os fatores determinates do turnover nas...

37
OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS CLÍNICAS DE ESTÉTICA Mônica J. F. Schimunda¹, Renata Rothenbuhler ², Fernanda Quaresma de Araújo ³ 1- Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2- Co-orientadora: Prof.ª Renata Rothenbuhler, Doutora em engenharia da produção com ênfase em empreendedorismo e gestão em saúde, Professora adjunta do curso de Tecnóloga em estética e cosmética. 3-Orientadora: Prof.ª Fernanda Quaresma de Araújo, Farmacêutica e Mestre em educação, Professora adjunta do curso de Tecnóloga em estética e cosmética. Endereço para correspondência: Mônica J.F. Schimunda, [email protected],br RESUMO: A rotatividade de pessoal, também conhecida por turnover, está relacionada com a entrada e saída de funcionários em uma empresa. No segmento das clínicas de estética, observa-se uma grande rotatividade. Com base nisso, o presente trabalho consiste em identificar os possíveis fatores determinantes relacionados ao elevado índice de rotatividade nas clínicas e centros de estética e buscar possíveis soluções que possam diminuir este índice. Quanto à abordagem do problema, foi realizada pesquisa quantitativa e qualitativa, através de questionário com perguntas abertas e fechadas. Os sujeitos da pesquisa foram funcionários e colaboradores que trabalham diretamente nos procedimentos estéticos e no atendimento das clínicas, além dos proprietários/gestores, na cidade de Curitiba, Paraná. Dentro deste contexto, o estudo evidenciou as seguintes categorias: satisfação, retenção e valorização. Este estudo também apresentou possíveis causas e as consequências da rotatividade, assim como , os modelos de gestão e a importância e competências do Tecnólogo em Estética na gestão destas unidades econômicas de negócios. __________________________________________________________________________ Palavras-chave: Rotatividade, Retenção de Talentos, Satisfação. ABSTRACT: The turnover in the companies is related with the entry and exit of employees. In beauty care segment, there is a large turnover. Based on that, the present work aims to identify possible factors related to the high turnover on the beauty centers, and also look for possible solutions that can reduce this index. Regarding the approach to the problem, research was conducted quantitative and qualitative through a form with extensive and objective questions. Survey participants were employees who work directly in procedures and clinical care, in addition to the owners/ the following categories: satisfaction, retention and recovery. This study also showed causes and consequences of turnover, in addition to management models and the significance managers, in the city of Curitiba, Paraná. Within this context, the study showed and skills of the Technologist in Beauty Care on the management of these business units. __________________________________________________________________________ Keywords: Turnover, Talent Retention, Satisfaction.

Upload: truongthu

Post on 03-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS CLÍNICAS DE ESTÉTICA

Mônica J. F. Schimunda¹, Renata Rothenbuhler ², Fernanda Quaresma de Araújo ³

1- Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2- Co-orientadora: Prof.ª Renata Rothenbuhler, Doutora em engenharia da produção com ênfase em empreendedorismo e gestão em saúde, Professora adjunta do curso de Tecnóloga em estética e cosmética. 3-Orientadora: Prof.ª Fernanda Quaresma de Araújo, Farmacêutica e Mestre em educação, Professora adjunta do curso de Tecnóloga em estética e cosmética. Endereço para correspondência: Mônica J.F. Schimunda, [email protected],br

RESUMO: A rotatividade de pessoal, também conhecida por turnover, está relacionada com a entrada e saída de funcionários em uma empresa. No segmento das clínicas de estética, observa-se uma grande rotatividade. Com base nisso, o presente trabalho consiste em identificar os possíveis fatores determinantes relacionados ao elevado índice de rotatividade nas clínicas e centros de estética e buscar possíveis soluções que possam diminuir este índice. Quanto à abordagem do problema, foi realizada pesquisa quantitativa e qualitativa, através de questionário com perguntas abertas e fechadas. Os sujeitos da pesquisa foram funcionários e colaboradores que trabalham diretamente nos procedimentos estéticos e no atendimento das clínicas, além dos proprietários/gestores, na cidade de Curitiba, Paraná. Dentro deste contexto, o estudo evidenciou as seguintes categorias: satisfação, retenção e valorização. Este estudo também apresentou possíveis causas e as consequências da rotatividade, assim como , os modelos de gestão e a importância e competências do Tecnólogo em Estética na gestão destas unidades econômicas de negócios. __________________________________________________________________________ Palavras-chave: Rotatividade, Retenção de Talentos, Satisfação.

ABSTRACT: The turnover in the companies is related with the entry and exit of employees. In beauty care segment, there is a large turnover. Based on that, the present work aims to identify possible factors related to the high turnover on the beauty centers, and also look for possible solutions that can reduce this index. Regarding the approach to the problem, research was conducted quantitative and qualitative through a form with extensive and objective questions. Survey participants were employees who work directly in procedures and clinical care, in addition to the owners/ the following categories: satisfaction, retention and recovery. This study also showed causes and consequences of turnover, in addition to management models and the significance managers, in the city of Curitiba, Paraná. Within this context, the study showed and skills of the Technologist in Beauty Care on the management of these business units. __________________________________________________________________________

Keywords: Turnover, Talent Retention, Satisfaction.

Page 2: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

2

1. INTRODUÇÃO

A rotatividade de pessoal, também conhecida por turnover, está

relacionada com a entrada e saída de funcionários de uma empresa. As razões

para o desligamento têm origens diversas e podem ser de iniciativa do colaborador

ou da empresa. Ao aprofundar-se no estudo deste importante tema organizacional,

torna-se nítido que o principal papel do gestor é permanecer atento às constantes

mudanças do mercado externo e também à realidade das pessoas que compõem a

organização (OLIVEIRA, 2006).

A rotatividade pode ser classificada em dois tipos: aquela controlada pela

empresa e aquela cujo controle é feito pelo mercado. No primeiro caso, a empresa

consegue reter e motivar os profissionais de melhor desempenho, mais qualificados

e com potencial para crescerem e contribuírem mais efetivamente para o

desenvolvimento da organização. Nesse processo ela identifica esses

colaboradores, acompanha seu desenvolvimento, dando-lhes oportunidades,

visando mantê-los satisfeitos, recompensados e reconhecidos de forma que não se

sintam impelidos a deixar a organização. Já no segundo caso, a rotatividade

controlada pelo mercado é exatamente o contrário: a empresa perde seus melhores

profissionais para os concorrentes e para o mercado em geral, porque não dispõe de

políticas e critérios para motivá-los e retê-los. Permanecem na empresa aqueles que

não têm competência suficiente para competir no mercado (LUCENA, 2009).

O relacionamento entre a empresa e seus colaboradores reveste-se de

primordial importância, pois é fundamental para o sucesso do negócio. Quanto

melhor o clima interno e o moral das pessoas envolvidas, maior a probabilidade de

sucesso organizacional. Porém, não basta agregar, desenvolver, recompensar e

aplicar talentos. É preciso retê-los na organização, sempre engajados e satisfeitos,

para que o investimento passe a ser mútuo, tanto da empresa quanto do talento.

(CHIAVENATO, 2014).

O objetivo deste estudo é identificar - através de revisão bibliográfica e de

aplicação de pesquisa qualitativa junto às clínicas de estética- os fatores

determinantes da rotatividade/turnover de profissionais desse mercado, bem como,

discutir o papel do tecnólogo em estética na gestão das clínicas especializadas,

principalmente no tocante às relações entre as organizações e seus funcionários.

Page 3: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

3

Rotatividade

A rotatividade de funcionários é a movimentação de entrada e saída de

pessoas num determinado local de trabalho, sendo considerado como um fator

natural, mas quase sempre entendido como um problema. Mesmo assim é pouco

estudado ou analisado pelas empresas, que somente costumam calculá-lo. De

acordo com Moura (2007), a rotatividade de trabalhadores é um problema que afeta

os estabelecimentos de trabalho diretamente, os gestores não procuram analisar as

causas que realmente estão afetando a rotatividade das pessoas em suas

empresas, limitando-se, tão somente, a elaborar estatísticas periódicas sobre essa

movimentação.

As empresas se caracterizam pelo fluxo de movimentação das pessoas,

podendo, estas movimentações, ser ocasionadas por admissões, afastamentos ou

desligamentos. Todos estes fatores vão afetar a empresa, independentemente do

motivo que leva uma pessoa a deixar seu local de trabalho, pois acarretará

desfalque de funcionários para desempenhar as atividades, sendo necessária a

contratação de substituto para ser alocado nesta vaga (CHIAVENATO, 2006).

Para que não aconteça um número elevado de colaboradores pedindo

afastamento de suas atividades, deve-se tentar descobrir as causas que estão

contribuindo para que eles se desliguem da empresa e também se os gestores

possuem conhecimento de tais causas. O administrador deve estar atento ao

funcionário, pois é sua função entender o comportamento das pessoas em relação à

empresa. Para que isso ocorra, é necessário que haja uma inter-relação entre a alta

administração e os colaboradores, pois a rotatividade pode ser um problema geral

da empresa ou restrita a uma determinada chefia. Assim, o gestor deverá implantar

políticas de valorização dos seus funcionários, de forma que estes se sintam

confiantes em expor seus sentimentos com relação a sua satisfação no trabalho.

(LACOMBE, 2005).

Conforme Chiavenato (2006), a alta cúpula da empresa deve conhecer

melhor os sentimentos dos funcionários em relação a fatores como relações com

supervisores, ao trabalho ao qual é submetido e a sua adaptação ao ambiente de

trabalho.

Na visão de Ribeiro (2006), grande parte das empresas cobram resultados,

mas não deixam de se preocupar com o ser humano, criando condições para que as

relações no trabalho possam ser melhores e consequentemente mais produtivas.

Page 4: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

4

Causas que levam à rotatividade

Os problemas relacionados aos altos índices de rotatividade de pessoal

podem ter seu início já durante o processo de recrutamento e seleção. Podem,

também, ocorrer problemas com o treinamento e o colaborador não receber uma

capacitação adequada, ou, ainda, se desmotivar ao perceber que foi atraído para

uma atividade divergente da proposta, entre outros fatores que o fazem desistir de

trabalhar em determinada empresa (OLIVEIRA, 2006).

Para a organização constatar o fator predominante dentro da empresa é

necessário analisar com maior profundidade o comportamento do funcionário e os

motivos que o levaram a se retirar da mesma (OLIVEIRA, 2006 E CHIAVENATO,

2004).

Chiavenato (2004) ressalta que existem múltiplas causas, que de modo

geral, estão relacionadas à política salarial e de benefícios; à oportunidade de

crescimento profissional adequada à política salarial; às normas de conduta e

disciplina; às condições físicas e ambientais nos postos de trabalho e à motivação

pessoal. As empresas investem cada vez mais em qualificação e benefícios para

seus colaboradores, gerando um mercado mais competitivo e oportunizando que o

funcionário não satisfeito encontre outro local de trabalho que lhe ofereça maior

segurança e conforto.

A rotatividade não é uma causa, mas o efeito de algumas variáveis

externas e internas, ou seja, consegue-se perceber o caráter multicausal e

situacional do fenômeno da rotatividade. As principais variáveis externas são a

situação de oferta e procura e a oportunidade de empregos. As variáveis internas

são: política salarial e benefícios, estilo gerencial, oportunidade de crescimento na

empresa, perfil de cargo, relacionamento humano e as condições físicas e

psicológicas da força de trabalho (CHIAVENATO, 2004).

O problema da rotatividade pode ter início ainda nas fases de recrutamento

e seleção de pessoal, mas para a organização constatar o fator predominante dentro

da empresa é necessário analisar com maior profundidade o comportamento do

funcionário e os motivos que o levaram a se retirar da mesma. Ao mapear as causas

ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um panorama do

fenômeno, e dessa forma, poderão compreender melhor a dimensão das

consequências do índice de rotatividade. (OLIVEIRA, 2006 E CHIAVENATO, 2004).

Page 5: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

5

Retenção de talentos na empresa

A origem da palavra talento vem do grego (tálantos) e passa pelo latim

(talentum) e deixou de significar dinheiro para ser aptidão natural ou habilidade

adquirida, inteligência excepcional (GRETZ, 1997). Normalmente o talento está

associado a algo valioso, usado para denominar pessoas que se destacam por

alguma habilidade marcante. Pode entender-se então, que talentos não são gênios

e nem pessoas possuidoras de dons especiais. Trata-se de pessoas normais,

dotadas das mesmas capacidades mentais da maioria das pessoas, porém com algo

a mais, que é quase intangível. Essas pessoas possuem algo que todos podemos

ter: a percepção do que realmente deve ser feito e o senso de responsabilidade que

obriga à realização de uma obra cada vez melhor (GRETZ, 1997).

A exigência do mercado de trabalho tem obrigado as empresas a oferecer

serviços cada vez melhores e com algum diferencial em relação aos concorrentes.

Diante dessa mudança de conceito e exigência por parte dos consumidores, as

empresas necessitam, cada vez mais, trabalhar a retenção de talentos.

Para Ulrich (2002), as empresas bem-sucedidas serão aquelas mais

experientes em atrair, desenvolver e reter indivíduos com habilidades, perspectiva e

experiência suficiente para conduzir um negócio global. A gestão de talentos

abrange as práticas de identificação (recrutamento e seleção) e as práticas de sua

retenção, tais como: remuneração, qualidade de vida, desenvolvimento,

planejamento de carreira e papel da liderança, aspectos que ganham cada vez mais

importância na administração de RH. Estas práticas têm como foco as atividades

que as organizações desenvolvem para reter seu capital humano. Aqui cabe a

ressalva de que contratar a pessoa certa desde o início evita um desempenho

posterior medíocre, além de reduzir a rotatividade.

Pessoas capazes e motivadas tornam-se cada vez mais imprescindíveis

para assegurar a competitividade da empresa, sendo assim, é preciso atrair,

desenvolver e reter talentos para a organização se manter competitiva. Para dar

valor às pessoas, as empresas devem ir além da noção de recursos humanos e em

direção a noção de capital humano, que vê as pessoas não como recursos

perecíveis a serem consumidos, mas como um bem de valor a ser desenvolvido

(Belém, 2010).

Page 6: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

6

Perder funcionários é dispendioso. Estudos mostram que o custo para

repor um talento perdido vai de 70% a 200% do salário anual deste colaborador. Há

despesas de anúncios, recrutamento, orientação, treinamento do novo colaborador e

diminuição da produtividade. Para Kaye (2004), diretora da Beverly Kaye &

Associados, a retenção de talentos é o principal problema das empresas e

soluciona-lo significa ter empresas mais lucrativas, funcionários mais felizes e mais

produtivos e clientes mais satisfeitos.

Pessoas que conhecem seus pontos fortes e fracos têm mais chances de

se dar bem no que fazem. Da mesma maneira, um empregador que souber

aproveitar ao máximo o talento de seus funcionários terá uma empresa com

engrenagens saudáveis e preparada para desafios (MAKSURI, 2005).

Satisfação no Trabalho

A satisfação dos colaboradores no ambiente de trabalho tem sido

evidenciada como grande fator diferenciador da competitividade empresarial. De

acordo com resultados publicados por diversas empresas, verifica-se que, quanto

maior é a valorização, integração e motivação dos colaboradores, maior é a

produtividade oferecida por eles (HUNTER, 2006).

A satisfação no trabalho é a atitude geral de um indivíduo em relação as

suas atividades, muito mais do que um comportamento. As consequências da

insatisfação no trabalho podem representar altos custos para a empresa, podendo

refletir-se, tanto em aspectos financeiros, quanto morais ou até mesmo emocionais.

As consequências mais comuns em empresas que tem alto índice de insatisfação

são o turnover (a rotatividade), o absenteísmo, conflitos no ambiente de trabalho,

baixa qualidade nos produtos e serviços, baixo comprometimento com os objetivos

organizacionais, baixa qualidade dos produtos e serviços e desperdício de materiais

ou matéria-prima (DAVIS; NEWSTROM, 1992).

O envolvimento no trabalho está relacionado à satisfação. O papel do gerente

é fundamental a fim de estimular o ambiente, promovendo o envolvimento no

trabalho, o que somente um local de trabalho agradável possibilita. (KINICKI;

KREITER, 2006).

Page 7: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

7

Comportamento organizacional

O comportamento organizacional é o estudo e aplicação do conhecimento

sobre como as pessoas agem nas organizações. Os elementos-chave são pessoas,

estrutura, tecnologia e ambiente externo. Os conceitos fundamentais de

comportamento organizacional relacionam-se com a natureza das pessoas,

diferenças individuais, comportamento motivado e valor da pessoa. (KEITH DAVIS,

2001 e JOHN W, 2001).

De acordo com Rodrigues (1994), os empregados que tem vida familiar

insatisfatória elegem o trabalho como o único ou maior meio para obter a satisfação

da maioria de suas necessidades, principalmente as sociais. Nesses casos, o

trabalho assume dimensões significativas na vida do homem, sendo que a

satisfação da sua vida profissional não pode estar isolada da sua vida particular. As

pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro das empresas, por isso

a importância de se estar satisfeito no trabalho, já que isto irá refletir diretamente em

seu rendimento dentro da empresa. Quando se trabalha motivado é mais fácil

alcançar o sucesso profissional, mas este também depende da organização para ser

alcançado.

No ambiente empresarial atual, surge competição quando as organizações

tentam copiar uma das outras, sempre tentando fazer melhor. Uma das maneiras

mais eficazes de garantir a vantagem competitiva é aproveitar ao máximo os

conhecimentos, as habilidades e as outras qualidades humanas dos colaboradores

da empresa.

Dentro deste entendimento das organizações procurarem copiar umas às

outras, importante citar o benchmarking.

Gariba Junior (2005) ressalta que benchmarking é:

[...] um procedimento de pesquisa, contínuo e sistemático, pelo qual se

realizam comparações entre organizações, objetos ou atividades, criando-

se um padrão de referência. A técnica de benchmarking visa, portanto, a

procura de pontos de referência que comparem o desempenho com a

concorrência, com o objetivo de melhorar o rendimento naquele aspecto

que se quer medir.

Page 8: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

8

Assim, administrar o comportamento organizacional, é essencial ao processo de

garantir e sustentar a vantagem competitiva (WAGNER , JOHN, 2012).

Vantagens e desvantagens da rotatividade

Na visão de Silva (2001), a substituição de empregados por outros de melhor

desempenho é a mais óbvia das consequências organizacionais positivas. Nesse

sentido a rotatividade cria oportunidades de substituições e estas podem trazer

consigo novos conhecimentos, ideias, abordagens, tecnologias, estilos, motivação e

maior comprometimento entre os demais indivíduos da instituição. Alguns aspectos

que podem trazer benefícios para a empresa são: propiciar transferência de

conhecimento técnico de um funcionário para outro e em alguns casos, transmitir

uma maior sensação de confiança e independência do empregado; criar uma crítica

interna na estrutura e na forma de atuação das empresas; afastamento de

empregados de baixo desempenho, que podem causar desmotivação geral no grupo

de trabalho, visto que a chegada de um indivíduo motivado gera melhor

desempenho entre os demais do setor.

Na visão de Mobley (1992), toda a perda ocorrida na empresa gera custos.

Pode ser uma perda humana ou material. A perda humana é relativa ao funcionário,

pela queda de sua qualificação e desempenho; a perda material é relativa à queda

na produção, que foi desencadeada pela falta de um funcionário, que leva tempo

para repor até gerar outra contratação e treinamento para a vaga em aberto.

Quando a rotatividade se torna excessiva, a força de trabalho da organização

pode se tornar inexperiente e destreinada, resultando em ineficiência e dificuldade

na busca dos objetivos organizacionais, gerando custos e tempo perdido.

(CHIAVENATO, 2004).

O presente trabalho consiste em identificar os possíveis fatores determinantes

relacionados ao elevado índice de rotatividade nas clínicas e centros de estética e

buscar possíveis soluções que possam diminuir este índice.

MATERIAL E MÉTODOS:

Esse trabalho foi desenvolvido em duas etapas. Na primeira etapa foi

realizada uma revisão bibliográfica a partir de periódicos e literaturas científicas

relacionadas ao tema. Utilizou-se banco de dados como Scielo, Lilacs, Medline,

Pubmed e Science Direct. Os artigos selecionados foram publicados de 1992 à

Page 9: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

9

2014. Foram utilizados os seguintes descritores, bem como algumas combinações:

rotatividade, retenção de talentos, comportamento organizacional.

Na segunda etapa foi realizada uma pesquisa qualitativa tendo como

instrumentos de coleta de dados dois questionários estruturados, com perguntas

fechadas e abertas, sendo um para funcionários e o outro para os proprietários das

clínicas de estética.

Os indivíduos participantes foram esclarecidos quanto aos objetivos da

pesquisa e aqueles que concordaram em participar, assinaram um Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado pela pesquisadora, onde foram

descritos: a finalidade da pesquisa, os procedimentos, riscos, benefícios, privacidade

e confidencialidade. Os participantes da pesquisa assinaram a declaração de

consentimento e expressaram sua opinião respondendo as questões de maneira

descritiva.

Os questionários foram respondidos por 44 pessoas, atuantes na área de

estética e beleza, sendo 35 colaboradores e 10 gestores de clínicas situadas na

cidade de Curitiba – PR.

Neste estudo, participaram da pesquisa, funcionários e proprietários de

clínicas de estética localizadas nos seguintes bairros de Curitiba: Batel, Bacacheri,

Capão Raso, Centro, Pilarzinho e Santa Felicidade, onde se concentram 490 dos

1.619 estabelecimentos de atividades de estética e outros serviços de cuidados com

a beleza do município, segundo a Agência Curitiba de desenvolvimento S/A (2012).

O questionário para os proprietários teve como referência duas perguntas

específicas: a) Você valoriza o seu colaborador (a)? De que forma você manifesta

esta valorização? b) Em sua opinião, o que mantém um funcionário numa clínica de

estética?

A pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das

características de determinada população ou fenômeno ou, então, o

estabelecimento de relações entre variáveis. Assim, pretendeu-se descrever as

características do fenômeno estudado e obter um amplo conhecimento sobre o

assunto em questão.

Quanto à abordagem do problema, foi usada a pesquisa quantitativa e

qualitativa, pois o estudo pretendeu medir algumas variáveis como opiniões,

preferências e comportamentos.

Page 10: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

10

Quanto ao tipo de amostra, foi utilizada a não probabilística, por

acessibilidade ou conveniência, na qual, o pesquisador seleciona os elementos a

que tem acesso, admitindo que estes possam representar um universo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Os resultados obtidos a partir dos questionários aplicados em 10 clínicas do

município, em que foram entrevistados 35 colaboradores e 10 gestores foram

analisados de forma a identificar a percepção dos mesmos com relação à

rotatividade e às práticas utilizadas para satisfação e retenção dos talentos.

Ao desenvolver pesquisas, sempre parte-se do pressuposto de que os

entrevistados serão honestos, corretos e dispostos a colaborar ao responderem aos

questionamentos. Todavia, há sempre os chamados “não respostas”, ou seja,

respostas erradas.

GESTORES:

Para a 1ª Pergunta da pesquisa “O gestor deve ser exigente, chamando a

atenção dos funcionários sempre que necessário, mesmo na frente de clientes

ou colegas?”, verificou-se que 100% dos gestores responderam afirmativamente,

no entanto, considerando-se os comentários tecidos em relação à pergunta, ficou

claro que o gestor deve evitar expô-los na frente de clientes ou colegas.

Na figura I o gráfico demonstra que, dos entrevistados, 67% responderam

que o gestor não deve ser amigo de seus colaboradores, já 33% responderam que

sim, pois manter um bom relacionamento com seus colaboradores é importante para

a empresa.

Neste aspecto, é importante ressaltar que, segundo Souza (2006), um

ambiente de trabalho familiar é a chave do sucesso, ou seja, ambiente familiar que

não quer dizer paternalismo ou nepotismo, mas sim um clima marcado pelo

companheirismo, solidariedade, amizade, trabalho em grupo, crescimento individual

e coletivo. A peça fundamental para promover este ambiente de trabalho é o gestor

Page 11: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

11

Figura I – Gráfico setorial do relacionamento

Fonte: a autora

Com relação ao gestor ser o responsável pelo clima da equipe, na figura II o

gráfico demonstra que 78% dos gestores concordam, justificando que todos

trabalham de acordo com o perfil do gestor, enquanto que 22% não concordam, pois

acham que os próprios colaboradores é que são responsáveis pelo clima da equipe.

Lacombe (2005) afirma que o clima está ligado à motivação, à identificação

do funcionário com a empresa, ao interesse e comprometimento com o trabalho, à

facilidade da comunicação interna, à colaboração pessoal, aos relacionamentos

entre as pessoas e à integração das equipes, entre outros fatores; e quanto mais

atendidas as necessidades das pessoas pela empresa, melhor tende a ser o clima

organizacional.

Figura II – Gráfico setorial do clima da equipe

Fonte: a autora

33%

67%

GESTOR DEVE SER AMIGO DOS COLABORADORES

SIM NÃO

78%

22, %

GESTOR É RESPONSÁVEL PELO CLIMA DA EQUIPE

SIM NÃO

Page 12: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

12

Dando seguimento ao estudo, foi perguntado se os gestores possibilitam

treinamento aos seus colaboradores e 100% dos entrevistados responderam

afirmativamente, com as seguintes justificativas:

Justificativa para treinamento da equipe

Dados da pesquisa (2014)

O treinamento não se faz somente no momento da contratação do

colaborador, mas, por ser um processo de desenvolvimento, que inclui as

experiências vividas pelos colaboradores, deve servir para aperfeiçoar, a longo

prazo, as habilidades e aptidões pessoais e profissionais, sendo também uma

ferramenta estratégica para as empresas atingirem os seus objetivos e dos seus

colaboradores ( MILKOVICH E BRODREAU, 2006).

Com relação à valorização, verifica-se que a atitude do gestor é fundamental

para o sucesso da empresa, conforme demonstrado na figura III, pois 89% dos

gestores responderam que valorizam seus funcionários através de salários e

reconhecimento profissional, elogios, lembrando datas comemorativas, comissões

POR QUE COMO FREQUÊNCIA

Para que os clientes sejam

melhores atendidos

Com profissionais da área Sempre que necessário

Para melhor produtividade e

desempenho da função

Através de Workshops Semanal, mensal

Para ocorrer troca de

experiências, reciclagens e

estimular a equipe.

Através de treinamentos

internos com aparelhos,

acompanhamentos e

palestras.

Mensal

Para promover o

aperfeiçoamento do

profissional

Sempre, em quadro

informativo, cursos, feiras e

workshops de fornecedores

de produtos e aparelhos.

Fazendo reciclagens

sempre que necessário

Page 13: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

13

em vendas, dando oportunidades e total apoio através de feedback, motivação e,

dependendo do caso, uma remuneração mais atrativa, trazendo novos produtos e

treinamentos e mantendo sempre um contato com os demais funcionários.

(11%), responderam que valorizam apenas aqueles que merecem, segundo a

sua ótica.

É importante que as organizações contribuam para o crescimento do seu

colaborador. Quando ocorre esse reconhecimento, automaticamente surge o

sucesso empresarial, ou seja, é de suma importância, para uma organização,

investir na sua própria cultura para que assim se possa extrair o que há de melhor

de seus colaboradores para alcançarem o sucesso (SALOMÃO & ASHLEY, 2008).

Figura III – Gráfico setorial Valorização

Fonte: a autora

Outro ponto que mereceu a atenção envolve as prioridades dos

colaboradores conforme pode ser visualizado na figura IV.

Nesta pergunta, os gestores responderam por ordem de prioridade conforme

o gráfico abaixo. Importante ressaltar que nesta pergunta, as respostas apareceram

distintas as fornecidas pelos colaboradores, ou seja, não estão em sintonia,

sugerindo um descompasso entre o discurso e o que efetivamente acontece no

cotidiano das empresas.

A satisfação no trabalho representa uma atitude geral de um indivíduo em

relação às suas atividades, muito mais do que um comportamento. As

consequências da insatisfação no trabalho podem representar altos custos para a

89%

11%

GESTOR VALORIZA SEUS FUNCIONÁRIOS

SIM MAIS OU MENOS

Page 14: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

14

empresa, podendo refletir-se, tanto em aspectos financeiros, quanto morais ou até

mesmo emocionais. A consequência mais comum em empresas que tem alto índice

de insatisfação de sua mão de obra é a rotatividade (DAVIS NEWSTROM, 1992).

Figura IV – Histograma das prioridades dos colaboradores, segundo os gestores

Fonte: a autora

Outra pergunta dos questionários foi sobre o tema talento. De acordo com o

gráfico apresentado na figura V, relativamente o que é Talento na visão da

empresa? os gestores tiveram entendimentos variados, pois 45% acharam que um

talento é aquele funcionário que tem várias habilidades, conhecimentos e

experiências, 33% responderam que é o funcionário proativo, já 22% acham que é o

funcionário que se destaca entre os outros.

O talento está associado a algo valioso, usado para denominar pessoas que

se destacam por alguma habilidade marcante (GRETZ, 1997).

1 2

3 4

5 6

7

O QUE MANTEM O FUNCIONÁRIO NA EMPRESA

Page 15: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

15

Figura V - Gráfico setorial sobre talento, segundo a empresa

Fonte: a autora

De acordo com a figura VI, o gráfico demonstra que 67% dos gestores

asseguram que a empresa possui políticas de atração e retenção de talentos,

enquanto 33% responderam negativamente.

As principais políticas adotadas pelas empresas, segundo os gestores, estão

relacionadas a saber reconhecer os funcionários, dando-lhes oportunidade de

crescimento e oferecendo-lhes qualidade e condições de trabalho, pois são esses

talentos que mantém a estrutura da empresa. Além disso, sempre valorizar e

beneficiar o profissional, avaliando-o e informando-lhe o feedback dos clientes.

Pessoas capazes e motivadas tornam-se cada vez mais imprescindíveis para

assegurar a competitividade da empresa, sendo assim é preciso atrair, desenvolver

e reter talentos para a organização se manter competitiva (BELÉM, 2010).

Figura VI - Gráfico setorial sobre atração e retenção de talentos

Fonte: a autora

45%%

33 %

22 %

TALENTO NA VISÃO DA EMPRESA

TER VÁRIAS HABILIDADES, CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS

SER PROATIVO

FUNCIONÁRIO QUE SE DESTACA

67% %

33%

A EMPRESA POSSUI POLÍTICAS QUE VISAM A ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS?

SIM NÃO

Page 16: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

16

Na figura VII, o gráfico demonstra como a empresa entende que suas ações

para retenção de talentos são percebidas pelos colaboradores. Para 56% da

amostra, a percepção dos colaboradores é relacionada ao retorno financeiro. Para

33% as ações são de grande valia, enquanto 11% entendem como eficientes para

atrair e reter.

Figura VII – Gráfico setorial sobre a visão das ações

Fonte: a autora

Conforme demonstra o gráfico da figura VIII, 56% dos gestores consideram o

índice de rotatividade normal, já 33% acham este índice médio, enquanto 11%

acham baixo para o setor. Nenhum dos gestores concorda que a rotatividade de

funcionários na empresa esteja elevada. Com base nas respostas pode-se constatar

que a rotatividade vem aumentando, sugerindo que, para os gestores que

responderam os questionários, a rotatividade não é um fator impactante ou mesmo

um problema que necessita de solução.

A rotatividade de funcionários vem sendo considerado como um fator natural,

mas quase sempre entendido como um problema. Mesmo assim é pouco estudado

ou analisado pelas empresas, que somente costumam calculá-lo. De acordo com

Moura (2007), a rotatividade de trabalhadores é um problema que afeta diretamente

a empresa, porém os gestores não procuram analisar as causas que realmente

estão afetando esse índice.

Os gestores devem perceber que não basta somente selecionar pessoas

qualificadas, nem apenas observar se o funcionário está desempenhando

adequadamente suas funções ou não, pois se a empresa não disponibilizar um

ambiente satisfatório, onde os colaboradores se sintam bem para desenvolver suas

funções, eles vão continuar saindo dela da mesma forma como já vem acontecendo.

56%%

33%

11 %

COMO A EMPRESA VÊ SUAS AÇÕES DE RETENÇÃO DE TALENTOS SENDO RECEBIDAS PELOS COLABORADORES?

RETORNO FINANCEIRO DE GRANDE VALIA EFICIENTE PARA ATRAIR E RETER

Page 17: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

17

Figura VIII – Gráfico setorial sobre a rotatividade

Fonte: a autora

Na sequência, outra pergunta alcançou a formação do gestor , conforme pode

ser evidenciado na figura IX.

Em relação à formação dos 10 gestores entrevistados, 50% tem apenas o

ensino médio, 20% não concluíram o curso superior enquanto que 20% tem curso

superior completo. Daqueles que concluíram o curso superior, apenas dois são

formados dentro da área de estética, sendo um fisioterapeuta e um tecnólogo em

estética. Os demais são formados em contabilidade, marketing, biomedicina e

administração de empresas.

Figura IX – Gráfico setorial da formação do gestor

Fonte: a autora

56% 33%

11%

QUAL O ÍNDICE DE ROTATIVIDADE NA VISÃO DO GESTOR

NORMAL PARA O SETOR BAIXA PARA O SETOR MÉDIA

50 30

20

ESCOLARIDADE

ENSINO MÉDIO SUPERIOR COMPLETO SUPERIOR INCOMPLETO

Page 18: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

18

COLABORADORES:

Foi perguntado aos colaboradores se o gestor deve ser exigente, chamando

atenção dos funcionários sempre que necessário, mesmo na frente dos clientes e

colegas. De acordo com o demonstrado no gráfico da figura X, 66% dos funcionários

acham que em hipótese alguma se deve chamar atenção, pois cada um sabe de

suas responsabilidades, mas que deve ser exigente sim. Os demais, ou 34%, acham

que o gestor deve chamar atenção dos seus funcionários e ser exigente, porém

nunca na frente dos outros, pois isso iria expor o funcionário causando revolta e

constrangimento.

Figura X – Gráfico setorial do relacionamento I

Fonte: a autora

Através da confiança, os líderes e seguidores ficam mais propensos a

assumir riscos, fazer algo que valha a pena, assim crescendo com a experiência e

atraindo seus subordinados através de sua integridade, respeito e confiança

(BERGAMINI, 2002).

O gráfico da figura XI demonstra que 80% dos entrevistados acham que o

gestor deve sim ser amigo de sua equipe, enquanto que 20% responderam que não.

As respostas também foram justificadas e os pontos positivos e negativos

avaliados. Pela avaliação dos pontos positivos, os colaboradores entendem que

todos devem ser amigos, inclusive o gestor, pois o funcionário, vendo-o como amigo,

irá fazer sempre mais que o esperado, melhorando o clima entre as partes. Nesse

sentido, consideram a amizade entre funcionário e gestor um importante fator para o

desempenho do profissional, porém deve haver limitações, ou seja, ter amizade no

sentido de parceria.

34 %

66 %

CHAMAR ATENÇÃO DO FUNCIONÁRIO SEMPRE QUE NECESSÁRIO

SIM NÃO

Page 19: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

19

Já nos pontos negativos, os funcionários alegam que se deve ter um bom

relacionamento e não amizade, mantendo-se a postura, com o gestor exercendo sua

função, e o profissionalismo entre as partes.

Figura XI – Gráfico setorial do relacionamento II

Fonte: a autora

A comunicação é a troca de informações, ideias e sentimentos; processo que

mantém os indivíduos em contato permanente, propiciando a interação. Diante

disso, pode-se afirmar que a comunicação é primordial para a qualidade da relação

interpessoal no ambiente de trabalho, cabendo aos gestores propiciar as

informações necessárias para um melhor resultado da equipe e a concretização das

atividades. Neste sentido, o líder precisa atentar para as atitudes do grupo e manter

um clima agradável, a fim de direcionar sua atuação, visando aos interesses

interpessoais e da empresa (LOMBARDI, 2010).

Com relação ao clima da equipe, demonstra-se, no gráfico da figura XII, que

83% dos funcionários concordam que o gestor é o principal responsável pelo clima,

pois se o gestor não for espelho, nada irá funcionar. O gestor deve ser o motivador e

o principal responsável pela confiança da equipe. Normalmente, na contratação, o

gestor é o mais ético possível e deve manter essa postura com liderança, evitando o

surgimento de conflitos, com reflexos diretos no clima. Já 17% não concordam, pois

alegam que muitas vezes o gestor faz de tudo para manter um clima agradável, mas

nem sempre o funcionário contribui, por isso é difícil contar apenas com o gestor,

pois cada pessoa tem uma personalidade, então todos devem fazer a sua parte para

manter um bom clima de trabalho.

80,00 %

20,00 %

GESTOR DEVE SER AMIGO DOS FUNCIONÁRIOS

SIM NÃO

Page 20: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

20

Figura XII – Gráfico setorial do clima do relacionamento III

Fonte: a autora

No gráfico da figura XIII demonstra-se que 20% dos colaboradores

consideram que tem um ótimo relacionamento com seu gestor, 43% concordam que

o relacionamento é bom e 31% tem um relacionamento razoável. Por outro lado, 6%

vê o relacionamento na empresa como algo ruim.

Considerando-se que o somatório do percentual ótimo e bom ultrapassa 60%,

conclui-se que este não deve ser um fator com influência direta na rotatividade.

O relacionamento interpessoal é um fator importante para um bom ambiente

de trabalho, pois gera qualidade e motivação para os funcionários e para a empresa,

tornando-se uma prática social que traz harmonia e cooperação para todos.

Com toda a certeza as organizações não sobreviveriam sem as pessoas e

com isso o relacionamento do gestor com o colaborador é essencial para trazer

benefícios para ambos, tanto profissional como pessoal (LAUER, 2012).

Figura XIII – Gráfico setorial do relacionamento IV

Fonte: a autora

83%

17%

GESTOR É RESPONSAVEL PELO CLIMA DA EQUIPE

SIM NÃO

20,00

43%

31%

6%

RELACIONAMENTO COM O GESTOR

OTIMO BOM RAZOÁVEL RUIM

Page 21: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

21

Conforme demonstrado no gráfico da figura XIV, 66% dos funcionários

afirmam que é proporcionado treinamento aos colaboradores, enquanto 34%

afirmam que não. Nesta questão percebe-se uma contradição entre funcionários e

gestores, pois estes afirmam, unanimemente, que os treinamentos são ofertados

para todos os funcionários.

O treinamento não se faz somente no momento da entrada do colaborador,

mas, é um processo de desenvolvimento, que inclui as experiências vividas pelos

colaboradores, aperfeiçoando a longo prazo as habilidades e aptidões pessoais e

profissionais, sendo, também, uma ferramenta estratégica para as empresas

atingirem os seus objetivos e dos seus colaboradores (MILKOVICH E BRODREAU,

2006).

Figura XIV – Gráfico setorial de capacitação

Fonte: a autora

Conforme demonstrado no gráfico da figura XV, 55% dos funcionários

raramente tem seus esforços reconhecidos pelos superiores, 34% dizem ter obtido

reconhecimento e 11% afirmam não ter recebido reconhecimento algum.

Observa-se que este pode ser um fator que esteja prejudicando as empresas

deste setor, pois é típico de várias empresas observarem os funcionários somente

quando ocorrem falhas nas suas tarefas. Dificilmente o colaborador é elogiado por

desempenhar bem o seu trabalho, pois para o gestor ele estará apenas cumprindo o

seu papel, o que sem dúvida é uma grande falha da empresa, pois, aos poucos, isso

irá minimizar a capacidade de seus colaboradores.

Segundo Albornoz (2008) é difícil o sujeito moderno dar sentido a sua vida se

não for por meio do trabalho. Isso ocorre em decorrência do ser humano ser

valorizado pelo que faz.

66% %

34 %

GESTOR POSSIBILITA TREINAMENTO AOS FUNCIONÁRIOS

SIM NÃO

Page 22: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

22

Figura XV – Gráfico setorial da valorização

Fonte: a autora

Nesta questão as respostas foram divergentes entre os gestores e

colaboradores na escolha das principais prioridades. Conforme demonstra o gráfico

da figura XVI os gestores afirmam que o mais importante é o salário, enquanto os

funcionários afirmam que a valorização está em primeiro lugar.

De acordo com os resultados obtidos, percebe-se que, em consonância com

Batista, Moraes E Godoi (2004), fatores como elogios, reconhecimento, parceria,

incentivos e compreensão são de fato considerados importantes para a permanência

e satisfação dos colaboradores pesquisados na empresa, pois a maioria concordou

plenamente com a afirmação dos autores. Isto vem comprovar que não somente o

salário ou gratificações são importantes para elevar a satisfação dos colaboradores,

contribuindo para o fortalecimento do seu comprometimento e para a permanência

na empresa, mas também coisas simples que podem ser realizadas por meio de

uma comunicação interna efetiva e de qualidade.

Figura XVI – Histograma das prioridades segundo os colaboradores

Fonte: a autora

34%

55%

11%

GESTOR VALORIZA SEUS FUNCIONÁRIO

SIM MAIS OU MENOS NÃO

1 2 3 4 5 6 7

O QUE MANTEM O FUNCIONÁRIO NA EMPRESA

Page 23: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

23

Relativamente à permanência na empresa houve várias opiniões, conforme

explicitado no gráfico da figura XVII.

O ser humano gosta de se sentir importante e de ser reconhecido e quando

isso não acontece surge á frustração, o vazio e a vontade de mudar. (VERGARA

2005).

Figura XVII – Histograma da permanência na empresa

Fonte: a autora

O gráfico da figura XVIII demonstra claramente que não há problemas com

relação à questão do relacionamento com os colegas, o qual é reconhecidamente

importante para que se tenha um clima melhor dentro da empresa.

Segundo Girardi, Benetti E Oliveira (2007) a comunicação interpessoal,

constitui-se como peça chave para o maior comprometimento dos atores

organizacionais, pois é por meio dela que eles transmitem sua identidade e se

socializam.

Figura XVIII – Gráfico setorial do relacionamento V

Fonte: a autora

31,43 25,71

20,00 14,29

5,71 2,86

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

PROPOSTAMELHOR E MAIS

RECONHECIMENTO

FALTA DEMOTIVAÇÃO EVALORIZAÇÃO

SALÁRIO MUITOATRATIVO

PARA ATENDERMEU PRÓPRIO

NEGÓCIO

CLIMA DE EQUIPE EMETA FINANCEIRA

QUEDA DAREPUTAÇÃO DA

EMPRESA

PER

CEN

TUA

L

O QUE O LEVARIA A MUDAR DE EMPRESA

46 %

54 %

RELACIONAMENTO COM COLEGAS

ÓTIMO BOM

Page 24: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

24

Tabela I – Faixa etária escolaridade, e formação dos colaboradores.

Dados da pesquisa (2014)

Com relação à idade dos colaboradores do setor, verificou-se que mais de

70% concentram-se na faixa etária de 18 a 32 anos, conforme a tabela acima.

O fator escolaridade tem por objetivo analisar o nível acadêmico dos

entrevistados.

Nos últimos anos tem se verificado um grande interesse no estudo sobre a

relação entre escolaridade e o sucesso no mercado de trabalho (CARD, 2001).

Dos entrevistados, 36% estão cursando estética, 15% fisioterapia e os demais

em áreas diversificadas.

Neste contexto, cabe ressaltar que, o curso Tecnólogo em Estética da

Universidade Tuiuti do Paraná, veio suprir a necessidade desses profissionais para

uma formação de ensino superior com inovação profissional e tecnológica,

habilidades práticas e domínio de ciências e técnicas específicas na gestão de

serviços de beleza e estética.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O objetivo geral deste estudo foi identificar os fatores determinantes da

rotatividade nas clínicas de estética. Dentro deste contexto, o estudo evidenciou as

seguintes categorias: satisfação, retenção e valorização. Este estudo também

alcançou os objetivos específicos, pois foram discutidas as causas e as

Faixa etária %

18 à 25 anos 29,00

25 à 32 anos 43,00

3 à 39 anos 17,00

Acima de 39 anos

11,00

Escolaridade %

Ensino Fundamental

6,00

Ensino médio 54,00

Superior completo

20,00

Superior cursando

20,00

Formação Sup. completo

%

Estética 36,00

Biomedicina 21,00

Administração 21,00

Fisioterapia 15,00

Contabilidade

7,00

Page 25: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

25

consequências da rotatividade, assim como os modelos de gestão e a importância e

competências do Tecnólogo em Estética na gestão das clínicas.

Os resultados obtidos com a aplicação da pesquisa, de modo geral foram

satisfatórios, pois foram percebidos os principais fatores que geram o desligamento

de pessoas dentro das empresas. Algumas categorias revelaram-se críticas, nas

quais a empresa deverá se atentar, pois podem vir a resultar em baixa

produtividade, desmotivação, problemas de relacionamento e insatisfação.

Sendo este um mercado cada vez mais competitivo, é necessário implantar

ações e politicas de motivação e retenção de talentos.

Após o desenvolvimento deste estudo, é importante citar algumas sugestões

para as empresas como: investir no treinamento de todos os colaboradores

periodicamente, inclusive dos gestores, pois todos devem ter conhecimentos dos

procedimentos e processos da empresa. Os proprietários deveriam, inclusive, definir

uma pessoa responsável pelo recrutamento e seleção.

Outro item que pode ser melhorado é o relacionamento entre colaboradores e

gestores, ou seja, a comunicação interna, porém, o grande fator que deve ser revisto

nas empresas deste segmento é o reconhecimento dos profissionais da área, pois é

necessário manter as pessoas motivadas e satisfeitas, saber compartilhar o

conhecimento e buscar ideias novas dos colaboradores, fazer com que eles sintam-

se parte da empresa e principalmente treinar líderes que tenham os mesmos

objetivos da empresa, sempre lembrando que as pessoas são a peça chave para o

crescimento e desenvolvimento de ambos.

O papel do líder é fundamental no processo de valorização dos

colaboradores. A valorização de alguém, ao contrário do que a maioria dos gestores

pensa, não significa apenas oferecer um bom salário, mas também prestígio e

reconhecimento. O líder para valorizar um funcionário deve ser acima de tudo, um

bom ouvinte.

Gestores insatisfeitos ou mal preparados podem colocar em risco a saúde da

empresa, pois eles têm um peso muito grande na estrutura funcional e servem como

referência para os demais funcionários. Assim, o gestor deve estar atento às

necessidades de cada funcionário que compõe a sua equipe de trabalho, buscando

enxergar suas insatisfações com profissionalismo, propor soluções e proporcionar a

todos um ambiente seguro e saudável para que possam exercer suas tarefas com

efetividade.

Page 26: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

26

Com base nos resultados obtidos, observou-se que o papel do tecnólogo em

estética é de suma importância na gestão das clínicas, por se tratar de profissional

preparado com conhecimentos científicos, tecnólogos e práticos em gestão de

pessoas, empreendedorismo e marketing, capacidade a qual se adquiriu ao longo

dos três anos de formação acadêmica, podendo se colocar n o lugar de cada

funcionário e reconhecer cada um.

Sendo este um estudo preliminar, é provável que outras pesquisas

possibilitem compreensão diversa das variáveis aqui estudas, dependendo da

representatividade da amostra escolhida.

Page 27: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALBORNOZ, S. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2008. ANGELO KINICKI e ROBERT KREITNER - Comportamento organizacional. São Paulo: Mc Graw Hill, 2006. ARAÚJO, Luís Cesar G. de; GARCIA, Adriana Amadeu. Gestão de pessoas: Edição Compacta. São Paulo: Atlas, 2010. BATISTA, Marcos Aurélio; MORAES, Fabíola Meazza Meneghini de; GODOI, Christiane Kleinubing. Comprometimento organizacional: uma pesquisa documental sobre a produção científica brasileira de 1994 a 2003. Revista de Ciências da Administração, Florianópolis, v.6, n.12, p.1-19, jul/dez 2004. CHIAVENATO, Adalberto: Recursos Humanos: O capital Humano nas organizações: São Atlas 2006. CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed. Compacta. 4ª. Ed. São Paulo: 2014 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. Ed. São Paulo: Atlas, 2000./ 2002. CNAE-CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS. Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A. Cadastro de liberação de alvarás 2012. Elaboração: ACD/Observatório Econômico de Curitiba. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE (Brasil). Resolução n 196, de 10 de outubro de 1996. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE (Brasil). Resolução n. 466 de 12 de dezembro de 201. Brasília, 2012. Disponível em: http://www.conselho.saude.gov.br/web comissoes / conep / index.html. Acesso em 16 agosto 2014 DAVIS, Keith; NEWSTROM, John W. Comportamento humano no trabalho: uma abordagem psicológica. São Paulo: Pioneira 1992/2002 GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002 Books,1997. GARIBA JUNIOR, M. Um modelo de avaliação de cursos superiores de tecnologia baseado na ferramenta Benchmarking. Tese Doutorado em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005 GRETZ, J. R. Viabilizando talentos. Florianópolis: GB Comunicações, 1997. HUNTER, C.J. Como se tornar um líder servidor. Rio de Janeiro: Sextante, 2006. LACOMBE, Francisco José Masset, Recursos Humanos: Princípios e Tendências. São Paulo Saraiva, 2005. LAUER, Caio. A Caio elação do líder e do subordinado. 2012. Disponível em:

Page 28: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

28

http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/gestao-rh/a-nova-relacao-entre-lider-e-subordinado Acesso em: 14. Set 2014. LUCENA, Maria Diva T. Boudreau, John W. Administração de recursos humanos São Paulo Atlas 2008 MAKSURI, Gestão de Pessoas, 2005. Disponível em http://www.maksuri.com/Metodo%20Maksuri.htm, MILKOVICH, George T.; BOUDREAU, John W. Administração de recursos humanos. MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 4. ed. ver. e amp. São Paulo: Atlas, 1999. São Paulo: Atlas, 2006. MINAYO M. C. O desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde. Rio de Janeiro: Abrasco; 2007. MOBLEY, William H. Turnover: Causas, consequências e controle. Porto Alegre: 1992. MOURA, Gustavo Rezende: Turnover na OS Junior. Porto Alegre, 2007.: OLIVEIRA, Thais Fátima L. Rotatividade de Pessoal – Turnover. 2006. Disponível em:<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/rotatividade-de-pessoal turnover/12932 Paulo: Nobel, 1991. PONTES, Benedito Rodrigues.; SERRANO, Claudia Aparecida. A arte de selecionar talentos: planejamento, recrutamento e seleção por competência. São Paulo: DVS Editora, 2005. RIBEIRO, Antônio de L. Gestão de Pessoas. São Paulo. Saraiva, 2006. RODRIGUES, MVC. Qualidade de vida no trabalho-Evolução e análise no Nível gerencial. Rio de Janeiro: Vozes, 1994. ROSARIO, Cecília Camargo. Rotatividade de Pessoal (turnover) 2006 SALOMÃO, Aretha H. Martins & ASHLEY, Patrícia Almeida. Equipes de excelência Para o sucesso empresarial: um modelo analítico para diagnostico e aplicação. SILVA, Glenio Luiz da Rosa e. Controle do turnover: como prevenir e demitir Com responsabilidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. ULRICH, David. Os campeões de recursos humanos: inovando para obter os melhores resultados. São Paulo: Futura, 1998. UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÀ. Curso superior de Tecnologia em Estética e Cosmética. Disponível em: http://www.utp.edu.br/curso/curso-superior-de-tecnologia-em-estetica-e-cosmetica/pratica-academica/ Acesso em: 15/09/014

Page 29: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

29

VERGARA, Sylvia C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração 8ª edição São Paulo: Atlas, 2007/2005 WAGNER III, John A. HOLLENBECK, John R. Comportamento Organizacional: Criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 2012 - 3ª edição.

Page 30: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

30

ANEXOS:

01 - Estabelecimentos Por Bairros Na CNAE S9602-5/02

02 - Termos De Consentimento

03 - Questionários Para Proprietários

04 - Questionários Para Funcionários

Page 31: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

31

Anexo 01

CNAE S9602-5/02 - ATIVIDADES DE ESTÉTICA E OUTROS SERVIÇOS DE CUIDADOS COM A BELEZA, CURITIBA - 2012

Cód. Bairro

Nome Bairro Estabelecimentos Cód. Bairro

Nome Bairro Estabelecimentos

1 Centro 286 38 Hauer 9

3 Centro Cívico 189 19 Tarumã 7

10 Batel 141 28 Vila Izabel 7

9 Água Verde 94 53 Santa Cândida 7

15 Juvevê 81 43 Santa Quitéria 6

16 Cabral 77 25 Parolin 5

11 Bigorrilho 61 26 Guaíra 5

8 Rebouças 48 39 Fanny 5

5 Alto da Rua XV 47 42 Fazendinha 5

75 Cidade Industrial

34 55 Atuba 5

27 Portão 33 7 Jardim Botânico

4

65 Sítio Cercado 28 18 Jardim Social 4

56 Boqueirão 25 23 Guabirotuba 4

14 Ahú 24 54 Tinguí 4

34 Boa Vista 24 30 Campina do Siqueira

3

41 Novo Mundo 22 33 São Lourenço 3

35 Bacacheri 21 51 Cachoeira 3

2 São Francisco 20 59 Orleans 3

63 Santa Felicidade

20 73 Umbará 3

37 Uberaba 19 52 Barreirinha 2

36 Bairro Alto 16 71 Campo de Santana

2

17 Hugo Lange 15 74 Tatuquara 2

57 Xaxim 15 24 Prado Velho 1

13 Bom Retiro 14 31 Vista Alegre 1

22 Jardim das Américas

14 40 Lindóia 1

44 Campo Comprido

14 50 Abranches 1

64 Alto Boqueirão

14 46 Santo Inácio 0

12 Mercês 13 47 Cascatinha 0

66 Pinheirinho 13 48 São João 0

58 Capão Raso 12 49 Taboão 0

4 Alto da Glória 11 61 Butiatuvinha 0

21 Cajuru 11 62 Lamenha Pequena

0

29 Seminário 11 67 São Miguel 0

60 São Braz 11 68 Augusta 0

20 Capão da Imbuia

10 69 Riviera 0

32 Pilarzinho 10 70 Caximba 0

45 Mossunguê 10 72 Ganchinho 0

6 Cristo Rei 9 Total 1.619

Fonte: SMF / Cadastro de Liberação de Alvarás - 2012 Elaboração: ACD / Observatório Econômico de Curitiba

Page 32: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

32

Anexo 02

Carta de Apresentação Sr. (a)

Sou estudante do 6º período do Curso de Estética e Cosmética da

Universidade Tuiuti do Paraná e no âmbito do trabalho de conclusão de curso (TCC)

que estou elaborando, pretendo realizar um estudo sobre como as empresas na

área da Beleza e Estéticas trabalham a gestão de pessoas e quais as estratégias

aplicadas para controlar o índice de rotatividade no setor.

Este estudo será realizado com a orientação da Prof.ª Fernanda Quaresma de

Araújo, professora de Gestão de Pessoas, Farmacologia e Mestre em Educação.

A participação da entrevista é, naturalmente, voluntária e todas as respostas serão

estritamente confidenciais, pois somente os investigadores terão acesso. Caso seja

necessário, estarei disponível para prestar maiores esclarecimentos sobre o estudo.

Segue anexas as perguntas da entrevista. Agradeço desde já a colaboração. _______________________________ Mônica Jacqueline de Faria Schimunda Aluna ________________________ Fernanda Quaresma de Araújo Professora Orientadora __________________________ Entrevistada

Curitiba, ___/____/2014

Page 33: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

33

Anexo 03

Questionário para os Proprietários da Empresa

1 - Em termos de relacionamento com os funcionários

1. A - O Gestor deve ser exigente, chamando a atenção dos funcionários sempre que preciso,

mesmo na frente dos clientes

( ) Sim ( ) Não

Porque?______________________________________________________

1.B - O Gestor deve ser Amigo dos seus funcionários, afinal é um membro da equipe.

( ) Sim ( ) Não Porque

_______________________________________________________

1. C - O Gestor é o responsável pelo clima da equipe

( )Sim ( ) Não

Por quê? _________________________________________________________

2 - Você como Gestor, possibilita treinamentos ao seus funcionários? ( ) Sim ( ) Não

Por quê?

______________________________________________________________________

2.B - Em caso afirmativo.

Como?

_______________________________________________________________________

Com que frequência?

___________________________________________________________

3 - Você valoriza seus funcionários? ( ) Sim ( )Não ( ) Mais ou menos

3. A - Em caso afirmativo, como você manifesta esta valorização?

___________________________________________________________________________

4 - Em sua opinião, o que mantém um funcionário numa empresa de estética? Responda por

ordem de prioridade:

( ) a reputação da empresa

( ) o salário/ remuneração

( ) O clima da equipe

( ) A relação entre o gestor e a equipe

( ) A valorização pessoal

( ) A valorização profissional

( ) a Organização da empresa

Page 34: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

34

( ) outro _______________________________

5 - Para a empresa talento é:

( ) ser um funcionário que se destaca entre os outros

( ) ser uma pessoa elegante

( ) ter várias habilidade, conhecimentos e experiência

( ) ser proativo

6 – A empresa possui políticas que visam a atração e retenção de talentos?

( ) sim não ( )

Quais são essas políticas? Elas surgem efeitos?

7 – Como a empresa vê suas ações de retenção de talentos sendo recebidas pelo colaborador:

( ) não mais que a obrigação da mesma

( ) como de grande valia

( ) como uma boa maneira de atrair e reter

( ) retorno financeiro

8 – Qual o índice de rotatividade na visão do gestor/supervisor?

Page 35: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

35

Anexo 04

Questionário para os Funcionários

1 - Em termos de relacionamento na Empresa

1. A - O Gestor deve ser exigente, chamando a atenção dos funcionários sempre que preciso,

mesmo na frente dos clientes

( ) Sim ( ) Não

Por quê?

_____________________________________________________________________

1.B - O Gestor deve ser Amigo dos seus funcionários, afinal é um membro da equipe.

( ) Sim ( ) Não Porque

___________________________________________________________________________

1. C - O Gestor é o responsável pelo clima da equipe

( )Sim ( ) Não

Por quê ?

_____________________________________________________________________

2 - Como é o relacionamento com o seu Gestor ( )Ótimo ( )Bom ( )Razoável

( ) Ruim

Por quê?

_____________________________________________________________________

3 – O seu Gestor, possibilita treinamentos ao seus funcionários? ( ) Sim ( ) Não

Por quê? ____________________________________________________________________

3.A - Em caso afirmativo.

Como? _____________________________________________________________________

Com que frequência?__________________________________________________________

4 – Você se sente valorizada pelo seu Gestor/Empresa? ( ) Sim ( )Não ( ) Mais ou

menos

4. A - Em caso afirmativo, como a empresa manifesta esta valorização?

___________________________________________________________________________

Page 36: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

36

5 - Em sua opinião, o que mantém um funcionário numa empresa de estética? Responda por

ordem de prioridade:

( ) a reputação da empresa

( ) o salário/ remuneração

( ) O clima da equipe

( ) A relação entre o gestor e a equipe

( ) A valorização pessoal

( ) A valorização profissional

( ) a Organização da empresa

( ) outro _______________________________

6 – O que te levaria a sair da empresa em que você trabalha?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

7 – Como é o seu relacionamento com outros colaboradores:

( ) ótimo

( ) Bom

( ) Ruim

Por quê?

___________________________________________________________

8 - DADOS PESSOAIS:

Sexo:

( ) feminino ( ) masculino

Idade:

( )18 á 25 anos ( ) 25 á 32 anos ( ) 32 á 39 anos ( ) mais de 39 anos

Escolaridade:

( ) Ensino Fundamental

( ) Ensino Médio

( ) Superior concluído

( ) Superior incompleto

( ) Cursando o que?_________________________________________________

Page 37: OS FATORES DETERMINATES DO TURNOVER NAS …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/OS-FATORES-DETERMINATES-DO... · ou os fatores que desencadeiam a rotatividade, as empresas terão um

37