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Panoramados territórios

PARÁ

REALIZAÇÃO

Instituto Unibanco

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PresidênciaPedro Moreira Salles

Vice-presidênciaPedro Sampaio Malan

ConselheirosAntonio MatiasCláudio de Moura CastroCláudio Luiz da Silva HaddadMarcos de Barros LisboaRicardo Paes de BarrosRodolfo Villela MarinoThomaz Souto Corrêa NettoTomas Tomislav Antonin Zinner

DIRETORIA EXECUTIVAClaudio José C. ArromatteCristina CestariFernando Marsella Chacon RuizGabriel Amado de MouraJânio GomesLeila Cristiane B. B. de MeloMarcelo Luis Orticelli

SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVARicardo Henriques

IMPLEMENTAÇÃO DE PROjETOSMaria Julia Azevedo Gouveia

DESENVOLVIMENTO E CONTEúDOSAlexsandro Nascimento Santo

GESTÃO DO CONHECIMENTOMirela de Carvalho

PLANEjAMENTO, ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E COMUNICAÇÃOTiago Borba

ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOFábio Santiago

3 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS PARÁ

Apresentação 5

Conhecendo o território 6

Estrutura Administrativa do estado 20

A situação da educação 23

Políticas educacionais do estado 44

Considerações Finais 65

SUMÁRIO

Este Panorama do Território busca reunir um conjunto de in-formações sobre os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal com o objetivo de produzir um raio-x do Ensino Médio em cada unidade da federação. O leitor encontrará aqui uma sín-tese com informações históricas e geográficas, dados socioe-conômicos e demográficos, informações sobre a estrutura ad-ministrativa do estado e de sua Secretaria de Educação. Além disso, buscou-se traçar um panorama da rede de ensino e das principais políticas educacionais vigentes no estado.

Por trás do trabalho de pesquisa realizado para a elaboração deste documento está a certeza de que conhecer a realidade da educação é passo fundamental para implementar as mu-danças que todos desejamos. É nesse sentido que o Panorama busca lançar luz sobre as especificidades de cada território e de sua história, pretendendo-se um instrumento para pesqui-sadores, formadores de opinião, analistas, estudantes, par-ceiros e todos aqueles preocupados com os rumos do Ensino Médio no Brasil.

Este é um diagnóstico em construção. Muitas das informa-ções aqui reunidas são dinâmicas e por isso ele será atuali-zado periodicamente. Este é um lembrete importante porque reforça para o leitor um dos principais objetivos do Obser-vatório da Educação: captar e sistematizar informações re-levantes no campo da gestão para o ensino médio. Por isso, a leitura do Panorama pode ser ampliada e complementada com outros materiais que você encontra nas seções Em Debate e Cedoc deste Observatório. Não deixe de visitar e participar!

Boa leitura!

APRESENTAÇÃO

CONHECENDO O TERRITóRIO

O estado do Pará é o segundo maior estado do Brasil. Loca-liza-se na região Norte do país e é delimitado pelos estados do Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Roraima, To-cantins, além do Suriname, Guiana e, também, pelo Oceano Atlântico ao norte. É dividido em 144 municípios, o maior deles é Altamira, o quinto município mais extenso do mundo, e o menor é Marituba. Sua capital é Belém1.

O impulso militar que trouxe os portugueses ao Pará, em 1616, fez parte de um projeto político ambicioso de conquista do vale amazônico associado a um projeto econômico de ex-ploração da biodiversidade local. O processo foi contínuo e tenso e a ocupação do território se deu com base no massacre ou escravização das populações indígenas e no confronto bé-lico com as outras potências europeias que possuíam feitorias na Amazônia.

Iniciada em 1835, a Cabanagem, uma revolução liderada pelas camadas populares, foi um momento de explosão social com

1 Fonte Wikipédia, disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1.

2ºmaior estado

do Brasil

PARÁ


PARÁ

9ªmaior

população do país

impacto demográfico e cultural que marcaram para sempre o Pará. Alguns historiadores estimam que um terço da popula-ção morreu no conflito. Um governo do povo foi instalado e vigorou até 1838, quando a capital foi retomada pelas forças legalistas. Porém, os conflitos duraram até aproximadamente 1840. A partir de então, o Pará começou a receber fortes pu-nições pelo governo brasileiro. Colônia popular, indianizada, subversiva, independentista e arrivista, aos olhos de muitos, passou a perder gradativamente seu status. Até mesmo a lín-gua geral, um misto de várias línguas indígenas com o la-tim, falada por todos os comerciantes e populações caboclas, foi proibida. As populações caboclas foram perseguidas e as grandes propriedades agrícolas ou extrativistas deixaram de contar com a atenção e o apoio do governo central.

Essa situação foi superada quando Belém passou a ser conhe-cida como o centro do comércio mundial da borracha. Grandes lojas foram abertas, bem como bancos, casas seguradoras, em-presas de crédito, etc.. O Pará enriqueceu rapidamente, e toda a base econômica anterior, essencialmente diversificada, cedeu lugar, rapidamente, ao extrativismo “monocultor” do látex.

Com o declínio dos dois ciclos da borracha, veio uma angus-tiante estagnação, da qual o Pará só saiu na década de 1960, com o desenvolvimento de atividades agrícolas no sul do estado. A partir da década de 1960, mas principalmente na década de 1970, o crescimento foi acelerado com a exploração de minérios (principalmente na região sudeste do estado), como o ferro na Serra dos Carajás e do ouro em Serra Pelada.2 Atualmente, o estado do Pará é um dos maiores responsá-veis pela pauta exportadora nacional, costumando ficar entre quinto ou sexto maior exportador nos últimos anos — aproxi-madamente 87% de suas exportações são de minérios diver-sos e destinados, sobretudo, à China.3

2 Fonte: Governo do Pará, disponível em: http://www.pa.gov.br/O_Para/historia.asp.

3 Fonte: Wikipédia, disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Para.

BELÉMjá foi o centro do comércio mundial da

borracha

87%das

exportações são de

minérios


81,5%dos jovens de15 a 17 anos

estão na escola

89,9 miljovens entre15 e 17 anos

fora da escola

10.354escolas

públicas

875escolas

estaduais

547escolas com

ensino médio regular

39Diretorias Regionais

de Educação

144municípios


TABELA 1 | População segundo sexo

SEXOPARÁ REGIÃO NORTE BRASIL

NúMERO DE PESSOAS % % %

Homens 4.073.544 50,3% 50,1% 48,4%

Mulheres 4.019.530 49,7% 49,9% 51,6%

TOTAL 8.093.074 100% 100% 100%

FONTE: Pnad 2014elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

50,3%

PARÁ

49,7%

Dados demográficos

A tabela 1 apresenta a distribuição da população do Pará se-gundo sexo, comparada com os dados da região Norte e com a média nacional. Como se pode observar, os homens (50,3%) são uma pequena maioria em relação às mulheres (49,7%) no Pará, diferentemente da proporção nacional, onde o percen-tual de mulheres (51,6%) é superior ao de homens (48,4%). Esse perfil é bem próximo ao da região, em que 50,1% são homens e 49,9% são mulheres.

O Pará possui 26,4% da população concentrada na faixa etá-ria entre 15 e 29 anos. Os jovens entre 15 e 17 anos, que estão em idade de cursar o ensino médio, representam 6,2% da po-pulação (ou 505.743 pessoas). A distribuição por faixa etária no estado mostra que a população é mais jovem que a média nacional, que possui 24,1% de pessoas entre 15 e 29 anos de idade, sendo que 5,2% têm entre 15 e 17 anos de idade. A ta-bela 2 reúne informações sobre faixa etária no Pará, na região Norte e apresenta a média do país.


TABELA 2 | População segundo faixa etária

FAIXA ETÁRIAPARÁ REGIÃO NORTE BRASIL


0 – 05 anos 793.969 9,8% 10,2% 7,9%

6 – 14 anos 1.452.931 18,0% 17,7% 13,7%

15 – 17 anos 505.743 6,2% 6,1% 5,2%

18 – 20 anos 447.428 5,5% 5,7% 5,1%

21 – 24 anos 519.615 6,4% 6,6% 6,1%

25 – 29 anos 674.202 8,3% 8,4% 7,7%

30 – 39 anos 1.254.243 15,5% 15,7% 15,6%

40 anos ou mais 2.444.943 30,2% 29,7% 38,7%

TOTAL 8.093.074 100% 100% 100%


TABELA 3 | População segundo cor/raça

COR/RAÇAPARÁ REGIÃO NORTE BRASIL


Brancos 1.626.510 20,1% 22,1% 45,5%

Negros 6.358.641 78,6% 76,3% 53,6%

Outros (amarelo, indígena e não declarado) 107.923 1,3% 1,6% 0,9%

TOTAL 8.093.074 100% 100% 100%


A tabela a seguir fornece o panorama da população de acordo com a cor/raça. O número de negros no estado é superior ao número de negros no país e na região Norte. Enquanto no Brasil os negros correspondem a 53,6% da população, pouco mais que a metade, no Pará 78,6% dos indivíduos são negros. Embora a região Norte também apresente perfil superior ao país, com 76,3% da população negra, o percentual de negros no estado é maior que o regional.


TABELA 4 | População vivendo em áreas urbana e rural

ÁREA PARÁ REGIÃO NORTE BRASIL


Urbana 5.671.430 70,1% 75,9% 85,1%

Rural 2.421.644 29,9% 24,1% 14,9%

TOTAL 8.093.074 100% 100% 100%


Quanto à situação do domicílio, o estado do Pará tem 70,1% de habitantes residentes em área urbana e 29,9% em área rural. Se comparado com o Brasil (14,9%) e a região Norte (24,1%), o estado tem maior percentual de habitantes vivendo em área rural.

Em termos de indicadores sociais, no estado do Pará, observa-se um cenário menos favorável quando comparado com a média brasileira.

A tabela abaixo apresenta o percentual de pessoas conside-radas extremamente pobres e daquelas consideradas como pobres, tanto no estado como no país.

O critério assumido para a classificação de pobreza é a pro-porção de indivíduos de uma dada região que possui renda per capita igual ou inferior a R$ 140,00 por mês (R$ 4,60 por dia). Já o critério para definir os indivíduos extremamente pobres é a proporção da população cuja renda familiar per capita não ultrapasse R$ 70,00 mensais (R$ 2,30 por dia). No Pará, os indicadores apontam que 15,9% da população é ex-


TABELA 5 | indicador social: pobreza

POBREZAPARÁ BRASIL

% %

Extremamente pobres 15,9 6,6

Pobres 32,3 15,2

FONTE: idHm-PnUd 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

TABELA 6 | indicador social: esperança de vida e anos de estudo

INDICADORES PARÁ BRASIL

Esperança de vida 72,4 73,9

Expectativa de anos de estudo 8,5 9,5

FONTE: idHm-PnUd 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

tremamente pobre, enquanto no país esse número chega a ser cerca de duas vezes menor (6,6%). No estado, também há mais pobres (32,3%) do que no país (15,2%).

Com indicadores de pobreza piores que a média brasileira, é de se esperar que isso se reflita em outros indicadores sociais. Como é possível observar, a esperança de vida ao nascer, que reflete as condições de vida e de saúde de uma população nascida em determinado ano, é menor para os paraenses, com expectativa de vida de aproximadamente 72 anos, contra 74 da média do país. A expectativa quanto ao número de anos de estudo da população no Pará também é menor que a do país, com 8,5 anos contra 9,5, respectivamente.


TABELA 7 | População jovem segundo faixa etária – 2014

FAIXA ETÁRIA NúMERO DE PESSOAS PERCENTUAL DA POPULAÇÃO jOVEM

PERCENTUAL DA POPULAÇÃO TOTAL

15 a 17 486.649 21,7% 6,4%

18 a 24 1.049.808 46,8% 13,8%

25 a 29 707.322 31,5% 9,3%

População Jovem(15 a 29 anos) 2.243.780 100,0% 29,6%

POPULAÇÃO TOTAL 7.581.051 - 100,0%

FONTE: Censo 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

População jovem

A população jovem do Pará é de mais de 2 milhões de pes-soas, o que significa pouco mais de um quarto de toda a po-pulação do estado (29,6%). Dentre os jovens, os de 15 a 17 anos (idade na qual deveriam estar cursando o ensino médio) representam 21,7% (ou 6,4% da população do estado, totali-zando 486.649 pessoas); os de 18 a 24 são 46,8% da população jovem e os de 25 a 29 anos representam 31,5% dos jovens.

Como mostra a tabela 8, os homens são uma pequena maioria entre os jovens paraenses (50,2%), seguindo a tendência da população total do estado, na qual representam número pare-cido (50,4%). Entre os jovens de 15 e 17 anos, há um número maior de homens (54,7%), tal como observado na faixa etária de 18 a 24, composta por 50,1% de homens. A situação se in-verte apenas na faixa entre 25 e 29, em que a população jovem feminina é de 52,1%.


TABELA 8 | População jovem segundo sexo – 2010

SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

jOVEM (15 A 29 ANOS)

POPULAÇÃO TOTAL

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS %

Homem 240.078 49,3% 523.827 49,9% 354.521 50,1% 1.118.426 49,8% 3.759.214 49,6%

Mulher 246.571 50,7% 525.981 50,1% 352.801 49,9% 1.125.353 50,2% 3.821.837 50,4%

TOTAL 486.649 100,0% 1.049.808 100,0% 707.322 100,0% 2.243.780 100,0% 7.581.051 100,0%


TABELA 9 | População jovem segundo cor/raça – 2010

COR/RAÇA


jOVEM (15 A 29 ANOS)

POPULAÇÃO TOTAL



PESSOAS % Nº DE PESSOAS %

Brancos 99.631 20,5% 213.689 20,4% 149.439 21,1% 462.759 20,6% 1.637.544 21,6%

Negros 380.274 78,1% 820.128 78,1% 547.514 77,4% 1.747.916 77,9% 5.834.660 77,0%

Outros (amarelo, indígena e nãodeclarado)

6.744 1,4% 15.992 1,5% 10.369 1,5% 33.105 1,5% 108.847 1,4%

TOTAL 486.649 100,0% 1.049.808 100,0% 707.322 100,0% 2.243.780 100,0% 7.581.051 100,0%


ENTRE OS jOVENS

77,9%são negros

Assim como a população total do Pará, os jovens são majo-ritariamente negros. Eles chegam a quase 80% da população em todas as faixas etárias analisadas. No estado, há 77% de negros e, dentre os jovens, estes são 77,9%. Os brancos são 21,6% dos paraenses e 20,6% dos jovens. Pessoas amarelas e indígenas somam 1,5% dos jovens. Dentre os jovens, o maior percentual de negros encontra-se nas faixas etárias de 15 a 17 e de 18 a 24 (78,1% em ambas). Já os brancos são mais repre-sentados na faixa etária de 25 a 29 anos (21,1%).

20,6%são brancos


TABELA 10 | mulheres jovens que possuem filhos – 2010

MULHERES COM FILHOS


jOVEM(15 A 29 ANOS)



PESSOAS %

Sem Filho 214.839 89,5% 281.802 53,8% 98.680 27,8% 595.322 53,2%

Com Filho 25.239 10,5% 242.025 46,2% 255.841 72,2% 523.105 46,8%

TOTAL 240.078 100,0% 523.827 100,0% 354.521 100,0% 1.118.426 100,0%


TABELA 11 | População jovem segundo responsabilidade pelo domicílio – 2010

jOVENS RESPONSÁVEISPELO DOMICíLIO


jOVEM(15 A 29 ANOS)



PESSOAS %

476.793 98,0% 911.923 86,9% 497.544 70,3% 1.886.260 84,1%Não responsável pelo domicílio

Responsável pelo domicílio 9.856 2,0% 137.885 13,1% 209.778 29,7% 357.520 15,9%

TOTAL 486.649 100,0% 1.049.808 100,0% 707.322 100,0% 2.243.780 100,0%


A maternidade é uma realidade para 46,8% das mulheres jo-vens do Pará. Dentre aquelas que têm entre 15 e 17 anos ape-nas, mais de 25 mil já tem filhos, ou 10,5% entre as meninas desta idade. Como era de se esperar, esta proporção aumenta com a faixa etária, chegando a 46,2% dentre as que têm de 18 a 24 anos e a 72,2% para aquelas que têm de 25 a 29 anos.

Alguns jovens dividem suas tarefas entre estudar, trabalhar e também são responsáveis pelo domicílio onde vivem. No estado do Pará, na faixa etária correspondente ao Ensino Mé-dio, 2% dos jovens já são os responsáveis pelo domicílio, taxa que cresce para 13,1% dos jovens entre 18 e 24 anos e 29,7% entre 25 e 29 anos. Considerando as três faixas etárias que compõem a população jovem, aproximadamente 15,9% são jovens responsáveis pelo domicílio onde moram.


Assim como a responsabilidade pela casa, o trabalho está pre-sente desde cedo na vida de muitos jovens. Alguns acumu-lam a dupla jornada de estudos e trabalho e outros deixam de estudar para apenas trabalhar. Na tabela 12, vê-se que, entre os adolescentes paraenses de 15 a 17 anos – idade em que o estudo é obrigatório –, 28,5% estão fora da escola (5,8% que trabalham e 12,7% que não trabalham nem estudam), 21,1% trabalham (15,3% conciliam o trabalho com os estudos, mais 5,8% que se dedicam exclusivamente ao trabalho) e 66,2% conseguem se dedicar exclusivamente aos estudos. Na faixa etária dos 18 aos 24 anos (idade que equivale ao estudo uni-versitário)4, apenas 32,3% dos paraenses seguiram estudando, dos quais mais da metade se dedicando exclusivamente (20% apenas estudam e 12,3% estudam e trabalham). Dentre os jo-vens desta faixa etária 34,6% já se dedicam exclusivamente ao trabalho e, somados aos que conciliam estudo e trabalho, esta realidade chega a 47%. Os que não estudam e não trabalham somam 33%. No grupo dos jovens de 25 a 29 anos (idade que equivale a uma pós-graduação)5, apenas 5,9% conseguem continuar seus estudos com dedicação exclusiva, outros 8%

4 Como veremos na seção 4, a distorção idade série é considerável no país (cerca de 30%) e, portanto, nesta faixa etária diversos jovens ainda podem estar no ensino médio.

5 apesar de a idade ser equivalente ao estudo de pós-graduação, é possível que haja jovens cursando graduação e, eventualmente, mesmo o ensino médio.

TABELA 12 | População jovem segundo ocupação – 2010

OCUPAÇÃO


jOVEM(15 A 29 ANOS)



PESSOAS %

Estuda 322.063 66,2% 210.081 20,0% 41.956 5,9% 574.100 25,6%

Estuda e Trabalha 74.635 15,3% 129.274 12,3% 56.707 8,0% 260.616 11,6%

Trabalha 27.991 5,8% 363.677 34,6% 381.004 53,9% 772.672 34,4%

Não Estuda e Não Trabalha 61.960 12,7% 346.778 33,0% 227.655 32,2% 636.392 28,4%

TOTAL 486.649 100,0% 1.049.808 100,0% 707.322 100,0% 2.243.780 100,0%



23,1%estuda

44,6%trabalha

ENTRE OS HOMENS jOVENS

conciliam os estudos com o trabalho. Os que apenas traba-lham representam 61,9%, já 32,2% dos jovens desta faixa etá-ria não estudam nem trabalham.

Ao analisar as ocupações dos jovens por sexo, percebe-se que as mulheres estudam mais que os homens, tanto na média como em cada uma das faixas etárias separadamente. Por outro lado, os homens são os responsáveis por maior parte da população jovem que trabalha em quase todas as faixas etárias. Entre os que não estudam e não trabalham, a maioria são mulheres em todas as faixas etárias, como indica a tabela 13. No Pará, dos meninos de 15 a 17 anos, 9,7% não trabalham nem estudam, enquanto esta é a realidade para 15,8% das me-ninas. No grupo de 18 a 24 anos, 22,8% dos rapazes e 43,3% das moças não estudam nem trabalham. Para os que têm en-tre 25 e 29 anos esta diferença se mantém elevada: os que não estudam nem trabalham são 19,5% dos homens e 44,8% das mulheres.

Entre aqueles que trabalham, os homens são maioria, e isso pode indicar que eles continuam concentrando papel de pro-vedor na família, enquanto o trabalho doméstico e de cui-dado familiar prevalece entre as mulheres. Dentre os meninos de 15 a 17 anos, 26,7% já trabalham. Em relação às meninas da mesma idade, são apenas 15,4% que trabalham. Na faixa etária de 18 a 24 anos, a porcentagem para os rapazes é 59,8%, e para as moças é 34%. A diferença se mantém elevada no grupo entre 25 e 29 anos: 77,1% dos homens e 46,8% das mu-lheres trabalham. É interessante observar que, no Pará, a ex-ceção a esta afirmação se dá entre as mulheres de 25 a 29 anos que trabalham e estudam. Este é o único caso em que são uma pequena maioria com 6,8% em relação a 5,7% de homens.


TABELA 14 | População jovem segundo acesso à internet no domicílio – 2010

ACESSO à INTERNET NO DOMICíLIO SEGUNDO SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOS POPULAÇÃO jOVEM(15 A 29 ANOS)

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

Sem Internet no Domicílio 90,9% 91,0% 90,5% 90,6% 90,5% 90,2% 90,6% 90,6%

Com Internet no Domicílio 6,6% 6,7% 7,0% 7,0% 7,2% 7,3% 7,0% 7,0%

Não informado 2,6% 2,4% 2,5% 2,4% 2,4% 2,5% 2,5% 2,4%

TOTAL 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%


Observando a tabela 14, chama a atenção que mais de 90% dos jovens do Pará não possuem acesso à internet no domi-cílio. O acesso à internet sofre uma melhora muito pequena à medida que aumentam as faixas etárias. Interessante ressaltar que não há diferenças significativas entre os sexos, pois ape-nas 7% da população jovem tem acesso à rede mundial de computadores em suas casas.

TABELA 13 | População jovem segundo ocupação e sexo – 2010

OCUPAÇÃO SEGUNDO SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOS POPULAÇÃO jOVEM(15 A 29 ANOS)

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

Estuda 63,6% 68,8% 17,3% 22,7% 3,4% 8,5% 23,1% 28,1%

Estuda e Trabalha 19,1% 11,5% 14,5% 10,1% 7,7% 8,4% 13,4% 9,8%

Trabalha 7,6% 3,9% 45,3% 23,9% 69,4% 38,4% 44,6% 24,2%

Não Estuda e Não Trabalha 9,7% 15,8% 22,8% 43,3% 19,5% 44,8% 18,9% 37,9%

TOTAL 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%



A ESTRUTURAADMINISTRATIVA

DO ESTADO

O atual governador do Pará, Simão Robison Oliveira Jatene, do PSDB, está em seu terceiro mandato (2002-2006; 2010-2014; 2014-2018). Mestre em Economia pela Unicamp, lecionou na UFPA e ocupou diversos cargos em sua carreira política. Foi secretário de Estado de Planejamento e de Produção e secre-tário geral do ministério da Reforma Agrária.

O foco de atuação da atual gestão é a redução da pobreza e da desigualdade. Dentre as ações desenvolvidas para atingir os objetivos estão o PRO PAZ, Pacto pela Educação, Municípios Verdes, dentre outros. Outro foco de atuação é a implemen-tação do monitoramento do Índice de Progresso Social (IPS) com vista a melhorar os indicadores sociais através da inte-gração das diferentes políticas públicas, harmonizando cres-cimento econômico com respeito ao meio ambiente6.

A Secretaria Estadual de Educação e a rede estadual de ensino

A secretária à frente da pasta da Educação do Pará atual-mente é Ana Cláudia Hage. Graduada em pedagogia, possui uma longa trajetória na área da educação. Lecionou na Uni-versidade Estadual do Pará (UEPA), foi assessora de Relações Nacionais e Internacionais da Universidade Federal do Pará (UFPA) e atuou na delegacia de assuntos educacionais do Mi-nistério da Educação no estado. Antes de assumir o cargo de secretária, Ana Cláudia Hage já estava atuando como adjunta de ensino na SEDUC, após ter desempenhado a função de diretora de Educação Infantil e Fundamental da Secretaria. Além disso, foi chefe do Departamento de Educação Espe-cial DEES/UEPA, vice-coordenadora do curso de Pedagogia, diretora do Centro de Ciências Sociais e Educação/UEPA, e diretora acadêmica da Escola Superior Madre Celeste.

6 Fonte: Governo do Pará, disponível em: http://www.pa.gov.br


Ana Cláudia Hage também possui experiência no Conselho Estadual de Educação do Pará – onde já foi vice-presidente, já ocupou a cadeira de presidente da Câmara de Educação Básica e é, atualmente, presidente do Fórum Estadual de Edu-cação. Desde janeiro de 2015, a pedagoga é também coorde-nadora estadual da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE) do MEC.

Estrutura Organizacional

seCretaria de estado de edUCaÇÃo – sedUC

• Secretária de Educação: Ana Cláudia Serruya Hage

• Chefe de Gabinete: Luciane Santana Lopes

• Assessor Jurídico: Fagner Henrique Maia Feitosa

• Assessor de Comunicação: Rose Barbosa

• Ouvidora: Patrícia Miralha

seCretaria adjUnta de ensino – saen

• Secretário Adjunto: José Roberto Alves da Silva

• Chefe de Gabinete: Ghislaine Leite Tupinambá

seCretaria adjUnta de PLanejamento e GestÃo – saPG

• Secretária Adjunta: Mariléa Ferreira Sanches

• Chefe de Gabinete: Cleide Nazaré Moura do Amaral

seCretaria adjUnta de GestÃo Pessoas – saGeP

• Secretária Adjunta: Dayse Ana Batista Santos

• Chefe de Gabinete

seCretaria adjUnta de LoGÍstiCa esCoLar – saLe

• Secretário Adjunto: Maria Beatriz Mandelert Padovani

• Chefe de Gabinete: Rosana Maria de Brito Monteiro Silva

39Diretorias

Regionais de Educação

ESTRUTURA


A SITUAÇÃODA EDUCAÇÃO

De acordo com o Censo Escolar de 2015, a rede estadual de educação do Pará é composta por 875 escolas. São 716 unida-des (81,8%) localizadas em área urbana e 159 (18,2%) em área rural. As matrículas das escolas estaduais – reunindo todas as etapas e modalidades de ensino – somam um total de 621.106. São 567.469 matrículas em área urbana e 53.637 na área rural.

Do total de escolas do estado, 547 compõem a rede de ensino médio regular estadual, estando 461 (84,3%) delas localizadas na área urbana e 86 (15,7%) escolas na área rural. O total de ma-trículas em escolas com ensino médio regular totaliza 320.070, que estão distribuídas da seguinte forma: 294.261 matrículas em escolas urbanas e 25.809 matrículas em escolas situadas em área rural.

Uma forma de avaliação da rede escolar é o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, que consi-dera o fluxo escolar e média de desempenho dos alunos em avaliações padronizadas. O Ideb do Pará subiu de 2,6 para 3,0 entre os anos de 2005 e 2015 com bastantes oscilações ao longo do período, mas não chegando a alcançar a pontuação nacio-nal, se mantendo sempre abaixo. O mais próximo da média nacional que o Pará chegou foi justamente em 2009, quando o

10.354escolas

públicas

875escolas

estaduais

REDE ESTADUAL

DE EDUCAÇÃO

81,8%em área urbana

18,2%em área

rural

GRÁFICO 1 | ideb Pará x Brasil

FONTE: inePelaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

PARÁ

BRASIL3,0

3,2 3,4 3,4 3,4

3,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

NORTE

PARÁ

BRASIL

236,9 236,8

257,3

244,3

238,5

250,7248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORTE

260,0

262,9265,5 264,9

260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

BRASIL

PARÁ

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

53,4

55,4

54,3

PARÁ

BRASIL

NORTE

PARÁ

33,87%

FACEBOOK 75,81%

BLOG

4,03%SITE INSTITUCIONAL

4,84%YOUTUBE

0,81%TWITTER

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

PARÁ

NORTE

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

236,1

239,4

256,5 250,8

243,5

255,2

2,7 2,73,1 3,1 3,2

2,9

243,6

247,3

256,8

249,9

245,5

253,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

236,9

236,8

257,3

244,3

238,5

250,7

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

54,5

73,0

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

73,0

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

37,2 38,1 38,3 36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

46,6

63,9

43,750,9 46,0

40,348,9 48,2

43,4 41,9

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015


Brasil apresentava nota 3,4 e o estado, 3,0. Cabe destacar que, em 2015, a média estadual retomou o crescimento, mas essa mudança não foi suficiente para ultrapassar o desempenho do país.

Ao confrontar o resultado do Ideb do Pará com o da região Norte, percebe-se que o desempenho do estado ficou abaixo do desempenho regional em toda a série. A média do Pará era 0,1 menor que a do Norte em 2005 (2,6 e 2,7 respectivamente). Em 2007, essa diferença negativa para o estado aumentou para 0,4, mas voltou para 0,1 em 2009. Entre 2011 e 2013, a diferença entre estado e região aumentou novamente e man-teve-se sem alteração: 0,3. Em 2015, o estado alcançou média 3,0 (0,2 abaixo do desempenho regional).

GRÁFICO 2 | ideb Pará x região norte


No Ideb, o estado do Pará apresentou um desempenho me-nos favorável em relação à região Norte e ao país. Esse cená-rio pode ser complementado com as informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB).

PARÁ

BRASIL3,0

3,2 3,4 3,4 3,4

3,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

NORTE

PARÁ

BRASIL

236,9 236,8

257,3

244,3

238,5

250,7248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORTE

260,0

262,9265,5 264,9

260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

BRASIL

PARÁ

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

53,4

55,4

54,3

PARÁ

BRASIL

NORTE

PARÁ

33,87%

FACEBOOK 75,81%

BLOG


4,84%YOUTUBE

0,81%TWITTER

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

PARÁ

NORTE

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

236,1

239,4

256,5 250,8

243,5

255,2

2,7 2,73,1 3,1 3,2

2,9

243,6

247,3

256,8

249,9

245,5

253,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

236,9

236,8

257,3

244,3

238,5

250,7

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

54,5

73,0

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

73,0

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

37,2 38,1 38,3 36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

46,6

63,9

43,750,9 46,0

40,348,9 48,2

43,4 41,9

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015


o saeB produz informações a respeito da realidade educacional brasileira por meio de avaliações bienais de proficiência em matemática e em Língua Portuguesa. trata-se de uma avaliação por amostra e seus resultados, em conjunto com as taxas de aprovação escolar, são a base de cálculo para o ideb de cada estado e do índice nacional.

ESCALA LÍNGUA PORTUGUESA

225 250 275 300 325 350 375 400 425

NÍVEL1

NÍVEL2

NÍVEL3

NÍVEL4

NÍVEL5

NÍVEL6

NÍVEL7

NÍVEL8

ESCALA MATEMÁTICA

225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475

NÍVEL1

NÍVEL2

NÍVEL3

NÍVEL4

NÍVEL5

NÍVEL6

NÍVEL7

NÍVEL8

NÍVEL9

NÍVEL10

A escala de língua portuguesa no ensino médio varia de 225 a 425, dividida em oito níveis, onde quanto mais alto o nível, melhor o desempenho. Conforme observado no gráfico 3, o Pará estava no nível 1 em todos os anos, com exceção do ano de 2009, quando atingiu 257,3. O diferencial entre a média do Pará e do Brasil diminuiu neste período (era de 11,8 pontos em 2005 e passou a ser 9,9 em 2015). Em 2009, o estado teve nota bastante próxima da nacional, ficando apenas 4,6 pontos abaixo da nota do país.

Em relação à região Norte, o gráfico 4 demonstra que o estado do Pará apresentou uma tendência bastante similar. No en-tanto, o diferencial das notas aumentou ao longo do período: em 2005, era 0,8 mais alto do que a média da região e passou a ser 4,5 mais baixo em 2015. Durante o período, os dois inverte-ram as posições algumas vezes. Em 2005 e 2009, o Pará obteve notas mais altas que as da região, enquanto 2007, 2011 e 2013 foram anos em que a região Norte ficou mais bem colocada. Até 2009, a diferença entre os dois era pequena, variando entre


0,8 e 2,6. Nos anos seguintes, a diferença aumentou conside-ravelmente: chegou a 6,5 em 2011 e foi de 5 em 2013. Já em 2015, estado e região obtiveram aumento em suas médias, mas a região Norte permaneceu acima do desempenho estadual. Pode-se perceber que a tendência de notas do Pará acompanha muito mais a região onde o estado está localizado do que as do país como um todo.

GRÁFICO 3 | saeB Língua Portuguesa Pará x Brasil

GRÁFICO 4 | saeB Língua Portuguesa Pará x região norte


PARÁ

BRASIL3,0

3,2 3,4 3,4 3,4

3,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

NORTE

PARÁ

BRASIL

236,9 236,8

257,3

244,3

238,5

250,7248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORTE

260,0

262,9265,5 264,9

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2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

BRASIL

PARÁ

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

53,4

55,4

54,3

PARÁ

BRASIL

NORTE

PARÁ

33,87%

FACEBOOK 75,81%

BLOG


4,84%YOUTUBE

0,81%TWITTER

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

PARÁ

NORTE

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

236,1

239,4

256,5 250,8

243,5

255,2

2,7 2,73,1 3,1 3,2

2,9

243,6

247,3

256,8

249,9

245,5

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2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,6

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257,3

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238,5

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242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

54,5

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20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

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54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

37,2 38,1 38,3 36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

46,6

63,9

43,750,9 46,0

40,348,9 48,2

43,4 41,9

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

PARÁ

BRASIL3,0

3,2 3,4 3,4 3,4

3,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

NORTE

PARÁ

BRASIL

236,9 236,8

257,3

244,3

238,5

250,7248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

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260,0

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260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

BRASIL

PARÁ

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

53,4

55,4

54,3

PARÁ

BRASIL

NORTE

PARÁ

33,87%

FACEBOOK 75,81%

BLOG


4,84%YOUTUBE

0,81%TWITTER

2,6

2,3

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2,8

PARÁ

NORTE

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

236,1

239,4

256,5 250,8

243,5

255,2

2,7 2,73,1 3,1 3,2

2,9

243,6

247,3

256,8

249,9

245,5

253,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

236,9

236,8

257,3

244,3

238,5

250,7

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

54,5

73,0

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

73,0

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

37,2 38,1 38,3 36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

46,6

63,9

43,750,9 46,0

40,348,9 48,2

43,4 41,9

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015


A escala SAEB para a prova de Matemática do ensino médio varia entre 225 e 475 pontos (distribuídos em intervalos que correspondem a dez níveis). Ao observar o gráfico 5, percebe-mos que o desempenho estadual em Matemática apresentou grande variação no período, demonstrando seu pico no ano de 2009 (256,8) e uma nova queda que trouxe o índice em 2013 a um número menor (240,4) do que o obtido em 2005 (424). A di-ferença para as notas do país é bastante significativa, variando entre 8,7, em 2009, e 23,3 no ano de 2011. Contudo, o estado apresentou melhora significativa em 2015 (10 pontos acima do resultado anterior), enquanto o país diminuiu sua média (1 ponto abaixo da média obtida em 2013).

Ao se comparar o desempenho do Pará com a região Norte, percebe-se que a tendência é bastante similar, assim como no SAEB para a prova de língua portuguesa. A diferença de de-sempenho varia entre 1,6, em 2005, e 8,3 em 2011. Vale apontar que, em 2009, ambos obtiveram exatamente a mesma nota. Foi possível perceber que o desempenho estadual em matemática saiu de 242,0 em 2005, apresentou períodos de oscilação e en-cerrou a série com aumento de 8,4 em relação à nota de 2005 e 10 pontos acima do resultado de 2013.

GRÁFICO 5 | saeB matemática Pará x Brasil


PARÁ

BRASIL3,0

3,2 3,4 3,4 3,4

3,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

NORTE

PARÁ

BRASIL

236,9 236,8

257,3

244,3

238,5

250,7248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORTE

260,0

262,9265,5 264,9

260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

BRASIL

PARÁ

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

53,4

55,4

54,3

PARÁ

BRASIL

NORTE

PARÁ

33,87%

FACEBOOK 75,81%

BLOG


4,84%YOUTUBE

0,81%TWITTER

2,6

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2,73,03,0

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PARÁ

NORTE

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

236,1

239,4

256,5 250,8

243,5

255,2

2,7 2,73,1 3,1 3,2

2,9

243,6

247,3

256,8

249,9

245,5

253,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

236,9

236,8

257,3

244,3

238,5

250,7

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

54,5

73,0

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

73,0

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

37,2 38,1 38,3 36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

46,6

63,9

43,750,9 46,0

40,348,9 48,2

43,4 41,9

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015


O Censo Escolar é um levantamento nacional de dados esta-tísticos educacionais, a partir de informações fornecidas pelas próprias escolas. Dentre elas estão as somas dos alunos apro-vados, reprovados e que abandonaram a escola ao final de cada ano letivo. A tabela 15 apresenta esses dados para o Pará e a média nacional. Podemos notar que o estado tem menos reprovações no 1º ano quando comparado com o resultado do país. No entanto, as taxas de reprovação do 3ª ano são mais elevadas que a média brasileira. Em relação às aprovações, nota-se que as taxas paraenses são menores em todas as sé-ries. O abandono no estado requer bastante atenção, pois suas taxas no 1º e 2º anos são, em média, duas vezes mais altas que no país. No 3º ano, a situação é ainda mais desafiadora: os estudantes paraenses que deveriam estar concluindo o ensino médio abandonam a escola, em média, três vezes mais que o registrado no país.

GRÁFICO 6 | saeB matemática Pará x região norte


PARÁ

BRASIL3,0

3,2 3,4 3,4 3,4

3,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

NORTE

PARÁ

BRASIL

236,9 236,8

257,3

244,3

238,5

250,7248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORTE

260,0

262,9265,5 264,9

260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

BRASIL

PARÁ

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

53,4

55,4

54,3

PARÁ

BRASIL

NORTE

PARÁ

33,87%

FACEBOOK 75,81%

BLOG


4,84%YOUTUBE

0,81%TWITTER

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

PARÁ

NORTE

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

236,1

239,4

256,5 250,8

243,5

255,2

2,7 2,73,1 3,1 3,2

2,9

243,6

247,3

256,8

249,9

245,5

253,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

236,9

236,8

257,3

244,3

238,5

250,7

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

54,5

73,0

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

73,0

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

37,2 38,1 38,3 36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

46,6

63,9

43,750,9 46,0

40,348,9 48,2

43,4 41,9

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015


GRÁFICO 7 | taxa de distorção idade-série Pará

FONTE: ineP 2015 elaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

PARÁ

BRASIL3,0

3,2 3,4 3,4 3,4

3,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

NORTE

PARÁ

BRASIL

236,9 236,8

257,3

244,3

238,5

250,7248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORTE

260,0

262,9265,5 264,9

260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

BRASIL

PARÁ

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

53,4

55,4

54,3

PARÁ

BRASIL

NORTE

PARÁ

33,87%

FACEBOOK 75,81%

BLOG


4,84%YOUTUBE

0,81%TWITTER

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

PARÁ

NORTE

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

236,1

239,4

256,5 250,8

243,5

255,2

2,7 2,73,1 3,1 3,2

2,9

243,6

247,3

256,8

249,9

245,5

253,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

236,9

236,8

257,3

244,3

238,5

250,7

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

54,5

73,0

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

73,0

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

37,2 38,1 38,3 36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

46,6

63,9

43,750,9 46,0

40,348,9 48,2

43,4 41,9

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

TABELA 15 | taxa de reprovação, aprovação e abandono

ENSINO MéDIO

PARÁ BRASIL

REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO

1º ano EM 13,1 21,4 65,5 17,7 10,0 72,3

2º ano EM 8,8 17,9 73,7 11,0 7,2 81,8

3º ano EM 10,8 15,8 73,4 6,6 5,4 88,0

FONTE: Censo escolar 2015 elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

No que se refere à taxa de distorção idade-série, indicador que permite avaliar o percentual de alunos, em cada série, com idade superior à recomendada, o gráfico 7 mostra que a distor-ção é maior no segundo ano do ensino médio, com taxa de 55,4.

Já os gráficos 8 e 9, demonstram que há uma tendência de diminuição da distorção idade-série ao longo dos anos. No entanto, observa-se que, durante toda a série, as taxas esta-duais foram mais elevadas que as do país. Chama a atenção que em 2007 a distorção idade-série atingia quase três quartos de seus alunos e, em 2015 – oito anos depois –, o Pará redu-ziu de forma significativa a sua taxa de distorção (de 56,4 em 2014 para 39,5 em 2015). Essa taxa é inferior à registrada pela região Norte (47,6) e um pouco mais elevada do que a taxa do país no mesmo ano (30,6).


GRÁFICO 8 | taxa de distorção idade-série Pará x Brasil

FONTE: ineP 2015elaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

GRÁFICO 9 | taxa de distorção idade-série Pará x norte

FONTE: ineP 2015elaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

PARÁ

BRASIL3,0

3,2 3,4 3,4 3,4

3,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

NORTE

PARÁ

BRASIL

236,9 236,8

257,3

244,3

238,5

250,7248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORTE

260,0

262,9265,5 264,9

260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

BRASIL

PARÁ

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

53,4

55,4

54,3

PARÁ

BRASIL

NORTE

PARÁ

33,87%

FACEBOOK 75,81%

BLOG


4,84%YOUTUBE

0,81%TWITTER

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

PARÁ

NORTE

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

236,1

239,4

256,5 250,8

243,5

255,2

2,7 2,73,1 3,1 3,2

2,9

243,6

247,3

256,8

249,9

245,5

253,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

236,9

236,8

257,3

244,3

238,5

250,7

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

54,5

73,0

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

73,0

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

37,2 38,1 38,3 36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

46,6

63,9

43,750,9 46,0

40,348,9 48,2

43,4 41,9

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

PARÁ

BRASIL3,0

3,2 3,4 3,4 3,4

3,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

NORTE

PARÁ

BRASIL

236,9 236,8

257,3

244,3

238,5

250,7248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORTE

260,0

262,9265,5 264,9

260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

BRASIL

PARÁ

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

53,4

55,4

54,3

PARÁ

BRASIL

NORTE

PARÁ

33,87%

FACEBOOK 75,81%

BLOG


4,84%YOUTUBE

0,81%TWITTER

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

PARÁ

NORTE

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

236,1

239,4

256,5 250,8

243,5

255,2

2,7 2,73,1 3,1 3,2

2,9

243,6

247,3

256,8

249,9

245,5

253,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

236,9

236,8

257,3

244,3

238,5

250,7

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

54,5

73,0

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

73,0

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

37,2 38,1 38,3 36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

46,6

63,9

43,750,9 46,0

40,348,9 48,2

43,4 41,9

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015


A avaliação estadual aponta que houve uma piora no desem-penho tanto de língua portuguesa quanto no de matemática ao longo destes anos analisados. O índice da primeira dimi-nuiu 17,2, enquanto a segunda desceu 2,7. Ambas as discipli-nas seguiam tendências parecidas até o ano de 2013, quando as notas de matemática voltaram a melhorar, subindo 2,6, e as notas de português tiveram queda de 9,7.

GRÁFICO 10 | sisPae – sistema Paraense de avaliação educacional

FONTE: sedUC/Paelaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

MATEMÁTICA

LÍNGUA PORTUGUESA

241,9

242,8

236,6

239,2

244,6

241,3227,1

227,4

2011 2012 2013 2014


Internet e redes sociais nas escolas

O uso de computador e da internet nas escolas pode ser con-siderado uma ferramenta didática atual e dinâmica que pode despertar maior interesse dos jovens. Apesar de não ser una-nimidade, há estudos que apontam para o uso de Tecnolo-gias de Informação e Comunicação (TICs) nas salas de aula como responsável por elevar a qualidade da educação, bem como por proporcionar uma maior preparação dos jovens para atuar em um mundo global e competitivo. Para além da existência de computadores nas escolas, as pesquisas sinali-zam a importância da preparação dos professores para a uti-lização de tais tecnologias, não sendo, portanto, automático o impacto na qualidade do ensino7. Além disso, a existência de computador e internet nas escolas pode ser considerada uma boa forma de inclusão digital, uma vez que diversos jovens não possuem acesso a computadores ou internet em seus do-micílios, como foi visto na Tabela 14.

A existência de computador contempla 48,3% do universo das escolas públicas do Pará, mas o acesso à internet é menor: apenas 25,4%. Essa realidade é bem inferior à média brasi-leira, em que 75,6% das escolas são equipadas com computa-dor e 58,6% possuem acesso à internet.

7 sobre impacto do uso de tiCs na educação: Lena, Lavinas. avaliando a inclusão digital Pela escola - o Projeto Uca-total. rio de janeiro: Hucitec, 2015; o Uso dos Computadores e da internet nas escolas Públicas de Capitais Brasileiras. disponí-vel em: <http://www.institutounibanco.org.br/wp-content/uploads/2013/07/o_uso_de_computadores_na_escola.pdf

ESCOLAS PúBLICAS

DOPARÁ

43%possuem

computador

21,6%têm acesso à internet


Entre as escolas estaduais paraenses, o acesso ao computador e à internet é bem maior, se comparado às escolas públicas no estado. Em relação ao acesso ao computador, o percentual de escolas estaduais chega a 92,8%; já em relação ao acesso à in-ternet o acesso chega a 80,7%. Esta maior presença de TICs nas escolas estaduais também é observada no país como um todo: 94,3% das escolas estaduais brasileiras têm computadores e 88,5% possuem acesso à internet, como mostra a tabela 17.

TABELA 17 | existência de computador e acesso à internet nas escolas estaduais

PARÁ BRASIL

NúMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO à INTERNET

(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)


(%)

875 92,8 80,7 94,3 88,5

FONTE: Censo escolar 2015elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Entre as escolas estaduais com ensino médio regular, o estado do Pará apresenta uma oferta de internet inferior à média na-cional. O acesso à internet no estado é uma realidade para 85,4% das escolas, enquanto a média nacional é de 93,3%, como pode ser observado na tabela 18.

TABELA 16 | existência de computador e acesso à internet nas escolas públicas

PARÁ BRASIL

NúMERO DE ESCOLAS

PúBLICAS

POSSUI COMPUTADOR

(%)


(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)


(%)

10.354 48,3 25,4 75,6 58,6



É possível esmiuçar esses dados de acesso por município e identificar em quais regiões estão as escolas que ainda não estão equipadas com computador e internet, analisando se se trata de uma questão localizada ou generalizada.

Como pôde ser visto na tabela anterior, no estado do Pará, 96,5% das escolas estaduais com ensino médio regular possuem computador. Contudo, de acordo com a tabela 19, das 39 Regionais, 11 não possuem computadores em todas as suas escolas. Belém unidade 14, Maracanã, Obidos e Santa Izabel do Pará têm cobertura de 85,7%, 88,9%, 84,6% e 85,2%, respectivamente. As outras 7 regionais possuem cobertura de mais de 90%. O acesso à internet é universal em menos Regionais: apenas 19 têm todas as suas escolas conectadas à rede. Santa Izabel do Pará e Capitão Poco são as Regionais que têm o menor percentual de escolas com acesso à internet: 59,3% e 61,5%. Há 6 Regionais que têm entre 70% e 80% de suas escolas com internet, 10 Regionais que têm entre 80% e 90%, e outras 4 com mais de 90% das escolas conectadas à rede.

TABELA 18 | existência de computador e acesso à internet nas escolas estaduais com ensino médio regular

PARÁ BRASIL

NúMERO DE ESCOLAS

ESTADUAIS COM ENSINO MéDIO

POSSUI COMPUTADOR

(%)


(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)


(%)

547 96,5 85,4 97,8 93,3



TABELA 19 | existência de computador e acesso à internet segundo regionais – 2015

REGIONAL

Nú

MER

O D

E ES

COLA

S

PO

SSU

I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

ABAETETUBA 34,00 94,1 82,4

ALTAMIRA 16,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 1 6,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 2 9,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 3 9,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 4 6,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 5 9,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 6 5,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 7 5,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 8 9,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 9 9,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 10 8,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 11 9,00 100,0 88,9

BELÉM – UNIDADE 12 5,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 13 5,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 14 7,00 85,7 85,7

BELÉM – UNIDADE 15 7,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 16 10,00 100,0 90,0

BELÉM – UNIDADE 17 8,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 18 9,00 100,0 100,0

REGIONAL

Nú

MER

O D

E ES

COLA

S

PO

SSU

I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

BELÉM – UNIDADE 19 4,00 100,0 100,0

BELÉM – UNIDADE 20 13,00 100,0 100,0

BRAGANÇA 26,00 96,2 80,8

BREVES 13,00 100,0 92,3

CAMETA 12,00 91,7 91,7

CAPANEMA 25,00 100,0 84,0

CAPITÃO POCO 13,00 92,3 61,5

CASTANHAL 31,00 100,0 96,8

CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA 23,00 95,7 82,6

ITAITUBA 12,00 100,0 83,3

MAE DO RIO 18,00 94,4 66,7

MARABA 60,00 93,3 68,3

MARACANÃ 9,00 88,9 77,8

MONTE ALEGRE 7,00 100,0 100,0

OBIDOS 13,00 84,6 84,6

REGIAO DAS ILHAS 16,00 100,0 75,0

SANTA IZABEL DO PARA 27,00 85,2 59,3

SANTARÉM 29,00 100,0 89,7

TUCURUÍ 11,00 100,0 90,9


MUNICíPIO

Nú

MER

O D

E ES

COLA

S

PO

SSU

I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

Abaetetuba 192 71,9 43,2

Abel Figueiredo 9 77,8 66,7

Acará 173 23,7 7,5

Afuá 160 15,6 3,8

Água Azul do Norte 15 80,0 53,3

Alenquer 150 35,3 11,3

Almeirim 73 30,1 20,5

Altamira 145 54,5 30,3

Anajás 103 17,5 4,9

Ananindeua 168 95,2 78,0

Anapu 51 21,6 15,7

Augusto Corrêa 85 78,8 40,0

Aurora do Pará 80 20,0 10,0

Aveiro 53 58,5 7,5

Bagre 34 20,6 20,6

Baião 78 37,2 9,0

Bannach 9 44,4 11,1

Barcarena 109 58,7 21,1

Belém 373 86,3 74,3

Belterra 57 38,6 5,3

Benevides 44 95,5 68,2

Bom Jesus do Tocantins 17 88,2 29,4

Bonito 39 48,7 15,4

Bragança 168 70,2 34,5

Brasil Novo 35 37,1 22,9

Brejo Grande do Araguaia 16 62,5 25,0

Breu Branco 34 100,0 50,0

Breves 279 29,4 6,1

MUNICíPIO

Nú

MER

O D

E ES

COLA

S

PO

SSU

I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

Bujaru 71 49,3 23,9

Cachoeira do Piriá 52 48,1 5,8

Cachoeira do Arari 47 23,4 12,8

Cametá 222 51,4 19,8

Canaã dos Carajás 19 100,0 84,2

Capanema 64 64,1 40,6

Capitão Poço 127 33,9 21,3

Castanhal 95 90,5 65,3

Chaves 101 5,0 4,0

Colares 31 77,4 41,9

Conceição do Araguaia 28 100,0 64,3

Concórdia do Pará 81 44,4 13,6

Cumaru do Norte 19 63,2 47,4

Curionópolis 21 95,2 71,4

Curralinho 48 29,2 8,3

Curuá 38 34,2 13,2

Curuçá 73 42,5 27,4

Dom Eliseu 39 87,2 66,7

Eldorado dos Carajás 62 22,6 21,0

Faro 20 55,0 10,0

Floresta do Araguaia 27 59,3 25,9

Garrafão do Norte 71 23,9 5,6

Goianésia do Pará 54 59,3 24,1

Gurupá 97 27,8 5,2

Igarapé-Açu 65 47,7 27,7

Igarapé-Miri 120 45,8 15,0

Inhangapi 30 30,0 16,7

Ipixuna do Pará 66 34,8 9,1

Irituia 113 29,2 5,3


MUNICíPIO

Nú

MER

O D

E ES

COLA

S

PO

SSU

I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

Itaituba 132 65,2 30,3

Itupiranga 114 21,1 7,0

Jacareacanga 56 12,5 7,1

Jacundá 43 79,1 65,1

Juruti 126 32,5 19,0

Limoeiro do Ajuru 55 36,4 7,3

Mãe do Rio 56 87,5 69,6

Magalhães Barata 24 20,8 8,3

Marabá 247 73,3 33,6

Maracanã 100 22,0 15,0

Marapanim 60 55,0 45,0

Marituba 77 90,9 57,1

Medicilândia 45 48,9 17,8

Melgaço 53 15,1 5,7

Mocajuba 59 35,6 25,4

Moju 181 22,1 9,9

Mojui dos Campos 64 25,0 1,6

Monte Alegre 155 32,9 9,0

Muaná 47 38,3 19,1

Nova Esperança do Piriá 50 34,0 16,0

Nova Ipixuna 23 60,9 8,7

Nova Timboteua 23 39,1 39,1

Novo Progresso 31 87,1 54,8

Novo Repartimento 135 33,3 11,1

Óbidos 118 33,9 5,1

Oeiras do Pará 50 46,0 14,0

Oriximiná 94 61,7 25,5

Ourém 43 55,8 11,6

Ourilândia do Norte 26 50,0 42,3

MUNICíPIO

Nú

MER

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S

PO

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I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

Pacajá 150 13,3 10,0

Palestina do Pará 10 90,0 30,0

Paragominas 86 93,0 52,3

Parauapebas 79 94,9 82,3

Pau D'Arco 13 23,1 23,1

Peixe-Boi 22 54,5 31,8

Piçarra 33 33,3 24,2

Placas 72 22,2 13,9

Ponta de Pedras 62 35,5 16,1

Portel 174 20,1 10,9

Porto de Moz 137 39,4 6,6

Prainha 126 24,6 4,8

Primavera 14 100,0 92,9

Quatipuru 16 93,8 87,5

Redenção 45 100,0 57,8

Rio Maria 15 93,3 73,3

Rondon do Pará 34 70,6 50,0

Rurópolis 65 43,1 13,8

Salinópolis 35 82,9 57,1

Salvaterra 49 51,0 30,6

Santa Bárbara do Pará 25 92,0 56,0

Santa Cruz do Arari 21 42,9 4,8

Santa Isabel do Pará 56 69,6 55,4

Santa Luzia do Pará 31 54,8 16,1

Santa Maria das Barreiras 21 66,7 47,6

Santa Maria do Pará 60 36,7 26,7

Santana do Araguaia 27 92,6 48,1

Santarém 439 51,7 19,1

Santarém Novo 21 81,0 71,4



MUNICíPIO

Nú

MER

O D

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S

PO

SSU

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MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

Santo Antônio do Tauá 57 52,6 42,1

São Caetano de Odivelas 38 42,1 7,9

São Domingos do Araguaia 42 57,1 33,3

São Domingos do Capim 88 22,7 11,4

São Félix do Xingu 113 33,6 11,5

São Francisco do Pará 39 41,0 25,6

São Geraldo do Araguaia 46 54,3 37,0

São João da Ponta 14 85,7 64,3

São João de Pirabas 33 54,5 15,2

São João do Araguaia 35 57,1 22,9

São Miguel do Guamá 99 35,4 23,2

São Sebastião da Boa Vista 40 45,0 12,5

Sapucaia 7 42,9 28,6

Senador José Porfírio 29 51,7 13,8

MUNICíPIO

Nú

MER

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COLA

S

PO

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MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

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CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

Soure 25 64,0 48,0

Tailândia 79 45,6 24,1

Terra Alta 15 33,3 20,0

Terra Santa 26 57,7 53,8

Tomé-Açu 90 72,2 27,8

Tracuateua 61 47,5 37,7

Trairão 26 57,7 34,6

Tucumã 28 53,6 42,9

Tucuruí 54 88,9 42,6

Ulianópolis 34 76,5 44,1

Uruará 83 15,7 10,8

Vigia 94 47,9 29,8

Viseu 130 40,8 5,4

Vitória do Xingu 23 52,2 39,1

Xinguara 31 93,5 22,6

Com o objetivo de identificar a presença das Escolas Públicas de Ensino Médio do Pará nas mídias sociais, foi realizada uma pesquisa – a partir do código INEP das escolas de toda rede estadual – nos seguintes canais: Facebook, Twitter, Blogspot e Youtube. Na sequência, cada link identificado na busca Goo-gle nos sites supracitados foi conferido com o objetivo de co-letar apenas referências exatas às escolas do estado que foram atualizadas ao menos uma vez desde o início de 2015.

Foram identificadas 528 escolas públicas do Pará para busca de páginas em mídias sociais da internet. Dentre estas, 124


GRÁFICO 11 | Perfis escolares por rede social

FONTE: instituto Unibanco/2016

É possível observar a distribuição geográfica das escolas por uso das mídias sociais no link: https://goo.gl/ap04kb.

PARÁ

BRASIL3,0

3,2 3,4 3,4 3,4

3,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

NORTE

PARÁ

BRASIL

236,9 236,8

257,3

244,3

238,5

250,7248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORTE

260,0

262,9265,5 264,9

260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

PARÁ

BRASIL

PARÁ

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

53,4

55,4

54,3

PARÁ

BRASIL

NORTE

PARÁ

33,87%

FACEBOOK 75,81%

BLOG


4,84%YOUTUBE

0,81%TWITTER

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

PARÁ

NORTE

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

236,1

239,4

256,5 250,8

243,5

255,2

2,7 2,73,1 3,1 3,2

2,9

243,6

247,3

256,8

249,9

245,5

253,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,6

2,3

2,73,03,0

2,8

236,9

236,8

257,3

244,3

238,5

250,7

242,0244,3

256,8

241,6 240,4

250,4

54,5

73,0

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

73,0

54,061,2 63,6 60,9 59,8 57,5 56,4

39,5

37,2 38,1 38,3 36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

46,6

63,9

43,750,9 46,0

40,348,9 48,2

43,4 41,9

20112010200920082007 2012 2013 2014 2015

(23%) links referentes à presença destas escolas nas mídias so-ciais foram encontrados. Os resultados apontam a maior uti-lização do Facebook pelas escolas, como indica o gráfico 11.


https://goo.gl/ap04kb

Situação das Escolas

Nesta seção, iremos analisar a situação das escolas de Ensino Médio Regular do estado do Pará, no que diz respeito ao local de funcionamento, à infraestrutura e aos serviços públicos, a partir de dados do Censo Escolar 2015.

As escolas de Ensino Médio Regular paraenses funcionam majoritariamente (99,4%) em prédios escolares, sem que o es-paço seja dividido, por exemplo, com outra escola, como é o caso de 7,4% das unidades escolares, conforme a Tabela 20. No Pará, há 0,2% de escolas desenvolvendo suas atividades em templos religiosos e 0,4% em galpões. Não há escolas fun-cionando em unidades prisionais, salas de empresas, unida-des de internação socioeducativa e nem na casa do professor.

TABELA 19 | Local de Funcionamento das escolas de ensino médio regular

LOCAL (%)

Funciona em templo ou igreja 0,2

Funciona em galpão 0,4

Funciona em salas de empresa 0,0

Funciona em unidade de internação socioeducativa 0,0

Funciona em unidade prisional 0,0

Funciona na casa do professor 0,0

Funciona em prédio compartilhado com outra escola 7,4

Funciona em prédio escolar 99,4


ESCOLAS DE ENSINO MéDIO DO

MARANHÃO

99,4%funcionam em prédios escolares


A infraestrutura é um aspecto muito importante para o bom funcionamento de uma escola. Quando adequada às necessi-dades da comunidade escolar, ela é capaz de produzir efeitos que interferem diretamente no desempenho dos alunos, pois facilita os processos de aprendizagem, amplia oportunidades educativas, ajuda a dinamizar atividades e oferece um am-biente seguro e acolhedor. No caso do estado do Pará, a ta-bela 21 mostra que quase todas as escolas possuem banheiro (99,4%). Sala dos professores e bibliotecas estão presentes em 91,5% e 74,3% das escolas, respectivamente. Enquanto 81,1% das unidades escolares dispõem de laboratórios de informá-tica, há laboratórios de ciências em apenas 44,2% das escolas. No Pará, 69,2% das escolas são equipadas com quadra de es-portes.

TABELA 21 | infraestrutura das escolas ensino médio regular

INFRAESTRUTURA (%)

Possui biblioteca 74,3

Possui laboratório de informática 81,1

Possui banheiro ou sanitário 99,4

Banheiro adequado a alunos com deficiência 34,6

Possui laboratório de ciências 44,2

Possui quadra de esportes 69,2

Possui sala de professores 91,5


Dos serviços públicos essenciais mais presentes nas escolas paraenses estão: o abastecimento público de energia elétrica (100%), a coleta regular de lixo (93,8%). O abastecimento de água pela rede pública está presente em pouco mais da me-tade das escolas. Já o esgotamento sanitário ligado à rede pú-blica atinge apenas 17% das escolas de Ensino Médio Regular no estado.


A maioria das escolas do Pará oferece turno noturno (95,7%) e apenas 1,1% disponibiliza ensino profissionalizante.

TABELA 22 | serviços Públicos nas escolas de ensino médio regular

SERVIÇOS PúLICOS (%)

Possui abastecimento de água pela rede pública 54,6

Possui esgotamento sanitário ligado a rede pública 17,0

Possui lixo coletado periodicamente 93,8

Possui abastecimento de energia elétrica pela rede público 100,0


TABELA 23 | turno oferecido pelas escolas de ensino médio regular

SERVIÇOS PúLICOS (%)ESCOLAS qUE OFERECEM MATRíCULA NO NOTURNO OFERECEM ENSINO PROFISSIONALIZANTE

95,7% 1,1%



POLíTICAS EDUCACIONAIS

DO ESTADO

Em pesquisa realizada nas páginas institucionais da Secreta-ria Estadual de Educação do Pará (SEDUC) entre 2016 e 2017, foram identificados 12 programas e projetos que, neste do-cumento, encontram-se classificados da seguinte forma: de competência federal (desenvolvidas pelo MEC8 ou em parce-ria com o referido ministério); de competência da Secretaria de Educação ou em parceria com outras entidades.

Dentre os Programas de competência federal (desenvolvi-das pelo MEC ou em parceria com o referido ministério), fo-ram levantadas 6 iniciativas: Pronatec; Programa Novo Mais Educação; Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE); Funcionamento das Escolas no Final de Semana (FEFS); Educação integral (Mais Educação); Plano de Desenvolvi-mento da Escola.

Os Programas e Projetos desenvolvidos pela Secretaria de Educação do Estado ou em parceria com outras entidades somam 06 iniciativas: Jovem de Futuro; Escolas de Portas Abertas; Pacto pela Educação do Pará; Programa Mundiar; SISPAE; Aprender Mais.

A seguir, quadro com os Programas/Projetos, foco de atuação e principais características. Cabe destacar que a classificação adotada não é a única possível, podendo as ações apresenta-das serem classificadas em outras tipologias.

8 o meC disponibiliza uma série de programas voltados à educação Básica e à edu-cação Continuada, alfabetização, diversidade e inclusão, a pesquisa realizada no site da sedUC não deixa clara sua implementação. maiores informações sobre as ações e programas do meC estão disponíveis em: http://portal.mec.gov.br/acoes-e-programas/.


1 | PronateC

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido pelo MEC ou em parceria com o referido Ministério

Criado em 2011 pelo governo federal, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) tem por objetivos expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país; ampliar as oportunidades educacionais dos trabalhadores; estimular a articulação entre a política de educação profissional e tecnológica com a política de geração de trabalho, emprego e renda.O Pronatec no Pará está em fase de certificação de cerca de 400 alunos e oferta cursos técnicos e de qualificação profissional.

FOCO DE ATUAÇÃO

Currículo e Trabalho Pedagógico

2 | Projeto jovem de Futuro


Desenvolvido pela SEDUC ou em parceria com outra entidade

Fruto da parceria com o Instituto Unibanco, o Programa Jovem de Futuro (PJF) parte da premissa de que a gestão escolar de qualidade, orientada para resultados, pode proporcionar um impacto significativo no aprendizado dos estudantes do Ensino Médio. Isso porque entende que uma gestão eficiente, participativa e com foco nos resultados de aprendizagem influencia de maneira decisiva a qualidade da educação oferecida pelas escolas.

FOCO DE ATUAÇÃO

Currículo e trabalho pedagógico

3 | Programa escola de Portas abertas


Desenvolvido pela Secretaria de Educação

O Programa Escola de Portas Abertas visa contribuir para a melhoria da qualidade da educação pública, abrindo as escolas nos finais de semana para atividades de educação, lazer, cultura e esporte.

FOCO DE ATUAÇÃO

InfraestruturaAções de Integração


4 | Programa novo mais educação*



Em 2016, a Seduc efetivou a adesão ao Programa “Novo Mais Educação”. O programa é uma estratégia do Ministério da Educação para melhorar a aprendizagem em língua portuguesa e matemática no ensino fundamental, por meio da ampliação da jornada escolar de crianças e adolescentes.Em 2017, o Programa será implementado por meio da realização de acompanhamento pedagógico em língua portuguesa e matemática e do desenvolvimento de atividades nos campos de artes, cultura, esporte e lazer, impulsionando a melhoria do desempenho educacional mediante a complementação da carga horária de cinco ou quinze horas semanais no turno e contraturno escolar.

FOCO DE ATUAÇÃO


5 | Programa dinheiro direto na escola (Pdde)



Consiste na assistência financeira às escolas públicas da educação básica. O objetivo é a melhoria da infraestrutura física e pedagógica, o reforço da autogestão escolar e a elevação dos índices de desempenho da educação básica. A sua aplicação e prestação de contas compete ao conselho escolar.Com posse do recurso do PDDE a manutenção emergencial nas escolas pode ser feita pela direção da escola em parceria com o Conselho Escolar, mas, a partir do momento que ocorre a inadimplência, a escola fica impossibilitada de receber novos recursos, prejudicando o funcionamento das atividades. É também papel do Conselho Escolar garantir ações de conscientização dos alunos sobre a importância do zelo pelo espaço.

FOCO DE ATUAÇÃO

Infraestrutura

6 | Funcionamento das escolas no Final de semana (FeFs) - escola aberta



Busca repensar a instituição escolar como espaço alternativo para o desenvolvimento de atividades de formação, cultura, esporte e lazer. Os recursos são para assegurar o funcionamento das escolas nos finais de semana, sendo a aplicação e prestação de contas de responsabilidade do conselho escolar.

FOCO DE ATUAÇÃO

InfraestruturaAções de Integração


7 | educação integral – mais educação



É uma iniciativa federal que tem como prioridade contribuir para a formação integral de crianças, adolescentes e jovens. Os recursos são para a implementação da educação integral, sendo o conselho escolar responsável pela sua aplicação e prestação de contas.

FOCO DE ATUAÇÃO


8 | Plano de desenvolvimento da escola (Pde-escola)



O Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola) é uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos e avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança. As escolas públicas de ensino fundamental regular que não obtiveram desempenho satisfatório no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que tenham aderido ao Plano de Metas “Compromisso Todos pela Educação”, ao PDE e fornecido dados relativos ao Plano de Ações Financiáveis (PAF), receberão recursos financeiros para a implementação deste programa. A sua aplicação e prestação de contas compete ao conselho escolar.

FOCO DE ATUAÇÃO


9 | Pacto pela educação do Pará


Desenvolvido pela Secretaria de Educação ou em parceria com outras entidades

Lançado no dia 26 de março de 2013, o Pacto pela Educação do Pará já trouxe importantes ganhos para o estado, como a implantação do Sistema Paraense de Avaliação Educacional (Sispae) e as mobilizações e articulações locais dos municípios para a melhoria na educação. Em 2015, surgiu o projeto Município Piloto, que agora passam a formar o GMP – Grupo de Municípios Pacto, visando mobilizar e apoiar municípios que se propõem a funcionar como “efeito demonstração” da possibilidade de todos alcançarem as metas do Pacto, servindo como bússola para novos caminhos na busca de melhoria dos resultados educacionais nas sedes municipais.

FOCO DE ATUAÇÃO

Currículo e Trabalho PedagógicoRecursos Didáticos e Tecnológicos


10 | Programa mundiar


Desenvolvido pela Secretaria de Educação em parceria com outra entidade

É um programa de aceleração da aprendizagem no Pará que atende estudantes do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio tendo em vista que a defasagem idade-ano é um dos principais desafios da educação no estado e no país.Iniciado em 2014, o Mundiar é uma parceria da Fundação Roberto Marinho com o Governo do Estado do Pará, por meio da secretaria de Educação, e conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

FOCO DE ATUAÇÃO


11 | sisPae – sistema Paraense de avaliação educacional


Desenvolvido pela Secretaria de Educação em parceria com outras entidades

O Sistema Paraense de Avaliação Educacional – SisPAE atende ao objetivo de produzir e divulgar informações que alimentem e orientem o processo de tomada de decisão em todas as suas instâncias, bem como possibilitem o acompanhamento sistemático das ações desenvolvidas e o resultado produzido pelas mesmas, na direção de uma melhor educação pública no estado do Pará.Os dados do SisPAE, abrangendo notas dos estudantes e fatores que interferem na relação ensino-aprendizagem, servem de base para o planejamento estratégico de ações da Seduc e direção e escolas, como parte do Pacto pela Educação, coordenado pelo Governo do Estado e com a participação de instituições, prefeituras municipais, entidades de classe e empresas.

FOCO DE ATUAÇÃO

Avaliação

12 | Projeto aprender mais


Desenvolvido pela Secretaria de Educação em parceria com outras entidades

O projeto utilizará a metodologia Entre Jovens, uma das ferramentas pedagógicas adotadas no Projeto Jovem de Futuro, criada pelo Instituto Unibanco. O projeto Aprender Mais busca corrigir as falhas na aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, para que os jovens tenham a oportunidade de rever e aprender conhecimentos necessários para novas etapas da formação educacional. A metodologia inclui oficinas de aprendizagem, realizadas por estagiários de nível superior e nível médio, que atuarão com os alunos do 1º e 3º ano do ensino médio, no contraturno.

FOCO DE ATUAÇÃO



Dentre as 13 políticas identificadas no Maranhão, 04 são des-Dentre as doze políticas identificadas, seis (50%) são desen-volvidas pelo ou em parceria com o MEC e seis (50%) são de-senvolvidas pela Seduc ou em parceria com outras entidades.

Pacto pela Educação do Pará

O Pacto pela Educação do Pará iniciou suas ações em 2013. Com o objetivo de promover a melhoria na qualidade da edu-cação pública no estado, atua como uma espécie de guarda-chuva de projetos, articulando diversos setores e níveis de go-verno, assim como instituições da sociedade civil (fundações, ONGs e outras organizações sociais), da iniciativa privada e de organizações internacionais (Banco Interamericano de De-senvolvimento – BID). O Pacto tem um caráter suprapartidá-rio, intersetorial, federativo e participativo e é liderado pelo governo estadual9.

O Pacto tem 7 grandes desafios estabelecidos, são eles: i – Alu-nos do Ensino Fundamental com desempenho melhorado; ii – Alunos do Ensino Médio com desempenho melhorado; iii – Habilidades e competências dos profissionais de educação fortalecidas; iv – Rede física das escolas públicas adequadas e com recursos didático-pedagógicos disponíveis e coerentes com o Plano Político Pedagógico (PPP); v – Gestão da Seduc e das escolas aprimorada; vi – Comunidade escolar, governos e sociedade envolvidos e contribuindo para a melhoria dos resultados educacionais; vii – Tecnologia da informação utili-zada para a melhoria da prática docente e da gestão escolar, e para a mobilização da comunidade escolar e da sociedade.

Atualmente, 38 municípios se encontram dentro do escopo do Pacto, que tem o compromisso de alcançar diversas me-tas em 2017, sendo a principal delas o aumento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 30%. As di-

9 Fonte: agência Pará, disponível em: http://agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=123066.


versas iniciativas traçadas podem ser encontradas no levan-tamento a seguir10:

R1

1.1. Programa de reforço e recuperação de conteúdos para o Ensino Fundamental

1.1.1 Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa

1.1.2 Projeto Aprender Mais (Uso Pedagógico dos re-sultados de avaliações Ideb, SISPAE)

1.1.3 Projeto Mundiar (Aceleração de Aprendizagem) EM e EF – Fundação Roberto Marinho

1.2 Programa de incentivo à frequência

1.2.1 Projeto Participação – Coordenação de Pais

1.3 Programa de Ampliação de turno no Ensino Fundamental

1.3.1 Projeto Mais Educação (Ensino Fundamental)

1.3.2 Projeto Educação de Tempo Integral

1.3.3 Projeto Oferta Qualificada de Ampliação do Turno

10 Fonte: Pacto pela educação do Pará, disponível em: http://www.pactoeducacao-para.org/projetos.

R1 e R2. Melhorar o desempenho dos alunos e diminuir a evasão

R6. Mobilizar a sociedade R7. Utilizar tecnologia da informação

R3. Capacitar profissionais da educação

R4. Melhorar a rede física das escolas (equipamentos)

R5. Melhorar a gestão (SEDUC e escolas)


R2

2.1 Programa de reforço e recuperação de conteúdos para o Ensino Médio

2.1.1 PROENEM e PROENEM DIGITAL

2.1.2 Projeto Mundiar (Aceleração de Aprendizagem) EM e EF – Fundação Roberto Marinho

2.1.3 Projeto Recuperação de conteúdos de alunos do ensino Médio – Entre Jovens

2.2 Programa de Iniciação ao Mundo do Trabalho

2.2.1 Projeto Jovem Aprendiz

2.2.2 PRONATEC

2.3 Programa de Inovação do Ensino Médio

2.3.1 Projeto Ensino Médio Diferenciado

2.3.2 Projeto Educação no Campo

2.4 Programa de Ampliação de turno no Ensino Médio

2.4.1 Projeto Ensino Médio Inovador/Jovem de Futuro

2.4.2 Projeto Escola de Tempo Integral

2.4.3 Projeto Oferta Qualificada de Ampliação do Turno

2.5 Programa de Combate à Evasão

2.5.1 Projeto Campanha Estudar Vale a Pena

2.5.2 Projeto Fundo Concursáveis

R3

3.1 Programa de Formação Continuada dos Profissionais da Educação


3.1.1 Projeto Núcleo de Gestão do Conhecimento para profissionais da Educação + COACHING Professores

3.1.2 Projeto Aperfeiçoamento de Professores no Pe-ríodo Probatório

R4

4.1. Programa de Infraestrutura escolar

4.1.1 Projeto Ampliação e/ou Reforma de Unidades de Ensino + EXPANSÃO PROPAZ

4.1.2 Projeto Construção e Implantação de Novas Uni-dades Escolares

4.1.3 Projeto de Adequação e Implantação de laborató-rios multidisciplinares

R5

5.1 Programa Fortalecimento da Gestão Educacional

5.1.1 Projeto de Qualificação da Gestão Educacional + Coaching Gestores

5.1.2 Projeto SISPAE (Sistema Paraense de Avaliação Educacional)

5.1.5 Revisão de Processos SEDUC

5.1.3 Projeto Apoio à Gestão Municipal

5.1.4 Projeto Transição: Ensino Fundamental/Ensino Médio

5.2 Programa de melhoria e certificação da Gestão Escolar.

5.2.1 Projeto Apoio à Gestão Escolar

5.2.2 Projeto de Certificação da Gestão Escolar – ES-COLA LEGAL


R6

6.1.Programa de comunicação e Mobilização

6.1.1 Projeto Mobilização e Controle Social

6.1.2 Projeto Pacto na Escola

6.1.3 PROPAZ/ Representantes de Turmas

6.2 Programa de Gestão de Parcerias

6.2.1 Projeto Gestão de Parcerias

6.2.2 Projeto Voluntariado Empresarial nas Escolas

R7

7.1 Programa de utilização de tecnologia da Informação

7.1.1 Projeto Sistema Estadual de Gestão

7.1.2 Projeto Infraestrutura de TIC nas Escolas

7.1.3 Projeto Conteúdos Digitais na Escola

7.1.4 Projeto Tecnologia de Informação na comunicação – IPTV


Plano Nacional de Educação x Plano Estadual do Pará

A partir da leitura do Plano Nacional de Educação, foram selecionadas algumas metas relacionadas às linhas de atua-ção do IU para, em seguida, realizar uma comparação entre as estratégias e propostas nacionais e os planos dos estados. Foram analisadas, portanto, as metas 7 e 19, que tratam da questão da Gestão Escolar; a meta 3, que se refere ao Ensino Médio; as metas 8, 11, 12 e 14, que abordam as questões de gênero e das relações étnico-raciais; e, por fim, as metas 15 e 16, voltadas para a Formação de Professores. São destacadas abaixo algumas observações em relação ao Plano Estadual de Educação do Pará.

Gestão Escolar

A Meta 7 do PNE trata da qualidade do ensino ofertado e tem um objetivo similar ao programa Jovem de Futuro. Ela visa melhorar o fluxo escolar e a aprendizagem, de maneira a aumentar as médias nacionais para o Ideb. O PEE-PA man-teve todas as estratégias da Meta 7 que são relacionadas a esta análise, a saber: 7.1 – prevê a implantação de um pacto interfederativo com vistas à elaboração de uma base curri-cular comum que considere a diversidade regional, estadual e local; 7.5 – induzir o processo contínuo de auto-avaliações das escolas, com o objetivo de orientar o planejamento es-tratégico, a melhoria da qualidade educacional, a formação continuada dos profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática; 7.9 – orientar as políticas das redes e sistemas de ensino, de forma a buscar atingir as metas do Ideb, diminuindo a diferença entre as escolas com os menores índices e a média nacional, garantindo equidade da aprendi-zagem e reduzindo pela metade, até o último ano de vigên-cia deste PNE, as diferenças entre as médias dos índices dos Estados, inclusive do Distrito Federal, e dos Municípios; 7.21


– União, Estados e Municípios devem estabelecer, no prazo de 2 anos depois de publicado o PNE, parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica, que servirão de referência para a estrutura das escolas, recursos pedagógi-cos, bem como para tomar medidas que visem ao aprimora-mento da aprendizagem; 7.22 – informatizar integralmente a gestão das escolas públicas e das secretarias de educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como manter programa nacional de formação inicial e continuada para o pessoal técnico das secretarias de educação; 7.24, 7.25 e 7.26 tratam da inclusão de segmentos vulneráveis no sis-tema educacional – a primeira se refere aos jovens em liber-dade assistida e/ou em situação de rua, a segunda estipula que os currículos escolares devem incluir conteúdo sobre a história e a cultura afro-brasileira e indígena e implementar ações colaborativas com fóruns de educação para a diversi-dade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil, e a terceira preconiza consolidar a educa-ção escolar no campo de populações tradicionais, de popula-ções itinerantes e de comunidades indígenas e quilombolas. Em relação às estratégias 7.25 e 7.26, vale ressaltar que elas parecem se aplicar bem ao contexto paraense, uma vez que importante parcela da população ainda é rural e parte é de origem indígena e quilombola etc.

As estratégias que falam em liberdade assistida, indígena e quilombola são essas aqui:

7.36) implementar políticas de inclusão com vistas à permanência na escola das crianças, adolescentes e jo-vens que se encontram em regime de liberdade assis-tida e em situação de rua, assegurando os direitos da criança e do(a) adolescente;

7.37) contribuir para a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações co-laborativas com fóruns de educação para a diversidade


étnico-racial, conselhos escolares, movimento social negro, lideranças educacionais indígenas e com a so-ciedade civil, na vigência deste PEE;

7.38) consolidar, até o quinto ano de vigência deste PEE, a oferta, com qualidade social, da educação esco-lar à população do campo, povos das águas, comuni-dades fronteiriças, populações itinerantes e comunida-des indígenas e quilombolas, respeitando a articulação entre os ambientes escolares e comunitários

A Meta 19 do PNE trata especificamente do tema gestão. Ela estipula que, no prazo de 2 anos, seja implementada a ges-tão democrática nas escolas públicas, entendida como uma gestão baseada em critérios técnicos de mérito, de desempe-nho, com a participação da comunidade escolar e com aporte de recursos e apoio da União para sua efetivação. O PEE-PA reproduziu a mesma redação do PNE, mas incluiu uma ob-servação sobre a questão da diversidade: “[…] Desta forma, tem-se o envolvimento e a participação da comunidade esco-lar na gestão, com a observância dos princípios e finalidades da educação, especialmente o respeito à diversidade e à dife-rença, são desafios para todos os sujeitos do processo educa-tivo”.

As estratégias 19.3 e 19.5 foram formuladas com o intuito de qualificar a formação e criar critérios técnicos para a seleção dos atores que irão participar de conselhos ligados à educa-ção (como os conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, os conselhos de alimentação, etc.) e, também, a estratégia 19.8, voltada especificamente para formação de di-retores e gestores de escola e para aplicação de prova nacional específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos, também foram incorporadas pelo PEE-PA.


Ensino Médio

A Meta 3 do PNE estabelece “universalizar, até 2016, o aten-dimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e ele-var, até o final do período de vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento)”. O PEE-PA manteve a Meta 3 do PNE, mas ressaltou o desafio que a gestão local deverá enfrentar para cumprir esta meta: “Ainda há uma distância desafiadora até se alcançar a universalização, uma vez que o Estado deverá criar estraté-gias que viabilizem a garantia do atendimento no ensino mé-dio para aproximadamente 15% da população que não con-cluiu este nível do ensino, além de aumentar a taxa líquida, por se tratar da inclusão da população em situação de maior vulnerabilidade social. O atendimento da totalidade da de-manda nessa etapa de ensino passa certamente pelo enfren-tamento das desigualdades regionais, de renda e de raça”. Outra estratégia do PNE formulada para atingir a Meta 3 e que foi reproduzida na íntegra pelo PEE-PA, se refere à busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola, em articulação com os serviços de assistência so-cial, saúde e proteção à adolescência e à juventude. Em rela-ção às políticas de prevenção à evasão motivada por precon-ceito ou quaisquer formas de discriminação, criando redes de proteção contra formas associadas de exclusão, o Plano do Pará também destacou uma especificidade da região: “le-var em consideração a diversidade territorial, reconhecendo os diversos povos do campo, das águas, das florestas e das aldeias, a fim da compreensão da dinâmica socioespacial da Amazônia”.

Gênero e relações étnico-raciais

A Meta 11 do PNE se destina mais especificamente à educa-ção profissional técnica de nível médio, com objetivos de ex-pandir o estágio na educação profissional técnica e, também, expandir o ensino médio gratuito integrado à formação pro-


fissional para as populações do campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, de acordo com os seus interesses e necessidades. O Pará retomou a estratégia 11.3 do PNE, o que pode indicar uma preocupação, por parte desse estado, em considerar com especial atenção os segmentos mais vulne-ráveis da população. A particularidade desse estado está no fato de que, nele, tais ações estão previstas para serem imple-mentadas a partir do segundo ano de vigência do PEE.

A Meta 8 do PNE foca na inclusão dos grupos mais vulne-ráveis: elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos de idade, de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo em 2024 (último ano de vigência do PNE) para as po-pulações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados ao Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE). O PEE do Pará manteve as estra-tégias do Plano Nacional, mas incluiu um diagnóstico sobre a situação observada na região: “A estrutura social brasileira fundou-se em disparidades quanto ao acesso à educação para a população pobre, com reflexos acentuados no acesso ao mundo do trabalho e o exercício efetivo da cidadania. (…) Assim, é fundamental que seja oportunizado a negros, não negros, habitantes do campo, e pessoas destituídas de renda, a escolarização formal”.

A Meta 12 do PNE se dedica às questões relacionadas ao en-sino superior, mas há partes que mencionam a inclusão de grupos historicamente desfavorecidos no Brasil. A Meta 14 do Plano Nacional de Educação trata do acesso aos cursos de pós-graduação, tema que não está diretamente relacionado com o trabalho desenvolvido pelo IU, mas, considerando que menciona questões étnico-raciais, é importante citá-la. Estas metas também foram incluídas no documento estadual tal como consta no PNE.


Formação de Professores

A Meta 15 do PNE estipula que os professores deverão ter ensino superior com licenciatura na área de conhecimento em que atuam. A Meta 13 do PEE-PA é bastante próxima da Meta 15, mas incluiu um destaque para a dimensão étnico-racial: “promover, no âmbito de sua competência, a melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia e licenciaturas, por meio da aplicação de instrumento próprio de avaliação, integran-do-os às demandas e necessidades da educação básica, de modo a assegurar aos(às) graduando(as) a aquisição das qua-lificações necessárias para conduzir o processo pedagógico de seus (suas) futuros(as) alunos(as), combinando formação geral e específica com a prática didática, com inserção de co-nhecimentos sobre as relações étnico-raciais, a diversidade, incluindo aquela relativa ao sujeito da EJA e às necessidades das pessoas com deficiência, a partir da vigência do PEE” (Meta 13, estratégia 13.5).

A Meta 16 do PNE prevê: i) formar, em nível de pós-gradua-ção, 50% dos professores da educação básica; e ii) garantir educação continuada a todos os profissionais da educação bá-sica na sua área de atuação. O PEE-PA manteve a Meta, mas a associou à questão da diversidade. O texto destaca a impor-tância das Instituições de Ensino Superior oferecerem forma-ção continuada de professores com calendários diferenciados, de maneira a considerar a educação especial, a educação indí-gena, educação e gênero, etc. (Meta 16, estratégia 16.2)


Modelos de Gestão

Além do Programa Jovem de Futuro, foram identificados dois projetos relacionados a gestão contidos na estrutura do Pacto pela Educação do Pará. Ambos fazem parte da meta número 5 do Pacto (Gestão da Seduc e das escolas aprimorada) e cada um deles compreende diferentes iniciativas. São eles:

a. Projeto de Qualificação da Gestão Educacional + Coa-ching Gestores: Projeto SISPAE (Sistema Paraense de Ava-liação Educacional); Revisão de Processos SEDUC; Projeto Apoio à Gestão Municipal; Projeto Transição: Ensino Funda-mental/Ensino Médio.

b. Programa de melhoria e certificação da Gestão Escolar – Projeto Apoio à Gestão Escolar: Projeto de Certificação da Gestão Escolar – ESCOLA LEGAL.

Sistema Paraense de Avaliação Educacional (SISPAE)

O SISPAE tem o objetivo de fazer a primeira etapa de avalia-ção institucional para levantar informações de caráter admi-nistrativo e pedagógico das escolas e articular ações a partir das necessidades apontadas pelos profissionais e estudantes. O sistema de avaliação conta com três instrumentos: um di-recionado aos alunos, outro aos gestores de Unidades Regio-nais (UREs) e Unidades Escolares (USEs) e um terceiro aos professores, diretores e especialistas em educação das escolas.

Esta ferramenta possibilitará que se faça uma correlação en-tre as avaliações para identificar as necessidades das escolas estaduais e ajudar a identificar a percepção que os alunos têm da instituição. A ideia é a de que a avaliação seja continuada e possa oferecer subsídios para ações voltadas para que o es-tudante se perceba e seja percebido pela sociedade em um


contexto de mudanças individuais e sociais a partir da escola. Além disso, o método de avaliação também possibilitará cru-zar informações entre o desempenho dos alunos e o contexto onde ele se encontra inserido (condição socioeconômica, o clima escolar, a gestão escolar, as atitudes e práticas pedagó-gicas, além das expectativas e das condições de atendimento delas).11

Experiências curriculares

Foram identificadas duas experiências curriculares no estado do Pará. A primeira delas é o ProEMI (Programa Ensino Mé-dio Inovador), que, em parceria com a SEDUC, está imple-mentando uma readequação da grade curricular de ensino em 2016. O outro é o ensino em tempo integral, que vem sendo fomentado desde 2012 no Pará.

Reformulação da Grade Curricular na Educação Básica

Através dos esforços provenientes da parceria entre a SE-DUC, Jovem de Futuro e ProEMI, o processo de aprovação da reestruturação da grade curricular de ensino médio nas escolas da rede estadual ocorreu em abril de 2016. As altera-ções propostas foram pensadas com o objetivo de melhorar as condições para uma aprendizagem satisfatória no estado. As mudanças buscam garantir maior organização das atividades pedagógicas, bem como a geração de ganhos para professores e alunos.

A reestruturação será implantada a partir do calendário do ano de 2017, quando as 547 escolas estaduais que ofertam en-

11 além do sisPae, não foram encontradas informações detalhadas sobre os outros programas da sedUC relacionados à gestão durante a pesquisa online.


sino médio regular passarão a contar com uma nova matriz curricular, proposta pela Seduc para a última etapa da educa-ção básica. A adequação na matriz curricular trará novidades nas disciplinas de Português e Matemática, que terão um in-cremento de horas de aula. A primeira terá um aumento de 12 tempos para 19, enquanto a segunda, que hoje tem 11 tempos de aulas, passará a ter 15 tempos.

Essa será a terceira matriz curricular que passará a vigorar em atendimento ao ensino médio desde 1996, quando houve a implantação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB). No ano de 1999, foram feitas as primeiras mudanças, quando a Seduc começou a trabalhar o currículo na perspectiva das áreas de conhecimento. Essa matriz permaneceu vigente até 2009, quando as disciplinas de Filosofia e Sociologia se tornaram obrigatórias no currículo escolar por conta da Lei nº 11.684/ 2009.12

Em suma, a mudança proposta pela Seduc visa à adequação do horário já praticado ao número de aulas que de fato é exe-cutado em sala. A proposta é uma reorganização do ensino médio de forma que sua execução se torne mais viável tanto para o aluno quanto para o professor.13

Ampliação de turno no Ensino Médio e Fundamental

A ampliação de turno para período integral é outro projeto que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Educação do Pará desde 2012. A implementação deste tipo de jornada de ensino vai ao encontro do cumprimento da política de am-pliação da jornada escolar incentivada pelo governo federal. No Pará, 14 escolas já desenvolvem o sistema integral, sendo

12 Fonte: agência Pará, disponível em: http://www.agenciapara.com.br/noticia.as-p?id_ver=123184.

13 Fonte: agência Pará, disponível em: http://www.agenciapara.com.br/noticia.as-p?id_ver=124378.


quatro do Ensino Médio e dez do Ensino Fundamental. Essas escolas fazem parte de um projeto-piloto da SEDUC, que pre-tende expandir o formato para um maior número de escolas no estado.14 Além dessas, mais de 600 outras escolas do es-tado já iniciaram projetos que induzem a estratégia a fim de induzir a reestruturação dos currículos da Educação Básica, ampliando o tempo na escola e fomentando maior diversi-dade de práticas pedagógicas.

14 Fonte: agência Pará, disponível em: http://agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=123302.


CONSIDERAÇõESFINAIS

Como foi possível constatar, o Pará possui características so-cioeconômicas distintas da média do país. A população do Pará é um pouco mais jovem que a brasileira, a proporção de negros é consideravelmente maior (78,6% no Pará e 53,6% no Brasil) e o percentual de pessoas que vive em área rural é mais elevado (29,9% e 14,9%, respectivamente).

Em relação às condições de vida, o Pará apresenta índices abaixo da média do país em muitas das áreas observadas. Há mais pessoas vivendo em condições de pobreza: 32,3% são pobres e 15,9% são extremamente pobres, enquanto no Bra-sil estes percentuais são de 15,2% e 6,6%, respectivamente. A esperança de vida é 1,5 anos a menos (72,4 e 73,9 anos), e a expectativa de anos de estudo é também inferior (8,5 no Pará e 9,5 no Brasil). Diversos jovens paraenses de 15 a 17 anos já possuem sérias responsabilidades: 2% são responsáveis pelo domicílio em que vivem; mais de 21% já trabalham; apesar da obrigatoriedade do estudo na faixa etária, 28,5% estão fora da escola e 10,5% das meninas possuem filhos.

Em relação ao desempenho estadual na educação, o Pará possui índices muito baixos quando comparados à média do Brasil e à macrorregião onde fica localizado. Sua nota no Ideb diminuiu nos últimos anos (de 2,6 para 3 entre 2009 e 2015). As taxas de aprovação, abandono e distorção idade-série tam-bém são preocupantes no estado. O abandono é mais do que o do observado no país para todos os anos do Ensino Médio e a distorção série-idade mostra que mais de 54% dos alunos está atrasado com relação à idade adequada para cursar cada série.

O estado do Pará possui diversos programas, projetos e ini-ciativas educacionais. Foram identificadas 12 iniciativas no estado, algumas desenvolvidas pelo ou em parceria com o MEC e outras pela SEDUC. Dentro do âmbito do ensino mé-dio, apenas um programa de gestão escolar além do Jovem de Futuro foi identificado, o SISPAE, que é uma ferramenta de


avaliação institucional que poderá embasar futuras políticas e ações da Secretaria de Educação. Por sua vez, foram encon-tradas duas experiências curriculares relevantes e atuais nos estados. Uma delas é a reformulação da grade curricular, que está sendo proposta no primeiro semestre de 2016 e tem como principal objetivo a otimização do tempo em que o aluno fica em sala de aula. A outra experiência ocorre com as escolas em tempo integral que já existem no estado, mas tem grandes chances de se expandirem por conta do documento que es-tabelece as Diretrizes de Ensino em Tempo Integral no Pará, que está sendo elaborado atualmente.

O Plano Estadual de Educação do Pará replicou as orienta-ções do Plano Nacional no que diz respeito à gestão, quali-dade do ensino e universalização do ensino médio. No en-tanto, não foram incluídas novas estratégias, somente foram feitos adendos referentes à questão da diversidade e à difi-culdade que será enfrentada para atingir tais metas. No que tange à melhoria da qualidade do ensino, pode-se dizer que o Programa de Ensino em Tempo Integral vai em acordo com esta meta, e, em relação à gestão, sem dúvida o SISPAE, já citado acima, é uma iniciativa que está alinhada com os obje-tivos do PEE.


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