidade (Forças vs Ameaças)

Identificam as áreas que promoverão a implementação de modelos de

gestão e de articulação dos recursos necessários para garantir um

desenvolvimento sustentável.

Medidas Estratégicas de Vulnerabilidade (Fraquezas vs Ameaças)

Identificam as áreas que deverão ser intervencionadas atendendo a

que constituem condicionantes críticas para o desenvolvimento,

assumindo enorme relevância para avaliação por parte da população,

em relação à actuação dos agentes públicos de governação.

Da aplicação desta metodologia na Província do Bié resultaram medidas de

intervenção estratégica que sustentarão os eixos de desenvolvimento para o período

2013-2017 e que congregam as conclusões dos diagnósticos sectoriais e das análises

territoriais realizadas em conjunto com as Direcções Provinciais e as Administrações

Municipais, respectivamente.

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6699 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Ilustração 3 - Matriz de Pertinência do Bié

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7700 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.2. Modelo de Desenvolvimento

A Província do Bié foi em tempos considerada o “celeiro de Angola”, traduzindo a sua

grande apetência para a agricultura cerealífera. Para além da produção de cereais,

também as raízes, os tubérculos e as leguminosas assumem relevo, havendo ainda

um bom potencial para o desenvolvimento pecuário.

Actualmente a produção tem sido quase exclusivamente a necessária à subsistência

de um elevado número de famílias, que algumas estimativas computam em 450 000,

sendo o comércio de bens agrícolas muito reduzido.

No entanto, relativamente a outras Províncias vizinhas o Bié dispõe de mais

infraestruturas facilitadoras da actividade agropecuária, pois possui um importante

caminho-de-ferro que a atravessa, uma rede de estradas principais razoável e

condições de electricidade e água que, necessitando ainda de um forte investimento,

superam já a situação muito deficitária que se pode encontrar noutros pontos do

País.

O desfasamento entre o elevado potencial agrícola e o efectivo desempenho

económico é a questão que urge ultrapassar, através de uma estratégia que sirva os

interesses da Província e se insira nas Políticas Estratégicas Nacionais, tal como

estão consagradas no PND 2013-2017.

Assim, a estratégia de desenvolvimento da Província do Bié tem em conta a

ocupação da maioria da sua população na agricultura, a baixa produtividade no

sector agrário, a persistência do fenómeno do êxodo rural e assenta no pressuposto

de que existe uma infraestrutura razoável de drenagem da produção agrícola, apesar

de faltarem infraestruturas de armazenagem e conservação.

Nestas condições, a primeira preocupação do Plano de Desenvolvimento é o

aumento dos rendimentos das famílias que actualmente são extremamente baixos.

Para dar resposta a essa situação será necessário organizar intervenções intensivas

no domínio da agricultura para suscitar o aumento das quantidades produzidas, por

via do aumento da produtividade por unidade de superfície cultivada e uma forte

orientação para o mercado.

Contudo, o aumento da produtividade agrícola traz consigo mais êxodo das

populações para os principais centros urbanos já de si superlotados. A absorção

deste novo tipo de migrantes obriga a que se invista nestas áreas periféricas, na

preparação da mão-de-obra rural não qualificada para o desempenho de novas

funções mais demandadas nas cidades. Há que investir maciçamente na formação

profissional de artífices e operários qualificados, para se assegurar que a fase de

transição destes migrantes se fará sem traumas. Isso pressupõe também a criação

nos centros urbanos de estruturas de acolhimento que atenuem as tensões sociais.

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7711 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Nesta contingência encontram-se reunidas as condições mínimas para traçar com

carácter prioritário o objectivo estratégico de promoção da Agricultura,

complementado por um reforço de equilíbrio territorial e da infraestrutura social,

sempre necessário para por um lado preparar os cidadãos para uma vida activa

produtiva e, por outro lado, lhes proporcionar qualidade de vida em qualquer ponto

da Província e uma rede de segurança próxima para acudir em fases de maior

fragilidade.

No entanto, temos de referir que a atribuição de um carácter prioritário aos pontos

acima referidos não significa de modo algum que queiramos subestimar as medidas

estratégicas sectoriais e os Programas e medidas que estão previstos, mas tão só

que acreditamos ser o momento azado para colocar as infraestruturas já existentes

ao serviço da produção, tendo como fim em vista uma melhor qualidade de vida da

população da Província.

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7722 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.2.1. Promoção da Agricultura

Existem condicionalismos de recursos naturais e clima que definem as grandes

opções estratégicas de desenvolvimento de uma região, que marcam qualquer

exercício de definição das grandes opções de desenvolvimento.

No caso do Bié, a boa qualidade dos solos e as características climáticas propícias

como que obrigam a Província a ser, não diríamos como numa versão antiquada, o

“celeiro de Angola”, mas sim a Província angolana da agroindústria.

Os modos de o atingir baseiam-se na evolução momentaneamente paralela, mas não

excludente, de duas realidades distintas, que são as famílias camponesas e as

empresas.

Na realidade pretende-se, a prazo, direcionar toda a actividade para o livre mercado,

situação que parece de momento impossível porque a generalidade das famílias

camponesas não possuem conhecimentos nem capital minimamente suficiente para

o fazer, o abastecimento de inputs funciona mal e os mercados estão ainda

dominados pelos poucos comerciantes existentes que fixam o preço como desejam,

o que origina a necessidade de intervenção estatal durante um prazo alargado de

tempo para que estejam aptos a inserir-se numa dinâmica de mercado.

Dado serem realidades muito distintas, a medida estratégica de Promoção da

Agricultura terá dois programas distintos a que se agregará um terceiro, de suporte.

4.2.1.1. Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER)

Actualmente existe um conjunto imenso de pequenas explorações agrícolas de cariz

familiar que proporcionam o sustento básico de uma ampla maioria da população da

Província, constituindo por isso o grande aglomerado que urge trabalhar se

pretendermos empreender um verdadeiro desenvolvimento do Bié.

Em termos de crescimento da produção, embora os acréscimos percentuais possam

ser significativos, temos a consciência que não será no espaço temporal deste Plano

que conseguiremos resultados muito significativos, inserindo-se o objectivo

estratégico deste programa no progressivo aumento do rendimento das famílias, que

promova uma repartição mais equitativa do Rendimento Nacional.

Este Programa tem assim enquadramento no PND 2013-2017, que entre as suas

Políticas Estratégicas Nacionais contempla a de Repartição Equitativa do Rendimento

Nacional e de Protecção Social. Esta Política contempla um Programa de

Implementação, de forma integrada, dos Programas de Rendimento Mínimo e Outras

Formas de Protecção Social que, entre outros objectivos, pretende «elaborar e

implementar projectos de desenvolvimento rural integrados e de incentivo à

produção agrícola familiar e camponesa».

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7733 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Ora, o desenho que se pretende para este Programa encaixa perfeitamente nestas

categorias, pois ao mesmo tempo que promove uma repartição mais equitativa do

rendimento, através do aumento dos montantes obtidos pelas famílias, contribui

para uma efectiva protecção social afastando-as do perigo de ficarem abaixo dos

níveis de subsistência. Por outro lado, fá-lo de uma forma integrada ao transformar

as medidas de política num instrumento de contacto multifacetado com as famílias

camponesas e os seus problemas das mais diversas naturezas, como complemento

de um forte incentivo à sua produção agrícola.

Sem este esforço nunca poderá haver um verdadeiro desenvolvimento da Província.

Como o título deste ponto deixa antever, a estratégia para resolver esta situação

passa por um Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER).

Uma estratégia com designação semelhante já vem a ser aplicada à Província, mas

com um nível de eficiência que se pretende agora elevar.

Esta elevação passa a nosso ver pelo reforço da sua intensidade, que concretizamos

em 3 factores.

I - Maior dotação financeira

No que concerne à maior dotação financeira ela pode ser entendida na sua

globalidade – a verba inscrita no Orçamento, ou na aplicação per capita, ou seja

quanto se gasta com cada uma das explorações personalizada na figura do, ou da,

chefe da exploração familiar.

Ambas são importantes para a Província, a primeira porque estamos a lidar com

centenas de milhar de famílias o que fará com que o valor global tenha de

apresentar algum volume, eventualmente muito superior a anos passados, situação

à primeira vista positiva.

Porém, para que um programa destes resulte é necessário despender uma

determinada verba por cada unidade produtiva sendo que, qualquer montante gasto

abaixo dessa fasquia, não constitui um verdadeiro contributo para o

desenvolvimento, pois não causa qualquer crescimento ou transformação da

capacidade produtiva.

Se tivermos um extensionista para dar apoio a 500 famílias, o tempo médio que ele

pode despender com cada uma delas é tão diminuto que não tem qualquer interesse

em termos de extensão rural.

Noutra perspectiva, e num exemplo muito simplificado, temos que se dermos um

saco de milho a uma família com fome o mais certo é que ela o transforme em

farinha e o coma. Se dermos 10 sacos, metade poderá ser para saciar a fome, mas

os restantes 5 sacos irão constituir um insumo para a próxima colheita.

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7744 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

II - Concentração de políticas

Relativamente à concentração de políticas temos de reconhecer que os problemas

que afligem as famílias camponesas influindo negativamente na sua produção, não

têm um carácter meramente agrícola, mas prendem-se com muitas outras políticas

sectoriais, como sejam, entre outras, as políticas de comércio rural, financiamento,

saúde, educação, habitação, segurança alimentar, inovação tecnológica,

cidadania/documentação, etc.

Torna-se assim necessário que, por um lado, a definição das diferentes políticas, e

especialmente a sua aplicação prática, esteja focada na condição dos camponeses e,

por outro lado, que o extensionista não seja um mero agente agrícola, mas que

consiga incorporar outras facetas tão ou mais importantes que as da agricultura, em

sentido estrito, no seu discurso e colaboração efectiva.

Dentro dessas facetas assumem especial importância as questões da

comercialização, pois actualmente as famílias camponesas não têm qualquer voz na

fixação de preços, que são impostos pelos compradores.

Como corolário desta necessidade de concentração devemos ter em conta que, no

caso da verba disponibizada não ser suficiente para um trabalho eficiente e

verdadeiramente desenvolvimentista da globalidade da Província, deverá ser tomada

a decisão de fazer incidir a ATER apenas no número de municípios que possam ser

devidamente enquadrados, pois só assim poderemos gerar desenvolvimento.

III - Coordenação da acção

A extensão rural apareceu nos EUA como uma actividade das universidades e outros

centros do saber que iam junto dos agricultores “estender” os seus conhecimentos

às situações concretas que ocorriam.

Nos países com instituições do conhecimento incipientes a solução foi providenciar

esse trabalho através dos Ministérios da Agricultura, tanto mais que existia um

enfoque muito tecnicista e pouco integrante nos primórdios da aplicação destas

medidas.

Em Angola o caminho foi esse e actualmente é ao Ministério da Agricultura que

compete assegurar esse serviço, fazendo-o com as dificuldades inerentes a uma

estrutura que tem a liderança longe do local onde a acção é requerida.

Assim, existem muitos relatos de grandes atrasos na entrega de insumos, que

inviabilizam as sementeiras, e de dificuldades operacionais dos extensionistas para a

prestação regular do seu trabalho junto das populações.

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7755 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Ora, a Província vai aos poucos tendo habitantes com formação em agricultura e

parece normal que sejam criadas algumas equipas de extensionistas com controlo

operacional regional, assegurado pelo Governo Provincial.

Efectivamente, os temas em análise e as inevitáveis situações de menor eficiência

momentânea deste ou daquele serviço poderão ser muito mais facilmente atalhados

na Província que tendo de subir ao nível ministerial.

Porém, toda a sabedoria, experiência e logística do Ministério poderiam ser

aproveitadas através da participação, com o devido destaque, na Comissão Provincial

a criar, que integraria nos seus órgãos consultivos, para além das autoridades

centrais e provinciais, os representantes das famílias camponesas, elementos das

instituições de saber provinciais, nacionais ou internacionais convidadas a participar,

assim como representantes de ONG’s e dos extensionistas.

Assim, deveria existir um acréscimo de verbas a ser consignado à Província, para

que esta pudesse encetar um Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural

que, embora parecido com o que até aqui tem existido, se distinguisse pela sua

intensidade ao serviço da eficiência e do desenvolvimento do maior grupo

socioprofissional em presença.

Essa verba seria assignada à:

• Montagem de uma organização eficaz da ATER, contando com parceiros

institucionais;

• Formação de novos extensionistas;

• Remuneração atempada dos extensionistas;

• Aquisição de insumos para fornecimento às famílias camponesas;

• Aquisição de ferramentas individuais e pequenos equipamentos produtivos

para uso individual ou por pequenas associações de camponeses;

• Desmatagem e preparação de novas terras de cultivo para as populações, de

forma a alargar as pequenas unidades familiares, para permitir mais excedentes.

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7766 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.2.1.2. Agronegócio

Actualmente existem na Província algumas empresas agrícolas que conseguem obter

uma elevada produtividade, tirando partido das boas condições edafoclimáticas.

Dado que o mercado apresenta escassez de cereais, raízes, tubérculos e

leguminosas, assim como de carne, existe uma efectiva oportunidade de negócio

para as explorações agropecuárias empresariais que se fixarem na Província.

O Programa de Promoção do Agronegócio deve privilegiar essencialmente a

instalação de empresas privadas nacionais, pois é a sua dinâmica que se pretende

como motor do desenvolvimento da cadeia produtiva agropecuária na Província.

Esta estratégia de desenvolvimento está de acordo com o estipulado no PND 2013-

2017 que, no âmbito da sua Política de Promoção do Crescimento Económico, do

Aumento do Emprego e de Diversificação Económica, possui uma subpolítica que

aponta para a Promoção do Empreendedorismo e do Desenvolvimento do Sector

Privado Nacional, exactamente o que a Província do Bié elege como uma das suas

principais estratégias.

Antes de aprofundar alguns aspectos que parecem muito importantes para a

Promoção da Agricultura cumpre-nos referir que, por detrás do conceito que se

pretende implementar de agronegócio, está uma cadeia produtiva que poderá gerar,

num prazo relativamente curto, um forte cluster agroindustrial pois comporta:

Negócios agropecuários propriamente ditos

São as transações originadas pelas produções obtidas dentro dos limites das

fazendas e que são realizados pelos produtores rurais utilizando técnicas modernas e

profissionais especializados (agrónomos, veterinários, zootecnistas, etc.). Está aqui

inserida a venda dos produtos tal como são produzidos, milho, soja, legumes,

batata, animais vivos, etc.

Negócios a montante da agropecuária

Neste grupo estão as indústrias e as empresas comerciais que fornecem os insumos

para os produtores rurais (sementes, adubos, químicos defensivos, maquinaria,

ração, combustível, etc.).

Negócios a jusante da agropecuária

Aqui se congregam todas as empresas que, relativamente aos produtos

agropecuários, realizam a sua compra, transporte, beneficiação (industrial ou outra)

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7777 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

e a própria venda dos produtos até ao consumidor final, o que vem a constituir um

enorme conjunto de empresas (matadouros, frigoríficos, indústrias transformadoras,

empacotadores, supermercados, etc.).

Note-se que a nível do processamento dos produtos agropecuários podemos estar a

falar de bens de consumo directo ou de inputs para os mais diversos processos

produtivos como o do leite, iogurte, queijos, carnes frescas e embutidas, ração,

cordame, têxteis, calçado, farinhas, batatas fritas, pré cozinhados, sumos, compotas,

etc.).

4.2.1.3. Programa de Suporte à Agricultura

Para fazer uma forte viragem na dinâmica produtiva da Província, com base na

agropecuária, torna-se necessário dotar a Província de um nível de Capital Humano

bem mais elevado do que o actual.

Como vimos atrás a cadeia produtiva, que se pretende venha a evoluir na Província

para um cluster, não se implementa com base em trabalhadores braçais que passam

horas no campo com os seus instrumentos básicos de trabalho, mas sim com outro

tipo de contributos dos agentes produtivos, cujas competências têm de ser

melhoradas e as suas perspectivas acarinhadas e potenciadas.

Para dar suporte a tudo isso torna-se necessário implementar um conjunto de

programas como se segue:

• Formação Profissional

• Formação em Empreendedorismo

• Apoio ao Financiamento

Formação Profissional

A Formação Profissional é um elemento basilar para o normal desenvolvimento de

qualquer actividade produtiva, pois ao sair do sistema de ensino ordinário os

estudantes não possuem as qualificações adequadas a serem de imediato inseridos

no mundo do trabalho, quer como empregados, quer como micro empresários.

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7788 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Num país que, como Angola, teve um corte laboral muito profundo, como sequela de

uma descolonização e um conflito armado interno, houve duas gerações que ficaram

afastadas das actividades produtivas a nível empresarial, facto que impossibilita a

grande fonte de aprendizagem que é a inserção como aprendiz em equipas de

trabalho e a paulatina progressão na carreira.

Por esse motivo, mais que em muitos outros países, torna-se necessário promover

um Programa de Formação Profissional que possibilite dotar de conhecimentos os

agentes produtivos.

Embora existam já instituições de cariz público e privado que realizam destes cursos

na Província, a sua incidência é ainda muito reduzida, situação que o aparecimento

de empresas fará evidenciar de forma exponencial.

Como vimos atrás, ainda que sucintamente, o leque de empresas que constituem a

cadeia produtiva da agropecuária é muito alargado, o que significa que haverá que

promover formação diversificada para responder à procura.

Esta situação está contemplada no PND 2013-2017 que no âmbito da Política

Nacional de Promoção do Crescimento Económico, do Aumento do Emprego e de

Diversificação Económica possui uma subpolítica que trata da Promoção do Emprego

e Capacitação e Valorização dos Recursos Humanos Nacionais, cujos Programas de

Acção contemplam a Elaboração e Implementação da Estratégia Nacional de

Desenvolvimento de Recursos Humanos, que pretende «incrementar as acções de

formação no âmbito do Sistema Nacional de Formação Profissional, adequadas às

necessidades do mercado de trabalho nos distintos sectores da economia e nas

áreas periurbana e rural». Existe ainda com fim similar o Programa de Formação

Profissional ao Longo da Vida, que tem como objectivo «apoiar a aprendizagem e a

formação ao longo da vida, actuando na aprendizagem, formação inicial, formação

qualificante e na educação-formação».

Para além destes programas inseridos directamente na principal política de

Crescimento Económico e Aumento do Emprego, existe uma estratégia dedicada à

Juventude e inserida na Política Integrada para a Juventude, que contempla um

Programa de acção relativo à Inserção dos Jovens na Vida Activa, com o objectivo de

facilitar o acesso dos jovens ao mercado de trabalho e que tem como medida de

política a implementação de programas de formação profissional para jovens,

ajustados às necessidades do mercado de trabalho, com destaque para as

tecnologias de informação e comunicação.

Pelo que atrás foi referido, comprova-se que o propósito de promover a Formação

Profissional entre os habitantes do Bié se coaduna com a estratégia nacional.

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7799 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Formação em Empreendedorismo

Quando se fala da criação de empresas privadas temos sempre que levar em linha

de conta que por detrás de cada uma delas deve estar um empresário que decidiu

realizar aquele empreendimento.

Assim, pode-se rapidamente concluir que o bom sucesso da criação de empresas não

está dependente de qualquer acto administrativo, mas sim do aparecimento

voluntário de um empreendedor.

A Província para atrair empreendedores terá de realizar acções de captação entre o

empresariado nacional e internacional, ainda que sujeito a restrições legais, mas

para que ocorra um acréscimo significativo de agentes económicos a pretender

empreender torna-se necessário sentir as motivações dos habitantes do Bié, pois

dentre estes muitos poderão estar interessados em dar outro rumo à sua vida,

optando pelo empreendedorismo, acrescendo que dada a sua ligação à Província

deverão ser os primeiros a ser contemplados.

Porém, as competências para ser empresário e iniciar um empreendimento não são

inatas, tornando-se assim necessário dotar os pretendentes de conhecimentos

básicos para o desempenho daquilo que se propõe realizar.

É nessa conformidade que surge a necessidade de promover cursos de

empreendedorismo, onde são passados para os formandos os conhecimentos

básicos de gestão de empresas, que os habilitam a dar início ao seu

empreendimento.

Esta estratégia provincial em favor da promoção do empreendedorismo encontra

respaldo nas políticas nacionais, pois no âmbito da Política de Promoção do

Crescimento Económico, do Aumento do Emprego e de Diversificação Económica

encontram-se várias situações que apontam nesse sentido.

Desde logo podemos observar que na subpolítica de Promoção e Diversificação da

Estrutura Económica Nacional existe um Programa de Diversificação da Produção

Nacional que, entre as suas medidas de política, apela à promoção da «articulação

com outras políticas nacionais relevantes, tais como a promoção do

empreendedorismo», o que demonstra a importância que é dada a esta matéria por

um dos Programas mais centrais do PND 2013-2017.

No entanto o Plano Nacional não se fica por essa referência ao empreendedorismo,

indo directamente à questão quando trata da subpolítica de Promoção do Emprego e

Capacitação e Valorização dos Recursos Humanos Nacionais, nomeadamente no seu

programa de acção fundamental que se debruça sobre a Elaboração e

Implementação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Recursos Humanos,

onde é proposta uma medida de política que visa «desenvolver a cultura do

empreendedorismo, através de acções de formação profissional específicas que

promovam o espírito criativo e a inovação», ou seja, exactamente o que a Província

do Bié pretende realizar.

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8800 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Dado que a população da Província é muito jovem, uma parte muito significativa da

formação em empreendedorismo vai ser dirigida a esse segmento populacional o que

abre lugar à conexão com a Política Nacional Integrada para a Juventude, que no

seu programa de acção fundamental, designado Inserção dos Jovens na Vida Activa,

contempla uma medida de política que aponta para a implementação de «um

programa de promoção do emprego e do empreendedorismo para jovens».

Pelo atrás exposto fica a certeza que o empreendedorismo, para além de uma ideia

internacionalmente muito em voga, constitui uma opção estratégica da Província

para ultrapassar a manifesta carência de empreendedores, que está em consonância

com o estabelecido pelo PND 2013-2017.

Apoio ao Financiamento

Apesar de existirem diversos instrumentos financeiros colocados à disposição dos

empresários para alavancar os seus empreendimentos, a realidade é que existe

dificuldade na obtenção de financiamentos por parte dos micro, pequenos e médios

investidores da Província.

Dado que o contributo do sector financeiro na concessão de crédito aos empresários

da Província é fundamental para que exista um verdadeiro desenvolvimento assente

na iniciativa privada, entende-se como essencial a existência de um Programa de

Apoio ao Financiamento das actividades produtivas do Bié.

Se é certo que algumas iniciativas estarão já assessoradas por se encontrarem

enquadradas em incubadoras de empresas, não é menos verdade que será saudável

que ocorram muitos mais pedidos para além desses, para dar início a empresas ou

expandir as já existentes.

Sem querer interferir na liberdade de conceder crédito por parte das instituições

financeiras, parece razoável que a Província pugne pela concretização de

empréstimos a projectos viáveis e enquadrados na sua estratégia de

desenvolvimento.

Por esse motivo é de toda a importância criar uma estrutura que possa promover a

obtenção de crédito para as actividades produtivas a terem lugar na Província.

O PND 2013-2017, através Política Nacional de Promoção do Crescimento

Económico, do Aumento do Emprego e de Diversificação Económica, na subpolítica

que concerne à Promoção e Diversificação da Estrutura Económica Nacional, possui o

Programa Angola Investe que contempla uma medida de política que preconiza a

consultoria enquanto meio de «suporte ao empreendedor».

Também outra Política Nacional, neste caso a Política Integrada para a Juventude,

tem no seu Programa de Inserção dos Jovens na Vida Activa uma medida de política

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8811 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

que visa «assegurar o acesso dos jovens a crédito bonificado para a criação de

pequenos negócios».

Face a estas medidas de política, a Província sente estar em sintonia com o PND

2013-2017, pretendendo apenas concretizar de forma robusta aquilo que está

preconizado a nível nacional.

Antes de terminar as referências a este Programa de Suporte à Agricultura,

gostaríamos de clarificar que, para além de realizar os 3 pontos atrás descritos, se

torna necessário fazê-lo com a intensidade adequada, conforme pretendemos

demonstrar sucintamente de seguida, baseando-nos nos três aspectos já acima

referidos: maior dotação financeira, concentração de políticas e coordenação da

acção.

Teremos assim:

Maior dotação financeira

A exiguidade de verbas nas rubricas acima previstas pode originar aquilo que parece

ser a mesma medida, pois tem uma designação igual, mas trata-se na realidade de

algo inteiramente diferente, dado que a verba orçada não permite senão manter a

aparência de que se está a realizar alguma coisa positiva.

Das 3 medidas apenas as de Formação em Empreendedorismo e Apoio ao

Financiamento podem ter um orçamento relativamente pequeno, pois não exigem

grande infraestrutura, senão vejamos:

Formação Profissional – tem de ser alargada a dezenas de milhar de

jovens desempregados e incluir formação em Centros preparados para

acolher “artes e ofícios”, sendo ministrada em vários municípios por

formadores capazes;

No caso das verbas obtidas serem diminutas a solução que nos parece menos má

consiste na diminuição do perímetro de intervenção e nunca um rateio de verbas,

pois este só levará a um total desperdício. Assim poderíamos ter a concentração de

formação em menos municípios, a diminuição do número de cursos ou a incidência

em apenas algumas franjas de trabalhadores informais, mas em qualquer dos casos

não deverá ser encetada uma acção menos robusta que a entendida como eficiente

para a efectiva capacitação dos formandos.

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8822 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Concentração de políticas

Os 3 Programas acima apresentados têm uma lógica de conjunto e só serão

verdadeiramente eficazes se houver um bom desempenho de todos, pois existem

precedências inultrapassáveis e a adequada conjugação de medidas é essencial.

Ao dar prioridade à formação profissional e formação em empreendedorismo

quisemos dotar os formandos de conhecimentos técnicos que serão importantes para

aqueles que irão tornar-se empresários. Sem estes não faz sentido falar em apoio à

obtenção de crédito porque no momento seguinte milhares de cidadãos sem

emprego e formação irão tomar o seu lugar.

É assim necessário concentrar esforços para resolver os problemas e desenvolver a

Província de forma significativa até 2017.

Coordenação da acção

Como o atrás referido deixa antever, a estratégia da Província necessita de uma

enorme coordenação, que o sistema de especialização em Sectores, tutelado cada

um pelo seu Ministério, não permite.

No entanto, toda a experiência já adquirida e as estruturas existentes, públicas e

privadas, serão da maior utilidade na implementação dos Programas propostos,

devendo ser criada uma comissão com caracter consultivo para que melhor possam

ser realizados os esforços integrados de desenvolvimento. No caso do Bié existe já

alguma formação profissional, ainda que muito escassa para os objectivos que se

pretendem atingir, pelo que a integração deverá ocorrer especialmente em relação a

esse tema.

A operacionalização dos programas e aplicação de verbas específicas adicionais deve

ficar sob a responsabilidade do Governo da Província.

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8833 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.2.2. Promoção do Equilíbrio Territorial

A evolução pós-independência, mormente por causa do conflito armado, originou

fortes alterações na Província, com consequências nefastas para o seu equilíbrio

territorial.

Após os primeiros anos de Paz em que se operaram grandes melhorias nas

infraestruturas nacionais, urge agora ter uma leitura mais fina do território e

começar a cuidar de resolver as questões de ordenamento territorial provincial.

Há no entanto que fazer acompanhar as intervenções territoriais dos serviços básicos

às populações, sem os quais poderemos ter até grandes infraestruturas, mas não

teremos desenvolvimento, pois este tem associada uma alienável componente

qualitativa.

4.2.2.1. Desenvolvimento Equilibrado da Capital Provincial

Como deixamos antever acima, os objectivos estratégicos relativamente a este ponto

deverão se traduzidos num Programa que integre medidas de política que, por vezes,

têm andado desfasadas, mas cuja consideração conjunta nos parece determinante

neste Plano de Desenvolvimento Provincial.

Criação de Malha Urbana Ordenada

Neste campo importa resolver essencialmente as questões levantadas pela ocupação

anárquica de áreas periurbanas por construções de cariz definitivo, que albergam

milhares de famílias sem meios para se mudarem para as habitações que estão a ser

construídas na Província.

Sendo extremamente oneroso, e causador de muito atrito, realojar centenas de

milhar de pessoas que se encontram em bairros urbanos desprovidos de qualquer

malha urbana ordenada, torna-se necessário optar por soluções intermédias, que

originem uma mudança sensível no actual caos urbanístico.

Para isso será necessário rasgar artérias estruturantes no miolo dos actuais bairros

improvisados e prover a todos os habitantes um mínimo de serviços básicos como a

limpeza, electricidade, água e saneamento. Também deve existir o cuidado de

promover o aparecimento de transportes públicos que unam a cidade,

transformando-a numa só urbe, ainda que com as suas enriquecedoras

especificidades.

Dado serem necessárias verbas muito significativas, não só para reordenar, como

depois para manter os serviços, julga-se ser de propor que na reforma fiscal em

curso, o Imposto Predial Urbano seja considerado de arrecadação local e que a sua

tributação seja realizada em função da ocupação e não da posse do imóvel, o que

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8844 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

permitiria um registo automático e o início de um outro paradigma no mercado

habitacional desse tipo.

Para dar o arranque a um projecto desta natureza é necessário prever reservas

fundiárias que seriam transformadas em talhões devidamente infraestruturados e

legalizados, para onde muitos dos actuais habitantes dos bairros informais

periurbanos seriam convidados a transitar em programas de construção assistida. Ao

serem titulares de uma habitação nesses terrenos estes ficariam automaticamente

sujeitos a Imposto Predial Urbano, ainda que o legislador devesse pensar num

período alargado de isenção, como forma de motivação para a mudança.

Esse desanuviamento inicial permitiria realizar um ordenamento básico do terreno e

possibilitaria um melhor enquadramento daqueles que pretendessem ficar nos

bairros, que deixariam de ter um carácter totalmente informal, passando a haver um

registo de ocupação e a obrigatoriedade de pagamento de Imposto Predial Urbano,

que cobriria, ainda que parcialmente, os custos com os novos serviços a serem

prestados.

Acresce que a própria segurança de pessoas e bens sairia reforçada, pois

actualmente torna-se complicado para as forças da ordem operar no miolo de alguns

desses bairros devido à complexidade dos mesmos, que não permite um

patrulhamento eficaz.

Esta reestruturação está contemplada no PND 2013-2017, que na sua Política de

Promoção do Desenvolvimento Equilibrado do Território inclui um Programa de

Acção denominado de Modernização das Capitais de Província, onde existe uma

medida de política que pretende «desenvolver grandes operações de requalificação

urbana, com uma forte componente de dignificação urbana, valorização ambiental e

que promovam a multi-funcionalidade desses espaços»

Infraestruturação Social da Nova Malha Urbana

Um dos grandes problemas das cidades em geral é a incapacidade pública para

prover serviços de proximidade que tenham um efeito inclusivo, deixando assim que

se formem grupos marginais à normal evolução da sociedade.

No Kuito haverá assim que ter um especial cuidado para disseminar esses serviços

pela malha urbana. Nesse sentido, novas iniciativas como a formação profissional

referida no primeiro ponto deste capítulo deverão ser situadas perto das populações

desses bairros, para que os seus jovens habitantes possam usufruir mais facilmente

desse Programa desenvolvimentista e posicionar-se melhor para aceder ao mercado

de trabalho.

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8855 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Para além deste esforço torna-se ainda importante, por um lado cuidar de trazer a

educação infantil para junto dessas populações, de forma a que desde tenra idade a

escola pública possa ajudar na educação cívica e, por outro lado, não esquecer o

desporto através da criação de estruturas multiuso que constituem também um

importante factor inclusivo.

Note-se que esta preocupação integradora é tão importante como o reordenamento

da malha urbana, pois sem ela não será possível acabar com a desinserção dessas

populações, que continuarão a viver na cidade mas, paradoxalmente, dela alheadas.

Estas medidas enquadram-se bem no Programa de Modernização de Capitais de

Província acima referido, dado inserirem-se numa lógica abrangente de

requalificação urbana e promoverem a multifuncionalidade dos espaços.

Modernização da Rede de Pólos Rurais

Actualmente os espaços rurais da Província do Bié estão a ser abandonados pelos

seus naturais, que são atraídos pela maior oferta de serviços existente nas grandes

cidades, a que se associa o desejo de arranjar um emprego menos penoso e melhor

remunerado, que aquele ligado à agropecuária e numa base familiar, que poderiam

ter nos locais de onde são naturais.

Com a melhoria das condições de vida que se pretendem criar no Kuito, esta

tendência poderá até ter um agravamento, motivo que reforça a necessidade de

tomar medidas estratégicas conducentes à criação de Pólos Rurais modernos,

capazes de prover aos seus habitantes um mínimo de condições de vida que

usualmente só se encontram na Capital Provincial.

Se é certo que o Estado tem realizado um grande esforço para levar as condições

mínimas a todos os recantos do País, também haverá que reconhecer que o caracter

de urgência não tem ajudado a que essas intervenções tenham a melhor qualidade.

Acresce que nunca foram pensados aspectos que vão para além dos mínimos para a

sobrevivência, como a diferenciação entre zonas urbanas e de parque empresarial,

infraestruturas culturais e de diversão, parques públicos de lazer, centralidades com

boa arquitectura urbana e muitas outras valências.

Ora, se não quisermos ter o total abandono das populações rurais, torna-se

necessário encetar um trabalho de reconversão dessas comunidades e a sua

transformação numa rede de Pólos Rurais, com base nas sedes municipais, que

possam reter população e albergar alguns serviços de apoio à agropecuária.

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8866 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Torna-se assim premente iniciar um Programa de Reconversão dos Pólos Rurais, sem

o qual toda a estratégia de desenvolvimento agropecuário da Província pode ser

comprometido face à fuga da população dos espaços rurais para os urbanos.

Note-se que seria muito útil enquadrar as medidas de suporte à Agricultura

propostas no primeiro ponto com este problema de êxodo rural, pois para além do

conhecimento e oportunidades que elas vão trazer, podem também constituir um

primeiro passo para a desejada reconversão dos municípios onde vão ser

implementadas.

Estas medidas enquadram-se na Política Nacional de Promoção do Desenvolvimento

Equilibrado do Território do PND 2013-2017, que tem nos seus Objectivos de Política

prioritários a promoção da «criação de polos de equilíbrio nas regiões com menor

nível de desenvolvimento económico e social», aqui adaptadas à dimensão

provincial.

Esta Política Nacional preconiza também no seu Programa de Estruturação do

Povoamento e Ordenamento do Território a necessidade de «capacitar as regiões

menos desenvolvidas do País, promovendo as pré-condições para o seu

desenvolvimento endógeno», que é exactamente o que se pretende realizar.

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8877 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.3. Eixos de Desenvolvimento

Os eixos de desenvolvimento preconizados para a Província do Bié resultaram da

Matriz de Pertinência e do Modelo de Desenvolvimento e pretendem colmatar os

factores críticos da região, garantindo que os índices de desenvolvimento serão

consolidados e sustentados por adequadas medidas estratégicas e de intervenção.

Neste contexto definiram-se 4 Eixos de Desenvolvimento que incorporam as medidas

estratégicas da matriz de pertinência e as acções de investimento definidas para o

período de 2013 a 1017.

Ilustração 4 - Eixos de Desenvolvimento da Província

A distribuição do investimento pelos eixos estratégicos evidencia a preocupação com

as enormes debilidades na vertente do capital humano que se apresenta como o

factor crítico do desenvolvimento na Província com reflexos na capacidade

empreendedora, na qualidade do serviços públicos e no suporte em matéria de mão-

de-obra técnica para sustentar a revitalização empresarial em perspectiva.

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8888 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Dotar a população jovem de níveis de preparação educacional e profissional

adequados, criar condições de atracatividade para a fixação de quadros na Província

e garantir uma capacidade de resposta institicional capaz de coordenar a

operacionalização da estratégia de desenvolvimento preconizada constituem os

objectivos superiores que se pretendem alcançar com a dotação do eixo de

desenvolvimento Garantir o Capital Humano e Institucional em cerca de 70%, dos

recuros financeiros de investimento previstos para o período 2013-2017.

Tabela 1 - Distribuição do Investimento pelos Eixos de Desenvolvimento

Ilustração 5 - Distribuição do Investimento pelos Eixos de Desenvolvimento

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8899 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Numa perspectiva temporal o esforço de investimento encontra-se equilibrado

anualmente por força da programação delineada para as medidas de intervenção

investimentos e do escopo temporal da estratégia de desenvolvimento.

Ilustração 6 - Distribuição Temporal do Investimento

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9900 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.4. Medidas de Intervenção

A operacionalização dos Eixos de Desenvolvimento assentará na implementação das

medidas de intervenção, que se encontram desagregadas por projectos de

investimento, e que serão monitorizados pelos sectores que assumirão a

responsabilidade pela respectiva execução.

Estas medidas de intervenção encontram-se detalhadas nos capítulos seguintes

permitindo analisar a respectiva natureza, os investimentos previstos e o número de

projectos associados garantindo-se, por esta via, os mecanismos de implementação

das directrizes de desenvolvimento da província.

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9911 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.4.1. Eixo 1 – Garantir o Capital Humano e Institucional de Suporte ao Desenvolvimento

4.4.1.1. Medida Estratégica – Educar e criar condições de atractividade para a população jovem

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9922 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.4.1.2. Medida Estratégica – Melhorar a qualidade e a amplitude do serviço publico

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9933 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.4.2. Eixo 2 – Combater o Desemprego e Reforçar o Poder Económico das Populações

4.4.2.1. Medida Estratégica – Revitalizar o cluster agropecuário

4.4.2.2. Medida Estratégica – Promover a exploração empresarial dos recursos minerais

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9944 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.4.2.3. Medida Estratégica – Fomentar o empreendorismo e as actividades empresariais

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9955 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.4.3. Eixo 3 – Aumentar a Qualidade de Vida nas Zonas Urbanas e Rurais

4.4.3.1. Medida Estratégica – Reforçar as redes e os meios de distribuição e comunicação

4.4.3.2. Medida Estratégica – Satisfazer as necessidades domésticas e empresariais de energia e água

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9966 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.4.3.3. Medida Estratégica – Melhorar as condições sanitárias, urbanas e ambientais

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9977 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

4.4.4. Eixo 4 – Minimizar as Assimetrias Sociais

4.4.4.1. Medida Estratégica – Atenuar as desigualdades sociais e o potencial de criminalidade

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9988 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5. Inserção dos Planos de Desenvolvimento Sectoriais na

Estratégia Nacional

Os projectos de investimento sectoriais da Província do Bié foram sujeitos a uma

apreciação individual, com o objectivo de avaliar a integração das acções de

investimento nas estratégias sectoriais contempladas no Plano Nacional de

Desenvolvimento.

Por esta via determinaram-se as perspectivas de investimento da Província em prol

dos Objectivos Nacionais do Plano Nacional de Desenvolvimento de Médio Prazo

(2013-2017) e garantiu-se o necessário alinhamento territorial, que se encontra

expresso nos quadros de distribuição do investimento pelos objectivos sectoriais

nacionais.

Cumulativamente procedeu-se ao apuramento dos indicadores estatísticos

provisionais, reflectidos no Plano Nacional de Desenvolvimento, criando-se as

condições para a monitorização futura do impacto da execução física dos projectos

de investimento na concretização das metas de desenvolvimento, que constituirá um

exercício de primordial importância para avaliarmos a qualidade da operacionalização

do Plano de Desenvolvimento Provincial e o respectivo contributo numa escala

nacional.

A descrição da distribuição dos 1.063 projectos e do investimento plurianual de

767.023.563.558 Kz encontra-se evidenciada por sector e reflecte a participação

proactiva da sociedade civil da Província do Bié nas expectativas de desenvolvimento

nacional.

Tabela 2 - Eixos de Desenvolvimento vs Objectivos Nacionais

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9999 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Ilustração 7 – Percentagem da Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

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110000 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.1. Sectores Económicos

5.1.1. Agricultura, Silvicultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

Agricultura

Pecuária

Floresta

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110011 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Agroindústria

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110022 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.1.2. Pescas

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

5.1.3. Indústria

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

5.1.4. Geologia e Minas

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

Indicadores e Metas Previsionais

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110033 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.1.5. Comércio

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

Indicadores e Metas Previsionais

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110044 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.1.6. Hotelaria e Turismo

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

Indicadores e Metas Previsionais

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110055 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.1.7. Ambiente

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

Indicadores e Metas Previsionais

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110066 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.2. Sectores Infraestruturas

5.2.1. Energia

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

5.2.2. Águas

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

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110077 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.2.3. Construção

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

5.2.4. Transportes

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

5.2.5. Urbanismo e Ordenamento Território

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

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110088 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.2.6. Telecomunicações

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

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110099 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.3. Sectores Sociais

5.3.1. Educação

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

Indicadores e Metas Previsionais

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111100 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.3.2. Saúde

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

Indicadores e Metas Previsionais

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111111 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.3.3. Cultura

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

Indicadores e Metas Previsionais

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111122 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.3.4. Juventude e Desportos

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

Indicadores e Metas Previsionais

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111133 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.3.5. Assistência e Reinserção Social

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

5.3.6. Habitação

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

Indicadores e Metas Previsionais

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111144 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.3.7. Formação Profissional

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

5.3.8. Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

5.3.9. Comunicação Social

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

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111155 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.4. Sectores Institucionais

5.4.1. Administração Pública

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

5.4.2. Defesa e Segurança Nacional

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

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111166 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

5.4.3. Justiça

Distribuição do Investimento pelos Objectivos Nacionais

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111177 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

6. Meios Necessários para a Prossecução dos Objectivos

Os meios necessários para viabilizar a estratégia do Plano de Desenvolvimento da

Província do Bié subdividem-se em recursos financeiros, humanos e organizacionais.

O conjunto de projectos de investimento de suporte à estratégia preconizada requer

um manancial de recursos significativo que, no entendimento do Governo Provincial

do Bié, se justifica pelo impacto expectável nos domínios económico e social e para

se garantir a afirmação definitiva da Província neste período crítico do estágio

evolutivo da região, assumindo-se como uma importante aglomeração urbana do

centro do País.

A desagregação destes recursos encontra-se expressa nos quadros inseridos nos

capítulos seguintes, cujo conteúdo permite uma avaliação minuciosa dos meios

necessários.

As Receitas Fiscais arrecadadas localmente constitutem um importante contributo da

Província de Bié, em prol das necessidades financeiras de suporte a

desenvolvimento.

No ano de 2013, a receita arrecadada pelas repartições correspondeu a 240 milhões

de Kz, perspectivando-se uma tendência de crescimento anual sustentado para o

período de 2013-2017, antevendo-se que em 2017 as receitas fiscais ascendam a

406 milhões de Kz.

RECEITAS FISCAIS

NATUREZA Efectivo 2013

Previsão

2014

Previsão

2015

Previsão

2016

Previsão

2017

A - Receitas s/ Rendimentos 132.603.692 176.159.319 193.775.251 207.339.518 219.779.890

B - Receitas s/ Património 3.014.761 6.173.555 6.790.911 7.266.274 7.702.251

C - Receitas s/ Consumo 15.838.291 51.730.420 56.903.462 60.886.704 64.539.907

D - Receitas s/ Actividade Industrial 24.528.912 18.579.019 20.436.921 21.867.505 23.179.556

E - Outras Receitas Fiscais 1.101.127 3.768.598 4.145.458 4.435.640 4.701.778

F - Taxas, Multas e Emolumentos 63.496.045 69.312.050 76.243.255 81.580.283 86.475.100

TOTAL DE RECEITAS FISCAIS 240.582.828 325.722.961 358.295.257 383.375.925 406.378.481Variação Anual Percentual 35% 10% 7% 6%

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111188 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

6.1. Recursos Financeiros

6.1.1. Responsabilidade pelo Investimento por Domínios e Sectores

Ilustração 8 - Distribuição do Investimento (Valor)

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111199 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Ilustração 9 - Distribuição do Investimento (Projectos)

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112200 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

6.1.2. Calendarização do Investimento

6.1.2.1. Distribuição por Eixo Estratégico de Desenvolvimento

Ilustração 10 - Distribuição Temporal do Investimento

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112211 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

6.1.2.2. Distribuição por Dominios e Sectores

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112222 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

6.1.3. Distribuição Territorial

Ilustração 11 - Distribuição Territorial do Investimento

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112233 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

6.1.4. Natureza Orçamental por Domínios e Sectores

Ilustração 12 - Distribuição do Investimento por Natureza Orçamental (Valor)

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112244 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

Ilustração 13 - Distribuição do Investimento por Natureza Orçamental (Projectos)

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112255 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

6.1.5. Decomposição dos Recursos Financeiros por Origem e Período

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112266 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

6.2. Recursos Organizacionais

6.2.1. Necessidades de Reforço de Pessoal

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112277 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

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112288 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

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112299 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

6.2.2. Necessidades de Formação

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113300 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

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113311 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

7. Sistema de Monitoria e Avaliação

O sucesso do Plano Provincial obriga a que ocorra um processo de acompanhamento

e análise que possibilite verificar o seu progresso, identificar as dificuldades surgidas

e promover os reajustamentos necessários.

As mudanças em curso no Bié implicam a necessidade de se estabelecerem

mecanismos de actualização da informação que alimentem os processos de

planeamento e gestão. Esta função da monitoria e avaliação é crucial.

A monitoria efectua o acompanhamento e recolhe informação sobre o progresso da

implementação e a avaliação mede o impacto na vida das pessoas.

O sistema deve ser desenhado para respeitar princípios, nomeadamente de

simplicidade e objectividade do sistema, não estabelecer mecanismos e

procedimentos paralelos, diferenciar processo e impacto, combinar análise

quantitativa e qualitativa e utilizar os resultados do sistema para ajustar e rever a

intervenção.

Para se poder monitorar o Plano é necessário recolher e compilar muita informação e

ter capacidade para a analisar, extrair conclusões e sugerir recomendações.

Os elementos principais do sistema devem ser os relatórios anuais e os planos de

actividades a serem produzidos por todas as Direcções Provinciais e Administrações

Municipais, contendo elementos compilados e analíticos que resultem da monitoria e

eventuais avaliações. Da articulação entre a análise, as conclusões a serem feitas

nos relatórios e os ajustamentos e revisão aos planos, está a chave do sucesso do

sistema.

O sistema deve ter como Linha de Base a situação existente na província, daí a

importância da realização de perfis municipais e da utilização dos diagnósticos

sectoriais feitos para o Plano Provincial.

O terceiro elemento fundamental do sistema é a elaboração do Plano de Monitoria

que defina que tipo de informação vai ser recolhida, quem a vai recolher e compilar,

a que níveis o vai fazer e com que periodicidade.

Por último o sistema deverá planear a existência de um Plano de Avaliações,

especificando a periodicidade das mesmas, se vão ser internas ou externas e quem

será responsável pelo seu acompanhamento.

O Executivo ao nível provincial é responsável pelo acompanhamento da

implementação do Plano Provincial, sendo os Executivos municipais responsáveis

pelos Planos Municipais.

Tendo por base que o princípal beneficiário do sistema de monitoria e avaliação será

população da província do Bié o sistema deve verificar se os resultados e o impacto

estão a ser atingidos. Assim, devem ser os Conselhos de Auscultação e Concertação

Social (CACS) os principais interlocutores do processo de monitoria e avaliação.

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113322 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

O Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) deve ter a coordenação técnica dos

trabalhos de monitoria e avaliação, sendo nesta tarefa apoiado pelas Repartições

Municipais de Planeamento (REP) das Administrações Municipais e os responsáveis

pelo planeamento nas Direcções Provinciais.

A monitoria sectorial do Plano é da responsabilidade das Direcções Provinciais e a

monitoria espacial é da responsabilidade das Administrações Municipais, cabendo ao

GEP e à Secretaria Geral a compilação de todos os dados ao nível da província.

As avaliações internas devem ser promovidas por um grupo misto de representantes

de vários sectores e municípios, incluindo representantes da sociedade civil nos

CACS.

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113333 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

8. ANEXO – Projectos de Investimento

8.1. Projectos de Investimento de Âmbito Central

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113344 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

8.2. Projectos de Investimento de Âmbito Municipal

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113355 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

8.3. Projectos de Investimento de Âmbito Provincial

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113366 Plano de Desenvolvimento Provincial (2013-2017) – Governo Provincial do Bié

8.4. Despesas de Apoio ao Desenvolvimento