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PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

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Panoramados territórios

MARANHÃO

Panoramados territórios

MARANHÃO

REALIZAÇÃO

Instituto Unibanco

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PresidênciaPedro Moreira Salles

Vice-presidênciaPedro Sampaio Malan

ConselheirosAntonio MatiasCláudio de Moura CastroCláudio Luiz da Silva HaddadMarcos de Barros LisboaRicardo Paes de BarrosRodolfo Villela MarinoThomaz Souto Corrêa NettoTomas Tomislav Antonin Zinner

DIRETORIA EXECUTIVAClaudio José C. ArromatteCristina CestariFernando Marsella Chacon RuizGabriel Amado de MouraJânio GomesLeila Cristiane B. B. de MeloMarcelo Luis Orticelli

SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVARicardo Henriques

IMPLEMENTAÇÃO DE PROjETOSMaria Julia Azevedo Gouveia

DESENVOLVIMENTO E CONTEúDOSAlexsandro Nascimento Santo

GESTÃO DO CONHECIMENTOMirela de Carvalho

PLANEjAMENTO, ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E COMUNICAÇÃOTiago Borba

ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOFábio Santiago

3 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

Apresentação 5

Conhecendo o território 6

Estrutura Administrativa do estado 21

A situação da educação 25

Políticas educacionais do estado 45

Considerações Finais 64

SUMÁRIO

Este Panorama do Território busca reunir um conjunto de in-formações sobre os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal com o objetivo de produzir um raio-x do Ensino Médio em cada unidade da federação. O leitor encontrará aqui uma sín-tese com informações históricas e geográficas, dados socioe-conômicos e demográficos, informações sobre a estrutura ad-ministrativa do estado e de sua Secretaria de Educação. Além disso, buscou-se traçar um panorama da rede de ensino e das principais políticas educacionais vigentes no estado.

Por trás do trabalho de pesquisa realizado para a elaboração deste documento está a certeza de que conhecer a realidade da educação é passo fundamental para implementar as mu-danças que todos desejamos. É nesse sentido que o Panorama busca lançar luz sobre as especificidades de cada território e de sua história, pretendendo-se um instrumento para pesqui-sadores, formadores de opinião, analistas, estudantes, par-ceiros e todos aqueles preocupados com os rumos do Ensino Médio no Brasil.

Este é um diagnóstico em construção. Muitas das informa-ções aqui reunidas são dinâmicas e por isso ele será atuali-zado periodicamente. Este é um lembrete importante porque reforça para o leitor um dos principais objetivos do Obser-vatório da Educação: captar e sistematizar informações re-levantes no campo da gestão para o ensino médio. Por isso, a leitura do Panorama pode ser ampliada e complementada com outros materiais que você encontra nas seções Em Debate e Cedoc deste Observatório. Não deixe de visitar e participar!

Boa leitura!

APRESENTAÇÃO

CONHECENDO O TERRITóRIO

O estado de Maranhão está localizado na região Nordeste e tem como limites: Piauí (leste), Tocantins (sul e sudoeste) e Pará (oeste), além do oceano Atlântico (norte). Sua capital é São Luís e ele possui um total de 217 municípios. O Maranhão é o segundo maior estado da Região Nordeste do Brasil e o oitavo do Brasil com uma área de 331.937 Km².

Desde período colonial, a região foi considerada estratégica em função de sua localização geográfica. Por isso, o século XVII foi marcado pela invasão de franceses e holandeses. O Marquês de Pombal, primeiro-ministro português, fundou a Companhia de Comércio do Grão-Pará1 e Maranhão e es-timulou a migração de outros povoados nordestinos para a região com o cultivo de arroz e algodão. Este ciclo econômico acelerou o desenvolvimento da área, que chegou a abrigar di-versos casarões antigos que ainda hoje fazem parte do Centro Histórico de São Luís.

1 a capitania do Grão-Pará (do tupi-guarani, "rio-mar") foi uma das unidades admi-nistrativas da américa Portuguesa, criada em 1616 a partir de desmembramento da capitania do maranhão e da conquista de novos territórios. disponível em ht-tps://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A3o-Par%C3%A1. acesso em agosto de 2016.

2ºmaior estado da região Nordeste

MARANHÃO

7 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

MARANHÃO

8ºmaior estado

do Brasil

A economia maranhense foi uma das mais prósperas do país até a metade do século XIX. Mas esse desenvolvimento eco-nômico só foi possível graças à presença do trabalho escravo. No século XVIII, o Maranhão foi o quarto maior recebedor de escravos em todo o território brasileiro.2 Por isso, após o fim do sistema escravocrata, uma crise se instaurou na região e a perda de espaço na exportação de algodão, aliada ao aban-dono progressivo dos governos imperial e republicano, agra-vou ainda mais a situação.

Somente após o final da década de 1960 o Maranhão passou a receber incentivos e saiu do isolamento, com ferrovias e rodo-viárias que ligaram o estado a outras regiões. A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, serviu para escoar a produ-ção industrial e de minério de ferro, vinda de trem, da Serra dos Carajás. A estratégica proximidade com os mercados europeus e norte-americanos fez desse porto uma atraente opção de exportação. Atualmente, a economia do estado se baseia na indústria de transformação de alumínio, alimentí-cia, madeireira, extrativismo (babaçu), agricultura, pecuária e nos serviços.

Devido a sua localização geográfica e extensão do território o estado do Maranhão tem a maior diversidade de ecossiste-mas de todo o país. Tamanha biodiversidade conta com áreas de praias tropicais, floresta amazônica, cerrado, mangues, delta em mar aberto e o único deserto do mundo com milha-res de lagoas de águas cristalinas. Ao todo, são 5 polos turís-ticos com seus atrativos naturais, culturais e arquitetônicos: o polo turístico de São Luís, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o Parque Nacional da Chapada das Mesas, o Delta do Parnaíba (o terceiro maior delta oceânico do mundo) e o polo da Floresta dos Guarás.

2 disponível em http://antigo.acordacultura.org.br/acao/programa/maranh%-C3%A3o acesso em agosto 2016.

80,6%da população é

negra

MAIOR diversidade de ecossistemas

entre os estados

brasileiros

8 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

No Maranhão a diversidade cultural é outro ponto forte. Fruto da trajetória de resistência dos escravos que, mesmo batizados pelos senhores e iniciados na fé católica, não aban-donavam suas tradições, a cultura maranhense é marcada por cores e ritmos variados. Exemplo disso é o Bumba Meu Boi, uma brincadeira que mistura lendas indígenas, dança e mú-sica. A festa é marcada pelo sincretismo religioso, cruzando figuras do cristianismo com as crenças africanas. Ocorre na temporada junina, onde centenas de grupos se apresentam nos arraiais com matracas, zabumbas e pandeiros.

De acordo com os últimos números do IBGE, o PIB do estado cresceu 15,3% entre 2010 e 2011. Bem acima do crescimento do Brasil no mesmo período, que foi de 2,7%. O problema é que esse crescimento não se traduziu em melhoria de vida para seus habitantes. O Maranhão tem um dos piores desem-penhos nos índices sociais do país, com problemas relaciona-dos à má distribuição de renda, falta de saneamento, violên-cia urbana, entre outros.

9 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

83,15%dos jovens de15 a 17 anos

estão na escola

345 miljovens entre15 e 17 anos

fora da escola

11.681escolas

públicas

1.095escolas

estaduais

779escolas com

ensino médio regular

19Unidades Regionais

de Ensino

217municípios

10 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

TABELA 1 | População segundo sexo

SEXOMARANHÃO REGIÃO NORDESTE BRASIL

NúMERO DE PESSOAS % % %

Homens 3.279.711 47,8 48,2 48,4

Mulheres 3.577.831 52,2 51,8 51,6

TOTAL 6.857.542 100,0% 100,00 100,0

FONTE: Pnad 2014elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

47,8%

MARANHÃO

52,2%

Dados demográficos

A Tabela 1 apresenta a distribuição da população do Ma-ranhão segundo sexo, comparada com os dados da Região Nordeste e com a média nacional. Como se pode observar, no estado, os homens (47,8%) são uma pequena minoria em relação às mulheres (52,2%). Esse cenário é bastante próximo à realidade brasileira (eles são 48,4% e elas, 51,6%) e também similar ao perfil da Região Nordeste (51,8% de mulheres e 48,2% de homens).

A Tabela 2 reúne informações sobre faixa etária no Mara-nhão, na região Nordeste e no Brasil. Os dados apontam que a população maranhense tem a seguinte composição: 28,7% tem entre 0 e 14 anos de idade e 26,2% tem entre 15 e 29 anos de idade, dentre os quais 6,5% estão na faixa entre 15 e 17 anos, ou seja, são jovens em idade de cursar o Ensino Médio. Assim, como ressaltado na tabela anterior, a distribuição por faixa etária no Maranhão é semelhante à da média nacional, com 24,1% de pessoas entre 15 e 29 anos de idade, sendo que 5,2% têm entre 15 e 17 anos de idade.

11 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

TABELA 2 | População segundo faixa etária

FAIXA ETÁRIAMARANHÃO REGIÃO NORDESTE BRASIL

NúMERO DE PESSOAS % % %

0 – 05 anos 705.284 10,3 8,6 7,9

6 – 14 anos 1.264.961 18,4 15,3 13,7

15 – 17 anos 446.947 6,5 5,8 5,2

18 – 20 anos 390.997 5,7 5,5 5,1

21 – 24 anos 432.382 6,3 6,2 6,1

25 – 29 anos 528.212 7,7 7,9 7,7

30 – 39 anos 972.841 14,2 15,2 15,6

40 anos ou mais 2.115.918 30,9 35,6 38,7

TOTAL 6.857.542 100,0 100,0 100,0

FONTE: Pnad 2014elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

TABELA 3 | População segundo cor/raça

COR/RAÇAMARANHÃO REGIÃO NORDESTE BRASIL

NúMERO DE PESSOAS % % %

Brancos 1.291.006 18,8 27,0 45,5

Negros 5.527.440 80,6 72,5 53,6

Outros (amarelo, indígena e não declarado) 39.096 0,6 0,5 0,9

TOTAL 6.857.542 100,0 100,0 100,0

FONTE: Pnad 2014elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

No que se refere às informações sobre cor/raça, a maioria da população do Maranhão é negra (80,6%), seguida pelos bran-cos (18,8%) e menos de 1% declarou-se como “outros”. Nesse caso, a realidade maranhense é mais próxima à de sua região (72,5% de negros e 27% de brancos), superando com folga a média nacional (53,6%) no percentual de negros.

12 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

TABELA 4 | População vivendo em áreas urbana e rural

ÁREA MARANHÃO REGIÃO NORDESTE BRASIL

NúMERO DE PESSOAS % % %

Urbana 4.057.783 59,2 73,7 85,1

Rural 2.799.759 40,8 26,3 14,9

TOTAL 6.857.542 100,0 100,0 100,0

FONTE: Pnad 2014elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

A Tabela 4 destaca a população vivendo em área urbana e em área rural. Tanto no Maranhão, como no nordeste e no Bra-sil, a população urbana é superior à que reside no campo. Os dados mostram que as áreas urbanas maranhenses (59,2%) são menos populosas do que na Região Nordeste (73,7%) e no Brasil (85,1%), enquanto que a população de áreas rurais (40,8%) é superior à média regional (26,3%) e à média brasi-leira (14,9%).

Em termos de indicadores sociais,o Maranhão apresenta uma situação pior que a média brasileira.

A tabela abaixo apresenta o percentual de pessoas considera-das extremamente pobres e aquelas consideradas como po-bres, tanto no estado como no Brasil.

O critério assumido para a classificação de pobreza é a pro-porção de indivíduos de uma dada região que possui renda per capita igual ou inferior a R$140,00 por mês (R$4,60 por dia). Já o critério para definir os indivíduos extremamente pobres é a proporção da população cuja renda familiar per capita não ultrapasse R$70,00 mensais (R$2,30 por dia). As-

13 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

TABELA 5 | indicador social: pobreza

POBREZAMARANHÃO BRASIL

% %

Extremamente pobres 22,5 6,6

Pobres 39,5 15,2

FONTE: idHm-PnUd 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

TABELA 6 | indicador social: esperança de vida e anos de estudo

INDICADORES MARANHÃO BRASIL

Esperança de vida 70,4 73,9

Expectativa de anos de estudo 9,3 9,5

FONTE: idHm-PnUd 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

sim, observa-se que no Maranhão a situação de pobreza da população é grave se comparada com a média do país. 22,5% da sua população vive na extrema pobreza e 39,5% são con-sideradas pobres, situando quase metade dos maranhenses abaixo da linha de pobreza.

Como o Maranhão é um estado com uma parcela tão grande da população em situação de pobreza, é de se esperar que essa realidade se reflita em outros indicadores. Os indicadores de esperança de vida ao nascer e expectativa de anos de estudo refletem essas condições. Se no Brasil a média de esperança de vida é de 73,9 anos, no estado é 70,4 anos. Já no índice que indica a expectativa de anos de estudo, o Maranhão fica um pouco mais próximo da média nacional: 9,3 anos no estado e 9,5 anos no Brasil.

14 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

TABELA 7 | População jovem segundo faixa etária – 2014

FAIXA ETÁRIA NúMERO DE PESSOAS PERCENTUAL DA POPULAÇÃO jOVEM

PERCENTUAL DA POPULAÇÃO TOTAL

15 a 17 414.954 21,46% 6,31%

18 a 24 923.525 47,76% 14,05%

25 a 29 595.037 30,77% 9,05%

População Jovem(15 a 29 anos) 1.933.516 100,00% 29,41%

POPULAÇÃO TOTAL 6.574.789 – 100,00%

FONTE: Censo 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

População jovem

A população jovem do Maranhão soma mais de um milhão e novecentas mil pessoas, o que significa pouco mais de 29% de toda a população do estado. Dentre os jovens, os de 15 a 17 anos (idade na qual deveriam estar cursando o Ensino Médio) representam 21,46% (ou 6,31% da população do estado, tota-lizando 414.954 pessoas); os de 18 a 24 representam 47,76% da população jovem; e os de 25 a 29 anos somam 30,77% dos jovens maranhenses.

Como mostra a Tabela 8, no Maranhão há uma levíssima maioria de jovens mulheres (50,19%), diferindo levemente da população total do estado (onde elas são 50,39%). Essa pequena diferença de proporção entre os sexos é maior na faixa etária de 25 a 29 anos (onde as mulheres jovens têm um percentual 5,6% superior ao da população masculina). A po-pulação jovem de 18 a 24 anos possui percentuais bastante próximos entre homens e mulheres; já na faixa etária de 15 a 17 anos os percentuais entre os sexos são semelhantes aos da faixa etária de 25 a 29 anos.

15 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

TABELA 8 | População jovem segundo sexo – 2010

SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

jOVEM (15 A 29 ANOS)

POPULAÇÃO TOTAL

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS %

Homem 208.500 50,25% 461.270 49,95% 293.407 49,31% 963.177 49,81% 3.261.515 49,61%

Mulher 206.454 49,75% 462.255 50,05% 301.630 50,69% 970.339 50,19% 3.313.274 50,39%

TOTAL 414.954 100% 923.525 100% 595.037 100% 1.933.516 100% 6.574.789 100%

FONTE: Censo 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

TABELA 9 | População jovem segundo cor/raça – 2010

COR/RAÇA

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

jOVEM (15 A 29 ANOS)

POPULAÇÃO TOTAL

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS %

Brancos 85.047 20,50% 196.318 21,26% 130.871 21,99% 412.237 21,32% 1.437.656 21,87%

Negros 323.049 77,85% 711.396 77,03% 454.259 76,34% 1.488.704 76,99% 5.028.412 76,48%

Outros (amarelo, indígena e nãodeclarado)

6.858 1,65% 15.811 1,71% 9.907 1,66% 32.576 1,68% 108.721 1,65%

TOTAL 414.954 100% 923.525 100% 595.037 100% 1.933.516 100% 6.574.789 100%

FONTE: Censo 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

ENTRE OS jOVENS

76,5%são negros

Assim como a população total do Maranhão, os jovens são majoritariamente negros (76,48%). Vale destacar que o estado possui o mesmo percentual de negros que a população jovem negra. A proporção de negros é ligeiramente maior na faixa de 15 a 17 anos (77,85%). Os brancos são 21,87% dos mara-nhenses e 21,32% dos jovens. Pessoas amarelas e indígenas somam pouco mais de 1%.

21,3%são brancos

16 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

TABELA 10 | mulheres jovens que possuem filhos – 2010

MULHERES COM FILHOS

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

jOVEM(15 A 29 ANOS)

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS %

Sem Filho 185.788 89,99% 257.917 55,80% 86.739 28,76% 530.444 54,67%

Com Filho 20.666 10,01% 204.339 44,20% 214.890 71,24% 439.895 45,33%

TOTAL 206.454 100% 462.255 100% 301.630 100% 970.339 100%

FONTE: Censo 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

TABELA 11 | População jovem segundo responsabilidade pelo domicílio – 2010

jOVENS RESPONSÁVEIS PELO DOMICíLIO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

jOVEM(15 A 29 ANOS)

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS %

Responsável pelo domicílio 8.718 2,10% 120.864 13,09% 177.612 29,85% 307.194 15,89%

Não responsável pelo domicílio 406.236 97,90% 802.661 86,91% 417.425 70,15% 1.626.322 84,11%

TOTAL 414.954 100% 923.525 100% 595.037 100% 1.933.516 100%

FONTE: Censo 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

A maternidade é uma realidade para 45,33% das mulheres jovens no Maranhão. Dentre aquelas que têm entre 15 e 17 anos apenas, mais de vinte mil moças têm filhos, ou 10,01% dentre as meninas dessa idade. Como era de se esperar, essa proporção aumenta com a faixa etária, saltando para 44,20% dentre as que têm de 18 a 24 anos e a 71,24% para aquelas que têm de 25 a 29 anos.

A Tabela 11 mostra que, a responsabilidade pelo seu domicílio chega cedo para alguns jovens maranhenses. No Maranhão quase 9 mil adolescentes entre 15 e 17 anos são os responsá-veis pelo domicílio em que vivem (2,10%). Tal responsabili-dade é realidade também para 13,09% daqueles que têm entre 18 e 24 anos (120.864 jovens) e para 29,8% dos que têm entre 25 e 29 anos (177.612 jovens).

17 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

Assim como a responsabilidade pela casa, o trabalho está pre-sente desde cedo na vida de muitos jovens. Alguns acumu-lam a dupla jornada de estudos e trabalho e outros deixam de estudar para apenas trabalhar. Na Tabela 12 vê-se que entre os adolescentes maranhenses de 15 a 17 anos – idade em que o estudo é obrigatório – 16,85% estão fora da escola (4,86% que trabalha e 11,99% que não trabalha e nem estuda); 20,11% trabalha (15,25% conciliam o trabalho com os estudos, mas 4,86% se dedicam exclusivamente ao trabalho) e 67,89% con-seguem se dedicar exclusivamente aos estudos.

TABELA 12 | População jovem segundo ocupação – 2010

OCUPAÇÃO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

jOVEM(15 A 29 ANOS)

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS %

Estuda 281.723 67,89% 172.447 18,67% 33.810 5,68% 487.980 25,24%

Estuda e Trabalha 63.301 15,25% 106.027 11,48% 44.463 7,47% 213.791 11,06%

Trabalha 20.159 4,86% 316.469 34,27% 307.463 51,67% 644.091 33,31%

Não Estuda e Não Trabalha 49.771 11,99% 328.583 35,58% 209.300 35,17% 587.655 30,39%

TOTAL 414.954 100% 923.525 100% 595.037 100% 1.933.516 100%

FONTE: Censo 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Na faixa etária dos 18 aos 24 anos (idade que equivale ao es-tudo universitário)3 apenas 30,15% dos maranhenses segui-ram estudando (18,67% apenas estudam e 11,48% estudam e trabalham). Quase a metade dos jovens dessa faixa etária já se dedica exclusivamente ao trabalho (34,27%) e, somados aos que conciliam estudo e trabalho, essa realidade chega a 45,75%. Os que não estudam e não trabalham somam 35,58%. No grupo de jovens de 25 a 29 anos (idade que equivale a uma pós-graduação)4, apenas 5,68% conseguem continuar seus

3 Como vimos na seção acima, a distorção idade-série é considerável (cerca de 30%) e, portanto, nessa faixa etária diversos jovens ainda podem estar no ensino mé-dio.

4 apesar da idade ser equivalente ao estudo de pós-graduação é possível que haja jovens cursando graduação e, eventualmente, mesmo o ensino médio.

18 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

TABELA 13 | População jovem segundo ocupação e sexo – 2010

OCUPAÇÃO SEGUNDO SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOS POPULAÇÃO jOVEM(15 A 29 ANOS)

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

Estuda 64,91% 70,90% 16,22% 21,12% 3,54% 7,76% 22,90% 27,56%

Estuda e Trabalha 18,84% 11,64% 12,93% 10,03% 6,51% 8,41% 12,25% 9,87%

Trabalha 6,39% 3,31% 44,15% 24,41% 66,01% 37,72% 42,63% 24,06%

Não Estuda e Não Trabalha 9,85% 14,16% 26,70% 44,44% 23,94% 46,10% 22,21% 38,51%

TOTAL 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

FONTE: Censo 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

22,9%estuda

42,6%trabalha

ENTRE OS HOMENS jOVENS

estudos com dedicação exclusiva, outros 7,47% conciliam os estudos com o trabalho. Mais da metade da população jovem nessa faixa etária apenas trabalha (59,14%), enquanto que 35,17% não estudam nem trabalham.

Os dados sobre ocupação ainda revelam que, para todas as faixas etárias, o grupo de pessoas que não estuda e nem tra-balha é consideravelmente maior entre as mulheres, como in-dica a tabela 13. No Maranhão, dos meninos de 15 a 17 anos 9,85% não trabalha e nem estuda, enquanto esta é a realidade para 14,16% das meninas. No grupo de 18 a 24 anos 26,70% dos rapazes e 44,44% das moças não estudam e nem traba-lham. Para os que têm entre 25 e 29 anos esta diferença se mantem elevada: os que não estudam nem trabalham são 23,94% dos homens e 46,10% das mulheres.

Entre aqueles que trabalham, os homens são maioria, e isso pode indicar que eles continuam concentrando papel de pro-vedor na família, enquanto o trabalho doméstico e de cuidado familiar prevalece entre as mulheres. Salta aos olhos perceber que 25,23% dos meninos de 15 a 17 anos já trabalham (6,39% trabalham e não estudam e 18,84% conciliam as duas ativida-des). Dentre as meninas da mesma idade, 11,64% trabalham e estudam, e 3,31% trabalham exclusivamente.

19 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

TABELA 14 | População jovem segundo acesso à internet no domicílio – 2010

ACESSO à INTERNET NO DOMICíLIO SEGUNDO SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOS POPULAÇÃO jOVEM(15 A 29 ANOS)

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

Sem Internet no Domicílio 92,10% 92,27% 92,28% 91,74% 92,17% 91,92% 92,21% 91,91%

Com Internet no Domicílio 6,94% 6,68% 6,80% 7,42% 7,05% 7,35% 6,91% 7,24%

Não informado 0,96% 1,05% 0,92% 0,84% 0,79% 0,73% 0,89% 0,85%

TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

FONTE: Censo 2010elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Uma hipótese possível para explicar tamanha diferença en-tre a proporção de homens e mulheres que não trabalha nem estuda é a maternidade, que muitas vezes afasta a mulher do mercado de trabalho pela necessidade de priorizar o cuidado com os filhos e o lar.

No que se refere ao acesso à internet no domicílio, a tabela 14 mostra que no Maranhão na faixa etária entre 15 e 17 anos, um percentual bastante elevado dos jovens de ambos sexos (92,10% deles e 92,27% delas) não possuem acesso à internet em suas residências. Nas demais faixas etárias os percentuais permanecem sem grandes alterações, mostrando que o acesso da população jovem à internet no domicílio é um importante desafio a ser enfrentado pelo estado.

20 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

A ESTRUTURAADMINISTRATIVA

DO ESTADO

O atual governador do Maranhão é Flávio Dino (PCdoB)5. Advogado e professor de Direito da Universidade Federal do Maranhão, Dino foi deputado federal (2007/2011), diretor da Escola de Direito de Brasília, do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), cargo que ocupou até 2014.

A administração estadual possui um organograma que conta com 30 órgãos governamentais, dentre Agências, Procurado-rias e Secretarias. A seguir, a relação dos órgãos ligados ao Governo Estadual:6

5 disponível em http://www.ma.gov.br/governo/ acesso em agosto de 2016.

6 disponível em http://www.ma.gov.br/secretarias/ acesso em agosto de 2016.

órgãos governamentais do maranhão

1. Casa Civil

2. Procuradoria Geral do Estado

3. Secretaria de Estado de Transparência e Controle

4. Secretaria de Estado da Comunicação Social e Assuntos Políticos

5. Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento

6. Secretaria de Estado da Fazenda

7. Secretaria de Estado da Gestão e Previdência

8. Secretaria de Estado da Segurança Pública

9. Secretaria de Estado de Administração Penitenciária

10. Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular

11. Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação

12. Secretaria de Estado da Cultura e Turismo

13. Secretaria de Estado da Educação

14. Secretaria de Estado da Infraestrutura

15. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais

16. Secretaria de Estado da Mulher

17. Secretaria de Estado da Saúde

18. Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano

19. Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca

20. Secretaria de Estado da Agricultura Familiar

21. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social

22. Secretaria de Estado de Indústria e Comércio

23. Secretaria de Estado do Esporte e Lazer

24. Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária

25. Secretaria de Estado de Minas e Energia

26. Secretaria de Estado Extraordinária de Igualdade Racial

27. Secretaria de Estado Extraordinária da Juventude

28. Secretaria de Representação Institucional no Distrito Federal

29. Agência Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana

30. Agencia Reguladora de Serviços Públicos do Estado do Maranhão

22 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

Criado em 1962, o Conselho de Educação do Estado (CEE)7 possui 15 membros titulares e 07 suplentes e tem como pre-sidente8 José Ribamar Bastos Ramos. O Estado do Maranhão também conta com a Comissão de Educação, Cultura, Des-porto, Ciência e Tecnologia9, cujos dirigentes são indicados pelos líderes e nomeados pela presidência da Assembleia.

7 regimento disponível em: http://www.stc.ma.gov.br/legisla-documento/ ?id=2402 acesso em agosto de 2016.

8 Pesquisa realizada em agosto de 2016.

9 disponível em http://www.al.ma.leg.br/comissoes/ acesso em agosto de 2016.

23 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

A Secretaria Estadual de Educação e a rede estadual de ensino

A Secretaria de Educação do Maranhão (Seduc) tem como missão elaborar, coordenar, monitorar e avaliar as políticas públicas no âmbito educacional, primando pela qualidade do ensino e acesso de todos à educação.

A Seduc atua de forma descentralizada, por isso conta com as Unidades Regionais de Educação que foram criadas com o objetivo de promover a reestruturação administrativa, a des-centralização e a gestão participativa no governo do estado do Maranhão, resultando no aumento do controle social das ações governamentais. As 19 Unidades Regionais de Edu-cação (UREs) maranhenses são: Açailândia; Bacabal; Balsas; Barra do Corda; Caxias; Chapadinha; Codó; Imperatriz; Ita-pecuru-Mirim; Pedreiras; Pinheiro; Presidente Dutra; Rosá-rio; São João dos Patos; Santa Inês; Timon; Viana; Zé Doca; São Luiz.

O atual Secretário de Educação do Estado do Maranhão é Felipe Costa Camarão. Formado em Direito pela Universi-dade Federal do Maranhão (UFMA), é mestre em Direito pela mesma instituição. Ainda jovem, teve sua carreira voltada às atividades jurídicas e, em 2015, assumiu a Secretaria de Es-tado da Gestão e Previdência, sendo empossado meses depois na Secretaria de Estado de Cultura. Desde junho de 2016, Fe-lipe Costa Camarão está à frente da Secretaria de Educação.10

10 Pesquisa realizada em agosto de 2016.

19Unidades

Regionais de Educação

ESTRUTURA

24 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

A SITUAÇÃODA EDUCAÇÃO

De acordo com o Censo Escolar de 2015, a rede estadual de educação do Maranhão é composta por 1.095 escolas. São 526 unidades (48%) localizadas em área urbana e 569 (52%) em área rural. As matrículas das escolas estaduais – reunindo todas as etapas e modalidades de ensino – somam um total de 364.533. São 297.990 matrículas em área urbana e 66.543 na área rural.

Do total de escolas do estado, 779 compõem a rede de Ensino Médio regular estadual, estando 468 (60%) delas localizadas na área urbana e 311 (40%) escolas na área rural. O total de ma-trículas em escolas com Ensino Médio regular totaliza 281.194 que estão distribuídas da seguinte forma: 239.166 matrículas em escolas urbanas e 42.028 matrículas em escolas situadas em área rural.

O Ideb11 do Maranhão saiu de 2,4 em 2005 para 3,1 em 2015. Essa trajetória, contudo, não foi linear: em 2007, um aumento de 0,4 elevou o resultado para 2,8; em 2009, um pequeno au-mento de 0,2 levou a nota do Ideb para 3,0, mantendo esse re-

11 ideb é o Índice de desenvolvimento da educação Básica criado, em 2007, pelo ins-tituto nacional de estudos e Pesquisas educacionais anísio teixeira (inep), formu-lado para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino. disponível em http://portal.mec.gov.br/ideb-sp-1976574996 acesso em agosto de 2016.

11.681escolas

públicas

1.095escolas

estaduais

REDE ESTADUAL

DE EDUCAÇÃO

48%em área urbana

52%em área

rural

GRÁFICO 1 | ideb maranhão x Brasil

FONTE: inePelaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

MARANHÃO

BRASIL3,0

3,2

3,4 3,4

3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

NORDESTE

MARANHÃO

BRASIL

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

248,7

253,5

261,9 261,1 256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORDESTE

260,0262,9

265,5 264,9260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

BRASIL

MARANHÃO

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

40,9 39,3 37,5

68,5

MARANHÃO

BRASIL

47,3

48,246,0

43,441,9

40,335,0

33,3 31,8 31,1

2011 2012 2013 2014 2015

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

MARANHÃO

71,20%FACEBOOK

28,80%BLOG

6,80%SITE INSTITUCIONAL

3,40%YOUTUBE

2,4

2,8 2,83,13,0 3,0

MARANHÃO

NORDESTE

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

2,4

2,7

237,1

247,5250,1 250,2

253,6

248,8246,2

241,5

252,3248,1

241,6

249,2

2,8

2,8

2,83,1

3,1

3,0 3,0

3,0 3,03,2

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

44,942,5

40,939,5

47,344,9

42,540,9

39,5

34,833,0

31,6 30,6

36,5

26 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

sultado em 2011. Mesmo com a maior nota alcançada em 2015 (3,1), o estado se manteve atrás da média nacional em todo o período analisado.

O Gráfico 2 mostra dados do Maranhão e da Região Nor-deste. Nele, nota-se que o desempenho do estado manteve-se próximo ao da região em toda a série histórica. A maior dife-rença entre as médias pode ser observada em 2005, quando o Maranhão ficou 0,3 pontos atrás da Região Nordeste. Já entre 2007 e 2011 os resultados são iguais, com excessão do ano de 2009, quando a Região Nordeste superou o Estado em apenas 0,1 ponto. Por serem muito semelhantes os desempenhos do Maranhão e de sua Região, observa-se que ambos se manti-veram atrás da média nacional em todo o período analisado, embora tenham apresentado melhora em seus desempenhos, se comparado ao início da série. Em 2015, o estado encerrou o período de análise com Ideb 3,2 (0,1 acima da média regional).

GRÁFICO 2 | ideb maranhão x região nordeste

FONTE: inePelaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

No Ideb, o estado do Maranhão apresentou um desempenho inferior ao do país e semelhante ao da Região Nordeste. No entanto, dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) revelam um pouco mais sobre a situação da educação maranhense.

MARANHÃO

BRASIL3,0

3,2

3,4 3,4

3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

NORDESTE

MARANHÃO

BRASIL

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

248,7

253,5

261,9 261,1 256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORDESTE

260,0262,9

265,5 264,9260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

BRASIL

MARANHÃO

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

40,9 39,3 37,5

68,5

MARANHÃO

BRASIL

47,3

48,246,0

43,441,9

40,335,0

33,3 31,8 31,1

2011 2012 2013 2014 2015

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

MARANHÃO

71,20%FACEBOOK

28,80%BLOG

6,80%SITE INSTITUCIONAL

3,40%YOUTUBE

2,4

2,8 2,83,13,0 3,0

MARANHÃO

NORDESTE

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

2,4

2,7

237,1

247,5250,1 250,2

253,6

248,8246,2

241,5

252,3248,1

241,6

249,2

2,8

2,8

2,83,1

3,1

3,0 3,0

3,0 3,03,2

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

44,942,5

40,939,5

47,344,9

42,540,9

39,5

34,833,0

31,6 30,6

36,5

27 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

o saeB produz informações a respeito da realidade educacional brasileira por meio de avaliações bienais de proficiência em matemática e em Língua Portuguesa. trata-se de uma avaliação por amostra e seus resultados, em conjunto com as taxas de aprovação escolar, são a base de cálculo para o ideb de cada estado e do índice nacional.

ESCALA LÍNGUA PORTUGUESA

225 250 275 300 325 350 375 400 425

NÍVEL1

NÍVEL2

NÍVEL3

NÍVEL4

NÍVEL5

NÍVEL6

NÍVEL7

NÍVEL8

ESCALA MATEMÁTICA

225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475

NÍVEL1

NÍVEL2

NÍVEL3

NÍVEL4

NÍVEL5

NÍVEL6

NÍVEL7

NÍVEL8

NÍVEL9

NÍVEL10

A escala de Língua Portuguesa no Ensino Médio varia de 225 a 425, dividida em oito níveis, quanto mais alto o nível, me-lhor o desempenho. O desempenho do Maranhão no SAEB de Língua Portuguesa se mantém no nível 1 desde o início do acompanhamento, como é possível notar no Gráfico 3. Em 2005 o estado parte da nota 222,6, sobe no exame seguinte marcando 236 pontos em 2007. Em 2009 registra 243,5, mas cai novamente até 2013 atingindo 236,3. Em 2015 apresenta melhora superando a nota inicial de 2005 com 244,9 pontos, um ganho significativo de 22,3 pontos para o estado, mas in-suficiente para subir de nível.

A média do país, por outro lado, não registra tantas variações: após partir de 248,7 em 2005 e alcançar 261,9 pontos em 2009, a nota do país decresce ligeiramente e registra 256,3 em 2013, mostrando recuperação em seguida e encerrando a série his-tórica com 260,6 pontos, passando do nível 1 para o nível 2. Ressalta-se ainda que os picos de aumento do Ideb no estado ocorreram nos mesmos anos de aumento desse dado no Bra-sil, além de em 2009 ambos terem reduzido suas notas.

28 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

No Gráfico 4 é possível avaliar o desempenho do Maranhão em Língua Portuguesa, em relação à região Nordeste. Nota-se que as oscilações seguem o mesmo padrão tanto no estado quanto na região, sendo que a região possui desempenho me-lhor que o estado em todos os anos, deixando o Maranhão abaixo da média do Nordeste. Ambos partem de índices no nível 1, o Maranhão com 222,6 pontos e a região Nordeste com 248,7. O índice da região sobe até 249,2 em 2015, após queda brusca em 2013, e fecha a série no nível 2.

GRÁFICO 3 | saeB Língua Portuguesa maranhão x Brasil

GRÁFICO 4 | saeB Língua Portuguesa maranhão x região nordeste

FONTE: inePelaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

MARANHÃO

BRASIL3,0

3,2

3,4 3,4

3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

NORDESTE

MARANHÃO

BRASIL

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

248,7

253,5

261,9 261,1 256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORDESTE

260,0262,9

265,5 264,9260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

BRASIL

MARANHÃO

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

40,9 39,3 37,5

68,5

MARANHÃO

BRASIL

47,3

48,246,0

43,441,9

40,335,0

33,3 31,8 31,1

2011 2012 2013 2014 2015

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

MARANHÃO

71,20%FACEBOOK

28,80%BLOG

6,80%SITE INSTITUCIONAL

3,40%YOUTUBE

2,4

2,8 2,83,13,0 3,0

MARANHÃO

NORDESTE

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

2,4

2,7

237,1

247,5250,1 250,2

253,6

248,8246,2

241,5

252,3248,1

241,6

249,2

2,8

2,8

2,83,1

3,1

3,0 3,0

3,0 3,03,2

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

44,942,5

40,939,5

47,344,9

42,540,9

39,5

34,833,0

31,6 30,6

36,5

MARANHÃO

BRASIL3,0

3,2

3,4 3,4

3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

NORDESTE

MARANHÃO

BRASIL

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

248,7

253,5

261,9 261,1 256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORDESTE

260,0262,9

265,5 264,9260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

BRASIL

MARANHÃO

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

40,9 39,3 37,5

68,5

MARANHÃO

BRASIL

47,3

48,246,0

43,441,9

40,335,0

33,3 31,8 31,1

2011 2012 2013 2014 2015

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

MARANHÃO

71,20%FACEBOOK

28,80%BLOG

6,80%SITE INSTITUCIONAL

3,40%YOUTUBE

2,4

2,8 2,83,13,0 3,0

MARANHÃO

NORDESTE

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

2,4

2,7

237,1

247,5250,1 250,2

253,6

248,8246,2

241,5

252,3248,1

241,6

249,2

2,8

2,8

2,83,1

3,1

3,0 3,0

3,0 3,03,2

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

44,942,5

40,939,5

47,344,9

42,540,9

39,5

34,833,0

31,6 30,6

36,5

29 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

A escala SAEB para a prova de Matemática do Ensino Médio varia entre 225 e 475 pontos (distribuídos em intervalos que correspondem a dez níveis). De acordo com o Gráfico 5, o de-sempenho maranhense em Matemática mostrou melhora a partir de 2007 e apresentou pequenas variações até 2011, en-cerrando o período em 2015 com aumento de sua média para 246,6 (7,9 acima do resultado anterior). Vale destacar que du-rante toda a série, os resultados do estado mostraram-se infe-riores aos do país. É possível notar ainda que a evolução de ambos foi muito semelhante entre 2007 e 2013.

Ao se comparar o desempenho do Maranhão com a Região Nordeste, percebe-se que o estado se manteve abaixo da mé-dia regional em todo o período, tal como observado em relação aos resultados do SAEB Língua Portuguesa. Em 2005, ano em que o estado obteve menor resultado no SAEB Matemática, a diferença em relação à região chegou a 17,5 pontos. Entre 2005 e 2007, a média estadual aumentou 10,9 pontos e, nos anos se-guintes, manteve resultados próximos. Essa tendência é seme-lhante àquela observada no SAEB Língua Portuguesa. Após queda em 2013, estado e região aumentaram seus resultados em 2015, ficando a média maranhense apenas 1,6 abaixo do resultado da Região Nordeste.

GRÁFICO 5 | saeB matemática maranhão x Brasil

FONTE: inePelaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

MARANHÃO

BRASIL3,0

3,2

3,4 3,4

3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

NORDESTE

MARANHÃO

BRASIL

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

248,7

253,5

261,9 261,1 256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORDESTE

260,0262,9

265,5 264,9260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

BRASIL

MARANHÃO

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

40,9 39,3 37,5

68,5

MARANHÃO

BRASIL

47,3

48,246,0

43,441,9

40,335,0

33,3 31,8 31,1

2011 2012 2013 2014 2015

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

MARANHÃO

71,20%FACEBOOK

28,80%BLOG

6,80%SITE INSTITUCIONAL

3,40%YOUTUBE

2,4

2,8 2,83,13,0 3,0

MARANHÃO

NORDESTE

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

2,4

2,7

237,1

247,5250,1 250,2

253,6

248,8246,2

241,5

252,3248,1

241,6

249,2

2,8

2,8

2,83,1

3,1

3,0 3,0

3,0 3,03,2

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

44,942,5

40,939,5

47,344,9

42,540,9

39,5

34,833,0

31,6 30,6

36,5

30 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

O Censo Escolar é um levantamento nacional de dados esta-tísticos educacionais a partir de informações fornecidas pe-las próprias escolas. Entre os dados disponibilizados através do Censo estão as somas dos alunos aprovados, reprovados e que abandonaram a escola ao final de cada ano letivo. A Tabela 15 apresenta esses dados para o Maranhão e a média nacional. Como é possível observar, o ano mais crítico, com as maiores taxas de reprovação e de abandono, é o primeiro ano do Ensino Médio. Essa não é uma realidade exclusiva do estado e é possível observar a mesma tendência na média bra-sileira. No comparativo com o país, as taxas de reprovação no Maranhão são menores no primeiro e terceiro anos.

Em contrapartida, a taxa de abandono no Maranhão é supe-rior à taxa média do país em todos os anos: no primeiro ano de ingresso no Ensino Médio quase 11 alunos em cada cem abandonam a escola no estado. Nas séries mais avançadas a taxa cai, e atinge 6,2 no terceiro ano.

GRÁFICO 6 | saeB matemática maranhão x região nordeste

FONTE: inePelaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

MARANHÃO

BRASIL3,0

3,2

3,4 3,4

3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

NORDESTE

MARANHÃO

BRASIL

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

248,7

253,5

261,9 261,1 256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORDESTE

260,0262,9

265,5 264,9260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

BRASIL

MARANHÃO

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

40,9 39,3 37,5

68,5

MARANHÃO

BRASIL

47,3

48,246,0

43,441,9

40,335,0

33,3 31,8 31,1

2011 2012 2013 2014 2015

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

MARANHÃO

71,20%FACEBOOK

28,80%BLOG

6,80%SITE INSTITUCIONAL

3,40%YOUTUBE

2,4

2,8 2,83,13,0 3,0

MARANHÃO

NORDESTE

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

2,4

2,7

237,1

247,5250,1 250,2

253,6

248,8246,2

241,5

252,3248,1

241,6

249,2

2,8

2,8

2,83,1

3,1

3,0 3,0

3,0 3,03,2

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

44,942,5

40,939,5

47,344,9

42,540,9

39,5

34,833,0

31,6 30,6

36,5

31 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

GRÁFICO 7 | taxa de distorção idade-série maranhão

FONTE: ineP 2015 elaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

MARANHÃO

BRASIL3,0

3,2

3,4 3,4

3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

NORDESTE

MARANHÃO

BRASIL

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

248,7

253,5

261,9 261,1 256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORDESTE

260,0262,9

265,5 264,9260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

BRASIL

MARANHÃO

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

40,9 39,3 37,5

68,5

MARANHÃO

BRASIL

47,3

48,246,0

43,441,9

40,335,0

33,3 31,8 31,1

2011 2012 2013 2014 2015

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

MARANHÃO

71,20%FACEBOOK

28,80%BLOG

6,80%SITE INSTITUCIONAL

3,40%YOUTUBE

2,4

2,8 2,83,13,0 3,0

MARANHÃO

NORDESTE

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

2,4

2,7

237,1

247,5250,1 250,2

253,6

248,8246,2

241,5

252,3248,1

241,6

249,2

2,8

2,8

2,83,1

3,1

3,0 3,0

3,0 3,03,2

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

44,942,5

40,939,5

47,344,9

42,540,9

39,5

34,833,0

31,6 30,6

36,5

TABELA 15 | taxa de reprovação, aprovação e abandono

ENSINO MéDIO

MARANHÃO BRASIL

REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO

1º ano EM 16,0 10,8 73,2 17,7 10,0 72,3

2º ano EM 11,2 8,4 80,4 11,0 7,2 81,8

3º ano EM 5,9 6,2 87,9 6,6 5,4 88,0

FONTE: ineP 2015 elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

No que se refere à taxa de distorção idade-série, indicador que permite avaliar o percentual de alunos, em cada série, com idade superior à recomendada, o Gráfico 7 mostra que a distorção é maior no primeiro ano do Ensino Médio, com taxa de 40,9. Contudo, o estado apresenta uma taxa de distorção idade-série total de 68,5.

Já os Gráficos 8 e 9 demonstram que há uma tendência de diminuição da distorção idade-série ao longo dos anos. É possível perceber que, no período analisado, os números da distorção idade-série maranhenses são superiores em todo o período, mas essa diferença vem diminuindo gradativamente ao longo dos anos. No comparativo com a Região Nordeste, observa-se que as taxas são mais próximas; contudo, em todo o período as taxas regionais superam levemente as do estado.

32 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

GRÁFICO 8 | taxa de distorção idade-série maranhão x Brasil

FONTE: ineP 2015elaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

GRÁFICO 9 | taxa de distorção idade-série maranhão x nordeste

FONTE: ineP 2015elaboração: instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

MARANHÃO

BRASIL3,0

3,2

3,4 3,4

3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

NORDESTE

MARANHÃO

BRASIL

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

248,7

253,5

261,9 261,1 256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORDESTE

260,0262,9

265,5 264,9260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

BRASIL

MARANHÃO

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

40,9 39,3 37,5

68,5

MARANHÃO

BRASIL

47,3

48,246,0

43,441,9

40,335,0

33,3 31,8 31,1

2011 2012 2013 2014 2015

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

MARANHÃO

71,20%FACEBOOK

28,80%BLOG

6,80%SITE INSTITUCIONAL

3,40%YOUTUBE

2,4

2,8 2,83,13,0 3,0

MARANHÃO

NORDESTE

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

2,4

2,7

237,1

247,5250,1 250,2

253,6

248,8246,2

241,5

252,3248,1

241,6

249,2

2,8

2,8

2,83,1

3,1

3,0 3,0

3,0 3,03,2

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

44,942,5

40,939,5

47,344,9

42,540,9

39,5

34,833,0

31,6 30,6

36,5

MARANHÃO

BRASIL3,0

3,2

3,4 3,4

3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

NORDESTE

MARANHÃO

BRASIL

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

248,7

253,5

261,9 261,1 256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORDESTE

260,0262,9

265,5 264,9260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

BRASIL

MARANHÃO

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

40,9 39,3 37,5

68,5

MARANHÃO

BRASIL

47,3

48,246,0

43,441,9

40,335,0

33,3 31,8 31,1

2011 2012 2013 2014 2015

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

MARANHÃO

71,20%FACEBOOK

28,80%BLOG

6,80%SITE INSTITUCIONAL

3,40%YOUTUBE

2,4

2,8 2,83,13,0 3,0

MARANHÃO

NORDESTE

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

2,4

2,7

237,1

247,5250,1 250,2

253,6

248,8246,2

241,5

252,3248,1

241,6

249,2

2,8

2,8

2,83,1

3,1

3,0 3,0

3,0 3,03,2

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

44,942,5

40,939,5

47,344,9

42,540,9

39,5

34,833,0

31,6 30,6

36,5

33 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

Internet e redes sociais nas escolas

O uso de computador e da internet nas escolas pode ser con-siderado uma ferramenta didática atual e dinâmica que pode despertar maior interesse dos jovens. Apesar de não ser una-nimidade, há estudos que apontam para o uso de Tecnolo-gias de Informação e Comunicação (TICs) nas salas de aula como responsável por elevar a qualidade da educação, bem como por proporcionar uma maior preparação dos jovens para atuar em um mundo global e competitivo. Para além da existência de computadores nas escolas, as pesquisas sinali-zam a importância da preparação dos professores para a uti-lização de tais tecnologias, não sendo, portanto, automático o impacto na qualidade do ensino12. Além disso, a existência de computador e internet nas escolas pode ser considerada uma boa forma de inclusão digital, uma vez que diversos jovens não possuem acesso a computadores ou internet em seus do-micílios, como foi visto na última Tabela 14.

A existência de computador contempla 43% do universo das escolas públicas do Maranhão, mas o acesso à internet é me-nor: apenas 21,6%. Essa realidade é significativamente infe-rior à média brasileira, em que 75,6% das escolas são equipa-das com computador e 58,6% possuem acesso à internet.

12 sobre impacto do uso de tiCs na educação: Lena, Lavinas. avaliando a inclusão digital Pela escola - o Projeto Uca-total. rio de Janeiro: Hucitec, 2015; o Uso dos Computadores e da internet nas escolas Públicas de Capitais Brasileiras. disponí-vel em: <http://www.institutounibanco.org.br/wp-content/uploads/2013/07/o_uso_de_computadores_na_escola.pdf

ESCOLAS PúBLICAS

DOMARANHÃO

43%possuem

computador

21,6%têm acesso à internet

34 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

Entre as escolas estaduais maranhenses o acesso ao compu-tador e à internet é maior, se comparado às escolas públicas no estado. Em relação ao acesso ao computador, o percentual de escolas estaduais chega a 60,1%; já em relação à internet o acesso é menor (49,9%). Essa maior presença de TICs nas escolas estaduais também é observada no país como um todo: 94,3% das escolas estaduais brasileiras têm computadores e 88,5% possuem acesso à internet, como mostra a Tabela 17.

TABELA 17 | existência de computador e acesso à internet nas escolas estaduais

MARANHÃO BRASIL

NúMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO à INTERNET

(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO à INTERNET

(%)

1.095 60,1 49,9 94,3 88,5

FONTE: Censo escolar 2015elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Entre as escolas estaduais com Ensino Médio regular, o Ma-ranhão segue com acesso superior à média nacional. O acesso à internet no estado é uma realidade para 63,7% das escolas, enquanto a média nacional é de 93,1%, como pode ser obser-vado na Tabela 18.

TABELA 16 | existência de computador e acesso à internet nas escolas públicas

MARANHÃO BRASIL

NúMERO DE ESCOLAS

PúBLICAS

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO à INTERNET

(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO à INTERNET

(%)

11.681 43 21,6 75,6 58,6

FONTE: Censo escolar 2015elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

35 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

É possível esmiuçar esses dados de acesso por regional e identificar em quais regiões estão as escolas que ainda não estão equipadas com computador e internet, analisando se é uma questão localizada ou generalizada.

Como vimos, no Maranhão, 76,5% das escolas estaduais com Ensino Médio regular possui computador. De acordo com a Tabela 19, em um universo de 217 municípios maranhenses, 37% (80 municípios) não possuem acesso total de escolas ao computador. Dentre esses municípios, o que apresenta pior situação é Raposa, com 0% de acesso a computadores. No que tange ao acesso à internet, 115 municípios não contemplam a totalidade de suas escolas com internet. Além disso, 13 municípios não possuem nenhuma escola com acesso à internet. São eles: Afonso Cunha, Água Doce do Maranhão, Amapá do Maranhão, Lagoa Grande do Maranhão, Lajeado Novo, Magalhães de Almeida, Passagem Franca, Raposa, Santana do Maranhão, São Raimundo do Doca Bezerra, Senador Alexandre Costa, Sucupira do Riachão e Turilândia.

TABELA 18 | existência de computador e acesso à internet nas escolas estaduais com ensino médio regular

MARANHÃO BRASIL

NúMERO DE ESCOLAS

ESTADUAIS COM ENSINO MéDIO

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO à INTERNET

(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO à INTERNET

(%)

779 76,5 63,7 97,8 93,3

FONTE: Censo escolar 2015elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

36 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

MUNICíPIO

MER

O D

E ES

COLA

S

PO

SSU

I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

Açailândia 14 86% 79%

Afonso Cunha 1 100% 0%

Água Doce do Maranhão 3 100% 0%

Alcântara 3 67% 67%

Aldeias Altas 1 100% 100%

Altamira do Maranhão 1 100% 100%

Alto Alegre do Maranhão 1 100% 100%

Alto Alegre do Pindaré 8 88% 63%

Alto Parnaíba 1 100% 100%

Amapá do Maranhão 1 100% 0%

Amarante do Maranhão 5 40% 20%

Anajatuba 3 67% 67%

Anapurus 3 67% 67%

Apicum-Açu 1 100% 100%

Araguanã 1 100% 100%

Araioses 4 50% 25%

Arame 5 60% 60%

Arari 5 100% 100%

Axixá 1 100% 100%

Bacabal 8 100% 100%

Bacabeira 2 100% 50%

Bacuri 5 60% 60%

Bacurituba 1 100% 100%

Balsas 6 100% 100%

Barão de Grajaú 3 67% 67%

Barra do Corda 24 54% 33%

Barreirinhas 5 40% 40%

Belágua 3 33% 33%

MUNICíPIO

MER

O D

E ES

COLA

S

PO

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I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

Bela Vista do Maranhão 1 100% 100%

Benedito Leite 2 100% 100%

Bequimão 2 100% 100%

Bernardo do Mearim 2 100% 100%

Boa Vista do Gurupi 1 100% 100%

Bom Jardim 5 80% 60%

Bom Jesus das Selvas 2 100% 50%

Bom Lugar 1 100% 100%

Brejo 4 75% 50%

Brejo de Areia 2 100% 100%

Buriti 4 25% 25%

Buriti Bravo 4 75% 50%

Buriticupu 5 80% 80%

Buritirana 3 67% 33%

Cachoeira Grande 1 100% 100%

Cajapió 2 100% 100%

Cajari 2 100% 100%

Campestre do Maranhão 1 100% 100%

Cândido Mendes 2 50% 50%

Cantanhede 1 100% 100%

Capinzal do Norte 2 100% 50%

Carolina 3 100% 100%

Carutapera 4 100% 100%

Caxias 16 88% 69%

Cedral 1 100% 100%

Central do Maranhão 1 100% 100%

Centro do Guilherme 1 100% 100%

Centro Novo do Maranhão 3 67% 67%

37 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

MUNICíPIO

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UTA

DO

R (%

)

COM

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TAD

OR

CO

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CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

Chapadinha 4 75% 75%

Cidelândia 2 100% 100%

Codó 7 86% 71%

Coelho Neto 3 100% 100%

Colinas 4 100% 75%

Conceição do Lago-Açu 1 100% 100%

Coroatá 10 60% 60%

Cururupu 3 100% 67%

Davinópolis 1 100% 100%

Dom Pedro 3 100% 100%

Duque Bacelar 1 100% 100%

Esperantinópolis 4 75% 75%

Estreito 3 100% 100%

Feira Nova do Maranhão 1 100% 100%

Fernando Falcão 3 67% 67%

Formosa da Serra Negra 3 67% 33%

Fortaleza das Nogueiras 2 100% 100%

Fortuna 2 100% 50%

Godofredo Viana 1 100% 100%

Gonçalves Dias 3 100% 100%

Governador Archer 1 100% 100%

Governador Edison Lobão 2 100% 100%

Governador Eugênio Barros 3 67% 33%

Governador Luiz Rocha 1 100% 100%

Governador Newton Bello 1 100% 100%

Governador Nunes Freire 1 100% 100%

Graça Aranha 1 100% 100%

MUNICíPIO

MER

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S

PO

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MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

Grajaú 16 56% 31%

Guimarães 2 100% 50%

Humberto de Campos 2 50% 50%

Icatu 2 100% 50%

Igarapé do Meio 2 50% 50%

Igarapé Grande 4 100% 100%

Imperatriz 19 100% 89%

Itaipava do Grajaú 5 20% 20%

Itapecuru Mirim 10 40% 30%

Itinga do Maranhão 2 100% 50%

Jatobá 3 67% 33%

Jenipapo das Vieiras 11 36% 9%

João Lisboa 3 67% 67%

Joselândia 1 100% 100%

Junco do Maranhão 1 100% 100%

Lago da Pedra 5 100% 100%

Lago do Junco 2 100% 50%

Lago Verde 2 100% 100%

Lagoa do Mato 1 100% 100%

Lago das Rodrigues 2 100% 50%

Lagoa Grande do Maranhão 2 100% 0%

Lajeado Novo 1 100% 0%

Lima Campos 1 100% 100%

Loreto 2 100% 50%

Luís Domingues 1 100% 100%

Magalhães de Almeida 5 20% 0%

Maracaçumé 2 50% 50%

Marajá do Sena 1 100% 100%

Maranhãozinho 1 100% 100%

38 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

MUNICíPIO

MER

O D

E ES

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PO

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MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

à IN

TER

NET

(%)

Mata Roma 3 33% 33%

Matinha 3 67% 67%

Matões 2 100% 100%

Matões do Norte 3 33% 33%

Milagres do Maranhão 1 100% 100%

Mirador 4 100% 100%

Miranda do Norte 2 50% 50%

Mirinzal 3 100% 100%

Monção 3 67% 33%

Montes Altos 2 100% 50%

Morros 1 100% 100%

Nina Rodrigues 3 100% 67%

Nova Colinas 1 100% 100%

Nova Iorque 1 100% 100%

Nova Olinda do Maranhão 1 100% 100%

Olho D'Água das Cunhãs 2 100% 100%

Olinda Nova do Maranhão 3 67% 33%

Paço do Lumiar 7 100% 100%

Palmeirândia 5 80% 60%

Paraibano 2 100% 100%

Parnarama 3 100% 100%

Passagem Franca 1 100% 0%

Pastos Bons 3 67% 67%

Paulino Neves 6 17% 17%

Paulo Ramos 1 100% 100%

Pedreiras 3 100% 33%

Pedro do Rosário 5 20% 20%

Penalva 4 100% 100%

MUNICíPIO

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DO

R (%

)

COM

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O

à IN

TER

NET

(%)

Peri Mirim 2 50% 50%

Peritoró 4 100% 100%

Pindaré-Mirim 6 100% 50%

Pinheiro 12 83% 58%

Pio Xii 2 100% 100%

Pirapemas 2 100% 100%

Poção de Pedras 4 75% 50%

Porto Franco 1 100% 100%

Porto Rico do Maranhão 2 100% 100%

Presidente Dutra 5 100% 80%

Presidente Juscelino 3 33% 33%

Presidente Médici 1 100% 100%

Presidente Sarney 2 50% 50%

Presidente Vargas 1 100% 100%

Primeira Cruz 1 100% 100%

Raposa 2 0% 0%

Riachão 3 33% 33%

Ribamar Fiquene 2 100% 50%

Rosário 6 83% 83%

Sambaíba 1 100% 100%

Santa Filomena do Maranhão 1 100% 100%

Santa Helena 5 80% 60%

Santa Inês 8 100% 88%

Santa Luzia 10 70% 40%

Santa Luzia do Paruá 2 100% 100%

Santa Quitéria do Maranhão 2 50% 50%

Santa Rita 3 100% 67%

Santana do Maranhão 2 50% 0%

39 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

MUNICíPIO

MER

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R (%

)

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TER

NET

(%)

Santo Amaro do Maranhão 1 100% 100%

Santo Antônio das Lopes 3 100% 67%

São Benedito do Rio Preto 1 100% 100%

São Bento 3 100% 100%

São Bernardo 5 60% 40%

São Domingos do Azeitão 2 50% 50%

São Domingos do Maranhão 2 100% 100%

São Félix de Balsas 2 100% 100%

São Francisco do Brejão 2 50% 50%

São Francisco do Maranhão 2 100% 50%

São João Batista 2 100% 100%

São João do Carú 4 50% 50%

São João do Paraíso 2 50% 50%

São João do Soter 2 50% 50%

São João das Patos 2 100% 100%

São José de Ribamar 9 78% 67%

São José das Basílios 1 100% 100%

São Luís 77 97% 84%

São Luís Gonzaga do Maranhão 1 100% 100%

São Mateus do Maranhão 3 100% 100%

São Pedro da Água Branca 2 100% 100%

São Pedro das Crentes 1 100% 100%

São Raimundo das Mangabeiras 1 100% 100%

São Raimundo do Doca Bezerra 3 67% 0%

São Roberto 1 100% 100%

MUNICíPIO

MER

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R (%

)

COM

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TAD

OR

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à IN

TER

NET

(%)

São Vicente Ferrer 3 67% 67%

Satubinha 1 100% 100%

Senador Alexandre Costa 1 100% 0%

Senador La Rocque 3 67% 67%

Serrano do Maranhão 2 100% 100%

Sítio Novo 2 100% 50%

Sucupira do Norte 2 50% 50%

Sucupira do Riachão 1 100% 0%

Tasso Fragoso 1 100% 100%

Timbiras 2 100% 100%

Timon 10 100% 100%

Trizidela do Vale 2 100% 100%

Tufilândia 2 100% 50%

Tuntum 7 71% 29%

Turiaçu 6 17% 17%

Turilândia 2 50% 0%

Tutóia 5 100% 60%

Urbano Santos 1 100% 100%

Vargem Grande 5 40% 40%

Viana 5 60% 60%

Vila Nova das Martírios 3 67% 67%

Vitória do Mearim 6 83% 33%

Vitorino Freire 3 100% 67%

40 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

Com o objetivo de identificar a presença das escolas públicas de Ensino Médio do Maranhão nas Mídias Sociais, foi realizada uma pesquisa – a partir do código INEP das escolas de toda rede estadual – nos seguintes canais: Facebook, Twitter, Blogspot e Youtube. Na sequência, cada perfil identificado na busca Google foi analisado, com o objetivo de verificar quais escolas do estado mantinham páginas atualizadas ao menos uma vez desde o início de 2015. Entre as 760 escolas públicas mapeadas foram localizados 59 perfis (7,76%) em Redes Sociais. Os resultados apontam a maior utilização do Facebook pelas escolas, como indica o Gráfico 10.

GRÁFICO 10 | Perfis escolares por rede social

FONTE: instituto Unibanco/2016

É possível observar a distribuição geográfica das escolas por uso das mídias sociais no mapa no link: https://goo.gl/gtI3G9.

MARANHÃO

BRASIL3,0

3,2

3,4 3,4

3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

NORDESTE

MARANHÃO

BRASIL

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

248,7

253,5

261,9 261,1 256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

NORDESTE

260,0262,9

265,5 264,9260,7 259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

MARANHÃO

BRASIL

MARANHÃO

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

40,9 39,3 37,5

68,5

MARANHÃO

BRASIL

47,3

48,246,0

43,441,9

40,335,0

33,3 31,8 31,1

2011 2012 2013 2014 2015

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

MARANHÃO

71,20%FACEBOOK

28,80%BLOG

6,80%SITE INSTITUCIONAL

3,40%YOUTUBE

2,4

2,8 2,83,13,0 3,0

MARANHÃO

NORDESTE

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

2,4

2,7

237,1

247,5250,1 250,2

253,6

248,8246,2

241,5

252,3248,1

241,6

249,2

2,8

2,8

2,83,1

3,1

3,0 3,0

3,0 3,03,2

222,6

236,0

243,5 244,8

236,3

244,9

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2005 2007 2009 2011 2013 2015

230,0

240,9242,5 242,5

238,7

246,6

44,942,5

40,939,5

47,344,9

42,540,9

39,5

34,833,0

31,6 30,6

36,5

41 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

Situação das Escolas

Nessa seção, iremos analisar a situação das escolas de Ensino Médio regular no estado do Maranhão, no que diz respeito ao local de funcionamento, à infraestrutura e aos serviços públi-cos, a partir de dados do Censo Escolar 2015.

As escolas de Ensino Médio regular maranhenses funcionam majoritariamente (94,8%) em prédios escolares, sem que o es-paço seja dividido, por exemplo, com outra escola, como é o caso de 1,5% das unidades escolares (vide Tabela 21). No Maranhão não há escolas funcionando em salas de empresas e unidades prisionais. 1,1% das escolas do estado funcionam em galpões e 0,1% desenvolvem suas atividades em templos religiosos, unidades de internação socioeducativa ou na casa do professor.

TABELA 19 | Local de Funcionamento das escolas de ensino médio regular

LOCAL (%)

Funciona em templo ou igreja 0,1

Funciona em galpão 1,1

Funciona em salas de empresa 0,0

Funciona em unidade de internação socioeducativa 0,1

Funciona em unidade prisional 0,0

Funciona na casa do professor 0,1

Funciona em prédio compartilhado com outra escola 15,3

Funciona em prédio escolar 94,8

FONTE: Censo escolar 2015elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

ESCOLAS DE ENSINO MéDIO DO

MARANHÃO

94,8%funcionam em prédios escolares

42 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

A infraestrutura é um aspecto muito importante para o bom funcionamento de uma escola. Quando adequada às necessi-dades da comunidade escolar, ela é capaz de produzir efeitos que interferem diretamente no desempenho dos alunos, pois facilita os processos de aprendizagem, amplia oportunidades educativas, ajuda a dinamizar atividades e oferece um am-biente seguro e acolhedor. No caso do estado do Maranhão, a Tabela 22 mostra que quase todas as escolas possuem banheiro (95,9%). Sala dos professores e bibliotecas estão presentes em 72,2% e 48,1% das escolas, respectivamente. Enquanto 73,7% das unidades escolares dispõem de laboratórios de informá-tica, há laboratórios de ciências em apenas 25,6% das escolas. No Maranhão, 30,1% das escolas são equipadas com quadra de esportes.

TABELA 20 | infraestrutura das escolas ensino médio regular

INFRAESTRUTURA (%)

Possui biblioteca 48,1

Possui laboratório de informática 73,7

Possui banheiro ou sanitário 95,9

Banheiro adequado a alunos com deficiência 37,8

Possui laboratório de ciências 25,6

Possui quadra de esportes 30,1

Possui sala de professores 72,2

FONTE: Censo escolar 2015elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Dos serviços públicos essenciais mais presentes nas escolas maranhenses o abastecimento público de energia elétrica cobre quase que a totalidade das escolas (99,3%). A coleta regular de lixo (66,5%) e o abastecimento de água pela rede pública (66%) chegam a pouco mais da metade das escolas do estado. Já o esgotamento sanitário ligado à rede pública está presente em apenas 11,8% das escolas de Ensino Médio regular no estado.

43 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

A maioria das escolas do Maranhão oferece turno noturno (89,8%) e apenas 1,3% disponibiliza ensino profissionalizante.

TABELA 21 | serviços Públicos nas escolas de ensino médio regular

SERVIÇOS PúLICOS (%)

Possui abastecimento de água pela rede pública 66,0

Possui esgotamento sanitário ligado a rede pública 11,8

Possui lixo coletado periodicamente 66,5

Possui abastecimento de energia elétrica pela rede público 99,3

FONTE: Censo escolar 2015elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

TABELA 22 | turno oferecido pelas escolas de ensino médio regular

SERVIÇOS PúLICOS (%)

Possui abastecimento de água pela rede pública 69,0

ESCOLAS qUE OFERECEM MATRíCULA NO NOTURNO OFERECEM ENSINO PROFISSIONALIZANTE

89,8% 1,3%

FONTE: Censo escolar 2015elaboração instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

44 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

POLíTICAS EDUCACIONAIS

DO ESTADO

Em pesquisa realizada nas páginas institucionais da Secreta-ria de Educação do Maranhão, no ano de 2016, foram iden-tificados 14 programas e projetos educacionais. No entanto, cabe destacar que, dentre as ações pesquisadas, uma merece destaque e será analisada separadamente, pois constitui a macro política de educação do Estado do Maranhão. Trata-se do Programa Escola Digna, cujos detalhes de sua estrutura-ção, objetivos e eixos de atuação serão apresentados melhor em seguida. Os demais programas e projetos serão apresen-tados no item “Programas e Projetos Educacionais do Estado do Maranhão”.

Programa Escola Digna13

O Programa Escola Digna constitui-se como a macropolítica de educação da Seduc e tem por finalidade nortear a polí-tica educacional do estado, de modo a orientar as unidades regionais, as escolas e os setores da Seduc, dando-lhes uma unidade em termos de concepção teórica e metodológica para o desenvolvimento das práticas pedagógicas.

Dentre os eixos que compõem a macropolítica estão: forta-lecimento do Ensino Médio (na perspectiva de uma política de Educação Integral e Integrada); formação continuada dos profissionais da educação; regime de colaboração com os municípios; gestão educacional; avaliação institucional e da aprendizagem; pesquisa, ciência e tecnologias (eixo que transversaliza os demais).

Através do Escola Digna, a Seduc busca promover ações vol-tadas para a qualificação e formação continuada dos profis-sionais da educação, para a ampliação da gestão democrática das secretarias e das escolas, garantindo aos profissionais, estudantes e comunidade o direito de participação ativa no processo educativo e para o estabelecimento de um pacto

13 disponível em http://www.educacao.ma.gov.br/escola-digna/ acesso em agosto de 2016.

46 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

de colaboração com os municípios, objetivando que todas as crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos possam ter o direito fundamental a uma escola de qualidade.

O programa apresenta os seguintes objetivos estratégicos:

• Implementar, coordenar e avaliar ações voltadaspara o desenvolvimento de uma política curricular, visando envolver técnicos e equipes escolares na implementação de mudanças no Ensino Médio que possibilitem garantir a todos os estudantes aprendizagem de qualidade na perspectiva in-tegral;

• Propor,acompanhareavaliaraçõesdeformaçãocon-tinuada dos profissionais da rede estadual e das secretarias municipais, fortalecendo o regime de colaboração entre es-tado e municípios;

• Propor ações de formação, de apoio pedagógico ede assessoria para a elaboração de orientações curriculares, tendo em vista garantir o fortalecimento do pacto pela quali-dade da educação pública no estado do Maranhão;

• Orientar,proporações,acompanhareavaliaropro-cesso de institucionalização da escolha de gestores das unida-des escolares;

• Propor,orientareacompanharoprocessodeavalia-ção institucional e da aprendizagem, tendo em vista a melho-ria na qualidade da aprendizagem dos estudantes;

• Propor ações pedagógicas que orientem um novoolhar para o ensino e aprendizagem por meio das mediações tecnológicas, a fim de apresentar a pesquisa como princípio metodológico das práticas pedagógicas.

47 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

Avalia Maranhão14

O Avalia Maranhão constitui-se em uma iniciativa da Secre-taria de Estado da Educação de consolidar um sistema esta-dual de avaliação de referência para o poder central, unida-des regionais de educação, escolas, profissionais da rede de ensino e toda a sociedade maranhense. Trata-se da aplicação de testes de Língua Portuguesa e Matemática com questões que avaliam capacidades de leitura e raciocínio lógico-mate-mático baseadas nos descritores da matriz de referência do SAEB.

A proposta é que os indicadores de proficiência dessa ava-liação, agregados ao rendimento escolar e indicadores de eficiência da gestão, possibilitem gerar o Índice Estadual de Desenvolvimento Educacional (IEDE), responsável pela me-dição de aspectos da gestão e do ensino e aprendizagem das escolas. Além disso, o IEDE também tem a função de sub-sidiar as metas a serem alcançadas, possibilitando o alinha-mento analítico aos indicadores nacionais em educação, como os dados da Prova Brasil e do Ideb.

O Avalia Maranhão tem aplicação anual em turmas de 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio, ge-rando dados da proficiência em leitura e Matemática dos es-tudantes. Durante a pesquisa15 realizada não foi identificado quando o sistema de avaliação foi iniciado no Maranhão, mas foi identificada a aplicação dos testes no ano de 201516. Não foram encontrados, no entanto, resultados da referida avalia-ção no site institucional da Seduc.

14 disponível em http://www.educacao.ma.gov.br/avalia-maranhao/ acesso em agosto de 2016.

15 Pesquisa realizada em agosto de 2016.

16 disponível em http://www.ma.gov.br/avalia-maranhao-vai-analisar-desempenho -de-estudantes-e-melhorar-a-qualidade-da-educacao/ acesso em agosto de 2016.

48 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

Programas e Projetos Educacionais do Estado do Maranhão

Além dos programas acima citados, outros projetos foram identificados no âmbito da educação no estado do Mara-nhão. Neste documento, eles se encontram classificados17 da seguinte forma: de competência federal (desenvolvidas pelo MEC18 ou em parceria com o referido Ministério); de compe-tência exclusiva da Secretaria de Educação do Estado (Sed) ou em parceria com outro órgão governamental; e fruto de parcerias com entidades privadas.

Dentre os programas de competência federal (desenvolvidas pelo MEC ou em parceria com o referido Ministério) foram levantadas 04 iniciativas: Parlamento Juvenil do Mercosul; Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar (PEAT); Núcleo de Atividades de Altas Habilidades (NAAH); e Hora do Enem. Vale destacar que a pesquisa não identificou proje-tos e programas concebidos pelo MEC e que são comuns ao Ensino Médio, tais como: Ensino Médio Inovador (ProEMI), Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (EMIEP), Formação Continuada para Professores, entre outros.

Os Programas e Projetos desenvolvidos exclusivamente pela Secretaria de Educação do Estado somam 02 iniciativas: Ava-lia Maranhão; Curso de Certificação Básica em Gestão Esco-lar. Há um número maior (06) de programas desenvolvidos pela Secretaria de Educação em parceria com outro órgão go-vernamental: Segundo Tempo; Programa Jovem Senador; Es-cola Digna19; ‘Escravo, nem pensar’; Oficina de sensibilização sobre a lei 10.639/03 e Parlamento Jovem Brasileiro.

17 a classificação adotada neste documento não é definitiva, sendo possível identi-ficar os programas e projetos a partir de outras perspectivas.

18 o meC disponibiliza uma série de programas voltados à educação Básica e à edu-cação Continuada, alfabetização, diversidade e inclusão, a pesquisa realizada no site da seduc não deixa clara sua implementação. maiores informações sobre as ações e programas do meC estão disponíveis em: http://portal.mec.gov.br/acoes-e-programas/ acesso em agosto de 2016.

19 Como apresentado anteriormente, o Programa escola digna é a macropolítica de educação do estado e, por essa razão, é bastante amplo.

49 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

1 | Parlamento Juvenil do mercosul

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

MEC ou em parceria com o referido Ministério

Os participantes devem estar matriculados e frequentando regularmente o 1º ou 2º ano do Ensino Médio, ter boa atuação escolar (frequência, conduta e rendimento), e elaborar um projeto autoral de protagonismo juvenil que contemple sua realidade local. O projeto conta com a parceria do Ministério da Educação (MEC), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e o apoio das secretarias de Educação dos estados e do Distrito Federal. FOCO DE ATUAÇÃO

Prêmios e Concursos

2 | Programa estadual de apoio ao transporte escolar (Peate)

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

MEC ou em parceria com o referido Ministério

O PEATE tem como objetivo propiciar acesso a meios de transporte e transferir recursos financeiros diretamente aos municípios, com a finalidade de garantir o transporte escolar de alunos de Ensino Médio da rede pública estadual. Instituído em 2015, por meio da Lei 10.231, o PEATE funciona em caráter complementar ao Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

FOCO DE ATUAÇÃO

Infraestrutura e Acesso

No que tange à parceria com entidades privadas foi identifi-cado 01 Projeto: Winter Challenge.

50 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

4 | Hora do enem

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

MEC ou em parceria com o referido ministério

É uma plataforma de estudos que tem como objetivo preparar os candidatos que participam do Enem. Além dos diferentes recursos (como programas de TV, aplicativos para tablets e celular), questões comentadas por professores e plano de estudos personalizado, o Hora do Enem oferece exercícios e simulados online.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

5 | avalia maranhão

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Secretaria de Educação do Estado O Avalia Maranhão é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Educação para consolidação de um sistema estadual de avaliação de referência para o poder central, unidades regionais de educação, escolas, profissionais da rede de ensino e toda a sociedade maranhense. Trata-se da aplicação de testes de Língua Portuguesa e Matemática com questões que avaliam capacidades de leitura e raciocínio lógico-matemático baseados nos descritores da matriz de referência do SAEB e do Ideb.

FOCO DE ATUAÇÃO

Avaliação

3 | núcleo de atividades de altas Habilidades (naaH)

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

MEC ou em parceria com o referido Ministério

Os NAAH foram criados pelo Governo Federal e, nos estados, são vinculados às Secretarias Estaduais de Educação. No Maranhão o Núcleo tem como proposta formar professores e profissionais da educação para a identificação dos alunos com Altas Habilidades/Superdotação, com vistas ao pleno desenvolvimento das potencialidades desses alunos e proporcionar informações sobre as necessidades educacionais especiais desses alunos para a comunidade escolar da rede regular de ensino. O NAAH é organizado com salas de recursos para atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos, garantindo o aprendizado específico e estimulando suas potencialidades criativas e seu senso crítico.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

51 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

7 | oficina de sensibilização sobre a Lei 10.639/03

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Secretaria de Educação do Estado em parceria com outro órgão governamental

A formação é direcionada às lideranças quilombolas e professores que atuam em escolas de territórios quilombolas ou de escolas que atendem alunos de áreas quilombolas. Vale ressaltar que essa atividade faz parte do Programa Maranhão Quilombola, política de estado com vistas a estabelecer uma série de ações voltadas para o desenvolvimento educacional sustentável nas comunidades quilombolas.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

8 | Programa segundo tempo

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Secretaria de Educação do Estado em parceria com outro órgão governamental

O Segundo Tempo é um programa estratégico do Governo Federal (Ministério do Esporte) e tem por objetivo democratizar o acesso à prática e à cultura do Esporte de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

6 | Curso de Certificação Básica em Gestão escolar

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Secretaria de Educação do Estado O Curso é a 1ª ação formativa do Programa Mais Gestão e tem como objetivo melhorar a qualidade da educação e contribuir para o fortalecimento da gestão escolar, por meio de ações de formação continuada para os gestores escolares e demais profissionais da educação. O investimento integra o programa Escola Digna, política governamental que tem como meta elevar os indicadores educacionais do estado. Com a carga horária de 20h, o curso é ofertado em ambiente virtual de aprendizagem, o e-Proinfo, e tem como foco a compreensão sobre os princípios básicos da gestão escolar democrática, numa perspectiva interativa e dialógica. A formação é destinada aos profissionais da educação das 19 Unidades Regionais de Educação (URE’s) que possuam interesse na temática e que pretendam participar do processo seletivo democrático para gestores escolares. A certificação é um dos pré-requisitos indispensáveis à inscrição e concorrência ao cargo de gestor escolar.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

52 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

10 | Programa 'escravo, nem pensar'

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado em parceria com outro órgão governamental

Implementado no Maranhão em 2015, o programa possui foco nos municípios que concentram a maior parte dos trabalhadores maranhenses que vivem em situação análoga à escravidão. O método do programa forma educadores e gestores da rede estadual para atuarem junto à comunidade escolar na conscientização para erradicação do trabalho escravo. Com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Catholic Relief Service e Ministério Público do Trabalho, a parceria entre o Governo do Maranhão e a ONG Repórter Brasil é parte de uma das diretrizes do Plano de Trabalho da Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae), coordenada pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) e formada por diversas Secretarias de Estado.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

11 | Parlamento Jovem Brasileiro

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado em parceria com outro órgão governamental

O Parlamento Jovem Brasileiro (PJB) é um programa que simula uma jornada parlamentar de jovens estudantes, com idade entre 16 e 22 anos. A ação tem por finalidade possibilitar aos alunos de escolas públicas e particulares a vivência do processo democrático mediante participação em uma jornada parlamentar na Câmara dos Deputados, com diplomação, posse e exercício do mandato. Em paralelo a isso, o programa também visa estimular nas escolas a discussão de temas como política, cidadania e participação popular. Em 2016, 12 jovens foram pré-selecionados no Maranhão, quantitativo proporcional para o estado, para participar do programa. Para realizar a inscrição os estudantes devem apresentar seu projeto de lei.

FOCO DE ATUAÇÃO

Ações de Integração

9 | Parlamento Jovem senador

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado em parceria com outro órgão governamental

O Jovem Senador é um projeto anual que seleciona, por meio de um concurso de redação, 27 estudantes do Ensino Médio de escolas públicas estaduais, com idade até 19 anos, para vivenciarem o trabalho dos senadores.

FOCO DE ATUAÇÃO

Ações de Integração

53 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

12 | Programa Winter Challenge

óRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Secretaria de Educação do Estado em parceria com entidades privadas

Evento mundial no segmento de robótica que promove uma competição entre robôs e conta com a participação de equipes de todo Brasil e de vários países da América Latina. Em 2016, estudantes maranhenses do Ensino Médio da rede estadual de ensino, participaram do evento, que aconteceu em São Caetano do Sul (SP).FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

Dentre as 13 políticas identificadas no Maranhão, 04 são de-senvolvidas pelo ou em parceria com o MEC; 02 são desen-volvidas exclusivamente pela Sed; 06 são desenvolvidos pela secretaria com outro órgão governamental e 01 é fruto de par-ceria com entidades privadas.

Em relação ao foco dessas políticas, a seguinte distribuição foi observada: 02 para ações de integração; 01 na área de avaliação; 01 na área de currículo e trabalho pedagógico; 06 destinados à formação; 0 relacionados aos recursos didáticos e tecnológicos; 02 voltados para infraestrutura e acesso; e 01 ligado a Prêmios e Concursos20.

20 Vale destacar que alguns dos programas poderiam ser classificados em mais de uma tipologia.

54 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

Plano Nacional de Educação x Plano Estadual do Maranhão

A partir da leitura do Plano Nacional de Educação, foram selecionadas algumas metas relacionadas às linhas de atua-ção do IU para, em seguida, realizar uma comparação entre as estratégias e propostas nacionais e os planos dos estados. Foram analisadas, portanto, as metas 7 e 19 que tratam da questão da Gestão Escolar; a meta 3 que se refere ao Ensino Médio; as metas 8, 11, 12 e 14 que abordam as questões de gênero e das relações étnico-raciais; e, por fim, as metas 15 e 16, voltadas para a formação de professores. São destacadas abaixo algumas observações em relação ao Plano Estadual de Educação do Maranhão.

Gestão Escolar

A Meta 7 do PNE trata da qualidade do ensino ofertado e tem um objetivo similar ao Programa Jovem de Futuro. Ela visa melhorar o fluxo escolar e a aprendizagem, de maneira a aumentar as médias nacionais para o Ideb. No PEE/MA, as estratégias voltadas à melhoria do fluxo escolar e apren-dizagem que visam ao aumento da média para o Ideb estão previstas na Meta 8. Dentre suas 36 estratégias, as questões raciais foram previstas em apenas 01 estratégia (8.7). Mas, embora esse tema não tenha sido desenvolvido de maneira mais abrangente na Meta 8, o PEE/MA estabelece em sua Meta 9 as ações necessárias à elevação da escolaridade média para negros, indígenas, quilombolas, populações do campo e demais grupos historicamente desfavorecidos. Em um es-tado com maioria da população composta por negros (pre-tos e pardos), cabe atenção a duas questões: 1) as estratégias dessa meta estão voltadas à população acima de 18 anos, de modo a alcançar no mínimo 10 anos de estudos. Na mesma linha de atuação, não foram identificadas ações voltadas à população jovem de 15 a 17 anos; 2) novamente, a população

55 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

negra é pensada em “bloco” junto com diferentes segmentos populacionais desfavorecidos. Embora a Meta 9 do PEE/MA dialogue diretamente com as orientações do PNE, a falta de ações mais específicas para os grupos citados pode indicar uma tendência de uniformização das políticas educacionais no estado. Outro destaque a ser observado nessa meta é a ausência de estratégias voltadas aos processos de avaliação, tendo em vista a importância do tema e a existência de um sistema estadual de avaliação (o Avalia Maranhão) que não foi considerado.

A Meta 19 do PNE, que trata da implementação da gestão democrática, compõe a Meta 20 do PEE/MA e prevê critérios técnicos para a eleição dos gestores das unidades escolares com a participação da comunidade escolar.

Ensino Médio

A Meta 3 do PNE estabelece “universalizar, até 2016, o aten-dimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e ele-var, até o final do período de vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 85% (oitenta e cinco por cento)”. Ela está expressa na Meta 3 do PEE/MA, que define uma elevação da taxa líquida de matrículas no Ensino Mé-dio de 40,6% para 75,4%. Vale destacar que, embora inferior à meta nacional (85%), o PEE/MA prevê que a referida taxa seja quase duplicada no estado. No Plano Estadual esta meta é constituída por 10 estratégias que vão desde a garantia de processos formativos aos profissionais da educação até a im-plantação de diretrizes curriculares e equipagem/manuten-ção das unidades escolares. Nessa meta não foram incluídas políticas de prevenção da evasão motivada por situações de discriminação e exclusão.

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Gênero e relações étnico-raciais

A Meta 11 do PNE se destina à Educação Profissional Téc-nica de nível médio, com objetivos de expandir o estágio na Educação Profissional Técnica e, também, expandir o En-sino Médio gratuito integrado à formação profissional para as populações do campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, de acordo com os seus interesses e necessida-des. A Meta 11 do PNE, relacionada à Educação Profissional, está descrita na Meta 12 do PEE/MA, que prevê: “expandir a oferta de matrículas da Educação Profissional de nível médio em 60% no segmento público, até o final da vigência do Plano Estadual, assegurando a qualidade da oferta”. No que tange à adoção de políticas afirmativas, o PEE/MA estabelece, na estratégia 12.9, reduzir as desigualdades étnico-raciais e re-gionais no acesso e permanência na Educação Profissional Técnica de nível médio, inclusive mediante a adoção de polí-ticas afirmativas.

A Meta 8 do PNE foca na inclusão dos grupos mais vulne-ráveis: elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos de idade, de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo em 2024 (último ano de vigência do PNE) para as po-pulações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados ao Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE). No PEE/MA, a Meta 09 estipula a elevação da escolaridade média da população a partir de dezoito anos (e não na faixa de 18 a 29, como formalizado pelo PNE), de modo a alcançar no mínimo, dez anos de estu-dos no último ano de vigência do Plano Estadual. Nela, “ne-gros, indígenas, quilombolas, populações do campo, povos das águas e povos das florestas, comunidades tradicionais da região de menor escolaridade no país e dos vinte e cinco por cento mais pobres” são considerados como público alvo para igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE).

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Meta 12 do PNE se dedica às questões relacionadas com o Ensino Superior, mas há partes que mencionam a inclusão de grupos historicamente desfavorecidos no Brasil. No estado do Maranhão, o tema está contido na Meta 13 que possui es-tratégia específica para a oferta de cursos presenciais, semi-presenciais e à distância. Em um estado com percentuais tão acentuados de falta acesso à internet, é importante observar o desafio contido nessa meta. Já a adoção de políticas afir-mativas encontra-se assegurada na estratégia 13.10 (“garan-tir ações afirmativas de inclusão e de assistência estudantis dirigidas aos estudantes de instituições públicas e bolsistas de instituições privadas de Educação Superior, de modo a reduzir as desigualdades sociais, ampliando o atendimento das populações do campo, indígenas, afrodescendentes e es-tudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvi-mento e altas habilidades ou superdotação, de forma a apoiar em relação ao acesso, permanência e conclusão nos cursos de graduação”). Novamente, a população negra é pensada em conjunto com os demais grupos citados.

A Meta 14 do PNE trata do acesso aos cursos de pós-gradua-ção, tema que não está diretamente relacionado com o traba-lho desenvolvido pelo IU, mas, considerando que menciona questões de gênero, é importante citá-la. Contudo, a Meta 15 do PEE/MA, que trata do acesso aos cursos de pós-gradua-ção, não menciona a questão de gênero.

Formação de Professores

A Meta 15 do PNE estipula que os professores deverão ter Ensino Superior com licenciatura na área de conhecimento em que atuam. A Meta 16 do PEE/MA trata das garantias ne-cessárias para que todos os professores da Educação Básica e suas modalidades possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conheci-mento em que atuam. Contudo, não foi identificada no Plano

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Estadual nenhuma estratégia específica para a reforma curri-cular do curso de Pedagogia.

A Meta 16 do PNE prevê i) formar, em nível de pós-gradua-ção, 50% dos professores da Educação Básica e ii) garantir educação continuada a todos os profissionais da Educação Básica na sua área de atuação. No Maranhão, o PEE define em sua Meta 17 a formação, em nível de pós-graduação, de 40% (percentual inferior ao indicado pelo PNE) dos professores da Educação Básica.

Modelos de Gestão

Programa Mais Gestão21

Programa voltado para melhoria da qualidade da educação e o fortalecimento da gestão escolar, com a implementação de ações de formação continuada para os gestores escolares e demais profissionais da educação. Esse investimento integra o programa Escola Digna, política governamental que tem como meta elevar os indicadores educacionais do estado do Maranhão.

O Curso de Certificação Básica em Gestão Escolar, com carga horária de 20h e ofertado em ambiente virtual de aprendiza-gem, é uma ação do Programa Mais Gestão. Seu foco é a com-preensão sobre os princípios básicos da gestão escolar demo-crática e o público alvo são todos os profissionais da educação da rede estadual de ensino interessados na temática e/ou que pretendam participar do processo seletivo democrático para gestores escolares.

21 disponível em http://www.educacao.ma.gov.br/mais-gestao/ acesso em agosto de 2016.

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Gestão Educacional22

A Gestão Educacional constitui um dos eixos de atuação da macropolítica de educação do Estado do Maranhão, o Pro-grama Escola Digna. De acordo com a SEDUC-MA, esse mo-delo de gestão reflete um compromisso político e pedagógico da gestão participativa e democrática.

Nessa ação político-pedagógica está o papel do gestor na or-ganização, administração e gestão do processo de tomada de decisões por meio de práticas participativas e democráticas. E para que este modelo de gestão possa alcançar seus resul-tados, algumas ações foram definidas pela Secretaria de Edu-cação: processo seletivo para a função de gestor escolar (elei-ção de gestores); formação Continuada de gestores escolares; acompanhamento das ações via plano diretor; recuperação da rede física escolar do estado; e formação dos gestores e dos di-retores de educação das UREs. Cabe ressaltar que não foram identificados, no site da SEDUC-MA, maiores informações sobre o acompanhamento das ações via plano diretor.

Gestão Democrática

O Programa Mais Gestão está orientado pelo modelo de Ges-tão Democrática, pois o processo seletivo dos gestores escola-res está vinculado a critérios técnicos de escolha dos candida-tos, além de contar com a participação direta na comunidade escolar nas eleições.

Dentre os documentos-base para entendimento do processo de eleição dos gestores das unidades escolares, a Seduc tam-bém disponibiliza em seu site institucional textos de referência para melhor compreensão sobre o tema Gestão Democrática e sua inserção na perspectiva da macropolítica educacional.

22 disponível em http://www.educacao.ma.gov.br/eixo-gestao-educacional/ acesso em agosto de 2016.

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Experiências curriculares

O Currículo do Estado do Maranhão

O governo do Maranhão desenvolveu uma estrutura curri-cular23 organizada nas três áreas do conhecimento: Lingua-gem, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza, Matemática e suas Tec-nologias, visando a formação de competências e tendo como princípios fundamentais:

• Identidade-escolasdejovens;

• Diversidade-equilíbrioentreoglobaleolocal;

• Autonomia-propostapedagógicadasescolas;

• Interdisciplinaridade-relaçãoentreanecessidadedees-pecialização de compreensão do todo;

• Contextualização;

• Relaçãoteoriaxprática;

• Transferênciadeaprendizagens;

• Contexto-otrabalhoeacidadania.

O documento que contém as diretrizes curriculares do estado do Maranhão aponta que o conhecimento, por meio de capa-cidades e competências a serem desenvolvidas, é demarcado pelo ato de raciocinar, coordenar as informações relacionando com os saberes inerentes à área de conhecimento. Assim, a construção dos quadros de competências por área de conhe-cimento, apresentados nas diretrizes curriculares, expressa a formação e desenvolvimento das aprendizagens de forma gradativa, ou seja, ao longo de toda a Educação Básica. Uma determinada competência será construída ao longo de toda a Educação Básica, iniciando no Ensino Fundamental anos ini-

23 disponível em http://www.educacao.ma.gov.br/files/2015/11/Seduc-Ma-Diretri-zes-Curriculares-A4-3%C2%AA-Edicao-09092014-1.pdf acesso em agosto de 2016.

61 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS MARANHÃO

ciais, perpassando pelos anos finais e concluindo o seu nível de aprendizagem no Ensino Médio.

As atividades curriculares devem ter uma proposta que atenda ao processo de construção de conhecimento, tendo em vista a dinâmica das práticas pedagógicas concretas que se inscrevem na vida real dos alunos. Por isso, os temas trans-versais são tão importantes; eles ajudam a estabelecer cone-xões entre as disciplinas e os temas apresentados nas dire-trizes. Partindo desse princípio, a proposta pedagógica da escola deve ser (re)elaborada com ênfase na participação, na problematização e no diálogo capazes de ampliar o universo cultural dos alunos. Nesse sentido, os temas sociais assumem importante papel. Na rede estadual estes temas são: educação para as relações de gênero; educação para as relações étnico-raciais; orientação sexual; educação física; educação ambien-tal; e educação sobre Direitos Humanos.

Projeto Educa Mais24

O governo do Estado do Maranhão adotou de um novo mo-delo de escola pública em tempo integral. Esse modelo visa o desenvolvimento dos estudantes em todas as suas dimensões com a ajuda de ações integradas e em tempo integral. Para tanto, conta-se fundamentalmente com o envolvimento dos mais diferentes atores que influenciam diretamente a forma-ção plena dos estudantes: família, educadores, gestores e co-munidades locais. O período letivo diário dos estudantes nos Centros Educa Mais tem a duração de 7 horas e 50 minutos, de segunda a sexta-feira.

Através do diálogo permanente entre estudantes e educado-res, busca-se desenvolver competências necessárias à vida e ao mercado de trabalho. A ideia é pautar as ações no exercício

24 disponível em http://www.educacao.ma.gov.br/educamais#oquee acesso em ja-neiro de 2017.

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da cidadania e do protagonismo juvenil como forma de viabi-lizar a construção de projetos de vida dos jovens estudantes.

No Maranhão, o programa é desenvolvido em seis municí-pios, num total de 10 escolas que funcionam como um Centro Educa Mais. O público atendido são estudantes de escolas públicas próximas ou que vivem próximo aos centros Educa Mais.

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CONSIDERAÇõESFINAIS

O Estado do Maranhão possui perfil etário, distribuição por sexo e esperança de vida ao nascer e percentual de população vivendo em áreas urbanas e rurais próximos à média do Bra-sil. No entanto, em relação à raça/cor, parcela majoritária da população maranhense é de negros (80,6%), enquanto que no Brasil esse percentual chega 53,6%; há ainda um percentual elevado de pessoas vivendo em situação de pobreza no es-tado (39,5% no MA contra 15,2% no país) e extrema pobreza (22,5% no MA contra 6,6% no país).

Uma porcentagem significativa de jovens têm responsabili-dades que os afastam da escola ou dificultam seriamente sua formação. No Maranhão 20% dos jovens já são responsáveis por seus domicílios; cerca de 55% já trabalham; 42,5% das jo-vens têm filhos; e, apesar da obrigatoriedade, quase 16,85% dos jovens estão fora da escola.

Na estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Edu-cação do MA (Seduc), que é o órgão responsável pela educa-ção, há um total de 19 Unidades Regionais de Educação.

Em relação ao desempenho estadual da educação, o Estado do Maranhão manteve resultados oscilantes entre 2005 e 2013, sempre inferiores à média nacional e da região nordeste. No entanto, as taxas de reprovação no Maranhão são meno-res no primeiro e terceiro anos, quando comparadas com a média brasileira. Em contrapartida, a taxa de abandono no Maranhão é superior à taxa média do país em todos os anos.

As políticas educacionais desenvolvidas pelo Estado Mara-nhão revelaram diferentes Programas e Projetos (ao todo 13). Dentre eles, 02 desenvolvidas exclusivamente pela Seduc, en-quanto que as iniciativas desenvolvidas pelo/ou em parceria com o MEC identificadas pela pesquisa somam 04. 06 iniciati-vas são realizadas em parceria com outro órgão governamen-tal e apenas 01 projeto é fruto de parceria com entidades pri-

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vadas. De um total de 13 iniciativas identificadas, destaca-se o Avalia Maranhão, sistema de avaliação desenvolvido pelo estado.

O Plano Estadual de Educação do Maranhão possui estrutura muito semelhante a do PNE. Em algumas de suas metas, o PEE/MA estabelece percentuais inferiores aos indicados pelo Plano Nacional de Educação, a exemplo da elevação da taxa líquida de matrículas no Ensino Médio. Enquanto o PNE indica que até 2016 essa taxa chegue a 85%, no Maranhão a meta é de elevá-la a 75,4% (quase o dobro da taxa atual apre-sentada pelo estado).

Os problemas sociais identificados no Maranhão geram índi-ces que impactam diretamente o desempenho dos estudan-tes (como os elevados percentuais de pobreza, de jovens fora da escola e de não acesso à internet, para citar apenas alguns exemplos), e revelam um estado com grandes desafios a se-rem superados. Dentre eles, o desenvolvimento de políticas afirmativas formuladas para a população (majoritariamente) negra possui especial importância e, embora constem do Plano Estadual, as estratégias foram muitas vezes tratadas em conjunto com outros segmentos sociais historicamente desfavorecidos. Já as discussões de gênero não apareceram em nenhuma parte do documento elaborado pelo estado do Maranhão. Outro destaque do PEE/MA foi a baixa referência aos processos avaliativos, concebidos como forma de orien-tar ações e corrigir rotas. Vale lembrar que o estado possui o Avalia Maranhão25, sistema de avaliação externa com fins de subsidiar a adoção de políticas públicas em educação no desenvolvimento de ações pedagógicas e de gestão que ga-rantam a melhoria do ensino e da aprendizagem.

25 Para maiores informações sobre os resultados do avalia maranhão, acesse http://www.educacao.ma.gov.br/avalia-maranhao/ acesso em agosto de 2016.

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