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2 de dezembro, 2013 Análise Fundamentalista Panorama Mensal Estratégia: Cecismo e receio com o mercado domésco. Fiscal é a maior preocupação. Panorama Mensal | Estratégia Análise XP Estratégia sugerida No campo macro, o resultado fiscal foi quem deu as cartas no mês de novembro, quando foi anunciado, no final de setembro, este fator iniciou uma nova rodada de aversão ao risco no país, ocasionando numa forte deterioração do cenário domésco com receio de altas mais profundas nos juros, provável elevação na inflação, riscos de preços administrados em alta para o ano de 2014. Assim, fatores doméscos foram preponderantes para o desempenho das ações no mês de novembro. Nesse contexto, nossa postura volta a ser neutra e o apete por risco deve se tornar moderado e mais selevo, num tom mais conservador, com risco baixo, porém não desprezível, de um rebaixamento na nota de crédito na virada do primeiro para o segundo trimestre de 2014. No mercado acionário, o mês de novembro apresentou algumas peculiaridades, com avos doméscos apresentando desempenhos disntos, caso da Petrobras que, apesar do resultado muito abaixo do esperado, anunciou uma possível metodologia de preços, isso levou a uma volalidade bastante elevada das ações. Outro caso interessante foi o de bancos que na úlma semana apresentava o julgamento com relação aos planos Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2, com informações desencontradas de que o valor poderia chegar a um total de R$ 150 bilhões o STF poderia decidir sobre isso, e o que ocorreu ? Os avos sofreram e julgamos que a maioria já estava mais do que precificado, caso viesse mesmo um julgamento e houvesse a perda bilionária, porém, houve adiamento do julgamento. Por úlmo, porém não menos importante, a Vale anunciou a adesão ao Refis, com relação a uma multa na casa de R$ 30 bilhões, e resolveu fazê-lo no dia 27 de novembro, rerando um peso e resolvendo um imbróglio que se arrastava há anos. Julgamos que foi posivo o desfecho para a companhia. Em suma, estamos com uma visão mais céca e pessimista com relação a bolsa brasileira, em que não acreditamos que o nível de preços do nosso índice (Ibovespa) represente o nível de juros que estamos hoje (10%). Podemos, ainda, angir 11%, com a curva de juros futuros superando os 12%. Assim, recomendamos carteiras com avos mais defensivos, esse é um dos movos da inclusão de Ambev e de avos com menor Beta. No mercado cambial acreditamos que o dólar possa apresentar uma elevação este mês, devido ao cenário mais cético e a deterioração da economia doméstica citada anteriormente. Com relação ao mercado de juros, as apostas em novos aumentos diminuem e não acreditamos em grandes movimentações neste mês. Índice Estratégia Sugerida Macroeconomia Análise Fundamentalista Análise Técnica Fundos Imobiliários Futuros & Commodies Disclaimer William Castro Alves Analista, CNPI [email protected]

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2 de dezembro, 2013

Análise Fundamentalista

Panorama Mensal Estratégia: Ceticismo e receio com o mercado doméstico. Fiscal é a maior preocupação.

Panorama Mensal | Estratégia

Análise XP

Estratégia sugerida

No campo macro, o resultado fiscal foi quem deu as cartas no mês de novembro, quando foi

anunciado, no final de setembro, este fator iniciou uma nova rodada de aversão ao risco no país,

ocasionando numa forte deterioração do cenário doméstico com receio de altas mais profundas nos

juros, provável elevação na inflação, riscos de preços administrados em alta para o ano de 2014.

Assim, fatores domésticos foram preponderantes para o desempenho das ações no mês de

novembro. Nesse contexto, nossa postura volta a ser neutra e o apetite por risco deve se tornar

moderado e mais seletivo, num tom mais conservador, com risco baixo, porém não desprezível, de

um rebaixamento na nota de crédito na virada do primeiro para o segundo trimestre de 2014.

No mercado acionário, o mês de novembro apresentou algumas peculiaridades, com ativos

domésticos apresentando desempenhos distintos, caso da Petrobras que, apesar do resultado muito

abaixo do esperado, anunciou uma possível metodologia de preços, isso levou a uma volatilidade

bastante elevada das ações. Outro caso interessante foi o de bancos que na última semana

apresentava o julgamento com relação aos planos Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2, com

informações desencontradas de que o valor poderia chegar a um total de R$ 150 bilhões o STF

poderia decidir sobre isso, e o que ocorreu ? Os ativos sofreram e julgamos que a maioria já estava

mais do que precificado, caso viesse mesmo um julgamento e houvesse a perda bilionária, porém,

houve adiamento do julgamento. Por último, porém não menos importante, a Vale anunciou a

adesão ao Refis, com relação a uma multa na casa de R$ 30 bilhões, e resolveu fazê-lo no dia 27 de

novembro, retirando um peso e resolvendo um imbróglio que se arrastava há anos. Julgamos que foi

positivo o desfecho para a companhia. Em suma, estamos com uma visão mais cética e pessimista

com relação a bolsa brasileira, em que não acreditamos que o nível de preços do nosso índice

(Ibovespa) represente o nível de juros que estamos hoje (10%). Podemos, ainda, atingir 11%, com a

curva de juros futuros superando os 12%. Assim, recomendamos carteiras com ativos mais

defensivos, esse é um dos motivos da inclusão de Ambev e de ativos com menor Beta.

No mercado cambial acreditamos que o dólar possa apresentar uma elevação este mês, devido ao

cenário mais cético e a deterioração da economia doméstica citada anteriormente. Com relação ao

mercado de juros, as apostas em novos aumentos diminuem e não acreditamos em grandes

movimentações neste mês.

Índice

Estratégia Sugerida

Macroeconomia

Análise Fundamentalista

Análise Técnica

Fundos Imobiliários

Futuros & Commodities

Disclaimer

William Castro Alves

Analista, CNPI

[email protected]

Panorama Mensal | Estratégia

2 Dezembro, 2013

Panorama Mensal | Estratégia 2

Cotações

Mercado de Ações Mercado de Commodities

Ibovespa Brasil 52.482 -0,6 -3,3 13,8x Soja 1.337 - 1,3 5,5 1,5

Dow Jones EUA 16.086 0,1 3,5 15,2x Milho 425 - -1,1 -3,4 -30,4

S&P 500 EUA 1.806 0,1 2,8 16,3x Trigo 669 - 1,8 -1,6 -19,6

MEXBOL México 42.515 3,2 3,6 19,3x Açucar 17 - -1,4 -6,4 -16,4

FTSE 100 Reino Unido 6.651 -0,4 -1,2 13,7x Algodão 79 - 2,7 0,2 0,8

CAC 40 França 4.295 0,4 -0,1 14,2x Café 111 - 3,1 2,1 -32,1

DAX Alemanha 9.405 2,0 4,1 13,9x Petróleo (WTI) 93 - -2,2 -4,0 0,4

IBEX Espanha 9.838 1,7 -0,7 17,1x RBOB Gasolina 268 - -1,5 3,8 5,8

NIKKEI 225 Japão 15.662 1,8 9,3 20,0x Ouro 1.251 - 0,5 -5,5 -25,0

SHASHR Shangai 23.881 0,8 2,9 11,5x Prata 305 - 0,2 3,2 2,6

HANG SENG Hong Kong 2.324 1,1 3,7 9,8x Cobre 268 - -1,5 3,8 5,8

Mercado de Ações - Índices Mercado de Câmbio

IBX 21.971 1,2 -0,2 -2,0 -0,1 Dólar/Real 2,34 0,8 2,5 4,3 14,1

SMLL 1.332 0,8 0,7 -1,0 -13,7 Euro/Real 3,17 0,6 2,7 4,4 17,2

IMOB 710 0,6 -0,6 -6,2 -22,6 Euro/Dolar 1,36 -0,2 0,2 -0,0 2,8

ICON 2.437 0,8 0,5 1,0 2,5 Yuan/Dólar 0,16 -0,0 0,0 -0,0 2,3

INDX 12.522 0,7 0,3 0,7 3,1 Yen/Dólar 0,01 -0,1 -1,2 -4,0 -16,2

LUPA3 28,6 MMXM3 -21,3

INET3 28,6 VIVR3 -16,7

CCHI3 22,2 OIBR4 -15,0

IDNT3 19,7 MWET4 -13,8

INEP4 17,2 PLAS3 -13,5

BICB4 15,2 RNAR3 -12,9

CTAX3 12,9 MPXE3 -11,5

OGXP3 10,3 MNPR3 -11,4

Ano ∆%Bolsa Origem PontosSemana

∆%Mês ∆% P/L Commodity Cotação Dia ∆%

Semana

∆%Mês ∆%

Ano ∆%Índice Pontos Dia ∆%Semana

∆%Mês ∆% Ano ∆% Divisa Ratio Dia ∆%

Semana

∆%Mês ∆%

Mercado de Ações - Maiores Altas Mercado de Ações - Maiores Baixas

Empresa Ticker SetorSemana

∆%Empresa Ticker Setor

Semana

∆%

LUPATECH SA Bens de Capital MMX MINERACAO Mineração & Siderurgia

INEPAR TEL - VIVER INCORPORAD -

CHIARELLI SA - OI SA-PREF Telecom

IDEIASNET Tecnologia WETZEL SA-PREF -

INEPAR-PREF - PLASCAR PART Bens de Capital

BICBANCO - PREF Financeiro RENAR MACAS -

CONTAX PART - ENEVA SA Energia Elétrica

OGX-ORD Petróleo & Gás MINUPAR -

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Macroeconomia: (Não tão) “Doce Novembro.”

O drama romântico americano estrelado por Keanu Reeves e Charlize Theron em 2001, Doce Novembro, leva no título o mês que se encerra. Porém, o

adjetivo com denotação agradável, que compõe o nome do sucesso de bilheteria, não pode ser atribuído ao período. O comportamento dos ativos domésticos não

chegou a ser um drama, mas não foi nada romântico. No Panorama passado (De volta ao “mais do mesmo”), reforçamos a convicção em nosso cenário central, que

se manteve intacto ao longo do ano, independente das fortes turbulências atravessadas, cujo principal pilar de sustentação da nossa tese de investimento era

construído na manutenção das posturas agressivas dos Bancos Centrais em sustentar suas políticas ultra acomodatícias e, assim, manter o romantismo com os

investidores que (ainda) encontram neste relacionamento conforto para aumentar suas exposições.

O cenário traçado para o mês passado se confirmou para o quadro internacional. Continuamos a ver um aumento gradativo do apetite por risco,

traduzido na manutenção das trajetórias de valorização das principais bolsas globais ou, pelo menos, na sustentação dos atuais patamares recordes. O principal

índice acionário alemão mostrou valorização de 3,98%. No Japão, o índice Nikkei teve o segundo melhor mês do ano, e melhor mês de novembro desde 2005, com

ganhos de 9,3%. Nos EUA, o principal índice acionário do mundo, S&P500, fechou em alta de 2,89%, renovando sua máxima histórica. No entanto, este sentimento

fraterno com os ativos de risco não foi observado no Brasil, que apresentou uma das piores performances no globo e voltou a se destacar na ponta negativa. Um

vilão estragou o clima de romantismo e alertou para o drama que pode emergir em um cenário potencialmente complicado que o ano de 2014 reserva. A

revelação das contas públicas referente ao mês de setembro chocou o mercado ao apresentar um resultado muito pior que o esperado. As contas do governo

central (calculadas com base nas receitas e despesas do Tesouro Nacional, do Banco Central e do INSS) registraram em setembro um déficit de R$ 10,473 bilhões, o

pior resultado desde dezembro de 2008 e muito aquém das expectativas de estabilidade para o período. É também o pior resultado para o mês de setembro nos

últimos 17 anos. Note que o resultado de agosto já tinha sido o pior para o mês em toda a série histórica de resultados do governo central, o que torna o

cumprimento da meta para o ano cada vez mais distante e improvável.

A divulgação aconteceu no dia 31 de outubro e, desde então, motivou uma rodada de aversão ao risco nos ativos domésticos por reforçar nos

investidores: 1) a percepção de desconforto dos desequilíbrios macroeconômicos, frutos de uma condução de políticas turvas e de baixa credibilidade e 2) a

elevação do ceticismo devido à sensação de fragilidade perante os desdobramentos negativos, caso eventos adversos venham a acontecer, sejam de fontes

domésticas ou externas, e se manifestem de forma individual ou, até mesmo, de maneira conjunta (“tempestade perfeita”). Em tempo: o resultado fiscal para o

mês de outubro em nada contribuiu para amenizar o pessimismo que cerca a trajetória das contas públicas.

A inconsistência da política fiscal não é novidade. A incompatibilidade entre as dinâmicas de receitas e gastos já evidenciavam alguma necessidade de

reajustes estruturais e algum esforço para conter a trajetória de despesas, que segue ascendente como proporção do PIB. Porém, a expectativa era de que as

autoridades teriam tempo para arquitetar uma reforma estrutural e implementá-la no primeiro ano eleitoral (2015), quando o capital político costuma ser elevado,

o que seria necessário dado que os principais focos de ajuste se concentram nas despesas previdenciárias e programas sociais, campos sensíveis a serem tocados,

ainda mais pela filosofia do partido de situação, que segue (até agora) como favorito à reeleição.

A rápida deterioração quanto a condução de política fiscal se explica pela mudança de conduta relativamente recente, em que a autoridade passou a

utilizar deste instrumento de maneira deliberada para promover o controle de preços, seja através de desonerações ou congelamentos, aliado ao uso de

“contabilidade criativa” para postergar a percepção de maior fragilidade das contas públicas. Soma-se a isso a forte queda na expectativa de crescimento

econômico para os próximos anos, que costumavam pairar acima de 4% e hoje sobrevivem acima de 2%, tornando mais preocupante a recuperação das receitas

públicas. O resultado desta combinação é o custo político e econômico cada vez mais elevado para devolver à economia um equilíbrio mais sustentável e, assim,

reverter o grau de pessimismo estabelecido pelo mercado. Devido à estreita margem de manobra na promoção de um esforço fiscal em ano eleitoral, o tempo que

antes era neutro para as autoridades, pode atuar decisivamente contra. Não é à toa que estamos com a nossa nota de crédito soberana ameaçada.

Neste contexto, os agentes rapidamente embutiram um maior grau de pessimismo nas precificações dos ativos domésticos. A inclinação da curva de

juros, leitura que mede a desconfiança quanto ao equilíbrio econômico, voltou para as máximas observadas em meados do ano, no auge da “mini” crise dos

emergentes, após o Federal Reserve sinalizar intenção de diminuir suas compras de títulos. A moeda brasileira apresentou um dos piores comportamentos na

cesta de emergentes, perdendo apenas para o desempenho da Rupia da Indonésia, assim como a bolsa registrou o segundo pior desempenho no globo, ficando

imediatamente após o índice acionário de Jacarta. Nosso CDS , medida de risco-país, registrou elevação de 37 pontos base. Para efeito de comparação, o México

apresentou estabilidade no mês.

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2 Dezembro, 2013

Panorama Mensal | Estratégia 4

continuação...

A nosso ver, a deterioração dos ativos domésticos, e, desta vez, sem tanta influência do cenário externo como foi o caso da virada do semestre,

evidencia a fragilidade para o período que se aproxima. Claramente fatores domésticos voltaram a prevalecer e estão se sobrepondo ao viés externo (ainda)

acomodatício. Tal mudança na dinâmica de precificação dos agentes deve ser respeitada e reforça o desconforto quando as incertezas domésticas e/ou externas se

acentuarem.

Diante da ausência de gatilhos positivos no curto prazo e a baixa probabilidade do atual governo agir de maneira proativa e promover um choque de

expectativas de maneira a retomar a credibilidade na condução econômica, nossa postura volta a ser neutra e o apetite por risco deve se tornar moderado e mais

seletivo até que o cenário devolva uma visibilidade mais apropriada. A evolução não tão “Doce de Novembro” não pode ser ignorada e se faz necessária uma

alocação relativamente mais defensiva e de caráter relativamente mais conservador. Não nos vemos pessimistas, mas retornamos, após 3 meses de maior

exposição, ao tom mais conservador na abordagem tática.

Na parte de renda fixa, alguns ativos já se encontram em patamares oportunos de alocação, porém vale a cautela para a temporada de suspense no

curto prazo. A lista para um elenco de possíveis vilões poderia contar com: 1) a retomada das discussões fiscais nos EUA quanto ao próximo orçamento, e as

negociações quanto ao teto da dívida, 2) o início da redução gradual dos estímulos monetários por parte do Fed e 3) a desaceleração da economia chinesa se

mostrar mais forte. Já no elenco nacional, os candidatos a vilão seriam: 1) um choque de oferta de alimentos que fizesse a trajetória de inflação furar novamente o

teto da meta, 2) ritmo de crescimento mais ameno que o esperado, 3) aumento da incerteza quanto à vitória do partido de situação nas eleições presidenciais,

elevando os ruídos quanto às possíveis “respostas”, 4) a volta das inquietações sociais, tendo a Copa do Mundo como um “catalisador”, e 5) novas decepções

fiscais, aumentando a probabilidade de um rebaixamento de nota de crédito soberano, o que atuaria como um carimbo do insucesso na condução da política

econômica, queimando parcialmente o filme que estrelamos ao longo dos últimos anos.

O calendário mais provável para uma possível alteração por parte das agências de risco seria na virada do primeiro para o segundo trimestre de 2014.

Não julgamos o rebaixamento de rating como o cenário mais provável e não compartilhamos integralmente do nível de pessimismo embutido em alguns ativos, a

julgar pelo elevado prêmio nas curvas de juros. Contudo, cresce a importância de se monitorar os próximos capítulos e o clima de suspense deve ser respeitado,

dado um risco não desprezível de que um (não tão) “Doce Novembro” acabe terminando em um “Abril Despedaçado.”

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Análise Fundamentalista: Quando você se prepara para o inevitável e vem o inesperado.

“É a curiosidade que me move. O sentido que dei à minha vida foi tentar perceber o que vem de novo por aí. A gente pensa que vai ocorrer o inevitável e vem o

inesperado.”

Num exercício do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de olhar o futuro, ele escreveu a frase acima e resolvemos aproveitá-la para comentarmos sobre a

carteira mensal, até mesmo para explicar o real motivo que nos fez postergar a divulgação da mesma. Não foi o acaso que fez isso, mas o inesperado, o

imponderável.

No dia 25 de outubro, após o fechamento do mercado, a Petrobras, 2ª maior companhia aberta brasileira do Ibovespa, divulgou um resultado muito fraco, porém,

o que mais chamou a atenção foi o fato relevante divulgado no mesmo dia, no qual a diretoria executiva havia deliberado sobre uma metodologia de precificação a

ser praticada pela companhia, através da qual se teria uma maior previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da gasolina aos preços

internacionais. Esta metodologia deveria ter sido aprovada ou vetada ou, até mesmo, modificada pelo conselho de administração da companhia no dia 22 de

novembro, data da reunião do conselho. Voltemos um pouco atrás para analisar o que aconteceu com as ações no dia subsequente ao anúncio (25/10), as ações

abriram e permaneceram em forte alta no dia 28/10, terminando o pregão com alta de 7,57% (ações PNs). No dia 18/11, três dias úteis anteriores a reunião, as

ações da companhia já apresentavam alta de 15,95% no período de apenas 3 semanas. O mercado já preparado para o “inevitável”, esperava um adiamento da

reunião, e foi o que ocorreu, dia 20/11 a empresa enviou fato relevante informando que a reunião do Conselho de Administração havia sido adiada para o dia

29/11, para “aprofundamento das discussões sobre as matérias previstas para o dia 22 de novembro.”

De lá pra cá, o mercado foi ficando cético sobre os reajustes de preços de combustíveis. A Petrobras necessita de reajuste, pois a gasolina apresenta uma

defasagem de 10% e o diesel na casa de 20%, fora a discussão da metodologia de reajuste automático. Do dia 18 de novembro, quando as ações atingiram a

máxima de 12 meses (R$ 21,44), até o fechamento de sexta-feira (29/11), as ações apresentavam queda de 10%, em apenas 7 dias úteis.

E no dia 29/11 quando começávamos a escrever sobre o Panorama, estávamos preparados para o “inevitável e veio o inesperado”, um reajuste de combustíveis.

Porém o inesperado está sendo preponderante hoje (02/12), com a forte queda dos ativos (ON -8,13% e PN -6,38%). A companhia anunciou na sexta à noite, dia

29/11, que “os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à Companhia”, e que “caberá ao Conselho de Administração avaliar a

eficácia da política de preços da Petrobras por meio da evolução dos indicadores de endividamento e alavancagem da Companhia.” Ou seja, não existe e nem

existirá metodologia de reajuste automática, tudo dependerá da inflação, Selic, e o endividamento da companhia. Altamente preocupante, pois a companhia pode

até perder o investment grade que conquistou. Ruim para companhia e ruim para o Brasil, pois quando nos preparamos para o inevitável acontecer, vem o

inesperado e, nesse caso, o inesperado é altamente negativo para a Petrobras e para o Brasil.

Carteiras

Carteira XP

Redução em Itaú Unibanco e elevação em Vale. Optamos por reduzir nossa exposição em Itaú Unibanco (ITUB4). Tal decisão reflete essencialmente uma opção de

balanceamento de portfólio e em nada tem a ver com mudanças de cenário no banco. No caso da Vale entendemos que houve uma importante mudança no

cenário para companhia que foi a definição acerca de sua adesão ao Refis, como forma de pagamento de débitos tributários cobrados pelo governo. Com relação a

retirada de BM&F Bovespa o racional do desinvestimento está baseado nos reflexos que a redução da evolução esperada para o volume negociado pode causar ao

resultado final da empresa ao longo do tempo. Além da elevação preocupante dos custos com pessoal e processamento de dados. Demonstrando dificuldade em

controlar as despesas em meio a um ambiente de negócios mais desafiador em que a instituição atua. Adição de Ambev (ABEV3). Optamos pela inclusão da

Ambev (ABEV3), já vislumbrando um ano de 2014 melhor para companhia, com incremento no volume de cerveja vendido no mercado doméstico.

Carteira XP Dividendos

Neste mês optamos por realizar apenas um ajuste na composição e diferença de pesos dos ativos da carteira. Nesse sentido recomendamos a elevação de 5% da

alocação em Telefônica (VIVT4) e redução de 5% em Cielo (CIEL3).

Carteira XP Small Caps

Modificações: devido a performance excepcional do ativo Valid, a empresa começa a se aproximar do patamar de preço que consideramos justo, fundamentando

assim sua redução em termos de participação em nosso portfólio sugerido. Seguindo o mesmo racional, elevamos nossa exposição em Saraiva, considerando seu

valor de mercado como atrativo, dadas as perspectivas de médio/longo prazo do grupo.

Carteira XP Alpha

Para este mês, realizamos duas alterações: saída do Banco Pine (PINE4) e de Oi (OIBR4). Nos seus respectivos lugares adicionamos Sonae Sierra (SSBR3) e Helbor

(HBOR3).

Para acessar o relatório detalhado sobre as Carteiras Recomendadas clique aqui.

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Análise Técnica

O mês de novembro começou com a continuação da movimentação lateral iniciada no fim de outubro, essa movimentação fez com que acontecesse a perda de

uma importante LTA que vinha funcionando desde o começo de julho. Em seguida iniciou-se uma forte movimentação negativa, revertendo a tendência de alta e

culminando com a perda de importante zona de suporte em 52.300, porém, essa perda de suporte se mostrou falsa e tivemos uma sequência de três dias de boa

alta com novo teste da média de 21 dias. Depois disso voltamos a cair, dando continuidade à tendência de baixa, e tivemos nova perda de suporte, dessa vez o

nível era de 51.800. Mais uma vez essa perda de suporte se mostrou falsa e encerramos o mês com mais uma movimentação positiva. Com isso foi formado um

forte suporte em 51.400, se esse patamar for perdido, abriremos espaço para mais quedas e a continuação da tendência de baixa, teremos novo suporte apenas

em 49.800. Se voltarmos a subir, teremos resistências na média de 21 dias, na LTB curta e no topo de 54.300, essas resistências não são muito fortes, pois não

temos nenhum ponto de convergência claro, temos sim uma fortíssima resistência em 56.400, onde formamos um topo em outubro, além de vários outros topos

entre final de março e final de maio desse ano.

Olhando o gráfico mensal percebemos que a tendência de longo prazo segue baixista com o Ibovespa trabalhando dentro de um longo canal de baixa com topos e

fundos descendentes. Depois de quatro meses de baixa tivemos um mês de queda com novo teste da forte zona de resistência em 54.300. Se nos próximos meses

esse nível e a LTB forem rompidas a tendência será revertida de baixa para alta, porém se o suporte em 47.400 for perdido, abriremos espaço para mais quedas.

Vale destacar que historicamente os meses de dezembro são muito fortes, desde 1999 todos os meses de dezembro foram positivos com exceção de 2011, em que

tivemos uma levíssima queda. Estamos confiantes em uma retomada da pressão compradora no último mês de 2013.

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Fundos Imobiliários: Cenário ruim, porém com correção de incoerências.

O IFIX apresentou um movimento de inflexão durante o mês de novembro, interrompendo a alta iniciada há dois meses. Em nossa visão este movimento está

relacionado ao cenário macroeconômico, tanto externo quanto interno, que vem demonstrando sua fragilidade e aumentando, cada vez mais, as incertezas para

2014.

Os principais elementos deste cenário: desempenho fiscal longe do ideal, baixo crescimento econômico e o fantasma do tapering americano, que deve aumentar

ainda mais as pressões no dólar e na inflação. Para combater este último efeito a principal ferramenta é a taxa básica de juros, que, ao longo deste ano, afetou de

forma significativa o mercado de fundos imobiliários.

Como mencionamos no último relatório, continuamos a enxergar uma visão mais fundamentalista de precificação do mercado, a partir do valor de seus ativos e

não exclusivamente de seus rendimentos. Evidentemente que a taxa de juros básica não pode ser ignorada, pois tem impactos relevantes na dinâmica do mercado

imobiliário e no cenário econômico geral, mas acreditamos que, cada vez mais, a relação direta entre rendimentos e taxa Selic deixará de ser o indexador deste

mercado.

Apesar do cenário macroeconômico negativo, assim como as perspectivas gerais para o IFIX, continuamos acreditando na correção de incoerências de ativos

específicos. Um exemplo observado no mês passado, algo que estamos destacando já há alguns meses, são os fundos de papel sendo negociados com descontos

patrimoniais relevantes.

Em novembro dois ativos importantes para o mercado apresentaram esta correção, com o BTG Fundo de Fundos tendo uma valorização de seu valor de mercado

em 8,55% e o Maxi Renda valorizando 4,56%. Apesar das altas, ambos os produtos continuam a apresentar descontos patrimoniais.

Outros eventos importantes ocorreram em novembro, mas vale destacar dois que exemplificam a necessidade desta não correlação direta entre rendimento e

juros: duas vendas realizadas pelo JS Real Estate (JSIM11) e pelo CSHG Real Estate (HGRE11). As vendas foram de dois andares do imóvel Millenium Office Park,

localizado na zona sul de São Paulo, por R$ 17.817,33 por m² e um conjunto do Edifício Plaza JK por R$ 18.566,80 por m².

O ponto importante é que estas vendas foram feitas por valores expressivamente superiores aos preços nos quais FIIs com imóveis AAA (de melhor qualidade que

o M.O.P. e o Plaza JK) localizados na mesma região estão negociando. Como exemplo podemos citar o The One (ONEF11) com m² a R$ 12.872,81, o VBI Faria Lima

4440 (FVBI11B) a R$ 17.210,24, o Cidade Jarim Continental Tower (BBVJ11) a R$ 8.823,21 e o Tower Bridge Office (TBOF11) a R$ 13.237,80.

A comparação se torna mais relevante pelo fato destes imóveis serem de uma qualidade inferior ao dos imóveis detidos pelos FIIs em questão, mas tivemos outras

transações de AAAs em 2013 que corroboram o valor de negociação destes imóveis, como a própria venda de uma laje do The One em abril por R$ 18.763,00.

Nossa receita para os próximos meses continua a mesma do mês passado: evitar exposição à vacância, desenvolvimento corporativo para 2014, imóveis de baixa

qualidade e em regiões periféricas. Procurar para investimento as maiores incoerências de precificação, que tendem a se reverter no longo prazo, e diversificar

sempre que possível, aproveitando as opções de setores e regiões disponíveis no mercado.

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Influência do dólar e exportações decidiram o mês de novembro.

“Exportações brasileiras fortes e USDA devem ditar o rumo das commodities”. Esse foi o título do Panorama anterior e foi certeiro. Novembro foi um mês difícil de

ser “lido” no curtíssimo prazo. Olhando para os grãos, considerando o volume imenso de milho que temos no nosso mercado, esperávamos um movimento de

queda expressiva, mas não aconteceu em novembro. Mercado tem olhado muito para as exportações firmes e principalmente, para a firmeza do dólar. Vimos um

fechamento com alta expressiva para o milho BM&F. No mesmo tom, a arroba do boi gordo se mostrou firme durante todo o mês e chegou a surpreender na

esticada.

O mercado de boi segue firme, as escalas seguem curtas e a demanda dos frigoríficos segue forte, principalmente pelo aumento das exportações. O dólar em 2,30

deixa o país mais competitivo. Sazonalmente dezembro é um mês fraco para exportação, pois temos menos dias úteis para exportar e os frigoríficos direcionam

seus abates para o mercado interno, que nesse período costuma remunerar mais e demandar mais para passar o período de festas. Nos últimos dois anos tivemos

um aumento abrupto nos abates 20% , podendo chegar a mais de 34 milhões de cabeças em 2013, esse aumento no abate deixa o mercado mais firme, pois eleva

a procura de gado por parte do frigorífico. Esse movimento de abate maior é gerado por uma demanda maior no mundo, hoje estamos exportando mais e para

mais países, os grandes exportadores mundiais vêm sofrendo com quedas na produção e consequentemente perdendo espaço no mercado mundial, os EUA, o

maior produtor mundial de carne bovina, estão sofrendo com um déficit de produtividade na casa dos 5,5 % e uma diminuição no rebanho de 7%. Se continuarmos

com esse dólar mais forte em 2014 e essa dificuldade de encontrar reposição, dificilmente teremos uma @ barata rondando o território brasileiro.

Já o café começa a chamar a atenção para compra (baseada em fatores técnicos), embora algumas notícias sinalizem que poderemos ter oferta restrita no futuro.

Com a rolagem do vencimento Z13 para o H14, observamos em NY e aqui na BM&F que o preço começa a mostrar sinais de sustentação, se considerarmos como

base a média de 21 dias no diário.

Ouro segue e queda e sensível às notícias sobre decisões político-econômicas dos EUA.

Para o mês de dezembro, teremos menos dias úteis e a expectativa para o período é de preços firmes para a arroba até a segunda semana do mês, para o milho,

atenção ao relatório WASDE (oferta e demanda mundial). O inverno no hemisfério norte faz aumentar o consumo de café. Fiquemos atentos para uma possível

recuperação dos preços para o café vencimento março, ainda que não seja um movimento de inversão de tendência.

Por fim, mudamos nossa maneira de atuar no mercado de commodities e acreditamos que esse mercado pode e deve ser um produto para diversificação de

carteira. Tem fundamentos mais fáceis de entender e uma dinâmica muito interessante. Temos um chat “commodities” aberto para clientes e assessores com

informações relevantes para tomada de decisão, além de sugestões e lançamentos de oportunidades com perfil muito bem traçado. É definitivamente um

mercado para todos.

Panorama Mensal | Estratégia

2 Dezembro, 2013

Panorama Mensal | Estratégia 9

Disclaimer 1. O atendimento de nossos clientes pessoas físicas e jurídicas (não institucionais) é realizado por agentes de investimento. Todos os agentes de investimento que atuam através da XP Investimentos CCTVM S/A (“XP Investimentos Corretora”) encontram-se

devidamente registrados na Comissão de Valores Mobiliários. A relação completa de agentes de investimento da XP Investimentos Corretora pode ser consultada no site http://www.cvm.gov.br > Agentes Autônomos > Relação dos Agentes Autônomos

contratados por uma Instituição Financeira > Corretoras > XP Investimentos e no site http://www.xpi.com.br, da XP Investimentos. Na forma da legislação da CVM, o agente autônomo de investimento não pode administrar ou gerir o patrimônio de investidores.

O agente de investimento é um inter-mediário e depende da autorização prévia do cliente para realizar operações no mercado financeiro.

2. Este relatório foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S/A (´XP Investimentos Corretora´) e tem como único propósito fornecer informações que possam ajudar o investidor a tomar sua decisão de investimento. Este relatório não constitui oferta ou

solicitação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro. As informações contidas neste relatório são consideradas confiáveis na data da divulgação deste relatório e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis.

3. O analista de investimento responsável pela elaboração deste relatório, em conformidade ao artigo 17, I, da Instrução Normativa CVM n. 483/10, declara que as recomendações expressas neste relatório refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais

e foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à pessoa ou a instituição à qual está vinculado.

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5. A remuneração do analista de investimento responsável por este relatório é indiretamente influenciada pelas receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela pessoa a que esteja vinculado, em conformidade ao artigo 17, II, e, da

Instrução Normativa CVM n, 483/10.

6. Os instrumentos financeiros discutidos neste relatório podem não ser adequados para todos os investidores. Este relatório não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de cada investidor. Os

investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A rentabilidade de instrumentos financeiros pode apresentar variações, e seu preço ou valor pode aumentar

ou diminuir. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste relatório em relação a desempenhos futuros. A XP Investimentos Corretora se

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7. Este relatório não pode ser reproduzido ou redistribuído para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento por escrito da XP Investimentos Corretora. Informações adicionais sobre os instrumentos

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8. A Ouvidoria da XP Investimentos Corretora tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus proble-mas. Para contato, ligue 0800 722 3710.

9. O custo da operação e a política de cobrança estão definidos nas tabelas de custos operacionais disponibilizadas no site da Corretora: www.xpi.com.br.

10. Inexistem situações de conflitos de interesses entre a XP Investimentos e a utilização desse produto.

11. Este relatório é baseado na avaliação dos fundamentos de determinadas empresas e dos diferentes setores da economia. A análise do ativo objeto do relatório utiliza como informação os resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções.

As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento.

12. Essa operação foi executada seguindo conceitos da Análise Técnica como: tendência, suporte, resistência, candles, volume, médias móveis entre outros. Essas ferramentas visam a identificar os movimentos mais prováveis dos preços dos ativos, sempre com

utilização de “stops” para limitar possíveis perdas.”

13. Este produto é indicado, sobretudo, a investidores cujo perfil haja sido definido como Conservado e Moderado, de acordo com a Política de Suitability aplicada pela XP Investimentos.

14. A operação com renda fixa se consubstancia na compra e venda de títulos de renda fixa, que podem ser públicos (porque emitidos pelo governo) ou privados (porque emitidos por empresas, finan-ceiras ou não), pré-fixados (porque baseado em taxa fixa de

rentabilidade) ou pós-fixados (porque baseado em indexadores, como índices de inflação etc.). Os riscos da operação com títulos de renda fixa estão na capacidade de o emissor (governo, em se tratando de título público; ou empresa, em se tratando de título

privado) honrar a dívida (risco de crédito); na impossibilidade de venda do título ou na ausência de investidores interessados em adquiri-lo (risco de liquidez); e na possibilidade de variação da taxa de juros e dos indexadores (risco de mercado). Em se tratando

de título privado, o risco de merca-do inclui, ainda, o chamado prêmio do risco, que é aquele inerente à capacidade de pagamento da emissora do título.

15. LCA, CRI e Debêntures não contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). CDB e LCI contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante a devolução do principal investido acrescido de juros referente a rendimentos, na

hipótese da incapacidade de pagamento da instituição financeira, de até R$ 70 mil.

16. Este produto é indicado, sobretudo, a investidores cujo perfil haja sido definido como Moderado, Moderado-agressivo, Agressivo, de acordo com a Política de Suitability empregada pela XP Investi-mentos.

17. Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, dependendo das cotações nos mercados. O investimento em ações é um

investimento de risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o

cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. O

patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto.

18. Este produto é indicado, sobretudo, a investidores cujo perfil haja sido definido como Moderado-agressivo, Agressivo, de acordo com a Política de Suitability empregada pela XP Investimentos.

19. Commoditie é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo, podendo consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a

possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimô-nio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas

e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.