patrimônio líquido
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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DE SÃO ROQUE
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
AGREMAR SOUZA SANTANA
CAMILA FERREIRA DE SALLES
DIEGO RODRIGUES DE JESUS
ROBERTA ALVEZ CORTEZ
PATRIMÔNIO LÍQUIDO E SUA MENSURAÇÃO
SÃO ROQUE – SP
2012
AGREMAR SOUZA SANTANA
CAMILA FERREIRA DE SALLES
DIEGO RODRIGUES DE JESUS
ROBERTA ALVEZ CORTEZ
PATRIMÔNIO LÍQUIDO E SUA MENSURAÇÃO
Trabalho apresentado como exigência parcial para a conclusão da disciplina Teoria da Contabilidade do curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque.
Orientador:
Prof. Ricardo Pereira Rios
SÃO ROQUE – SP
2012
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 3
1. DEFINIÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.............................................................................................4
2. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO..................................................................5
2.1. CAPITAL SOCIAL.......................................................................................................................... 5
2.1.1. SUBSCRIÇÃO............................................................................................................................... 5
2.1.2. INTEGRALIZAÇÃO........................................................................................................................ 5
2.2. RESERVA DE CAPITAL.................................................................................................................. 6
2.2.1. RESERVA DE CAPITAL.................................................................................................................. 6
2.2.2. RESERVA ESPECIAL DE ÁGIO NA INCORPORAÇÃO........................................................................6
2.2.3. ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO...............................................7
2.2.4. PRÊMIO DA EMISSÃO DE DEBÊNTURES........................................................................................7
2.2.5. DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS........................................................................7
2.3. RESERVA DE AVALIAÇÃO............................................................................................................. 8
2.3.1. REAVALIAÇÃO DE ATIVOS PRÓPRIOS...........................................................................................8
2.3.2. REAVALIAÇÃO DE COLIGADAS E CONTROLADAS AVALIADAS AO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL.......................................................................................................................................... 8
2.4. RESERVA DE LUCRO..................................................................................................................... 9
2.4.1. RESERVA LEGAL.......................................................................................................................... 9
2.4.2. RESERVA ESTATUTÁRIA............................................................................................................... 9
2.4.3. RESERVA DE LUCROS A REALIZAR..............................................................................................10
2.4.4. RESERVAS DE LUCROS PARA EXPANSÃO....................................................................................10
2.4.5. RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS..............................10
2.5. RESERVA DE LUCRO................................................................................................................... 10
2.6. (-) AÇÕES EM TESOURARIA........................................................................................................11
2.7. PROCESSOS DE MENSURAÇÃO..................................................................................................11
2.8. PATRIMÔNIO LIQUIDO E EXIGIBILIDADE....................................................................................11
2.9. AVALIAÇÃO DO ATIVO.............................................................................................................. 12
2.10. TEORIA DOS FUNDOS................................................................................................................ 12
2.11. ABORDAGENS DO PATRIMÔNIO LIQUIDO..................................................................................12
2.12. DIVIDENDOS............................................................................................................................. 16
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................................... 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................... 18
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é abordar os conceitos do patrimônio líquido,
suas variações, exigibilidades e outras considerações, no balanço patrimonial,
a diferença entre os valores de ativos e passivos representam o patrimônio
liquido.
O patrimônio líquido representa os valores que os sócios ou acionistas
têm na empresa em um determinado momento, que é o valor contábil devido
pela pessoa jurídica aos sócios ou acionistas, baseado no Princípio da
Entidade.
A Teoria da Entidade diz que a empresa e dono são duas pessoas
separadas. Seu foco é a entidade, dessa forma, o ativo e o passivo são da
entidade, as receitas e despesas refletem-se na entidade e não no patrimônio
do dono. A Teoria do Proprietário assume que o PL pertence ao dono da
empresa, os ativos e os passivos são dele, as receitas e despesas acrescem
ou diminuem sua riqueza. Empresa e dono são, em suma, partes de um
mesmo conjunto patrimonial.
As principais classificações do patrimônio líquido são: capital social;
reserva de capitais, reserva de lucros, prejuizos acumulados e lucro por ação,
esses assuntos serão apresentados neste trabalho de maneira formal e
abrangente conforme o seguimento do tema.
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1. DEFINIÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio líquido pode ser definido como a diferença entre o ativo e
do passivo. Sendo o passivo definido como obrigação. Devido ao fato de
atribuir se tanta ênfase à mensuração e a avaliações individuais do ativo e do
passivo, então, o patrimônio líquido, define-se como a diferença entre os
mesmos, não tem tratamento adequado. Portanto o patrimônio líquido, embora
o ativo e passivo, contém elementos que: interesses residuais em casos de
liquidação; interesses em participar de distribuições de dividendos; e direitos de
participação no patrimônio líquido de uma entidade, no sentido de sua
participação ou de aumento da sua participação. Que uma boa evidenciação
dos elementos do patrimônio líquido possa auxiliar no crescimento de tais
interesses, então cumprindo a finalidade principal das demonstrações
contábeis, a de ajudar o investidor a avaliar a empresa ou o empreendimento.
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2. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
De acordo com a lei 11.638/11, o patrimônio líquido é composto pelos
seguintes grupos:
Capital Social;
Reserva de Capital;
Ajuste de Avaliação Patrimonial;
Reserva de Lucro;
(-) Ações em Tesouraria;
Lucro por Ação
Lucros ou Prejuízos Acumulados.
2.1. CAPITAL SOCIAL
É o montante necessário para iniciar as atividades de uma empresa,
enquanto a empresa não gera dinheiro suficiente para se sustentar. O capital
social discriminará o montante subscrito, por dedução, a parcela ainda não
realizada, o qual deve aparecer no balanço abaixo da conta capital social,
como uma conta redutora do patrimônio líquido.
Débito Crédito
(-) Capital a integralizar R$ 200.000
a capital subscrito R$ 200.000
2.1.1. SUBSCRIÇÃO
É o compromisso pelo capital. Cada sócio, através da assinatura do
boletim de subscrição, assume o compromisso para com o capital.
2.1.2. INTEGRALIZAÇÃO
É o ato de cumprir o compromisso assumido na subscrição, que é
realizado pelo pagamento das cotas subscritas em dinheiro ou bens.
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Débito Crédito
Bancos, imobilizados, etc. R$ 50.000
A capital a integralizar R$ 50.000
Segue como fica a classificação no balanço patrimonial.
Capital social R$ 200.000
(-) Integralização R$ 50.000
Capital Realizado R$ 150.000
2.2. RESERVA DE CAPITAL
As reservas de capital é constituído pelos valores recebidos pela
empresa e que não transitam pelos resultados como receitas. Pode ser o valor
destinado ao reforço de seu próprio capital, sem ter de outro lado qualquer
esforço por parte da empresa na entrega de bens ou prestação de serviço.
Essa conta se divide em:
2.2.1. RESERVA DE CAPITAL
Na conta de capital social, ações dever constar somente pelo seu valor
nominal. A diferença entre o valor das ações pago pelos acionistas e o seu
valor nominal dever ser registrado na conta de reserva de capital.
Exemplo:
Uma companhia como ações a 1,00 cada faz aumento de seu capital
em 30.000.000,00 a 1,30 cada, então, passa a ter:
Capital (50.000.00 de ações a 1,00 cada) R$ 50.000.000
Ágio na emissão de ações 50.000,00 a 0,30 R$ 15.000.000
Total recebido pela companhia R$ 65.000.000
2.2.2. RESERVA ESPECIAL DE ÁGIO NA INCORPORAÇÃO
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É uma mudança trazida pela CVM, nas instruções nº 319/99 e nº
349/01. A conta reserva de ágio aparece no patrimônio líquido como
contrapartida do montante do ágio resultado da aquisição do controle da
companhia aberta.
2.2.3. ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO
As partes beneficiárias e bônus de subscrição são valores que podem
ser alienados e o produto da alienação é contabilizado em reserva de capital
específica.
Podemos ressaltar que a participação das partes beneficiárias para a
formação de reserva de resgate não pode ultrapassar a 0,1 (décimo) dos lucros
e é vedado a elas qualquer direito privativo de acionistas, com exceção ao do
direto de fiscalizar os atos dos administradores.
2.2.4. PRÊMIO DA EMISSÃO DE DEBÊNTURES
O prêmio é valor obtido pelo lançamento de debêntures como valores
considerados bons, pela contrapartida de vantagens na obtenção de uma
debênture.
Exemplo:
Várias debêntures lançados ao valor nominal de resgate de R$
1.000,00 cada, sujeita a variação monetária, juros e também com direito a
participação nos lucros podendo ser ofertas muito vantajosas, que vão permitir
que se lance as debêntures sejam lançadas no mercado ao valor de R$
1.050,00, onde os R$ 50,00 seja o prêmio na emissão de debêntures,
registrando na reserva de capital.
2.2.5. DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS
As doações são reconhecida como reserva de capital, as doações
podem ser feita em dinheiro, bens móveis, imóveis ou direitos.
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Se a empresa receber uma doação de um imóvel, ele deve ser
avaliação, de quanto ele custa caso a empresa o ter comprado o registro do
valor do imóvel dever pelo seu valor de mercado. Já o lucro com esse bem
esteja isento do imposto de renda, o mesmo deve ter sido doação de um órgão
público.
As subvenções são diversos casos, mas, os mais comuns são aqueles
concedidos pelos governos federais, estaduais e municipais, as empresas
como incentivo de crescimento do setor econômico ou região onde haja um
interesse especial no seu desenvolvimento.
2.3. RESERVA DE AVALIAÇÃO
A reavaliação não pode ser confundida com a correção monetária
que é a atualização do custo de aquisição, o qual continua o vinculo ao valor
pago pelo ativo.
As reservas de reavaliação devem ser segregadas em:
Reavaliação de ativos próprios;
Reavaliação de coligadas e controladas avaliadas ao método da
equivalência patrimonial.
2.3.1. REAVALIAÇÃO DE ATIVOS PRÓPRIOS
Na primeira subconta deve contem apenas a classificação das
reavaliações feitas pela empresa em seus bens do ativo, pelo valor de
mercado.
2.3.2. REAVALIAÇÃO DE COLIGADAS E CONTROLADAS AVALIADAS AO
MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Na segunda conta deve estar registrada as contrapartidas das contas
de investimentos em coligadas e controladas, avaliados pelo método de
equivalência patrimonial.
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2.4. RESERVA DE LUCRO
São as contas feitas pelas apropriações de lucros pelas empresas,
esses lucros devem ser distribuídos como dividendos, sendo que as empresas
devem sempre dar destinação aos lucros.
Contas de reservas de lucros:
Reserva legal;
Reserva estatutária;
Reservas de lucros a realizar;
Reservas de lucros para expansão;
Reserva especial para dividendos obrigatório não distribuído.
2.4.1. RESERVA LEGAL
Do lucro líquido do exercício 10% , será levada a reserva legal antes
de qualquer outra destinação, desde que esse valor não ultrapasse 20% do
capital social, essa reserva só pode ser utilizada para compensar prejuízos ou
aumentar o capital.
Exemplo:
Lucro líquido de R$ 100.000
Reserva Legal de R$ 5.000
2.4.2. RESERVA ESTATUTÁRIA
O estatuto poderá ter reservas mas se cada uma tenha definição certa:
Modo de sua finalidade;
Fixe o percentual do lucro líquido, desde que não seja destinada para
sua constituição.
Estabelecer um limite para a reserva
Exemplo:
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Percentual estabelecido de 10%
Lucro líquido R$ 100.000
Reserva estatutária de10% R$ 10.000
2.4.3. RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
A reserva é obrigatória, pois representa uma parte do lucro não
realizada, para evitar que seja distribuídos dividendos sobre essa parcela.
Na Lei 10.303/01 cria-se a reserva que é para o pagamento de
dividendos.
2.4.4. RESERVAS DE LUCROS PARA EXPANSÃO
Para o investimento a entidade poderá pegar parte do lucro líquido do
exercício, a reserva deve estar sempre de acordo com o orçamento da
empresa, dito pela administração e aprovada pela assembleia geral. A reserva
tem a finalidade de justificar a não distribuição de dividendos adicionais aos
obrigatórios.
Assim a empresa só realizará o pagamento dos dividendos no
exercício seguinte ou quando a situação financeira permitir.
2.4.5. RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO
DISTRIBUÍDOS
A empresa pode criar essa reserva quando tiver dividendos
obrigatórios a distribuir, mas, sem condições financeiras para fazer o
pagamento. Situação em que se utilizará o expediente previsto nos §§ 4º e 5º
do art. 202 da Lei das sociedades por ações.
2.5. RESERVA DE LUCRO
Lucros ou prejuízos acumulados representa o saldo dos lucros ou
prejuízos líquidos da posse para reservas de lucros e dividendos, esse valor
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faz parte do patrimônio líquido no balanço patrimonial, essa conta representa a
ligação entre balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício,
essa conta é representada também pelas subcontas lucros acumulados
(credora) e prejuízos acumulados (devedora). Mesmo o resultado ser credor ou
devedor esse deve esta no patrimônio líquido.
2.6. (-) AÇÕES EM TESOURARIA
Quando as empresas efetuarem compras de ações, elas são
consideradas ações em tesouraria, não permitido que companhias adquiram
suas próprias ações, sejam essas de capital aberto ou fechado.
Operações de resgate, reembolso ou amortizações de ações;
Permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o
valor do saldo de lucros ou reservar e sem a diminuição do capital
social ou recebimentos dessas ações por doação;
2.7. PROCESSOS DE MENSURAÇÃO
É o processo de atribuição de valores monetários significativos a
objetos ou eventos.
2.8. PATRIMÔNIO LIQUIDO E EXIGIBILIDADE
É a diferença entre ativo e passivo, as informação dos investidores,
lucros retidos, as reservas que representam apropriações de lucros retidos e as
reservas que representam ajustes de capital podem ser demonstradas
separadamente, e é dessa forma que costuma sempre é feita.
Essas classificações pode ser relevantes para as necessidades
decisórias dos usuários das demonstrações contábeis quando elas indicarem
restrições legais ou de outra natureza sobre a habilidade ou liberdade da
empresa em distribuir ou aplicar de outra forma seu patrimônio líquido. Podem
refletir, também, o fato de que as partes com interesses de propriedade numa
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entidade ou empresa tenham direitos Outras reservas podem ser feitas de
acordo com as legislações de vários países.
A existência e o tamanho dessas reservas é uma informação relevante
para a tomada de decisão dos usuários. Transferência para reservas (de
lucros) são apropriações de lucros retidos, e não despesas.
2.9. AVALIAÇÃO DO ATIVO
O montante pelo qual o patrimônio líquido é demonstrado no balanço
patrimonial depende da avaliação e mensuração de ativos e passivos
(exigibilidades).
Normalmente, o montante agregado que representa o patrimônio
líquido contábil de uma empresa, será igual ao valor de mercado das ações da
entidade ou à soma que da venda dos ativos líquidos gradualmente ou a
empresa como um todo.
2.10. TEORIA DOS FUNDOS
Outra visualização do patrimônio líquido, bastante ilustrativa, é a teoria
dos fundos. Segundo essa teoria, o ativo é o somatório das aplicações que foi
possível fazer pela utilização dos recursos provindos se terceiros e de capitais
próprios. Assim, a representação da equação patrimonial, segundo essa teoria
é: (APLICAÇÕES = RECURSOS ou USOS) = fontes. Tal teoria é de particular
interesse para as entidades governamentais, mas, também é importante para
entender melhor, nas entidades privadas, como foram aplicados os fundos e de
onde foram obtidos.
2.11. ABORDAGENS DO PATRIMÔNIO LIQUIDO
As mais antigas abordagens do patrimônio líquido é a da teoria do
proprietário, que foi imaginado para revestir as partidas dobradas e sua lógica.
Ativo – Passivo = patrimônio líquido
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Uma forma mais clara de entender o patrimônio líquido e sua
explicação do funcionamento. De acordo com esta teoria, o proprietário é o
centro da atenção da contabilidade. Dessa maneira as receitas são
consideradas como acréscimo de propriedade e as despesas como
decréscimo. Assim, o lucro líquido, diferença entre despesas e receitas é
adicionado diretamente ao proprietário. Os dividendos representavam retiradas
de capitais. Os dividendos em ações representam uma transferência de uma
parte para outra. Essa teoria melhor se enquadra nas formas organizacionais
mais simples.
Já na teoria da entidade, entende-se que a entidade tem uma vida
distinta das atividades e do interesse do proprietário, toda entidade tem
personalidade própria. A teoria da entidade é baseada na equação.
Ativo = obrigações = patrimônio líquido
Se atribuirmos ao passivo um sentido de recursos globais. Obrigações da primeira fórmula seria um entendimento restrito de passivo.A grande diferença, segundo Hendricksen, entre obrigações e patrimônio líquido é que a avaliação dos direitos credores pode ser determinada separada ou independentemente de outras avaliações, se a empresa estiver com bom grau de solvência, enquanto os direitos dos acionistas são mensurados pela avalição dos ativos, originariamente investidos mais a avaliação dos lucros reinvestidos e as reavaliações subseqüentes (IUDICIBUS, 2004, P. 133)
Com a teoria do acionista ordinário, é uma variação da teoria da entidade.
Desse ponto de vista, STAUBUS (Acconting Review, 1959) considera que ficamos no meio do caminho entre a teoria da entidade e a teoria da propriedade (proprietário) (IUDICIBUS,2004pg 186)
Segundo essa teoria, os investimentos em sociedade por ações,
exceto os acionistas ordinários, são considerados como outsiders, de que em
vista da teoria da entidade todos os investidores são outsiders. Então a
equação patrimonial altera-se:
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Ativos – Passivos Específicos = Interesse residual (dos acionistas
ordinários)
O objetivo desta abordagem seria fornecer informação para os
acionistas ordinários. Esta teoria é utilizada na área de administração
financeira. Essa representa mais vantagens de representação e conceituação
para os acionistas preferenciais. Os pagamentos feitos seriam equivalentes a
despesas. Mesmo sendo viável para o cálculo de alavancagem e para parte
financeiras não pode ser totalmente aceita pela Contabilidade, pois é forte
afirmar que o acionista preferencial é semelhante ao um prestador de dinheiro.
Especialmente no Brasil na qual os preferencialistas têm uma característica
mista de participação nos lucros. Essa Teoria dá ênfase á diferença entre
Fluxo de Caixa Gerado para entidade, em contraposição ao Fluxo de Caixa
para Acionistas.
De acordo com a teoria do fundo, não são utilizadas as relações
pessoais que consubstanciam a teoria do proprietário. O fundo é o núcleo de
interesse. A seguir a equação patrimonial.
Ativos = Restrições sobre os ativos (fundos)
A teoria do fundo inclui também um grupo de ativos e obrigações, os
ativos são serviços para o fundo ou unidade operacional. Segundo Hendriksen
e outros, o capital investido representa uma restrição financeira, isto é o capital
investido precisa esta intacta a não ser que tenha uma autorização para uma
liquidação completa ou mesmo parcial. Os passivos representam restrições
contra ativos específico ou geral do fundo. Nos Estados Unidos essa teoria tem
obtido bastante êxito na contabilidade de entidades não lucrativas e
governamentais. Porém nossa contabilidade governamental adota uma
maneira diferente da norte- americana, que é mais ambiciosa, embora a forma
utilizada em prática deixe muito a desejar.
Hendrikesen confere utilidade à teoria do fundo e áreas da
contabilidade de entidades lucrativas. Cita especialmente o sinking fund, caos
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de contabilidade divisional e contabilidade para sociedades imobiliárias.
Também considera a preparação de relatórios consolidados seja uma
aplicação da teoria do fundo, da mesma forma que uma extensão da teoria da
entidade econômica. Considerando que de acordo com essa teoria o lucro não
é o foco da Contabilidade. As operações do fundo são feitas com muito
detalhamento, por exemplo, uma demonstração de resultados, se é que deverá
aparecer, será um detalhe da demonstração de movimentação de fundos, uma
descriminação dos fundos providos pelas operações
Com a teoria do comando, Goldberg, sugere a atenção principal da
Contabilidade a ser mais centralizada no controle econômico efetivo dos
recursos pelos gerentes ou “comandantes”. De acordo com ela, as
demonstrações financeiras são feitas na forma de relatório. Segundo
Hendriksen, a teoria do comendo falha da mesma forma que teoria do
proprietário e da entidade , em desenvolver um conceito geral que possa ser
utilizado para descrever e avaliar toda teoria contábil. A teoria do comando
preocupa-se mais com o “comandante” , isto contraria, em parte, a essência
informativa e os objetivos da Contabilidade. É interessante no sentido de que,
por meio dela conseguimos discernir melhor os setores e as ares de interesse
ou atividades.
A teoria do empreendimento, que, entretanto, é uma extensão do
conceito da teoria da entidade, que a sociedade é uma instituição social
mantida pra benefício de muitos grupos interessados. Conforme as teorias
abordadas, vimos que todas elas apresentam vantagens, mas nenhuma pode
constituir-se em uma única base. A teoria do proprietário apresenta grande
importância, mas a teoria da entidade é capaz de atender melhor ás
necessidades do modelo contábil. A equação completa poderia se expressada,
pela Teoria da Entidade:
Ativo + Despesas + Perdas = Passivo + Receitas + Ganhos + Patrimônio líquido, se positivo
A teoria da entidade para o patrimônio líquido está mais de acordo
com as limitações de direitos dos proprietários de quota de capital sobre o ativo
ou lucro. Na teoria do proprietário, os direitos são totais.
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As outras teorias apresentam grandes atrativos específicos em pontos
e assuntos especiais. A teoria do fundo sem dúvida, a que apresenta maior
interesse pelas aplicações financeiras.
A teoria do acionista ordinário tem grande aplicabilidade nas decisões
de caráter financeiro,
A teoria do comando permite isolar melhor os agentes capazes de
comandar os recursos econômicos e de gerar utilidade em sentido duplo, e é
bem usada nas aplicações de contabilidade Divisional.
A teoria do empreendedor visualiza certas vantagens de “evidenciação
social”, mas permanece vago no estágio atual, as suas últimas conseqüência, a
não ser que contribua a ela a dimensão social e ambiental. Seria então melhor
denominá-la de Teoria Social do Patrimônio.
2.12. DIVIDENDOS
Os dividendos são a destinação dos lucros dos exercícios, das
reservas de lucros acumulados aos acionistas. Em casos especiais as reserva
de capitais poderá ser utilizada para pagamento das ações preferenciais.
Essas ações pela nova redação devem ter duas preferências para que
possam ser negociadas no mercado de valores mobiliários.
Direito de participar do dividendo a ser distribuído em pelo menos
25% do lucro líquido;
Direito ao recebimento de dividendo por ação preferencial. Com
percentual de pelo menos 10% maior do que o valor definido para
as ações ordinárias.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IUDICÍBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2004. (p.182 – 197)
IUDICÍBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 10. ed. São Paulo:
Atlas, 2010. (p.167 – 176)
HENDRIKSEN, Eldon S; VAN BREDA, Michael F. Teoria da
Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. (p. 486 – 488)
IUDICÍBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens.
Manual da Contabilidade das Sociedades por Ações. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2003. (p.291 – 308)
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10. ed. São
Paulo: Atlas, 2003. (p.388 – 393)
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