os maias - quest.verificação leitura2 (blog11 11-12)

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Publicado em http://portugues11ano.blogspot.com por António Alves Pág. 1 PORTUGUÊS, 11º ANO PROF. ANTÓNIO ALVES A – Para cada frase, escolha a opção correcta: Ficha de aferição de leitura integral de Os Maias de Eça de Queirós 1 - O título - Os Maias - liga-se à história trágica que serve de pretexto para o desenvolvimento da comédia de costumes que o subtítulo A) Episódios da Vida Romântica - sugere. B) Episódios da Vida - sugere. C) Episódios da Vida de Carlos da Maia - sugere. 2 - Na obra temos a história de uma família lisboeta, representante da alta burguesia (num conjunto de três gerações sucessivas). A primeira geração é representada por A) Pedro da Maia/ Maria Monforte. B) Afonso da Maia/ Maria Eduarda Runa C) Carlos da Maia/ Maria Eduarda da Maia 3 - O início do romance situa-nos em 1875, no Outono. Estamos, por isso, na 3.ª geração, na história de Carlos. Apercebemo-nos, no entanto, que será necessário recuar no tempo para encontrar explicações para alguns factos do presente. Assim, surgem A) as analepses B) as prolepses C) as reduções temporais 4 - A pergunta de Carlos "Onde nasceste tu, por fim?" provoca uma nova analepse sobre factos que, apesar de integrados, em termos temporais, na anterior, tinham sido "esquecidos" e que só agora são explicados. Assim, num misto de discurso indirecto livre e de discurso directo, ficamos a conhecer os pormenores do passado de Maria Eduarda, contados A) por Vilaça B) por Ega C) pela própria personagem 5 - O período compreendido entre 1820 e 1875 foi sujeito a anisocronias (o tempo narrativo é menor do que o tempo da história), conseguidas através do recurso a resumos e a elipses. Estas constituem a omissão de alguns factos ou mesmo de alguns períodos da história. Exemplo: A) "Seu pai morreu de súbito, ele teve de regressar a Lisboa. Foi então que conheceu D. Maria Eduarda Runa, filha do conde de Runa, uma linda morena, mimosa e um pouco adoentada. Ao fim do luto casou com ela. Teve um filho, desejou outros; e começou logo, com belas ideias de patriarca moço, a fazer obras no palacete de Benfica, a plantar em redor arvoredos, preparando tectos e sombras à descendência amada que Ihe encantaria a velhice." [...] B) Outros anos tranquilos passaram sobre Santa Olávia. Depois uma manhã de Julho, em Coimbra…" [...] C) Sintra, de repente, pareceu-lhe intoleravelmente deserta e triste…" [...]

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Os Maias - Quest.verificação Leitura2

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  • Publicado em http://portugues11ano.blogspot.com por Antnio Alves Pg. 1

    PORTUGUS, 11 ANO PROF. ANTNIO ALVES

    A Para cada frase, escolha a opo correcta:

    Ficha de aferio de leitura integral de Os Maias de Ea de Queirs

    1 - O ttulo - Os Maias - liga-se histria trgica que serve de pretexto para o desenvolvimento da comdia de costumes que o subttulo

    A) Episdios da Vida Romntica - sugere.

    B) Episdios da Vida - sugere.

    C) Episdios da Vida de Carlos da Maia - sugere.

    2 - Na obra temos a histria de uma famlia lisboeta, representante da alta burguesia (num conjunto de trs geraes sucessivas). A primeira gerao representada por

    A) Pedro da Maia/ Maria Monforte.

    B) Afonso da Maia/ Maria Eduarda Runa

    C) Carlos da Maia/ Maria Eduarda da Maia

    3 - O incio do romance situa-nos em 1875, no Outono. Estamos, por isso, na 3. gerao, na histria de Carlos. Apercebemo-nos, no entanto, que ser necessrio recuar no tempo para encontrar explicaes para alguns factos do presente. Assim, surgem

    A) as analepses

    B) as prolepses

    C) as redues temporais

    4 - A pergunta de Carlos "Onde nasceste tu, por fim?" provoca uma nova analepse sobre factos que, apesar de integrados, em termos temporais, na anterior, tinham sido "esquecidos" e que s agora so explicados. Assim, num misto de discurso indirecto livre e de discurso directo, ficamos a conhecer os pormenores do passado de Maria Eduarda, contados

    A) por Vilaa

    B) por Ega

    C) pela prpria personagem

    5 - O perodo compreendido entre 1820 e 1875 foi sujeito a anisocronias (o tempo narrativo menor do que o tempo da histria), conseguidas atravs do recurso a resumos e a elipses. Estas constituem a omisso de alguns factos ou mesmo de alguns perodos da histria. Exemplo:

    A) "Seu pai morreu de sbito, ele teve de regressar a Lisboa. Foi ento que conheceu D. Maria Eduarda Runa, filha do conde de Runa, uma linda morena, mimosa e um pouco adoentada. Ao fim do luto casou com ela. Teve um filho, desejou outros; e comeou logo, com belas ideias de patriarca moo, a fazer obras no palacete de Benfica, a plantar em redor arvoredos, preparando tectos e sombras descendncia amada que Ihe encantaria a velhice." [...]

    B) Outros anos tranquilos passaram sobre Santa Olvia. Depois uma manh de Julho, em Coimbra" [...]

    C) Sintra, de repente, pareceu-lhe intoleravelmente deserta e triste" [...]

  • Publicado em http://portugues11ano.blogspot.com por Antnio Alves Pg. 2

    6 - A poca da Regenerao e a alta sociedade lisboeta aparecem-nos retratadas ao longo desta obra por meio de cenrios onde se movem determinadas personagens que foram esvaziadas de traos individualizantes para melhor representarem os bons e os maus hbitos, as qualidades e os defeitos, as mentalidades retrgradas ou progressistas de certo grupo social, profissional ou cultural. Destes ambientes devemos destacar (pelo pormenor da descrio, pela ironia fina ou stira directa, pela cor epocal transmitida):

    A) O jantar no Hotel Central: contacto de Carlos com a sociedade de elite, a crtica literria e a literatura, a situao financeira do pas e a mentalidade limitada e retrgrada.

    B) As corridas de cavalos: a educao das mulheres em duas concepes opostas e a superficialidade das opinies de Sousa Neto, o representante da administrao pblica

    C) O jantar em casa do Conde de Gouvarinho: o desejo de imitar o que se faz no estrangeiro e o provincianismo do acontecimento

    7 - A poca da Regenerao e a alta sociedade lisboeta aparecem-nos retratadas ao longo desta obra por meio de cenrios onde se movem determinadas personagens que foram esvaziadas de traos individualizantes para melhor representarem os bons e os maus hbitos, as qualidades e os defeitos, as mentalidades retrgradas ou progressistas de certo grupo social, profissional ou cultural. Destes ambientes devemos destacar (pelo pormenor da descrio, pela ironia fina ou stira directa, pela cor epocal transmitida):

    A) O jantar em casa do Conde de Gouvarinho: a superficialidade dos temas de conversa, a insensibilidade artstica, a ignorncia dos dirigentes, a oratria oca dos polticos e os excessos do Ultra-Romantismo.

    B) O episdio na redaco do jornal "A TARDE": a parcialidade do jornalismo da poca.

    C) O sarau literrio do Teatro da Trindade: a educao das mulheres em duas concepes opostas e a superficialidade das opinies de Sousa Neto, o representante da administrao pblica.

    8. Quando Carlos regressa ao Ramalhete, aps o incesto consciente, mostra-nos "o av em mangas de camisa, lvido, mudo, grande, espectral". Na mesma altura, no Ramalhete,

    A) o alto repuxo cantava".

    B) a Natureza manifesta o seu pesar: "Rosas de Inverno esfolhavam-se num vaso do Japo".

    C) a luz sobre o veludo espalhava um tom de sangue".

    9 - Afonso da Maia

    A) Era em tudo um fraco; e esse abatimento contnuo de todo o seu ser resolvia-se a espaos em crises de melancolia negra, que o traziam dias e dias mudo, murcho, amarelo, com as olheiras fundas e j velho. O seu nico sentimento vivo, intenso, at a, fora a paixo pela me.

    B) Era decerto um formoso e magnfico moo, alto, bem feito, de ombros largos, com uma testa de mrmore sob os anis dos cabelos pretos, e os olhos dos Maias, aqueles irresistveis olhos do pai, de um negro lquido, ternos como os dele e mais graves. Trazia a barba toda, muito fina, castanho-escura, rente na face, aguada no queixo - o que Ihe dava, com o bonito bigode arqueado aos cantos da boca, uma fisionomia de belo cavaleiro da Renascena."

    C) era um pouco baixo, macio, de ombros quadrados e fortes: e com a sua face larga de nariz aquilino, a pele corada, quase vermelha, o cabelo branco todo cortado escovinha, e a barba de neve aguda e longa - lembrava, como dizia Carlos, um varo esforado das idades hericas, um D. Duarte de Meneses ou um Afonso de Albuquerque. E isto fazia sorrir o velho, recordar ao neto, gracejando, quanto as aparncias iludem!

    10 - A sociedade lisboeta (costumes, vcios, virtudes) representada por personagens que tipificam um grupo, uma profisso, um vcio Alencar

    A) identificado claramente com o Ultra-Romantismo, na aparncia, no modo de vestir

    B) na parte final da obra, assume papel importante na intriga: toma conhecimento da verdadeira identidade de Maria Eduarda e a sua presena passa a marcar os principais acontecimentos da em diante.

    C) a projeco de Ea de Queirs

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    11 - A sociedade lisboeta (costumes, vcios, virtudes) representada por personagens que tipificam um grupo, uma profisso, um vcio Joo da Ega

    A) considerava que as senhoras podiam ler a literatura romntica sem terem necessidade de corar de vergonha; por outro lado, considerava que dentro da cabea dos realistas s existia "excremento, vmito, pus, matria verde".

    B) o defensor das ideias do Realismo, pensador, literato, excntrico, cnico, inteligente, audacioso, demagogo, dndi e ateu

    C) apresentava "voz arrastada, cavernosa, ateatrada".

    12 - A sociedade lisboeta (costumes, vcios, virtudes) representada por personagens que tipificam um grupo, uma profisso, um vcio Sousa Neto

    A) lamentava que os seus muitos deveres no Ihe permitissem percorrer a Europa. Em pequeno fora esse o seu ideal; mas agora com tantas preocupaes polticas [...]".

    B) "um diabo adoidado, maestro, pianista, com uma pontinha de gnio".

    C) tem viajado por todo o Universo, colecciona obras de arte, bateu-se como voluntrio na Abissnia e em Marrocos, enfim, vive, vive na grande, na forte, na herica acepo da palavra."

    13 - A sociedade lisboeta (costumes, vcios, virtudes) representada por personagens que tipificam um grupo, uma profisso, um vcio Cruges

    A) "filho de um clergyman da igreja inglesa do Porto".

    B) "um diabo adoidado, maestro, pianista, com uma pontinha de gnio".

    C) considerava Lisboa chinfrim e s estava bem em Paris - sobretudo por causa do gnero fmea de que em Lisboa se passava fomes: ainda que nesse ponto a Providncia no o tratava mal.".

    14 - A sociedade lisboeta (costumes, vcios, virtudes) representada por personagens que tipificam um grupo, uma profisso, um vcio Dmaso Salcede

    A) um snob, servil, pouco inteligente e cobarde, congrega em si os vcios da sociedade ("de charuto na boca (...) percorria o Figaro").

    B) o ingls rico, culto e bomio ("d largas ao seu temperamento byroniano").

    C) alm de muito maador e muito pequinhento, no tinha nada de cavalheiro."

    15 - A sociedade lisboeta (costumes, vcios, virtudes) representada por personagens que tipificam um grupo, uma profisso, um vcio Palma "Cavalo"

    A) redactor da "Corneta do Diabo" e jornalista corrupto ("O artigo fora-lhe, simplesmente, encomendado e pago. No terreno do dinheiro vence sempre quem tem mais dinheiro.").

    B) conde, ministro da Finlndia e diplomata ("complicou esta simples transaco com tantas finuras diplomticas, tantos documentos, tantas coisas com o selo real da Finlndia").

    C) judeu banqueiro, director do Banco Nacional e homem influente ("o respeitado director do Banco Nacional, o marido da divina Raquel, o dono dessa hospitaleira casa da Rua do Ferregial onde se jantava to bem.").

    16 - Carlos recebeu uma educao

    A) cosmopolita

    B) inglesa. C) portuguesa

    17 - Carlos e Ega chegam ao Teatro da Trindade, onde Rufino faz um discurso cheio de retrica. Rufino

    A) um bacharel transmontano, muito trigueiro, de pra, com um vozeiro tmido, garganteado, citadino, de vogais arrastadas em canto.

    B) um bacharel sulista, muito trigueiro, de pra, com um vozeiro tmido, garganteado, citadino, de vogais arrastadas em canto.

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    C) um bacharel transmontano, muito trigueiro, de pra, com um vozeiro tmido, garganteado, provinciano, de vogais arrastadas em canto.

    18 - "Ega sentara-se tambm no parapeito, ambos se esqueceram num silncio. Em baixo o jardim, bem areado, limpo e frio na sua nudez de Inverno, tinha a melancolia de um retiro esquecido, que j ningum ama: uma ferrugem verde, de humidade, cobria os grossos membros da Vnus Citereia; o cipreste e o cedro envelheciam juntos como dois amigos num ermo; e mais lento corria o prantozinho da cascata, esfiado, saudosamente, gota a gota, na bacia de mrmore. Depois ao fundo, encaixilhada como uma tela marinha nas cantarias dos dois altos prdios, a curta paisagem do Ramalhete, um pedao de Tejo e monte, tomava naquele fim de tarde um tom mais pensativo e triste: na tira de rio um paquete fechado, preparado para a vaga, ia descendo, desaparecendo logo, como j devorado pelo mar incerto; no alto da colina o moinho parara transido na larga friagem do ar; e nas janelas das casas, beira da gua, um raio de sol morria, lentamente sumido, esvado na primeira cinza do crepsculo, como um resto de esperana numa face que se anuvia. *+ Ea de Queirs - Os Maias Este excerto

    A) situa-se no fim da obra (ltimo captulo), quando Carlos regressa da Amrica, dez anos depois da morte do av.

    B) situa-se no fim da obra (ltimo captulo), quando Carlos regressa da Europa, dez anos depois da morte do av.

    C) situa-se no fim da obra (ltimo captulo), quando Carlos regressa da Europa, onze anos depois da morte do av.

    19 - O Realismo

    A) baseia-se numa doutrina filosfica (j formulada na Idade Mdia) que procura representar o mundo exterior de uma forma fidedigna, sem interferncia de reflexes intelectuais nem preconceitos, e voltada para a anlise das condies polticas, econmicas e sociais.

    B) procura ver a realidade de forma objectiva e surge como reaco ao idealismo clssico, ou melhor, como afirma Gatan Picon, sucede ao Classicismo como a anlise sntese, a explorao minuciosa intuio global.

    C) um movimento artstico e cultural que surge no sculo XVIII, durante o neoclassicismo, e dura at meados do sculo XIX. Desde cedo se revela como um novo modo de vida e maneira de sentir e de pensar.

    20 - O Naturalismo

    A) apresenta-se estimulado pela incessante busca do absoluto e do belo, pela escuta e vivncia em contacto com as vozes da Natureza selvagem e grandiosa, pela concepo da paixo sagrada e sem limites, pela idealizao do povo sublime em revolta contra os poderosos e opressores. O Naturalismo cria assim uma concepo idealista da vida e da esttica, numa atitude de constante desprezo e rebeldia face s normas estabelecidas.

    B) aparece como reaco do esprito nacional tentativa de hegemonia do poder napolenico. Alemanha, Inglaterra, Itlia, Espanha e Portugal despertam para os seus valores nacionais e procuram a total liberdade: poltica, religiosa, cultural e literria.

    C) um concepo filosfica que considera a Natureza como nica realidade existente, recusando explicaes que transcendam as cincias naturais.

    retirado de http://www.edusurfa.pt/testesdiag/TestesDiag.asp?ano=12&disc_id=27&teste_id=162

    http://www.edusurfa.pt/testesdiag/TestesDiag.asp?ano=12&disc_id=27&teste_id=162