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PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

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PANORAMADOS TERRITÓRIOS

BAHIA

PANORAMADOS TERRITÓRIOS

BAHIA

REALIZAÇÃO

Instituto Unibanco

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PresidênciaPedro Moreira Salles

Vice-presidênciaPedro Sampaio Malan

ConselheirosAntonio MatiasCláudio de Moura CastroCláudio Luiz da Silva HaddadMarcos de Barros LisboaRicardo Paes de BarrosRodolfo Villela MarinoThomaz Souto Corrêa NettoTomas Tomislav Antonin Zinner

DIRETORIA EXECUTIVAClaudio José C. ArromatteCristina CestariFernando Marsella Chacon RuizGabriel Amado de MouraJânio GomesLeila Cristiane B. B. de MeloMarcelo Luis Orticelli

SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVARicardo Henriques

IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETOSMaria Julia Azevedo Gouveia

DESENVOLVIMENTO E CONTEÚDOSAlexsandro Nascimento Santo

GESTÃO DO CONHECIMENTOMirela de Carvalho

PLANEJAMENTO, ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E COMUNICAÇÃOTiago Borba

ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOFábio Santiago

3 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

Apresentação 5

Conhecendo o território 6

Estrutura Administrativa do estado 20

A situação da educação 24

Políticas educacionais do estado 50

Considerações Finais 74

SUMÁRIO

Este Panorama do Território busca reunir um conjunto de in-formações sobre os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal com o objetivo de produzir um raio-x do Ensino Médio em cada unidade da federação. O leitor encontrará aqui uma sín-tese com informações históricas e geográficas, dados socioe-conômicos e demográficos, informações sobre a estrutura ad-ministrativa do estado e de sua Secretaria de Educação. Além disso, buscou-se traçar um panorama da rede de ensino e das principais políticas educacionais vigentes no estado.

Por trás do trabalho de pesquisa realizado para a elaboração deste documento está a certeza de que conhecer a realidade da educação é passo fundamental para implementar as mu-danças que todos desejamos. É nesse sentido que o Panorama busca lançar luz sobre as especificidades de cada território e de sua história, pretendendo-se um instrumento para pesqui-sadores, formadores de opinião, analistas, estudantes, par-ceiros e todos aqueles preocupados com os rumos do Ensino Médio no Brasil.

Este é um diagnóstico em construção. Muitas das informações aqui reunidas são dinâmicas e por isso ele será atualizado pe-riodicamente. Este é um lembrete importante porque reforça para o leitor um dos principais objetivos do Observatório da Educação: captar e sistematizar informações relevantes no campo da gestão para o Ensino Médio. Por isso, a leitura do Panorama pode ser ampliada e complementada com outros materiais que você encontra nas seções Em Debate e Cedoc deste Observatório. Não deixe de visitar e participar!

Boa leitura!

APRESENTAÇÃO

CONHECENDO O TERRITÓRIO

O estado da Bahia está situado na região Nordeste e faz limite com os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, To-cantins, Piauí, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Além de ser o estado que possui o maior número de fronteiras, a Bahia tam-bém é banhada pelo oceano Atlântico e possui a mais extensa costa do país.

A história da Bahia se confunde com a do Brasil. Em 1500, as primeiras caravelas lusas aportaram em Porto Seguro, no extremo sul do estado firmando presença no território brasi-leiro. Durante os cinco séculos de história, as terras baianas foram palco de invasões, como a dos holandeses, de guerras pela Independência e de conflitos e revoltas, como a Sabinada e a dos Malês1.

1 As revoltas da Sabinada e dos Malês ocorreram na Bahia, no século XIX. A Sabi-nada foi um movimento que ocorreu entre 1837 e 1838 e defendia a autonomia política da Bahia. A Revolta dos Malês aconteceu em 1835 e foi uma mobilização de escravos islamizados (nascidos na África) que tinha como principais objetivos tomar o poder e libertar os demais escravos africanos que fossem muçulmanos. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_dos_Mal%C3%AAs e ht-tps://pt.wikipedia.org/wiki/Sabinada. Acesso em novembro de 2016.

4ºestado mais

populoso do Brasil

BAHIA

7 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

BAHIA

1ºmaior PIB do

Nordeste

No século XVI, a Bahia experimentou diferentes ciclos de pro-dução: pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro e diamante. O desen-volvimento econômico da região assim como o crescimento da população ocorreu na fase de maior prosperidade do ciclo da cana-de-açúcar, especialmente na capital Salvador. É pos-sível identificar o elevado poder econômico da época obser-vando, ainda hoje, a arquitetura das construções, das igrejas e dos monumentos da cidade construídos nesse período.

Em termos econômicos, atualmente, a Bahia possui alguns se-tores bem destacados, como as indústrias química, petroquí-mica, informática, automobilística e suas peças, a agropecuá-ria, principalmente as culturas de mandioca, grãos, algodão, cacau e coco, a mineração, o turismo e também o setor de ser-viços. O importante Polo Petroquímico de Camaçari, situado na região metropolitana de Salvador, é um exemplo de uma das vocações econômicas do estado, assim como as atividades agropecuárias que ocupam percentual elevado da população ativa do estado. O estado possui roteiros turísticos diversos que vão desde monumentos históricos e museus até as bele-zas naturais, como praias, ilhas e cachoeiras. A gastronomia também é um importante elemento da economia do estado, atraindo turistas de diversas regiões do país e do exterior.

A Bahia é reconhecida internacionalmente pela sua diversi-dade cultural. O estado apresenta um mosaico de expressões culturais reveladas em elementos da cultura material como a arquitetura vista na construção das igrejas e da cultura imate-rial, a multiplicidade religiosa, os mitos e ritos folclóricos, as rodas de samba, as puxadas de mastro, a capoeira, o terno dos reis, o bumba-meu-boi, o afoxé, dentre tantas outras2.

2 Disponível em http://bahia.com.br/viverbahia/cultura/. Acesso em novembro de 2016.

7ºestado que

mais produz riquezas

8ª maior

economia do Brasil

8 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

83,7%dos jovens de15 a 17 anos

estão na escola

684,5 miljovens entre15 e 17 anos

fora da escola

15.974 escolas

públicas

1.320 escolas

estaduais

1.088 escolas com

ensino médio regular

27núcleos regionais

de educação

417municípios

9 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

TABELA 1 | População segundo sexo

SEXOBAHIA REGIÃO NORDESTE BRASIL

NÚMERO DE PESSOAS % % %

Mulheres 7.847.402 51,8 51,8 51,6

Homens 7.296.401 48,2 48,2 48,4

TOTAL 15.143.803 100,0 100,0 100,0

FONTE: PNAD 2014Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

48,2%

BAHIA

51,8%

Dados demográficos

No estado da Bahia, a proporção de mulheres e homens é si-milar àquela encontrada na região Nordeste e no país, com um percentual de mulheres superior ao de homens. No Brasil há 51,6% de mulheres enquanto no estado esse percentual é de 51,8%. Em relação ao perfil da região Nordeste, a situa-ção é a mesma (48,2% de homens e 51,8% de mulheres), reve-lando que a população nordestina possui maioria de mulhe-res, como mostra a Tabela 1.

Em relação à distribuição da população por faixa etária, nota-se que na Bahia, 23% dos habitantes têm entre 0 e 14 anos de idade e 24,6% têm entre 15 e 29 anos, dentre os quais 5,8% estão na faixa entre 15 e 17 anos, ou seja, são jovens em idade de cursar o Ensino Médio. A Tabela 2 reúne essas informações e, assim como a anterior, compara com a região Nordeste e com a média do país. Novamente, é possível perceber que a distribuição por faixa etária na Bahia é muito próxima da média nacional, que atinge 24,1% de pessoas entre 15 e 29 anos de idade, sendo que 5,2% têm entre 15 e 17 anos de idade.

10 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

TABELA 2 | População segundo faixa etária

FAIXA ETÁRIABAHIA REGIÃO NORDESTE BRASIL

NÚMERO DE PESSOAS % % %

0 – 05 anos 1.229.291 8,1 8,6 7,9

6 – 14 anos 2.262.087 14,9 15,3 13,7

15 – 17 anos 872.132 5,8 5,8 5,2

18 – 20 anos 791.715 5,2 5,5 5,1

21 – 24 anos 873.276 5,8 6,2 6,1

25 – 29 anos 1.181.912 7,8 7,9 7,7

30 – 39 anos 2.416.807 16,0 15,2 15,6

40 anos ou mais 5.516.583 36,4 35,6 38,7

TOTAL 15.143.803 100,0 100,0 100,0

FONTE: PNAD 2014Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

TABELA 3 | População segundo cor/raça

COR/RAÇABAHIA REGIÃO NORDESTE BRASIL

NÚMERO DE PESSOAS % % %

Brancos 3.041.342 20,1 27,0 45,5

Negros 12.008.143 79,3 72,5 53,6

Outros (amarelo, indígena, e não declarado) 94.318 0,6 0,5 0,9

TOTAL 15.143.803 100,0 100,0 100,0

FONTE: PNAD 2014Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

No que se refere às informações sobre cor/raça, a maioria (79,3%) da população da Bahia é negra, seguida pelos bran-cos (20,1%) e menos de 1% declarou-se como “outros”. Como demonstra a Tabela 3, a realidade baiana é próxima àquela observada na região Nordeste (72,5% negros e 27% branco) e ambas apresentam um percentual da população negra supe-rior a média do país (53,6%).

11 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

TABELA 4 | População vivendo em áreas urbana e rural

ÁREA BAHIA REGIÃO NORDESTE BRASIL

NÚMERO DE PESSOAS % % %

Urbana 11.375.474 75,1 73,7 85,1

Rural 3.768.329 24,9 26,3 14,9

TOTAL 15.143.803 100,0 100,0 100,0

FONTE: PNAD 2014Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Na Bahia, a população é majoritariamente urbana (75,1%), se-guindo o perfil da região Nordeste (73,7%) e do Brasil (85,1%). Na Tabela 4 podemos observar que no estado o percentual de moradores da área rural é maior (24,9%) que no país (14,9%) e menor que na região (26,3%).

Em termos de indicadores sociais, a Bahia apresenta uma situação pior que a média brasileira.

A tabela abaixo apresenta o percentual de pessoas considera-das extremamente pobres e aquelas consideradas como po-bres, tanto no estado quanto no Brasil.

O critério assumido para a classificação de pobreza é a propor-ção de indivíduos de uma dada região que possui renda per capita igual ou inferior a R$140,00 por mês (R$4,60 por dia). Já o critério para definir os indivíduos extremamente pobres é a proporção da população cuja renda familiar per capita não ultrapasse R$70,00 mensais (R$2,30 por dia). Assim, observa-se que na Bahia 28,7% das pessoas estão em situação de pobreza, e 13,8% estão em situação de extrema pobreza. Esses percentuais são bastante superiores às médias nacionais, de 15,2% para pessoas em situação de pobreza e 6,6%, de extrema pobreza.

12 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

TABELA 5 | Indicador social: pobreza

POBREZABAHIA BRASIL

% %

Extremamente pobres 13,8 6,6

Pobres 28,7 15,2

FONTE: IDHM-PNUD 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

TABELA 6 | Indicador social: esperança de vida e anos de estudo

INDICADORES BAHIA BRASIL

Esperança de vida 71,9 73,9

Expectativa de anos de estudo 8,6 9,5

FONTE: IDHM-PNUD 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Os indicadores de esperança de vida ao nascer e expectativa de anos de estudo refletem em grande medida as condições de vida da população de determinado território. Como a Bahia possui índices piores que os do país no que se refere à pobreza, a esperança de vida e a expectativa de anos de es-tudo tendem a ser menores também. Ao passo que no Brasil a esperança de vida é de 73,9 anos, na Bahia essa esperança é 71,9; o mesmo acontece com a expectativa de anos de estudo, no país é 9,5 e no estado é apenas de 8,6.

13 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

TABELA 7 | População jovem segundo faixa etária – 2010

FAIXA ETÁRIA NÚMERO DE PESSOAS PERCENTUAL DA POPULAÇÃO JOVEM

PERCENTUAL DA POPULAÇÃO TOTAL

15 a 17 anos 818.228 20,77% 5,84%

18 a 24 anos 1.811.800 45,99% 12,93%

25 a 29 anos 1.309.201 33,23% 9,34%

População jovem (15 a 29 anos) 3.939.229 100,00% 28,10%

POPULAÇÃO TOTAL 14.016.906 - 100,00%

FONTE: Censo 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

População jovem

A juventude baiana chega perto de 4 milhões de pessoas, o que significa 28,10% de toda a população do estado. Dentre os jo-vens, os de 15 a 17 anos (idade na qual deveriam estar cursando o Ensino Médio) representam 20,77% (ou 5,84% da população do estado); os de 18 a 24 são quase metade dos jovens (45,99%) e os de 25 a 29 anos representam 33,23% dessa população.

Como mostra a Tabela 8, semelhante ao que ocorre no conjunto da população da Bahia, as mulheres são uma pequena maioria entre os jovens (50,31%). No entanto, a única faixa etária em que a situação se inverte é entre 15 a 17 anos; nela, as mulheres representam 49,61%. Nas demais faixas etárias, a diferença de percentual entre os sexos permanece bem pequena.

14 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

TABELA 8 | População jovem segundo sexo – 2010

SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

JOVEM (15 A 29 ANOS)

POPULAÇÃO TOTAL

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS %

Mulher 405.889 49,61% 909.715 50,21% 666.365 50,90% 1.981.969 50,31% 7.138.640 50,93%

Homem 412.339 50,39% 902.085 49,79% 642.836 49,10% 1.957.261 49,69% 6.878.266 49,07%

TOTAL 818.228 100% 1.811.800 100% 1.309.201 100% 3.939.229 100% 14.016.906 100%

FONTE: Censo 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

TABELA 9 | População jovem segundo cor/raça – 2010

COR/RAÇA

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

JOVEM (15 A 29 ANOS)

POPULAÇÃO TOTAL

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS %

Brancos 159.625 19,51% 363.486 20,06% 269.439 20,58% 792.550 20,12% 3.080.929 21,98%

Negros 645.468 78,89% 1.417.513 78,24% 1.017.512 77,72% 3.080.493 78,20% 10.712.358 76,42%

Outros (amarelo, indígena e nãodeclarado)

13.134 1,61% 30.802 1,70% 22.250 1,70% 66.186 1,68% 223.619 1,60%

TOTAL 818.228 100% 1.811.800 100% 1.309.201 100% 3.939.229 100% 14.016.906 100%

FONTE: Censo 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

ENTRE OS JOVENS

78,2%são negros

Assim como observado na população total da Bahia, os jo-vens são majoritariamente negros, conforme demonstrado na Tabela 9. No estado, há 76,42% de negros e, dentre os jovens, esses são 78,20%. A proporção de negros é um pouco mais elevada na faixa de 15 a 17 anos (78,89%) e, nas demais faixas, não apresenta grande variação. Os brancos são 21,98% dos baianos e 20,12% dos jovens. Pessoas amarelas e indígenas são pouco mais 1% em todas as faixas etárias.

20,1%são brancos

15 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

TABELA 10 | Mulheres jovens que possuem filhos – 2010

MULHERES COM FILHOS

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

JOVEM(15 A 29 ANOS)

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS %

Sem Filho 374.213 92,20% 572.187 62,90% 248.266 37,26% 1.194.665 60,28%

Com Filho 31.676 7,80% 337.528 37,10% 418.099 62,74% 787.303 39,72%

TOTAL 405.889 100% 909.715 100% 666.365 100% 1.981.969 100%

FONTE: Censo 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

TABELA 11 | População jovem segundo responsabilidade pelo domicílio – 2010

JOVENS RESPONSÁVEIS PELO DOMICÍLIO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

JOVEM(15 A 29 ANOS)

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS %

Não responsáveis 802.968 98,14% 1.582.566 87,35% 922.687 70,48% 3.308.221 83,98%

Responsáveis 15.259 1,86% 229.234 12,65% 386.514 29,52% 631.008 16,02%

TOTAL 818.228 100% 1.811.800 100% 1.309.201 100% 3.939.229 100%

FONTE: Censo 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

A maternidade faz parte da realidade de 37,3% das mulheres jovens baianas. Dentre aquelas que têm entre 15 e 17 anos, mais 31 mil já têm filhos, ou 7,80% dentre as meninas dessa idade. Como era de se esperar, essa proporção aumenta com a faixa etária, chegando a 37,10% entre as que têm de 18 a 24 anos e a 62,74% para aquelas que têm de 25 a 29 anos.

A Tabela 11 mostra que na Bahia mais de 15 mil adolescentes entre 15 e 17 anos são os responsáveis pelo domicílio em que vivem (1,86%). Tal responsabilidade é realidade para 12,65% daqueles que têm entre 18 e 24 anos e para 29,52% entre os jovens de 25 a 29 anos.

16 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

A realidade do trabalho está presente desde cedo na vida de muitos jovens. Alguns acumulam a dupla jornada de estudos e trabalho e outros deixam de estudar para apenas trabalhar. Dentre os adolescentes de 15 a 17 anos – idade em que o es-tudo é obrigatório – 16,35% estão fora da escola (5,10% que trabalha e 11,25% que não trabalha e nem estuda), 21,56% tra-balham (16,56% conciliam o trabalho com os estudos e 5,10% se dedicam exclusivamente ao trabalho) e apenas 67,10% con-seguem se dedicar exclusivamente aos estudos.

TABELA 12 | População jovem segundo ocupação – 2010

OCUPAÇÃO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOSPOPULAÇÃO

JOVEM(15 A 29 ANOS)

Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS % Nº DE PESSOAS % Nº DE

PESSOAS %

Estuda 549.038 67,10% 323.446 17,85% 66.963 5,11% 939.447 23,85%

Estuda e Trabalha 135.475 16,56% 238.013 13,14% 113.172 8,64% 486.661 12,35%

Trabalha 41.700 5,10% 687.117 37,92% 742.009 56,68% 1.470.826 37,34%

Não Estuda e Não Trabalha 92.014 11,25% 563.225 31,09% 387.057 29,56% 1.042.296 26,46%

TOTAL 818.228 100% 1.811.800 100% 1.309.201 100% 3.939.229 100%

FONTE: Censo 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Na faixa etária dos 18 aos 24 anos3 (idade que equivale ao es-tudo universitário) apenas 30,99% dos jovens seguiram estu-dando, dos quais 17,85% apenas estudam e 13,14% estudam e trabalham. Mais de 37% dos jovens dessa faixa etária já se dedicam exclusivamente ao trabalho e, somados aos que con-ciliam estudo e trabalho, essa realidade chega a 51,06%. Os que não estudam e não trabalham somam 31,09%.

3 Como veremos na seção 4, a distorção idade-série é considerável no país, cerca de 30% e, portanto, nessa faixa etária diversos jovens ainda podem estar no Ensino Médio.

17 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

TABELA 13 | População jovem segundo ocupação e sexo – 2010

OCUPAÇÃO SEGUNDO SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOS POPULAÇÃO JOVEM(15 A 29 ANOS)

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

Estuda 63,26 71,01 15,64 20,05 3,38 6,79 21,64 26,03

Estuda e Trabalha 20,25 12,80 14,74 11,55 8,17 9,11 13,74 10,98

Trabalha 6,65 3,52 46,39 29,53 69,21 44,59 45,51 29,27

Não Estuda e Não Trabalha 9,84 12,67 23,24 38,87 19,25 39,51 19,11 33,72

TOTAL 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

FONTE: Censo 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

21,6%estuda

45,5%trabalha

ENTRE OS HOMENS JOVENS

Dentre os jovens de 25 a 29 anos (idade que equivale a uma pós-graduação)4, apenas 5,11% conseguem continuar seus estudos com dedicação exclusiva, outros 8,64% conciliam os estudos com o trabalho, 65,32% são aqueles que só trabalham e 29,56% não estudam e nem trabalham.

Os dados sobre ocupação ainda revelam que, para todas as faixas etárias, o grupo de pessoas que não estuda e nem tra-balha é composto em sua maioria por mulheres, enquanto o grupo dos que apenas trabalham reúne mais homens. Essas constatações indicam, possivelmente, que o homem continua tendo um papel de provedor na família, enquanto o trabalho doméstico e de cuidado familiar prevalece entre as mulheres. Na Bahia, dos meninos de 15 a 17 anos 9,84% não trabalham e nem estudam, enquanto essa é a realidade para 12,67% das meninas. No grupo de 18 a 24 anos 23,24% dos rapazes e 38,87% das moças não estudam e nem trabalham.

4 Apesar da idade ser equivalente ao estudo de pós-graduação, é possível que haja jovens cursando graduação e, eventualmente, mesmo o Ensino Médio.

18 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

TABELA 14 | População jovem segundo acesso à internet no domicílio – 2010

ACESSO À INTERNET NO DOMICÍLIO SEGUNDO SEXO

15 A 17 ANOS 18 A 24 ANOS 25 A 29 ANOS POPULAÇÃO JOVEM(15 A 29 ANOS)

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

HOMENS%

MULHERES%

Sem internet 70,4 69,1 64,6 62,7 67,4 61,5 66,9 63,7

Com internet 29,6 30,9 35,4 37,3 32,6 38,5 33,1 36,3

Não informado 0,25 0,25 0,25 0,27 0,27 0,28 0,25 0,25

TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

FONTE: Censo 2010Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Para os que têm entre 25 e 29 anos essa diferença é ainda maior: os que não estudam nem trabalham são 12,25% dos homens e 39,51% das mulheres. Chama a atenção ainda o fato de que 26,90% dos jovens meninos de 15 a 17 anos já traba-lham (6,65% trabalham e não estudam e 20,25% conciliam as duas atividades). Dentre as meninas da mesma idade, 12,80% trabalham e estudam, e 3,52% o fazem exclusivamente.

No que se refere ao acesso à internet, a Tabela 14 mostra que quase 70% dos jovens da Bahia não possuem internet no do-micílio. É possível perceber ainda que o percentual de jovens sem acesso à internet sofre ligeira diminuição à medida que a faixa etária aumenta e que não há diferenças significativas por sexo.

19 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

A ESTRUTURAADMINISTRATIVA

DO ESTADO

O atual governador da Bahia é Rui Costa dos Santos, gra-duado em economia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Exerceu duas vezes o mandato de vereador de Sal-vador e uma vez o de deputado federal. Atuou ainda na Se-cretaria de Relações Institucionais da Bahia e na Casa Civil do estado5.

A administração estadual conta com 23 Secretarias, além da Governadoria composta pela Procuradoria Geral do Estado e pela Casa Militar do Governador; da Casa Civil; da Comissão Estadual da Verdade6. Dentre as secretarias7 , algumas apre-sentam interface com a área educacional. São elas:

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) busca promover espaços de participação e interação entre os agen-tes do sistema estadual de ciência, tecnologia e inovação e a sociedade, estimulando a produção de conhecimento, a ino-vação e o empreendedorismo em todo o estado. Dentre as ações desenvolvidas, destaca-se o Programa de Aprendizado Jovem (PROAJ), ação da SECTI em parceria com o SENAI, que visa qualificar alunos em cursos de Tecnologia de Infor-mação (TI) e Telecomunicações. O PROAJ proporciona aos alunos da rede pública estadual, uma formação voltada para o exercício da cidadania e para o mercado de trabalho.

A Secretaria de Relações Institucionais (SERIN) tem por fina-lidade a coordenação política do poder executivo e de suas relações com os demais poderes das diversas esferas de go-verno, com a sociedade civil e suas instituições.

5 Disponível em http://www.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteu-do=22. Acesso em novembro de 2013.

6 A Comissão Estadual da Verdade, no Estado da Bahia, foi criada pelo gover-nador Jaques Wagner em 2012. Ela atua na prevenção de violações, combate à impunidade, responsabilização do Estado, justiça, reparação e promoção da reconciliação. Disponível em http://www.comissaodaverdade.ba.gov.br/modu-les/conteudo/conteudo.php?conteudo=7. Acesso em novembro de 2016.

7 A relação de Secretarias baianas e seus respectivos links encontram-se disponí-veis em http://www.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=6. Acesso em novembro de 2016.

21 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

A Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia é uma autarquia vinculada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE).

A Secretaria da Saúde desenvolve o programa Saúde de To-dos Nós, que possui diferentes frentes de ação. Dentre elas, a Caderneta de Saúde do/a Adolescente: um trabalho reali-zado pelo Ministério da Saúde, por meio da área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem, que reúne informações sobre como evitar doenças, sobre mudanças no corpo, além de orientações sobre saúde sexual e saúde reprodutiva, saúde bucal e alimentação.

E também a Secretaria de Cultura (SECULT) que desenvolve, em parceria com a Secretaria da Educação (SEC) e a Secreta-ria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), o programa Escolas Culturais. Esse programa prevê a dinamização de escolas públicas estaduais por meio do apoio a programações culturais, produzidas e realizadas pelas comunidades locais, em torno do ambiente escolar. De acordo com a concepção do programa, através de encontro da cultura com a educação, a justiça, os Direitos Humanos e o desenvolvimento social, é possível promover cidadania e enfrentar os desafios sociais. Além do Programa Escolas Culturais, o sistema estadual de bibliotecas públicas também está vinculado à Secretaria de Cultura. O sistema presta assis-tência técnica na implantação e modernização de bibliotecas públicas municipais e comunitárias em parceria com os pro-gramas federais de apoio, assistência e fomento às atividades dessas bibliotecas, promovendo e garantindo o acesso demo-crático e gratuito à informação e ao conhecimento.

22 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

A Secretaria Estadual de Educação e a rede estadual de ensino

A Secretaria da Educação da Bahia (SEC) é composta por 27 Núcleos Regionais de Educação (NRE): Irecê; Bom Jesus da Lapa; Serrinha; Seabra; Itabuna; Valença; Teixeira de Freitas; Itapetinga; Amargosa; Juazeiro; Barreiras; Macaúbas; Caetité; Itaberaba; Ipirá; Jacobina; Ribeira do Pombal; Alagoinhas; Feira de Santana; Vitória da Conquista; Santo Antônio de Je-sus; Jequié; Santa Maria da Vitória; Paulo Afonso; Senhor do Bonfim; Salvador; Eunápolis8.

Além dos Núcleos Regionais, a SEC conta com outras insti-tuições vinculadas: Instituto Anísio Teixeira (IAT); Universi-dade do Estado da Bahia (UNEB); Universidade do Estado de Feira de Santana (UEFS); Universidade do Estado de Santa Cruz (UESC); Universidade do Estado do Sudoeste da Bahia (UESB); Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IR-DEB); e Conselho Estadual de Educação (CEE)9.

Walter Pinheiro assumiu a pasta da Educação no estado da Bahia em junho de 2016, tendo se afastado do mandato de senador da República para o qual foi eleito em 2010. Sua atua-ção enquanto parlamentar esteve voltada para o desenvolvi-mento das instituições de ensino do estado nos três níveis da educação e também na defesa do Plano Nacional de Educa-ção (PNE). Além disso, também encaminhou, no Senado, a votação da proposta que instituiu o regime de cotas sociais e raciais nas universidades públicas e nas instituições técnicas federais de Ensino Médio10.

8 Disponível em http://www.educacao.ba.gov.br/midias/images/mapa-nucleos-re-gionais-de-educacao. Acesso em novembro de 2016

9 Disponível em http://institucional.educacao.ba.gov.br/noticias/tomam-posse--novos-membros-do-conselho-estadual-de-educacao. Acesso em 2016.

10 Disponível em http://institucional.educacao.ba.gov.br/dirigentes1. Acesso em novembro de 2016.

23 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

A SITUAÇÃODA EDUCAÇÃO

De acordo com o Censo Escolar de 2015, a rede estadual de educação do estado do Bahia é composta por 1.320 escolas. São 1.193 unidades (90%) localizadas em área urbana e 127 (10%) em área rural. As matrículas das escolas estaduais – reunindo todas as etapas e modalidades de ensino – somam um total de 873.565. Dessas, 836.139 são matrículas em área urbana e 37.426, em área rural.

Do total de escolas do estado, 1.088 compõem a rede de Ensino Médio regular estadual, estando 973 (89%) delas localizadas na área urbana e 115 (11%) escolas na área rural. O total de ma-trículas em escolas com Ensino Médio regular totaliza 486.028 que estão distribuídas da seguinte forma: 463.838 matrículas em escolas urbanas e apenas 22.190 matrículas em escolas si-tuadas em área rural.

Uma forma de avaliação da rede escolar é o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que considera o fluxo escolar e a média de desempenho dos alunos em avalia-ções padronizadas. O Ideb do estado da Bahia apresentou um pequeno aumento entre 2005 (2,7) e 2015 (2,9), mas não con-seguiu alcançar a média do país, que se manteve à frente do estado em todo o período. Enquanto o país manteve sua média em 3,4, de 2009 a 2013, o estado sofreu queda em seu desempe-nho no mesmo período, sendo 2013 o ano de maior distância entre os resultados. 2015 registrou aumento de 0,1 para ambos.

1.320 escolas

estaduais

REDE ESTADUAL

DE EDUCAÇÃO

90%em área urbana

10%em área

rural

25 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

O Gráfico 2 mostra que as médias estadual e regional do Ideb se mantiveram próximas, com diferenças leves de pontuação, entre 2005 e 2009. A partir de 2011, no entanto, os desempe-nhos se distanciaram, registrando quedas consecutivas para a Bahia entre 2011 e 2013. O ano de 2015 marcou crescimento dos índices do estado e da região Nordeste, mas, mesmo após retomada de crescimento da média estadual (com aumento de 0,1), o Ideb baiano encerrou o período abaixo do regional.

GRÁFICO 1 | Ideb Bahia x Brasil

FONTE: INEP 2015Elaboração: Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

GRÁFICO 2 | Ideb Bahia x Região Nordeste

FONTE: INEP 2015Elaboração: Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

BAHIA

BRASIL

2,72,8

3,1 3,0

2,82,93,0

3,2

3,4 3,4 3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,7

2,8

3,1 3,0

2,8

2,9

2,7

2,8

3,1 3,0 3,0

3,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

BAHIA

BRASIL

237,1

246,0

261,5 249,8

232,7

244,4248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

237,1

246,0

261,5249,8

232,7

244,4

237,1 241,5

252,3

248,1 241,6

249,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

255,3 256,1

262,7

251,5

239,2

244,9

260,0262,9

265,5 264,9

260,7

259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

BRASIL

255,3256,1

262,7

251,5

239,2

244,9247,5

250,1

253,6

248,8246,2

250,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

49,5

43,542,5

45,5

BAHIA

BRASIL

51,9 51,048,8 46,9 45,5

36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014 2015

51,9 51,048,8 46,9 45,5

48,2 46,043,4 41,9 40,3

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

BAHIA

69,8%FACEBOOK

34,9%BLOG

5,5%SITE INSTITUCIONAL

5,1%YOUTUBE

0%TWITTER

BAHIA

BRASIL

2,72,8

3,1 3,0

2,82,93,0

3,2

3,4 3,4 3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,7

2,8

3,1 3,0

2,8

2,9

2,7

2,8

3,1 3,0 3,0

3,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

BAHIA

BRASIL

237,1

246,0

261,5 249,8

232,7

244,4248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

237,1

246,0

261,5249,8

232,7

244,4

237,1 241,5

252,3

248,1 241,6

249,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

255,3 256,1

262,7

251,5

239,2

244,9

260,0262,9

265,5 264,9

260,7

259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

BRASIL

255,3256,1

262,7

251,5

239,2

244,9247,5

250,1

253,6

248,8246,2

250,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

49,5

43,542,5

45,5

BAHIA

BRASIL

51,9 51,048,8 46,9 45,5

36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014 2015

51,9 51,048,8 46,9 45,5

48,2 46,043,4 41,9 40,3

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

BAHIA

69,8%FACEBOOK

34,9%BLOG

5,5%SITE INSTITUCIONAL

5,1%YOUTUBE

0%TWITTER

26 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

O estado da Bahia possui, de forma geral, desempenho no Ideb inferior às médias nacional e regional até 2015. Em relação à re-gião Nordeste, embora com médias mais próximas do que no comparativo com o país, o estado do Bahia encerrou o período com aumento de seu Ideb, mas não conseguiu superar sua re-gião. Esse cenário pode ser complementado com as informa-ções do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB).

O SAEB produz informações a respeito da realidade educacional brasileira por meio de avaliações bienais de proficiência em Matemática e em Língua Portuguesa. Trata-se de uma avaliação por amostra e seus resultados, em conjunto com as taxas de aprovação escolar, são a base de cálculo para o Ideb de cada estado e do índice nacional.

ESCALA LÍNGUA PORTUGUESA

225 250 275 300 325 350 375 400 425

NÍVEL1

NÍVEL2

NÍVEL3

NÍVEL4

NÍVEL5

NÍVEL6

NÍVEL7

NÍVEL8

ESCALA MATEMÁTICA

225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475

NÍVEL1

NÍVEL2

NÍVEL3

NÍVEL4

NÍVEL5

NÍVEL6

NÍVEL7

NÍVEL8

NÍVEL9

NÍVEL10

A escala de Língua Portuguesa no Ensino Médio varia de 225 a 425, dividida em oito níveis, onde quanto mais alto o nível, melhor o desempenho. A Bahia ocupou o nível 2 entre 2009 e 2011, voltou ao nível 1 no ano seguinte e retornou ao nível 2 em 2015, como é possível notar no Gráfico 3. O estado esteve abaixo da média nacional durante todo o período analisado e, a partir de 2011, essas distâncias foram se intensificando.

27 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

No Gráfico 4 é possível avaliar o desempenho de Bahia em Língua Portuguesa, em relação à região Nordeste. Nele, ob-serva-se tendência distinta daquela registrada no compara-tivo com o país. Entre 2007 e 2011 o estado superou os rendi-mentos regionais. Mas o que se seguiu foi uma queda bastante acentuada dos resultados estaduais. Em 2013, o desempenho foi inferior não só em relação à região como foi o pior resul-tado do estado em todo o período. Por sua vez, o Nordeste veio sofrendo quedas entre 2011 e 2013, mas bem menos acen-tuadas que o observado na Bahia. Apenas em 2015, o estado conseguiu retomar seu crescimento (232,7 em 2013 e 244,4 em 2015), mas esse não foi suficiente para alcançar o desempenho regional no mesmo período (241,6 em 2013 e 249,2 em 2015).

GRÁFICO 3 | SAEB Língua Portuguesa Bahia x Brasil

FONTE: INEP 2015Elaboração: Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

BAHIA

BRASIL

2,72,8

3,1 3,0

2,82,93,0

3,2

3,4 3,4 3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,7

2,8

3,1 3,0

2,8

2,9

2,7

2,8

3,1 3,0 3,0

3,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

BAHIA

BRASIL

237,1

246,0

261,5 249,8

232,7

244,4248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

237,1

246,0

261,5249,8

232,7

244,4

237,1 241,5

252,3

248,1 241,6

249,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

255,3 256,1

262,7

251,5

239,2

244,9

260,0262,9

265,5 264,9

260,7

259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

BRASIL

255,3256,1

262,7

251,5

239,2

244,9247,5

250,1

253,6

248,8246,2

250,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

49,5

43,542,5

45,5

BAHIA

BRASIL

51,9 51,048,8 46,9 45,5

36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014 2015

51,9 51,048,8 46,9 45,5

48,2 46,043,4 41,9 40,3

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

BAHIA

69,8%FACEBOOK

34,9%BLOG

5,5%SITE INSTITUCIONAL

5,1%YOUTUBE

0%TWITTER

A escala SAEB para a prova de Matemática do Ensino Médio varia entre 225 e 475 pontos (distribuídos em intervalos que correspondem a dez níveis).

28 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

Tal como observado no SAEB Língua Portuguesa, entre 2009 e 2013, o desempenho baiano em Matemática sofreu consecuti-vas quedas, distanciando-se de forma significativa das médias alcançadas pelo país. Enquanto 2009 foi o ano de melhores re-sultados no Brasil e na Bahia, 2013 marcou o pior resultado estadual que chegou a ficar com a média 20,5 inferior àquela verificada no país. Além disso, diferente do que foi observado no SAEB Língua Portuguesa, o país encerrou o período com queda de desempenho em Matemática. Já a Bahia conseguiu retomar o crescimento, alcançando 244,9 em sua média, mas ficou longe de superar o resultado brasileiro (259,7).

No comparativo com a região Nordeste, como demonstra o Gráfico 6, é possível notar que o estado apresentou resultados superiores aos obtidos pela região no período de 2005 a 2011. Tal como observado no SAEB Língua Portuguesa, o ano de 2009 foi o de melhores resultados, tanto para o estado (262,7) quanto para a região Nordeste (253,6). Já 2013 marcou o declí-nio das médias da Bahia (239,2) e da região (246,2). Contudo, a queda mais significativa, entre 2009 e 2013, pode ser observada no estado. Em 2015, estado e região encerram o período com elevação das médias, permanecendo o desempenho baiano in-ferior ao regional.

GRÁFICO 4 | SAEB Língua Portuguesa Bahia x Região Nordeste

FONTE: INEP 2015Elaboração: Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

BAHIA

BRASIL

2,72,8

3,1 3,0

2,82,93,0

3,2

3,4 3,4 3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,7

2,8

3,1 3,0

2,8

2,9

2,7

2,8

3,1 3,0 3,0

3,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

BAHIA

BRASIL

237,1

246,0

261,5 249,8

232,7

244,4248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

237,1

246,0

261,5249,8

232,7

244,4

237,1 241,5

252,3

248,1 241,6

249,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

255,3 256,1

262,7

251,5

239,2

244,9

260,0262,9

265,5 264,9

260,7

259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

BRASIL

255,3256,1

262,7

251,5

239,2

244,9247,5

250,1

253,6

248,8246,2

250,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

49,5

43,542,5

45,5

BAHIA

BRASIL

51,9 51,048,8 46,9 45,5

36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014 2015

51,9 51,048,8 46,9 45,5

48,2 46,043,4 41,9 40,3

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

BAHIA

69,8%FACEBOOK

34,9%BLOG

5,5%SITE INSTITUCIONAL

5,1%YOUTUBE

0%TWITTER

29 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

GRÁFICO 5 | SAEB Matemática Bahia x Brasil

FONTE: INEP 2015Elaboração: Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

GRÁFICO 6 | SAEB Matemática Bahia x Região Nordeste

FONTE: INEP 2015Elaboração: Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

BAHIA

BRASIL

2,72,8

3,1 3,0

2,82,93,0

3,2

3,4 3,4 3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,7

2,8

3,1 3,0

2,8

2,9

2,7

2,8

3,1 3,0 3,0

3,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

BAHIA

BRASIL

237,1

246,0

261,5 249,8

232,7

244,4248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

237,1

246,0

261,5249,8

232,7

244,4

237,1 241,5

252,3

248,1 241,6

249,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

255,3 256,1

262,7

251,5

239,2

244,9

260,0262,9

265,5 264,9

260,7

259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

BRASIL

255,3256,1

262,7

251,5

239,2

244,9247,5

250,1

253,6

248,8246,2

250,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

49,5

43,542,5

45,5

BAHIA

BRASIL

51,9 51,048,8 46,9 45,5

36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014 2015

51,9 51,048,8 46,9 45,5

48,2 46,043,4 41,9 40,3

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

BAHIA

69,8%FACEBOOK

34,9%BLOG

5,5%SITE INSTITUCIONAL

5,1%YOUTUBE

0%TWITTER

BAHIA

BRASIL

2,72,8

3,1 3,0

2,82,93,0

3,2

3,4 3,4 3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,7

2,8

3,1 3,0

2,8

2,9

2,7

2,8

3,1 3,0 3,0

3,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

BAHIA

BRASIL

237,1

246,0

261,5 249,8

232,7

244,4248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

237,1

246,0

261,5249,8

232,7

244,4

237,1 241,5

252,3

248,1 241,6

249,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

255,3 256,1

262,7

251,5

239,2

244,9

260,0262,9

265,5 264,9

260,7

259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

BRASIL

255,3256,1

262,7

251,5

239,2

244,9247,5

250,1

253,6

248,8246,2

250,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

49,5

43,542,5

45,5

BAHIA

BRASIL

51,9 51,048,8 46,9 45,5

36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014 2015

51,9 51,048,8 46,9 45,5

48,2 46,043,4 41,9 40,3

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

BAHIA

69,8%FACEBOOK

34,9%BLOG

5,5%SITE INSTITUCIONAL

5,1%YOUTUBE

0%TWITTER

30 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

O Censo Escolar é um levantamento nacional de dados es-tatísticos educacionais a partir de informações fornecidas pelas próprias escolas. Dentre elas estão as somas dos alu-nos aprovados, reprovados e que abandonaram a escola ao final de cada ano letivo. A Tabela 15 apresenta esses dados para a Bahia e a média nacional. Como é possível observar, o ano mais crítico, com as maiores taxas de reprovação e de abandono, é o primeiro ano do Ensino Médio. Essa não é uma realidade exclusiva do estado e é possível observar a mesma tendência na média brasileira. No entanto, no comparativo com o país, o estado apresenta cenário menos favorável com taxas de reprovação e abandono mais elevadas para todas as séries. Já no que tange à aprovação, o estado do Bahia possui taxas inferiores em todas as séries.

TABELA 15 | Taxa de reprovação, aprovação e abandono

ENSINO MÉDIO

BAHIA BRASIL

REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO

1º ano EM 24,4 10,5 65,1 17,7 10 72,3

2º ano EM 14,6 7,4 78,0 11 7,2 81,8

3º ano EM 10,4 5,9 83,7 6,6 5,4 88

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

31 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

Já os Gráficos 8 e 9 demonstram que há uma tendência de diminuição da distorção idade-série ao longo dos anos. Con-tudo, no comparativo com as taxas nacionais, observa-se que o estado possui taxas de distorção mais elevadas em todos os anos. O mesmo ocorre em relação à região Nordeste, pois as taxas estaduais são superiores em todo o período.

GRÁFICO 7 | Taxa de distorção idade-série Bahia

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração: Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

BAHIA

BRASIL

2,72,8

3,1 3,0

2,82,93,0

3,2

3,4 3,4 3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,7

2,8

3,1 3,0

2,8

2,9

2,7

2,8

3,1 3,0 3,0

3,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

BAHIA

BRASIL

237,1

246,0

261,5 249,8

232,7

244,4248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

237,1

246,0

261,5249,8

232,7

244,4

237,1 241,5

252,3

248,1 241,6

249,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

255,3 256,1

262,7

251,5

239,2

244,9

260,0262,9

265,5 264,9

260,7

259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

BRASIL

255,3256,1

262,7

251,5

239,2

244,9247,5

250,1

253,6

248,8246,2

250,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

49,5

43,542,5

45,5

BAHIA

BRASIL

51,9 51,048,8 46,9 45,5

36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014 2015

51,9 51,048,8 46,9 45,5

48,2 46,043,4 41,9 40,3

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

BAHIA

69,8%FACEBOOK

34,9%BLOG

5,5%SITE INSTITUCIONAL

5,1%YOUTUBE

0%TWITTER

No que se refere à taxa de distorção idade-série, indicador que permite avaliar o percentual de alunos, em cada série, com idade superior à recomendada, o Gráfico 7 mostra que, na Bahia, de cada cem alunos do Ensino Médio aproximada-mente quarenta e cinco estavam com atraso de dois ou mais anos. A distorção é maior no primeiro ano do Ensino Médio, com taxa de 49,5%.

32 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

GRÁFICO 8 | Taxa de distorção idade-série Bahia x Brasil

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração: Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

GRÁFICO 9 | Taxa de distorção idade-série Bahia x Nordeste

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração: Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

BAHIA

BRASIL

2,72,8

3,1 3,0

2,82,93,0

3,2

3,4 3,4 3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,7

2,8

3,1 3,0

2,8

2,9

2,7

2,8

3,1 3,0 3,0

3,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

BAHIA

BRASIL

237,1

246,0

261,5 249,8

232,7

244,4248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

237,1

246,0

261,5249,8

232,7

244,4

237,1 241,5

252,3

248,1 241,6

249,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

255,3 256,1

262,7

251,5

239,2

244,9

260,0262,9

265,5 264,9

260,7

259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

BRASIL

255,3256,1

262,7

251,5

239,2

244,9247,5

250,1

253,6

248,8246,2

250,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

49,5

43,542,5

45,5

BAHIA

BRASIL

51,9 51,048,8 46,9 45,5

36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014 2015

51,9 51,048,8 46,9 45,5

48,2 46,043,4 41,9 40,3

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

BAHIA

69,8%FACEBOOK

34,9%BLOG

5,5%SITE INSTITUCIONAL

5,1%YOUTUBE

0%TWITTER

BAHIA

BRASIL

2,72,8

3,1 3,0

2,82,93,0

3,2

3,4 3,4 3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,7

2,8

3,1 3,0

2,8

2,9

2,7

2,8

3,1 3,0 3,0

3,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

BAHIA

BRASIL

237,1

246,0

261,5 249,8

232,7

244,4248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

237,1

246,0

261,5249,8

232,7

244,4

237,1 241,5

252,3

248,1 241,6

249,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

255,3 256,1

262,7

251,5

239,2

244,9

260,0262,9

265,5 264,9

260,7

259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

BRASIL

255,3256,1

262,7

251,5

239,2

244,9247,5

250,1

253,6

248,8246,2

250,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

49,5

43,542,5

45,5

BAHIA

BRASIL

51,9 51,048,8 46,9 45,5

36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014 2015

51,9 51,048,8 46,9 45,5

48,2 46,043,4 41,9 40,3

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

BAHIA

69,8%FACEBOOK

34,9%BLOG

5,5%SITE INSTITUCIONAL

5,1%YOUTUBE

0%TWITTER

33 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

Internet e redes sociais nas escolas

O uso de computador e da internet nas escolas pode ser con-siderado uma ferramenta didática atual e dinâmica que pode despertar maior interesse dos jovens. Apesar de não ser una-nimidade, há estudos que apontam para o uso de Tecnolo-gias de Informação e Comunicação (TICs) nas salas de aula como responsável por elevar a qualidade da educação, bem como por proporcionar uma maior preparação dos jovens para atuar em um mundo global e competitivo. Para além da existência de computadores nas escolas, as pesquisas sinali-zam a importância da preparação dos professores para a uti-lização de tais tecnologias, não sendo, portanto, automático o impacto na qualidade do ensino . A existência de computador e internet nas escolas pode ser considerado uma boa forma de inclusão digital, uma vez que diversos jovens não possuem acesso a computadores ou internet em seus domicílios, como foi visto na Tabela 14.

A existência de computador contempla apenas 64,2% do uni-verso das escolas públicas da Bahia e o acesso à internet é ainda menor (40,6%). Essa realidade é inferior à média brasi-leira, onde 75,6% das escolas são equipadas com computado-res e apenas 58,6% possuem acesso à internet.

ESCOLAS PÚBLICAS

DABAHIA

64,2%possuem

computador

40,6%têm acesso à internet

34 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

Entre as escolas estaduais da Bahia o acesso ao computador chega a 98,2%. Já o acesso à internet é de 94%. Essa maior presença de TICs nas escolas estaduais também é observada no país como um todo: 94,3% das escolas estaduais brasileiras têm computadores e 88,5% possuem acesso à internet, como mostra a Tabela 17.

TABELA 17 | Existência de computador e acesso à internet nas escolas estaduais

BAHIA BRASIL

NÚMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO À INTERNET

(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO À INTERNET

(%)

1.320 98,2 94,0 94,3 88,5

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Entre as escolas estaduais com Ensino Médio regular, a Bahia supera levemente a média nacional. O acesso à internet é de 93,9%, enquanto a média nacional é de 93,3%, como mostra a Tabela 18.

TABELA 16 | Existência de computador e acesso à internet nas escolas públicas

BAHIA BRASIL

NÚMERO DE ESCOLAS

PÚBLICAS

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO À INTERNET

(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO À INTERNET

(%)

15.974 64,2 40,6 75,6 58,6

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

35 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

É possível esmiuçar esses dados de acesso por regional e identificar em quais regiões estão as escolas que ainda não possuem computador e internet, analisando se é uma questão localizada ou generalizada.

Como vimos 93,9% das escolas de Ensino Médio regular da Bahia possuem computador com acesso à internet. Contudo, como mostra a Tabela 19, há 367 (88%) municípios com acesso total à internet. Entre os municípios baianos, 15 deles (4%) têm entre 80% e 98,1% de acesso à rede mundial de computa-dores. Há ainda 29 municípios com acesso entre 50% e 75%. Mas a situação é bastante desfavorável para 05 municípios baianos (Anagé, Antas, Catolândia, Crisópolis e Piraí do Norte), cujas escolas não possuem acesso à internet.

TABELA 18 | Existência de computador e acesso à internet nas escolas estaduais com Ensino Médio regular

BAHIA BRASIL

NÚMERO DE ESCOLAS

ESTADUAIS COM ENSINO MÉDIO

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO À INTERNET

(%)

POSSUI COMPUTADOR

(%)

COMPUTADOR COM ACESSO À INTERNET

(%)

1.088 98,3 93,9 97,8 93,3

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

36 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

MUNICÍPION

ÚM

ERO

DE

ESCO

LAS

PO

SSU

I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

À IN

TER

NET

(%)

Abaíra 1 100,0 100,0

Abaré 3 66,7 66,7

Acajutiba 1 100,0 100,0

Adustina 1 100,0 100,0

Água Fria 2 100,0 100,0

Aiquara 1 100,0 100,0

Alagoinhas 11 100,0 100,0

Alcobaça 2 100,0 50,0

Almadina 1v 100,0 100,0

Amargosa 2 100,0 100,0

Amélia Rodrigues 3 66,7 66,7

América Dourada 1 100,0 100,0

Anagé 2 100,0 0,0

Andaraí 2 100,0 50,0

Andorinha 2 100,0 100,0

Angical 1 100,0 100,0

Anguera 1 100,0 100,0

Antas 1 100,0 0,0

Antônio Cardoso 1 100,0 100,0

Antônio Gonçalves 1 100,0 100,0

Aporá 2 100,0 50,0

Apuarema 1 100,0 100,0

Aracatu 1 100,0 100,0

Araças 1 100,0 100,0

Araci 3 100,0 100,0

Aramari 1 100,0 100,0

Arataca 2 100,0 100,0

MUNICÍPIO

MER

O D

E ES

COLA

S

PO

SSU

I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

À IN

TER

NET

(%)

Aratuípe 1 100,0 100,0

Aurelino Leal 1 100,0 100,0

Baianópolis 2 100,0 50,0

Baixa Grande 2 100,0 100,0

Banzaê 3 100,0 100,0

Barra 5 100,0 100,0

Barra da Estiva 2 100,0 100,0

Barra do Choça 3 66,7 66,7

Barra do Mendes 1 100,0 100,0

Barra do Rocha 1 100,0 100,0

Barreiras 15 100,0 93,3

Barro Alto 1 100,0 100,0

Barrocas 1 100,0 100,0

Barro Preto 1 100,0 100,0

Belmonte 1 100,0 100,0

Belo Campo 1 100,0 100,0

Biritinga 1 100,0 100,0

Boa Nova 1 100,0 100,0

Boa Vista do Tupim 4 100,0 100,0

Bom Jesus da Lapa 5 100,0 100,0

Bom Jesus da Serra 1 100,0 100,0

Boninal 1 100,0 100,0

Bonito 1 100,0 100,0

Boquira 2 100,0 100,0

Botuporã 1 100,0 100,0

Brejões 2 100,0 100,0

Brejolândia 1 100,0 100,0

TABELA 19 | Existência de computador e acesso à internet nas regionais de ensino

37 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

MUNICÍPIO

MER

O D

E ES

COLA

S

PO

SSU

I CO

MP

UTA

DO

R (%

)

COM

PU

TAD

OR

CO

M A

CESS

O

À IN

TER

NET

(%)

Brotas de Macaúbas 1 100,0 100,0

Brumado 3 100,0 100,0

Buerarema 2 100,0 50,0

Buritirama 1 100,0 100,0

Caatiba 1 100,0 100,0

Cabaceiras do Paraguaçu 1 100,0 100,0

Cachoeira 5 100,0 100,0

Caculé 1 100,0 100,0

Caém 1 100,0 100,0

Caetanos 1 100,0 100,0

Caetité 4 100,0 100,0

Cafarnaum 1 100,0 100,0

Cairu 1 100,0 100,0

Caldeirão Grande 1 100,0 100,0

Camacan 2 100,0 100,0

Camaçari 10 90,0 90,0

Camamu 1 100,0 100,0

Campos Alegre de Lourdes 1 100,0 100,0

Campo Formoso 5 100,0 80,0

Canápolis 1 100,0 100,0

Canarana 2 100,0 100,0

Canavieiras 2 100,0 100,0

Candeal 1 100,0 100,0

Candeias 6 100,0 83,3

Candiba 1 100,0 100,0

Cândido Sales 4 50,0 50,0

Cansanção 3 100,0 100,0

Canudos 1 100,0 100,0

MUNICÍPIO

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)

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TER

NET

(%)

Capela do Alto Alegre 1 100,0 100,0

Capim Grosso 2 100,0 100,0

Caraíbas 1 100,0 100,0

Caravelas 1 100,0 100,0

Cardeal da Silva 1 100,0 100,0

Carinhanha 1 100,0 100,0

Casa Nova 4 100,0 100,0

Castro Alves 1 100,0 100,0

Catolândia 1 100,0 0,0

Catu 5 100,0 80,0

Caturama 1 100,0 100,0

Central 1 100,0 100,0

Chorrochó 4 75,0 75,0

Cícero Dantas 2 100,0 100,0

Cipó 2 100,0 100,0

Coaraci 1 100,0 100,0

Cocos 1 100,0 100,0

Conceição da Feira 1 100,0 100,0

Conceição do Almeida 2 100,0 100,0

Conceição do Coité 11 100,0 100,0

Conceição do Jacuípe 1 100,0 100,0

Conde 2 100,0 100,0

Condeúba 1 100,0 100,0

Contendas do Sincorá 1 100,0 100,0

Coração de Maria 3 100,0 100,0

Cordeiros 1 100,0 100,0

Coribe 1 100,0 100,0

38 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

MUNICÍPIO

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)

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TER

NET

(%)

Coronel João Sá 1 100,0 100,0

Correntina 3 100,0 100,0

Cotegipe 1 100,0 100,0

Cravolândia 1 100,0 100,0

Crisópolis 1 100,0 0,0

Cristópolis 1 100,0 100,0

Cruz das Almas 5 100,0 100,0

Curaçá 5 100,0 80,0

Dário Meira 1 100,0 100,0

Dias D'Ávila 2 100,0 100,0

Dom Basílio 1 100,0 100,0

Dom Macedo Costa 1 100,0 100,0

Elísio Medrado 1 100,0 100,0

Encruzilhada 2 50,0 50,0

Entre Rios 3 100,0 100,0

Érico Cardoso 1 100,0 100,0

Esplanada 1 100,0 100,0

Euclides da Cunha 4 100,0 100,0

Eunápolis 6 100,0 100,0

Fátima 2 100,0 100,0

Feira da Mata 1 100,0 100,0

Feira de Santana 51 98,0 92,2

Filadélfia 1 100,0 100,0

Firmino Alves 1 100,0 100,0

Floresta Azul 1 100,0 100,0

MUNICÍPIO

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)

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TER

NET

(%)

Formosa do Rio Preto 2 100,0 50,0

Gandu 2 100,0 100,0

Gavião 1 100,0 100,0

Gentio do Ouro 1 100,0 100,0

Glória 1 100,0 100,0

Gongogi 1 100,0 100,0

Governador Mangabeira 2 100,0 100,0

Guajeru 1 100,0 100,0

Guanambi 6 100,0 83,3

Guaratinga 1 100,0 100,0

Heliópolis 1 100,0 100,0

Iaçu 1 100,0 100,0

Ibiassucê 1 100,0 100,0

Ibicaraí 2 100,0 100,0

Ibicoara 2 100,0 50,0

Ibicuí 1 100,0 100,0

Ibipeba 2 100,0 100,0

Ibipitanga 1 100,0 100,0

Ibiquera 1 100,0 100,0

Ibirapitanga 2 100,0 100,0

Ibirapuã 1 100,0 100,0

Ibirataia 2 100,0 100,0

Ibitiara 2 100,0 100,0

Ibititá 1 100,0 100,0

Ibotirama 4 100,0 100,0

39 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

MUNICÍPIO

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)

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NET

(%)

Ichu 2 100,0 100,0

Igaporã 1 100,0 100,0

Igrapiúna 1 100,0 100,0

Iguaí 1 100,0 100,0

Ilhéus 17 100,0 94,1

Inhambupe 3 100,0 100,0

Ipecaetá 2 100,0 100,0

Ipiaú 3 100,0 100,0

Ipirá 4 100,0 100,0

Ipupiara 2 100,0 100,0

Irajuba 1 100,0 100,0

Iramaia 1 100,0 100,0

Iraquara 1 100,0 100,0

Irará 1 100,0 100,0

Irecê 5 100,0 100,0

Itabela 1 100,0 100,0

Itaberaba 5 100,0 100,0

Itabuna 14 100,0 100,0

Itacaré 2 100,0 50,0

Itaeté 2 100,0 100,0

Itagi 1 100,0 100,0

Itagibá 1 100,0 100,0

Itagimirim 1 100,0 100,0

Itaguaçu da Bahia 1 100,0 100,0

Itaju do Colônia 2 100,0 100,0

MUNICÍPIO

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)

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TER

NET

(%)

Itajuípe 1 100,0 100,0

Itamaraju 6 66,7 66,7

Itamari 1 100,0 100,0

Itambé 2 100,0 100,0

Itanagra 1 100,0 100,0

Itanhém 1 100,0 100,0

Itaparica 2 100,0 100,0

Itapé 1 100,0 100,0

Itapebi 1 100,0 100,0

Itapetinga 4 100,0 100,0

Itapicuru 2 100,0 100,0

Itapitanga 1 100,0 100,0

Itaquara 1 100,0 100,0

Itarantim 1 100,0 100,0

Itatim 1 100,0 100,0

Itiruçu 2 100,0 100,0

Itiúba 2 100,0 100,0

Itororó 3 100,0 100,0

Ituaçu 1 100,0 100,0

Ituberá 1 100,0 100,0

Iuiú 1 100,0 100,0

Jaborandi 1 100,0 100,0

Jacaraci 1 100,0 100,0

Jacobina 5 100,0 100,0

Jaguaquara 3 100,0 100,0

40 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

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)

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TER

NET

(%)

Jaguarari 3 100,0 100,0

Jaguaripe 1 100,0 100,0

Jandaíra 1 100,0 100,0

Jequié 14 100,0 100,0

Jeremoabo 3 100,0 66,7

Jiquiriçá 1 100,0 100,0

Jitaúna 2 100,0 100,0

João Dourado 1 100,0 100,0

Juazeiro 23 100,0 82,6

Jucuruçu 1 100,0 100,0

Jussara 1 100,0 100,0

Jussari 1 100,0 100,0

Jussiape 2 100,0 100,0

Lafaiete Coutinho 1 100,0 100,0

Lagoa Real 1 100,0 100,0

Laje 2 100,0 100,0

Lajedão 1 100,0 100,0

Lajedinho 1 100,0 100,0

Lajedo do Tabocal 1 100,0 100,0

Lamarão 1 100,0 100,0

Lapão 2 100,0 50,0

Lauro de Freitas 8 100,0 100,0

Lençóis 1 100,0 100,0

Licínio de Almeida 2 100,0 100,0

Livramento de Nossa Senhora 2 100,0 100,0

MUNICÍPIO

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)

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TER

NET

(%)

Luís Eduardo Magalhães 4 75,0 50,0

Macajuba 1 100,0 100,0

Macarani 1 100,0 100,0

Macaúbas 3 100,0 100,0

Macururé 1 100,0 100,0

Madre de Deus 1 100,0 100,0

Maetinga 1 100,0 100,0

Maiquinique 1 100,0 100,0

Mairi 1 100,0 100,0

Malhada 1 100,0 100,0

Malhada de Pedras 1 100,0 100,0

Manoel Vitorino 1 100,0 100,0

Mansidão 1 100,0 100,0

Maracás 2 100,0 100,0

Maragogipe 5 100,0 60,0

Maraú 2 100,0 100,0

Marcionílio Souza 1 100,0 100,0

Mascote 2 100,0 100,0

Mata de São João 3 100,0 100,0

Matina 1 100,0 100,0

Medeiros Neto 3 100,0 66,7

Miguel Calmon 2 100,0 100,0

Milagres 0 - -

Mirangaba 1 100,0 100,0

Mirante 1 100,0 100,0

41 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

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)

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TER

NET

(%)

Monte Santo 2 100,0 50,0

Morpará 2 100,0 100,0

Morro do Chapéu 4 100,0 100,0

Mortugaba 1 100,0 100,0

Mucugê 1 100,0 100,0

Mucuri 3 100,0 100,0

Mulungu do Morro 1 100,0 100,0

Mundo Novo 2 100,0 100,0

Muniz Ferreira 1 100,0 100,0

Muquém de S. Francisco 2 100,0 100,0

Muritiba 3 100,0 100,0

Mutuípe 1 100,0 100,0

Nazaré 2 100,0 100,0

Nilo Peçanha 1 100,0 100,0

Nordestina 1 100,0 100,0

Nova Canaã 1 100,0 100,0

Nova Fátima 1 100,0 100,0

Nova Ibiá 1 100,0 100,0

Nova Itarana 1 100,0 100,0

Nova Redenção 1 100,0 100,0

Nova Soure 2 100,0 100,0

Nova Viçosa 3 100,0 100,0

Novo Horizonte 1 100,0 100,0

Novo Triunfo 1 100,0 100,0

Olindina 2 100,0 100,0

MUNICÍPIO

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)

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TER

NET

(%)

Oliveira dos Brejinhos 1 100,0 100,0

Ouriçangas 1 100,0 100,0

Ourolândia 1 100,0 100,0

Palmas de Monte Alto 1 100,0 100,0

Palmeiras 1 100,0 100,0

Paramirim 2 100,0 100,0

Paratinga 2 100,0 100,0

Paripiranga 1 100,0 100,0

Pau Brasil 2 100,0 50,0

Paulo Afonso 6 100,0 100,0

Pé de Serra 1 100,0 100,0

Pedrão 1 100,0 100,0

Pedro Alexandre 1 100,0 100,0

Piatã 1 100,0 100,0

Pilão Arcado 2 50,0 50,0

Pindaí 1 100,0 100,0

Pindobaçu 2 100,0 100,0

Pintadas 1 100,0 100,0

Piraí do Norte 1 100,0 0,0

Piripá 1 100,0 100,0

Piritiba 2 100,0 100,0

Planaltino 1 100,0 100,0

Planalto 1 100,0 100,0

Poções 3 100,0 100,0

Pojuca 2 100,0 100,0

42 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

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)

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TER

NET

(%)

Ponto Novo 1 100,0 100,0

Porto Seguro 7 100,0 85,7

Potiraguá 2 100,0 100,0

Prado 3 100,0 100,0

Presidente Dutra 1 100,0 100,0

Presidente Jânio Quadros 1 100,0 100,0

Presidente Tancredo Neves 1 100,0 100,0

Queimadas 2 100,0 100,0

Quijingue 2 50,0 50,0

Quixabeira 1 100,0 100,0

Rafael Jambeiro 2 100,0 100,0

Remanso 2 100,0 100,0

Retirolândia 1 100,0 100,0

Riachão das Neves 2 100,0 100,0

Riachão do Jacuípe 6 100,0 100,0

Riacho de Santana 1 100,0 100,0

Ribeira do Amparo 1 100,0 100,0

Ribeira do Pombal 4 100,0 100,0

Ribeirão do Largo 1 100,0 100,0

Rio de Contas 3 100,0 100,0

Rio do Antônio 2 100,0 100,0

Rio do Pires 2 100,0 100,0

Rio Real 3 100,0 100,0

Rodelas 3 100,0 100,0

MUNICÍPIO

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)

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NET

(%)

Ruy Barbosa 1 100,0 100,0

Salinas da Margarida 1 100,0 100,0

Salvador 155 100,0 98,1

Santa Bárbara 1 100,0 100,0

Santa Brígida 1 100,0 100,0

Santa Cruz Cabrália 2 100,0 100,0

Santa Cruz da Vitória 1 100,0 100,0

Santa Inês 1 100,0 100,0

Santaluz 3 100,0 100,0

Santa Luzia 1 100,0 100,0

Santa Maria da Vitória 2 100,0 100,0

Santana 2 100,0 100,0

Santanópolis 1 100,0 100,0

Santa Rita de Cássia 4 100,0 75,0

Santa Teresinha 1 100,0 100,0

Santo Amaro 5 80,0 80,0

Santo Antônio de Jesus 3 100,0 100,0

Santo Estêvão 3 100,0 100,0

São Desidério 2 100,0 50,0

São Domingos 2 100,0 100,0

São Félix 1 100,0 100,0

São Félix do Coribe 1 100,0 100,0

São Felipe 1 100,0 100,0

São Francisco do Conde 2 100,0 100,0

São Gabriel 1 100,0 100,0

43 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

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)

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NET

(%)

S. Gonçalo dos Campos 1 100,0 100,0

São José da Vitória 1 100,0 100,0

São José do Jacuípe 1 100,0 100,0

São Miguel das Matas 1 100,0 100,0

São Sebastião do Passé 2 100,0 50,0

Sapeaçu 3 100,0 100,0

Sátiro Dias 1 100,0 100,0

Saubara 1 100,0 100,0

Saúde 1 100,0 100,0

Seabra 5 80,0 80,0

Sebastião Laranjeiras 1 100,0 100,0

Senhor do Bonfim 10 100,0 100,0

Serra do Ramalho 1 100,0 100,0

Sento Sé 3 100,0 100,0

Serra Dourada 2 100,0 100,0

Serra Preta 2 100,0 100,0

Serrinha 8 100,0 100,0

Serrolândia 1 100,0 100,0

Simões Filho 9 100,0 100,0

Sítio do Mato 2 100,0 100,0

Sítio do Quinto 1 100,0 100,0

Sobradinho 2 100,0 100,0

Souto Soares 1 100,0 100,0

Tabocas do Brejo Velho 1 100,0 100,0

Tanhaçu 2 100,0 100,0

MUNICÍPIO

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)

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TER

NET

(%)

Tanque Novo 1 100,0 100,0

Tanquinho 1 100,0 100,0

Taperoá 1 100,0 100,0

Tapiramutá 1 100,0 100,0

Teixeira de Freitas 6 100,0 100,0

Teodoro Sampaio 1 100,0 100,0

Teofilândia 1 100,0 100,0

Teolândia 1 100,0 100,0

Terra Nova 1 100,0 100,0

Tremedal 1 100,0 100,0

Tucano 4 100,0 100,0

Uauá 7 100,0 100,0

Ubaíra 2 100,0 100,0

Ubaitaba 1 100,0 100,0

Ubatã 1 100,0 100,0

Uibaí 1 100,0 100,0

Umburanas 1 100,0 100,0

Una 2 100,0 100,0

Urandi 1 100,0 100,0

Uruçuca 2 100,0 100,0

Utinga 1 100,0 100,0

Valença 7 100,0 57,1

Valente 3 100,0 100,0

Várzea da Roça 1 100,0 100,0

Várzea do Poço 1 100,0 100,0

44 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

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NET

(%)

Várzea Nova 1 100,0 100,0

Varzedo 1 100,0 100,0

Vera Cruz 3 66,7 66,7

Vereda 2 100,0 100,0

Vitória da Conquista 21 95,2 85,7

MUNICÍPIO

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TER

NET

(%)

Wagner 2 100,0 100,0

Wanderley 1 100,0 100,0

Wenceslau Guimarães 1 100,0 100,0

Xique-Xique 2 100,0 100,0

Com o objetivo de identificar a presença das escolas públicas de Ensino Médio da Bahia nas mídias sociais, foi realizada uma pesquisa – a partir do código INEP das escolas de toda rede estadual – nos seguintes canais: Facebook, Twitter, Blogspot e Youtube. Na sequência, cada perfil identificado na busca Google foi analisado, com o objetivo de verificar quais escolas do estado mantinham páginas atualizadas ao menos uma vez desde o início de 2015. Entre as 1.021 escolas públicas, foram localizados 235 perfis (23,02%) em redes sociais. Os resultados apontam a maior utilização do Facebook pelas escolas, como indica o Gráfico 10.

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

45 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

É possível observar a distribuição geográfica das escolas por uso das mídias sociais no mapa com link https://goo.gl/Rs92mh.

GRÁFICO 10 | Perfis escolares por rede social

FONTE: Instituto Unibanco/2016

BAHIA

BRASIL

2,72,8

3,1 3,0

2,82,93,0

3,2

3,4 3,4 3,43,5

2005 2007 2009 2011 2013 2015

2,7

2,8

3,1 3,0

2,8

2,9

2,7

2,8

3,1 3,0 3,0

3,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

BAHIA

BRASIL

237,1

246,0

261,5 249,8

232,7

244,4248,7

253,5

261,9 261,1

256,3

260,6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

237,1

246,0

261,5249,8

232,7

244,4

237,1 241,5

252,3

248,1 241,6

249,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

255,3 256,1

262,7

251,5

239,2

244,9

260,0262,9

265,5 264,9

260,7

259,7

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

BRASIL

255,3256,1

262,7

251,5

239,2

244,9247,5

250,1

253,6

248,8246,2

250,2

2005 2007 2009 2011 2013 2015

BAHIA

NORDESTE

2º ANO

1º ANO

3º ANO

TOTAL

49,5

43,542,5

45,5

BAHIA

BRASIL

51,9 51,048,8 46,9 45,5

36,5 34,8 33,0 31,6 30,6

2011 2012 2013 2014 2015

51,9 51,048,8 46,9 45,5

48,2 46,043,4 41,9 40,3

2011 2012 2013 2014 2015

NORDESTE

BAHIA

69,8%FACEBOOK

34,9%BLOG

5,5%SITE INSTITUCIONAL

5,1%YOUTUBE

0%TWITTER

46 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

Situação das Escolas

Nessa seção, iremos analisar a situação das escolas de Ensino Médio regular do estado da Bahia, no que diz respeito ao lo-cal de funcionamento, à infraestrutura e aos serviços públi-cos, a partir de dados do Censo Escolar 2015.

Na Bahia, os prédios onde as escolas funcionam são majori-tariamente (99,6%) destinados a essa função, com pouca divi-são do espaço físico com outra escola, caso de apenas 1% das unidades escolares, conforme apontam os dados da Tabela 20. As que desenvolvem suas atividades em galpões represen-tam 0,1%. No estado da Bahia, não há escolas de Ensino Mé-dio regular ocupando templos religiosos, salas de empresa, unidades prisionais e nem na casa do professor.

TABELA 20 | Local de Funcionamento das Escolas de Ensino Médio Regular

LOCAL (%)

Funciona em templo ou igreja 0,0

Funciona em galpão 0,1

Funciona em salas de empresa 0,0

Funciona em unidade de internação socioeducativa 0,0

Funciona em unidade prisional 0,0

Funciona na casa do professor 0,0

Funciona em prédio compartilhado com outra escola 1,0

Funciona em prédio escolar 99,6

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO DA

BAHIA

99,6%funcionam em prédios escolares

47 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

A infraestrutura é um aspecto muito importante para o bom funcionamento de uma unidade escolar. Quando adequada às necessidades da comunidade escolar, ela é capaz de pro-duzir efeitos que interferem diretamente no desempenho dos alunos, pois facilita os processos de aprendizagem, amplia oportunidades educativas, ajuda a dinamizar atividades e oferece um ambiente seguro e acolhedor. No caso da Bahia a Tabela 21 mostra que quase todas as escolas (96%) possuem banheiro. Esse percentual cai um pouco quando tratamos da existência de laboratórios de informática (88,7%) e da pre-sença de sala dos professores (88,5%). Bibliotecas e quadras de esporte são uma realidade para menos de 70% das escolas de Ensino Médio baianas. Banheiros adaptados às necessida-des das pessoas com deficiência estão presentes em menos da metade das escolas (46,7%) e apenas 33,4% das escolas pos-suem laboratório de ciências.

TABELA 21 | Infraestrutura das Escolas Ensino Médio Regular

INFRAESTRUTURA (%)

Possui biblioteca 66,7

Possui laboratório de informática 88,7

Possui banheiro ou sanitário 96,0

Banheiro adequado a alunos com deficiência 46,7

Possui laboratório de ciências 33,4

Possui quadra de esportes 63,1

Possui sala de professores 88,5

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

Os serviços públicos essenciais mais presentes nas escolas da Bahia são o abastecimento público de energia elétrica (99,8%), a coleta regular de lixo (97,2%) e o abastecimento público de água (96,4%). O esgotamento sanitário ligado à rede pública é uma realidade para menos de 70% das escolas baianas.

48 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

A maioria das escolas baianas oferece turno noturno (94,2%) e menos de 10% disponibilizam ensino profissionalizante.

TABELA 22 | Serviços Públicos nas Escolas de Ensino Médio Regular

SERVIÇOS PÚLICOS (%)

Possui abastecimento de água pela rede pública 96,4

Possui esgotamento sanitário ligado a rede pública 65,1

Possui lixo coletado periodicamente 97,2

Possui abastecimento de energia elétrica pela rede pública 99,8

FONTE: Censo Escolar 2015Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

TABELA 23 | Turno das Escolas de Ensino Médio Regular

ESCOLAS QUE OFERECEM MATRÍCULA NO NOTURNO OFERECEM ENSINO PROFISSIONALIZANTE

94,2% 7,5%

FONTE: Censo 2015Elaboração Instituto Unibanco – Gerência de Gestão do Conhecimento

49 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

POLÍTICAS EDUCACIONAIS

DO ESTADO

Em pesquisa realizada nas páginas institucionais da Secreta-ria da Educação da Bahia, no ano de 2016, foram identificados 16 Programas e Projetos educacionais. Nesse documento, eles se encontram classificados11 da seguinte forma: de competên-cia federal (desenvolvidas pelo MEC12 ou em parceria com o referido Ministério); de competência exclusiva da Secretaria de Estado da Educação (SEC) ou em parceria com outro órgão governamental; e fruto de parcerias com outras entidades.

Dentre os programas de competência federal (desenvolvidos pelo MEC ou em parceria com o referido Ministério) foram identificadas 03 iniciativas: Parlamento Juvenil do Mercosul; Caminhos do Mercosul; Hora do Enem.

Os programas e projetos desenvolvidos exclusivamente pela Secretaria de Educação do Estado somam 08 iniciativas: Polí-tica Estadual de Formação e Desenvolvimento dos Professores da Educação Básica; Feira de Empreendedorismo, Ciência e Inovação da Bahia; Mídias Educacionais; Núcleo de Inovação; TV Anísio Teixeira; Jogos Estudantis; Ciência na Escola; Con-gresso Baiano de Inovação e Tecnologia na Educação.

Foram levantados também 04 Programas desenvolvidos pela Secretaria de Educação em parceria com outro órgão gover-namental: Parlamento Jovem Brasileiro; Programa Jovem Senador; Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia; Missão Pedagógica no Parlamento.

No que tange à parceria com outras entidades foi identificado o Programa Educar para Transformar.

11 A classificação adotada neste documento não é definitiva, sendo possível identificar os programas e projetos a partir de outras perspectivas.

12 O MEC disponibiliza uma série de programas voltados à Educação Básica e à Edu-cação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. A pesquisa realizada no site da SEDUC não deixa clara sua implementação. Maiores informações sobre as ações e programas do MEC estão disponíveis em: http://portal.mec.gov.br/acoes--e-programas. Acesso em julho de 2016.

51 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

Cabe destacar que, do universo de programas e projetos iden-tificados no site institucional da Secretaria de Educação da Bahia, notou-se a presença de um número significativo de ações voltadas ao fomento da ciência e tecnologia. Ao todo, 06 iniciativas estão voltadas a temas como inovação, ciência, mí-dias e tecnologia no contexto educacional do estado da Bahia.

A seguir o quadro com os Programas/Projetos, foco de atua-ção e principais características. Cabe destacar que a clas-sificação adotada não é a única possível, podendo as ações apresentadas serem classificadas em outras tipologias. Cabe destacar que, dentre as políticas educacionais baianas levan-tadas, não foi identificado sistema de avaliação próprio da rede estadual de ensino.

52 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

2 | Parlamento Juvenil do Mercosul

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido pelo MEC ou em parceria com o referido Ministério

Parlamento Juvenil, que funciona nos moldes do Parlamento do Mercosul, tem o objetivo de promover o diálogo entre a juventude dos países integrantes e incentivar o protagonismo entre os jovens. Os eleitos são convidados para encontros promovidos pelos países-membros do parlamento e têm como função discutir temas ligados à educação, bem como elaborar propostas de interesse comum às nações da região. O projeto do Parlamento Juvenil do Mercosul, criado em 2010 pelo setor educacional do Mercosul, tem o apoio do Ministério da Educação (MEC) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Além do Brasil, estudantes da Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Chile e Venezuela participam do Parlamento Juvenil do Mercosul. A composição do parlamento juvenil é renovada a cada dois anos. Na seleção dos alunos, as secretarias estaduais de educação devem observar uma série de critérios, entre eles, assegurar o equilíbrio da representação de meninos e meninas, ter bom desempenho escolar, liderança e algum tipo de experiência de participação social.

FOCO DE ATUAÇÃO

Ações de Integração

1 | Parlamento Jovem Brasileiro – PJB

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido em parceria com outros órgãos governamentais

O Parlamento Jovem Brasileiro tem por objetivo possibilitar aos alunos de escolas públicas e particulares a vivência do processo democrático, mediante participação em uma jornada parlamentar na Câmara dos Deputados. Os deputados jovens são pré-selecionados pelas Secretarias de Educação dos respectivos estados, por meio da apresentação de um projeto de lei. O projeto de lei deverá ser apresentado nas escolas, em conjunto com a ficha de inscrição e documentação requerida, e deverá versar sobre temas nas seguintes áreas: Agricultura e Meio Ambiente; Saúde e Segurança Pública; Economia, Emprego e Defesa do Consumidor; Educação, Cultura, Esporte e Turismo. Os estudantes devem ter entre 16 e 22 anos e estar matriculados e frequentando regularmente o 2º ou 3º ano do Ensino Médio em escolas públicas ou particulares.

FOCO DE ATUAÇÃO

Ações de Integração

53 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

4 | Caminhos do Mercosul

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido pelo MEC ou em parceria com o referido Ministério

O concurso histórico-literário é uma parceria do MEC com o setor educacional do Mercosul. O objetivo é promover e discutir os temas relacionados à integração regional a fim de proporcionar um espaço de participação estudantil nos diversos campos da cultura e do saber, orientar o desenvolvimento de atividades culturais, pedagógicas e recreativas; estimular a produção intelectual sobre a região e o processo de integração, apresentar os distintos conhecimentos através de produções escritas, fortalecendo os laços de reciprocidade e solidariedade entre os/as estudantes da região, respeitando a diversidade cultural. Para participar o/a estudante deve cursar o Ensino Médio nos países membros e associados do Mercosul, ser nascido exclusivamente nos anos de 1998 a 2000 (ter entre 15 e 17 anos) e ter boa atuação escolar reconhecida pela instituição de ensino (assistência, conduta e rendimento).

FOCO DE ATUAÇÃO

Ações de Integração

3 | Programa Jovem Senador

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido em parceria com outros órgãos governamentais

O programa Senado Jovem Brasileiro foi criado em 2010 com o objetivo de proporcionar aos estudantes conhecimento acerca da estrutura e do funcionamento do poder legislativo brasileiro, bem como estimular um relacionamento permanente dos jovens cidadãos com o Senado Federal.FOCO DE ATUAÇÃO

Ações de Integração

54 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

6 | Missão Pedagógica no Parlamento

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido em parceria com outros órgãos governamentais

Missão Pedagógica no Parlamento é uma iniciativa da Câmara dos Deputados que tem como objetivo oferecer aos educadores formação em educação para democracia. Esse foi o primeiro programa destinado a professores da rede pública realizado pelo Legislativo no âmbito federal e em 2016 está indo para sua 6ª edição. O programa busca a construção de uma rede nacional de educadores sensibilizados para a importância da inserção da educação para a democracia nas práticas pedagógicas das escolas.Para participar do programa os interessados devem se inscrever no processo seletivo, que consiste na participação no curso a distância “Educação para Democracia e o Parlamento”. São disponibilizadas 216 vagas preenchidas por sorteio eletrônico, sendo oito por unidade da federação. Os 54 participantes com melhor desempenho no curso, observada a distribuição de duas vagas por estado, são convocados para participar do Missão Pedagógica no Parlamento. Os convocados participam de uma intensa semana de formação em Brasília e de um módulo de elaboração de projetos à distância, nos quais aprendem e socializam saberes e práticas para fazer da escola um espaço privilegiado para a vivência de experiências e valores democráticos e para o fortalecimento da cidadania. Além disso, conhecem de perto a Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo. As despesas para participação no encontro em Brasília são custeadas pela Câmara dos Deputados.Para participar do processo seletivo, dentre outros requisitos, o interessado deve atuar nos Ensinos Fundamental e/ou Médio em escola pública como professor regente, coordenador ou orientador pedagógico e ter interesse em trabalhar temas como democracia, cidadania, política e/ou Poder Legislativo com os alunos.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

5 | Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido em parceria com outros órgãos governamentais

OO Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) direcionada a estudantes, pesquisadores e equipes dos países membros e associados. São cinco categorias de premiação, uma delas é a Iniciação Científica para alunos de Ensino Médio e Técnico, incluindo educação de jovens e adultos (EJA) com até 21 anos. O tema do concurso é “Inovação e empreendedorismo” e deve ser abordado dentro de uma das linhas do edital: inovação tecnológica; gestão da inovação, que compreende processos, serviços, estratégias e recursos envolvidos; modelos e propostas de ambiente gerador de ideias, no âmbito de empresas ou instituições envolvidas com inovação tecnológica; ferramentas e treinamentos facilitadores da criação e da manutenção de uma cultura empreendedora.

FOCO DE ATUAÇÃO

Prêmios e Concursos

55 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

9 | Mídias Educacionais

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido exclusivamente pela Secretaria de Educação

A oferta de um ambiente educacional digital acessível, através do site da Secretaria de Educação, com conteúdos digitais ou sites temáticos para alunos e professores. Dentre as ferramentas acessíveis, o EMITEC (Ensino Médio com Intermediação Tecnológica) é uma oferta estruturante da SEC que faz uso de uma rede de serviços de comunicação multimídia que integra dados, voz e imagem, se constituindo em uma alternativa pedagógica para atender a jovens e adultos que, prioritariamente, moram em localidades distantes (ou de difícil acesso) em relação a centros de ensino e aprendizagem onde não há oferta do Ensino Médio, além de atender a localidades que tenham deficiência em profissionais com formação específica em determinadas áreas de ensino.

FOCO DE ATUAÇÃO

Recursos Didáticos e Tecnologia

8 | Feira de Empreendedorismo, Ciência e Inovação da Bahia (FECIBA)

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido exclusivamente pela Secretaria de Educação

A feira visa promover o protagonismo estudantil, dinamizando o ambiente escolar a partir do estudo das Ciências em sala de aula.

FOCO DE ATUAÇÃO

Currículo e Trabalho PedagógicoRecursos didáticos e Tecnologia

7 | Política Estadual de Formação e Desenvolvimento dos Profissionais da Educação Básica

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido exclusivamente pela Secretaria de Educação

A proposta, que está sendo construída pelo instituto Anísio Teixeira (IAT), em articulação com a Superintendência de Políticas para a Educação Básica (Suped), tem como desafio cumprir os planos nacional e estadual de educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e o decreto Nº 8.752, que trata da Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica, garantindo a melhoria da qualidade da Educação Básica. A Política Estadual de Formação e Desenvolvimento dos Profissionais da Educação Básica se desdobra em três programas; o de Formação e Desenvolvimento dos Profissionais da Educação; de Tecnologias e Mídias Educacionais e de Pesquisas Inovações Pedagógicas.

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

56 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

11 | Núcleo de Inovação – NIAVA

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido exclusivamente pela Secretaria de Educação

É um ambiente virtual de aprendizagem desenvolvido pelo Instituto Anísio Teixeira. Nele é possível acessar a Comunidade de Prática do PCE (Programa Ciência na Escola), o Curso de Formação de Autores e Mediadores da EaD, a Comunidade de prática do Programa Gestar na Escola e a Comunidade prática da Universidade Aberta do Brasil (UAB). O objetivo é a valorização dos profissionais da educação e a promoção de cursos de formação inicial e continuada, com vista a atingir as metas estabelecidas no Plano Estadual de Educação (PEE).

FOCO DE ATUAÇÃO

Formação

10 | Hora do Enem

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido pelo MEC ou em parceria com o referido Ministério

O Hora do Enem é um projeto para os estudantes que irão realizar o Exame Nacional. Através de ambiente virtual é possível acessar diferentes conteúdos e formatos com conteúdo para as provas.

FOCO DE ATUAÇÃO

Currículo e Trabalho Pedagógico

12 | TV Anísio Teixeira

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido exclusivamente pela Secretaria de Educação

A TV Anísio Teixeira apresenta o Programa Intervalo, uma produção inspirada no intervalo escolar, realizada e protagonizada por professores e estudantes das escolas públicas baianas. O Programa evidencia a riqueza artística, cultural e científica da comunidade escolar baiana, dando destaque às experiências exitosas de escolas, estudantes e professores da rede pública que fazem a diferença na educação.

FOCO DE ATUAÇÃO

Recursos Didáticos e Tecnologia

57 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

14 | Ciência na Escola*

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido exclusivamente pela Secretaria de Educação

O Programa Ciência na Escola é uma ação estruturante da Secretaria da Educação, por meio do Instituto Anísio Teixeira, que visa fortalecer o processo de educação científica para professores e estudantes da Educação Básica, em especial do Ensino Fundamental II e Ensino Médio.

FOCO DE ATUAÇÃO

Recursos Didáticos e TecnologiaCurrículo e Trabalho Pedagógico

*A iniciativa será apresentada de forma mais abrangente na seção 5 (Experiências Curriculares) desta pesquisa.

13 | Jogos Estudantis

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido exclusivamente pela Secretaria de Educação

Parte integrante dos Projetos Estruturantes da Secretaria de Educação, os Jogos Estudantis da Rede Pública (Jerp) envolvem, anualmente, estudantes e professores de escolas das redes públicas federais, estaduais e municipais de quase todos os municípios baianos.Na perspectiva de consolidar a identidade dos Jogos Estudantis da Rede Pública da Bahia ao Sistema Educacional, em consonância com as orientações pedagógicas da Secretaria da Educação, a sua proposta estabelece nexos com os princípios do movimento Educar para Transformar: um Pacto pela Educação ao valorizar a corporalidade, o lúdico, os esportes, enfim, a cultura corporal na formação humana, como constituinte de uma Educação com qualidade.A proposta dos Jogos fundamenta-se em pressupostos considerados de relevância para a concepção do trato da cultura corporal e do esporte escolar na Educação Básica, a saber: participação, diversidade, ética, cooperação, regionalismo e emancipação.

FOCO DE ATUAÇÃO

Currículo e Trabalho Pedagógico

58 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

16 | Educar para Transformar

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido em parceria com outras entidades

É um pacto para a construção de uma rede de parcerias para melhorar a educação na Bahia. Tem como metas: a alfabetização de todas as crianças até 8 anos de idade; a inserção e permanência de todas as crianças e jovens na escola, com desempenho adequado à sua série e com sucesso na trajetória escolar. A iniciativa, lançada pelo governo do estado em 2015, conta com a participação de diversos setores da sociedade como: prefeitos, educadores, estudantes, gestores e servidores, além de instituições públicas e privadas, universidades, empresas, organizações sociais, e principalmente, as famílias. O Educar para Transformar tem como eixos: I- Colaboração entre estado e municípios; II- Fortalecimento da Educação Básica na rede estadual; III- Educação Profissional; IV- Parceiros da escola; V- Integração família-escola.

FOCO DE ATUAÇÃO

Recursos Didáticos e TecnologiaCurrículo e Trabalho Pedagógico

15 | Congresso Baiano de Inovação e Tecnologia na Educação – Inovatec

ÓRGÃO RESPONSÁVEL RESUMO

Desenvolvido exclusivamente pela Secretaria de Educação

2016 foi o ano da 1ª edição do Inovatec. Promovido pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT), o evento teve mesas redondas, palestras temáticas e compartilhamento de experiências com o uso das tecnologias em sala de aula. O congresso reuniu outras três atividades já realizadas pelo Instituto Anísio Teixeira; o II Simpósio de Inovação em EaD, o I Seminário de Intermediação Tecnológica do Emitec e o III Seminário de Educação e Tecnologia da Rede Anísio Teixeira. O objetivo dos organizadores é fomentar o debate sobre inovações e tecnologias nas práticas pedagógicas, na intermediação tecnológica, produção e apropriação de mídias e tecnologias educacionais e formação de professores, além de proporcionar a socialização de pesquisas científicas na área e relatos de experiências.

FOCO DE ATUAÇÃO

Recursos Didáticos e TecnologiaCurrículo e Trabalho Pedagógico

59 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

Plano Nacional de Educação x Plano Estadual da Bahia

A partir da leitura do Plano Nacional de Educação, foram selecionadas algumas metas relacionadas às linhas de atua-ção do IU para, em seguida, realizar uma comparação entre as estratégias e propostas nacionais e os planos dos estados. Foram analisadas, portanto, as metas 7 e 19 que tratam da questão da gestão escolar; a meta 3 que se refere ao Ensino Médio; as metas 8, 11, 12 e 14 que abordam as questões de gênero e das relações étnico-raciais; e, por fim, as metas 15 e 16, voltadas para a formação de professores. São destacadas abaixo algumas observações em relação ao Plano Estadual de Educação da Bahia (PEE-BA)13.

As metas do PEE-BA e suas estratégias estão em consonância com as do Plano Nacional de Educação (2010-2020). Dentre as diretrizes do Plano Estadual de Educação da Bahia estão: a erradicação do analfabetismo; a universalização do atendi-mento escolar; a superação das desigualdades educacionais, com ênfase no desenvolvimento integral do sujeito, na pro-moção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; a melhoria da qualidade da educação; a for-mação para o desenvolvimento integral do sujeito, para a cidadania e para o trabalho, com ênfase nos valores morais e éticos nos quais se fundamenta a sociedade; a promoção do princípio da gestão democrática da educação no estado; a promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do estado; a valorização dos profissionais da educação; a pro-moção dos princípios do respeito aos Direitos Humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

13 Disponível em http://institucional.educacao.ba.gov.br/plano-estadual-de-educa-cao-0. Acesso em novembro de 2016.

60 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

Gestão Escolar

A meta 7 do PEE-BA trata do fomento à qualidade da Educa-ção Básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a aumentar o Ideb. Em suas 15 estratégias, a meta do PEE-BA prevê a ado-ção de uma base curricular que leve em conta a diversidade regional; considera a importância da auto avaliação das es-colas para orientação do planejamento estratégico; e ressalta a garantia, nos currículos escolares, de conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira e indígena. Contudo, os temas ligados à orientação das políticas de rede (como forma de atingimento das metas do Ideb), ao estabelecimento de pa-râmetros mínimos dos serviços da Educação Básica e à forma-ção do pessoal técnico das secretarias não foram identificados especificamente no PEE-BA.

A meta 19 do plano estadual trata de todos os pontos de inte-resse do IU relativos à implementação da gestão democrática nas escolas públicas.

Ensino Médio

A Meta 3 do PNE está expressa na também meta 3 do PEE-BA, que é composta por 23 estratégias voltadas à universalização do atendimento à população de 15 a 17 anos. Nela, todos os pontos de atenção do IU foram contemplados. Contudo, cabe ressaltar que a meta do Plano Estadual Baiano é bastante completa e insere estratégias muito pertinentes ao tema tra-tado. Sobre as ações relativas ao combate às formas de pre-conceito e discriminação, o PEE-BA prevê também: estruturar políticas de proteção ao estudante contra formas de exclusão, como medida de prevenção do abandono escolar, motiva-das por preconceito ou quaisquer formas de discriminação; e fomentar o desenvolvimento de programas de formação de professores da Educação Básica, em todas as suas etapas, níveis e modalidades, que contribuam para uma cultura de

61 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

respeito aos Direitos Humanos, visando o enfrentamento do racismo e de outras formas de discriminação e intolerância, à luz do conceito de supralegalidade presente no ordenamento jurídico brasileiro.

Além dos temas relacionados à redução das desigualdades e formas de discriminação, o documento estadual também res-salta a importância da valorização da diversidade no trata-mento didático-pedagógico, pois prevê: assegurar, por meio de normativa do Conselho Estadual de Educação, que o res-peito às diversidades seja objeto de tratamento didático-pe-dagógico transversal no desenvolvimento dos currículos das escolas de Ensino Médio. Outro importante tema considerado pelo Plano Estadual de Educação da Bahia é a articulação da Educação Superior com a Educação Básica, visando o fortale-cimento do currículo, o desenvolvimento de proficiências e a melhoria dos resultados educacionais.

Gênero e relações étnico raciais

A meta 8 do PEE-BA prevê a elevação da escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de populações do campo da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres. Prevê ainda igualar a escolaridade média entre negros e não negros. Nessa meta estão contemplados os pontos de atenção do IU.

Já a meta que trata do aumento das matrículas de Educação Profissional Técnica está assegurada na meta 11 do PEE-BA. Nela, a estratégia 11.4 prevê: reduzir as desigualdades étnico--raciais e regionais, com destaque para as peculiaridades do campo e da cidade, da cultura local e da identidade territo-rial, no acesso e permanência na Educação Profissional Téc-nica de nível médio, inclusive mediante a adoção de políticas afirmativas, na forma da lei, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino da Educação Básica.

62 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

A meta 12 do Plano Estadual de Educação da Bahia também aborda as questões étnico-raciais, desta vez, no âmbito da Educação Superior, pois inclui o fomento a programas que assegurem maior participação proporcional de grupos histo-ricamente desfavorecidos nesse nível da educação, mediante a adoção de políticas afirmativas.

Na meta 14 do PEE-BA, tal como as questões étnico-raciais, também é considerada a questão de gênero. Em sua estratégia 14.7, o documento inclui o estímulo à participação das mulhe-res nos cursos de pós-graduação stricto sensu, em particular aqueles ligados às áreas de Engenharia, Matemática, Física, Química, Informática e outros no campo das ciências em que as mulheres ainda sejam a minoria.

Formação de Professores

A meta 15 do PEE-BA prevê o estímulo à melhoria da qua-lidade dos cursos de Pedagogia e licenciaturas, por meio de discussões permanentes com as IES, de modo a consolidar a aquisição das qualificações necessárias para conduzir os di-versos processos pedagógicos que combinem formação geral e específicas, em reciprocidade com o princípio pedagógico da contextualidade, da interdisciplinaridade, da simetria invertida, da residência docente e da articulação entre for-mação acadêmica e Base Nacional Comum do currículo da Educação Básica.

63 | PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

Modelos de Gestão

Durante a pesquisa realizada, observou-se que, no estado da Bahia, o modelo de gestão democrática no âmbito da educa-ção é citado sempre em associação ao protagonismo estudan-til, ou seja, na atuação dos líderes de classe. A participação dos estudantes nos processos de gestão democrática é, sem dúvida, elemento fundamental. Por isso, a atuação dos líde-res de classe baianos será abordada no presente documento ainda nesta seção. Contudo, é importante destacar que não foram encontrados outros elementos relativos ao modelo de gestão democrática – seja nas etapas de planejamento, imple-mentação ou avaliação – e que expressam a efetiva participa-ção da comunidade escolar.

Na Bahia, os estudantes eleitos nas funções líder e vice-líder de classe devem ser os interlocutores da turma junto à co-munidade escolar, articulando e propondo melhorias para a ambiência nas escolas. A proposta faz parte do programa Educar para Transformar – um Pacto pela Educação14, que visa promover o protagonismo juvenil, fazendo com que os alunos se envolvam nas ações realizadas nas escolas e, com isso, contribuam para a gestão democrática e participativa15.

Os estudantes da rede estadual de ensino, eleitos líderes de classe, têm participado de encontros territoriais com o obje-tivo de discutir a atuação e o protagonismo nas escolas es-taduais, com vistas à gestão democrática e participativa das escolas. São funções do líder de classe: representar o interesse coletivo, identificando as necessidades da turma; elaborar um plano de trabalho que contemple as necessidades da turma relativas à melhoria do processo de ensino e aprendizagem, respeitando as legislações vigentes, os trâmites administra-

14 Disponível em http://institucional.educacao.ba.gov.br/educarparatransformar. Acesso em novembro de 2016.

15 Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/projetoliderdeclasse. Acesso em novembro de 2016.

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tivos da escola e contribuindo para a manutenção do clima escolar colaborativo; estabelecer contato permanente com os demais líderes de classe para troca de experiências e proposi-ções para melhorias do processo educativo; estimular o bom relacionamento da turma, através de diálogo; buscar a opinião consensual do grupo para representá-lo em situações decisó-rias; participar das reuniões realizadas pelos profissionais da educação da UE para as quais seja convocado(a), divulgando as informações repassadas pelos diversos segmentos da Se-cretaria da Educação do Estado; propor reuniões de interesse da classe; estimular a classe a conhecer o Regimento Escolar e refletir sobre as normas estabelecidas para respeitá-las; orien-tar os (as) colegas, encaminhando-os (as) aos setores compe-tentes para elucidar dúvidas; incentivar o desenvolvimento de comportamentos e atitudes que busquem a melhoria do rendimento da aprendizagem da classe; impulsionar debates sobre questões sociais relacionadas às diversidades, com o in-tuito de diminuir as diversas formas de preconceito na UE e na sociedade16.

16 Disponível em http://estudantes.educacao.ba.gov.br/noticias/estudantes-discu-tem-gestao-em-encontro-de-lideres-de-classe. Acesso em novembro de 2016.

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Experiências Curriculares

Ciência na Escola

O Programa Ciência na Escola17 é uma ação estruturante que integra o conjunto de políticas educacionais do estado da Bahia. Desenvolvido pelo Instituto Anísio Teixeira, órgão em regime especial de administração direta da Secretaria da Edu-cação da Bahia, o programa visa fortalecer o processo de edu-cação científica para professores e estudantes da Educação Básica, sobretudo do Ensino Fundamental II e Ensino Médio.

O objetivo do programa é favorecer a construção de uma es-cola produtora de conhecimento, levando em consideração a realidade ambiental da Bahia e que também priorize a consoli-dação dos saberes das ciências naturais e do saber cartográfico, com base na história e na cultura do estado. Ele está dividido em duas frentes: a formação do professor (que poderá aprimo-rar sua prática cotidiana em prol da educação científica) e o fomento à construção de projetos de investigação (conduzidos pelos estudantes, sob orientação de seus professores).

Com a ajuda de uma tecnologia educacional própria, voltada à formação de estudantes críticos, criativos e autônomos, o Ciência na Escola visa à promoção da educação científica para docentes e estudantes e, para tanto, conta com diferentes ações para a concretização de sua missão. Dentre as ações que compõem o programa estão: a Feira de Ciências da Bahia e a Feira Baiana de Matemática.

A Feira Baiana de Matemática18 reúne projetos estudantis es-colhidos nas feiras escolares e socializa as experiências cien-tíficas vividas por estudantes e professores, no ensino da

17 Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/ciencianaescola1. Acesso em no-vembro de 2016.

18 Disponível em http://estudantes.educacao.ba.gov.br/noticias/conheca-os-proje-tos-selecionados-para-11%C2%AA-feira-de-matematica. Acesso em novembro de 2016.

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Matemática e na sua relação com outras disciplinas e conhe-cimentos. Em 2016, a feira chegou a sua 11ª edição e expôs temas interessantes desenvolvidos pelos alunos da rede es-tadual, selecionados para a mostra. Alguns dos temas apre-sentados foram: cordelizando as aulas de Matemática; um estudo matemático no artesanato do fuxico; a Matemática na culinária e o uso da Matemática no aproveitamento e reapro-veitamento da água.

A Feira de Empreendedorismo, Ciência e Inovação da Bahia (Feciba), idealizada em 2010 pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT), tem como objetivo estimular a relação ensino-apren-dizagem e fomentar o protagonismo dos estudantes na construção do seu conhecimento. A base desse projeto está estruturada na pesquisa como ferramenta de integração dos componentes curriculares capaz de promover o estudo inter-disciplinar e lúdico. A iniciativa da feira se insere na política pública estadual de educação de valorização do estudante, que deve ser “um sujeito portador do direito à educação cien-tífica, a ter acesso ao patrimônio da humanidade nas artes, nas ciências e na cultura, a ter um aprendizado significativo, que o insira no mundo contemporâneo, científico e tecnoló-gico, que não permite mais os analfabetos funcionais e anal-fabetos científicos, e que abre possibilidade de cidadania e de trabalho a quem justamente detém esse conhecimento e esse 'saber fazer' ciência”.19

Dessa forma, a feira é mais do que um espaço de exposição científica. Ela representa uma valiosa oportunidade de troca e intercâmbio cultural entre as escolas. Além da competição entre as experiências apresentadas pelos estudantes e orien-tadas pelos docentes, a estratégia do ensino deve se pautar na cooperação, elemento primordial para fortalecimento de uma rede de pesquisadores juniores e seus orientadores.

19 Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/feciba1. Acesso em novembro de 2016.

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Para a Secretaria de Educação, a Feira de Ciências da Bahia não representa um mero evento. Ela visa ao fortalecimento de uma política pública de transformação do currículo das escolas estaduais e uma política pública de formação de pro-fessores, pautada na valorização dos docentes que devem ter garantido o direito de acesso à formação, à atualização e ao protagonismo nas decisões pedagógicas em suas escolas.

Centros Juvenis de Ciência e Cultura (CJCC)

Os Centros juvenis de Ciência e Cultura20 são uma iniciativa da Secretaria de Educação do Estado da Bahia que visam à ampliação da jornada escolar e à diversificação do currículo dos estudantes. O projeto é voltado aos estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio.

Nos Centros, as atividades são feitas de forma lúdica e intera-tiva. Seu objetivo é cumprir um papel de extensão em relação à educação formal, ampliando o acesso de estudantes baianos às temáticas culturais e científicas modernas. A perspectiva é consolidar a capacidade cognitiva de fazer nexos interdiscipli-nares, reforçando a compreensão de fatos culturais, artísticos e tecnológicos da humanidade, além de avanços e conquistas científicas. Importante destacar que, durante a pesquisa reali-zada, não foram encontradas informações a respeito da ado-ção do modelo de horário integral ou de educação integral no estado da Bahia. Contudo, as experiências adquiridas nas duas unidades do CJCC no estado – unidades de Salvador e do Senhor do Bonfim – podem sugerir algo semelhante.

20 Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/centrosjuveniscc. Acesso em no-vembro de 2016.

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Educação corporal, artística e cultural

Desde 2008, a Secretaria da Educação da Bahia vem desen-volvendo uma iniciativa no campo de políticas culturais com a juventude estudantil, ao entender a arte e a cultura como componentes essenciais à matriz do conhecimento na Edu-cação Básica das escolas da rede estadual. Por isso, vêm sendo desenvolvidas experiências que possibilitam as ino-vações nos métodos educativos e constroem novas formas de aprendizagens.

Ao todo são 8 os projetos de arte e cultura: Encante, EPA, AVE, TAL, Feste, Dance, Face, Prove. Além da área cultural, a Secretaria de Educação também promove o desenvolvimento corporal através dos Jogos Estudantis na Rede Pública (Jerp).

O Projeto Encante21 propõe a implantação do Canto Coral nos contextos escolares da rede estadual de ensino, a fim de desenvolver atividades de iniciação à percepção musical, técnica vocal e dicção, para exercitar a experiência musical, vocal, bem como promover a realização do encontro de co-rais, fazendo jus ao próprio nome. O Encante vem atender a Lei nº 11.769/2008, que altera a Lei de Diretrizes e Bases (nº 9.394/96) e institui o ensino de Música na Educação Básica, que tem um caráter obrigatório, com vistas à diversificação do currículo a partir das características específicas, para es-timular a produção de saberes artísticos e musicais, a musi-calidade brasileira, em especial, e, assim, valorizar as raízes populares de nossa cultura.

O projeto Educação Patrimonial e Artística (EPA)22 promove o desenvolvimento de ações essenciais para o exercício do di-reito à cultura, para a defesa dos valores históricos e artísticos, com vistas à formação de uma nova mentalidade cultural e

21 Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/encante. Acesso em novembro de 2016.

22 Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/epa. Acesso em novembro de 2016.

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ao estímulo das práticas culturais de identificação, reconheci-mento e preservação do patrimônio cultural baiano; contribui para avivar o debate sobre as questões patrimoniais e incre-mentar as práticas culturais no campo da história, da arte, da juventude e do patrimônio, com vistas à preservação da me-mória cultural e à democratização dos saberes e dos espaços históricos, assim como à apropriação da história e da cultura.

Para a sua realização, foram desenvolvidas as seguintes estra-tégias: 1) sensibilização dos professores, diretores e estudan-tes das escolas; 2) aventuras patrimoniais e a construção de um álbum com os diagnósticos e os olhares fotográficos dos estudantes sobre o patrimônio baiano, para a criação de regis-tros escolares e exposições dessas aventuras patrimoniais nas escolas e nas Diretorias Regionais de Educação; 3) Apresenta-ção das aventuras patrimoniais do EPA estadual no encontro estudantil de ciência, arte e cultural.

O Artes Visuais Estudantis (AVE)23 é um projeto de caráter educativo, artístico e cultural, que envolve os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio e equivalentes (Educação de Jovens e Adultos (EJA), Ensino Normal e Tecnológico) da rede estadual de educação da Bahia; assim como os professores de Língua Portuguesa, Arte e disciplinas afins, os coordenadores pedagógicos, os direto-res das escolas e das Diretorias Regionais de Educação (Direc) e técnicos da Secretaria de Educação do Estado da Bahia.

Dentre os objetivos, o AVE propõe estimular a criação de obras de artes visuais nos contextos escolares, assim como a valorização das expressões culturais regionais; estimular o processo de embelezamento e estetização da escola e da vida; promover exposições dessas obras de arte estudantis nos contextos escolares; estimular a produção artística, bus-cando compreender a obra de arte como objeto de amplia-

23 Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/ave. Acesso em novembro de 2016

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ção do conhecimento, assim como instrumento de mudanças; além de interagir com outras culturas. Para a sua execução são desenvolvidos os seguintes passos: 1) sensibilização dos professores, diretores e estudantes das escolas; 2) criação de obras de arte privilegiando as diversas expressões das artes visuais e as distintas manifestações socioespaciais e culturais; 3) exposições escolares, regionais e a estadual; 5) confecção do Catálogo Estudantil.

O Projeto Tempos de Arte Literária (TAL)24, de natureza edu-cativa, artístico-literária e cultural, conta com a participação dos estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio e equivalentes (Educação de Jovens e Adul-tos (EJA), Ensino Normal e Tecnológico). Dentre os objetivos, destacam-se os seguintes: estimular a produção literária nos ambientes escolares e a valorização das manifestações cultu-rais regionais; contribuir para a formação da intelectualidade e espiritualidade (ético e artístico) e, com isso, abrir caminhos literários para a participação social; compreender a arte literá-ria como objeto de ampliação do conhecimento, do saber e do prazer estético; promover um ambiente educacional praze-roso no qual a cultura, a arte literária e a educação se expres-sem em sintonia, contribuindo para transformar os contextos escolares; estimular o gosto pela leitura e literatura, a arte de ler, de interpretar e de escrever, respeitando os distintos gê-neros e estilos das distintas escolas literárias; construir pon-tos de encontro e rodas literárias nos ambientes escolares com vistas à consolidação do letramento; influir sobre o mercado da arte literária, estimulando os novos cultores e produtores.

Uma das experiências exitosa e fruto do TAL é a Poética Es-tudantil (PE) que tem revelado as múltiplas faces e os traços da diversidade sociocultural e literária da Bahia, ao refletirem sobre o mundo, o Brasil, a Bahia, o sertão e a vida cotidiana, com toda a sua grandeza.

24 Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/tal. Acesso em novembro de 2016

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O projeto Festival Estudantil de Teatro (Feste)25 tem como ob-jetivo incrementar as práticas artísticas e culturais nos campos da história, da arte, do patrimônio, da juventude e da demo-cratização desses saberes, com vistas ao desenvolvimento das Artes Cênicas nos contextos escolares. Assim como acontece com as outras formas de apreensão de saberes, o teatro, como área de conhecimento, com suas teorias, conceitos e sentidos distintos, expressa, através da dramaturgia, a pluralidade cultural das sociedades.

O Dance26 é um projeto que desenvolve atividades de dança realizado nos encontros estudantis produzidos pelas escolas nas distintas fases. A 1ª Mostra de Dança Estudantil tem como principal objetivo a valorização da dança nas escolas esta-duais, por ser essa uma antiga reivindicação dos estudantes e educadores que, historicamente vêm tentando promover, através da dança, a criatividade na experiência coreográfica.

O Festival Anual da Canção Estudantil (Face)27 é um projeto que possui natureza educativa, artística e cultural e promove o desenvolvimento das diversas expressões da arte (literária e musical) no currículo escolar, como orienta a Lei de Dire-trizes e Bases (Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996) e, mais recentemente, a Lei 11.769/2008 que institui o Ensino de Música nas escolas. O objetivo da iniciativa é explorar o po-tencial educativo através da música, estimulando a musicali-dade no ambiente escolar e a valorização das manifestações culturais regionais.

25 Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/feste. Acesso em novembro de 2016.

26 Não foi possível compreender como o Dance se encaixa no currículo baiano. Con-tudo, como é um dos projetos que compõem o eixo de Educação Corporal, Artís-tica e Cultural, optamos por mantê-lo neste documento como parte das experi-ências curriculares do estado da Bahia. Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/dance. Acesso em novembro de 2016.

27 Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/face. Acesso em novembro de 2016.

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O Face desenvolve-se em 3 fases: a criação musical e a realiza-ção de mini festivais escolares; os festivais regionais das Direc (Diretorias Regionais de Educação); o festival estadual da Se-cretaria da Educação, na cidade de Salvador. A produção mu-sical é sistematizada sob a forma de Cancioneiro Estudantil, de CD e DVD com as canções estudantis.

O projeto Produções Visuais Estudantis (Prove)28 tem como ob-jetivo desenvolver o potencial educativo e artístico, por meio da experiência fílmica, a criação de roteiros e de vídeos para a produção, diversificação e socialização de saberes. Seu públi-co-alvo são os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio e equivalentes (Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Profissional e Ensino Normal).

Tal como os demais projetos culturais, o Prove ocorre em 3 fases eliminatórias: a produção fílmica e a realização das mos-tras de vídeos escolares; as mostras de vídeos nos Núcleos Regionais de Educação (NRE); a mostra estadual de vídeos estudantis realizada pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia.

28 Disponível em http://escolas.educacao.ba.gov.br/prove. Acesso em novembro de 2016.

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CONSIDERAÇÕESFINAIS

O estado da Bahia possui perfil etário e distribuição por sexo próximos às médias do Brasil. Em outras características so-cioeconômicas foram verificadas algumas diferenças: em re-lação à expectativa de vida, vive-se menos na Bahia do que no país (71,9 e 73,9, respectivamente); em termos de raça/cor, há proporcionalmente mais negros no estado da Bahia (73,8%) do que no Brasil (53,6%); a população urbana do es-tado (75,1%) é inferior à do país (85,1%); e há um maior per-centual de pessoas vivendo em situação de pobreza e extrema pobreza do que no Brasil (respectivamente 24,1% e 9,9% no estado e 15,2% e 6,6% no país).

Diversos jovens baianos de 15 a 17 anos já possuem sérias responsabilidades: 2,5% são responsáveis pelo domicílio em que vivem, 22,4% já trabalham, 6,9% das meninas possuem filhos e, apesar da obrigatoriedade, 15,4% dos jovens estão fora da escola.

Dentro da estrutura do Estado, a Secretaria de Estado da Edu-cação (SEC) é o órgão responsável pela educação e, de acordo com sua estrutura organizacional, procura atuar de forma descentralizada, contando com 04 coordenações, 01 Assesso-ria, 06 Superintendências, 01 Instituto e 27 Núcleos Regionais de Educação (NREs).

Em relação ao desempenho estadual na educação, o estado do Bahia tem apresentado aumento de desempenho do Ideb em 2015 sem, contudo, superar as médias nacional e regional. Suas notas no SAEB têm, grosso modo, apresentado tendên-cia decrescente em 2013. Em Língua Portuguesa seu melhor resultado foi no ano de 2009, mas os anos seguintes foram de médias inferiores às regionais e nacionais. Em Matemá-tica o desempenho foi semelhante ao de Língua Portuguesa, pois, embora tenha alcançado aumento em 2015, o estado se manteve abaixo das médias alcançadas pela região Nordeste e pelo país.

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O estado de Bahia possui diversos programas, projetos e ini-ciativas educacionais. Foram identificadas 16 iniciativas no estado. Dessas, foram identificadas 03 iniciativas de compe-tência do MEC, 08 desenvolvidas pela própria SEC, 04 que resultam da parceria com outros órgãos governamentais e ou-tras 01 que é fruto da articulação com outras entidades. Como experiências curriculares no estado, destacam-se o Ciência na Escola, programa estruturante que integra o conjunto de polí-ticas educacionais voltadas ao fortalecimento do processo de educação científica para professores e estudantes; os projetos ligados à frente de Educação Corporal, Artística e Cultural; e os Centros Juvenis de Ciência e Cultura (CJCC). Sobre a ado-ção do modelo de gestão democrática nas escolas estaduais baianas foram identificadas apenas informações relativas ao papel dos “líderes de classe”.

Em relação ao Plano Estadual de Educação, aprovado pela Assembleia Legislativa do estado em 2016, as 20 metas es-tabelecidas estão em consonância com os pressupostos do Plano Nacional de Educação. Da mesma forma, os temas fun-damentais para o IU também estão contemplados, especial-mente, as questões de gênero e étnico-raciais e a importância da gestão democrática nas escolas públicas. Contudo, o tema da avaliação da Educação Básica não foi identificada no PEE--BA e o estado não possui um sistema de autoavaliação.

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