pca 3m

Upload: romulo-fachina

Post on 08-Apr-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/7/2019 PCA 3M

    1/72

    Direitos autorais 3M do Brasil 2004Proibida a reproduo 3 Inovao

    3M SOLUES PARA SADE OCUPACIONAL E

    SEGURANA AMBIENTAL

    DEPARTAMENTO TCNICO

    Autoria: Glucia C. Gabas

    PPRROOGGRRAAMMAA DDEE CCOONNSSEERRVVAAOO AAUUDDIITTIIVVAA

    Guia Prtico 3M

  • 8/7/2019 PCA 3M

    2/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    1

    PPRROOGGRRAAMMAA DDEE CCOONNSSEERRVVAAOO AAUUDDIITTIIVVAA

    GGuuiiaaPPrrttiiccoo33MM

    ndice

    1.0- PROPSITO ...........................................................................................................32.0- OBJETIVO DO PCA...............................................................................................4

    2.1 Benefcios do PCA...............................................................................................52.1.1 Benefcios do PCA ao empregado ................................................................52.1.2 Benefcios do PCA ao empregador ...............................................................6

    3.0- CONCEITOS BSICOS ........................................................................................73.1 -O Sistema Auditivo .............................................................................................73.2 -O Som, o Rudo e as interaes com os indivduos.....................................8 3.2.1 Durao da Exposio.....................................................................................83.2.2 Distncia da fonte .............................................................................................83.2.3 Tipos de rudo ...................................................................................................93.2.4 Frequncia.........................................................................................................93.2.5 Intensidade........................................................................................................93.2.6 Susceptibilidade individual..............................................................................93.3 Espectro Audvel e o Decibel (dB) ................................................................. 103.3.1 Adio de Nveis de Presso Sonora ........................................................ 113.3.2 Curvas de Compensao.............................................................................113.4 Efeitos do Rudo sade do exposto ............................................................ 123.4.1 PAIR perda permanente ...........................................................................133.4.2 Trauma Acstico............................................................................................ 133.4.3 Mudana Temporria do Limiar Auditivo ou Temporary Treshold Shift(TTS).......................................................................................................................... 133.5 Fatores para a Perda da Audio ................................................................. 133.5.1 Agentes Qumicos e Perdas na Audio................................................... 143.6 Caracterizao da PAIR .................................................................................. 15

    4.0 Aspectos Legais...................................................................................................164.1 Ministrio Do Trabalho e Emprego ................................................................ 165.0 Passos para a implementao do PCA ............................................................ 18

    5.1. Procedimento para a elaborao do Documento-base do PCA..........185.1.1 Introduo ....................................................................................................... 185.1.2 Poltica da Empresa ...................................................................................... 185.1.3 Objetivo do PCA ...................................................................................... 195.1.4 Responsabilidades .................................................................................. 195.2 Requerimentos mnimos do programa .......................................................... 225.2.1 Avaliao da Exposio ............................................................................... 23

  • 8/7/2019 PCA 3M

    3/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    2

    5.2.2 Seleo dos Protetores Auditivos ......................................................... 235.2.3 Distribuio dos Protetores Auditivos .................................................. 245.2.4 Limpeza, higienizao, armazenamento e manuteno......................... 245.2.5 Treinamento ............................................................................................. 255.2.6 Monitoramento do uso .................................................................................. 255.2.7 Exame mdico Audiometrias.................................................................... 255.3 Avaliao da eficcia do Programa de Conservao Auditiva ..................265.4 Registro dos dados ..................................................................................... 26

    6.0- PROCEDIMENTO PARA O MONITORAMENTO DAS EXPOSIES..... 276.1 Medies e Avaliaes ...............................................................................296.2 Tipos de Avaliaes e Instrumentao .................................................... 306.3 Dosimetria de Rudo Monitoramento Pessoal da Exposio............ 316.3.1 Limites de Tolerncia para Rudo Contnuo ou Intermitente............316.3.2 Limites de Exposio para Rudo de Impacto .................................... 356.3.3 Aspectos Legais....................................................................................... 376.3.4 Registros dos dados ...............................................................................38

    7.0 TESTES AUDIOMTRICOS...............................................................................397.1 Objetivos ....................................................................................................... 397.2 Critrios Adotados ............................................................................................ 397.3 A importncia das Audiometrias no PCA ................................................ 40

    8.0 -SELEO E USO DE PROTETORES AUDITIVOS .....................................428.1 Controle da Exposio ao Rudo.................................................................... 428.2 Tipos de Protetores Auditivos.................................................................... 438.3 Recomendaes para Seleo e Uso...................................................... 478.3.1 Seleo de Protetores Auditivos ........................................................... 478.3.2 Colocao e Uso Corretos ..................................................................... 49

    9.0 Indicaes de Manuteno e Higienizao................................................. 5310.0 Qualidade da Vedao no canal auditivo .................................................... 5511.0 Porcentagem do Tempo de Uso ................................................................... 5712.0 Atenuao dos Protetores Auditivos ............................................................ 58

    12.1 Clculo da Atenuao pelo Mtodo Longo ............................................. 6112.2 Reduo de Rudo Estimada para os Usurios ..................................... 6312.3 Comparando os valores de atenuao entre diferentes protetoresauditivos ....................................................................................................................64

    13.0 TREINAMENTO E MOTIVAO.................................................................. 6513.1

    Contedo mnimo para Treinamento dos usurios de protetoresAuditivos....................................................................................................................65

    14.0 Uso de Proteo Dupla .................................................................................. 66(Protetor Auditivo do Tipo Insero + Protetor Auditivo do Tipo Concha) .........66

    Frequncias, Hz ......................................................................................................... 67Frequncias, Hz ......................................................................................................... 68

    15.0 Durabilidade e Substituio dos Protetores Auditivos............................... 69Bibliografia....................................................................................................................71

  • 8/7/2019 PCA 3M

    4/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    3

    1.0- PROPSITO

    O propsito deste guia da 3M do Brasil apresentar os requerimentos mnimos

    aplicveis para a elaborao, execuo e administrao de um Programa de

    Conservao Auditiva, para que a sade dos trabalhadores expostos a nveis de rudo

    perigosamente altos seja preservada.

    A abordagem generalizada, para o entendimento inicial de cada etapa que faz parte

    do programa, necessitando que o contedo seja desenvolvido por cada empresa, por

    apresentarem situaes e oportunidades diferentes em cada caso. um direcionador

    que menciona as etapas que no podem ser deixadas de lado em um programaO responsvel pela conservao auditiva dentro de cada empresa deve analisar se

    particularidades desta proposta de trabalho so viveis ou no, em cada PCA, de cada

    planta industrial, fazendo o melhor julgamento de como adaptar a proposta para

    atender as necessidades da empresa, a fim de alcanar a efetiva preveno da perda

    auditiva ocupacional.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    5/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    4

    2.0- OBJETIVO DO PCA

    O principal objetivo de um PCA na indstria proteo da sade do trabalhador, ouseja, prevenir que os trabalhadores expostos a nveis de rudo perigosamente altos

    desenvolvam perda auditiva induzida pelo rudo ocupacional (PAIR).

    O rudo um dos contaminantes mais comum, encontrado facilmente tanto no nosso

    dia a dia como em grande parte dos processos industriais.

    O controle do rudo , portanto, uma questo de considervel importncia econmica e

    social e esta importncia tem crescido progressivamente nos ltimos anos. Cada vez

    mais, uma ampla variedade de profissionais compartilham um interesse vital por este

    problema: tcnicos, engenheiros, arquitetos, urbanistas, oficiais do governo,higienistas ocupacionais, mdicos, fonoaudilogos, entre outros.

    A caracterstica multidisciplinar do PCA faz com que as habilidades, conhecimentos e

    experincias de cada profissional envolvido no programa sejam aproveitadas ao

    mximo, integrando os trabalhadores expostos, aumentando consideravelmente as

    chances de sucesso.

    Os requisitos propostos por este material para a elaborao, execuo e

    administrao de um Programa de Conservao Auditiva esto baseados nos

    requisitos apresentados pela OSHA (Occupational Safety and Health Administration)nos USA, que promulgou essas regulamentaes depois que a PAIR ocupacional foi

    reconhecida como um problema de sade, onde esto especificados requerimentos

    mnimos que as empresas devem cumprir e no que est estabelecido no documento

    da FUDACENTRO Programa de Proteo Respiratria Recomendaes para

    Seleo, Manuteno e Uso de Equipamentos de Proteo Respiratria, como as

    etapas mnimas que tambm poderiam ser aplicadas em um Programa de

    Conservao Auditiva.

    totalmente possvel atingir o objetivo de preveno da perda auditiva induzida pelo

    rudo ocupacional se os requisitos mnimos forem cumpridos na organizao de um

    PCA. No entanto, simplesmente cumprir com os mesmos, no garante que um

    programa ser eficaz na preveno da perda auditiva ocupacional.

    Experincias com indstrias nos Estados Unidos indicam que no existe uma

    correlao significante entre a quantidade de dinheiro gasto no estabelecimento de um

  • 8/7/2019 PCA 3M

    6/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    5

    Programa de Conservao Auditiva e sua respectiva eficcia ( livro: Hearing

    Conservation Programs- Practical Guideline for Success Royester&Royester)

    Um bom PCA ou um PCA pouco efetivo despender praticamente dos mesmos

    recursos de tempo, dinheiro e pessoal. Todas as etapas (definio de estratgias de

    medio, aquisio dos equipamentos de medio, realizao das medies, as

    tomadas de deciso quanto ao uso de EPIs, sua aquisio, distribuio,

    armazenamento e cuidados, avaliaes audiomtricas peridicas, treinamentos dos

    envolvidos, etc...) podem ser realizadas de uma maneira mais eficaz ou menos eficaz.

    Mas, independentemente disso, os recursos necessrios sero basicamente os

    mesmos.

    2.1 Benefcios do PCA

    possvel conseguir motivao tanto dos empregadores quanto dos empregados para

    uma implementao eficaz de um PCA em uma empresa, pois muitos benefcios

    podem ser observados para ambas as partes, como exemplificado a seguir.

    2.1.1 Benefcios do PCA ao empregado

    Benefcio direto: preveno da PAIR ocupacional

    Melhoria da qualidade de vida: a perda auditiva afeta a capacidade de comunicao

    do indivduo, que essencial para viver bem em sociedade.

    Reduo dos impactos no organismo: menor nervosismo, estresse, doenas

    cardiovasculares e outros males ocasionados pela exposio excessiva ao rudo.

    Melhoria no trabalho: habilidade em dar e receber orientaes, utilizar o telefone, ouvir

    sinais de alerta e sons de mquinas, aumento das chances de mobilidade de funo

    dentro da empresa.

    Disponibilidade para o mercado: a perda auditiva diminui o potencial do indivduo em

    conseguir um novo emprego.

    Manuteno da Sade: preveno de problemas auditivos de origem no-ocupacional,

    que podem ser detectados pelos exames anuais que fazem parte do PCA.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    7/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    6

    2.1.2 Benefcios do PCA ao empregador

    Benefcio direto: aumento da produtividade do empregado, pela reduo do estresse efadiga, relacionados exposio ao rudo.

    Diminuio do ndice de acidentes na empresa: ganhos monetrios diretos e indiretos

    Manuteno da imagem da empresa: prtica de polticas que dizem respeito sade e

    segurana dos funcionrios

    Versatilidade dos empregados: aumento das possibilidades de mobilidade de funo,

    reduzindo gastos extras devidos a novas contrataes e treinamentos.

    Reduo da rotatividade de pessoal: melhoria do relacionamento entre os

    funcionrios.Reduo de gastos: preveno de perdas de dinheiro por possveis pagamentos de

    indenizaes.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    8/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    7

    3.0- CONCEITOS BSICOS

    3.1 -O Sistema Auditivo

    O nosso sistema auditivo est dividido em trs partes principais: orelha externa, orelha

    mdia e orelha interna.

    De uma maneira bem simplificada, podemos dizer que a Orelha Externa composta

    pelo pavilho da orelha, que uma fina cartilagem elstica recoberta de pele, que

    capta e direciona as ondas sonoras, canalizando-as at o tmpano e pelo meato

    acstico externo, que um canal que se estende at a membrana do tmpano e bastante sinuoso. Este canal tem aproximadamente 3.5 cm, variando de uma pessoa

    para outra.

    Fazem parte da Orelha Mdia a membrana timpnica, que constituda por um

    material muito fino de espessura de 0,1 mm, os trs ossculos (bigorna, estribo,

    martelo), que transmitem as vibraes da membrana e a tuba auditiva, que mantm o

    arejamento das cavidades da orelha mdia, atravs de uma abertura intermitente que

    se d no ato de deglutir, bocejar ou espirrar. No final da Orelha Mdia, est a janela

    oval.

    A janela oval est ligada Orelha Interna, que composta por um conjunto de

    cavidades. Uma delas a cclea, parecida com um caracol e possui duas e meia

    espiras enroladas ao redor de uma rea central, repleta de clulas ciliares externas e

    internas, responsveis por transmitir as vibraes do lquido coclear para o nervo

    acstico, que leva os impulsos aos centros corticais da audio no crebro, onde se

    d o fenmeno consciente da sensao sonora.

    No processo da fala, por exemplo, esto sendo formadas ondas, devido a uma

    variao de presso no ar. Se esta variao de presso possuir uma intensidade

    suficiente para vibrar a membrana timpnica, essas vibraes so transmitidas

    orelha mdia, atravs da alavanca formada pelos trs pequenos ossculos, chegando

    orelha interna e ao nervo acstico.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    9/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    8

    3.2 -O Som, o Rudo e as interaes com os indivduos.

    Podemos entender o Som como qualquer variao de presso em um meio elstico(no ar, gua ou outro meio) que o ouvido humano possa detectar, ou seja, uma

    vibrao que transmitida na forma de ondas e percebida pelo indivduo como

    agradvel. O meio mais importante neste trabalho o areo.

    Quando o som no desejado ou incmodo, ou possui uma combinao no

    harmoniosa, dizemos que o mesmo se transformou em Rudo ou barulho. Uma das

    principais caractersticas do rudo a mistura de sons, cujas freqncias no seguem

    uma regra precisa.Existem alguns fatores responsveis por transformar um som agradvel em um rudo

    irritante e desagradvel. So eles:

    Durao da exposio

    Distncia da fonte geradora de rudo

    Tipos de rudos

    Freqncia / Intensidade

    Susceptibilidade individual

    3.2.1 Durao da Exposio

    Quanto menor o tempo de exposio, menor a probabilidade de desenvolvimento de

    problemas auditivos. Quanto maior o tempo de exposio ao rudo, maior a

    possibilidade de desenvolvimento de problemas auditivos.

    3.2.2 Distncia da fonte

    Quanto mais prximo estivermos do rudo, maior a probabilidade de ferirmos ou

    causarmos traumas acsticos, como rompimento da membrana timpnica. Quanto

    mais nos afastamos da fonte do rudo, menor ser o nvel ao qual estaremos expostos.

    Porm, dependendo da intensidade e tempo de exposio a este rudo, ainda

    corremos riscos de perdas auditivas.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    10/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    9

    3.2.3 Tipos de rudo

    O rudo contnuo o que permanece estvel com variaes mximas de 3 a 5 dB(A)durante um longo perodo. Exemplo: mquina trabalhando - furadeira ou britadeira em

    operao, o trnsito na cidade.

    O rudo intermitente um rudo com variaes, maiores ou menores de intensidade

    em perodos muito curtos. Exemplo: o alarme do rdio relgio ou alarme de carros.

    O rudo de impacto apresenta picos com durao menor de 1 segundo, a intervalos

    superiores a 1 segundo. Exemplo: o disparo de armas de fogo ou exploses em

    pedreiras.

    3.2.4 Frequncia

    o nmero de vezes que a oscilao de presso repetida, na unidade de tempo.

    Normalmente, medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). Por exemplo:

    Alta freqncia: so os sons agudos;

    Baixa freqncia: so os sons graves.

    3.2.5 Intensidade

    Podemos entender a intensidade como o volume do som ou rudo, cuja unidade o

    decibel (dB). caracterizada por som forte ou fraco. Por exemplo:

    Alta intensidade: o volume do rdio quando alto.

    Baixa intensidade: o volume do rdio quando baixo.

    3.2.6 Susceptibilidade individual

    Cada indivduo possui uma sensibilidade diferente do outro no que se refere

    audio. Isto significa que cada pessoa percebe os sons de formas diferentes.

    A sensibilidade pode e geralmente varia com a idade, sexo, etnia, exposies

    anteriores. Pessoas jovens geralmente escutam bem, enquanto que pessoas mais

    idosas, tm diminuio de limiar de audio.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    11/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    10

    3.3 Espectro Audvel e o Decibel (dB)

    O alcance da audio humana se estende de aproximadamente 20 Hz at 20.000 Hzde freqncia e de aproximadamente 0 dB at 120 dB de intensidade, para um ouvido

    jovem e saudvel. Os sons que so produzidos abaixo dos 20 Hz so denominados

    infra-sons e os produzidos acima dos 20.000 Hz, denominados ultra-sons.

    Dentro do espectro audvel, o ser humano no escuta de maneira linear em todas as

    freqncias. Existem freqncias em que o sistema auditivo do humano faz menos

    esforo para entender os estmulos e em outras, esta percepo torna-se um pouco

    mais difcil. A fala, por exemplo, est compreendida numa faixa de freqncia entre

    500 Hz e 4000 Hz, dependendo do locutor, e pode se apresentar numa intensidadeque varia entre 50 dB a 80 dB, aproximadamente. Vozes de freqncias mais altas

    (agudas), so mais fceis de serem percebidas pelo humano. Isso explicado pelo

    fato do ouvido ser mais sensvel na faixa de 2 KHz a 5KHz e menos sensvel nas mais

    altas e mais baixas freqncias. A faixa audvel de certos animais, como por exemplo,

    o cachorro, diferente da faixa do ser humano, iniciando prximo dos 100 Hz e

    atingindo a regio do ultra-som.

    O som mais fraco que o ouvido humano saudvel pode detectar de 20 micro Pascais

    (ou 20 Pa). O mximo que o ouvido humano pode suportar 200 Pa de presso, ouseja, presses um milho de vezes mais alta. Devido a essa grande diferena de

    escala de presso, outra foi criada o decibel (dB). Podemos dizer que o 0 dB (limiar

    da audio) corresponde aos 20 Pa ou presso de referncia. Da mesma maneira

    que 140 dB (limiar da dor) corresponde aos 200 Pa.

    O Nvel de Presso Sonora (NPS) em dB o parmetro empregado em instrumentos

    de medio. Sua expresso dada por:

    NPS (dB) = 20 log P/Po

    Onde: P = presso sonora a ser medida

    Po = presso de referncia = 2x10-5 Pa

    Note-se que o Po corresponde ao limiar da audio ou 0 dB. Para calcular o limiar da

    dor, temos:

  • 8/7/2019 PCA 3M

    12/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    11

    NPS (dB) = 20 log (2x102 / 2x10-5) = 20 log 107 ~ 140 dB

    3.3.1 Adio de Nveis de Presso Sonora

    Quando se utiliza a escala em dB, a soma de NPS no pode ser feita algebricamente.

    Na realidade, quando se deseja conhecer o valor total da combinao de dois ou mais

    nveis, preciso transform-los em presso sonora (Pa), som-los e novamente

    retornar ao dB, atravs da relao logartmica. Para tornar os clculos mais fceis e

    rpidos, pode ser utilizada a regra de Thumb, como se segue:

    Grfico para Adio de NveisSonoros

    00,5

    11,5

    22,5

    3

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

    L1-L2 (dB)

    LT-L1(dB)

    -se a diferena entre dois nveis estiver entre:

    0-1 dB => adicione 3 dB ao maior valor

    2-3 dB => adicione 2 dB ao maior valor

    4-7 dB => adicione 1 dB ao maior valor

    8 dB ou mais => adicione 0

    A acuidade deste mtodo 1 dB. Exemplo: 90 dB + 90 dB = 93dB

    Lembrando que este mtodo no deve ser utilizado para estimar exposio individual

    ao rudo!!

    3.3.2 Curvas de Compensao

    Estudos demonstraram que o ouvido humano no responde linearmente s diversas

    freqncias, como visto anteriormente. Um dos estudos mais importantes que

    revelaram tal no-linearidade foi a experincia realizada por Fletcher e Munson nos

  • 8/7/2019 PCA 3M

    13/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    12

    anos 30, que resultaram nas curvas isoaudveis, levando introduo de curvas de

    compensao nos instrumentos de medio de som, simulando o sistema auditivo.

    Destas curvas, a A e a C so as mais empregadas, sendo que a A a mais

    amplamente empregada na avaliao do rudo ocupacional, pois a que melhor

    correlaciona Nvel Sonoro com probabilidade de Dano Auditivo.

    3.4 Efeitos do Rudo sade do exposto

    O rudo um fator de risco presente em vrias atividades humanas, fazendo parte do

    cotidiano da comunidade, no ambiente domstico e tambm na maioria dos processos

    de trabalho.

    Sem dvida alguma, a perda auditiva ou diminuio da acuidade auditiva a

    conseqncia mais imediata causada pela exposio excessiva ao rudo e este risco

    da leso auditiva aumenta com o nvel de presso sonora e com a durao da

    exposio, mas depende tambm das caractersticas do rudo e da suscetibilidade

    individual.

    Mas, os efeitos do rudo no se limitam a isso. A exposio em excesso ao rudo pode

    acarretar outros problemas de sade ou pior-los, alm de impactos na qualidade de

    vida do indivduo exposto. Por exemplo, aumento da presso sangunea, provocar

    ansiedade, perturbar a comunicao, provocar irritao, fadiga, diminuir o rendimento

    do trabalho, etc...

    Entre os danos no aparelho auditivo que a exposio a nveis excessivos de rudo

  • 8/7/2019 PCA 3M

    14/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    13

    pode causar, citamos a Perda Auditiva Induzida pelo Rudo (PAIR), oTrauma Acstico

    e o Temporary Treshold Shift (TTS) ou Mudana Temporria do Limiar Auditivo.

    3.4.1 PAIR perda permanente

    Em ambiente ocupacional, tambm denominada por Disacusia, Hipoacusia ou Surdez

    Ocupacional, causada pela exposio prolongada a nveis elevados de rudo.

    A perda auditiva induzida pelo rudo indolor, gradual e seus sinais so quase

    imperceptveis (zumbidos no ouvido durante ou aps a exposio a nveis altos de

    rudo, dificuldade de manter uma conversao normal, sensao dos sons estarem

    abafados).Com a destruio das clulas ciliadas da cclea, a orelha interna perde a capacidade

    de transformar as ondas sonoras em impulsos nervosos e, conseqentemente, o fim

    da audio. Infelizmente, no se conhece ainda a cura para clulas ciliadas

    destrudas.

    3.4.2 Trauma Acstico

    conceituado como uma perda auditiva sbita, causa por uma nica exposio a

    nveis de rudo muito altos. Em geral, acompanha-se de zumbido imediato, podendo

    acontecer rompimento do tmpano, hemorragia ou danos na cadeia ossicular.

    3.4.3 Mudana Temporria do Limiar Auditivo ou Temporary Treshold

    Shift (TTS).

    A perda auditiva temporria um efeito em curto prazo de uma mudana temporria

    do limiar auditivo e depende da suscetibilidade individual, tempo de exposio,

    intensidade e freqncia do rudo. A audio volta ao normal aps algum tempo longe

    do rudo ou aps o chamado repouso acstico. O zumbido, aps a exposio a um

    rudo alto pode ser sinal de perda temporria.

    3.5 Fatores para a Perda da Audio

  • 8/7/2019 PCA 3M

    15/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    14

    Existem diversos fatores que podem levar perda na audio, alm da PAIR

    ocupacional. No ambiente de trabalho, as diversas combinaes entre agentes fsicos

    agressivos e agentes qumicos facilmente encontrados, tornam-se riscos sade dosexpostos. Por esse motivo, as Perdas Auditivas Ocupacionais no devem ser restritas

    a Perda Auditiva Induzida por Rudo, pois podem ocorrer casos de perdas auditivas

    ocupacionais e no ocupacionais sem que haja, necessariamente, exposies ao

    rudo.

    Outros fatores, alm da PAIR ocupacional, que podem levar perda auditiva:

    Exposio durante lazer ou segundo ofcio: diversas ocupaes e atividades, pela

    natureza do trabalho, acabam por expor indivduos a nveis excessivos de rudo, tais

    como: prtica de tiro ao alvo, msica alta, marcenaria domstica, etc.Presbiacusia, que a perda auditiva ocasionada por envelhecimento do sistema

    auditivo.

    Causas patolgicas, como rubola, meningite, infeces do aparelho auditivo.

    Surdez hereditria

    Trauma na cabea

    Drogas Ototxicas: existem casos de problemas auditivos relacionados ao consumo

    de medicamentos, como por exemplo, certos antibiticos, anti-depressivos, etc...

    Agentes Qumicos Ototxicos, que por si s ou quando combinados ao rudo, podemcausar danos audio.

    Este ltimo fator merece destaque

    3.5.1 Agentes Qumicos e Perdas na Audio

    Exposio a certos agentes qumicos tambm podem resultar em perda auditiva. Em

    situaes nas quais pode haver exposies simultneas rudo e n-butanol, monxido

    de carbono, chumbo, mangans, estireno, tolueno ou xileno, recomenda-se a

    realizao de audiomentrias peridicas, que devem ser cuidadosamente revisadas.

    Outras substncias sob estudos acerca de efeitos ototxicos so: arsnico, dissulfeto

    de carbono, mercrio e tricloroetileno. (alterao pretendida no livreto de TLV da

    ACGIH- traduo da ABHO 2002)

    Pode-se dizer que um dos mais importantes e complexos desafios na rea de sade

  • 8/7/2019 PCA 3M

    16/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    15

    ocupacional o estudo sobre os efeitos das exposies simultneas. Fica evidente a

    necessidade de mais estudos nesta rea, quando analisamos o nmero de

    trabalhadores expostos ao rudo e a quantidade de agentes qumicos potencialmentetxicos encontrados na indstria.

    3.6 Caracterizao da PAIR

    As perdas auditivas induzidas pelo rudo so sempre do tipo neuro-sensorial,

    geralmente bilaterais e simtricas, iniciando nas freqncias de 4000, 6000 ou 3000

    Hz, com uma perda mais acentuada nessas freqncias do que nas freqncias de500, 1000 ou 2000 Hz. Geralmente a maior perda na faixa de 4000 Hz. As

    freqncias mais altas e mais baixas que 4000 e 6000 levam mais tempo para serem

    afetadas. Iniciam-se nos primeiros anos de exposio e atingem um limiar mximo de

    10 a 15 anos de exposio. Geralmente no progridem significativamente depois de

    cessada as exposies.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    17/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    16

    4.0 ASPECTOS LEGAIS

    Devido ao desconhecimento do nmero real de trabalhadores expostos e ao sub-registro ou mesmo no-notificao dos casos, os dados disponveis sobre os

    acidentes de trabalho, em particular dos traumas acsticos e das doenas

    profissionais relacionadas a PAIR, nas estatsticas oficiais, no permitem mensurar o

    impacto do que representa a exposio ocupacional ao rudo em epidemiologia

    ocupacional, mas existem registros indicando que no Brasil, a surdez a segunda

    maior causa de doena profissional.

    4.1 Ministrio Do Trabalho e Emprego

    NR- 7 - Portaria n. 19, de 9 de Abril de 1998: Instrui sobre os parmetros de

    monitorizao da exposio ocupacional ao risco de exposio a presso sonora

    elevada. O critrio de aptido dado pelo mdico coordenador do P.C.M.S.O. e no

    deve ter carter discriminatrio. Alm do audiograma, deve ser levado em

    considerao a anamnese, idade, exame otoscpico, a demanda auditiva na funo.

    exposio no ocupacional, capacitao profissional e o P.C.A. da empresa. Tambm

    instrui que o funcionrio deve ser enquadrado no relatrio anual do P.C.M.S.O.

    NR-9 - Norma Regulamentadora No. 9 da SSMTb (que disciplina sobre as aes do

    PPRA): estabelece como condio fundamental no controle dos processos de trabalho

    em que h produo de rudo, o monitoramento regular das fontes de emisso e a

    adoo de equipamentos de proteo coletiva - EPC, como enclausuramento ou

    abafamento e de proteo individual - EPI, os denominados protetores auditivos.

    O planejamento de Programas de Preveno da Perda Auditiva Induzida pelo Rudo

    impe-se como principal medida de preservao da capacidade auditiva e de

    preveno de outros agravos sade da fora de trabalho, decorrentes das PAIR,

    especialmente o risco a que esto expostos estes trabalhadores a acidentes do

    trabalho, pela reduo do seu campo de percepo neuro-sensorial.

    NHO-01 Normas de Higiene Ocupacional da Fundacentro: avaliao da Exposio

    Ocupacional ao rudo

  • 8/7/2019 PCA 3M

    18/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    17

    O Decreto presidencial 4.882, de 18/11/03, assinado pelo presidente da Repblica,

    que altera dispositivos do Regulamento da Previdncia Social, transforma em

    referncia oficial as Normas de Higiene Ocupacional, elaboradas e editadas pelaFundacentro.

    Portaria n. 48, de 25 de maro de 2003 do Ministrio do Trabalho

    Estabelece normas tcnicas de ensaios aplicveis aos Equipamentos de Proteo

    Individual com o respectivo enquadramento no Anexo I da NR 06.

    NR6- Vida til:

    Cabe ao empregador quanto ao EPI :a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

    (206.005-1 /I3)

    b) exigir seu uso; (206.006-0 /I3)

    c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo rgo nacional competente em

    matria de segurana e sade no trabalho; (206.007-8/I3)

    d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservao;

    (206.008-6 /I3)

    e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; (206.009-4 /I3)f) responsabilizar-se pela higienizao e manuteno peridica; e, (206.010-8 /I1)

    g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-6 /I1)

    Cabe ao empregado quanto ao EPI :

    a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

    b) responsabilizar-se pela guarda e conservao;

    c) comunicar ao empregador qualquer alterao que o torne imprprio para uso; e

    d) cumprir as determinaes do empregador sobre o uso adequado.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    19/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    20/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    19

    Esta empresa tem como meta primordial assegurar que todos trabalhadores -

    empregados, terceiros e visitantes - no desempenho de suas atividades profissionais

    em suas reas fabris, tenham suas condies de sade preservadas.

    5.1.3 Objetivo do PCA

    Este item deve refletir o objetivo de um PCA, levando em considerao as

    particularidades da empresa.

    Exemplo:

    Todos os locais de trabalho onde haja a possibilidade de exposio dos indivduos a

    altos nveis de rudo, o agente fsico Rudo ser avaliado e os trabalhadoresmonitorados de tal forma que sejam obtidos dados e informaes suficientes para

    identificar nveis de exposio que possam ser prejudiciais sade de trabalhador

    exposto.

    Nos casos em que seja identificado tal risco, a empresa estabelece que deve ser

    implantado um ou mais dos seguintes mtodos de controle, de acordo com a

    hierarquia abaixo:

    Substituio dos equipamentos ou mquinas por outros, que sejam comprovadamente

    menos ruidosos; implantao de sistemas de controle de rudo na fonte;Alterao no processo produtivo de forma a eliminar ou reduzir esta exposio a nveis

    aceitveis: isolamento do trabalhador ou do processo produtivo de modo a diminuir ou

    eliminar a exposio; implantao de sistemas de controle de rudo na trajetria;

    Adoo do uso de equipamento individual de proteo auditiva, de acordo com os

    critrios tcnicos e administrativos estabelecido neste documento.

    5.1.4 Responsabilidades

    A equipe deve ser multidisciplinar. Cada um dos integrantes do programa ter suas

    atribuies e deveres dependendo de suas formaes profissionais, experincias e

    habilidades.

    Administrador do Programa

    O Programa de Conservao Auditiva dever ter um administrador, que ser o

  • 8/7/2019 PCA 3M

    21/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    20

    responsvel pelo programa. Esta pessoa tem a autoridade para agir sobre todas as

    matrias relacionadas administrao e operao do PCA e para isso, possui

    conhecimentos suficientes, experincia profissional, est atualizado sobre osregulamentos vigentes e capacitou-se em proteo auditiva atravs de cursos de

    especializao/atualizao.

    Suas responsabilidades incluem:

    administrao e operao do programa de conservao auditiva

    dirigir medies, estimativas ou informaes atualizadas sobre os nveis de rudo na

    rea de trabalho e nveis de exposio;

    manuteno de registros e procedimentos escritos de tal maneira, que o programa

    fique documentado e permita uma avaliao de sua eficcia;avaliao da eficcia do programa, atravs de auditoria peridica.

    Diretoria, Gerncia e Superviso da empresa

    Cabe a gerncia, direo e superviso da empresa garantir e suportar o PCA, de

    forma que este possa trazer os resultados esperados na preservao do bem estar e

    sade do trabalhador.

    Fazem parte das atribuies da alta gerncia, as seguintes responsabilidades:

    Estabelecer e manter o Programa de Conservao Auditiva, provendo recursosfinanceiros e humanos.

    Cumprir com os requisitos legais para preservao da sade e integridade fsica do

    trabalhador

    Assegurar que a poltica da empresa referente proteo auditiva seja entendida e

    cumprida por todos envolvidos.

    Designar e substituir, se necessrio, o administrador do PCA

    Chefias e encarregados de produoOs chefes e encarregados devem assegurar que os trabalhadores utilizem

    corretamente o equipamento de proteo individual indicado para as tarefas

    realizadas.

    Os chefes e encarregados ainda tm as seguintes responsabilidades:

    Informar os trabalhadores sobre os riscos existentes nos ambientes de trabalho, nas

    operaes industriais e reas ruidosas.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    22/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    21

    Orientar sobre o uso correto dos protetores auditivos e no permitir que trabalhadores

    ou visitantes entrem em reas de risco ou realize quaisquer operaes ou processos

    perigosos, sem a proteo necessria.Informar as reas de segurana, sade e higiene ocupacional sobre quaisquer

    alteraes ocorridas no processo de fabricao ou alteraes de matrias primas

    utilizadas.

    Engenharia e Manuteno

    Os setores de engenharia e manuteno so responsveis pelos projetos e

    implementao de controles de rudo na empresa. So tambm responsabilidades do

    setor de engenharia da empresa:Comunicar o administrador do PCA quaisquer alteraes em equipamentos e

    processos produtivos;

    Instalao e controle de sistemas de proteo coletiva contra rudos

    Compras, suprimento e almoxarifado.

    responsabilidade dos setores de compra e suprimento a elaborao e manuteno

    de polticas de compras de equipamento de proteo auditiva Esta poltica deve

    contemplar os seguintes tpicos:Seleo de fornecedores confiveis

    Manuteno de inventrios de forma a garantir a disponibilidade de produtos para uso

    quando necessrio

    Trmites para devoluo e troca.

    Segurana e Higiene Ocupacional

    As reas de segurana, higiene e sade do trabalhador exercem papel fundamental na

    proteo auditiva. Entre suas atribuies esto:Realiza ou conduz avaliaes da exposio do trabalhador

    Estabelece as medidas tcnicas de controle.

    Estabelece os parmetros para a seleo dos protetores auditivos

    Participa na avaliao dos resultados dos ensaios de audiometria

    Suportar tecnicamente o administrador no desenvolvimento e manuteno do PCA

  • 8/7/2019 PCA 3M

    23/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    22

    Medicina e Fonoaudiologia

    A rea de medicina e fonoaudiologia determinam a sade e aptido de uma pessoa

    para o uso de um protetor auditivo especfico, de acordo com as suas atividades,estado de sade e condies de trabalho.

    So tambm atribuies destes profissionais:

    Avaliar a audio dos trabalhadores sempre que lhe forem atribudas atividades que

    exijam o uso de protetores auditivos

    Determinar sua aptido para uso dos protetores auditivos

    Participar na seleo de protetores auditivos e treinamentos dos usurios.

    Reviso dos pronturios

    Levantamento dos casos de Perda Auditiva e registro das C.A.T.Planejar, atualizar e conduzir os exames audiomtricos em concordncia com as

    normas legais (PCMSO portaria n 19).

    Seguir as recomendaes do Comit Nacional de Preservao Auditiva quanto ao

    diagnstico, interpretao e conceitos mdico-administrativos.

    Usurios de protetores auditivos

    Os usurios de protetores auditivos podem ser funcionrios da empresa, funcionrios

    de empresas contratadas ou visitantes.So responsabilidades do usurio:

    Utilizar o equipamento de acordo com as instrues recebidas.

    Cuidar e manter seu equipamento em boas condies de uso.

    Reportar qualquer dano ou mau funcionamento.

    Deixar imediatamente a rea ruidosa caso seja observada qualquer irregularidade no

    funcionamento do equipamento.

    Reportar qualquer alterao em seu estado de sade

    5.2 Requerimentos mnimos do programa

    Os procedimentos abaixo esto baseados nos requerimentos apresentados pela

    OSHA (Occupational Safety and Health Administration) nos USA para a elaborao de

    um PCA e no que est estabelecido no documento da FUDACENTRO Programa de

    Proteo Respiratria Recomendaes para Seleo, Manuteno e Uso de

  • 8/7/2019 PCA 3M

    24/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    23

    Equipamentos de Proteo Respiratria, como as etapas mnimas que tambm

    poderiam ser aplicadas em um Programa de Conservao Auditiva:

    Avaliao da exposio (OSHA e FUNDACENTRO);Seleo dos Protetores Auditivos (OSHA e FUNDACENTRO);

    Distribuio de protetores auditivos (FUNDACENTRO);

    Limpeza, higienizao, armazenamento e manuteno (FUNDACENTRO);

    Treinamento (OSHA e FUNDACENTRO);

    Monitoramento do uso (FUNDACENTRO);

    Exame mdico Audiometrias (OSHA e FUNDACENTRO);

    5.2.1 Avaliao da Exposio

    Todas as reas de trabalho onde haja presena de rudo e trabalhadores expostos

    devem ser avaliadas com mtodos apropriados de anlise quantitativa.

    Elabore um procedimento escrito que defina claramente como feito o monitoramento

    de risco na empresa, e que possa garantir que no haver alteraes das condies

    do ambiente de trabalho que superem as limitaes dos equipamentos elecionado.

    Este procedimento pode fazer referncias ao Programa de Preveno de Riscos

    Ambientais (PPRA) da empresa.Um estudo de anlise de riscos, ou informaes contidas nos mapas de riscos, ou

    informaes sobre processos e/ou operaes similares, ou ainda informaes mdicas

    dos trabalhadores expostos podem ser teis na identificao de reas onde haja

    potencial para super exposio do trabalhador.

    Utilizando-se de tcnicas e instrumentos de acuidade e preciso reconhecidos como

    prprios para o tipo de avaliao que se deseja executar, os ambientes onde estes

    riscos esto presentes devero ser amostrados e analisados de modo a identificar os

    nveis de rudos existentes.

    Cuidados especiais devem ser tomados nesta avaliao de modo que as operaes

    e/ou processos que estejam sendo realizadas no momento da amostragem sejam

    representativas do trabalho dirio no local e que estratgias especficas sejam

    adotadas, dependendo da resposta que est sendo buscada.

    5.2.2 Seleo dos Protetores Auditivos

  • 8/7/2019 PCA 3M

    25/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    24

    A seleo dos protetores auditivos pode ser realizada com base nos elementos da

    proteo efetiva, discutidos neste guia, porm, deve ficar explcita a metodologia

    utilizada pela empresa. muito importante considerar os fatores relativos scaractersticas pessoais do trabalhador e das atividades por ele realizadas.

    O procedimento deve contemplar as consideraes para a escolha do melhor protetor

    auditivo, como por exemplo, a dose de exposio ao agente e determinao da

    atenuao mnima desejvel, tipo de ambiente onde ser utilizado o protetor, outros

    contaminantes presentes, necessidade de compatibilidade com uso de outros EPIs,

    conforto proporcionado ao usurio, vedao no canal auditivo, tipo de trabalho

    executado, entre outros.

    5.2.3 Distribuio dos Protetores Auditivos

    necessrio o estabelecimento de normas ou procedimentos por escrito para

    promover a distribuio e reposio do protetor auditivo, visando a garantir as

    condies de proteo originalmente estabelecidas.

    A distribuio requer cuidados do profissional que executa tal funo, garantindo

    assim que o usurio tenha em mos o produto adequado ao uso a que se destina.

    Para tal, pode ser definida uma planilha de controle de distribuio de protetoresauditivos, contendo informaes mnimas, tais como:

    Nome do usurio,

    Situao de risco/exposio,

    Data das retiradas,

    Modelo utilizado,

    Parte substituda,

    Motivo da substituio,

    Comentrios...

    5.2.4 Limpeza, higienizao, armazenamento e manuteno.

    Os procedimentos para manuteno, limpeza e higienizao de protetores auditivos

  • 8/7/2019 PCA 3M

    26/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    27/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    26

    divulgue informaes sobre o estado de sade do trabalhador. Ele deve apenas

    informar se o trabalhador est apto ou no ao uso do Equipamento. O objetivo

    assegurar que o trabalhador se encontra fsica e psicologicamente habilitado aexecutar suas atividades e utilizar o Protetor Auditivo.

    5.3 Avaliao da eficcia do Programa de Conservao Auditiva

    Este programa dever ser revisto e avaliado a cada 12 meses, no mnimo, pelos

    auditores definidos pelo Administrador do programa. Todos os requerimentos mnimos

    do programa devero ser contemplados em todas as auditorias. Ser elaborado umrelatrio escrito desta avaliao. Para cada no conformidade encontrada, ser

    estabelecido um plano de aes corretivas com um cronograma estabelecido para a

    concluso de cada ao. O Administrador do programa no poder ser um dos

    auditores, mas dever estar presente em todas as auditorias, pois quem concentra

    todas as informaes necessrias para o atendimento das questes que venham ser

    levantadas. . Uma lista anexa a este documento deve conter os nomes dos

    profissionais que esto habilitados a realizar as auditorias.

    5.4 Registro dos dados

    Devem ser criados, para cada etapa, planilhas de controle e relatrios, que devem ser

    claros e objetivos, preparados com as informaes sobre os resultados das avaliaes

    realizadas.

    Recomenda-se que os relatrios tcnicos sejam abordados de forma a possibilitarem a

    compreenso por leitor qualificado sobre o trabalho desenvolvido e documentarem os

    aspectos relevantes que foram utilizados no estudo.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    28/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    29/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    28

    Caracterizao Bsica

    Segundo a AIHA (American Industrial Hygiene Association), o primeiro passo naavaliao da exposio caracterizar o ambiente de trabalho. A caracterizao bsica

    deve identificar as exposies potenciais para cada empregado ou grupo de

    empregados alocados em determinado local de trabalho, identificar os limites de

    tolerncia apropriados e definir os Grupos Similares de Exposio (GSE) ou Grupos

    Homognios de Exposio (GHE).

    Sendo assim, a Caracterizao Bsica possui quatro componentes principais:

    - Caracterizao do Ambiente de Trabalho

    Conhecimento do ambiente

    Descrio dos processos

    Atividades envolvidas

    Agentes existentes

    - Caracterizao da Populao Exposta

    Atividades realizadas por cargo/funo/subfuno Caractersticas da populao

    - Caracterizao dos Agentes

    Ligados ao local de trabalho/atividade/tarefas

    Efeitos sade

    Normas relacionadas

    Estudos dos limites de exposio aplicveis

    - Formao preliminar dos GSE ou GHE

    um grupo de trabalhadores com idnticas probabilidades de exposio a um

    dado agente

    Permite inferncias estatsticas informao representativa das exposies

    Sua determinao envolve observao, a partir de funes, reas de trabalho,

    agentes, atividades.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    30/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    29

    Com os GSE preliminares estabelecidos, deve-se partir para a prxima etapa do

    trabalho, que a realizao de uma classificao qualitativa da exposio,

    estabelecendo uma graduao de prioridade para as avaliaes e monitoramentos dosGSE.

    6.1 Medies e Avaliaes

    O conjunto de medies deve ser representativo das condies reais de exposio do

    grupo, com os perodos adequadamente escolhidos, entendendo e considerando os

    ciclos de trabalho nos processos (ciclos repetitivos; ciclos no regulares). As mediesno devem interferir nas condies de trabalho e devem ser realizadas medies

    isoladas de exposies no rotineiras, alm de serem coletadas informaes

    administrativas e de campo, essenciais para interpretao dos resultados e tomada de

    decises.

    As avaliaes devem ser realizadas periodicamente anualmente ou mais

    frequentemente caso haja suspeita que as exposies dos trabalhadores tipo mdias

    ponderadas no tempo alteraram significantemente (para mais ou para menos).

    Nesse sentido, so apresentadas algumas dicas importantes retiradas do livroHearing Conservation Programs Practical Guidelines for Success Royster &

    Royster, para que os objetivos do trabalho sejam definidos e os investimentos bem

    aplicados:

    Mantenha uma previso das avaliaes, com seus objetivos claramente

    definidos e limite seu escopo, para obter as informaes necesrias para

    direcionar as decises;

    Planeje e coordene com o pessoal responsvel pela produo (operrios e

    supervisores), para obter as informaes necessrias e confiveis nas

    avaliaes do rudo e responder a relevantes questes sobre como proteger os

    expostos. Atravs da familiaridade do pessoal da produo com o ambiente

    produtivo, processos, ciclos, mquinas, juntamente com a explicao do

  • 8/7/2019 PCA 3M

    31/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    30

    propsito da pesquisa, erros podem ser evitados tanto nas estratgias quanto

    nas avaliaes propriamente ditas;

    Registre e documente os dados com um nvel de detalhe suficiente para que

    outra pessoa possa compreend-los e replicar os resultados, caso nada tenha

    sido alterado no ambiente de trabalho;

    A participao do trabalhador essencial para o sucesso das avaliaes,

    mantendo sua rotina de trabalho quando solicitado, ou para notificar qualquer

    informao aos membros coordenadores do PCA, em portar e zelar pelos

    equipamentos de avaliao, indicar aos responsveis necessidades de novasavaliaes;

    A comunicao dos resultados deve ser realizada com nvel de informaes

    adequadas para cada interessado. Os interesses da gerncia e a superviso

    podem ser nos resultados gerais de avaliao do rudo das reas. Um resumo

    completo pode ser de interesse dos membros do PCA. O mapa de rudo

    atualizado da planta pode ser explicado aos trabalhadores durante os

    programas de treinamentos. Estimativa de exposio mdia dos trabalhadorespode ser transcrita nos resultados de exames audiomtricos para referncias e

    interpretaes e enviados a cada trabalhador exposto;

    6.2 Tipos de Avaliaes e Instrumentao

    Nas avaliaes bsicas do rudo, um medidor instantneo de nvel de presso sonora

    (decibelmetro) pode ser utilizado para identificar as reas de trabalho onde

    claramente no existe um problema de rudo e as reas as quais existe um potencial

    de ambiente perigosamente ruidoso. As avaliaes bsicas de rudo determinam os

    departamentos onde os trabalhadores podem necessitar serem incluidos no PCA

    devido aos resultados das exposies dirias ao rudo. (uma combinao entre os

    nveis de rudo e sua correspondente durao da exposio).

    Nas avaliaes detalhadas do rudo, um medidor instantneo de nvel de preso

  • 8/7/2019 PCA 3M

    32/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    31

    sonora (decibelmetro) e um cronmetro e/ou um medidor integrador de uso pessoal

    (dosmetro) podem ser utilizados para estimar a dose diria de rudo de um

    trabalhador e a equivalente mdia ponderada no tempo.Nas avaliaes para controle de engenharia um medidor instantneo de nvel de

    preso sonora (decibelmetro), filtros de banda de oitava e outros instrumentos

    podem ser utilizados para medir o nvel de rudo produzido por uma mquina em

    vrios modos de operao a fim de avaliar o potencial para aplicao de controles de

    engenharia (na fonte, trajetria)

    6.3 Dosimetria de Rudo Monitoramento Pessoal da Exposio

    A Dosimetria deve ser realizada sempre que se desejar informaes de exposio da

    populao que no assume uma posio fixa junto a um equipamento, e sim, possui

    uma rotina de trabalho por vrias reas ou locais da empresa. Porm, sabe-se que

    praticamente no existem tarefas profissionais nas quais o indivduo exposto a um

    nico e perfeitamente constante nvel de rudo durante a jornada. O que ocorre so

    exposies por tempos variados a nveis variados de rudos.

    6.3.1 Limites de Tolerncia para Rudo Contnuo ou Intermitente

    A Dose de rudo calculada de acordo com os tempos de exposio permitidos para

    cada nvel de rudo. No Brasil, a Portaria 3214 do Ministrio do Trabalho, NR15, no

    seu Anexo 1, estabelece tais limites, partindo de 85 dB(A) para uma exposio de 8

    horas e um fator de 5 dB(A) para a reduo metade da exposio, conforme tabela

    que se segue.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    33/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    32

    Tabela 4 Portaria 3214 NR15 Anexo 1

    Limites de Tolerncia para Rudo Contnuo ou Intermitente

    Nvel de Rudo (dBA) Mxima Exposio Diria

    85 8h

    86 7h

    87 6h

    88 5h

    89 4.5h

    90 4h

    91 3.5h92 3h

    93 2h40min

    94 2h15min

    95 2h

    96 1h45min

    98 1h15min

    100 1h

    102 45min

    104 35min

    105 30min

    106 25min

    108 20min

    110 15min

    112 10min

    114 8min115 7min

    Conforme descrito na Referncia Normativa NHO-011997/1998:

  • 8/7/2019 PCA 3M

    34/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    35/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    34

    No caso da NR15, a relao entre a dose de rudo (D), expressa em porcentagem, e o

    Nvel Mdio (Lavg), expresso em dB(A), para incremento de duplicao da dose (q)

    igual a 5, dada pela frmula simplificada:

    Lavg = 80 + 16,61 log ( 0,16D /T)

    Onde:

    T = tempo de amostragem (horas decimais)

    D = Dose em %

    No caso da ACGIH e da NHO-01, o critrio de avaliao considera dose mxima diria

    de 100%, e para exposio de 8 horas, limite de 85 dB(A), e incremento de duplicaoda dose (q) igual a 3. A relao entre a dose de rudo (D), expressa em porcentagem,

    e o Nvel de Exposio equivalente (NE), expresso em dB(A), dada pela frmula

    simplificada:

    NE = 10 log ( 480 x D ) + 85

    Te 100

    Onde:

    Te = tempo de durao, em minutos, da jornada de trabalho

    D = Dose diria de rudo, em %

    Critrio de Julgamento e Tomada de Decises para Rudo Contnuo ou Intermitente

    O quadro a seguir apresenta a proposta contida na NHO-01 com as consideraes

    tcnicas e a atuao recomendada em funo da dose diria ou do Nvel de

    Exposio Normalizado encontrados na condio de exposio avaliada.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    36/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    37/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    38/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    39/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    38

    audiomtricos, necessrio quando os trabalhadores esto expostos a nveis de rudo

    iguais ou superiores ao limite de exposio.

    6.3.4 Registros dos dados

    Os relatrios preparados com as informaes sobre os resultados das avaliaes das

    exposies devem ser claros e objetivos. Recomenda-se que no relatrio tcnico

    sejam abordados, no mnimo, os aspectos a seguir apresentados, de forma que

    possibilite a compreenso por leitor qualificado sobre o trabalho desenvolvido e

    documentar os aspectos relevantes que foram utilizados no estudo, como por

    exemplo, os parmetros da NHO-01. Mesmo contento nos relatrios todas asinformaes de uma forma organizada, as informaes originais sobre as avaliaes

    das exposies devem ser preservadas para propsitos legais.

    Relatrio

    Introduo, incluindo objetivos do trabalho, justificativas e datas ou perodos em que

    foram desenvolvidas as avaliaes;

    Critrio de avaliao adotado;

    Instrumental utilizado;Metodologia de avaliao;

    Descrio das condies de exposio avaliadas;

    Dados obtidos;

    Interpretao dos resultados;

  • 8/7/2019 PCA 3M

    40/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    41/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    40

    pregressa); histria familiar, uso prvio de ototxicos, queixas de zumbidos,

    hipoacusia e a avaliao auditiva propriamente dita, constando exames, como

    Otoscopia, Audiometria Tonal e Vocal.Para maior segurana e proteo, tanto da empresa quanto do trabalhador, as

    audiometrias devem ser realizadas no mnimo, no momento da admisso, no 06

    (sexto) ms aps a mesma, anualmente a partir de ento, e na demisso nos

    trabalhadores expostos a nveis de presso sonora acima de 80dBA (avaliaes

    referenciais, sequenciais, demissionais).

    Na interpretao dos resultados da avaliao auditiva, existe a necessidade da anlise

    conjunta dos dados obtidos para determinar o grau e o tipo da deficincia auditiva

    (Diagnstico diferencial das perdas auditivas). Os resultados do exame devem serfornecidos aos trabalhadores, bem como as orientaes que se fizerem necessrias. A

    periodicidade deve ser definida segundo este resultado.

    Na prtica da Audiologia Ocupacional, so encontrados, freqentemente,

    trabalhadores que simulam ou dissimulam uma perda auditiva. Tambm por este

    motivo fica claro a necessidade das audiometrias serem conduzidas por

    Fonoaudilogo, que pode julgar e validar o exame. Uma avaliao correta, ao contrrio

    de prejudicar, poder beneficiar o trabalhador, evitando o agravamento de uma

    deficincia auditiva e aumentando suas oportunidades dentro da empresa.

    7.3 A importncia das Audiometrias no PCA

    As audiometrias identificam os indivduos que esto inadequadamente protegidos,

    mas somente oferecero dados confiveis e teis para uma interveno se forem

    conduzidas adequadamente, se os resultados forem avaliados apropriadamente e

    comunicados para os trabalhadores submetidos aos exames.

    A audiometria anual um excelente momento, j previsto no programa, onde os

    trabalhadores tero a oportunidade de uma conversa individual sobre conservao

    auditiva. Podem ser extradas muitas vantagens deste momento, pois uma das

    melhores oportunidades de motivao dos trabalhadores em relao conservao

    auditiva.

    As audiometrias funcionam como um guia de deteces e tomadas aes corretivas,

    no apenas documentando a perda auditiva, se houver, e sim, avaliando e

  • 8/7/2019 PCA 3M

    42/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    41

    acompanhando cada caso.

    importante lembrar que as Audiometrias, somente, no previnem perda auditiva,

    mas as anlises dos resultados obtidos atravs das audiometrias podem prevenir.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    43/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    42

    8.0 -SELEO E USO DE PROTETORES AUDITIVOS

    8.1 Controle da Exposio ao Rudo

    O controle do rudo uma ao que, em ltima anlise, visa diminuir a exposio dos

    indivduos ao rudo, ou seja, reduzir a dose de exposio diria. Como o controle do

    rudo pode se dar em trs nveis fonte, trajetria e indivduo, a dose estaria mais

    vinculada ao ltimo caso.

    importante observar que existe uma hierarquia e que a forma ideal de diminuir os

    riscos de perda da capacidade auditiva dos trabalhadores atravs do Controle porEngenharia, onde as prticas mais comuns so:

    Reduo do rudo na Fonte:

    Modificaes ou substituies de mquinas e equipamentos

    Isolamentos entre superfcie que vibram e dos dispositivos que produzem as vibraes

    Modificao do processo de produo

    Manuteno preventiva e corretiva de mquinas e equipamentos

    Mudanas para tcnicas menos ruidosa de operao.

    Reduo do rudo na Trajetria:

    Alterao das caractersticas acsticas do ambiente de trabalho pela introduo de

    materiais absorventes, revestimentos

    Assentamento com material anti-vibrante,

    Isolamento do posto de trabalho do local de transmisso da vibrao.

    Barreiras, silenciadores, enclausuramentos parciais ou completos

    Infelizmente, os controles por Engenharia e Administrativos nem sempre resolvem os

    problemas, podendo ser muito caros e impraticveis, especialmente para pequenas

    operaes. Quando os controles ou prticas de trabalho no conseguirem a reduo

    do rudo a um nvel seguro, a maneira mais efetiva de proteger os trabalhadores a

    Reduo da Exposio ao Rudo no Indivduo, reduzindo a dose de exposio diria:

  • 8/7/2019 PCA 3M

    44/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    43

    Reduo do Rudo no Indivduo:

    Revezamento entre ambientes, postos, funes ou atividades

    Posicionamento remoto dos controles das mquinasEnclausuramento do trabalhador em cabine tratada acusticamente

    Alteraes da posio do trabalhador em relao fonte de rudo ou do caminho da

    transmisso durante etapas da jornada de trabalho.

    Uso de equipamento de proteo individual, reduzindo a dose de rudo diria recebida.

    8.2 Tipos de Protetores Auditivos

    NR-9 ID IA PRINCIPAL9.3.5.4. Quando comprovado pelo empregador ou instituio, a inviabilidade tcnica da

    adoo de medidas de proteo coletiva ou quando estas no forem suficientes ou

    encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantao ou ainda em carter

    complementar ou emergencial, devero ser adotadas outras medidas obedecendo-se

    seguinte hierarquia:

    Medidas de carter administrativo ou de organizao do trabalho:

    Afastar do rudo:

    fisicamente;

    diminuir jornada de trabalho;

    Utilizao de equipamento de proteo individual - EPI

    1) seleo do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador est exposto

    atividade exercida, considerando-se a eficincia necessria para o controle da

    exposio ao risco e o conforto oferecido segundo avaliao do trabalhador usurio;

    2) programa de treinamento dos trabalhadores quanto sua correta utilizao e

    orientao sobre as limitaes de proteo que o EPI oferece;

    3) estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso,a guarda, a higienizao, a conservao, a manuteno e a reposio do EPI, visando

    a garantir as condies de proteo originalmente estabelecidas;

  • 8/7/2019 PCA 3M

    45/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    44

    Uma vez que existem muitos tipos diferentes de protetores, que podem ser utilizados

    em diversos ambientes de trabalho, desejvel que se escolha o protetor auditivo

    mais adequado para cada caso. (Livro: Protetores Auditivos Samir Gerges)

    Protetores Auditivos de Insero Pr Moldados

    So aqueles cujo formato definido, por exemplo, trs flanges ou protetores no-

    roletveis. Podem ser de diferentes materiais: borracha, silicone, PVC.As vantagens dos protetores auditivos pr-moldados so:

    Diversos modelos;

    Compatveis com outros equipamentos, como capacetes, culos, respiradores, etc;

    Reutilizveis ou descartveis;

    Pequenos e facilmente transportados e guardados;

    Relativamente confortveis em ambiente quente;

    No restringem movimentos em reas muito pequenas

    Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos, barba e cicatrizes, seminterferncia na vedao.

    As desvantagens so:

    Movimentos (fala, mastigao) podem deslocar o protetor, prejudicando a atenuao

    Necessidade de treinamento especfico

    Bons nveis de atenuao dependem da boa colocao

    S pode ser utilizado em canais auditivos saudveis

    Fceis de perder

    Menor durabilidade

    Protetores Auditivos de Insero Moldveis

  • 8/7/2019 PCA 3M

    46/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    47/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    48/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    47

    utilizadas abaixo do queixo ou atrs da cabea, com plugues de espuma substituveis

    em suas extremidades. Acomodam-se na entrada do canal auditivo, possuem formato

    definido, no entrando em contato com o canal auditivo do usurio.As vantagens dos protetores tipo capa de canal so:

    Boa durabilidade dos plugues;

    Plugues descartveis

    Podem ser utilizados com a haste atrs da cabea ou debaixo do queixo.

    Podem ser usados com capacetes, culos e outros equipamentos sem que reduza a

    atenuao e mantendo a eficincia da vedao;

    Possuem haste que pode ser regulada para no incomodar o usurio, ainda

    oferecendo certa presso dos plugues, mantendo a atenuao.Excelente opo para usos intermitentes

    As desvantagens so:

    No recomendado o manuseio dos plugues com as mos sujas.

    Pode ser desconfortvel para 8 horas de trabalho.

    A atenuao depende da boa acomodao dos plugues na entrada do canal auditivo

    8.3 Recomendaes para Seleo e Uso

    8.3.1 Seleo de Protetores Auditivos

    A considerao mais crtica na seleo e uso de protetores auditivos a habilidade em

    ajustar os protetores, a fim deles proporcionarem uma vedao ao rudo de uma

    maneira confortvel e que a vedao possa ser consistentemente mantida durante

    todas as exposies ao rudo. Outras consideraes importantes incluem: capacidade

    de reduo de rudos do protetor auditivo (atenuao), a exposio diria ao rudo

    (uso dirio), variaes no nvel de rudo (dose), preferncias do usurio (conforto),

    necessidades de comunicao, perda auditiva (se houver), compatibilidade com outros

    equipamentos de segurana, habilidades fsicas, clima e outras condies de trabalho

    e requerimentos de troca, cuidado e uso.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    49/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    48

    Como selecionar um bom protetor auditivos

    de responsabilidade das reas de Segurana e Sade/Mdica a escolha pelaproteo apropriada, em termos de atenuao mnima necessria, aps a avaliao

    das exposies dos trabalhadores (dose de exposio). Porm, devero ser

    consideradas as opinies finais dos usurios em relao a alguns pontos muito

    importantes, que aumentaro as chances do uso correto e eficcia da proteo.

    A seleo do protetor auditivo deve ser feita envolvendo o usurio. Uma forma prtica

    selecionar vrios tipos de protetores auditivos e fornecer ao usurio para que

    experimentem e escolham o tipo em que melhor se adaptam. (Livro: ProtetoresAuditivos Samir Gerges)

    Para que o protetor seja utilizado adequadamente, vrios aspectos devero ser

    observados, dependendo das condies de trabalho em cada rea e do tipo de rudo

    existente.

    Elementos da proteo efetiva

    Existe uma diferena entre os termos Eficincia dos protetores e sua Eficcia.

    A Eficincia de atenuao est relacionada capacidade que os protetores tm de

    amenizar os rudos externos, ou seja, poder de reduo ou nvel de reduo do rudo.

    Esta medida de eficincia realizada em laboratrio, atravs de uma metodologia de

    ensaio conforme sugerido em uma norma.

    Atualmente, no Brasil, so seguidos os critrios da ANSI S12.6/1997 mtodo B, cujo

    resultado denominado NRRsf (nvel de reduo de rudo subject fit), cujo

    resultado est explcito no certificado de aprovao (C.A.), emitido pelo Ministrio doTrabalho.

    No entanto, a Eficcia do protetor depende de alguns fatores, que so os elementos

    da proteo efetiva:

    Colocao e uso corretos

    Qualidade da vedao no canal auditivo

    Porcentagem do tempo de uso

  • 8/7/2019 PCA 3M

    50/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    49

    Atenuao oferecida

    Portanto, a seleo do protetor auditivo precisa ser realizada a partir de um trabalho

    individual, no qual sejam considerados todos os elementos da proteo efetiva, almdas caractersticas pessoais do usurio (formato da cabea e rosto, tamanho do

    conduto auditivo, tipo de atividade, compatibilidade com outros E.P.I.s) e conforto

    proporcionado ao usurio pelo protetor, lembrando que o aspecto conforto

    extremamente subjetivo, ou seja, o protetor no deve incomodar quem o utiliza.

    O melhor desempenho dos protetores auditivos somente ser alcanado com

    esforos direcionados para a correta seleo, colocao, vedao, entrega do EPI e

    substituio por novos. Pessoas capacitadas e interessadas devem ser selecionadaspara conduzir esta fase do PCA, proporcionando-as conhecimentos suficientes para

    realizarem um bom trabalho.

    Realizar seleo, juntamente com os trabalhadores, do protetor mais adequado e

    trein-los no uso correto e cuidados com os protetores muito mais complicado que

    distribuir culos de segurana.

    Para isto, os responsveis pelos protetores auditivos necessitam de treinamentos

    detalhados vindos do administrador do PCA, de materiais e Workshops realizados,

    vezes, pelos fabricantes de EPIs ou pelas associaes preocupadas em ConservaoAuditiva.

    Os protetores auditivos somente protegero os trabalhadores se for absolutamente

    reforada a necessidade do uso apropriado como uma condio mandatria. Para o

    PCA ser efetivo, preciso dar a mesma prioridade no uso dos protetores auditivos

    como no uso de qualquer outro equipamento de segurana.

    (Livro: Hearing Conservation Program Practical Guideline for Success

    Royster&Royster)

    8.3.2 Colocao e Uso Corretos

    Em conseqncia do pouco conforto, pela falta de treinamento e motivao ao uso, os

  • 8/7/2019 PCA 3M

    51/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    50

    protetores auditivos muitas vezes so impropriamente inseridos (plugues) ou ajustados

    (tipo concha); e finalmente, a partir de algumas horas de utilizao, eles ficam fora de

    posio - devido ao suor, movimentos da cabea e/ou da boca (para falar, mascar oubocejar). Por isso necessrio que sejam retirados e recolocados, fora da rea de

    riscos, aps algumas horas de uso, ajustando-o novamente.

    O hbito de utilizar tipo concha com a haste atrs da nuca (com as conchas viradas na

    horizontal), junto com outros E.P.I.s, pode fazer com que o ajuste no fique adequado

    e haja vazamentos.

    Mesmo quando bem utilizadas, existe a deteriorizao dos protetores: os plugues

    podem alterar-se com o calor e suor; os protetores tipo concha podem se danificar ou

    a haste que une as conchas pode perder a presso contra a cabea. Ou mesmo asespumas externas ficarem ressecadas e prejudicarem o conforto e a vedao.

    Indivduos podem modificar os protetores para obter melhor conforto. Estas tcnicas

    incluem a dilatao da haste nos do tipo concha para reduzir a tenso, cortes nos

    pluguespara utiliz-los em menor tamanho, modificao ou furos nos protetores de

    espuma para um melhor conforto.

    Por estas razes, um bom programa de treinamento essencial e os usurios de

    protetores precisam estar convencidos de que os protetores somente oferecero

    proteo adequada se a colocao, uso e manuteno tambm forem adequadas.

    Instrues para Colocao

    Antes de utilizar o produto, conforme exigncia na NR. 6 da C.L.T., o usurio deve ser

    informado pelo empregador sobre a obrigatoriedade do uso e devidamente treinado

    para a correta utilizao do mesmo.

    Protetor Tipo Insero Moldvel1- Com as mos limpas, rolete o protetor deslizando-o entre o seu polegar e os dois

    primeiros dedos, at que o protetor seja reduzido ao menor dimetro possvel e

    mantenha-o neste formato.

    2 Passe a outra mo ao redor da cabea e puxe o topo de sua orelha para abrir o

    canal auditivo.

    3 Mantendo o canal auditivo aberto, leve a mo, que ainda est pressionando o

  • 8/7/2019 PCA 3M

    52/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    51

    protetor roletado, em direo orelha e insira o protetor no canal auditivo, o mais

    profundamente possvel.

    4- Mantenha a ponta do seu dedo pressionando a extremidade do protetor para dentrodo canal auditivo por 10 segundos, para que o protetor se expanda e vede o canal

    auditivo.

    Protetor Tipo Insero Pr-Moldado

    1-Segure firmemente a haste do protetor auditivo por trs da maior flange.

    2-Passe a outra mo por cima da cabea e puxe o topo da orelha para abrir o canal

    auditivo

    3-Insira completamente o protetor no canal auditivo, deixando a haste de fora, parapermitir sua remoo.

    Protetor Tipo Concha

    1-Para ajustar a presso aplicada cabea, movimente o cursor lateral do brao da

    haste para cima e para baixo, at que se obtenha um ajuste confortvel

    2-Retire com as mos o mximo possvel o excesso de cabelo que possa interferir no

    bom contato entre as almofadas dos protetores e a sua cabea. Certifique-se de que a

    vedao entre as almofadas pretas externas da concha e a cabea no tenhainterferncia de objetos, tais como hastes de culos, brincos, a fim de se obter a

    melhor performance.

    3-Com a haste do protetor sobre a cabea, posicione as conchas de maneira a cobrir

    completamente as orelhas

    4-As conchas podem ser deslizadas na haste, para cima ou para baixo, mantendo a

    haste sobre a cabea, para que se obtenha um ajuste firme e confortvel

    Tipo Concha Acoplado ao Capacete1-Deslize a concha at a extremidade da ranhura da haste, para facilitar sua insero

    no capacete

    2-Gire a parte que se encaixa ao capacete, alinhando-a a haste

    3-Pressione com o dedo a lmina metlica para abrir a haste

    4-Introduza a parte que se encaixa ao capacete na fenda lateral do mesmo

    5-Para colocar as conchas em posio de descanso, coloque o dedo indicador sobre a

  • 8/7/2019 PCA 3M

    53/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    52

    lmina metlica e pressione-a para dentro e, ao mesmo tempo, levante a concha

    Protetor Tipo Capa de Canal1-Segure a haste do protetor prximo ao plugue e puxe-a para fora

    2-Direcione os plugues para a entrada do canal auditivo, movendo-os lentamente para

    cima e para baixo, at conseguir uma boa vedao.

    3-Aps encontrar a posio correta, pressione-os contra a orelha, para uma boa

    vedao.

    4-Os plugues no devem ser inseridos no canla auditivo

    5-As hastes podem ser utilizadas ou abaixo do queixo ou atrs da cabea, na nuca.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    54/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    55/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    54

    Protetores Auditivos Tipo Capa de Canal

    Os plugues de espuma devem ser substitudos por novos sempre que se encontrarem

    sujos, danificados ou sem condies higinicas de uso. Estes plugues no devem serlavados.

    A haste plstica pode ser lavada com gua e sabo neutro ou pano umidecido com

    gua.

    No utilize nenhum tipo de solvente, como lcool, acetona nos protetores, pois eles

    podero ser danificados.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    56/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    55

    10.0 QUALIDADE DA VEDAO NO CANAL AUDITIVO

    Cada tipo de E.P.I. deve ser individualmente testado para verificar seu tamanho e asua compatibilidade com o usurio. No existem protetores universais, devem-se

    periodicamente obter informaes junto aos operrios para que sejam reavaliadas as

    escolhas dos protetores, assegurando que estejam sempre sendo utilizados e de

    forma correta.

    Nem todos os protetores so adaptveis a diferentes formatos de cabea e condutos

    auditivos.

    Protetores de insero em vrios tamanhos muitas vezes dificultam a implantao de

    proteo auditiva para todos os funcionrios, na maioria das empresas. Neste caso necessrio medir o tamanho do canal auditivo de cada usurio para se conhecer qual

    o tipo de protetor que deve ser utilizado.

    Embora se acredite que os Protetores Tipo Concha, por serem de fcil colocao, se

    amoldam melhor e a vedao entre a concha e a cabea seja melhor, esta afirmao

    parcialmente verdadeira. Na verdade, em situaes onde culos so utilizados, o

    cabelo volumoso na regio prxima s orelhas ou em pessoas cuja cavidade entre o

    pescoo e o maxilar mais profunda, pode haver uma perda considervel da vedao

    e conseqentemente, da efetiva atenuao do abafador. A presso da concha tambm um fator importante na vedao do protetor. Outro fator que contribui para a m

    vedao dos abafadores a m colocao e o uso de almofadas enrijecidas e

    ressecadas.

    Os protetores tipo concha, algumas vezes, no proporcionam uma boa vedao

    quando utilizados com outros equipamentos, como culos, capacetes e respiradores

    tambm. Cabelos longos, uso de barba e usurios que possuem cavidades na regio

    entre os maxilares e o pescoo podem ter um prejuzo na atenuao quando so

    utilizados protetores tipo concha.

    Verificao da Vedao dos Protetores Tipo Insero Moldveis e Pr-Moldados

    1-Sempre ajuste os protetores a fim de vedar o canal auditivo.

    2-Quando os protetores esto corretamente inseridos, sua prpria voz deve parecer

    oca e os sons ao seu redor no devem parecer to altos quanto anteriormente.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    57/72

  • 8/7/2019 PCA 3M

    58/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    57

    11.0 PORCENTAGEM DO TEMPO DE USO

    O protetor auditivo deve ser utilizado durante todo o tempo em que se estiver expostoao rudo. Quando o protetor retirado em rea ruidosa, mesmo que por alguns

    minutos durante a jornada de trabalho, a proteo efetiva ser reduzida.

    importante ressaltar que a perda da audio est diretamente relacionada ao nvel

    equivalente Leq dBA ou nvel mdio Lavg dBA de rudo recebido.

    Estudos realizados mostram que um protetor com atenuao 20 dB, quando utilizado

    por apenas 50% do tempo em uma jornada de 8 horas, apresentar uma atenuao

    real de apenas 3 dB.

    (Livro: Protetores Auditivos Samir Gerges)A correo da atenuao em funo do tempo de no-uso na jornada feita atravs

    da tabela abaixo:

    % do tempo de Uso

    50% 75% 88% 94% 98% 99% 99,5%100% Atenuao

    Nominal

    5 10 14 18 22 23 24 25

    5 9 13 16 18 19 19 20

    4 8 11 13 14 14 15 153 6 8 9 10 10 10 10

    2 3 4 4 5 5 5 5

    240 120 60 30 10 5 2,50

    Uso tempo integral

    Tempo de no uso na jornada* em minutos

    *jornada de 8 horas (480 minutos)

    Adaptado do artigo de ELSE, D.A.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    59/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    58

    12.0 ATENUAO DOS PROTETORES AUDITIVOS

    A atenuao proporcionada pelo protetor tambm um fator fundamental na seleode um protetor auditivo. preciso avaliar a grande variao de atenuaes entre os

    diferentes tipos e modelos de protetores existentes. Protetores auditivos,

    aparentemente semelhantes, podem ter eficincias de atenuao diferentes.

    Um pouco de Histria

    A atenuao oferecida por protetores auditivos em ambientes de trabalho tem sido

    motivo de discusses por mais de 15 anos.

    O Rc

    Meados da dcada dos anos 80, em um laboratrio do Instituto Eletrotcnico da USP,

    professores daquele renomado instituto comearam a realizar ensaios com protetores

    auditivos em uma cmara anecica. Neste mesmo local, foi desenvolvido um

    equipamento que produzia um som com componentes em praticamente todas

    freqncias audveis pelo ouvido humano. Este equipamento, com medidores de nvel

    de rudo apropriados, foi utilizado para avaliao de protetores auditivos. Os valores

    de atenuao, chamados de Rc, obtidos pelo mtodo ento empregado, chegava aresultados to absurdos quanto 42 dB para protetores de insero.

    Em vista de distores desta grandeza, formou-se um grupo para discusses e

    elaborao de um projeto de norma que seria ento submetido ao sistema ABNT de

    criao de normas de ensaio. Este grupo, aps anos de discusses, criou padres

    para ensaio de protetores do tipo concha, e criou condies favorveis implantao

    de um Laboratrio de ensaio de protetores auditivos na Universidade Federal de Santa

    Catarina (LARI).

    O Termo de Responsabilidade

    Ao mesmo tempo em que seguiam discusses para elaborao de normas de ensaio,

    fabricantes nacionais e internacionais instalados no Brasil, seguiam a comercializao

    de seus produtos com base em informaes obtidas por laboratrios estrangeiros. Os

    nmeros representativos do desempenho destes protetores auditivos - Rc ou NRR,

    dependendo da fonte - eram obtidos atravs de ensaios realizados em laboratrios de

  • 8/7/2019 PCA 3M

    60/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    59

    reconhecimento internacional, em alguns casos; atravs de ensaios realizados sem

    qualquer padro cientfico e com metodologia duvidosa em outros; ou ainda por

    similaridade, ou seja, tendo como base resultados obtido com produto similarcomercializado no estrangeiro. Em outras palavras, valia qualquer coisa, uma vez

    que o Ministrio do Trabalho solicitava apenas um Termo de Responsabilidade do

    Fabricante, no qual constavam valores de atenuao de rudo, sem a necessidade de

    comprovao da origem destes resultados.

    O NRR

    Ao mesmo tempo em que, no Brasil, no se definia uma metodologia padronizada

    para ensaios de protetores auditivos, nos Estados Unidos as discusses se davam emtorno do valor de atenuao NRR, obtidos pelos laboratrios de ensaio segundo

    norma ANSI S3.19/1974 e sua aplicao como representativo do nvel de atenuao

    oferecido por este mesmo produto em um ambiente real, de fbrica.

    Estudos comprovavam que os valores de atenuao constantes das embalagens e

    folhas de informaes tcnicas sobre desempenho destes produtos estavam muito

    distantes dos valores reais obtidos na prtica. O resultado de tais discusses foi uma

    recomendao do NIOSH de 1998 para que os valores de atenuao constantes das

    embalagens e dados tcnicos sobre o desempenho do produto fossem reduzidos deacordo com o seguinte critrio:

    25% para protetores auditivos tipo concha

    50% para protetores de espuma moldvel

    70% para protetores pr- moldados

    O NIOSH ainda recomenda que se faa uma correo de 7 dB nos casos em que onvel de rudo representativo da exposio do trabalhador tenha sido medido

    utilizando-se a curva A de compensao. Em outras palavras, o nvel de rudo

    oferecido por um protetor auditivo, ficaria (NRR X 0,75 7) para protetores auditivos

    do tipo concha; (NRR X 0,50 7) para protetores auditivos do tipo moldvel; (NRR X

    0,30 7) para protetores auditivos do tipo pr-moldados.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    61/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    60

    O NRRsf

    As discusses tambm seguiam e ainda seguem nos Estados Unidos para a definio

    de uma metodologia de ensaio que tenha, como resultado de atenuao, valores maisprximos da realidade. Foi assim que surgiu o Mtodo B da norma ANSI 12.6/97.

    Este mtodo de ensaio, diferentemente do Mtodo utilizado pelos laboratrios Norte

    Americanos, tem como principal diferena o uso de pessoas que no possuam

    qualquer familiaridade com o uso de protetores auditivos para serem submetidos como

    objetos do ensaio.

    Os valores de atenuao obtidos atravs desta metodologia so ento definidos como

    NRRsf. Tendo em vista a capacitao do laboratrio LARI da Universidade de Santa

    Catarina em realizar tais ensaios, o Ministrio do Trabalho decidiu que somenteaceitaria laudos de ensaio deste laboratrio para Renovao / Emisso de novos

    Certificados de Aprovao. Os valores de atenuao definidos por este mtodo B

    so em geral bem inferiores aos valores de NRR at ento divulgados pelo fabricante.

    Portanto, temos hoje valores de atenuao preconizados aos protetores auditivos

    comercializados no pas de um tero ou menores que aqueles indicados nas

    embalagens dos mesmos produtos em 1987, sem que necessariamente estes

    produtos tenham perdido eficincia. O que mudou, de l para c, foram apenas os

    critrios para ensaio dos referidos produtos.

    Como usar o NRRsf

    Para aplicar corretamente o valor de atenuao NRRsf, obtido segundo metodologia

    de ensaio ANSI 12.6/1997- mtodo B, basta subtra-lo do valor da exposio

    individual medida em dB(A), como a seguir, lembrando que no se deve fazer nenhum

    tipo de reduo em seu valor antes de aplic-lo, pois estas salvaguardas j foram

    consideradas durante a obteno do nmero nico de atenuao, conforme a

    metodologia acima mencionada:

    dBA = dBA- NRRsf

    onde:

    dBA = rudo entrando no ouvido protegido

    dBA = rudo equivalente (dose de exposio) medido na escala A

  • 8/7/2019 PCA 3M

    62/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    61

    NRRsf = atenuao do protetor

    Ensaiar o protetor para quantificar sua atenuao de rudo no significa aprovar ou

    mostrar a qualidade do E.P.I.. O ensaio apenas fornece os resultados de atenuaomedidos em laboratrios, independentemente do protetor ser de boa qualidade ou

    ruim.

    12.1 Clculo da Atenuao pelo Mtodo Longo

    A diferena em se escolher utilizar o "mtodo longo" do NIOSH ao invs do nmero

    nico NRRsf (mtodo curto), para avaliao do nvel de rudo que uma pessoa

    utilizando protetores auditivos estaria exposta, como o prprio nome diz, que ele mais longo e no mais correto ou mais eficaz. O mtodo longo, onde considerada a

    variao da atenuao nas diferentes freqncias, mais antigo e tambm possui

    desvantagens, principalmente se a exposio do trabalhador no for estacionria, pois

    o trabalhador ficar exposto a diversas frequncias diferentes e intensidades de rudos

    diferentes durante o longo da jornada. Concluso: perda da exatido, necessitando da

    abordagem do pior caso no pior espectro da jornada, utilizando decibelmetro, pois

    ainda no est disponvel no mercado dosmetro com filtro de banda, alm da

    necessidade de se ter equipamentos caros, com filtros de bandas de oitava para a

    avaliao da exposio.

  • 8/7/2019 PCA 3M

    63/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    62

    Avaliao da Atenuao de um Protetor Auditivos

    Mtodo Niosh N 1 (Mtodo Longo)

  • 8/7/2019 PCA 3M

    64/72

    Direitos Autorais 3M do Brasil 2004

    Proibida a reproduo 3 Inovao

    63

    12.2 Reduo de Rudo Estimada para os Usurios

    A- Frequncia(Hz)

    125 250 500 1K 2K 4K 8K

    B- Anlise de

    freqncia em

    dB*