percepção ambiental e urbanismo resumo

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PERCEPÇÃO AMBIENTAL E URBANISMO Prof. Leandro Marino Vieira Andrade, Departamento de Urbanismo 1. Caracterização: Disciplina eletiva, 04 créditos, 60 horas, a ser realizada aos sábados, das 9h30min às 12h50min. 2. Síntese dos conteúdos Percepção ambiental e urbanismo no quadro do conhecimento. A posição epistemológica construtivista. Urbanismo e artes visuais: interfaces e possibilidades. Percursos como ferramentas cognitivas. Percepção ambiental: enfoques conceituais diversos. Percepção da cidade através da literatura. Percepção da cidade através do cinema. Percepção da cidade e ativismos. 3. Proposta pedagógica (objetivos e conceituação) A disciplina tem como objetivo principal promover uma sequência de experimentações urbanas apoiadas nas percepções dos participantes, em torno de uma conceituação ampla de ambiente, e através de percursos urbanos que abarcam distintos contextos de urbanidade e estruturam diferentes possibilidades narrativas e conversações compartilhadas. Neste sentido, são objetivos específicos daí derivados, a leitura dos textos de autores representativos de diferentes abordagens perceptivas, a assistência crítica às sessões cinematográficas, a interação nos seminários temáticos, a participação nas caminhadas pela cidade, e o registro dos percursos realizados através de variadas formas de linguagem, além do engajamento em um projeto coletivo/cooperativo de ocupação do espaço urbano. No plano pedagógico, a proposta da disciplina estrutura-se em certas categorias de ação que tratam de articular a percepção/leitura da cidade à literatura, ao cinema, às artes visuais, ao pensamento conceitual de diferentes autores, e também às lutas pelo direito à cidade, sempre em torno da busca de ressignificação do urbanismo como campo de reflexão e projeto. Assim, cada atividade proposta, vinculada a certa categoria de ação, identifica-se pelas indicações bibliográficas e/ou cinematográficas específicas, e por uma chave de reflexão. Uma chave de reflexão nada mais é do que uma imagem pensada como provocação inicial, o “tiro de meta” que busca organizar a “jogada”. Percurso e projeto não é, exatamente, uma categoria de ação, mas uma reflexão que objetiva roteirizar, em termos pedagógicos e metodológicos, o projeto da disciplina, introduzindo a questão da percepção ambiental no plano epistemológico a partir de um enquadramento construtivista. Chave: Inventários para fazer e compreender. Percurso e pensamento reúne os aportes conceituais e metodológicos da disciplina, evidenciando seu caráter interdisciplinar e destacando diversos autores, no sentido de abrir possibilidades de leitura do ambiente. Inclui dois seminários conduzidos por professores convidados, com foco em distintas abordagens perceptivas da cidade e da paisagem. Chaves: Tornar a passar pelo coração; A cidade topográfica; Fenomenologias; Margens e imaginários; Urbanidades sutis. Percurso e literatura procura articular narrativas ficcionais e exercícios de percepção ambiental. Procura-se, aqui, destacar, dos textos literários, categorias operatórias de aporte às leituras urbanas em diferentes contextos. Chaves: Estética das misturas; Diversas densidades; Visíveis vazios; Mimetopia. Percurso e cinema, a sua vez, busca realizar um movimento semelhante, a partir de filmes em que cidade e arquitetura assumem um papel protagônico. Chaves: Arquitetura ampliada; Morada brasileira. Percurso e cidadania, de outro modo, trata de aproximar a reflexão fenomenológica em torno da noção de morada à conquista do espaço de cidadania na perspectiva dos movimentos sociais. Neste sentido, busca-se um atravessamento de percepções: do olhar filosófico ao direito à cidade. Chave: Utopias ao caminhar. Finalmente, Percurso e ação política, que orienta a atividade de conclusão da disciplina, busca, coletivamente, conceber um espaço de manifestação e realizar uma intervenção na cidade. A ideia de ação política, aqui, deseja desprender-se (para repensar) das pautas reivindicatórias e dos protestos ideologizados que a cidade reviveu nos tempos recentes, tomando como afirmação que ocupar a cidade é sobretudo direito à cidade e à felicidade. Irradiação em rede, isto é, amplificação da ação através do convite à participação: cada um de nós chamando outros, para compartilhar a poética da urbanidade. Chave: Manifestos. Como produção individual e elemento de avaliação, propõe-se a elaboração de um caderno deambulante/peripatético como recurso de registro principal, incluindo as narrativas, as imagens, a cartografia, os roteiros, e toda demais poesia possível, construída e compartilhada ao longo dos percursos. Sua formatação será livre, como portfolio ou “livro de artista”, considerando sua potencial utilização em exposições e a possibilidade de reprodução física e digital.

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Percepção Ambiental e Urbanismo

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PERCEPÇÃO AMBIENTAL E URBANISMO Prof. Leandro Marino Vieira Andrade, Departamento de Urbanismo 1. Caracterização:

Disciplina eletiva, 04 créditos, 60 horas, a ser realizada aos sábados, das 9h30min às 12h50min.

2. Síntese dos conteúdos

Percepção ambiental e urbanismo no quadro do conhecimento. A posição epistemológica construtivista. Urbanismo e artes visuais:

interfaces e possibilidades. Percursos como ferramentas cognitivas. Percepção ambiental: enfoques conceituais diversos. Percepção da

cidade através da literatura. Percepção da cidade através do cinema. Percepção da cidade e ativismos.

3. Proposta pedagógica (objetivos e conceituação)

A disciplina tem como objetivo principal promover uma sequência de experimentações urbanas apoiadas nas percepções dos

participantes, em torno de uma conceituação ampla de ambiente, e através de percursos urbanos que abarcam distintos contextos de

urbanidade e estruturam diferentes possibilidades narrativas e conversações compartilhadas.

Neste sentido, são objetivos específicos daí derivados, a leitura dos textos de autores representativos de diferentes abordagens

perceptivas, a assistência crítica às sessões cinematográficas, a interação nos seminários temáticos, a participação nas caminhadas

pela cidade, e o registro dos percursos realizados através de variadas formas de linguagem, além do engajamento em um projeto

coletivo/cooperativo de ocupação do espaço urbano.

No plano pedagógico, a proposta da disciplina estrutura-se em certas categorias de ação que tratam de articular a percepção/leitura

da cidade à literatura, ao cinema, às artes visuais, ao pensamento conceitual de diferentes autores, e também às lutas pelo direito à

cidade, sempre em torno da busca de ressignificação do urbanismo como campo de reflexão e projeto.

Assim, cada atividade proposta, vinculada a certa categoria de ação, identifica-se pelas indicações bibliográficas e/ou cinematográficas

específicas, e por uma chave de reflexão. Uma chave de reflexão nada mais é do que uma imagem pensada como provocação inicial,

o “tiro de meta” que busca organizar a “jogada”.

Percurso e projeto não é, exatamente, uma categoria de ação, mas uma reflexão que objetiva roteirizar, em termos pedagógicos e

metodológicos, o projeto da disciplina, introduzindo a questão da percepção ambiental no plano epistemológico a partir de um

enquadramento construtivista. Chave: Inventários para fazer e compreender.

Percurso e pensamento reúne os aportes conceituais e metodológicos da disciplina, evidenciando seu caráter interdisciplinar e

destacando diversos autores, no sentido de abrir possibilidades de leitura do ambiente. Inclui dois seminários conduzidos por

professores convidados, com foco em distintas abordagens perceptivas da cidade e da paisagem. Chaves: Tornar a passar pelo coração;

A cidade topográfica; Fenomenologias; Margens e imaginários; Urbanidades sutis.

Percurso e literatura procura articular narrativas ficcionais e exercícios de percepção ambiental. Procura-se, aqui, destacar, dos textos

literários, categorias operatórias de aporte às leituras urbanas em diferentes contextos. Chaves: Estética das misturas; Diversas

densidades; Visíveis vazios; Mimetopia.

Percurso e cinema, a sua vez, busca realizar um movimento semelhante, a partir de filmes em que cidade e arquitetura assumem um

papel protagônico. Chaves: Arquitetura ampliada; Morada brasileira.

Percurso e cidadania, de outro modo, trata de aproximar a reflexão fenomenológica em torno da noção de morada à conquista do

espaço de cidadania na perspectiva dos movimentos sociais. Neste sentido, busca-se um atravessamento de percepções: do olhar

filosófico ao direito à cidade. Chave: Utopias ao caminhar.

Finalmente, Percurso e ação política, que orienta a atividade de conclusão da disciplina, busca, coletivamente, conceber um espaço

de manifestação e realizar uma intervenção na cidade. A ideia de ação política, aqui, deseja desprender-se (para repensar) das pautas

reivindicatórias e dos protestos ideologizados que a cidade reviveu nos tempos recentes, tomando como afirmação que ocupar a

cidade é sobretudo direito à cidade e à felicidade. Irradiação em rede, isto é, amplificação da ação através do convite à participação:

cada um de nós chamando outros, para compartilhar a poética da urbanidade. Chave: Manifestos.

Como produção individual e elemento de avaliação, propõe-se a elaboração de um caderno deambulante/peripatético como recurso

de registro principal, incluindo as narrativas, as imagens, a cartografia, os roteiros, e toda demais poesia possível, construída e

compartilhada ao longo dos percursos. Sua formatação será livre, como portfolio ou “livro de artista”, considerando sua potencial

utilização em exposições e a possibilidade de reprodução física e digital.