para vocÊ que quer ser lÍder (livro)

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Orientações praticas para se tornar um líder de sucesso

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ROBERT H. PIERSON

PRLOGO Em cada poca Deus tem confiado a homens e mulheres de talento e devoo, graves responsabilidades em conexo com Sua Igreja na Terra. Liderados por Cristo, a cabea invisvel da Igreja, homens e mulheres consagrados tm dado vida e direo causa de Deus. Tm servido a esta causa com incansvel energia e f. A ordem divina realizada pelos lderes espirituais atravs dos conselhos das Escrituras e do Esprito de Profecia, tem sido desde o comeo uma parte integrante da Igreja Adventista. O modelo de organizao idealizado e as qualidades exigidas de liderana, tm resistido prova do tempo. Agora que as nossas atividades tm-se estendido at os confins da Terra, com a ameaa de diviso e fragmentao de esforos marchando ousadamente ao lado da igreja, h a necessidade de fortalecer, e no debilitar, a estrutura da igreja. H necessidade de promover, no desencorajar, qualidades de verdadeira liderana. H necessidade de preparar obreiros de Deus na arte e na cincia da verdadeira liderana evanglica. O autor de ENTO VOC QUER SER UM LDER, escreve respaldado por uma grande experincia como obreiro na vinha de Deus. Depois de entrar no ministrio evanglico em 1933 como pastor e evangelistas na Associao de GEORGIA - CUMBERLAND, Robert H. Pierson imediatamente compartilhou com outros o seu zelo pela salvao de almas, participando na liderana das atividades de obreiros voluntrios. Pouco depois, em 1935, a Diviso Sul Asitica, o chamou para servir como pastor e diretor das atividades leigas na Unio Ocidental Indiana, onde permaneceu at 1939. Contudo, sua habilidade para selecionar pessoas, trein-las e inspir-las a alcanar novas realizaes para Cristo se tornou mais evidente, quando posteriormente (at 1942), serviu como presidente da Unio Sul Indiana. Depois de servir durante a guerra como pastor em Washington, D. C., e rdio-evangelismo na cidade de Nova York, no meado da dcada de 40, foi promovido a um posto administrativo de maior responsabilidade nas Unies das ndias ocidentais e do Caribe, que estavam em rpida expanso, onde serviu at 1950. presidente da Diviso Sul Asitica. A seguir veio um intervalo de quatro anos de trabalho em sua terra natal como presidente da Associao, primeiro de KENTUCKY-TENNESSEE e depois TEXAS. Em 1958 voltou ao campo missionrio como presidente da Diviso Transafricana. Da a assemblia da Associao Geral o chamou para ser2

Atravs dos anos o pastor Pierson tem praticado os princpios aqui estabelecidos. Seus conceitos emanam da fonte de sua prpria liderana capaz e consagrada. Aqui, neste livro, ele partilha o talento da liderana que cresceu de uma estreita comunho com o Mestre dos homens, WALTER R. BEACH.3

NOTA DO AUTOR

PARA VOC QUE QUER SER UM LDER, no um livro que se refere aos aspectos mecnicos e estatsticos da administrao denominacional. Porm, um enfoque espiritual, humano e promocional das qualidades dos lderes e administradores em todos os nveis da igreja local em Prakasapuram Associao Geral, em Washington. Apenas uma palavra: Por favor, no procure identificar os ministros ou dirigentes mencionados em minhas ilustraes. Qualquer tentativa de identificao, provavelmente ser um equvoco. Exceto nos casos em que se utiliza os nomes dos lderes bem conhecidos, a maioria dos personagens so camuflados com nomes coloridos como Brown, Blue, White, Black, e outros nomes fictcios. O material deste livro foi reunido num processo de colecionamento por mais de um quarto de sculo e foi extrado de muitos diferentes pases. Se o leitor encontras, nas pginas deste livro, alguns pensamentos que o ajudem a aprofundar a sua devoo pela causa do advento e inspirar-lhe maior zelo pela terminao da obra de Deus em todo o mundo, os anos gastos na preparao deste material no tero sido em vo. R. H. P.4

CAPTULO I POR QUE A IGREJA NECESSITA DE LDERES? "Procura-se... homens capazes, tementes a Deus... pe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqenta, e chefes de dez" (Ex. 18:21). O Congo recebeu a sua liberdade com um ato de vingana! Dentro de poucas horas depois que a Blgica outorgou a soberania a sua populosa colnia da frica Central, estourou a anarquia. Tropas amotinadas, providas de armas modernas, se lanaram cegamente luta. A cerveja e o sangue fluram abundantemente. Pessoas de todas as raas sofreram. Missionrios, sitiados e ameaados, foram apanhados num turbilho de terror. Centenas destas vtimas finalmente se salvaram destas reas turbulentas pela fora area norte-americana. Muitos deles chegaram a Salisbury, Rodi do Sul, unicamente com a roupa do corpo. Seus lares foram saqueados. Dinheiro, moblias, roupas, bens pessoais - e praticamente tudo que possuiam foram destrudos ou roubados. Alguns desses missionrios refugiados, voluntrios de Deus, no tinham uma organizao missionria para sustent-los no campo, e nenhum membro de igreja para ajud-los. No tinham nenhuma idia de onde ir em busca de abrigo e cuidado. O futuro era escuro e incerto. Posteriormente, muitos regressaram aos seus pases de origem, deixando obra de suas respectivas misses numa condio precria. Os missionrios adventistas enfrentaram as condies com perspectivas mais esperanosas. Sabiam que seus amigos estariam esperando-os no aeroporto. Tinham confiana em Deus e na organizao de sua igreja. Sabiam que "os irmos" lhes proporcionariam o necessrio de imediato e ajudariam a planejar o futuro. O trabalho das misses, que abandonaram, estava nas mos de africanos capazes, de acordo com um plano preestabelecidos. "Graas a Deus pela organizao de nossa Igreja", repetiam muitas vezes os nossos obreiros." Quo agradecidos estamos por uma igreja que conta com um sistema estabelecido funcionamento". Esta organizao, nascida pelo Esprito Santo, estava capacitada a socorrer os seus obreiros desvalidos numa situao de desastre. Dirigentes responsveis tinham estabelecido planos para uma possvel emergncia. Durante os dias de incerteza e tenso que precederam conflagrao, foram feitos contatos com os diferentes nveis de administrao. Os planos de emergncia foram executados com toda a eficcia permitida pelos meios primitivos da comunicao. Os obreiros sabiam aonde deveriam ir, Foram orientados consoante ao melhor meio e rota a seguir para alcanar5

o seu destino. Arranjos foram feitos para quando chegassem. Uma organizao abenoada por Deus fez planos, tinha o pessoal e fundos disponveis para enfrentar a crise. Isto ocorre repetidamente, medida que se apresentam situaes crticas em distintas partes do mundo. Cada membro e obreiro que milita no movimento adventista poder dizer: " Graas a Deus pela organizao de nossa igreja". Contudo a funo primordial da administrao adventista consiste em proporcionar planos e regulamentos que asseguram o bem-estar e o crescimento da igreja sob condies normais. Em tempo de paz tambm podemos dizer, " Graas a Deus pela organizao de nossa igreja". Um ministro de uma outra denominao visitou a dois dirigentes de nossa associao na frica do sul, para tratar da aquisio de um templo localizado no centro de Johannesburg. Tnhamos interesse em vend-lo a fim de mudarmos para uma zona menos congestionada. O Sr. Blank se agradou de nossa propriedade. Estava muito bem localizada para o propsito que queria. Tinha as dimenses adequadas. Era justamente o que desejava. Mesmo o preo era conveniente. Porm, tinha um problema: a obteno de fundos. "Vocs compreendam", explicou o Sr. Blank, " no tenho nenhuma junta missionria nos Estados Unidos para que me envie os fundos". "Como vocs reunem os recursos necessrios Pergunto-lhe o Pastor Coetzee. "Escrevo cartas aos meus amigos de minha Terra", replicou o ministro. " Tambm escrevo artigos para vrios peridicos norte-americanos, explicando as necessidades das minhas congregaes. Espero e oro que os membros de minha terra natal leiam os meus artigos, e que me enviem o dinheiro, possibilitando levar avante o meu trabalho". No quero diminuir a importncia deste mtodo de "escrever e esperar". Seria bom que os adventistas aprendessem lies de confiana em Deus, mantendo uma misso de f, baseadas em amigos. Contudo, pessoalmente, agradeo a Deus por uma organizao eficaz, atravs da qual Ele trabalha, suprindo os obreiros e fundos, planos e regulamentos, que permitem levar avante a Sua obra s terras distantes. Esta organizao adaptvel s necessidades do trabalho em todas as partes do mundo. Funciona suavemente nas grandes conferncias e instituies complexas da Amrica. Serve adequadamente causa nos pujantes campos missionrios, onde abundam interminveis problemas. Uma Organizao Estabelecida Por Deus Nas margens do Rio Quebar o profeta Ezequiel recebeu uma viso dos cus abertos. Contemplou um cena de deslumbrante esplendor - "vises de Deus" (Ez. 1:1). Viu majestosas criaturas viventes no meio de brasas candentes, relmpagos e rodas dentro de rodas ( Ez. 1:5-16). para levar avante os seus projetos?"6

Quando a mensageira do Senhor descreve a " organizao de Deus", refere-se viso de Ezequiel. "Para o profeta, uma roda dentro da outra, a aparncia de criaturas vivas com elas relacionadas, parecia tudo intrincado e inexplicvel. Mas a mo da sabedoria infinita vista entre as rodas e o resultado de sua operao a perfeita ordem. Cada roda trabalha em perfeita harmonia com todas as outras" (T.M., p. 213). "Estou certa de que o Senhor operou a organizao que tem sido aperfeioada", (Fundamentos da Educao Crist, p. 254). "O Senhor deu testemunho aps testemunho a tal respeito" (T.M., p. 26). Este "sistema de organizao... foi edificado por um labor sbio e cuidadoso" (Testimonies, vol. 9, p. 258). "Ningum acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organizao. A ereo desta estrutura custou-nos muito estudo e oraes em que rogvamos sabedoria, e s quais sabemos que Deus ouviu. Foi a mesma edificada por Sua direo, por meio de muito sacrifcio e contrariedades" (T.M., p.p. 27 e 28). A organizao na Igreja Adventista do Stimo Dia foi idealizada de acordo com a ordem dada por Deus a Seu povo nos dias do xodo. " O governo de Israel caracterizou-se pela organizao mais completa, maravilhosa tanto pelo seu acabamento como pela sua simplicidade. A ordem, to admiravelmente ostentada na perfeio e arranjo de todas as obras criadas de Deus, era manifesta na economia hebria"(P.P. p. 589). A organizao de Israel nasceu por necessidade nos dias de Moiss. Este lder de Deus estava sobrecarregado com os problemas no movimento do xodo "desde de manh at o pr do sol" (x. 18:13). Que isto que fazes ao povo? Por que te assentas s e todo o povo est em p diante de ti...? "Perguntou Jetro, o sogro de Moiss". " porque o povo me vem a mim para consultar a Deus; quando tm alguma questo vem a mim, para que eu julgue entre um e outro, e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis" (x. 18:14-16). "No bom o que fazes", advertiu-lhe Jetro. "Tu, como este povo que est contigo, desfalecers; pois isto pesado demais para ti; tu s no o podes fazer" (x. 18:17, 18). Logo, Jetro esboou um sistema de delegar autoridade, que tem sido til ao povo de Deus at o presente momento. "Procura, dentre o povo, homens capazes, tementes a Deus homens de verdade, que aborream a avareza; pe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqenta, e chefes de dez, para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave traro a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julgaro; ser assim mais fcil para ti, e eles levaro a carga contigo" (x. 18: 21, 22).7

"Moiss desempenhava o papel de seu chefe visvel, em virtude de indicao divina, a fim de administrar as leis em Seu nome. Dos ancios das tribos foi mais tarde escolhido um conclio de setenta, para auxiliar a Moiss nos negcios gerais da nao. Vinham em seguida os sacerdotes, que consultavam o Senhor no Santurio. Chefes ou prncipes governavam as tribos. Abaixo destes, estavam os capites de milhares, capites de cem, capites de cinqenta, e capites de dez;, e por ltimo, oficiais que poderiam ser empregados no desempenho de deveres especiais (P.P., p.389). Paulo nos diz que no tempo do Novo Testamento a igreja primitiva adotou semelhantemente um sbio sistema de organizao. O prprio Cristo, o Cabea da igreja, " colocou cada um deles no corpo, como lhe aprouve" (I. Cor. 12:18). Com o fim de promover os diferentes aspectos do programa da igreja, Cristo dotou os homens com dons e talentos, constituindo uma organizao, encarregada de proclamar Seu evangelho" a cada nao, e tribo, e lngua e povo" (Apoc. 14:6). "Ora os dons so diversos, mas o Esprito o mesmo. E tambm h diversidade nos servios, mas o Senhor o mesmo" (I. Cor. 12:4, 5). " Ora, vs sois corpo de Cristo, e, individualmente, membros desse corpo. A uns estabeleceu Deus na Igreja, primeiramente apstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de lnguas" (I. Cor. 12:27, 28). De maneira que as rodas dentro das outras rodas, as quais Deus tem designado para servir como um veculo de ordem na Sua Igreja, devem girar suavemente, devendo a funo de uma complementar a funo de outra. Organizao da ltima Igreja de Deus Nos primeiros dias do movimento Adventista, nossos pais espirituais no se convenceram facilmente acerca das benos de ter uma organizao. " medida que aumentava nosso nmero", escreveu Ellen G. White, " evidenciava-se que sem uma forma de organizao, se produziria uma grande confuso, e a obra no seria levada com xito... Porm, existia um sentimento contrrio muito forte entre nosso povo. Os adventistas do Primeiro Dia se opuseram organizao, e a maioria dos Adventistas do Stimo Dia tinham as mesmas idias. Buscamos o Senhor com fervorosa orao, a fim de que pudssemos compreender a Suam vontade, e a luz foi dada pelo Seu Esprito, de que dever haver ordem e completa disciplina na igreja, e que a organizao era essencial" (General Conference Bulletin, Jan. 29,30, 1893). Na igreja remanescente de Deus, h seus dez, seus cinqenta, seus cem e seus mil. A primeira unidade de organizao no sistema Adventista a Igreja local. Quando um grupo de interessados da verdade aceita a mensagem adventista e batizado, arranjos so feitos com a associao, para organiz-los numa igreja local.8

A segunda unidade na organizao da igreja a associao local ou misso. Em alguns pases, a expresso misso no tem boa reputao, porque associada ao comunismo. Em tais pases se utilizam as expresses "campo" ou "seo" ou algum outro termo apropriado. Uma associao ou misso local um agrupamento de igrejas num estado, provncia, ou territrio local". (Church Manual - 1963 ed. - p. 44). Atualmente, h cerca de aproximadamente quatrocentas associaes e misses locais ao redor do mundo. Cada uma administrada por lderes e uma comisso. Associados com eles e com funes importantes, h departamentais, pastores, evangelistas, professores, colportores, funcionrios de escritrios e instituies. A terceira unidade de organizao da igreja a unio-associao ou unio-misso. A "unio" "um agrupamento de associaes ou misses dentro de um territrio maior" (Idem). administrada por dirigentes e departamentais e outros, em forma muito semelhante requerida por uma associao e misso local. Nalgumas unies, h misses e associaes dentro do seu territrio. Por exemplo, a Unio Sul-Africana tem quatro associaes locais e sete misses. A quarta unidade da administrao Adventista a diviso. Na realidade, uma diviso uma seco da Associao Geral, abrangendo associaes e misses locais e unies-associaes ou unies-misses numa grande rea do campo mundial" (Idem). Treze destas divises administrativas constituem a igreja em todo o campo mundial. Pouco se sabe a respeito do trabalho em duas destas divises, por causa das condies polticas reinantes. Porm, ouve-se de vez em quando indicaes de que o Senhor tem cuidado de Seus filhos, e que os dirigentes nacionais esto fazendo seu melhor, no somente para sustentar a obra, mas, tambm, para pregar a mensagem do advento. A quinta unidade da administrao de nossa igreja , naturalmente, a Associao Geral, " que o corpo geral que abarca todas as partes do mundo" (Idem). O manual da igreja apresenta o seguinte, consoante posio da Administrao Geral no programa mundial da igreja: "A Associao Geral... est autorizada por sua constituio a criar organizaes subordinadas para promover interesses especficos em vrias regies do mundo; compreende-se, pois, que todas as organizaes e instituies subordinadas em todo o mundo, reconheam a Associao Geral em assemblia, e a Comisso Executiva no intervalo das assemblias, como a mais alta autoridade, abaixo de Deus, entre os homens"(Idem, p. 45). A mensageira do Senhor diz-nos tambm que a Associao Geral a mais alta autoridade da Igreja em todo o mundo: " Foi-me mostrado que nenhum homem deve render-se ao juzo de qualquer outro homem. Mas quando exercido o juzo da Associao Geral, que a mais alta autoridade que Deus tem sobre a Terra, a independncia e juzo individuais no devem ser mantido, mas renunciados" (Testimonies, Vol. 3, p. 492).9

Necessidade de Lderes Talvez voc j tenha ouvido a histria de Samuel e os vespes. Samuel e seu amigo dirigiam despreocupadamente seus cavalos por uma estada de campina. De vez em quando, o jovem cavaleiro chicoteava os arbustos, jogando folhas pelo cho. Ao longo do caminho passaram perigosamente perto de um ninho de vespes que se dependurava numa das rvores. "Porque voc no bateu naqueles vespes, Samuel?" - Gracejou o amigo. "No Senhor!" Replicou Samuel. "Eu no! Estes vespes so organizados!" Samuel conhecia muito bem a eficcia da organizao. O mesmo ocorre com a igreja remanescente de Deus. Organizao cuidadosa mais lderes consagrados contribuiro para ganhar e conservar almas. "Uma massa de homens sem organizao uma plebe". Este mesmo grupo de homens devidamente organizados e com uma liderana capaz pode ser convertido numa fora eficaz para a luta ou para uma indstria prspera. No caso do movimento Adventista, poderia muito bem apressar ou retardar o cumprimento da tarefa dada por Deus, e o retorno de nosso Senhor. Os cinco diferentes nveis de administrao da Igreja Adventista, como detalhado acima, requerem liderana. Aqui onde voc pode compartilhar. Milhares de igrejas Adventistas do Stimo Dia, espalhadas atravs do mundo, necessitam de lderes. Estas unidades funcionaro eficazmente para Deus quando tiverem um "staff" de ancios, diconos, diaconisas, secretrios, tesoureiros, diretores missionrios, diretores de Escola Sabatina e Sociedade dos Jovens, e outros consagrados dirigentes. Pense no desafio que representa a direo de todas essas igrejas. Somente na primeira unidade Administrativa, a igreja mundial possivelmente precisa de mais de 150.000 lderes. Precisamos saber o que Deus espera dos lderes da Sua Igreja remanescente. Precisamos saber com exercer uma direo eficaz para estas horas finais da histria. Com cerca de 500 unies, associaes e misses locais, atravs do mundo, que requerem administradores e diretores, departamentais e milhares de pastores, mestres e outros lderes, pense qual deveria ser a demanda de sua liderana denominacional! E isto no tudo. A Associao Geral e mais de 700 instituies mdicas, educacionais, publicaes em diferentes terras, tambm necessitam de lderes e obreiros dedicados. Que desafio! Reune voc as condies necessrias de um lder? Provavelmente saber melhor aps ler o prximo captulo deste livro.10

CAPITULO II VOC TEM AS CONDIES NECESSRIAS? "O que... vistes em mim, isso praticai". (Fp. 4:9). Ele um dnamo humano. Cada dia que passo ele a minha vida se enriquece. Meus horizontes se ampliam. Estimula meu pensamento. Faz-me querer ser um homem maior e melhor - e desejar terminar rapidamente a obra de Deus. Meu amigo um verdadeiro lder, porque o verdadeiro lder sempre afeta desta maneira os seus associados. Inspiram e estimulam as pessoas. A mensageira do Senhor explicou isto corretamente quando escreveu: " O povo refletir em alto grau o esprito manifestado pelo dirigente" (S.C., p. 177). O esprito do verdadeiro lder contagioso. Prontamente todos os que o rodeiam compartilham de seu pesar e do seu entusiasmo. O grupo est desejoso de segui-lo, de fazer dos seus sonhos o seu prprio sonho, de afastar as barreiras que bloqueiam sua passagem para as estrelas. Os homens so mais importantes do que os mtodos, mais essenciais do que os planos e praxes. O xito de qualquer organizao ou projeto depende mais do fator humano do que oramento ou qualquer outro fator. Se uma associao, um campo, ou uma instituio conta com tal lder, crescer e se desenvolver a despeito de obstculos ou problemas. Ento voc quer ser um lder? timo, que bom, mas voc tem as condies necessrias? Vamos contemplar-nos a ns mesmos! Um Verdadeiro Lder Cristo um homem Espiritual Nunca encontrei uma pessoa semelhante ao Dr. Green. um bom homem, um dos melhores cristos que j conheci. De fato, to bom que o povo tem se aproveitado dele. O Dr. Green aceitava literalmente as palavras de nosso Senhor: "Quem tiver duas tnicas, reparta com quem no tem" (Lc. 3:11). Tenho-o visto compartilhar desta maneira sem hesitar com pessoas menos afortunadas que ele. s vezes tenho pensado que o doutor pertencia mais a outro mundo do que ao nosso. Na realidade ele era um homem espiritual, um homem de Deus. O Senhor uso a homens como o meu amigo mdico, eu creio, para relembrar-nos de que no devemos esquecer o lado espiritual de nossa liderana. Pode ser que nem todos somos tirados da mesma pea de tecido que ele, todavia, cada verdadeiro lder cristo deve ser espiritual. Que quero dizer com espiritual? No era um lder espiritual. No era um visionrio. No era acomodado. Ele era um administrador de primeira classe. Foi responsvel pelo maior contrato de construo do mundo11

antigo. Era um lder de homens e animais. Era um homem de profunda percepo espiritual." No andava com Deus" (Gn. 6:9). Isto foi cerca de 4.000 anos atrs. Que podemos dizer dos homens na era espacial? O pastor Blank passou o fim de semana na escola da misso. Ao se despedir, ele e sua esposa, ele apertou calorosamente a mo do diretor. "Podemos ter uma palavra de orao antes de nos retirarmos?" Ele perguntou. Quando se levantaram dos seus joelhos havia lgrimas nos olhos do diretor. "Pastor", ele disse, possivelmente ficar surpreso que j faz aproximadamente trinta anos que estou em campo missionrio, e esta a segunda vez que um de nossos irmos visitantes ora conosco. certamente isto significa muito para ns". Orar com um obreiro uma vez no faz dele um lder espiritual, porm, um lder espiritual formar o hbito de orar com os seus obreiros ou membros por onde ele for. Um lder espiritual faz de Jesus o seu modelo. Aprende do Salvador o poder da bondade e a magia da compreenso. Nunca encontra no Mestre nenhum trao de aspereza ou descortesia, e com a Sua ajuda o lder espiritual j livrou sua prpria vida dos aspectos anticristos. Como seu mestre, o lder espiritual enfoca os seus problemas com um esprito de amor e na semelhana de Cristo. No de se admirar que os outros o amem, o busquem para conselho e orao. A pessoa no se torna um lder espiritual por nascimento, nem por classe social, nem por educao. A espiritualidade no derramada sobre uma pessoa pela mesa da associao ou comisso de igreja. Uma liderana espiritual vem pelo poder do Esprito Santo. Vem atravs da orao, lgrimas e confisso de pecado. Requer uma grande dose de investigao prpria e sacrifcio. Mas somente quando nos tornamos obreiros espirituais pode a nossa liderana produzir impacto espiritual to importante ao xito. Um Lder Cristo Verdadeiro Um Homem de Viso Certa vez ouvi W.R. Beach dizer: " A viso separa os homens que fazem daqueles que no fazem". Que tima definio de viso! Frente a obstculos e oposies, o orgulho e preconceito, vinho e mundanismo, a mensagem de Cristo aos Seus seguidores foi: " Erguei os vossos olhos!" Obtenha nova viso! "Os campos branquejam para a ceifa" (Jo. 4:35). Sua mensagem desafiou-lhes a f e provocou-lhes a coragem ao enfrentarem uma tarefa difcil. Que mensagem para os obreiros na causa de Deus hoje! "Levantem os olhos! Elevem as vistas! Estendam os horizontes! Mil e novecentos anos depois, a mensagem de Deus para a igreja remanescente ecoou as palavras do seu Senhor: "Oh! como me parece ouvir a voz dia e noite:12

'Avanai; acrescentai novo territrio,... e dai ao mundo a derradeira mensagem de advertncia. no h tempo para perder' " ( Evangelismo, p. 67). "Onde no h viso, o povo perece" (Prov. 29: 18 KJV), escreveu Salomo. Admite-se que o homem sbio estava falando de uma viso proftica, contudo igualmente certo que a igreja de Deus hoje necessita de lderes inspirados - homens que hajam captado uma viso da obra terminada na sua gerao. Quando esta viso no os estimula, o povo h de perecer antes de alcanar o reino. A igreja remanescente precisa de lderes com viso elevada. "Viso" de acordo com Webster, " discernimento ou previso inusitada". Um lder com viso v almas em cidades e pases que agora parecem tenebrosos. V edifcios de igreja onde agora existem somente terrenos baldios. Para o obreiro de viso no h Alpes, Rockies ou Everestes! Sua f valente, irrestrita, supera todos os obstculos. Campanhas evangelsticas, escolas, hospitais, clnicas e edifcios e edifcios de igreja surgem sob o toque mgico do Mestre quando o homem de f e viso aceita as promessas e desafia o onipotente Deus. Naturalmente h problemas! Naturalmente h obstculos! Mas isto no amedronta de seu propsito os homens de viso santificada. Com a fora de Deus avanam para realizar seus planos a despeito dos impedimentos que desanimariam uma pessoa de menos intrepidez. Viso divino descontentamento. algo santificado que Deus implanta profundamente no corao do homem de forma que ele no se conforma com realizaes do passado. Ele impelido a avanar continuamente, tentando e realizando com a ajuda dos cus grandes coisas para Deus. A viso nunca permitir a um homem parar antes de alcanar o alvo proposto. De algum modo, indo por baixo ou por cima, ao redor dos obstculos, lutar para obter a vitria. H uma verdade desafiadora que deveria arder na mente de cada obreiro na causa de Deus: uma organizao raramente alcana mais do que os seus lderes crem que pode realizar. Poucas vezes uma igreja local ultrapassa a viso do seu pastor. Uma associao ou misso raramente excedem a medida de f manifestada pelos seus lderes. Com um lder a obra avana. Com outro o trabalho fica estagnado e no mesmo campo. O fator determinante poder ser a medida da viso consagrada do lder. Oh Deus, d-nos viso! Abre-nos os olhos, amplia nossa viso! Tanto depende disto! Dnos obreiros cujos olhos estejam voltados para os Cus, acima dos outeiros estreis de nossas experincias e realizaes ordinrias. Que hora! Que tarefa a nos desafiar! Que assombroso dia de oportunidade! Oportuna a estimulante declarao do Dr. Frank Lauback: " O cu treme por nosso insuficincia e tardana, pelos nossos fracos hbitos quando Deus impulsiona-nos a grandes coisas... Fico atnito por alguns... que no tm fogo e nem viso..., que comeam a considerar que isto 13

difcil, sem precedente, prematuro se no for propriamente examinado, demasiado informal, ou muito grande. O tipo de quem somente freia, ou vamos devagar... pode arruinar o programa de Deus. Oh, vocs de pouca f, tirem o p do freio... Quem ouviu dizer que Deus est nos detendo? Ele chora por ns como fez por Jerusalm. No temos nada a temer; no cairemos quando Deus nos empurra. Eu vos digo a que devemos temer: temamos a nossa condio atual, porque no somos suficientemente bons, suficientemente arrojados, suficientemente visionrios para esta esplndida hora". O Verdadeiro Lder Cristo Um Homem da Palavra Os primeiros lderes do movimento adventista eram homens da palavra. Esquadrinhavam as Escrituras para compreender a vontade de Deus para eles. Gastavam noites inteiras em orao investigando a verdade. Que exemplo para ns, que temos o grande privilgio de edificar sobre os seus bem estabelecidos fundamentos. Descrevendo os lderes da igreja de Deus, a serva do Senhor disse: "Devem ser... inteligentes estudantes da palavra, aptos para ensinar a outros tambm, tirando do tesouro coisas novas e velhas" (O.E., p.413). Um administrador pode facilmente se tornar to absorvido em resolver os problemas e dirigir a obra que no estuda a Bblia. Quando um lder est demasiado ocupado para dedicar cada dia tempo a Deus e Sua Palavra, est mais ocupado do que o cu deseja. Como podemos manter uma estreita relao com o nosso Grande Lder se nossos olhos e ouvidos no esto constantemente alerta para captar Suas ordens de marcha? Quando estamos demasiado ocupados para estudar, este fato rapidamente refletido em nossa pregao. Apresentamos sermes "administrativos" em vez da confortante mensagem evanglica que estimula o corao dos homens e proporciona alimento a suas almas. "Alguns administradores tm tendncia de se interessarem menos na pregao do que a faziam quando eram pastores ou quando estavam em alguma outra atividade da obra do Senhor", disse certa vez W.E. Murray. conveniente que como lderes nos controlemos com freqncia a fim de assegurarmo-nos de que no relegamos o estudo da Bblia e a pregao de sermes a um lugar de segunda importncia em nosso ocupado programa. O Verdadeiro Lder Cristo Um Homem Humilde Nunca esquecerei esse espetculo. Ali estava de joelhos um obreiro que ocupava uma posio elevada na igreja de Deus, lavando os ps de um coobreiro que poucos dias antes dissera coisas falsas e inverdicas contra ele.14

"Ainda h cristianismo em ao", pensei enquanto testemunhava tal cena. "H um verdadeiro lder em Israel". Um verdadeiro lder cristo, como seu grande Exemplo, um homem humilde. Pensa unicamente nos outros, est disposto a ser de pouca reputao por amor dos outros. "O maior dentre vs ser vosso servo", disse Cristo um dia multido. "Quem a si mesmo se exaltar, ser humilhado, e quem a si mesmo se humilhar ser exaltado" (Mt. 23: 11,12). "Quem no aceita a aparncia do homem" (Gal. 2:6), relembra-nos Paulo. "Porque se algum julga ser alguma coisa, no sendo nada, a si mesmo se engana"(Gal. 6:3). Ditrefes deveria ter sido um homem orgulhoso e ambicioso, porque Joo o descreve como algum " que gosta de exercer a primazia" (III Joo 9). A obra de Deus de ento e agora pode continuar sem Ditrefes e seus comparsas. Somos todos homens pequenos ocupados num grande trabalho, e unicamente a mensagem que representamos nos engrandece em qualquer sentido desta palavra. Os verdadeiros lderes de Deus, com o seu grande Modelo, so humildes. O Verdadeiro Lder Cristo Deve Ser Paciente "No nos preocupamos muito quando as faces do pastor White ficam enrubescidas", disse certa vez um obreiro. "Mesmo quando seu pescoo comea a ficar rosado, as coisas ainda no vo to mal porm quando as suas orelhas ficam vermelhas - ento cuidado! Sua pacincia acabou, e ai devemos nos preparar para o que vier!" Liderana envolve uma pessoa em muitas situaes exasperantes. As pessoas no se movem to rapidamente. No podem ver com suficiente penetrao e rapidez os problemas e planos. No fazem o que se lhe diz. No fazem nada a menos que se lhes ordene. As pessoas no colaboram, so irrazoveis, e s vezes estpidas. Se no cr nisto, pondere por um momento as experincias que tem tido com pessoas. Se isto no uma prova suficiente, recorde como voc mesmo tem agido em certas ocasies. Estou julgando unicamente por experincia e minha prpria conduta em certos momentos. " necessrio grande pacincia para lidar com pessoas", disse-me certa feita um amigo ingls. E assim . Se um lder perde sua pacincia muito depressa e com freqncia, est falado a ter problemas. Aconselha Tiago: "Todo homem, pois, seja pronto ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tiago 1:19). Perder a calma e dizer o que algum se sentiria tentado a dizer debaixo de presso um luxo que nenhum cristo pode permitir-se. A perda da calma tem levado lderes em potencial a perder a chance de desenvolver sua completa habilidade. Ningum se sente vontade quando as orelhas de um lder se tornam vermelhas! O Verdadeiro Lder Cristo Bondoso e Compassivo15

Certa vez visitei um posto missionrio com o presidente de um campo. Quando nosso carro parou em frente da casa da misso vrias crianas correram velozmente para ver quem chegava primeiro ao encontro de nosso amigo. Uma menina de aspecto srio permaneceu segurando a sua mo a maior parte do tempo que estivemos no posto da misso. Era evidente que ela pensava muito bem do seu "tio"/ Todos os meus esforos para captar algo de sua ateno resultaram em fracassos. Esta pessoa era conhecida atravs do seu campo, tanto pelos jovens como pelos mais velhos, como um dirigente bondoso e compassivo. Era assim mesmo. Eu sei, trabalhei com ele, e enriqueci-me muito ao viajar e estar associado com ele. "Sede uns para com os outros benignos, compassivos"(Ef. 4:32), escreveu Paulo. "Seja vossa moderao conhecida de todos os homens. Perto est o Senhor"(Fil. 4:5). Somente Cristo no corao pode fazer um lder bondoso e compreensivo. "Se Cristo habitar em ns, seremos pacientes, bondosos e indulgentes, alegres nomeio das contrariedades e irritaes" (A Cincia do Bom Viver, p. 487). Paulo disse: "No ensino, mostra integridade, reverncia" (Tito 2:7). Este um bom conselho para os lderes quando obreiros ou membros os procuram com problemas que16

parecem triviais, principalmente no fim de um cansativo dia de trabalho. A manifestao da compreenso e bondade em tais circunstncia, bem verdadeiramente cristos. "Se cristo habitar em ns", escreve a Sra. White, "seremos pacientes, bondosos e indulgentes" ( A Cincia do Bom Viver, p.487). "Aquele que um cristo ter palavras bondosas para os... associados. Ser bondoso, corts, amvel, simptico... Falar com gentileza... Entre os filhos de Deus no mora esprito de aspereza" (My Life Today, p. 196). Quando tentados a usar a autoridade para "fazer pagar" algum que nos prejudicou, seria mais conveniente que segussemos o exemplo do poeta italiano Tasso. Quando alcanou o auge de sua carreira estava em condies de vingar-se de um homem que o havia prejudicado enormemente anos atrs. "No desejo despoj-lo", disse o poeta, " contudo, h uma coisa que gostaria de tirar dele". "Sua honra, sua riqueza, sua vida?" Perguntou a Tasso. "No", contestou benevolentemente. "O que gostaria de tomar-lhe eu procurarei obter atravs do exerccio da bondade, da pacincia e da clemncia". A bondade uma luz consoladora que penetra nos coraes entristecidos, E os ilumina com uma flama de nova esperana, novo gozo e logo se esvaece. A bondade uma preocupao desinteressada, com obras generosas e amigveis, Inspirada no desejo de ajudar a um irmo que est em necessidade. poderia provar que se trata de lderes

A bondade o esquecimento de nossas prprias aspiraes mundanas, Esquecimento de tudo, menos dos pedidos de nosso prximo necessitado. A bondade um guia amante que nos mostra como devemos viver, Um tesouro que quanto mais gastamos, tanto mais temos para dar". Nick Kenny Demtrio um personagem bblico de quem sabemos muito pouco. Contudo, deveria ter sido bondoso e compreensivo, porque o apstolo Joo deixou o seguinte registro acerca dele: "Todos lhe do testemunho... e ns tambm damos testemunho" (III Joo 12). Senhor, d-nos mais Demtrios entre nossos lderes em todos os nveis.17

O Verdadeiro Lder Cristo Tem Responsabilidade e Determinao Foi um episdio trivial, porm, ilustra o meu ponto de vista. O irmo Kivuku acabava de ser eleito secretrio-tesoureiro de uma misso. O presidente do campo, que j trabalhava por algum tempo, passava-lhe o cargo. "Aqui esto as chaves do cofre", disse-lhe com um sorriso, "voc provavelmente vai necessitar delas no seu trabalho!" "No me obrigue a aceit-las", ele se lamentou. "Algum poderia matar-me!" Eu no sei o que era justamente que o tesoureiro esperava que o seu trabalho fosse, ou quem pensava deveria encarregar-se do dinheiro, mas a sua primeira reao foi sucumbir-se diante da responsabilidade. Muitas pessoas que esto procurando administrao no esto dispostas a assumir as responsabilidades que isto exige. So administradores malabaristas. Um amigo certa vez me disse: "Seus exerccios favoritos so esquivar-se dos problemas, saltar para as concluses, e passar a responsabilidade para outros". A irm White estava aconselhando o irmo A , consoante ao seu fracasso em levar responsabilidades: "Voc no tem estado disposto a levar responsabilidades", ela escreveu. "Voc tem a inclinao natural de evit-las... deve levar cargas em conexo com a obra de Deus. O excesso de comodidade e o evitar responsabilidades tm tornado dbeis e pigmeus aqueles que deveriam ter sido homens de responsabilidades, de poder moral e de poderosa fibra espiritual" (Testimonies, V. 3, p. 495). Um lder no pode ser nem dbil nem pigmeu. "Aquele que trabalha segundo a habilidade que lhe confiada, tornar-se- sbio construtor para o Mestre; pois est sob o aprendizado de Cristo, aprendendo a fazer as obras de Deus. No fugir a encargos de responsabilidade, pois reconhecer que cada qual deve, na causa de Deus,

ajudar at nos limites de sua capacidade, e coloca-se sob a presso do trabalho; mas Jesus no abandona Seu servo voluntrio e obediente, deixando que seja esmagado. No o homem que tem pesadas responsabilidades na causa de Deus que precisa de vossa piedade, pois ele fiel e verdadeiro na cooperao com Deus; e mediante a unio do esforo divino com o humano, a obra se completa. aquele que foge das responsabilidades, reconhecendo o privilgio para o qual chamado, que merece piedade". ( Mensagens Escolhidas, Vol. I p. 276). Voc quer ser um lder? Ento oua o conselho inspirado: "Portanto, v-de prudentemente como andais, no como nscios, e, sim, como sbios" (Ef. 5:15). "Os teus olhos olhem direito e as tuas plpebras, diretamente diante de ti" (Prov. 4:25) disse o homem sbio. "No declines nem para a direita nem para a esquerda" (Prov. 4:27). "Vede que seja seguro o vosso fundamento; constru ento firmemente, e com persistente esforo, mas com brandura, mansido e amor" (Conselhos aos Professores, p. 57). Aceite sua responsabilidade, cinja os lombos, e avance com unidade de propsito. Esta a marca distintiva de um verdadeiro lder. Antes de passar para um outro ponto, deixe-me acrescentar um pequeno pensamento: "O que disse uma vez com muita sabedoria: Assegura-se que est bem certo, ento avance, Bem poderia ter acrescentado: Quando sabe que est errado, apressa-se a retirar-se!" -Autor desconhecido O Verdadeiro Lder Cristo Um Homem de Coragem Um grupo rebelde avanava sobre o nosso posto missionrio de Bigodo, ao sul do Congo, deixando atrs de si uma esteira de carnificina e belicosa destruio. A fumaa das cabanas, incendiadas cada vez mais se aproximava de nossa misso. O pastor Simeon Mahune, diretor do posto, enfrentava uma angustiosa deciso. Deveria juntamente com os outros coobreiros e suas famlias fugir para floresta, deixando a propriedade da misso sob os caprichos de um exrcito dopado? Decidiu no recuar. Quando os rebeldes chegaram, foram recebidos na porta da misso pelos pastores Mahune e Kasam, um obreiro jubilado. Era necessrio muita coragem para enfrentar a turba que pulava e gritava e rogar aos lderes deles que poupassem a propriedade do Senhor. Mas a coragem deles salvou o posto! Em cinqenta quilmetros ao redor, todas as cabanas e edifcios foram destrudos. Algumas outras misses foram arrasadas. Somente Bigodo permaneceu intocada, como um monumento ao poder protetor de Deus e intrepidez dos dois lderes missionrios que se recusaram a escapar freqente ao perigo de possvel morte. Nossos lderes devem ser corajosos em consonncia com o tempo em que vivemos e dignos do povo que Deus chamou a conduzir. quando o lder perde a coragem a causa est perdida.18

"Precisam homens de fibra", diz o Esprito de Profecia, "homens que no estejam espera de ver seu caminho aplanado e removidos todos os obstculos; homens que alentem com um zelo novo os desfalecidos esforos dos trabalhadores, e cujo corao esteja inflamado de amor cristo e cujas mos sejam fortes para obra do Senhor" (A cincia do Bom Viver, p. 497). Reveses? Algumas vezes! Frustraes? Possivelmente! Problemas? Certamente! - at que o Senhor venha. Dificuldades? Muitas! Mas desencorajamento ou derrota? Nunca! No quando o Deus que servimos vai nossa frente. "No devemos permitir que o futuro, com seus difceis problemas, suas no satisfatrias perspectivas, faam nosso corao desfalecer,... Seja qual for nossa situao, se somos cumpridores de sua Palavra, temos um Guia a nos dirigir o caminho; seja qual for nossa perplexidade, temos um seguro Conselheiro" ( A Cincia do Bom Viver, pp. 248, 249). "Mede-se melhor uma rvore quando est cada", disse uma vez Abrao Lincoln. Qual a sua estatura quando est indo mal? O Verdadeiro Lder Cristo ntegro Vinte e duas almas estavam se preparando para o batismo. Nunca antes na histria de nossa obra neste lugar difcil tinha havido perspectivas to animadoras. Brevemente se organizaria uma igreja nesta capital. Porm, veio o golpe. Circulou a notcia de que o pregador era infiel a sua esposa. Uma jovem na comunidade ficara grvida. Numa noite escura o pregador desapareceu, deixando desconsolados e sem recursos a sua esposa e seus filhos. "Pela sua muita loucura, perdido cambaleia" (Prov. 5:23). Ele deu, na verdade, como disse o sbio rei, a sua "honra aos outros" (prov. 5:9). Isto foi lamentvel. Pouco depois chegou um novo pastor para substituir o irmo cado. Imediatamente comeou a trabalhar ativamente com o propsito de reunir os restos de um trabalho que tinha sido promissor. Somente quatro ou cinco pessoas estavam dispostas a abrir suas portas ao novo dirigente. O resto declarou: "No queremos saber nada com uma religio que produz tais enganos". A orao e perseverana salvaram cerca de metade do interesse original. Perspectivas promissoras haviam sido desbaratadas por causa da debilidade de um lder. At hoje um ar de difamatria suspeita, recai sobre o nosso trabalho naquela cidade. Quem pode medir a perda de f, a desiluso, a diminuio de confiana, os coraes familiares partidos, o desperdcio dos meios de Deus, por causa da queda de um lder?19

No de admirar o que o apstolo Paulo escreveu: "Para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpveis para o dia de Cristo, cheios de fruto da justia, o qual mediante Jesus Cristo, para glria e Louvor de Deus" (Fil. 1: 10,11). "Purificai-vos, os que levais os utenslios do Senhor" (Is. 52:11), apela o evangelho proftico. O apstolo Paulo roga: "Abstende-vos de toda forma de mal" (I Tess. 5:22). Como lderes, nossa nica segurana est em permanecermos fora do terreno encantado de Satans, e nos abstermos sempre da "aparncia do mal" (I TESS 2:22). Se uma pessoa brinca com fogo, muito provvel que se queime. "Tomar algum fogo no seio, sem que as suas vestes se incendeiem? Ou andar algum sobre brasas, sem que se queimem os ps?" (Provrbios 6:27-28). Os lderes de Deus devem ser limpos, homens e mulheres de impecvel integridade. O Verdadeiro Lder Cristo Leal a Seu Deus, a Sua Igreja e a Seus Irmo Os jovens que servem no exrcito prestam um juramento de lealdade. Houve um tempo em que os recrutas do exrcito britnico juravam sua lealdade ao monarca segurando uma moeda com a esfinge do rei. No gesto de "tomar a moeda do rei" estavam prometendo ser leais at a morte. Como lderes e obreiros na causa de Deus, temos "tomado a moeda do rei"? Assim fazendo temos nos entregado a Ele para sempre. "Permanecei firmes", disse Paulo, "e guardai as tradies que vos foram ensinadas" (II Tess. 2:15). "S fiel at a morte", fala-nos o Senhor ressuscitado atravs do revelador, "e dar-te-ei a coroa da vida" (Apoc. 2:10). Nunca deveria existir nenhuma sombra de variao. Nossa vocao como cristos e obreiros para toda a vida. No deve haver escolha de outro mestre ou profisso. Deus exige nossa lealdade e a recompensa ser abundante. Devemos ser leais para com os nossos lderes companheiros e irmos que esto "por cima" ou "por baixo" de ns. "A fidelidade para com Deus compreende a fidelidade para com o homem" (Educao, p. 77). A experincia da Davi na caverna ilustra muito bem a nossa fidelidade para com o ungido do Senhor. Davi tinha a possibilidade de tirar a vida do rei, todavia, recusou faz-lo. "O Senhor me guarde de que eu faa tal coisa ao meu senhor" disse Davi, que eu estenda a mo contra ele, pois ungido do Senhor" (I Sam. 24:6). Em nossos dias Deus requer semelhante lealdade para com os lderes da igreja. Qualquer pessoa que desleal para com os seu lderes e companheiros na obra, indigna da posio de confiana que ocupa. "Deus pede homens de decidida fidelidade. No h utilidade, para Ele, em uma emergncia, para homens de duplicidade. Quer homens que ponham as mos numa ao errada e digam: 'Isto no est segundo a vontade de Deus'" (Mensagens Escolhidas, Vol. II, p. 153).20

"Permanecer em defesa da verdade e da justia quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando so poucos os campees, -essa ser nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia e lealdade de sua traio" (Testemunhos Seletos, Vol. II, p. 31). "Ele espera lealdade de cada um" (Profetas e Reis, p. 175). Que Deus nos faa lderes leais - leais ao nosso Deus e leais aos nossos irmos. Como nos classificamos? Ao contemplarmos as exigncias do trabalho sobre ns, se estamos comeando uma liderana ascendente ou j temos levado responsabilidades por muitos anos, sem dvida somos levados a exclamar como o apstolo, "Quem , porm, suficiente para estas coisas?" (II Cor. 2:16). Somente quando aceitamos a segurana da resposta que Paulo deu sua prpria pergunta, podemos avanar como lderes: "Tudo posso Naquele que me fortalece" (Fil. 4:13). Ele a nossa nica esperana. "Devemos conservar-nos bem perto de nosso grande Lder" (Testemunho para Ministros, p. 432).21

CAPTULO III VOC SABE PARA ONDE VAI E POR QUE? "Sei donde vim e para onde vou" (Joo 8:14). Ser uma tartaruga com duas cabeas uma experincia enlouquecedora! H poucos anos, nos pntanos de Lousiana, um pesquisador encontrou exatamente essa preciosidade da natureza. Um bilogo, numa faculdade de Mississipe, que mais tarde examinou a tartaruga, informou que cada cabea era capaz de dirigir a ao da metade do corpo inteiramente independente da outra. Pobre Harold - nome que deram a essa tartaruga de duas cabeas - freqentemente se achava em situaes as mais frustrantes. Enquanto uma cabea e uma metade do seu corpo desejava nada menos do que deitar-se preguiosamente por causa do clido sol do sol, a outra cabea e a outra parte sentia fome dormindo e outra metade arrastando-se, o pobre e velho Harold passava a maior parte de seu tempo andando em crculos. 1. Um dos Primeiros Objetivos da Administrao da Igreja consiste em Operar uma Organizao Eficaz. Se uma tartaruga ou sociedade de Missionrios voluntrios, uma igreja ou uma associao, um par de cabeas que no cooperam significa desastre. O normal que exista uma s cabea. Numa igreja ou associao deve haver algum que coordene e aconselhe os que fazem operar a instituio. A menos que uma organizao tenha uma cabea, gastar muito tempo andando em crculos como o pobre Harold. Numa sociedade de Missionrios Voluntrios, a cabea est representada pelo seu diretor: na igreja, pelo seu pastor, e numa associao, pelo seu presidente. Agora, se voc presidente de qualquer organizao da igreja, permita-me contar-lhe uma pequena histria para que a importncia de sua posio no assuma propores indevidas aos seus prprios olhos. Quase sem flego, um menino chegou para sua me. "Mame! Mame! Acabo de ser eleito presidente de nosso clube de meninos!" "Muito bem, que maravilhoso", disse carinhosamente a sua me. "Diga-me, querido, como que o escolheram para to grande honra". "Veja s, mame", continuava Billy com mais compostura, "eles me queriam para secretrio, mas no sei escrever. Ento queriam que fosse tesoureiro, mas no sei contar. Assim elegeram-me como presidente!" Agora que todos ns, presidentes, pastores, e lderes, fomos trazidos a uma perspectiva adequada, podemos proceder considerao de nossos objetivos como administradores e lderes cristos. Queremos manter em funcionamento uma organizao eficaz. Para cumprir esse objetivo, o22

trabalho de vrios departamentos, instituies e escritrios deve estar sincronizado. Vrios livros de autores bem conhecidos tm sido escritos acerca dos aspectos tcnicos da liderana e administrao denominacional. Limitar-nos-emos aqui a tratar de alguns aspectos menos complicados, mais bvios em promover uma organizao eficaz. Homens Certos nos Lugares Certos O pastor Steedywell era um pastor de primeira classe, de bom relacionamento e um visitador infatigvel. Seus sermes revelavam profunda espiritualidade e discernimento das necessidades do rebanho. Os negcios da igreja eram bem cuidados. Seu povo o amava. Nunca pude compreender porque os membros da mesa da associao sentiram que o irmo Steedywell poderia ser um diretor do Departamento dos Missionrios Voluntrios. Seja como for, ele foi apontado. Fez o melhor que sabia, todavia os irmos logo descobriram que eles tinham "uma estaca quadrada dentro de um orifcio redondo". ele no tinha entusiasmo, imaginao nem a assistncia fsica requerida para ser um lder de jovens de tempo integral. Pr homens certos (ou mulheres) em posies chaves de suma importncia em operar uma organizao eficaz, seja uma igreja ou uma associao. Os antecedentes de um lder, educao, experincia, relacionamento, habilidade no falar e adaptabilidade so fatores determinantes. Devem ser estudados cuidadosamente por aqueles que so responsveis em tomar decises. Uma pessoa pode ter todas as qualificaes para ser um ancio eficaz e, contudo, ser uma completa negao como diretor dos Missionrios Voluntrios. Outro pode ser excelente diretor do Departamento de Educao, mas falhar lamentavelmente no Departamento de Atividades Missionrias. Conheo evangelistas dinmicos e de xito cujo perodo de trabalho foi encurtado ao serem designados como pastores de igrejas. Homens certos em posies certas! Cada Um Deveria Saber o Que se Espera Dele A seguir estes "homens certos" devem saber o que se espera deles. Seja qual for o programa levado a efeito na igreja, numa instituio ou associao, os obreiros ou membros devem saber claramente a parte que lhes corresponde. Alguns lderes deixam esses detalhes ao acaso, e os resultados so um completo fracasso ou somente em xito parcial. Se o pastor Busyfellow deve entrar em contato com os funcionrios para obter permisso para a obra de beneficncia, o compromisso deve ser claramente estabelecido. Se a irm Shouderall for responsvel pela coleta de roupas e outros artigos numa determinada rea, o dirigente dever informar-lhe o seu territrio, quem ir ajud-la, quando e onde os materiais coletados devero ser depositados, e qualquer outro detalhe relacionado com o trabalho.23

Muitos bons planos e programas falham simplesmente porque o lder no fez claro os seus colaboradores o que se espera deles. Ento (preciso acrescentar), depois de explicar aos seus obreiros o que voc espera deles, espera-se que cada obreiro ou membro faa o que foi designado - no menos. Isto nem sempre fcil, mas um desafio de liderana e espero que este livro fornea sugestes e ajudas que facilitem a consecuo deste objetivo. Arranjos Para Que Pessoas Compatveis Trabalhem Juntas Certo lder disse-me que duas pessoas que no se afinam no trabalho no mesmo escritrio ou instituio deveriam ficar juntas para acertares suas diferenas. Francamente, no creio nesta filosofia. Indubitavelmente h ocasies em que no possvel fazer um ajustamento imediato do pessoal e assim aliviar as tenses e aumentar a eficcia de uma organizao, todavia faa isto toda vez que for possvel. A vida to curta e as lceras so demasiado perniciosas para se fazer diferente. No force Paulo e Barnab a trabalharem juntos no mesmo posto missionrio ou no mesmo departamento de uma associao por mais tempo que o necessrio. Quer seja o trabalho da Igreja ou associao, em terra nativa ou campos distantes, se lograr mais, com menos problemas e com melhor esprito, se permitir que os obreiros que se do bem trabalhem juntos. Trabalhar em Estreita Relao Com a Comisso ou Mesa Para ter xito, o lder deve trabalhar estreitamente relacionado com a sua comisso da igreja, a mesa da associao ou instituio. Antes de levar a efeito os planos na igreja, na instituio ou associao, deveriam ser eles cabalmente analisados, aprovados, ou alterados pela respectiva comisso ou mesa. Isto sela com autoridade o programa e assegura apoio necessrio quando as coisas no andam bem ou h necessidade de mais mpeto. Antes de levar os planos para a igreja ou para o campo, apresente-o comisso ou mesa!24

No se Organize Exageradamente No faz muito ouvi uma histria interessante. Dois jovens construram um barco que deveria ter propulso a vapor. Para o barco ser mais "autntico" instalaram um apito de um grande vapor presenteado por um amigo vendedor de ferro velho. O dia do lanamento do barco gua chegou. A pequena cadeira estava bem provisionada, e o vapor tinha boa presso. Enquanto estavam se preparando para zarpar para sua primeira viagem numa pequena lagoa, os jovens puxaram a corda do grande apito. Foi realmente um grande sonido.

Mas houve somente uma dificuldade. Houve tanta necessidade de vapor para fazer soar o apito que no sobrou o suficiente para mover o barco! s vezes organizamos excessivamente. Instalamos tantas rodas que a mquina quebra. A organizao da igreja ou do campo pode se tornar to complicada que os membros e os obreiros ficam confundidos. H necessidade de tanto vapor para assoprar o apito que no resta o suficiente para impulsionar o programa. "A organizao no deve ser excessiva, para evitar que os obreiros se tornem como Davi dentro da armadura de Saul; para que seu potencial de trabalho no se desgaste em rotinas; para que no se assemelhe a uma poderosa mquina que no tem suficiente poder para funcionar. Que a maquinaria seja simples, e o poder divino do Esprito Santo seja abundante. Para isto deve haver muita orao e paciente confiana em Deus" (S. L. Brengle, The Soul Winner's Secret, p. 75). 2 - Para Manter Um Programa Bem Equilibrado O pastor Oneside era um bom homem. Era um organizador eficaz. Tudo em que tocava as mos prosperava. Sabia como resolver os problemas financeiros do campo. A maior parte dos seus obreiros respeitavam-no profundamente. Iniciou seu trabalho no magistrio. O programa de trabalho do pastor Oneside prosperava no seu campo. Suas escolas recebiam subvenes para construes e equipamentos. Ele cria na obra educacional. Por falar nisso, todos os lderes deveriam crer nela. Falhar em colocar ampla nfase na educao crist em todos os nveis certamente traria um grande desastre a qualquer tempo. O que nos interessa destacar o seguinte: Alm de boas e bem equipadas escolas, a associao do pastor Oneside tambm necessita de outras coisas -um vigoroso programa de publicaes, mais escolas sabatinas filiais, alguns programas radiofnicos, novos edifcios de igrejas e dezenas de esforos evangelsticos. Nas palavras do nosso Senhor: "Fazer estas coisas sem omitir aquelas" (Mat. 23:23). O segundo maior objetivo de uma eficiente administrao de igreja , ento, planejar e manter um programa bem equilibrado em todos os nveis. Dar Ateno a Cada departamento da Igreja O programa de uma igreja ou associaes que est dominado pelo trabalho de assistncia social em detrimento da educao crist, no est bem equilibrado. Uma associao possivelmente pode ter grandes reservas no banco, seu capital operativo pode ultrapassar os 100% autorizado, mas se o evangelismo ou os jovens esto sendo negligenciados, ento um triste quadro unilateral. Um programa bem equilibrado, seja na igreja local, instituio ou associao, incluir cada departamento, cada obreiro e cada membro. Deus tem graciosa e sabiamente nos dado uma variedade de talentos. alguns cantam maravilhosamente. Outros so oradores. Alguns so professores. Alguns so extrovertidos. Outros so introvertidos. Alguns brilham em pblico. Outros25

trabalham mais eficazmente nos bastidores. Alguns so excelentes no trabalho da escola sabatina. Outros so lderes natos dos jovens. alguns nasceram com o dom de recoltar. Outros sobressaem como ministros de publicaes. Alguns so ajudantes. Outros so poderosos na orao. Que programa voc poder ter em sua igreja, em sua associao, no seu trabalho missionrio, se tomar tempo e cuidado para aproveitar todas as variedades de talentos que Deus tem colocado sua disposio. Ter pregadores voluntrios, lderes de escolas sabatinas filiais, colportores-evangelistas, oradores de temperana, professores, secretrios de imprensa, recoltistas, assistentes sociais, intercessores - de tudo, se to somente desejar us-los. Assim teria um programa bem equilibrado. Qual a sua qualificao neste sentido? Voc tem uma viso unilateral? Se voc quer ser um poderoso lder para Deus, tome genuno interesse em todos os departamentos da obra. 3- Par Promover Um Programa Bem Planificado Assisti a uma mesa da Unio. Assentado ao redor de uma mesa estava uma grupo de lderes dedicados e excelentes. Amavam o Senhor. Trabalhadores aplicados. Porm, quando examinamos os resultados do programa de trabalho do ano anterior, descobrimos nmeros que deixavam muito a desejar. Por alguns motivos as coisas no funcionaram muito bem. O nmero de esforos evangelsticos era impressionante. Mas os resultados no estavam em consonncia com o trabalho e fundos invertidos. A campanha da recolta foi promovida satisfatriamente, porm, foi um fracasso. Os congressos campais no proporcionaram o mximo de benos espirituais para o campo. Ao estudar juntos a situao, imediatamente descobrimos a causa. Os lderes no gastaram suficiente tempo planificando. A campanha da recolta entrou no perodo dos congressos locais. Desafortunadamente os obreiros urgentemente necessitados em ambos os programas no eram gmeos. O esforos evangelsticos foram encurtados para permitir que certos obreiros chaves pudessem colaborar com os acampamentos dos jovens. Resultou no enfraquecimento em acompanhar os interessados e num desastroso resultado na colheita de almas. Os acampamentos tambm sofreram, porque no se permitiu o tempo suficientemente apropriado para preparaes. Demasiada atividade para to poucos meses. Ao contrrio, outras partes do ano tinham poucas atividades. Uma cuidadosa planificao teria eliminado os conflitos e melhorado os resultados. Cada lder da igreja deveria conhecer muito bem este terceiro objetivo muito importante da administrao eclesistica; promover um programa bem planificado.26

Planejar Para Todo Ano Bem antes de comear um novo ano um lder sbio analisar cuidadosamente o programa da igreja para os doze meses seguintes. Os programas ocasionais ou cruzadas evangelsticas, escolas bblicas de frias, recolta, cursinhos, e acampamentos de jovens, devero ser adequadamente distribudos durante o ano. Deveriam escalar convenientemente para evitar conflitos do pessoal e outras dificuldades. Na Diviso Transamericana, do hemisfrio sul, as campanhas evangelsticas de vero duram desde novembro at maro. enquanto os evangelistas esto conduzindo suas campanhas, os administradores realizam suas mesas de fim de ano. Os feriados da Pscoa, proporcionam oportunidades para conclios de obreiros. Maio e Junho so meses de recolta. Durante julho e agosto dezenas de reunies exigem a direo dos lderes. Na ltima parte de agosto e setembro, e durante alguns dias de frias, os lderes dos jovens se ocupam com os seus congressos. Assim eles planejam para o ano todo. Nas ndias Ocidentais costumvamos dispor numa s noite o comeo de todos os esforos do evangelismo leigo - e o chamvamos de dia "E". O mesmo esprito de equipe que levava a uma ao conjunta que tornava a recolta uma satisfao, manifestava-se no evangelismo leigo. Em janeiro na Unio da ndias Britnicas Ocidentais iniciamos mais de 100 esforos leigos em um s domingo noite. Num outro mesmo dia, domingo, dedicamos dezessete novas igrejas adventistas na Ilha de Jamaica. A dcima cerimnia foi cancelada por causa da enchente de um rio. Durante semanas e meses havamos planejado para que esse grande dia fosse uma realidade. Com a ajuda de Associao Geral, Diviso, Unio e Associao, nove equipes de dois obreiros fizeram uma dedicao pela manh e outra tarde em diferentes partes da ilha, previamente designados. O plano resultou em xito. Estimulou o interesse e o desejo de realizaes. Congregaes trabalharam em demanda de um alvo definido. Conseguiram os seus objetivos atravs de planificao cuidadosa e rduo trabalho. Ciro disse: "Fazer duas coisas ao mesmo tempo no fazer nenhuma". O lder sbio planejar para o seu trabalho anual deixando certas atividades para determinados meses, conservando o seu programa funcionando num todo suavemente. Evitando os maiores conflitos. 4- Para Estimular Um Esprito de Unidade e Companheirismo Cristo Segundo os historiadores, Carlos V, na ltima parte do seu reinado, encontrou tantos problemas para que os homens trabalhassem juntos que finalmente renunciou desencorajado. Passou os seus ltimos dias num mosteiro. Ali, o monarca reuniu seis relgios de pndulo. Com outros cinco ajudantes, passou muito de seu tempo tentando que os seis pndulos se movessem em27

unssono. Todos comearam juntos, mas logo alguns faziam "tic" enquanto os outros faziam "tac". Carlos V morreu com uma mente desequilibrada procurando que os homens e relgios trabalhasses juntos. Atualmente um dos maiores problemas dos lderes eclesisticos fazer com que os seus seguidores batam um "tic-tac" juntos. Isto requer um esprito de unidade e companheirismo cristo entre os obreiros e membros, o nosso quarto objetivo. Sem isto, qualquer aparente progresso superficial. No Captulo IV falaremos mais sobre as relaes humanas, mas por agora faamos uma considerao rpida sobre outros aspectos deste objetivo. Desenvolver um Esprito de Equipe Quando era jovem eu estudava na escola pblica, passei uma boa parte de meu tempo nos campos de futebol, basquetebol, beisebol. Atletismo era minha vida, sem dvida gastei muito tempo mas aprendi uma importante lio: o valor do esprito de equipe. Os astros atlticos podem ter seu xito em esporte competitivo mas o time que ganha. Quando terminam os jogos, os campees pertencero ao grupo de jogadores que constituram numa equipe que funciona suavemente e em que cada um se dedicou para o xito do todo. Na obra do Senhor ocorre o mesmo. Alguns campos, associaes, instituies, tm desenvolvido um "esprit de corps" que recomendvel e invencvel. Os obreiros esto unidos pelo amor e lealdade a sua causa. Sentem que pertencem ao grupo. seu time. O programa do campo ou da instituio seu, e eles so responsveis pelo seu xito. O presidente da Unio na qual trabalhei nunca nos deixava esquecer que a "nossa" Unio era a melhor do mundo. Nossa unio, ele nos fazia lembrar nas reunies de obreiros, deveria ser a cabea e no a cauda, porque tinhamos uma misso a cumprir - um destino, se desejar. ramos obreiros privilegiados por pertencer a este time. Sua liderana entusiasta nos unia em um companheirismo cristo. Desenvolveu entre ns um conceito de trabalho que esperamos nunca esquecer. Isso infundia harmonia e progresso naquela Unio. Um verdadeiro esprito de time cristo infundir harmonia em qualquer igreja, associo ou Unio. Um Lder Deve Dar o Exemplo Um esprito de equipe, o esprito de unidade e companheirismo - no se produz por casualidade. Sob a direo de Deus um lder deve se esforar para que isto acontea. Seja numa igreja, numa associao ou instituio, o " esprit de corps" dos membros ou pessoal administrativo grandemente refletir o esprito do lder. ( No se surpreenda ao ler esta filosofia em vrias partes deste livro, porque no somente creio nela como creio ser altamente importante). Como um homem de Deus, o lder cristo deve trabalhar e orar em favor da unidade. Seu exemplo pode muito bem determinar a medida da comunho crist que prevalea muna instituio ou campo.28

Como pode um lder construir a confiana e a coeso entre seus obreiros? J temos discutido alguns requisitos bsicos no captulo II. Voc encontrar mais nos captulos 4 e 5, mas aqui chamamos a ateno para um enfoque levemente distintivo: os mtodos bem como o homem. ( Confesso francamente que este ltimo tem muito mais importncia quando se analisa este tema. O servio da vida sempre mais importante do que um servio de lbios). Comentar em Reunies Especiais Um novo lder foi chamado para um campo onde abundavam problemas pessoais, onde havia discusses e frustraes com demasiada freqncia. Sobre o que ele falou nas suas comisses, mesas, nas reunies de obreiros e cultos divinos? O desafio da tarefa no terminada? Da necessidade do progresso da obra de Deus? Sim, falou destes temas importantes, porm, mais do que tudo, falou da primeira epstola aos Corntios, captulo treze. Demorou muito acerca de como o esprito de Jesus deveria refletir-se no sacerdote e no povo. Apelava por uma unidade nascida da comunho com Deus. A resposta, ele me disse posteriormente, foi muito encorajadora. Com freqncia um lder convidado a falar nas comisses da igreja, mesas de29

associaes, ou outras reunies de obreiros ou membros da igreja. Tais ocasies proporcionam oportunidades maravilhosas para pregar bem com praticar a unidade e o companheirismo cristo para ajudar a moldar o pensamento, para desenvolver o carter dos membros e obreiros. Um Lugar nas Cartas e Boletins O captulo 11 trata da importante arte de escrever cartas em relao com o trabalho de um lder cristo. Quando chegar a ele, leia-o com cuidado. Nossas cartas tm mais que ver com o xito dos obreiros do que alguns pensam. As cartas que saem do seu escritrio edificam ou destroem o esprito de unidade e companheirismo cristo em seu campo. Una os obreiros mediante as cartas que voc escreve e os boletins que so publicados. Estude cuidadosamente as epstolas de Paulo. O velho apstolo sabia como escrever cartas calculadas para criar unidade entre as igrejas primitivas. Se um lder quer ser bem sucedido, deve ter os seus obreiros e membros para apoi-lo e tambm os seus programas. Ps - escrito Antes de concluir este importante assunto da unidade, deixe-me recomendar-lhe uma cuidadosa considerao de algumas palavras de sabedoria de Paulo: "Diante de vocs falo com muita franqueza, nas costas falo de vocs com profundo orgulho" (II Cor. 7:4, Phillips). Seria conveniente ler estas palavras vrias vezes - duas ou trs vezes e ento praticar o que ensina. 5. Para Operar Sobre uma Base Financeira Segura

Mais de um lder dinmico, bem sucedido em outros pontos, tem se acabado nas rochas do fracasso financeiro. O opitfio mais comum escrito para estas carreiras : "Se to somente tivesse podido manter-me dentro do meu oramento, teria podido..." Muitos lideres, especialmente administradores, sero responsveis em diferentes graus pelo dinheiro do Senhor. Pastores, presidentes, tesoureiros, gerentes, todos tm ocasionalmente um compromisso com os auditores. A estes Paulo disse: " Que o homem que governa com autoridade pense em sua responsabilidade" (Rom. 12:8, Phillips). No contexto deste estudo a responsabilidade financeira o nosso quinto objetivo.30

O Apoio de Sua Prpria Unidade Os Adventistas do Stimo Dia, " desde a igreja local at Washington", opera num sistema de oramento. um sistema seguro quando manejado por mos seguras. Ouvi um lder aspirante dizer a um colega obreiro: "Se eu fosse presidente desta associao no passaramos necessidade at que o ltimo centavo fosse gasto". Conhecendo-o como conheo, estou seguro de que estava dizendo a verdade. Um oramento nunca o preocupou. Nas suas finanas pessoais verifiquei que no havia nenhuma necessidade at que o ltimo centavo fosse gasto. Aps isto era um lamentvel apelo para obter adiantamento at o dia do pagamento. Este obreiro nunca alcanou o pinculo da liderana que tanto aspirava. As praxes da Associao Geral dizem: "Lderes que demonstram incapacidade para dirigir a obra em harmonia com as praxes financeiras estabelecidas no devero continuar com liderana executiva" (General Conference Working Policy, 1964, p. 234). O pastor Spendwell dirigia uma boa escola. Os arredores estavam bem limpos, os edifcios bem cuidados. Os estudantes eram bem instrudos. De fato, quase todas as coisas marchavam bem, exceto o informe financeiro. O efeito que este importante documento tinha sobre o tesoureiro cada ms, era uma outra histria, mais relacionada com a sade do que com a administrao. Por um interessante reviravolta casual o irmo Spendwell mais tarde chegou a ser presidente de um campo. Como que os irmos esperavam que ele atuasse convenientemente em finanas, uma pergunta. A mesma linha de conduta continuava. Cada ms o extrato financeiro mostrava um alarmante dbito. Depois de manter seus irmos em apuros financeiros por quase um ano, pastor Spendwell recebeu um chamado para um trabalho departamental. Agora, sem preocupaes financeiras para impedir sua paixo par o progresso, nosso irmo desempenhou um destacado trabalho. Encontrou o seu lugar, e o Senhor abenoou a sua liderana. Assim que os oramentos tm ajudado os homens a encontrar o tipo de trabalho para o qual esto particularmente capacitados.

Atualmente, muito simples operar dentro de um oramento. To somente gastar menos dinheiro do que se recebe. s isto - pergunte a qualquer tesoureiro. Se deseja mais dinheiro para gastar, tudo que precisa fazer (pelo menos teoricamente), s aumentar as suas entradas. Ao planejar um oramento, no faa o que tenho visto alguns obreiros fazerem: anotar em primeiro lugar as despesas. Isto colocar o carro na frente dos bois. Inicie com as entradas. No caso da igreja, elas incluem os fundos par as suas despesas gerais, Escola Sabatina e a escola paroquial e outras ofertas e pactos que entram periodicamente. Na associao, as entradas so constitudas normalmente de dzimos das igrejas, juros de investimentos, algumas vezes por subvenes das organizaes superiores, e outras ofertas autorizadas pela mesa. As instituies educacionais e mdicas, e o departamento de publicaes dependem de quotas, vendas e subvenes. O administrador de uma igreja, uma associao ou uma instituio deve em primeiro lugar determinar as suas entradas para o ano seguinte antes de estabelecer o oramento de suas despesas. Ao fazer o oramento para o prximo ano, convem seguir o plano mais seguro de fazer uma estimativa das entradas um pouco mais baixo do que as do ano anterior. Se nos doze meses passados houve um aumento inesperado de dzimos ou outra entrada exagerada, o oramento para o novo ano deve basear-se na suposio de que essas entradas extras no podero ocorrer. Depois de estabelecer as entradas em base realista, as despesas provveis devem ser alistadas. Numa igreja pode-se incluir o aluguel, zelador, materiais de limpeza, salrios para a escola (se existe), e materiais para a Escola Sabatina e outros departamentos. Pode ser uma lista grande e s vezes h necessidade de pod-la para se ajustar, mas sempre um procedimento desagradvel. As associaes devem pagar os salrios dos seus obreiros e despesas e subsdios de aluguis e outras regalias. Tambm tm os seus gastos de escritrio, campanhas evangelsticas, programao dos departamentos, construo de igrejas, e muitas atividades - exigncias que fazem os tesoureiros (e presidente) envelhecerem prematuramente. Dez por cento dos dzimos da associao vo para a Unio e, de acordo com uma planificao regularmente estabelecida, o dzimo dessa entrada vai para a Associao Geral. Um colgio, a Voz da Profecia, F para Hoje e talvez outras organizaes valiosas que servem a todas as associaes, recebem certa porcentagem do dzimo do oramento da associao. Uma porcentagem varivel do dzimo vai para o fundo de jubilao da Associao Geral para ajudar a manter os dedicados obreiros que se aposentaram. em algumas partes do mundo comum enviar 50% dos dzimos da associao para as organizaes superiores, para diferentes projetos e propsitos. Depois do oramento ter sido estabelecido e aprovado por uma mesa competente, muito fcil a continuao - no ? Tudo que os dirigentes tm que fazer assegurar que cada um se31

mantenha dentro de seu oramento, construir o capital operativo autorizado, e ento viver sempre feliz. simples? Procure executar isto se voc pensa que ! Mas se voc aspira a ser um lder administrativo isto imperioso. O administrador sbio aprende maneiras e meios de inspirar espiritualmente os seus obreiros e membros a ajud-los a aumentar os fundos necessrios para a obra do Senhor. O aumento dos dzimos e das ofertas, o excesso da recolta, ofertas campais, entradas para construo de igrejas, testamentos, anuidades e crditos so alguns meios que podem ser usados. Apoio Obra Missionria Mundial O programa escolar da igreja em certa ilha se desenvolvia com dificuldades. Nosso departamental de educao, o pastor Fixit, estava para visitar essa ilha, de modo que pedi que procurasse resolver o problema. Tratava-se da mesma antiga histria - a taxa paga era insuficiente para satisfazer s despesas. Duas semanas depois meu amigo voltou de sua visita e entrou em meu escritrio com um amplo sorriso em sua face. "Bem, Pastor", comeou a dizer, "resolvemos o problema financeiro da Ilha Lonely. "Que timo", retruquei. "Sente-se e conte-me como foi". "Na realidade foi muito simples", afirmou-me. "No compreendo porque eles no tiveram essa idia antes". "Sim..." eu o encorajei, ansioso para conhecer uma nova forma para equilibrar os oramentos das escolas. "Bem, apenas disse-lhes que diminussem as ofertas da Escola Sabatina e dessem mais para a escola da igreja. Expliquei-lhe que todas as ofertas da Escola Sabatina saam do nosso campo de qualquer maneira, e no haviam necessidade de..." Evidentemente o pastor Fixit verificou a mudana de minha fisionomia, de prazer para constrangimento. "O que passa, pastor?" Perguntou. "O problema da escola paroquial est resolvido. Agora esto em condies de satisfazer a todas as despesas e..." Afortunadamente o irmo Fixit era um homem de Deus, e enquanto discutamos sobre o assunto, o desafio de satisfazer s necessidades dos pases de alm mar e de nosso prprio campo, ele ficou convencido. Pelo correio e numa segunda visita quela ilha, ele convenceu os membros sobre uma diferente e melhor maneira de resolver os problemas financeiros locais. Diminuir nossos donativos destinados aos campos necessitados alm de nossas fronteiras, no maneira de promover a prosperidade local. tenho estado de ambos os lados da mesa, como presidente da associao nos Estados Unidos e como missionrio alm-mar.32

Eu sei. Quando comeamos a pensar que podemos ajudar-nos cortando as nossas ofertas missionrias, para a Voz da Profecia, F Para Hoje, Loma Linda, Oakwood College, ou colgio de uma Unio ou qualquer outro projeto valioso, "fora de nosso 'campus', alguma coisa tem ocorrido com a nossa viso e compreenso do sistema financeiro de Deus. Oua estas palavras: "A obra missionria local avanar muito mais em todo sentido quando se manifesta um esprito mais liberal, desprendido e abnegado em favor da prosperidade das misses estrangeiras; porque a prosperidade da obra local depende normalmente, abaixo de Deus, da influncia reflexa da obra evanglica feita em pases distantes" (Testimonies, Vol. 6, p. 27). A fora do movimento adventista "o evangelho a todo o mundo". O trabalho deve ser terminada em todas as terras antes que termine "em nossa terra!" O lder adventista que v unicamente sua prpria igreja, sua prpria instituio, sua prpria associao, sua prpria unio, est perdendo e grande palpitao de pertencer a um movimento mundial que marcha para uma vitria gloriosa num futuro bem prximo. Provavelmente voc vai ler mais alguma coisa nesse sentido antes de terminar este livro. Se temos de conduzir o nosso povo triunfalmente atravs das portas de prola e pelas ruas de ouro, devemos gui-lo agora para que ajude a financiar o programa a todo o mundo, porque isto um dos objetivos da administrao adventista. Queira Deus abeno-lo ao voc cumprir sua parte como lder que se esfora para alcanar esse propsito de liderana.33

CAPTULO IV QUAL O SEU RELACIONAMENTO COM O POVO? "Porque nenhum de ns vive para si mesmo"(Rom.14:7). Durante os ltimos trinta anos tem sido privilgio trabalhar "debaixo" de alguns dos melhores lderes denominacionais. Meus presidentes de diviso unio e associao tm sido homens compreensivos e capazes - homens de viso. Os secretrios e tesoureiros que tm gestado "sobre" mim, tm sido homens eficientes, que no somente sabiam cuidar do dinheiro de Deus mas tambm sabiam como tratar os obreiros de Deus. Estou profundamente endividado para com ele. No eram somente lderes dedicados, mas sabiam como orar, planejar e promover: eram homens que sabiam como se relacionar com os seus "subordinados". Sabiam como desafiar o melhor de cada obreiro. (Perdoe-me em colocar apenas entre aspas "debaixo", "sobre", e "subordinados". No creio que temos "subordinados" na obra de Deus. To pouco de uma pessoa trabalhar "debaixo" ou "sobre" outra. todos estamos juntos na obra de Deus. Trabalhamos um "com" o outro. Algumas pessoas tm distritos maiores do que outros). As relaes sociais entre obreiros so essenciais para suavizar o funcionamento dos diversos departamentos da igreja. Manter um esprito de solidariedade que infunda coragem e confiana entre os obreiros uma necessidade. A plenitude da beno de Deus no pode repousar sobre a Sua obra quando os integrantes de qualquer administrao trabalham com descontentamento ou se sentem infelizes; quando h frieza ou atrito entre os obreiros ou membros. Qual o segredo para se relacionar bem com os outros? Creio que isto se encontra na primeira epstola de Pedro: "Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que tambm Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos" (I Pedro 2:21). Jesus o nosso exemplo em conduta humana. "E no precisava de que algum lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana" (Jo. 2:25). Muito antes dos psiclogos modernos inundarem os mercados do mundo com livros sobre a influncia da conduta humana, Jesus Cristo, por preceito e exemplo, deixou aos Seus seguidores um precioso legado no campo das relaes pessoais. As verdadeiras relaes humanas crists no requerem que algum pratique um sistema engenhoso de psicologia carente de sinceridade. No deve haver servilismo nem adulao. Uma personalidade atrativa no mais do que o resultado da experincia interior com Cristo Jesus. "No podemos obter e possuir a influncia que Ele teve; mas por que no podemos educarnos a fim de aproximar-nos tanto quanto possvel do Modelo, para poder ter uma maior influncia possvel sobre o povo?" (Testimonies, Vol. 2, p. 618).34

Trs importantes princpios de relaes pessoais emergem desta declarao inspirada. Primeiro, Jesus nosso Exemplo. Segundo, ainda que nunca possamos esperar exercer a influncia que Ele possuia, deveremos procurar parecermos com Ele o mximo possvel. Terceiro, no devemos ser remissos em esforar-nos para exercer "uma maior influncia possvel sobre o povo". Reduzindo a um denominador comum, estes princpios de relaes humanas simplesmente significam colocar em prtica ao mximo possvel nossa profisso crist, elemento essencial ao servio eficaz. Consideremos alguns princpios de relacionamento com os outros deixados por preceitos e exemplos do Salvador durante Seu ministrio terrestre. Jesus se identificou intimamente com os interesses e necessidades dos outros. Sculos antes dos modernos psiclogos "descobrirem" este conceito bsico de influir na conduta de outros, Jesus ensinou aos homens a maneira de como entrar na experincia daqueles a quem esperavam ganhar para o reino. Oua-O falar aos Seus discpulos acerca das necessidades das multides e da Sua preocupao pelo seu bem-estar; "Tenho compaixo desta gente, porque h trs dias que permanecem comigo e no tm o que comer; e no quero desped-la em jejum, para que no desfaleam pelo caminho" (Mat.15:32). Jesus sentiu pelo povo a sua necessidade fsica. Expressou os Seus sentimentos de simpatia. Satisfez s suas necessidades. A serva do Senhor escreve: "Em todos os tempos e lugares demonstrava amorvel interesse pelos homens" (D.T.N., p. 60). Isto explica por que as massas O amavam. "Os aflitos que iam ter com Ele, sentiam que ligava com os prprios, o interesse deles, como um terno e fiel amigo, e desejavam conhecer mais das verdades que ensinava. O cu era trazido perto. Anelavam permanecer diante Dele, para terem sempre consigo o conforto de Sua presena" (D.T.N., p. 184). Jesus atraiu os homens a Si porque se interessava pessoalmente neles. Associava com as esperanas, alegrias e problemas de suas vidas cotidianas. Anelavam estar em Sua companhia, porque Ele deixava evidente que tinha prazer em estar com eles. Similarmente, o apstolo Paulo ensinou este conceito de relaes humanas. "Tome um interesse real para com o povo simples" (Rom. 12:16, Phillips), aconselhou igreja que estava em Roma: Nosso interesse para com os outros no se deve confinar queles que servem "sobre" ns. Devemos preocupar-nos igualmente com os assuntos das "pessoas simples". Ajudar unicamente aqueles que esto em condio de retribuir o nosso favor fazer poltica. Nem Jesus e nem Paulo aderem a tal filosofia.35

Paulo apreciou o interesse dos crente em Filipos por seu bem-estar. "Alegrei-me sobremaneira" ele escreveu, porque renovastes a meu favor o vosso cuidado" (Fp. 4:10). No estimamos tambm, ns outros, aos que manifestam interesse em nosso bem-estar? O conselho inspirado insta com os obreiros de hoje a seguir o exemplo de Jesus e Paulo. "O exemplo de Cristo de ligar-Se aos interesses da humanidade deve ser seguido por todos quantos pregam sua Palavra, e todos quantos receberam o Evangelho de Sua graa" (D.T.N., p. 108). Isto no pseudo psicologia. cristianismo em ao. conveniente relembrar que no temos que manifestar um interesse nas necessidade, nas esperanas, nas enfermidades, nas tristezas e nos problemas de nossos companheiros na obra e membros. Se fazemos ou no isto optativo. Todavia, se desejamos cultivar relaes cordiais com outros, se verdadeiramente seguimos o exemplo de Jesus, interessar-nos-emos pelas necessidades dos que nos rodeiam, tal atitude pagar ricos dividendos em almas ganhas e as relaes humanas se tornaro mais satisfatrias. Jesus Evitou Ofender Recentemente estava falando com um amigo grandemente amado pelos seus obreiros. estava interessado em saber o segredo de sua benevolente influncia. Sabia, naturalmente, que o fator mais importante era a sua ntima relao com o Senhor. a sua resposta no me surpreendeu. "Uma das coisas", replicou pensativamente, " que no aprecio muito essa preferncia de algumas pessoas por 'falar ombro a ombro'. Muitas pessoas so ofendidas e esmagadas pelo que alguns chamam de franqueza. Pessoalmente, creio que devemos, tanto quanto possvel, procurar evitar ofender aos outros". H dois mil anos, Jesus, nosso Exemplo, demonstrou este princpio. discutindo com Pedro o pagamento do imposto do templo, Jesus explicou: "No queremos ofender a este povo; v ao mar e lance o anzol" (Mat. 17:27, Phillips). Voc est bem familiarizado com a histria. Jesus procurou, quando era possvel, evitar ofensa. s vezes alguns de ns nos colocamos em situaes delicadas. Falamos "com toda franqueza". No h rodeios para ns. Como destemidos cruzados de franqueza, ignoramos os sentimento. Pressionamos o nosso ponto de vista com deleite, e nos aferrarmos tenazmente a nossa posio quando outros no concordam conosco. Sabemos o que estamos falando. estamos certos. As coisas devem andar nossa maneira. Qual ser o resultado? Promoo do ressentimento. Os temperamentos so testados. Naturezas sensveis so feridas. Frieza ou alienao podem frustrar as relaes dos obreiros. Esta no era a maneira de Jesus. "No queremos ofender", disse Jesus. De nosso Salvador, Isaas escreveu: "No contender" (Mat. 12:19). Muito menos ns como Seus obreiros, devemos36

"contender" ou ofender desnecessariamente. "Por todos os meios brandos e submissos, procurava Jesus agradar queles com quem estava em contato" (D.T.N., p. 59). Se todos seguissem Seu gracioso exemplo, que maravilha seria nosso mundo! "Quando puderes, removei toda a causa de mal-entendido", escreveu a serva do Senhor. "Fazei o que estiver em vosso poder, sem comprometer os princpios, para conciliar o prximo" (A Cincia do Bom Viver, pp. 485, 486). Faria bem para todos ns lermos freqentemente este conselho inspirado. Nossas relaes humanas seriam bem mais amveis se removssemos toda causa de mal-entendido. Haveria menos angstia entre ns se "sem comprometer os princpios" fizssemos todo o possvel para conciliar o prximo. Jesus Atraa o Povo Mostrando-Se Amigo H muitos anos trabalhei com um homem que conhecia muito sobre relaes humanas. Ele no era um grande pregador no campo, mas era um amigo dos obreiros. Isto era o mais importante. Quando ele apertava a mo de uma pessoa, sabia-se que ele a apreciava. seu sorriso contagioso reconfortava o corao. Sua aproximao transpirava calor humano e amizade. Sua cordialidade era um "abre-te ssamo" para os coraes dos seus associados. Ele havia aprendido de Jesus em princpio importante de relaes humanas. "O amor expresso no olhar e na voz, atraam para Ele todos quantos no estavam endurecidos na incredulidade" (D.T.N., p, 184), o testemunho inspirado da mensageira do Senhor. Vejamos como o Mestre encontrou o jovem rico a quem anelava conduzir para o Seu reino. Jesus, fitando-o, o amou" (Mar. 10: 21). Estou certo de que o amor que Jesus sentiu refletiu-se em Seu rosto. No havia nada frio ou distante na atitude de Jesus. Atraa a si os homens pela Sua disposio amigvel. Como recebemos aqueles que nos visitam em casa ou no escritrio. Quando a nossa escrivaninha est abarrotada de trabalhos urgentes e a conversao do nosso visitante parece trivial, podemos receb-lo cordialmente? Ou manifestamos um pouquinho de irritao? Somos um pouco indiferentes na nossa recepo com visitantes de posies sociais mais humildes, de menos influncia nos caminhos da vida? Recentemente tive a oportunidade de visitar o gabinete de um ministro de um dos novos governos africanos. Muitas pessoas estavam esperando por ele. Ele nunca havia me visto antes. No sabia como iria me receber. Porm, no tive que esperar muito para saber. Assim que a sua secretria introduziu-me no seu espaoso escritrio, ele saiu de sua grande escrivaninha com a mo estendida e um cordial sorriso na face. Ele se assentou comigo em frente da sua mesa de maneira informal, colocando-me inteiramente vontade pela sua graciosa recepo.37

Instintivamente me senti afeioado a este homem e confiante nele. Porque? Por causa da sua maneira calorosa e amigvel. Ainda que no fosse um adventista do stimo dia, era um cristo, e sua conduta assim a revelava. senti que estava falando com um amigo, algum que simpatizava com o meu problema. O apstolo menciona a maneira como os crentes da Galcia o haviam recebido. "Antes me recebeste como um anjo" (Gl. 4;14). Evidentemente os glatas tinham confortado a Paulo com sua hospitalidade. Ns tambm temos manifestado apreo por pessoas que nos recebem como os glatas receberem a Paulo, no mesmo? "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal" (Rom. 12:10), exorta o apstolo Paulo quando escreveu aos crentes em roma. H alguma coisa acerca da aproximao calorosa e amigvel que quebra as barreiras e constri a confiana e respeito mtuo. Isto talvez no seja to fcil quando os outros mantm uma certa distncia ou so um pouco brusco conosco, mas se ns "falamos agradavelmente" (Col. 4: 6, Phillips), como Paulo admoesta os colossenses, o gelo eventualmente se derreter, e nos sentiremos mutuamente atrados. Jesus Considerava os Sentimentos dos Outros Cristo "sempre foi bondoso e solcito para com o outros" (My Life Today, p. 193). Sculos antes de Ele vir pessoalmente ao nosso mundo, Isaas predisse o seguinte a respeito Dele: "No esmagar a cana quebrada, nem apagar a torcida que fumega" (Isa. 42:3). Jesus nunca acrescentou a ltima gota que bastaria para quebrantar o nimo de uma pessoa vacilante ou oprimir seu corao dolorido. Estava constantemente em contato com os tentados e desencorajados, mas Ele nunca lhes imps uma carga extra de crtica impensada ou censura. teve cuidado de no quebrar a cana esmagada ou apagar a torcida que fumega. Quando o povo ao redor Dele estava com fome, Jesus lhes dava alguma coisa para comer. Quando estavam desanimados, dava-lhes descanso. Quando estavam aflitos, Ele os encorajava; e quando estavam tristes falava-lhes palavras de conforto. O mestre era solcito para cada necessidade da vida e sentimentos de Seus associados. A mensageira do Senhor escreve acerca do Mestre: "No era nunca rude; jamais pronunciava desnecessariamente uma palavra severa; nunca motivara dores desnecessrias a uma alma sensvel" (Caminho a Cristo, p. 12). Por isto o povo O amava. Poucos anos atrs estava assistindo a uma importante sesso na Unio Africana. Durante uma das sesses dedicadas a negcios , surgiu uma questo envolvendo relaes humanas. Por poucos minutos o racismo floresceu. Ento um obreiro africano, sem treino como um psiclogo, se levantou e derramou leo em gua agitadas.38

"Muitos anos atrs, durante a depresso", comeou a dizer, "as subvenes que procediam do estrangeiro foram reduzidas drasticamente. Os salrios, que j eram baixos, foram mais reduzidos. Os obreiros se encontravam em extrema dificuldade para viver com suas minguadas entradas. Muitos foram obrigados a sair da obra para trabalhar em suas terras ou alguma outra coisa a fim de sustentar as suas numerosas famlias. Muitas vezes, quando me esforava para viver com os meus escassos recursos, estive tentado a fazer o mesmo. Sabem por que no o fiz? O idoso homem de Deus fez uma pausa. Todos esperamos ansiosamente. "Permaneci na obra durante esses dias difceis", explicou, "por causa da solicitude, compreenso e atitude crist dos obreiros europeus. eles tambm passavam por dificuldades financeiras, mas fizeram tudo que podiam para ajudar-n