patrimônio líquido

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Page 1: Patrimônio Líquido

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DE SÃO ROQUE

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

AGREMAR SOUZA SANTANA

CAMILA FERREIRA DE SALLES

DIEGO RODRIGUES DE JESUS

ROBERTA ALVEZ CORTEZ

PATRIMÔNIO LÍQUIDO E SUA MENSURAÇÃO

SÃO ROQUE – SP

2012

Page 2: Patrimônio Líquido

AGREMAR SOUZA SANTANA

CAMILA FERREIRA DE SALLES

DIEGO RODRIGUES DE JESUS

ROBERTA ALVEZ CORTEZ

PATRIMÔNIO LÍQUIDO E SUA MENSURAÇÃO

Trabalho apresentado como exigência parcial para a conclusão da disciplina Teoria da Contabilidade do curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque.

Orientador:

Prof. Ricardo Pereira Rios

SÃO ROQUE – SP

2012

Page 3: Patrimônio Líquido

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 3

1. DEFINIÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.............................................................................................4

2. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO..................................................................5

2.1. CAPITAL SOCIAL.......................................................................................................................... 5

2.1.1. SUBSCRIÇÃO............................................................................................................................... 5

2.1.2. INTEGRALIZAÇÃO........................................................................................................................ 5

2.2. RESERVA DE CAPITAL.................................................................................................................. 6

2.2.1. RESERVA DE CAPITAL.................................................................................................................. 6

2.2.2. RESERVA ESPECIAL DE ÁGIO NA INCORPORAÇÃO........................................................................6

2.2.3. ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO...............................................7

2.2.4. PRÊMIO DA EMISSÃO DE DEBÊNTURES........................................................................................7

2.2.5. DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS........................................................................7

2.3. RESERVA DE AVALIAÇÃO............................................................................................................. 8

2.3.1. REAVALIAÇÃO DE ATIVOS PRÓPRIOS...........................................................................................8

2.3.2. REAVALIAÇÃO DE COLIGADAS E CONTROLADAS AVALIADAS AO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL.......................................................................................................................................... 8

2.4. RESERVA DE LUCRO..................................................................................................................... 9

2.4.1. RESERVA LEGAL.......................................................................................................................... 9

2.4.2. RESERVA ESTATUTÁRIA............................................................................................................... 9

2.4.3. RESERVA DE LUCROS A REALIZAR..............................................................................................10

2.4.4. RESERVAS DE LUCROS PARA EXPANSÃO....................................................................................10

2.4.5. RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS..............................10

2.5. RESERVA DE LUCRO................................................................................................................... 10

2.6. (-) AÇÕES EM TESOURARIA........................................................................................................11

2.7. PROCESSOS DE MENSURAÇÃO..................................................................................................11

2.8. PATRIMÔNIO LIQUIDO E EXIGIBILIDADE....................................................................................11

2.9. AVALIAÇÃO DO ATIVO.............................................................................................................. 12

2.10. TEORIA DOS FUNDOS................................................................................................................ 12

2.11. ABORDAGENS DO PATRIMÔNIO LIQUIDO..................................................................................12

2.12. DIVIDENDOS............................................................................................................................. 16

CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................................... 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................... 18

Page 4: Patrimônio Líquido
Page 5: Patrimônio Líquido

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é abordar os conceitos do patrimônio líquido,

suas variações, exigibilidades e outras considerações, no balanço patrimonial,

a diferença entre os valores de ativos e passivos representam o patrimônio

liquido.

O patrimônio líquido representa os valores que os sócios ou acionistas

têm na empresa em um determinado momento, que é o valor contábil devido

pela pessoa jurídica aos sócios ou acionistas, baseado no Princípio da

Entidade.

A Teoria da Entidade diz que a empresa e dono são duas pessoas

separadas. Seu foco é a entidade, dessa forma, o ativo e o passivo são da

entidade, as receitas e despesas refletem-se na entidade e não no patrimônio

do dono. A Teoria do Proprietário assume que o PL pertence ao dono da

empresa, os ativos e os passivos são dele, as receitas e despesas acrescem

ou diminuem sua riqueza. Empresa e dono são, em suma, partes de um

mesmo conjunto patrimonial.

As principais classificações do patrimônio líquido são: capital social;

reserva de capitais, reserva de lucros, prejuizos acumulados e lucro por ação,

esses assuntos serão apresentados neste trabalho de maneira formal e

abrangente conforme o seguimento do tema.

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Page 6: Patrimônio Líquido

1. DEFINIÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

O patrimônio líquido pode ser definido como a diferença entre o ativo e

do passivo. Sendo o passivo definido como obrigação. Devido ao fato de

atribuir se tanta ênfase à mensuração e a avaliações individuais do ativo e do

passivo, então, o patrimônio líquido, define-se como a diferença entre os

mesmos, não tem tratamento adequado. Portanto o patrimônio líquido, embora

o ativo e passivo, contém elementos que: interesses residuais em casos de

liquidação; interesses em participar de distribuições de dividendos; e direitos de

participação no patrimônio líquido de uma entidade, no sentido de sua

participação ou de aumento da sua participação. Que uma boa evidenciação

dos elementos do patrimônio líquido possa auxiliar no crescimento de tais

interesses, então cumprindo a finalidade principal das demonstrações

contábeis, a de ajudar o investidor a avaliar a empresa ou o empreendimento.

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Page 7: Patrimônio Líquido

2. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

De acordo com a lei 11.638/11, o patrimônio líquido é composto pelos

seguintes grupos:

Capital Social;

Reserva de Capital;

Ajuste de Avaliação Patrimonial;

Reserva de Lucro;

(-) Ações em Tesouraria;

Lucro por Ação

Lucros ou Prejuízos Acumulados.

2.1. CAPITAL SOCIAL

É o montante necessário para iniciar as atividades de uma empresa,

enquanto a empresa não gera dinheiro suficiente para se sustentar. O capital

social discriminará o montante subscrito, por dedução, a parcela ainda não

realizada, o qual deve aparecer no balanço abaixo da conta capital social,

como uma conta redutora do patrimônio líquido.

Débito Crédito

(-) Capital a integralizar R$ 200.000

a capital subscrito R$ 200.000

2.1.1. SUBSCRIÇÃO

É o compromisso pelo capital. Cada sócio, através da assinatura do

boletim de subscrição, assume o compromisso para com o capital.

2.1.2. INTEGRALIZAÇÃO

É o ato de cumprir o compromisso assumido na subscrição, que é

realizado pelo pagamento das cotas subscritas em dinheiro ou bens.

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Page 8: Patrimônio Líquido

Débito Crédito

Bancos, imobilizados, etc. R$ 50.000

A capital a integralizar R$ 50.000

Segue como fica a classificação no balanço patrimonial.

Capital social R$ 200.000

(-) Integralização R$ 50.000

Capital Realizado R$ 150.000

2.2. RESERVA DE CAPITAL

As reservas de capital é constituído pelos valores recebidos pela

empresa e que não transitam pelos resultados como receitas. Pode ser o valor

destinado ao reforço de seu próprio capital, sem ter de outro lado qualquer

esforço por parte da empresa na entrega de bens ou prestação de serviço.

Essa conta se divide em:

2.2.1. RESERVA DE CAPITAL

Na conta de capital social, ações dever constar somente pelo seu valor

nominal. A diferença entre o valor das ações pago pelos acionistas e o seu

valor nominal dever ser registrado na conta de reserva de capital.

Exemplo:

Uma companhia como ações a 1,00 cada faz aumento de seu capital

em 30.000.000,00 a 1,30 cada, então, passa a ter:

Capital (50.000.00 de ações a 1,00 cada) R$ 50.000.000

Ágio na emissão de ações 50.000,00 a 0,30 R$ 15.000.000

Total recebido pela companhia R$ 65.000.000

2.2.2. RESERVA ESPECIAL DE ÁGIO NA INCORPORAÇÃO

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Page 9: Patrimônio Líquido

É uma mudança trazida pela CVM, nas instruções nº 319/99 e nº

349/01. A conta reserva de ágio aparece no patrimônio líquido como

contrapartida do montante do ágio resultado da aquisição do controle da

companhia aberta.

2.2.3. ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO

As partes beneficiárias e bônus de subscrição são valores que podem

ser alienados e o produto da alienação é contabilizado em reserva de capital

específica.

Podemos ressaltar que a participação das partes beneficiárias para a

formação de reserva de resgate não pode ultrapassar a 0,1 (décimo) dos lucros

e é vedado a elas qualquer direito privativo de acionistas, com exceção ao do

direto de fiscalizar os atos dos administradores.

2.2.4. PRÊMIO DA EMISSÃO DE DEBÊNTURES

O prêmio é valor obtido pelo lançamento de debêntures como valores

considerados bons, pela contrapartida de vantagens na obtenção de uma

debênture.

Exemplo:

Várias debêntures lançados ao valor nominal de resgate de R$

1.000,00 cada, sujeita a variação monetária, juros e também com direito a

participação nos lucros podendo ser ofertas muito vantajosas, que vão permitir

que se lance as debêntures sejam lançadas no mercado ao valor de R$

1.050,00, onde os R$ 50,00 seja o prêmio na emissão de debêntures,

registrando na reserva de capital.

2.2.5. DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS

As doações são reconhecida como reserva de capital, as doações

podem ser feita em dinheiro, bens móveis, imóveis ou direitos.

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Page 10: Patrimônio Líquido

Se a empresa receber uma doação de um imóvel, ele deve ser

avaliação, de quanto ele custa caso a empresa o ter comprado o registro do

valor do imóvel dever pelo seu valor de mercado. Já o lucro com esse bem

esteja isento do imposto de renda, o mesmo deve ter sido doação de um órgão

público.

As subvenções são diversos casos, mas, os mais comuns são aqueles

concedidos pelos governos federais, estaduais e municipais, as empresas

como incentivo de crescimento do setor econômico ou região onde haja um

interesse especial no seu desenvolvimento.

2.3. RESERVA DE AVALIAÇÃO

A reavaliação não pode ser confundida com a correção monetária

que é a atualização do custo de aquisição, o qual continua o vinculo ao valor

pago pelo ativo.

As reservas de reavaliação devem ser segregadas em:

Reavaliação de ativos próprios;

Reavaliação de coligadas e controladas avaliadas ao método da

equivalência patrimonial.

2.3.1. REAVALIAÇÃO DE ATIVOS PRÓPRIOS

Na primeira subconta deve contem apenas a classificação das

reavaliações feitas pela empresa em seus bens do ativo, pelo valor de

mercado.

2.3.2. REAVALIAÇÃO DE COLIGADAS E CONTROLADAS AVALIADAS AO

MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

Na segunda conta deve estar registrada as contrapartidas das contas

de investimentos em coligadas e controladas, avaliados pelo método de

equivalência patrimonial.

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Page 11: Patrimônio Líquido

2.4. RESERVA DE LUCRO

São as contas feitas pelas apropriações de lucros pelas empresas,

esses lucros devem ser distribuídos como dividendos, sendo que as empresas

devem sempre dar destinação aos lucros.

Contas de reservas de lucros:

Reserva legal;

Reserva estatutária;

Reservas de lucros a realizar;

Reservas de lucros para expansão;

Reserva especial para dividendos obrigatório não distribuído.

2.4.1. RESERVA LEGAL

Do lucro líquido do exercício 10% , será levada a reserva legal antes

de qualquer outra destinação, desde que esse valor não ultrapasse 20% do

capital social, essa reserva só pode ser utilizada para compensar prejuízos ou

aumentar o capital.

Exemplo:

Lucro líquido de R$ 100.000

Reserva Legal de R$ 5.000

2.4.2. RESERVA ESTATUTÁRIA

O estatuto poderá ter reservas mas se cada uma tenha definição certa:

Modo de sua finalidade;

Fixe o percentual do lucro líquido, desde que não seja destinada para

sua constituição.

Estabelecer um limite para a reserva

Exemplo:

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Page 12: Patrimônio Líquido

Percentual estabelecido de 10%

Lucro líquido R$ 100.000

Reserva estatutária de10% R$ 10.000

2.4.3. RESERVA DE LUCROS A REALIZAR

A reserva é obrigatória, pois representa uma parte do lucro não

realizada, para evitar que seja distribuídos dividendos sobre essa parcela.

Na Lei 10.303/01 cria-se a reserva que é para o pagamento de

dividendos.

2.4.4. RESERVAS DE LUCROS PARA EXPANSÃO

Para o investimento a entidade poderá pegar parte do lucro líquido do

exercício, a reserva deve estar sempre de acordo com o orçamento da

empresa, dito pela administração e aprovada pela assembleia geral. A reserva

tem a finalidade de justificar a não distribuição de dividendos adicionais aos

obrigatórios.

Assim a empresa só realizará o pagamento dos dividendos no

exercício seguinte ou quando a situação financeira permitir.

2.4.5. RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO

DISTRIBUÍDOS

A empresa pode criar essa reserva quando tiver dividendos

obrigatórios a distribuir, mas, sem condições financeiras para fazer o

pagamento. Situação em que se utilizará o expediente previsto nos §§ 4º e 5º

do art. 202 da Lei das sociedades por ações.

2.5. RESERVA DE LUCRO

Lucros ou prejuízos acumulados representa o saldo dos lucros ou

prejuízos líquidos da posse para reservas de lucros e dividendos, esse valor

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Page 13: Patrimônio Líquido

faz parte do patrimônio líquido no balanço patrimonial, essa conta representa a

ligação entre balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício,

essa conta é representada também pelas subcontas lucros acumulados

(credora) e prejuízos acumulados (devedora). Mesmo o resultado ser credor ou

devedor esse deve esta no patrimônio líquido.

2.6. (-) AÇÕES EM TESOURARIA

Quando as empresas efetuarem compras de ações, elas são

consideradas ações em tesouraria, não permitido que companhias adquiram

suas próprias ações, sejam essas de capital aberto ou fechado.

Operações de resgate, reembolso ou amortizações de ações;

Permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o

valor do saldo de lucros ou reservar e sem a diminuição do capital

social ou recebimentos dessas ações por doação;

2.7. PROCESSOS DE MENSURAÇÃO

É o processo de atribuição de valores monetários significativos a

objetos ou eventos.

2.8. PATRIMÔNIO LIQUIDO E EXIGIBILIDADE

É a diferença entre ativo e passivo, as informação dos investidores,

lucros retidos, as reservas que representam apropriações de lucros retidos e as

reservas que representam ajustes de capital podem ser demonstradas

separadamente, e é dessa forma que costuma sempre é feita.

Essas classificações pode ser relevantes para as necessidades

decisórias dos usuários das demonstrações contábeis quando elas indicarem

restrições legais ou de outra natureza sobre a habilidade ou liberdade da

empresa em distribuir ou aplicar de outra forma seu patrimônio líquido. Podem

refletir, também, o fato de que as partes com interesses de propriedade numa

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Page 14: Patrimônio Líquido

entidade ou empresa tenham direitos Outras reservas podem ser feitas de

acordo com as legislações de vários países.

A existência e o tamanho dessas reservas é uma informação relevante

para a tomada de decisão dos usuários. Transferência para reservas (de

lucros) são apropriações de lucros retidos, e não despesas.

2.9. AVALIAÇÃO DO ATIVO

O montante pelo qual o patrimônio líquido é demonstrado no balanço

patrimonial depende da avaliação e mensuração de ativos e passivos

(exigibilidades).

Normalmente, o montante agregado que representa o patrimônio

líquido contábil de uma empresa, será igual ao valor de mercado das ações da

entidade ou à soma que da venda dos ativos líquidos gradualmente ou a

empresa como um todo.

2.10. TEORIA DOS FUNDOS

Outra visualização do patrimônio líquido, bastante ilustrativa, é a teoria

dos fundos. Segundo essa teoria, o ativo é o somatório das aplicações que foi

possível fazer pela utilização dos recursos provindos se terceiros e de capitais

próprios. Assim, a representação da equação patrimonial, segundo essa teoria

é: (APLICAÇÕES = RECURSOS ou USOS) = fontes. Tal teoria é de particular

interesse para as entidades governamentais, mas, também é importante para

entender melhor, nas entidades privadas, como foram aplicados os fundos e de

onde foram obtidos.

2.11. ABORDAGENS DO PATRIMÔNIO LIQUIDO

As mais antigas abordagens do patrimônio líquido é a da teoria do

proprietário, que foi imaginado para revestir as partidas dobradas e sua lógica.

Ativo – Passivo = patrimônio líquido

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Page 15: Patrimônio Líquido

Uma forma mais clara de entender o patrimônio líquido e sua

explicação do funcionamento. De acordo com esta teoria, o proprietário é o

centro da atenção da contabilidade. Dessa maneira as receitas são

consideradas como acréscimo de propriedade e as despesas como

decréscimo. Assim, o lucro líquido, diferença entre despesas e receitas é

adicionado diretamente ao proprietário. Os dividendos representavam retiradas

de capitais. Os dividendos em ações representam uma transferência de uma

parte para outra. Essa teoria melhor se enquadra nas formas organizacionais

mais simples.

Já na teoria da entidade, entende-se que a entidade tem uma vida

distinta das atividades e do interesse do proprietário, toda entidade tem

personalidade própria. A teoria da entidade é baseada na equação.

Ativo = obrigações = patrimônio líquido

Se atribuirmos ao passivo um sentido de recursos globais. Obrigações da primeira fórmula seria um entendimento restrito de passivo.A grande diferença, segundo Hendricksen, entre obrigações e patrimônio líquido é que a avaliação dos direitos credores pode ser determinada separada ou independentemente de outras avaliações, se a empresa estiver com bom grau de solvência, enquanto os direitos dos acionistas são mensurados pela avalição dos ativos, originariamente investidos mais a avaliação dos lucros reinvestidos e as reavaliações subseqüentes (IUDICIBUS, 2004, P. 133)

Com a teoria do acionista ordinário, é uma variação da teoria da entidade.

Desse ponto de vista, STAUBUS (Acconting Review, 1959) considera que ficamos no meio do caminho entre a teoria da entidade e a teoria da propriedade (proprietário) (IUDICIBUS,2004pg 186)

Segundo essa teoria, os investimentos em sociedade por ações,

exceto os acionistas ordinários, são considerados como outsiders, de que em

vista da teoria da entidade todos os investidores são outsiders. Então a

equação patrimonial altera-se:

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Page 16: Patrimônio Líquido

Ativos – Passivos Específicos = Interesse residual (dos acionistas

ordinários)

O objetivo desta abordagem seria fornecer informação para os

acionistas ordinários. Esta teoria é utilizada na área de administração

financeira. Essa representa mais vantagens de representação e conceituação

para os acionistas preferenciais. Os pagamentos feitos seriam equivalentes a

despesas. Mesmo sendo viável para o cálculo de alavancagem e para parte

financeiras não pode ser totalmente aceita pela Contabilidade, pois é forte

afirmar que o acionista preferencial é semelhante ao um prestador de dinheiro.

Especialmente no Brasil na qual os preferencialistas têm uma característica

mista de participação nos lucros. Essa Teoria dá ênfase á diferença entre

Fluxo de Caixa Gerado para entidade, em contraposição ao Fluxo de Caixa

para Acionistas.

De acordo com a teoria do fundo, não são utilizadas as relações

pessoais que consubstanciam a teoria do proprietário. O fundo é o núcleo de

interesse. A seguir a equação patrimonial.

Ativos = Restrições sobre os ativos (fundos)

A teoria do fundo inclui também um grupo de ativos e obrigações, os

ativos são serviços para o fundo ou unidade operacional. Segundo Hendriksen

e outros, o capital investido representa uma restrição financeira, isto é o capital

investido precisa esta intacta a não ser que tenha uma autorização para uma

liquidação completa ou mesmo parcial. Os passivos representam restrições

contra ativos específico ou geral do fundo. Nos Estados Unidos essa teoria tem

obtido bastante êxito na contabilidade de entidades não lucrativas e

governamentais. Porém nossa contabilidade governamental adota uma

maneira diferente da norte- americana, que é mais ambiciosa, embora a forma

utilizada em prática deixe muito a desejar.

Hendrikesen confere utilidade à teoria do fundo e áreas da

contabilidade de entidades lucrativas. Cita especialmente o sinking fund, caos

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Page 17: Patrimônio Líquido

de contabilidade divisional e contabilidade para sociedades imobiliárias.

Também considera a preparação de relatórios consolidados seja uma

aplicação da teoria do fundo, da mesma forma que uma extensão da teoria da

entidade econômica. Considerando que de acordo com essa teoria o lucro não

é o foco da Contabilidade. As operações do fundo são feitas com muito

detalhamento, por exemplo, uma demonstração de resultados, se é que deverá

aparecer, será um detalhe da demonstração de movimentação de fundos, uma

descriminação dos fundos providos pelas operações

Com a teoria do comando, Goldberg, sugere a atenção principal da

Contabilidade a ser mais centralizada no controle econômico efetivo dos

recursos pelos gerentes ou “comandantes”. De acordo com ela, as

demonstrações financeiras são feitas na forma de relatório. Segundo

Hendriksen, a teoria do comendo falha da mesma forma que teoria do

proprietário e da entidade , em desenvolver um conceito geral que possa ser

utilizado para descrever e avaliar toda teoria contábil. A teoria do comando

preocupa-se mais com o “comandante” , isto contraria, em parte, a essência

informativa e os objetivos da Contabilidade. É interessante no sentido de que,

por meio dela conseguimos discernir melhor os setores e as ares de interesse

ou atividades.

A teoria do empreendimento, que, entretanto, é uma extensão do

conceito da teoria da entidade, que a sociedade é uma instituição social

mantida pra benefício de muitos grupos interessados. Conforme as teorias

abordadas, vimos que todas elas apresentam vantagens, mas nenhuma pode

constituir-se em uma única base. A teoria do proprietário apresenta grande

importância, mas a teoria da entidade é capaz de atender melhor ás

necessidades do modelo contábil. A equação completa poderia se expressada,

pela Teoria da Entidade:

Ativo + Despesas + Perdas = Passivo + Receitas + Ganhos + Patrimônio líquido, se positivo

A teoria da entidade para o patrimônio líquido está mais de acordo

com as limitações de direitos dos proprietários de quota de capital sobre o ativo

ou lucro. Na teoria do proprietário, os direitos são totais.

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Page 18: Patrimônio Líquido

As outras teorias apresentam grandes atrativos específicos em pontos

e assuntos especiais. A teoria do fundo sem dúvida, a que apresenta maior

interesse pelas aplicações financeiras.

A teoria do acionista ordinário tem grande aplicabilidade nas decisões

de caráter financeiro,

A teoria do comando permite isolar melhor os agentes capazes de

comandar os recursos econômicos e de gerar utilidade em sentido duplo, e é

bem usada nas aplicações de contabilidade Divisional.

A teoria do empreendedor visualiza certas vantagens de “evidenciação

social”, mas permanece vago no estágio atual, as suas últimas conseqüência, a

não ser que contribua a ela a dimensão social e ambiental. Seria então melhor

denominá-la de Teoria Social do Patrimônio.

2.12. DIVIDENDOS

Os dividendos são a destinação dos lucros dos exercícios, das

reservas de lucros acumulados aos acionistas. Em casos especiais as reserva

de capitais poderá ser utilizada para pagamento das ações preferenciais.

Essas ações pela nova redação devem ter duas preferências para que

possam ser negociadas no mercado de valores mobiliários.

Direito de participar do dividendo a ser distribuído em pelo menos

25% do lucro líquido;

Direito ao recebimento de dividendo por ação preferencial. Com

percentual de pelo menos 10% maior do que o valor definido para

as ações ordinárias.

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Page 19: Patrimônio Líquido

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Page 20: Patrimônio Líquido

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IUDICÍBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 7. ed. São Paulo:

Atlas, 2004. (p.182 – 197)

IUDICÍBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 10. ed. São Paulo:

Atlas, 2010. (p.167 – 176)

HENDRIKSEN, Eldon S; VAN BREDA, Michael F. Teoria da

Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. (p. 486 – 488)

IUDICÍBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens.

Manual da Contabilidade das Sociedades por Ações. 6. ed. São Paulo:

Atlas, 2003. (p.291 – 308)

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10. ed. São

Paulo: Atlas, 2003. (p.388 – 393)

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