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www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 310 | 15 de Fevereiro de 2018 | Preço 4,00 Euros Sever do Vouga prepara XVII Rota da Lampreia e da Vitela Primavera anunciada!

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Director: José Luís Araújo | N.º 310 | 15 de Fevereiro de 2018 | Preço 4,00 Euros

Sever do Vouga prepara XVII Rota da Lampreia e da VitelaPrimavera anunciada!

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Sumário

5 Terras sem Sombra abre XIV edição na Vidigueira

6 Alterações Climáticas são o mote do Festival Internacional de Chocolate de Óbidos de 2018

7 Lampreia e vitela convidam a descobrir Sever do Vouga

8 Vila Nova de Paiva prepara VII Feira do Fumeiro do Demo

9 Miranda do Douro vai repensar modelo do Festival dos Sabores

10 Feira 100% Agrolimiano mostra sector agroalimentar de Ponte de Lima

12 Feira do Fumeiro destaca o vinho produzido em Trancoso

14 Capital da Amendoeira em Flor apresenta mais de 40 actividades

16 Freixo promove Feira Transfronteiriça e festeja amendoeiras em flor

17 Rainha da Amendoeira em Flor apresenta cartaz atractivo

18 Matias Damásio e Cuca Roseta são cabeças de cartaz das festas de Constância

19 Vinhos portugueses podem aumentar exportações se diversificarem oferta

21 Azeite alentejano é reconhecido como sabor do ano 2018

22 Espinho com cabazes do PROVE de legumes que vão da horta para o cliente

23 Relatório mostra tendências de distribuição de produtos frescos para os próximos dez anos

26 Cooperativa Terras de Besteiros e ADS ‘discutem’ “Ajudas para a Agricultura”

30 Miguel Freitas nas comemorações dos 10 anos de blogger agrícola

32 Vinhais com 120 novos projectos de 7 ME para desenvolvimento rural

35 Festival Internacional mostra cantares e desgarradas ao desafio

37 Brasileira Maria Rita é a primeira novidade da Feira de S. Mateus 2018

38 Governo alarga até 28 de Fevereiro entrega de declaração de existências apícolas

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O festival do Baixo Alentejo que une a programação musical – clássi-ca e tradicional – a actividades de valorização do património e de

salvaguarda da biodiversidade, está de volta para uma nova temporada, que se estende até Julho.

O arranque desta décima quarta edição vai ser já a 17 de Fevereiro na Vidigueira, “terroir” de sublimes vinhos, onde a cultura e natureza andam de mãos dadas ao longo de paisagens de cortar a respiração.

O Terras sem Sombra propõe uma experiência aberta a todos os sentidos, convidando os espectadores em cada fim-de-semana a vi-verem um programa aliciante, que associa a descoberta de notáveis repertórios e intérpretes à visita a monumentos extraordinários, ge-ralmente inacessíveis ao público, e à participação em acções de sal-vaguarda da biodiversidade.

A tarde de sábado, dia 17, é dedicada, a partir das 14h30, a co-nhecer uma propriedade particular, o convento carmelita de Nossa Senhora das Relíquias (Quinta do Carmo). Vasco da Gama, o célebre navegador, 1.º conde de Vidigueira, faleceu em Cochim, na Índia, em 1524. Os restos mortais do almirante vieram para a igreja deste convento, em 1539, e aí estiveram até à sua trasladação para o mosteiro dos Jerónimos, em 1880. Cuidadosamente preservada, a velha casa religiosa é um tesouro de arte. A orientação da visita está a cargo dos proprietários, Mário, Susana e Filipa Maia e Silva, e do arquitecto José António Falcão.

A igreja matriz de Vila de Frades, às 21h30, recebe o Vaszy Viktor Kamarakórus (o Coro de Câmara da Ópera Nacional e da Catedral de Szeged), sob a direcção de Sándor Gyüdi. A inicia-tiva resulta da parceria do Festival com a Câmara Municipal e a Adega Cooperativa locais, além do Turismo do Alentejo e do Ministério da Cultura.

Fundado no ano de 1958 em Szeged, a terceira cidade da Hungria, país convidado desta edição, o Vaszy Viktor Kama-rakórus tem pisado os principais palcos do mundo. O maestro Sándor Gyüdi, detentor de importantes prémios e de extensa discografia, constitui uma referência internacional para quem gosta de polifonia, desde a tradição gregoriana até aos maio-res compositores sacros da actualidade.

A manhã do dia 18, a partir das 10h00, é votada às tradi-ções vitivinícolas da região. Sob a orientação de Virgílio Lou-reiro, professor no Instituto Superior de Agronomia de Lis-boa e José Miguel Almeida, agrónomo e presidente da Adega Cooperativa, mas também de produtores, como Joaquim Galante de Carvalho e Arlindo Ruivo, vão ser percorridas vinhas centenárias, de onde provém a uva utilizada no céle-bre vinho de talha ou “petroleiro” – um vinho medieval feito com tecnologia romana. Participar na poda, na época pró-pria para isso, e confrontar práticas antigas e modernas, eis o desafio lançado aos voluntários do Festival.

Nascido em 2003, o projecto Terras sem Sombra resul-

Festival do Baixo Alentejo decorre até Julho

Terras sem Sombra abre XIV edição na Vidigueira

FESTIVAIS GASTRONÓMICOS

De 23 de Fevereiro a 18 de MarçoFestival de Chocolate em Óbidos

Realizado na pitoresca Vila Medieval de Óbidos, este Festival transporta grandes e pequenos para um mundo de fantasia onde o Chocolate é protagonista. Com deco-rações e cenários coloridos, actividades e muita anima-ção para todas as idades, este é um evento inesquecível que irá divertir toda a família!

De 2 e 4 de Março – SilarcaFestival do Cogumelo

Realizado na freguesia de Cabeça Gorda, no concelho de Portel, este evento recebe expositores com produtos ligados à produção de cogumelos, ervas aromáticas, licores regionais, doçaria tradicional, bordados e costu-ras, bem como algum artesanato regional.

FEIRAS SECTORIAIS

De 27 de Abril a 1 de Maio - Ovibeja 2018“Todo o Alentejo deste mundo” é o slogan que promoveu

Agen

daum certame que atrai agricultores, mas dezenas de milhares de visitantes. Exposição pecuária, boa gastronomia alentejana e os melhores concertos.

De 15 a 17 de Junho - Feira do Campo Alentejano Esta feira agroindustrial, promovida pela Câmara de Aljustrel, já conquistou o seu lugar no panorama regional, do sul do país,

FEIRAS DE FUMEIRO

Nos dias 3, 4, 10 e 11 de MarçoFeira do Fumeiro de Trancoso

Este evento conta com produtores de enchidos e fumados, quei-jos, pão, doçaria regional, vinhos, mel, azeites e ainda artesanato regional.

FEIRAS DO QUEIJO

De 23 a 25 de FevereiroFeira do Queijo do Alentejo 2018

A tecnologia artesanal do queijo tem grandes tradições no Alentejo, nomeadamente em Serpa, onde, desde sempre, desempenhou um papel de grande importância económica.

ta de uma iniciativa da sociedade civil. Tem como promotora a associação Pedra Angular e resulta da parceria entre várias entidades. O festival itinera nos concelhos de Sines, Santiago do Cacém, Ferrei-ra do Alentejo, Odemira, Serpa, Mértola, Barrancos, Elvas e Beja, de 17 de Fevereiro a 8 de Julho. Todas as actividades são de acesso livre.

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XVI edição decorre de 23 de Fevereiro a 18 de Março

Alterações Climáticas são o mote do Festival Internacional de Chocolate de Óbidos de 2018

Óbidos é o epicentro para os chocólatras. O evento, que vai decorrer de decorre de 23 de

Fevereiro a 18 de Março, estará aberto ao público de sexta-feira a domingo, em quatro fins-de-semana consecutivos, na Cerca do Castelo, em Óbidos.

Este ano, a temática são as alterações climáticas. Esta é uma excelente oportunidade para, em família, se divertir, mas também para aumentar uma cons-ciência cívica e ambiental, que possa promover com-portamentos que assegurem a sustentabilidade do nosso Planeta...o único com chocolate!

A organização considera essencial, nesta era de tec-nologia, conseguir conectar as novas gerações a uma consciência ambiental, capacitando-os para interagir com o mundo, preservando o meio ambiente de modo a não comprometer os recursos naturais no futuro. Assim, uma das grandes novidades será a entrada livre a crian-ças até aos 11 anos, inclusive.

Na Cerca do Castelo, as famílias serão desafiadas a ex-perimentar cozinha molecular, enquanto esperam pelos saborosos croissants que deixaram no forno, a assistir a oficinas de culinária no palco showcooking e ao lançamen-to de novos produtos. Ponto obrigatório do Festival são as esculturas de chocolate, verdadeiras obras artísticas,

De 3 e 11 de Março, nos restaurantes aderentes

Lampreia e vitela convidam a descobrir Sever do Vouga

Dois pratos fortes da cozinha tradicional severense voltam a encontrar-se à mesa dos restaurantes aderentes, entre os dias 3 e 11 de Março, durante a

Rota da Lampreia e da Vitela. Promover e divulgar Sever do Vouga, contribuindo para a dinamização económica e cultural, através da valorização de produtos lo-cais, é o objectivo da iniciativa, que vai na sua XVIII edição.

Dando continuidade à parceria estabelecida com a Câmara de Sever do Vouga e a colaboração da Entidade Regional da Turismo Centro de Portugal, a Confraria Gastronómica de Sever do Vouga organiza a rota que, este ano, conta com seis restaurantes aderentes: “Santiago”, “Quinta do Barco”, “Quinta Nova”, - nas mar-gens do rio Vouga, - “O Cortiço” e “O Vitorino”, no centro da vila, e ainda o “Café Restaurante Cortiço”, em Cedrim.

Durante nove dias, os sabores genuínos da gastronomia que atravessam ge-rações vão afagar o paladar de quem visita o concelho. Apreciada desde os tempos da Idade Média, quando era utilizada como forma de pagamento de impostos aos senhores feudais, a lampreia continua a ocupar um lugar de des-taque na gastronomia da nossa região. A rota é assim uma oportunidade a não perder pelos apreciadores da boa mesa, que poderão degustar os seus diferentes modos de confecção, como o “arroz de lampreia” ou “lampreia à bordalesa”.

Para quem não é apreciador de lampreia, a vitela, que em 2006 passou a integrar a rota, é uma opção. A vitela assada com arroz de forno é um prato gastronómico de referência que pode ser saboreado durante todo o ano e cuja qualidade e fama ultrapassam os limites geográficos de Sever do Vouga.

O mês de Março volta assim a cumprir a tradição e renova o convite para saborear uma gastronomia de qualidade e que se estende também ao patri-mónio natural, cultural e histórico. Trata-se de uma iniciativa, como explica a Câmara Municipal, que tem vindo a renovar a sua importância enquanto produto turístico e vai ao encontro do desenvolvimento estratégico do con-celho, em que a gastronomia conduz à descoberta de outras potencialida-des. São exemplo disso as paisagens naturais, em que os rios e quedas de água convidam ao descanso e à aventura, o património histórico, com destaque para os monumentos megalíticos que constituem um verdadei-ro museu ao ar livre, e ainda o património cultural que pode ser explorado numa visita à Casa do Artesão ou ao Museu Municipal. Motivos não faltam para visitar e descobrir Sever do Vouga.

XI Capítulo com entronização de novos confrades

A Rota arranca, no dia 3 de Março, com a realização do XI Capítulo da Confraria Gastronómica de Sever do Vouga em que serão entronizados novos confrades (honorários e cavaleiros). Para dar as boas vindas, es-tão convidadas entidades ligadas ao Turismo e confrarias de diferentes pontos do país e da região.

Depois da concentração (9,30 horas) para a tradicional foto da famí-lia confrádica, nas escadarias da Câmara Municipal, os confrades irão desfilar pela avenida principal da vila de Sever do Vouga anunciando o certame que tem início marcado para as 10,15 horas, no Centro das Artes e do Espectáculo. Ali, poderão provar os sabores regionais numa degustação a cargo da Chef Alice Bruçó, do restaurante “Quin-ta do Barco”. Receitas dos tempos das avós como as papas carolas e feijoada no forno e outras igualmente típicas como rojões da tripa, morcela e mão de vaca com grão são algumas das especialidades que serão servidas.

Pelas 11 horas, decorrerá a abertura oficial da rota, com a ceri-mónia de entronização e bênção das bandeiras. Este ano, o almoço dos confrades tem lugar no restaurante “O Vitorino”, no centro da vila.

realizadas pelo chef chocolatier brasileiro Abner Ivan e a sua equipa.

A par, estarão ainda dezenas de expositores, onde se pode-rão encontrar as mais variadas marcas nacionais e internacio-nais que trabalham o guloso ingrediente, desde a pastelaria aos bombons e ainda a cerveja de chocolate. Enfim, serão diversos os momentos repletos de sabor e sabedoria ambien-tal.

No dia 16 de Fevereiro, numa iniciativa que antecipa o Fes-tival Internacional de Chocolate de Óbidos, no Centro Cul-tural das Caldas da Rainha (CCC), pelas 21,30 horas, desfi-larão autênticas preciosidades em tecido e em chocolate, numa passagem de Modelos com muito sabor, música e espectáculo, cimentando uma parceria que teve início na edição passada entre os Municípios das Caldas da Rainha e Óbidos. O bilhete de entrada geral no evento é de 6,5 euros.

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Certame recebe este ano 70 expositores

Miranda do Douro vai repensar modelo do Festival

dos Sabores

O presidente da Câmara de Miranda do Douro disse que é preciso repensar o modelo de funcionamento do Festival dos Sabores Mi-

randeses, um certame que está “em franco crescimento” e que este ano recebeu 70 expositores.

“Fechamos as inscrições para a participação no certame, mas ainda continuamos a ter solicitações para as quais não temos capacidade de resposta”, observou Artur Nunes, que quer aumentar os espaços para expositores e repensar toda a organizar toda a orgânica do certame.

O Festival dos Sabores Mirandeses realiza-se há duas décadas em Miranda do Douro, no distrito de Bragança, sendo dedicado às princi-pais raças autóctones do Planalto. “O sector agropecuário está mais forte no concelho e este Festival dos Sabores tem por objectivo dina-mizar, promover e atrair visitantes para contribuírem para dinamiza-ção económica do território do concelho de Miranda do Douro e do Planalto Mirandês”, vincou o autarca.

Segundo a organização do festival, os produtores há já algum tempo que estão a produzir fumeiro, doçaria tradicional, compo-tas, queijos, cerveja, entre outros produtos endógenos, de forma a abastecer o certame.

A iniciativa serve também para mostrar aos visitantes a “singu-lar” cultura mirandesa e, por isso, o recinto da feira recebe as tra-dicionais danças dos pauliteiros e as arrudas ao som das gaitas de fole, caixa e bombo. “Dentro das tradições culturais da Terra de Miranda, a língua mirandesa assume um papel principal no seio do evento, porque será possível contactar directamente com os falantes da segunda língua oficial em Portugal”, acrescentou Ar-tur Nunes.

Para além destas componentes culturais, há ainda os encon-tros cinegéticos, passeios BTT, passeios pedestres pelo Douro Internacional e degustações gastronómicos. Dada a proximida-de com a vizinha Espanha este ano prevê-se uma afluência de visitantes vindo do país vizinho.

O Festival de Sabores Mirandeses decorre de 16 a 18 de Fe-vereiro num recinto coberto com mais de mil metros quadra-dos, abrigando os visitantes das eventuais condições climaté-ricas adversas.

Dia 11 de Março todos os caminhos vão dar à VII Feira do Fumeiro do Demo, em Vila Nova de Paiva. O Parque Urbano de Touro acolhe mais

esta edição, promovida pelo Município de Vila Nova de Paiva, em parceria com a Junta de Freguesia de Touro.

Este certame continua a apostar no fumeiro típico, resultado das tradi-ções gastronómicas ancestrais das gentes das Terras do Demo que ainda perduram, dos sabores e saberes genuínos reflectidos na qualidade do fumeiro, ainda seco à lareira.

Além de meio de divulgação do concelho e a par de outros certames que se realizam durante o ano, a Feira do Fumeiro do Demo tem po-tenciado uma forte dinâmica económica, através dos seus produtos de qualidade e gastronomia ímpar, que reúnem toda a riqueza do meio rural.

Ao fumeiro aliam-se ainda os produtos regionais, o artesanato, os restaurantes e tasquinhas gastronómicas, o showcoocking, a prova de fumeiro, o porco no espeto, a animação constante e as actuações mu-sicais.

A novidade deste ano é o espaço de showcooking com um chef con-vidado, que irá apresentar algumas propostas culinárias em que o fumeiro típico será o ingrediente de destaque na criação de pratos de deixar água na boca.

Esta sétima edição conta com a animação itinerante das Marias Malucas – Romeiras de Portugal, arruadas com a Fanfarra de Touro e o Grupo de Bombos de Pendilhe e as actuações do Grupo de Con-certinas Amigos de SE VER, do Grupo Solidó e de José Malhoa, para encerrar o certame.

A 11 de Março no Parque Urbano de Touro

Vila Nova de Paiva prepara VII Feira do Fumeiro do Demo

AF_CA_AGRI_2018_IMP_264x48mm_CV.indd 11 09-01-2018 18:07:58    Venha à descoberta…   

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No Pavilhão de Feiras e Exposições

Feira mostra sector agroalimentar

de Ponte de Lima

Mostrar, divulgar e promover o melhor do que se produz no sector agroalimentar em Ponte de Lima, sendo esta uma das

áreas que mais se tem desenvolvido no concelho, ao longo dos últi-mos anos, é o principal objectivo da Feira 100% Agrolimiano.

O certame, que vai na terceira edição, decorre a 17 e 18 de Fe-vereiro no Pavilhão de Feiras e Exposições de Ponte de Lima. Em colaboração com os parceiros, produtores, expositores e empre-sários é, assim, possível apresentar uma mostra de excelência do mundo rural, com venda e exposição de vinho Loureiro e Vinhão, enchidos e fumados, leite, carne de Raças Autóctones, cavalos, fruta, sidra, mel, cogumelos, caracóis, e outros produtos 100% limianos.

Esta feira tornou-se já numa mostra dos produtos endógenos, uma das áreas que mais se tem desenvolvido no concelho, ao longo dos últimos anos. “Este crescimento deve-se não só a uma maior valorização dos produtos endógenos, mas também à aposta em novos negócios, com produtos únicos e de quali-dade. O crescimento do sector tem-se manifestado também no número de postos de trabalho criados, o que tem permitido uma maior valorização dos produtos endógenos, e no surgi-mento de novos negócios, com produtos únicos e de qualida-de”, refere a autarquia.

No âmbito desta feira, realiza-se o VIII Concurso de Raça Holstein Frísia do Alto Minho, numa parceria entre o Municí-pio de Ponte de Lima e a Cooperativa Agrícola dos Agriculto-res do Vale do Lima (Coopalima) com o apoio da Associação Portuguesa dos Criadores da Raça Frísia, da Associação de Apoio à Bovinicultura do Norte e da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima.

Os bovinos de Raça Frísia têm grande expressividade na região e, como tal, são um elemento chave no desenvolvi-mento do sector primário deste concelho minhoto. Além disso, a excelente qualidade da carne e a grande capaci-dade de produção de leite fazem deste um dos produtos

endógenos de maior relevância e que conta com cada vez mais apreciadores e criadores. Para além do Concurso da Raça Frísia do Alto Minho, irão desenvolver-se outras actividades, com destaque para os primeiros Agrojogos Limia-nos e o Workshop “Pratos com Histórias”, por Saphir Cristal.

Dirigida ao público em geral e aos profissionais do sector a Feira 100% Agrolimiano contará com a presença do programa Aqui Portu-gal, da RTP, na tarde de sábado, naquela que será

uma verdadeira montra, onde as potencialidades turísticas do concelho de Ponte de Lima estarão em destaque.

Autarquia aposta em eventos na época baixa

Este certame insere-se na aposta da autarquia de Ponte de Lima para a época baixa, procurando, assim, atrair visitantes, ao mes-mo tempo que promove e divulga os seus produtos endógenos. Esta aposta passa pela selecção e potencialização de um conjun-to de atributos específicos do concelho, cujo reconhecimento per-mite definir as vantagens competitivas sustentáveis e baseadas em recursos endógenos e únicos.

Durante a época baixa, de Dezembro a Maio, a autarquia de Ponte de Lima promove um conjunto de eventos, tornando o território num polo permanente de atracção. “O projecto tem permitido uma maior valorização por parte da população dos recursos endógenos, dinamizando a economia local. Em simul-tâneo, a aposta em produtos singulares e de máxima qualida-de, são determinantes para o êxito deste projecto”, refere a autarquia.

Esta é, por isso, uma alavanca fundamental para que as em-presas tenham condições de gerar riqueza e criar emprego, sendo este um território onde a produção de qualidade é uma marca distintiva e um factor de promoção e atracção.

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Nos fins de semana de 2 a 4 e 10 e 11 de Março

Feira do Fumeiro e dos Sabores do Nordeste Beira destaca o vinho produzido em Trancoso

O vinho é, nesta edição, um dos destaques da Feira do Fu-meiro e dos Sabores do Nordeste Beira, que terá lugar em

Trancoso nos fins de semana de 2 a 4 e 10 e 11 de Março. Sendo um evento em que o fumeiro é o rei, a Câmara de Trancoso entendeu que o sector do vinho, que tem vindo a ganhar cada vez mais notoriedade, merecia “uma referência especial” neste evento, como garantiu o presidente da Câmara local. Amílcar Salvador, à Gazeta Rural, diz que “vão ser dois grandes fins--de-semana”, pois “esta é uma feira com um cariz comercial muito forte”.

Gazeta Rural (GR): Este ano a Feira do Fumeiro e dos Sabores do Nordeste Beira terá uma aposta forte no vinho?

Amílcar Salvador (AS): Naturalmente que a Feira man-tém a aposta no fumeiro, dando visibilidade a um sector que é muito importante no concelho, onde temos várias empre-sas com algum volume de negócio nesta área, mas também queremos dar uma importância maior ao vinho.

Este é um evento que, de uma forma geral, é uma mos-tra dos sabores do Nordeste da Beira, começando pelos enchidos, queijo, azeite, pão, vinho, assim como a doçaria conventual desta região, de que as sardinhas doces são o seu maior expoente.

Vão ser dois grandes fins-de-sema-na, pois esta é uma feira com um cariz comercial muito forte, realizada numa altura em que muita gente nos visita, especialmente de Viseu, Coimbra, Avei-ro, Grande Porto, mas também de Lis-boa, pois Trancoso é uma porta de en-trada para uma região que nesta altura tem como grande cartaz as amendoeiras em flor.

São dois fins-de-semana muito impor-tantes para o concelho, num certame onde os nossos produtores têm a opor-tunidade de mostrar e divulgar os seus produtos, de fazer contactos comerciais e onde são transaccionados muitos milhares de euros.

GR: Este evento começava, normal-mente, no último fim de semana de Fe-vereiro. A sua realização em Março teve a ver com algum atraso na floração das amendoeiras?

AS: É um cartaz que atrai muita gente. Nós temos que trabalhar com os concelhos à nos-sa volta e reputo esta ideia como muito impor-tante. A região tem que tirar partido daquilo que os concelhos fazem e nós sabemos que as amendoeiras em flor são um motivo de atrac-ção para muitos milhares de pessoas, muitas das quais passam em Trancoso, fruto as exce-lentes acessibilidades que temos. Deste modo, procurámos que este evento coincidisse com esse cartaz turístico, que é importante para toda a região e que vai até meados de Março.

GR: Disse que os enchidos é um sector im-portante para Trancoso. Porém, o vinho tem sido um sector em crescimento e cada vez com maior notoriedade, nomeadamente atra-vés da Adega de Vila Franca das Naves?

AS: É um produto de grande qualidade. A Adega de Vila Franca das Naves lançou algumas marcas de vinhos que têm recebido notas muito positivas da crítica, o que mostra o trabalho e a aposta na quali-dade que tem vindo a ser levada a cabo.

É por isso que a autarquia pretende dar destaque a este produto na Feira do Fumeiro, realçando a sua importância e apostando na promoção e divulgação do vinho que é produzido no nosso concelho.

Sabemos que este é um produto oriundo da parte nascente do concelho, mas há um conjunto de fregue-sias onde este sector já tem algum peso na sua eco-nomia.

GR: A produção de queijo é outro sector impor-tante?

AS: Teremos hoje no concelho cerca de 17 mil ovinos, num sector que tem vindo a crescer. Queremos apostar mais na certificação do queijo, uma vez que estamos in-seridos na Região Demarcada de Queijo Serra da Estrela. Na feira temos vários produtores artesanais, com queijo de excelente qualidade. É um sector que também quere-mos promover e ajudar no escoamento do produto.

Nó s s e m e a m o s . . .NEGÓCIO!

Valada do Ribatejo5 | 6 | 7 SETEMBRO 2018

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Foz Côa volta a promover a Festa da Amendoeira em Flor, cujo pro-grama apresenta mais de 40 actividades. De 23 de Fevereiro a 11

de Março são milhares que passam por Vila Nova de Foz Coa, território que é património mundial e que recebe nesta altura a maior festa do concelho

Em entrevista à Gazeta Rural, o vereador da Câmara de Foz Côa diz que o programa “é muito equilibrado”, num cartaz que conta, entre ou-tros, com Francisco Meneses, Miguel Araújo, Diogo Piçarra, Fernando Daniel e Sons do Minho.

Segundo João Paulo Sousa são “mais de quatro dezenas de activi-dades”, num programa que visa “manter o nome de Foz Côa – Capital da Amendoeira em Flor, assumindo essa liderança”. Com um investi-mento de cerca de 120 mil euros, “queremos atrair gente a este ter-ritório”, pois “temos uma paisagem única, património e gastronomia do melhor”, garante.

Gazeta Rural (GR): A Festa da Amendoeira em Flor apresenta um programa recheado e com nomes de peso. É o melhor cartaz dos últimos anos??

João Paulo Sousa (JPS): O cartaz está muito equilibrado. Tentá-mos fazer um programa que, para além de nomes de peso, arras-ta sempre muita gente e onde, este ano, tentámos envolver mais as freguesias e as sinergias locais. Temos a quase totalidade das freguesias envolvidas, cada uma promovendo a sua actividade, sempre viradas para a parte da etnografia, da gastronomia e da agricultura, e apresentando os seus produtos.

Nesse sentido, em 15 dias, vamos ter quatro feiras dispersas pelo concelho. A novidade será a NaturAlmendra, uma feira rea-lizada em dois dias na freguesia de Almendra; a Feira da Quin-zena; a Feira de Produtos Regionais na freguesia de Seixas e a Feira Franca em Foz Côa.

Para além disto, temos actividades cinegéticas, com uma largada de caça, montarias, actividades desportivas, com jo-gos tradicionais, karaté, torneios de sueca, bem como pas-seios todo-o-terreno, de carros e motas, e sete percursos pedestres. Nesta actividade contamos com a colaboração de Fundação Côa Parque, uma vez que esta festa, para além das amendoeiras, realça também o nosso riquíssimo património. Convém lembrar que, por exemplo, o Passeio das Mós junta sempre mais de três centenas de pessoas, o que é de real-çar.

No âmbito da gastronomia teremos uma sessão de show cooking com o Marco Costa, um reputado pasteleiro; a co-zedura do pão de forma tradicional numa freguesia, entre muitas outras actividades, onde destacaria exposições fo-tográficas, um festival de folclore e o já tradicional desfile

De 23 de Fevereiro a 11 de Março, em Foz Côa

Capital da Amendoeira em Flor

apresenta mais de 40 actividades

etnográfico.Destaque para o dia de abertura com o Fran-

cisco Meneses, a presença da RTP, duas exposi-ções permanentes: os Lugares de Azeite, uma exposição fotográfica de um dos nossos recursos endógenos, e Rostos Fozcoenses, que mostram ex-pressões faciais de gente da nossa terra, que ex-pressam a vida dura nesta região.

Resumindo, estamos a falar de mais de quatro de-zenas de actividades, com a quase totalidade das freguesias e colectividades envolvidas, numa total de mais de três mil pessoas. Queremos com isto manter o nome de Foz Côa – Capital da Amendoeira em Flor, assumindo essa liderança, num investimento de cerca de 120 mil euros, igual ao dos últimos anos. Queremos atrair gente a este território. Temos uma paisagem única, património e gastronomia do melhor.

GR: Como estão as amendoeiras este ano?JPS: Um pouco atrasadas, e ainda bem, mas acredito

que na última semana de Fevereiro já tenhamos muita amendoeira florida e na primeira quinzena de Março o espectáculo será fantástico. É bom lembrar que come-çamos a preparar este evento em Outubro e não conse-guimos perspectivar a altura certa, mas não varia muito.

GR: Tem-se verificado o aumento de área de amendoal no concelho?JPL: Nos últimos anos tem havido uma aposta neste sector, com alguns

investimentos, porque a amendoeira tem hoje outras fontes de rendimen-to para além do fruto. Por exemplo a casca é utlizada para aquecimento e o fruto tem aplicações na cosmética, na gastronomia, entre muitas outras utilizações.

A amêndoa que se produz nesta região é de grande qualidade, que rivaliza com a melhor do mundo, pelo que é natural essa aposta. Hoje a amêndoa é vista de uma forma diferente de há uns anos atrás, pelo que tem havido algum investimento. Evidentemente que neste concelho, onde se aposta fortemente no sector do vinho, ainda estamos longe do desejável, mas, garantidamente, não tem havido diminuição da área de amendoal, o que já é, por si, um sinal positivo.

GR: O azeite é outro dos produtos que tem vindo a destacar-se nes-ta região?

JPL: Estamos a falar de produtos de excelente qualidade, pelo que o que necessitamos é de algum investimento. Sentimos que alguns produtores de vinho e alguns jovens agricultores, em pequena esca-la, estão a olhar para o azeite como um produto de enorme poten-cial.

Por exemplo, na restauração do concelho já se substituiu a man-teiga pelo azeite. Por falar nisso, na abertura da exposição Lugares de Azeite vamos ter uma prova de azeites com produtores convi-dados.

Acredito que em breve o azeite produzido em Foz Côa, não diria que terá a mesma escala do vinho, mas é um produto com muito potencial e do qual se vai falar muito.

GR: A Festa da Amendoeira em Flor é um evento que visa atrair gente ao território. É possível estimar o número de visitantes que passa pelo concelho durante as festas?

JPL: É a pergunta que me fazem sempre e para a qual não tenho resposta. É que, no âmbito da Rota das Amendoeiras em Flor, há circuitos específicos dos agentes de viagens, que vêm da região do Douro, do Minho e de outras regiões do país, que trazem muita gente, quase sempre para o último fim de se-mana. Nessa altura Foz Côa fica repleta de visitantes. É difícil contabilizar um número, pois andam dispersos por todo o con-celho.

Como disse, durante aqueles três fins-de-semana temos mais de 40 actividades. Só no Desfile Etnográfico diria que passam mais de cinco mil pessoas. Contudo, só no desfile são mais de setecentos figurantes.

GR: É uma altura boa para a restauração e hotelaria?JPL: Se no primeiro fim-de-semana ainda têm alguma fol-

ga, nos seguintes não há capacidade de resposta, porque é muita gente. Contudo, come-se muito bem em Foz Côa e isso é garantido.

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De 18 a 20 de Maio, no Expocentro, em Pombal

Presidente da República concede Alto Patrocínio à Feira Nacional da Floresta

O Expocentro, em Pombal, recebe de 18 a 20 de Maio, a segunda edição da

Feira Nacional da Floresta, que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, repetindo o patro-nato que recebeu também na primeira edi-ção deste certame, em 2016.

A organização do certame regozija-se por este importante patrocínio, que é tido como um alto reconhecimento da pertinência e do interesse da promoção desta Feira como um espaço de debate e de discussão sobre toda a fileira.

A II Feira Nacional da Floresta é uma organi-zação do Município de Pombal, em parceria com a Cooperativa Agrícola do Concelho de Pombal, a Associação de Produtores Florestais de Pom-bal, a Associação de Desenvolvimento e Iniciati-vas Locais de Pombal e a Associação de Destila-dores e Exploradores de Resina.

De 9 a 11 de Março

Freixo de Espada à Cinta promove Feira

Transfronteiriça e festeja amendoeiras em flor

De 9 e 11 de Março Freixo de Espada à Cinta está em festa. O município promove a Feira Transfronteiriça das Arribas do

Douro e Águeda, certame coincidente com a feira do mês, que se realizará sábado, 10 de Março.

O Pavilhão Gimnodesportivo, localizado no Jardim da Seda conti-nuará a ser o local de realização da XVIIIª edição de um certame que foi reajustado para três dias, em detrimento de dois fins-de--semana.

O evento, que é uma mostra das potencialidades do concelho, com destaque para os produtos endógenos locais, junta no mes-mo cartaz de atracção das amendoeiras em flor, o grande cartaz turístico do nordeste da Beira e Trás-os-Montes.

Em Figueira de Castelo Rodrigo, durante três fins-de-semana

Rainha da Amendoeira em Flor apresenta cartaz atractivo

Mais uma vez Figueira de Castelo Rodrigo promove, durante três fins-de-semana, as festas associadas a um ‘cartaz’ que atrai mi-

lhares de visitantes. A Rainha da Amendoeira em Flor apresenta um programa atractivo, numa altura do ano em que os campos mostram uma paisagem única e arrebatadora.

São três fins-de-semana (de 16 de Fevereiro a 11 de Março) de muita animação, com Ágata e a dupla Quim Roscas e Zeca Estacionâncio como cabeças de cartaz no programa, a que se juntam artistas lo-cais. O último fim de semana é dedicado aos amantes das duas ro-das, numa concentração onde são esperados algumas centenas de motards.

Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Fi-gueira de Castelo Rodrigo destacou o “cartaz diversificado e rechea-do”, como motivo de uma visita ao território nesta altura do ano. Paulo José Langrouva salientou o facto de a Câmara estar a incen-tivar os agricultores à plantação de amendoeiras, com a autarquia a dar o exemplo, contribuindo assim para que este seja um ‘cartaz’ cada vez maior e mais apelativo.

Gazeta Rural (GR): Figueira vai, durante três semanas, festejar as amendoeiras em flor. O que destaca no progra-ma deste ano?

Paulo José Langrouva (PJL): Temos um cartaz bastante di-versificado e recheado para todos aqueles que nos visitem. Con-siderando que estamos no Ano Europeu do Património Cultural, entendemos que devíamos ter um cartaz apelativo e que vá de encontro às expectativas dos amantes da amendoeira em flor.

Assim, teremos uma grande diversidade de actividades que vão desde o todo-o-terreno, às montarias, - para quem gosta de caça, - mas também para o cicloturismo, ou seja, um cartaz diversificado, que inclui muita animação, com bandas que ani-marão todas as noites.

Efectivamente, entendemos que é um cartaz rechegado de novidades e que vai de encontro às expectativas de quem nos visita. Temos artistas de renome, como Ágata e a dupla Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, para além de vários artistas e bandas locais.

GR: As festas são uma forma de atrair gente ao ter-ritório, que tem muito para oferecer?

(PJL): Este é um território riquíssimo, não só em patri-mónio, - seja arquitectónico, paisagístico ou cultural, - mas também nos aspectos gastronómico e vínico. Temos o bor-rego da Marofa, um prato típico da região e um chamariz

para quem nos visita, para além dos nossos vi-nhos, que são únicos.

Mas a rainha da festa é a amendoeira em flor. Teremos campos verdejantes, paisagens únicas e coloridas, que permitirão sensações únicas e uma experiência diferente para quem nos visita.

GR: Como está o sector da amendoeira no concelho?

PJL: Nos últimos anos notámos um crescimento significativo. Em abono da verdade temos que di-zer que o Município tem promovido as festas, mas também tem tido a preocupação de incentivar a plantação de novos amendoais. Aliás, temos um re-gulamento especifico, que é “Figueira + Verde” e “Fi-gueira Empreende +” que visa, efectivamente, dar a possibilidade aos nossos agricultores de terem alguns benefícios para a plantação de amendoeiras, mas tam-bém de laranjeiras, figueiras, castanheiros, entre ou-tras espécies autóctones. Penso que isto é importante referenciar, pois se queremos ter amendoeira em flor é preciso que haja a sua plantação, que o município tem incentivado. Isso tem vindo a acontecer e os apoios es-tão em vigor.

Se queremos que esta iniciativa cresça, que seja um cartaz importante para o concelho, com todos o colorido que lhe está associado e que é um motivo de atracção, temos que incentivar a respectiva plantação. Aliás, o Mu-nicípio vai dando o exemplo com a plantação de amen-doeiras.

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Os vinhos portugueses apresentam fortes potencialidades para crescerem no mercado da exportação, se tirarem partido das

diferentes Denominações de Origem Protegida (DOP) e Indicações Geográficas (IG), afirmou o presidente da ViniPortugal.

“Quem quiser ter sucesso no mercado mundial do vinho, tem de pensar em ter uma oferta diversificada com vinhos brancos, tintos, rosés, espumantes e vinhos leves”, afirmou Jorge Monteiro, presi-dente da ViniPortugal, associação interprofissional do sector vitivi-nícola e entidade gestora da marca Wines of Portugal.

Apesar de ter explorações de pequena dimensão e uma área de vinha pequena por comparação a outros países, Portugal é o décimo primeiro produtor mundial de vinho, detendo 2 % da produção mundial.

Mas é o terceiro país a nível mundial com maior variedade de castas (250), possuindo 31 DOP e 14 IG, que representam 89% da produção, que são encaradas como uma potencialidade.

Portugal é o oitavo maior exportador mundial de vinho (num ranking liderado pela França), detendo 1% das exportações mundiais de vinho, com 747 milhões de dólares facturados a um preço médio por garrafa de 3,51 dólares.

O país sobe para sétimo no ‘ranking’ do preço médio por garrafa, vendendo mais caro do que a Espanha (2,37 dólares), que é o terceiro maior exportador mundial. “Não podemos as-sentar as vantagens competitivas nos preços baixos, mas na competitividade dos custos”, procurando ter um maior rendi-mento por hectare, apontou.

Face à área de vinha do país, Jorge Monteiro sublinhou que o futuro dos vinhos portugueses “passa por crescer o preço de venda e ir à procura de mercados que valorizam os vi-nhos”, dando os exemplos dos Estados Unidos da América, Canadá, Suíça, China, Japão e África do Sul.

O presidente da ViniPortugal alertou também para a ne-cessidade de os produtores se adaptarem às preferências dos consumidores e às oscilações da economia. A pensar na internacionalização dos seus vinhos, os produtores de-

vem continuar a certificar vinhos, acrescentou Maria Fernão-Pires, do Instituto da Vinha e do Vi-nho, segundo a qual os vinhos DOP e IG, que re-presentam dois terços da produção nacional, são aqueles que são mais valorizados no mercado.

Os dois oradores falavam durante uma con-ferência sobre vitivinicultura, organizada pela Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa e pelas câmaras de Torres Vedras e Alenquer por serem “cidade europeia do vinho” em 2018. Alenquer e Torres Vedras estão entre os cinco concelhos do país com mais área de vinha.

Constância volta a engalanar-se para receber as Festas do Con-celho/Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, que este ano

têm como principais atracções Matias Damásio e Cuca Roseta. O primeiro actua na primeira noite das festas, 31 de Março, com

Cuca Roseta a subir ao palco na última noite das festas, a 2 de Abril. Pelo meio, a 1 de Abril, a noite é animada pelos The Remember.

E se a parte de animação é um motivo para atrair gente a este concelho ribeirinho, as ruas floridas e a bênção dos barcos, na confluência dos rios Zêzere e Tejo, são outro motivo de atracção. As Festas do Concelho vão ter lugar de 31 de Março a 2 de Abril e foram apresentadas bastante mais cedo do que em anos ante-riores.

Para presidente da Câmara de Constância as festas devem “procurar conciliar o que é tradição, com modernidade e atrac-tividade que as mesmas devem ter”, referiu Sérgio Oliveira, acrescentando que servem também para “atrair pessoas, trazer movimento à Vila e ao concelho e projectá-lo para o exterior”.

O autarca revelou que as festas de 2018 são “mais baratas do que em anos anteriores”, apontando um orçamento que deve rondar “entre os 100 e os 120 mil euros”, referiu Sérgio Oliveira, realçando que “as Festas são um investimento”, com a autarquia a ter a preocupação de “fazer festas boas e ba-ratas”.

Um dos grandes atractivos são as ruas floridas. Para fazer face ao despovoamento que o centro histórico da Vila tem sofrido, e para que possa haver mais ruas decoradas, a au-tarquia desafiou as colectividades do concelho a juntarem--se aos moradores locais não só na confecção de flores, mas também na orçamentação das ruas. O presidente da Câma-ra de Constância realçou a adesão das colectividades, bem como o envolvimento das escolas do concelho.

Tal como em anos anteriores, a festas contam com um programa variado de animação, com referência, tam-bém, para a presença de Tina Jofre, uma fadista local com uma longa carreira, uma tarde de folclore, para

além do já tradicional Grande Prémio da Pás-coa em atletismo. Espaço também para a gas-tronomia, com as tradicionais tasquinhas, e a Mostra Nacional de Artesanato e de Doçaria. Para o último dia das Festas, destaque para a procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem com a bênção dos barcos e das viaturas. Quanto ao número de barcos que subirão o Tejo até Constância, Sérgio Oliveira adiantou que estão a decorrer os contactos, esperando, tal como em anos anteriores, que o número possa ultrapassar a meia centena.

Na apresentação do evento, o autarca de Cons-tância, que estava ladeado dos vereadores Filipa Montalvo e Jorge Pereira, anunciou que foi enviado um convite a António Costa para marcar presença nas Festas, estando a aguardar a resposta do primei-ro-ministro.

Vão decorrer no fim de semana da Páscoa

Matias Damásio e Cuca Roseta são cabeças de cartaz das Festas de Constância

Afirmou o presidente da ViniPortugal

Vinhos portugueses podem aumentar exportações se diversificarem oferta

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Mais um reconhecimento para o azeite de Moura DOP Virgem Extra

Azeite alentejano é reconhecido como sabor do ano 2018

O azeite de Moura DOP Virgem Extra, da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB), foi reconhe-

cido como Sabor do Ano 2018 – um reconhecimento pro-vado e aprovado directamente pelos consumidores, que, através de uma prova cega de degustação, o identificaram como um dos melhores azeites de Portugal.

Esta distinção vem reforçar a qualidade do Azeite de Moura DOP Virgem Extra, que tem vindo a ser reconhecido tanto a nível nacional como internacional e que conquista agora, pelo terceiro ano consecutivo, o título de Sabor do Ano. Em 2017, este azeite conquistou também as meda-lhas de ouro no Concurso Nacional de Azeites e na Feira Nacional de Olivicultura 2017.

O Azeite de Moura DOP Virgem Extra da CAMB conjuga de modo perfeito três cultivares de azeitona (galega, ver-deal e cordovil), revelando uma ondulação fresca e intensa de aromas de vegetais verdes que oscilam com a suavi-dade de aromas de frutos secos. Estas características de verdes e maduros aromatizam e complementam muito bem as confecções gastronómicas de aromas discretos e complexos como saladas de alface, carnes brancas, pei-xes magros, massas e arroz branco, queijo frescos e pouco curados.

O Azeite de Moura DOP Virgem Extra da CAMB pode ser encontrado em garrafas de 500 ml, 750 ml e 5 litros nas principais cadeias de distribuição portuguesas.

CCRCentro de Cultura

e Recreio

ORGANIZAÇÃO APOIOS

PAPASFestival

MILHOde 3º

17 e 18 março

CENTRO DE CULTURA E RECREIO

Moita dos FerreirosLOURINHÃ

CONVIDADOS ESPECIAIS:

Festival da Abobora de Lourinhã e Atalaia

(confeção de papas de milho com abóbora

e doce)

GASTRONOMIA

ARTESANATO

CAMINHADA

AULA ZUMBA FITNESS (com a instrutora Marlene Ministro)

AULAS COZINHA

TUNA ACADÉMICA

RANCHO FOLCLÓRICO

BANDA FILARMÓNICA (Sociedade Lírica Moitense)

MOINHO DO BONECO (visitas/exposição)

De 17 a 25 de Março, em seis restaurantes do concelho

Festival Gastronómico do Bacalhau e do Azeite está

de regresso a Vila de Rei

O Festival Gastronómico do Bacalhau e do Azeite regressa aos restau-rantes de Vila de Rei na semana que antecede as comemorações

da Páscoa, com a sua décima primeira edição a realizar-se de 17 a 25 de Março.

O bacalhau e o azeite voltam assim a ser os ingredientes principais dos pratos que prometem voltar a trazer milhares de visitantes aos res-taurantes aderentes. Organizado pela Câmara de Vila de Rei, o festival, que vai na décima primeira edição, conta com a participação de seis restaurantes do concelho: Churrasqueira Central – Vila de Rei, Fifty--Fifty – Vila de Rei, Hotel D. Dinis – Vila de Rei, O Cobra – Vila de Rei, O Eléctrico – Relva e Tasquinha da Vila – Vila de Rei.

Paulo César Luís, vice-presidente da autarquia de Vila de Rei e res-ponsável pelo pelouro do Turismo, realça que “para além de um pa-trimónio gastronómico riquíssimo, o concelho de Vila de Rei possui restaurantes com uma qualidade elevada e já demonstrada. Com a organização de mais uma edição do Festival Gastronómico do Ba-calhau e do Azeite continuamos com a valorização e divulgação da gastronomia local e, simultaneamente, dos nossos estabelecimentos de restauração”.

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Espinho já conta com um núcleo do projecto PROVE, que elimina intermediários no circuito da comercialização de hortícolas

frescos ao ligar o produtor directamente ao cliente final, em horários complementares aos dos mercados tradicionais.

Na prática, isso significa que todas as quintas-feiras os interessados podem agora dirigir-se à Praça do Peixe no recinto do mercado semanal de Espinho para, entre as 17 e as 19 horas, aí adquirirem por 7,5 euros um cabaz com cinco a seis quilos de legumes e frutas ou, na versão maior de 9,5 euros, um cesto com sete a nove quilos de idênticos hortofrutícolas da época.

“A encomenda é sempre feita de uma semana para a outra e implicará sempre uma certa surpresa, consoante os produtos que estejam prontos a colher, mas o cabaz pequeno, por exemplo, inclui legumes que permitam fazer sopa e salada para quatro pessoas, ervas aromáticas e fruta”, declara Teresa Pouzada, presidente da Associação de Desenvolvimento Regional Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM) que é a entidade que selecciona os produtores envolvidos no processo e vem apoiando os outros cinco núcleos PROVE da região.

O cliente, explicou a responsável, “tem a hipótese de definir cinco produtos de que não gosta ou que não quer receber, mas o objectivo é sempre disponibilizar-lhe frescos da época, de qualidade, num horário diferente daquele a que habitualmente funcionam as feiras e mercados onde este tipo de artigo se costuma encontrar”.

O termo “PROVE” resulta do mote “Produzir e Vender” e, segundo Teresa Pouzada, representa uma estratégia apostada em “encurtar o circuito de comercialização, para que o produtor não perca o que financeiramente lhe é devido quando, na tentativa de chegar ao consumidor final, se vê obrigado a recorrer a intermediários que lhe ficam com ‘a maior fatia do bolo’”.

Nesta primeira fase, o núcleo recentemente inaugurado funcionará com recurso a agricultores de Oliveira de Azeméis, nomeadamente aos que, embora tendo os seus espaços de produção nas freguesias de Loureiro e São Martinho da Gândara, “já há muitos anos vendem na

Todas as quintas-feiras na Praça do Peixe, entre as 17 e as 19 horas

Espinho com cabazes do PROVE de legumes que vão da horta para o cliente

feira de Espinho e querem agora chegar a um público-alvo diferente, que não tem por hábito fazer compras nesse mercado, nas horas em que ele funciona”.

O objectivo da ADRITEM é, contudo, alargar o projecto “o quanto antes” aos produtores de Espinho, no que contará com o apoio da autarquia local, não apenas no que se refere à cedência do espaço para entrega dos cabazes, mas também no que concerne à divulgação do programa e à sinalização dos agricultores com capacidade para garantir “produtos seleccionados, respeitadores do ambiente e gerados por métodos tradicionais”. “Pode haver a tendência para se associar Espinho apenas aos produtos do mar e da pesca, mas isso só acontece no nosso centro urbano”, nota Quirino de Jesus, vereador do Ambiente na Câmara Municipal.

“A realidade é que temos muita agricultura nas freguesias de Silvalde, Paramos, Anta e Guetim, que são essencialmente rurais, e o PROVE vai ser uma forma de promover a economia local, com controlo de qualidade”, garante.

A principal feira de hortifruticultura do mundo – a Fruit Logistica – publicou o seu relatório

de tendências para 2018. O documento elaborado pela consultora Oliver Wyman incide sobre as três áreas que irão alterar o fornecimento dos produtos frescos nos próximos dez anos: as novas tecnologias, o crescimento do comércio online e o consumo crescente fora de casa.

O relatório ‘Disrupção na distribuição de fruta e legumes’, elaborado pela Oliver Wyman e apresentado na Fruit Logistica, que decorreu em Berlim, analisa o comércio global de hortifruticultura com conhecimentos que podem ajudar os produtores de frutas e legumes a satisfazer as exigências dos seus clientes no futuro.

O relatório descreve como os mercados, o consumidor, as empresas e as tecnologias irão alterar a aquisição, o transporte e as vendas de produtos frescos. Os resultados assentam na ideia de um mercado cada vez mais globalizado e interligado, com base no crescimento da população, no aumento da procura em determinadas partes do mundo, e num maior investimento em produtos alimentares.

Em ‘Disrupção na distribuição de fruta e legumes’, a Oliver Wyman prevê novos desafios e oportunidades para o comércio da hortifruticultura. A criação de redes comerciais mais rápidas e mais flexíveis, que será caracterizada por uma maior transparência, sistemas de previsão mais refinados e, em muitos casos, uma colaboração mais estreita entre os parceiros na cadeia de fornecimento; o crescimento contínuo das vendas online de fruta e legumes frescos a nível global, impulsionado pelos custos de envio reduzidos, pelas melhores tecnologias de venda e pelo interesse crescente dos clientes e a maior complexidade e mais expectativas por parte do cliente na área do consumo fora de casa, com o consumidor a exigir cada vez mais qualidade, conforto e variedade nos pontos de venda são, segundo o documento, os desafios a ter em conta.

“O mercado das frutas e dos legumes frescos está cada vez mais globalizado e interligado”, explica Rainer Münch, principal autor do relatório da Oliver Wyman. “Isto, por sua vez, altera a forma como os produtos frescos chegam ao seu local de destino a partir do seu local de origem”.

Rainer Münch explica ainda que a cadeia de fornecimento das frutas e dos legumes “está a ser redefinida pela criação de novos segmentos de mercado e pela evolução da procura dos consumidores”. As empresas ao longo de toda a cadeia de fornecimento, do produtor ao comércio retalhista, “estão a expandir-se e a formar parcerias”, refere o autor do relatório. “O seu desenvolvimento anda de mãos dadas com um esforço significativo para uma maior eficiência e transparência, apoiado por um progresso tecnológico aparentemente imparável”, salienta Münch.

Will Wollbold, gestor de marca global da Fruit Logistica, acrescenta que “o relatório ‘Disrupção na distribuição de fruta e legumes’ irá ajudar qualquer pessoa no sector hortofrutícola a prever questões importantes relacionadas com o comércio e a aproximar partes interessadas e decisores. Irá também ajudar a responder proactivamente a perguntas que estão directamente relacionadas com a sua empresa”.

Apresentado na ‘Fruit Logistica’, em Berlim

Relatório mostra tendências de

distribuição de produtos frescos para os próximos

dez anos

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fez com que acrescentasse mais alguns critérios de exigência aos já estabelecidos pelo Conselho Oleícola Internacional, razão pela qual, os cum-pridores beneficiam de 10 pontos extra.

O Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja está considerado, há vários anos, como o melhor do mundo e serve de exemplo para outros concursos internacionais. Competitividade e internacionalização como estí-mulo à cultura de excelência dos azeites nacionais são algumas das metas deste concurso organizado pela ACOS – Agricultores do Sul em parceria com a Casa do Azeite.

A data para entrega de amostras de azeite decor-re até 2 de Março, tendo a Casa do Azeite, entidade parceira da ACOS na organização do concurso, já re-cebido vários lotes provenientes de diferentes partes do mundo.

A entrega dos prémios e a prova comentada dos azeites galardoados vão acontecer no decorrer da Ovi-beja que se realiza, em Beja, de 27 de Abril a 1 de Maio.

Os azeites candidatos ao Prémio CA OVIBEJA vão obter, este ano, pontuações mais elevadas de acordo com as novas re-

gras do ranking dos melhores azeites do mundo “World’s Best Oli-ve Oils”, definido a partir dos prémios obtidos em concursos inter-nacionais de reconhecido mérito.

O VIII Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, que tem o patrocínio exclusivo do Crédito Agrícola, consolidou assim mais um patamar de exigência e notoriedade, tornando-se, juntamente com o Mario Solinas, exemplo interna-cional dos critérios de autenticidade no ranking “World’s Best Olive Oils”. Com base neste reconhecimento, os três primeiros classificados, bem como as três menções honrosas em cada ca-tegoria a escrutínio na edição deste ano vão receber 10 pontos extra, comparativamente aos premiados nos restantes concur-sos internacionais realizados em todo o mundo.

Entre o rigor das normas observadas pelo único concurso português de âmbito internacional, destaca-se a autenticação das amostras por uma entidade idónea independente, o uso de recipiente de vidro escuro, sem rótulo e com sistema de abertura inviolável, o uso de um código de identificação anó-nimo, sendo os azeites ainda acompanhados de uma análi-se química e de uma análise organoléptica emitida por um painel de provadores reconhecido pelo Conselho Oleícola Internacional (COI).

O responsável do ranking “World’s Best Olive Oils” é Heiko Schmidt, um provador certificado pelo COI que in-tegra o painel de provadores internacionais do concurso da Ovibeja. A procura da “autenticidade a 100 por cento”

Resultado serão conhecidos no decorrer da Ovibeja 2018

Melhor concurso do mundo acrescenta mais notoriedade aos azeites concorrentes

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Autarquia aposta em novo paradigma social para a Quinta do Chinco

Hortas sociais de Castelo Branco beneficiam

72 pessoas

Setenta e duas pessoas estão a beneficiar do projecto das hortas sociais criadas pela Câmara de Castelo Branco na

Quinta do Chinco e que visa a integração social e apoiar a sub-sistência das famílias mais carenciadas. “Neste espaço existe um verdadeiro reforço da comunidade, naquilo que é uma nova realidade e dinâmica de cooperação social. A forma entusiasta com que estes agricultores aderiram ao projecto foi a prova de que estamos perante uma nova sociedade que esta autarquia pretende acompanhar e apoiar”, refere o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia.

As hortas sociais da Quinta do Chinco, situadas entre dois bairros de Castelo Branco (Carapalha e Ribeiro das Perdizes), integram um projecto através do qual o município pretende estimular a integração e a convivência social entre diferentes gerações, com idades, aptidões físicas e heranças culturais variadas, fomentando o espírito comunitário e a entreajuda.

“Este espaço visa ainda apoiar a subsistência das famílias e indivíduos e ser um complemento para as economias fami-liares, proporcionando-lhes também o acesso a uma alimen-tação mais variada, rica, ecológica e saudável produzida pelos próprios”, lê-se na nota.

Além da criação das hortas sociais, o projecto, cujo inves-timento ronda o milhão de euros, tem ainda como objectivo o desenvolvimento de iniciativas de carácter educativo, pedagógico e associativo, em plena comunhão com a co-munidade envolvente. “Numa lógica ambiental, o municí-pio quer também promover neste espaço verde o apro-veitamento dos resíduos orgânicos, contribuindo desta forma para descongestionar o ambiente urbano”, explica o autarca.

Após a formação em agricultura em modo de produ-ção biológico e competências de cidadania, a qual tinha carácter obrigatória, segundo as normas do concurso promovido pela Câmara de Castelo Branco, todos os 72 utilizadores passaram a estar aptos a iniciarem a pre-paração dos terrenos e o seu cultivo que já está em curso.

Dia 19 de Fevereiro, na Biblioteca Municipal de Tondela

Cooperativa Terras de Besteiros e ADS promovem colóquio

sobre “Ajudas para a Agricultura em 2018”

A Cooperativa Terras de Besteiros e a Associa-ção Agro-Pecuária Vale de Besteiros, em ar-

ticulação com a CONFAGRI, vão promover um coló-quio sobre as ajudas ao rendimento. A iniciativa está agendada para o próximo dia 19 de Fevereiro, às 14 horas, na Biblioteca Municipal de Tondela.

Os temas a abordar nesta sessão serão os Paga-mentos Diretos (Regime de Pagamento Base; Gree-ning; Pagamento Redistributivo; Apoio aos Jovens Agricultores; Regime da Pequena Agricultura; Apoios ligados à produção – Vacas aleitantes e leiteiras, Ovi-nos e Caprinos) e o Desenvolvimento Rural (Manuten-ção da Atividade Agrícola em Zona Desfavorecida e Medidas AgroAmbientais). Serão oradores técnicos da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI).

Esta será uma boa oportunidade para os agricultores do concelho poderem esclarecer as suas dúvidas e per-ceberem a que tipos de medidas podem candidatar-se.

Candidaturas ao Pedido Único decorrem de 15 de Feve-reiro a 30 de Abril

A campanha de apresentação de candidaturas ao Pedido Único (PU) para o ano de 2018 arrancam a 15 de Fevereiro. A campanha decorre até 30 de Abril e os interessados po-dem apresentar a sua candidatura no Gabinete de Apoio ao Agricultor de Tondela.

O Pedido Único (PU) consiste no pedido de pagamento di-recto das ajudas que integram os regimes sujeitos ao Sis-tema Integrado de Gestão e de Controlo (SIGC), previsto na regulamentação comunitária. Os interessados em oficializar a sua candidatura neste regime de apoios podem fazê-lo na área reservada do portal do IFAP ou através de entidades re-conhecidas, como é o caso do Gabinete do Apoio ao Agricultor de Tondela.

Considera a representante nacional num projecto europeu

Parcerias com países mediterrânicos podem

mudar agricultura portuguesa

A cooperação científica com os países da bacia do Mediterrâneo pode ajudar a Portugal a mudar a sua agricultura e enfrentar a

terra árida que as alterações climáticas anunciam, considera a repre-sentante num projecto europeu de parcerias.

Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora e representan-te portuguesa na organização da Parceria para a Investigação e Ino-vação na Região Mediterrânica (Prima), disse que Portugal tem que acautelar a cultura de sequeiro, própria de grande parte do Alentejo, porque “ninguém diz que o Alqueva vai durar para sempre”.

Os países do norte de África e do Médio Oriente têm uma expe-riência vasta com secas como a que Portugal atravessa e “estão habituados a conquistar terreno ao deserto”, um cenário que os cientistas que se dedicam ao estudo do clima afirmam que poderá afectar mais partes da Península Ibérica nas próximas décadas.

Acrescentou que é preciso dar à sociedade portuguesa a noção da ciência que está por trás da agricultura, que hoje tem “muita inovação e gestão” que é necessária para o mais básico, como levar às prateleiras dos supermercados saladas já preparadas, la-vadas e embaladas.

A par disso e de práticas como a agricultura de precisão, impor-ta não abandonar a “agronomia pura” e as espécies autóctones.

O ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, afir-mou na apresentação do Prima que a “diplomacia científica” em torno do Mediterrâneo pode juntar “contextos sociais, políticos e religiosos” diferentes, algo que “os políticos sozinhos não con-seguem”.

No levantamento de problemas que são comuns, os respon-sáveis do Prima encontraram práticas insustentáveis, sobre--exploração, demasiada especialização e pouco valor nutricio-nal dos produtos cultivados.

Para concorrer a um programa que distribuirá globalmente 440 milhões de euros de fundos europeus, terão que ser for-mados consórcios de três países, incluindo sempre um euro-peu e um do Mediterrâneo sul.

Portugal comprometeu-se com uma contribuição de 750.000 euros anuais durante os dez anos de vigência da Parceria em projectos de irrigação, gestão de água, preven-ção de doenças e adaptação da agricultura às alterações climáticas, entre outras. Em cada ano prevê-se que sejam apoiados entre cinco e nove projectos. Na parceria partici-pam 19 países.

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Uma investigadora do Porto desenvolveu um processo que permite retirar o clore-

to de sódio da planta salicórnia (semelhante a espargos), tornando-a “mais saudável” e criando assim uma alternativa ao sal “Segundo a Orga-nização Mundial da Saúde (OMS), os AVC’s (Aci-dentes Vasculares Cerebrais) são causados, na sua maioria, por excesso de cloreto de sódio (sal) no sangue, sendo esta a maior causa de morte a nível global”, disse a responsável pelo projecto Sal Verde, Marisa Ribeirinho.

A investigadora começou a trabalhar com a sa-licórnia (conhecida por sal verde ou espargo do mar, devido à semelhança aos espargos verdes) em 2013, quando a planta “não era muito conhecida em Portugal”. Marisa Ribeirinho contou que o processo desenvolvido permite igualmente produzir a salicór-nia durante todo o ano, contornando assim a questão produção sazonal da planta, que só está disponível no

meio natural entre Abril e Setembro.Com esta solução, o crescimento da planta não sofre interferên-

cias externas, demorando cerca de 15 dias a ser replicada, expli-cou. “A salicórnia, que tem propriedades medicinais já descritas - antitumoral, diurética e antioxidante - pode ser utilizada como condimento, devido ao seu sabor muito peculiar, que se assemelha a maresia”, referiu.

Processo permite produzir a salicórnia durante todo o ano

Investigadora do Porto cria alternativa ao sal com base em planta

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Secretário de Estado preside ao evento organizado por José Martino

Miguel Freitas nas comemorações dos 10 anos

de blogger agrícola

Na próxima segunda-feira, 19 de Fevereiro, entre as 18 e as 20 horas, o empresário e consultor agrícola, José Martino, celebra o

décimo aniversário do seu blogue (josemartino.blogspot.pt).“Este é um dia importante para mim, porque é a comemoração de

10 anos como blogger, um período muito rico e apaixonante, onde pude conhecer e ajudar muitos jovens e menos jovens agricultores nos seus projectos e nos seus negócios”, afirma o engenheiro agró-nomo José Martino.

Para comemorar este dia, José Martino vai realizar uma conferên-cia nas instalações da empresa Espaço Visual, na zona industrial de Gondomar, uma consultora agrícola da qual é CEO. Nesta con-ferência estão previstas as presenças do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, e de três reputa-dos jornalistas como oradores: Manuel Carvalho, do jornal Público; Teresa Silveira, do semanário Vida Económica, e Secundino Cunha, do jornal Correio da Manhã, que abordarão o tema “A agricultura na comunicação social e nas redes sociais”.

“Costumo dizer que o meu blogue é um consultório agrícola gratuito, dado o número de emails que recebo e que faço questão de responder. Os números deste blogue falam por si, pelo que julgo ser um dos blogues sobre agricultura mais visitados, o que é uma responsabilidade imensa”, conclui José Martino.

O maior sobreiro do mundo, registado no livro de recordes mundiais Guinness,

protagoniza a estreia de Portugal no concurso da Árvore Europeia do Ano, que será divulgada em Março.

O sobreiro assobiador, classificado como “ár-vore de interesse público”, soma já 234 anos e está plantado em Águas de Moura, na freguesia de Marateca, no concelho de Palmela (distrito de Setúbal).

Com mais de 14 metros de altura e um períme-tro de tronco superior a 4,15 metros, só em 1991 produziu mais cortiça do que a maior parte dos sobreiros produzem em toda a vida, dando origem a mais de 100 mil rolhas. O canto das aves (cano-ras) que vivem nos ramos, e se assemelha a um assobio, explica o nome que recebeu.

Além de fazer parte do livro do Guinness, encon-tra-se a concurso para “Árvore Europeia do Ano” (“Tree of the Year”), uma nomeação feita pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC), depois de ter sido convidada a integrar, pela primeira vez, a organiza-ção do concurso europeu.

“A árvore nacional é o sobreiro, daí a escolha do icó-nico sobreiro assobiador para representar Portugal, reunia as características ideais”, afirmou o secretário--geral da UNAC, Nuno Calado, à agência Lusa.

O concurso, realizado desde 2011, pretende encon-trar a árvore “com a história mais interessante”, pode ler-se na página de internet da iniciativa (https://www.treeoftheyear.org), organizada pela Environmental Par-tnership Association (EPA), associação que reúne funda-ções da Bulgária, Eslováquia, Hungria, República Checa, Polónia e Roménia.

“O sobreiro é uma árvore muito importante para Portu-gal, não só pela cortiça que produz e o volume de expor-

tações que representa, mas porque é um garante de suporte ecológi-co e económico para populações rurais”, destacou Nuno Calado.

O papel do sobreiro enquanto espécie mais resistente aos incêndios florestais e às alterações climatéricas também não ficou esquecido nesta iniciativa.

“O sobreiro pode ter um papel muito importante em Portugal ao coexistir com outras espécies, criando uma mistura agroflorestal. Pode gerar uma floresta mais resiliente e resistente não só aos in-cêndios florestais como ao impacto das alterações climáticas, tudo depende da gestão humana e da gestão florestal que todos prati-carmos”, lembrou o secretário-geral da UNAC.

A votação decorre até ao dia 28 de Fevereiro, através da página do concurso, e os resultados serão conhecidos numa cerimónia no Parlamento Europeu, em Bruxelas, no dia 21 de Março, data em que se assinala o Dia Internacional das Florestas. “Todos os portugueses devem associar-se a esta iniciativa, a votação é obrigatória em duas árvores e é muito simples”, apelou Nuno Ca-lado. O sobreiro assobiador português concorre contra 12 árvo-res históricas como a tília belga, a sequoia búlgara ou o ulmeiro espanhol.

O concurso do próximo ano está já a ser preparado pela UNAC, para que “todos os portugueses” possam estar envolvi-dos na escolha da árvore que representará o país no concurso europeu.

Vencedora será divulgada em Março

Sobreiro português nomeado para Árvore Europeia do Ano

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O município de Vinhais, no distrito de Bra-gança, tem aprovados 120 novos projec-

tos no valor de sete milhões de euros para de-senvolvimento rural, tendo sido apontado pelo ministro da Agricultura como exemplo de dina-mismo do sector.

O governante Capoulas Santos visitou a vila transmontana no último dia da Feira do Fumeiro, a montra anual com 38 anos da fileira que movimen-ta seis milhões de euros e tem motivado o apareci-mento de novos projectos, nomeadamente na área do agroalimentar.

O ministro aproveitou para vincar que “Vinhais aproveita muito bem os fundos comunitários” e, “neste momento estão aprovados no âmbito do Pro-grama de Desenvolvimento Rural quase 120 projec-tos de candidaturas na agricultura, que representam um investimento de quase sete milhões de euros”. “O que significa que há apetência para o investimento e que há dinamismo na agricultura desta região, a que o Governo procura dar resposta facultando apoios fi-nanceiros para o efeito”, declarou.

Para além disso, no âmbito da Política Agrícola Co-mum, em termos daquilo que são os pagamentos anuais, os agricultores do concelho de Vinhais recebem anualmente cerca de quatro milhões de euros”, referiu o ministro.

Capoulas Santos é confrade do fumeiro de Vinhais

O ministro da Agricultura é um dos novos “embaixado-res” do fumeiro de Vinhais. Capoulas Santos foi entroniza-do no Capítulo da confraria que representa uma das mais importantes fileiras económicas transmontanas.

A entronização como confrade “é uma honra e um reco-

nhecimento atribuído a pessoas que, no âmbito da sua vida profissio-nal ou pessoal, contribuem para a valorização e promoção do porco bísaro e dos produtos que lhe estão associados e, consequentemen-te, para o desenvolvimento do mundo rural”, justificou a Grão-Mes-tre, Carla Alves. “Neste lugar há memórias do próprio ministro da Agricultura, quando anteriormente exerceu essas mesmas funções e nos apoiou e nos visitou”, observou a Grão-Mestre da Confraria.

Capoulas Santos afirmou sentir-se “muito honrado e tudo farei para merecer, assumindo-me como embaixador e defensor de uma causa que venho defendendo há longos anos, mas que mais do que nunca se justifica que a reforcemos porque o percurso que o porco bísaro fez nos últimos 20 anos é verdadeiramente notá-vel”, observou o governante.

A raça que distingue os conhecidos enchidos de Vinhais estava em vias de extinção há vinte ano e é agora o suporte de toda a fileira económica, um trabalho que, como realçou o ministro, “tem a ver com o mérito dos produtores, o papel da universi-dade, das autarquias locais e todos aqueles que acreditaram que esta poderia ser uma fileira que poderia dar um contributo importante para o desenvolvimento rural”.

A Feira do Fumeiro é há 38 anos a montra anual desta dinâ-mica e “um certame que assumiu uma relevância nacional e onde há muita gente que se desloca propositadamente uma vez por ano”.

Vinhais será, segundo o ministro, “provavelmente o muni-cípio do país que tem mais produtos com denominação de origem protegida, DOP ou IGP, entre sete ou oito, para além daqueles que são comuns a outros concelhos”. “O que signi-fica que os produtores compreenderam que só diferencian-do os produtos pela sua qualidade é possível que eles sejam remunerados por preços mais elevados e dessa forma me-lhorar o seu rendimento”, concluiu.

50 milhões de euros para regadio no distrito de Bragança

Capoulas Santos anunciou um investimento superior a

Referiu Capoulas santos, que visitou a Feira do Fumeiro

Vinhais com 120 novos projectos de sete mi-lhões de euros para desenvolvimento rural

50 milhões de euros em novas barragens e ampliação e reabilitação de infraestruturas para o regadio no distrito de Bragança.

O anúncio foi feito no encerramento da Feira do Fumeiro de Vi-nhais e os investimentos a serem executados até 2021 destinam-se aos concelhos de Alfândega da Fé, Vila Flor, Mirandela e Vimioso, como informou o governante. Trata-se, segundo Capoulas Santos, de “um conjunto de programas de aprovados e outros em vias de aprovação que na totalidade superará, até 20211, um investimento superior a 50 milhões de euros”.

O investimento destina-se às diversas componentes do regadio, desde a construção de barragens, a ampliação de regadios exis-tentes ou da alteração do seu sistema de rega e investimentos nas redes de caminhos e valas de drenagens para que quando chove demais as culturas não sejam prejudicadas.

No total, de acordo com o ministro, são “sete ou oito diferentes projectos em todas as áreas, dois terços para novas barragens, um terço para reabilitação ou ampliação dos regadios já exis-tentes”, para o distrito de Bragança.

O governante vincou que “a água e o regadio são hoje facto-res fundamentais para a competitividade da agricultura e para combater as alterações climáticas que são hoje mais do que nunca visíveis”. Por isso, recordou, “o Governo inscreveu no seu programa e tem agora em plena execução um grande pro-grama de investimentos públicos no regadio”.

“Iremos fazer provavelmente o maior investimento público que num período tão curto de tempo foi executado, uma vez que nos propomos até 2021 instalar no país mais de 90 mil hectares de novos regadios ou de regadios recuperados”, reiterou.

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De 21 de Fevereiro a 4 de Março 2018

Festival Internacional mostra cantares e desgarradas ao desafio

Os concelhos de Mortuosa, Estarre-ja, Albergaria-a-Velha e Aveiro vão

receber, de 21 de Fevereiro a 4 de Março, o FESTCORDEL – Festival Internacional do Verso Popular, que trás a Portugal alguns dos maiores poetas repentistas de Portugal, Espanha, Brasil e Marrocos na arte do des-cante, desgarrada e cantares ao desafio.

Augusto Canário e Cândido Miranda, de Viana do Castelo, de Portugal; Geraldo Amân-cio e Jorge Macedo do Ceará, do Brasil; Lupe Blanco e Alba Maria da Galiza, de Espanha, e Muhamed el Eich de Agmat, de Marrocos são alguns dos maiores nomes na arte dos canta-res ao desafio.

O FESTCORDEL tem por objectivo restaurar em Portugal uma das tradições culturais mais antigas e genuínas da língua portuguesa, jun-tando, numa exibição de arte da palavra, alguns dos maiores poetas e repentistas populares da actualidade, de Portugal, Espanha, Brasil e Mar-rocos. “Pretendemos sensibilizar as escolas, as universidades e o público em geral, para esta tradição perdida, da qual tivemos exímios execu-tantes de norte a sul do país, alguns dos quais, como o Marques Sardinha, retractado desde 1929 na estação ferroviária de Avanca, viveram entre nós e encantaram o nosso povo que ainda recorda os seus nomes”, refere António Abreu Freire, da or-ganização do festival. “O verso popular é uma arte do povo, cultura genuína da nossa gente e de todos quantos partilham a língua portuguesa pelos conti-nentes do planeta”, sublinha.

A tradição das Cantigas ao Desafio

Os últimos grandes cantadores populares de Por-tugal, descendentes dos bardos e menestréis me-dievais, desapareceram na década de ’40 do século passado, entre muitos deles António Aleixo de Loulé e Marques Sardinha de Avanca. Deixaram poucos dis-cípulos, alguns emigraram e levaram a arte do verso

Viseense Luís Chaves é o primeiro Almoxarife

Confraria de Saberes e Sabores de Portugal na Suíça Francófona promoveu I Capítulo

Decorreu em Montreux o I Capítulo da Confraria de Saberes e Sabores de Portugal na Suíça Francófona, que entronizou

três Confrades de Mérito, doze Cavaleiros e oito Comendadores.O Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo

Rebelo, fez-se representar pelo Almoxarife da Confraria de Sabe-res e Sabores da Beira, José Ernesto Silva, que liderou também a comitiva portuguesa, composta por Odete Madeira, Meirinha Gastronómica, e Manuela Esteves, Meirinha Enófila.

Foram entronizados António Ricoca Freire; embaixador de Por-tugal na Suíça; Miguel Calheiros Velozo, Cônsul Geral de Portu-gal em Genebra; Maria Ester Vargas, Adida Social da Embaixa-da de Berna, Amélia Fernanda dos Anjos Pessoa, professora; Lurdes Gonçalves, coordenadora do Ensino Português na Suíça; Christophe Chappuis, empresário de restauração e Armando Loureiro, empresário de construção civil, que receberam o tí-tulo de Comendador.

A constituição desta nova Confraria em muito se deve a Luís Chaves, natural de Viseu, que é também o seu primeiro Almo-xarife. Um trabalho a realçar e que protagoniza o querer e a vontade beirã em terras helvéticas para a criação de uma Confraria que defende a tradição cultural e a gastronómica da Beira na Suíça francófona.

Na cerimónia, as capas foram abençoadas pelo padre João Sampaio, que teceu rasgados elogios ao trabalho desenvol-vido pela comunidade portuguesa naquela região.

De realçar a presença de uma comitiva da Confraria de Saberes e Sabores de Portugal em Zurique, liderada pelo seu Almoxarife Jorge Rodrigues, bem como das Confrarias Gastronómica da Madeira e dos Carolos e Papas de Milho, de Tondela, representada por Elisabete Ferreira e Cília Si-mões. Marcaram também presença Krystin Bise, da Câma-ra de Montreux, e do deputado da Assembleia da Republi-ca, pelo ciclo da Europa, Paulo Pisco.

No uso da palavra, o Almoxarife da Confraria de Sabe-res e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’, que apadrinhou a nova Confraria, destacou o trabalho que tem sido desen-volvido junto da comunidade portuguesa na Diáspora, nomeadamente com a realização de cursos com dirigen-tes Associativos e parcerias com as Confrarias na Suíça, Brasil, Canadá e futuramente noutros países.

popular para os países de acolhimento. Uns regressaram, outros não. Um discípulo do Sardinha, José Joaquim Monteiro, do Bunheiro -

Murtosa, andou por terras do Brasil e viveu cinquenta anos em Ma-cau. Deixou uma obra volumosa, publicada recentemente. O mesmo aconteceu com dois discípulos algarvios de Aleixo, o Manuel Pardal e o Clementino Baeta.

Mas nas escolas e nas universidades portuguesas, o tema da Li-teratura de Cordel, actualmente em processo de reconhecimento pela UNESCO como património da humanidade, nem sequer consta de qualquer programa. “Há que dar a volta a esta vergonha”, refere Abreu Freire.

Desde meados do século XIX que a arte do verso popular conhe-ceu no nordeste do Brasil, a partir do estado da Paraíba, um ex-traordinário desenvolvimento, primeiro com a edição local de fo-lhetos com temas da tradição oral europeia e depois com a edição de temas próprios do nordeste, histórias de vaqueiros, de bois e boiadas, de secas e desgraças, guerras, cangaço, devoções religiosas, histórias da política e da polícia, dramas pessoais e outros.

Quando em Portugal a arte desaparecia das ruas e dos ar-raiais, ela arrancava no Brasil para uma fantástica difusão, como entretenimento e educação de gerações de cidadãos. Os poetas populares brasileiros, cordelistas, repentistas e canta-dores, merecem hoje o apreço dos letrados e eruditos e são acarinhados e aplaudidos por multidões nos arraiais popula-res. “Vamos ouvi-los versejar e cantar, juntamente com que ficaram do lado de cá do oceano”, refere o responsável pela organização deste festival.

José Ernesto Silva elogiou o trabalho de Luís Chaves e restantes elementos, agradecendo tam-bém às Confrades que o acompanharam, Odete Madeira e Manuela Esteves, pelo trabalho, apoio e colaboração prestados.

O Embaixador de Portugal na Suíça elogiou a ini-ciativa, aproveitando a ocasião para desafiar a co-munidade portuguesa a desenvolver mais eventos deste género que promovem e divulgam a cultura lusa. Usaram também da palavra Miguel Calheiros Velozo, Cônsul Geral de Portugal em Genebra, e do deputado Paulo Pisco.

Luís Chaves encerrou a cerimónia, agradecendo a presença de todos. O Almoxarife da Confraria Suíça enalteceu também o trabalho e o apoio da Confraria--mãe, na pessoa de José Ernesto Silva, fazendo tam-bém um desafio às autoridades presentes no sentido de apoiar e ajudar a promover este tipo de iniciativas.

O capítulo foi abrilhantado por uma Tuna Helvética, pela fadista Diana Gil e terminou em grande com Isabel Silvestre, acompanhada por Abel Moura, que foi muito aplaudida pelos presentes. O almoço promoveu a gas-tronomia portuguesa e foi regado com vinhos do Dão oferecidos pela Quinta de Lemos, Adega de Silgueiros e Lusovini.

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Certame vai decorrer em Viseu de 9 de Agosto a 16 de Setembro

Brasileira Maria Rita

foi a primeira novidade da Feira

de S. Mateus 2018

A brasileira Maria Rita foi o primeiro nome divulgado do cartaz de espectáculo da

edição 20018 da Feira de S. Mateus, que vai decorrer em Viseu de 9 de Agosto e 16 de Se-tembro. A filha de Elis Regina e de César Ca-margo Mariano vai subir ao palco no dia 25 de Agosto onde apresentará o seu novo álbum de inéditos intitulado “Amor e Música”.

Vencedora de três “Grammy Latino”, Maria Rita é a primeira novidade do cartaz da Feira de S. Mateus, que celebra 626 anos. “Viseu re-ceberá uma das estrelas maiores e singulares da música brasileira, num especial momento de relançamento internacional da artista”, frisou o vereador da Cultura da Câmara de Viseu e gestor da Feira de São Mateus, Jorge Sobrado.

Em Viseu, serão ouvidos êxitos como “Cara Va-lente”, “Encontros e Despedidas” ou “Não deixe o Samba morrer” e também o novo álbum de inédi-tos de Maria Rita, que foi lançado há cerca de um mês no Brasil, mais de uma década depois do últi-mo trabalho de originais. Jorge Sobrado disse que é esperado em Viseu “um espectáculo contagiante e memorável e uma casa cheia, num concerto que será exclusivo para a região Centro”.

Segundo o presidente da Viseu Marca, João Cot-ta, a escolha da artista brasileira “dá continuidade à aposta num reposicionamento da Feira de São Mateus como evento cultural de referência no país”.

No ano em que Viseu elegeu como mote “Cidade Eu-ropeia de Folclore”, a Feira de São Mateus propõe a celebração do samba, considerado uma das maiores expressões do folclore brasileiro e que Maria Rita ex-plora, por exemplo, em “Amor e Música”. “Neste ano,

não poderíamos passar ao lado das culturas de folclore do mundo, especialmente da lusofonia”, frisou Jorge Sobrado.

Ana Moura, Rui Veloso e Xutos e Pontapés são os nomes que se seguem

Entretanto a organização da Feira de São Mateus anunciou mais

três nomes que fazem parte do cartaz da edição 2018: Ana Mou-ra, Rui Veloso e Xutos e Pontapés. “Com este cartaz, a Feira de São Mateus faz uma aposta no palco da portugalidade: são gran-des regressos de nomes maiores da música nacional”, sublinha Jorge Sobrado, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Vi-seu e gestor do certame. Por sua vez João Cotta, presidente da Viseu Marca, destaca que “é importante a Feira programar para diversos públicos e para uma audiência intergeracional.”

Ana Moura esteve pela última vez na Feira em 2014 e regres-sa na noite quente de 18 de Agosto, sábado. A fadista fará as alegrias dos amantes do fado e da música portuguesa e é um nome a pensar também nos emigrantes.

O pai do rock português, Rui Veloso, pisa o palco da Feira de São Mateus na noite de 1 de Setembro, sábado. Um espectácu-lo intergeracional que fará o público reviver êxitos como “Não há estrelas no céu”, “O prometido é devido” ou “Anel de rubi”.

Já os Xutos e Pontapés regressam ao grande palco de Viseu para o último sábado da Feira, a 15 de Setembro. A noite pro-mete uma enchente neste ano que marca uma tour especial da banda emblemática do rock português. Um regresso mui-to aguardado pelos seguidores da Feira nas redes sociais.

Jorge Sobrado avançou que o cartaz para os 39 dias da próxima edição da feira “está praticamente fechado”. “A pro-gramação é diferenciadora, para todos os públicos e gostos, e atractiva para a comunidade local e emigrante, para visi-tantes e turistas nacionais e internacionais”, garantiu.

Para potenciar o aproveitamento dos produtos endógenos da floresta

Mondim de Basto define plano para

actividades do sector primário

Numa sessão muito participada que juntou agricul-tores e produtores do concelho, estudantes e pro-

motores locais, a Câmara de Mondim de Basto apresen-tou as linhas orientadoras para a criação de um plano estratégico que visa potenciar as actividades ligadas à caprinicultura, à apicultura e a micologia silvestre no concelho.

O painel de convidados para esta sessão contou com especialistas das diferentes actividades em estudo, mas também testemunhos de produtores que já desenvol-vem a sua actividade no concelho.

Como explicou o presidente da Câmara, Humberto Cerqueira, “o concelho de Mondim de Basto tem uma ocupação florestal e de incultos da ordem dos 80% do território e 11% de agricultura. Este plano estratégico tem como objectivo potenciar o aproveitamento não le-nhoso dos produtos endógenos da floresta, assegurar a sustentabilidade do território, fomentar a coopera-ção dos produtores e empreendedores locais e definir acções e estratégias que possam contribuir para o for-talecimento económico, bem como atrair e fixar novos residentes no concelho”.

A Câmara Municipal assume assim a responsabilidade de criar um plano integrado para o território, de juntar e atrair as pessoas e dar uma perspectiva económica e integrada para estas três actividades, identificadas com potencial de desenvolvimento. A caprinicultura e a api-cultura já possuem alguma dimensão no concelho. A mi-cologia silvestre está a dar os primeiros passos.

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Segundo um despacho publicado em Diário da República

Governo alarga até 28 de Fevereiro entrega

de declaração de existências apícolas

O Governo prorrogou o prazo para a entrega da decla-ração anual de existências da actividade apícola até

ao dia 28 de Fevereiro, segundo um despacho publicado em Diário da República.

O Governo justifica a extensão do prazo com as “excep-cionais circunstâncias” que resultaram dos danos causa-dos pelos incêndios do ano passado, que fustigaram mui-tas zonas que se caracterizavam pela actividade apícola.

São abrangidos pelo alargamento do prazo os produto-res situados nos concelhos de Alcobaça, Alijó, Almeida, Ar-ganil, Arouca, Aveiro, Braga, Cantanhede, Castanheira de Pêra, Castelo Branco, Carregal do Sal, Castelo de Paiva, Castro Daire, Celorico de Basto, Celorico da Beira, Coim-bra, Covilhã e Ferreira do Zêzere.

O despacho abrange também os produtores da Figueira da Foz, Figueiró dos Vinhos, Fornos de Algodres, Freixo de Espada à Cinta, Fundão, Gals, Gavião, Gouveia, Góis, Guar-da, Leiria, Lousa, Mação, Macedo de Cavaleiros, Mangual-de, Marinha Grande, Mealhada, Melgaço, Mira, Monção, Mortágua, Nelas, Nisa Oleiros, Oliveira de Frades, Oliveira do Bairro, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Pe-drógão Grande, Penacova e Penedono.

Igualmente abrangidos ficam os produtores dos conce-lhos de Penela, Pinhel, Pombal, Proença-a-Nova, Resende, Ribeira de Pena, Sabrosa, Sabugal, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sardoal, Seia, Sertã, Tábua, Tondela, Torre de Moncorvo, Trancoso, Vagos, Vale de Cambra, Vieira do Minho, Vila de Rei, Vila Nova de Poiares, Vila Velha de Ró-dão, Viseu e Vouzela.

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