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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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Leitura e compreensão de enunciados em questões avaliativas na

língua portuguesa

Arivana Izabel Stanski Ligeski1 Cleverson Ribas Carneiro2

RESUMO

O presente artigo relata um percurso teórico e metodológico empreendido ao longo do Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE, e pretende contribuir para o aprofundamento do estudo referente à leitura e compreensão de enunciados de questões avaliativas, adequado à concepção do discurso como prática social, que possibilitem aos professores de língua portuguesa do ensino fundamental da rede estadual de ensino, desenvolver um trabalho com leitura de enunciados de questões avaliativas, na perspectiva do método pesquisa-ação, que contribua para a legitimação da interpretação textual na escola, com o objetivo de investigar a Influência da importância da leitura e compreensão de enunciados no processo ensino aprendizagem de língua portuguesa, realizada com três turmas de oitavo ano das séries finais do ensino fundamental em escola pública, no município de Colombo, concluindo que: nossos alunos possuem uma maior dificuldade de interpretação pela falta de uma leitura compreensiva do que se pede no enunciado, e o resultado alcançado foi de que os alunos se entendem leitores no ponto de vista situacional ao realizar uma leitura dialógica do enunciado.

Palavras chave: Enunciado. Dialógica. Compreensão. Leitura. Avaliação.

1 Professora PDE licenciada em Letras Português e Inglês, Mestra em Educação e integrante do

quadro próprio do magistério do Estado do Paraná, contato: [email protected] 2 Professor Doutor Cleverson Ribas Carneiro, IES Universidade Federal do Paraná, Professor

Orientador

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1 INTRODUÇÃO

Este tema, Leitura e compreensão de enunciados em questões avaliativas na

língua portuguesa, advêm de experiências vivenciadas pela pesquisadora ao longo

de seus anos de docência, na disciplina de língua portuguesa e dos anos atuando

como coordenadora da Coordenação Regional de Tecnologias no Núcleo Regional

da Área Metropolitana Norte – CRTE AM Norte, onde desempenhou atividades

voltadas a formação de professores, e neste ínterim em conversas com professores

da disciplina de língua portuguesa, percebeu-se que o aluno tem dificuldade na

leitura, ou então, não a realiza a contento para proceder as estratégias da

realização das questões, sejam elas de português ou de qualquer outra disciplina.

O presente artigo é de natureza qualitativa com enfoque pesquisa-ação, em

uma perspectiva diagnóstica, realizada com alunos do oitavo ano do ensino

fundamental séries finais, do Colégio Estadual Luiz Sebastião Baldo, no município

de Colombo, Estado do Paraná, região metropolitana de Curitiba, aborda a forma de

trabalho professor-aluno-conhecimento, buscando o melhor aproveitamento dos

recursos metodológicos, em prol do ganho de conhecimento por parte dos alunos.

Este trabalho teve como principal objetivo investigar a Influência da

importância da leitura e compreensão de enunciados no processo ensino

aprendizagem de língua portuguesa, no oitavo ano das séries finais do ensino

fundamental em escola pública estadual, no município de Colombo.

O fulcro de nosso artigo é a leitura e compreensão de enunciados das

questões avaliativas, presentes e indispensáveis para o processo de ensino

aprendizagem do nosso aluno. Uma das hipóteses prováveis é de que o aluno tenha

dificuldade em compreender o enunciado a partir da leitura realizada, a outra é de

que enunciado não seja realizado de modo satisfatório por conter palavras

desconhecidas pelo aluno ou ambiguidades linguísticas.

A questão que norteia a presente pesquisa é: qual a melhor maneira de agir

para melhorar a leitura e compreensão textual dos alunos promovendo o processo

de ensino aprendizagem?

O trabalho foi desenvolvido a partir da coleta das atividades desenvolvidas

pelos alunos no decorrer da intervenção pedagógica, onde os mesmos realizaram

diversas atividades de múltipla escolha, interpretação textual, interpretação de

imagens, produção de poesias, bem como atividades promovidas a partir do site do

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simulado Prova Brasil.

O intuito das abordagens partindo do material didático era de que o aluno

estivesse exposto a várias propostas de enunciados em diferentes situações.

Por essas razões, pretende-se, neste estudo, refletir e colocar em discussão

as metodologias de ensino-aprendizagem relativas tanto à leitura, quanto a

compreensão e interpretação textual, minimizando as dificuldades de leitura e

compreensão dos alunos, a partir do enfrentamento de questões engendradas em

diversos recursos linguísticos.

As dificuldades de leitura podem refletir na produção e no que se pede no

enunciado, principalmente, no que refere às questões subjetivas propostas pelos

órgãos avaliativos, o qual exige do aluno que discorra sobre assuntos com base em

seus conhecimentos prévios, adquiridos no processo de escolarização.

Essas avaliações promovidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira, (INEP/MEC), tem por objetivo aferir a qualidade do

ensino brasileiro, com o intuito de promover nas escolas, a partir da coleta desses

dados, uma discussão com todos os envolvidos neste cenário mostrando a real

situação do colégio/escola, de acordo com os descritores que servem de base para

a elaboração da prova e apresentam as habilidades leitoras dos alunos nos diversos

níveis de conhecimento.

Os itens das avaliações nacionais e internacionais atestam haver dificuldades

de diferentes naturezas na aprendizagem de Língua Portuguesa, ou seja, o léxico de

cada país, podemos refletir, assim, sobre a necessidade do governo estar instituindo

novamente na matriz curricular3 mais uma aula de língua portuguesa e matemática,

no ano de 2013, alterando-a de quatro para cinco aulas semanais. Essa iniciativa é

uma maneira de melhorar o desempenho de nossos alunos, entretanto, há

necessidade de um acompanhamento e aperfeiçoamento dos professores para que

a melhoria realmente aconteça.

Para aferir esses resultados, as políticas públicas aplicam as avaliações de

âmbito nacional e internacional realizado em nosso país como: PISA – Programa

Internacional de Avaliação de Alunos; Enem – Exame Nacional do Ensino Médio,

ENCCEJA – Exame Nacional para Certificação e Competência de Jovens e Adultos;

3 Matriz curricular, estado do Paraná, alterada em 2013 de acordo com discussões ocorridas desde

2011, conforme sítio oficial do estado do Paraná, divulgado em: <http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=4077>, acesso em 18/nov/2014

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e a Provinha Brasil e Prova Brasil.

Percebe-se que o professor na sala de aula tem dificuldade em compreender

os índices e, principalmente, no que se refere aos descritores, os quais não são

conteúdos, mas sim, competências e habilidades que tem a função de avaliar as

unidades mínimas de cada habilidade, sendo assim, estes descritores têm como

pressupostos aumentar gradativamente o nível de dificuldades tanto em Língua

Portuguesa quanto em Matemática de acordo com as habilidades leitoras do

ensino/série/ano. (INEP/MEC)

A começar deste conhecimento, o professor poderá perceber em que nível de

leitura compreensiva e interpretativa seu alunado está e, consequentemente, poderá

realizar atividades que promovam e melhore o potencial dos alunos verificando onde

está a falha no processo.

A avaliação atualmente ainda é um desafio para professores e alunos, pois os

baixos desempenhos no ambiente escolar, apontados pelos índices avaliativos

demonstram claramente que algo não está a contento. Dessa forma, este artigo

aborda questões que possam colaborar para a melhoria do desempenho dos alunos

no momento da realização de questões de interpretação e produção textual.

De acordo com conteúdo estruturante de língua portuguesa, discurso como

prática social, abordar-se-á nesse artigo de intervenção pedagógica, a leitura como

um dos elementos do tripé de linguagem, e a compreensão como fator relevante

para o entendimento do aluno como ser autônomo do seu conhecimento; o

enunciado fundamentado em teóricos que nos subsidiam para a correlação de

aprendizagem e uma questão polêmica apesar de ser necessária em nosso

ambiente escolar, que é questão avaliativa.

Para tanto, este artigo assim se estrutura: na primeira parte apresentamos

brevemente o embasamento teórico que nos subsidiem com relação à

compreensão, à leitura, ao enunciado, e avaliação. Na segunda apresenta-se a

metodologia para o desenvolvimento, verificação e aplicação dos passos desta

pesquisa, Na terceira parte, segue a análise dos resultados. Por último, seguem as

considerações finais e as referências.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste item, abordaremos o referencial teórico utilizado como base para a

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execução da intervenção pedagógica. Elencando alguns autores que nos

subsidiaram como Menegassi (2005) com relação à compreensão; Soares (2005)

com relação à leitura, Bakhtin (1997) com relação ao enunciado, linguagem e

dialogismo e gêneros discursivos; Marcuschi (2008) gêneros e Luckesi (2003)

Gadotti (1987), no que tange a avaliação.

Com relação à leitura compreensiva citamos Soares(2010), no livro Leitura

perspectivas interdisciplinares, afirma que:

...leitura não é um ato solitário; é a interação verbal entre indivíduos, e indivíduos socialmente determinados: o leitor, seu universo, seu lugar na estrutura social, suas relações com o mundo e com os outros; o autor, seu universo, seu lugar na estrutura social, suas relações com o mundo e os outros; entre os dois: enunciação; diálogo. (SOARES, 2005, p. 18)

Bakhtin (1997), em seu livro Estética da criação verbal, afirma que: “falamos

por enunciados e não por orações isoladas e, evidentemente, não por palavras

isoladas” (BAKHTIN, 1997, p. 283).

Evidenciando desta forma que o enunciado das questões avaliativas, não são

isolados, e devem ser de acordo com as diretrizes curriculares do estado do Paraná:

… claros e objetivos. Uma resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o estudante não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas sim compreender o que se pede; (DCEPR, 2008, p.32).

Identificando, portanto que se o aluno não compreende o enunciado a partir

da leitura realizada, não terá êxito na compreensão do conteúdo exposto pelo

professor.

Uma das estratégias de ação que já vem sendo realizado no Colégio Estadual

da região metropolitana de Curitiba, pelos professores de todas as disciplinas e os

pedagogos é a aplicação de atividades de múltipla escolha em forma de simulado de

todas as disciplinas, propiciando desta maneira o incentivo e a busca pelo interesse

dos alunos, criando o hábito em participar de atividades pertinentes às realizadas

pelos indicadores avaliativos.

A partir dessas experiências em minha prática docente surgem então minhas

elucubrações sobre o tema “leitura e compreensão de enunciados em questões

avaliativas de língua portuguesa”.

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2.1 INVESTIGAR NO PROCESSO DE LEITURA DOS ALUNOS O DESEMPENHO

DA LEITURA COMPREENSIVA

A concretização da leitura como um elemento instaurador da consciência em

sala de aula, sendo um dos três eixos primordiais da língua portuguesa, “leitura,

oralidade e escrita” está a leitura, por sua vez, essencial para o pensamento crítico,

quando é estimulada de forma criativa, possibilita a descoberta e o prazer de ler.

Ciente das dificuldades de leitura dos alunos envolvidos procurou-se

estabelecer diferentes momentos de discussão e socialização de materiais para

leitura com livros paradidáticos, realçando estratégias de leitura com textos que

instigassem o interesse dos alunos do oitavo ano, como por exemplo: entrevistas

sobre produções de filmes, artigos científicos sobre o corpo e estereótipos de

beleza; gravidez na adolescência; livros de aventuras e de história em quadrinhos.

Com relação ao exposto até o momento, é certo que as leituras apontam para

a falta de conhecimentos prévios dos alunos sobre os temas desenvolvidos,

instigando e fornecendo dados essenciais para superar estes limites, promovendo a

discussões e reflexões. Percebeu-se a fragilidade dos alunos na questão da

compreensão dos textos de modo geral.

Partindo dessa premissa, é notório o motivo de termos escolhido trabalhar

com diversos gêneros textuais, para promover a interação do aluno com diversos

enunciados linguísticos, Bakhtin (1997) afirma que a compreensão responsiva do

conjunto discursivo é sempre de índole dialógica.

Assim sendo, pode-se considerar que compreender o enunciado e obter uma

resposta dele fará com que o aluno estabeleça uma transposição entre o enunciado

e o resultado que deve obter, ou seja, teremos o diálogo responsivo entre os dois, e

este por sua vez se justifica, por ser pertinente ao ano escolar dos sujeitos

envolvidos e pela inevitável situação de estar participando no ano de 2015 nas

avaliações governamentais.

Para a compreensão de um enunciado há necessidade de que o aluno

consiga identificar diferentes significados das palavras dentro de um texto. Sendo

está afirmação, algo que podemos pensar ser a mais óbvia possível, entendemos

que, os alunos deveriam, por sua vez, ter desenvolvido estas habilidades desde

muito cedo em sua escolarização, para que se obtivesse a compreensão de palavras

ou expressões, utilizadas em produções conhecendo suas marcas, gêneros textuais,

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sons e marca do interlocutor.

Menegassi (1995), expõe que essas etapas são diferentes, porém

interligadas. O processo começa pela leitura e decodificação da linguagem; na

sequência há a compreensão, que é a capacidade que o aluno tem para entender e

captar os principais tópicos e depreender as significações de palavras novas e fazer

inferências sobre o enunciado. O próximo passo é a interpretação e as ligações dos

conhecimentos que o aluno já possui, extraindo os sentidos e tirando suas

conclusões e considerações. Por último é a retenção, na qual, o aluno armazena as

informações na memória de longo prazo.

Os passos são: leitura, decodificação, compreensão, interpretação e retenção

das informações abordadas no texto.

Percebe-se no decorrer da pesquisa que a uma das dificuldades do aluno

vem da compreensão do enunciado pela leitura realizada, e a segunda é de que

enunciado não seja realizado de modo satisfatório, ou seja, contendo ambiguidades

e dificultando o processo de ensino-aprendizagem do aluno.

Para aferir estas hipóteses foi propiciado aos alunos a realização de

atividades diversas com formato de múltipla escolha, leitura interpretativa de

imagens, textos, propaganda, placas, poesia, poemas, entre outros, relatando dessa

forma questões que tragam ao nosso aluno maior diversidade de gêneros textuais,

Bakhtin afirma que os gêneros do discurso estão em “todas as esferas da atividade

humana [...] estão sempre relacionadas com a utilização da língua, a riqueza e a

variedade dos gêneros” (BAKHTIN, 1997, p. 279). Para essa finalidade pretendeu-se

propiciar os debates, as interações e a discussão em sala de aula, proporcionando

não somente respostas prontas mas sim dando voz ao aluno no seu processo de

aprendizagem.

2.2 REALIZAR ATIVIDADES COM QUESTÕES AVALIATIVAS EM SALA DE AULA

E DA PROVA BRASIL

As atividades propostas no material didático, veio de encontro com os textos

de autores consagrados, bem como, a possibilidade de verificação a partir das

respostas de compreensão para aferir o número de acertos e de erros no processo

de ensino aprendizagem dos alunos. Com relação à avaliação, pode-se citar Luckesi

(2003) e Gadotti (1987):

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Luckesi (2003, p.11) diz que: historicamente, passamos a denominar a prática

de acompanhamento da avaliação da aprendizagem do educando de “Avaliação da

aprendizagem escolar”, mas, na verdade, continuamos a praticar “exames”.

O autor ainda afirma que, a sala de aula é o lugar onde, em termos de

avaliação, deveria predominar o diagnóstico como recurso de acompanhamento e

reorientação da aprendizagem, em vez de predominarem os exames como recursos

classificatórios (Luckesi, 2003, p. 47).

Precisamos ter ciência de que somente passando o conteúdo, não

conseguimos aferir se o aluno conseguiu assimilá-lo para que possamos verificar

precisamos fazer então a avaliação, segundo Gadotti (1987) “seria ingênuo pensar

que a avaliação é apenas um processo técnico. Ela é também uma questão política.

Avaliar pode se constituir num exercício autoritário do poder de julgar ou, ao

contrário, pode se constituir num processo e num projeto em que avaliador e

avaliando buscam e sofrem uma mudança qualitativa” Gadotti (1987, p. 7).

Além desse formato de múltipla escolha, também foram propostas atividades

como: a leitura interpretativa de imagens, textos, propaganda, placas, poesia,

poemas, entre outros, relatando dessa forma questões que tragam ao nosso aluno

maior diversidade de gêneros textuais, que propiciem o debate, a interação e a

discussão em sala de aula, proporcionando não somente respostas prontas

Sendo esta pesquisa organizada a partir de enunciados contidos em

diferentes tipos de avaliações, estas foram algumas das aplicadas aos alunos do

oitavo ano do ensino fundamental.

Abaixo alguns enunciados trabalhados no decorrer das análises.

“ Apenas 3% dos processos para investigar roubos e homicídios são

resolvidos”, a avaliação feita dos resultados demonstra ser positivo ou

negativo, explique?”

“Qual é o referencial gráfico que utilizamos ao utilizar a fala de outra

personagem em uma entrevista”

“Reorganize o trecho do texto “A carteira” do autor Machado de Assis,

colocando as pontuações corretas”.

“No texto As Amazonas, o uso da expressão “água que não acaba mais” (ℓ.

11) evidencia:” (utilizado a partir do sítio do simulado Prova Brasil 2011).

“A partir da leitura do texto As Amazônias, sobre o que o texto refere-se”.

“Há uma frase no texto As Amazônias que revela uma opinião, qual é ela?”

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“Qual é a relação de causa e consequência destacada no conto?”

(Enunciado trabalhado sobre o texto “Essas Meninas” de Carlos Drummond

de Andrade).

“O homem muda de opinião sobre a melhor forma de vida para o peixinho

quando”, (Texto Velha história de Mario Quintana).

Tendo este e vários outros enunciados trabalhados no decorrer da

intervenção pedagógica, o intuito foi aferir as palavras que estabeleceram maior

dificuldade de entendimento por parte dos alunos dificultando ou não deixando claro

o que foi solicitado, conforme análise na sequência.

O tema de estudo foi tido de forma significativa proporcionando aos alunos a

minimização quanto as dificuldades de interpretação dos enunciados. De acordo

com Marcuschi (2008) em seu livro “Produção textual, Análise dos Gêneros e

Compreensão” a língua envolve atividades cognitivas, mas não é um fenômeno

apenas cognitivo, pois o paradoxo que surge quando se toma a língua como um

fenômeno apenas cognitivo é o de não conseguir explicar seu caráter social.”

(MARCUSHI, 2010, p. 60)

Em função do exposto, observa-se que os alunos ao realizarem a leitura

compreensiva, obtém o estímulo e busca a manutenção do prazer na atividade

acontecendo, portanto o processo educacional. Reforçando o que Menegassi (2005,

p.81) explana sobre a compreensão que “é a ponte de sentido que o leitor cria com o

texto lido” fazendo inferências e o seu autoconceito positivo.

2.3 ANÁLISE DO PROCESSO DE DIALOGISMO

Sob o âmbito linguístico para a compreensão dos enunciados, além do

conhecimento semântico e sintático, o aluno precisa conhecer o significado das

palavras em sua língua materna e vivenciar um processo de interação com o texto

estabelecendo algum tipo de diálogo, que proporcione sentido e permita estabelecer

conexões com o conhecimento pré-existente sobre um assunto relacionado, ou seja,

o aluno para conseguir entender o que se pede em um dos enunciados propostos

precisa conhecer toda a estrutura e relacioná-la ao que se pede para ser feito no

questionamento.

Em uma das atividades foi solicitado para que o aluno explicasse qual o

referencial gráfico exposto na atividade e por qual motivo foi utilizado, para que isso

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ocorresse, o aluno precisava saber e conhecer todos os acentos gráficos existentes

no nosso léxico, inclusive o trema que foi abolido de nossa regra gramatical.

Para aferir o objeto de estudo do presente artigo, propiciou aos alunos

realização das atividades didáticas propostas por enunciados e a possibilidade, de

isto não acontecer, estava na ocorrência de responsividade entre texto e aluno,

nesse caso, entre texto de enunciado e o conhecimento que o aluno tem sobre o

conceito gramatical e semântico que o leve a elaboração de estratégias para chegar

ao resultado esperado. Segundo Bakhtin (1997), “por trás de cada texto está o

sistema de linguagem”. A compreensão desse enunciado implica uma

responsividade, ou seja, o enunciado deve estar atrelado a uma situação em que

haja a necessidade de reflexão e resposta ao tema proposto.

Para tanto ainda percebeu-se que segundo Ligeski & Guérios(2013) “a

posição teórica de Bakhtin de que a um enunciado espera-se uma compreensão

responsiva ativa não se verifica, se o aluno não compreende o que lê”.

De acordo com Barros (2011), Bakhtin “concebe o enunciado como matéria

linguística e como contexto enunciativo e afirma ser o enunciado, assim entendido, o

objeto dos estudos da linguagem”

No decorrer da pesquisa, presenciou-se que se o aluno tem dificuldade em

uma leitura compreensiva, infelizmente não terá êxito na realização da atividade

proposta.

3 METODOLOGIA

O caminho metodológico seguiu os pressupostos da pesquisa qualitativa, com

ênfase nos sentidos atribuídos a cada uma das competências básicas ou

transversais e competências e habilidades curriculares da área de língua

portuguesa.

Esta pesquisa de natureza qualitativa e dimensão pesquisa-ação tiveram

como sujeitos três turmas, com idades entre doze e dezesseis anos, do oitavo ano

de uma escola pública. Os instrumentos para a pesquisa de coleta de dados

empíricos foram coletados no ano de 2014.

Utilizamo-nos de vários instrumentos avaliativos como: a produção de texto,

interpretação de texto, trabalhos em grupo, avaliações de múltipla escolha, as

provas (subjetivas e objetivas), porém o nosso foco nesse artigo foi o de trabalhar

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com atividades de múltipla escolha (objetivas) e subjetivas, abordando temas de

estrutura linguística, utilizadas no contexto escolar, aferindo aquelas que

proporcionaram um melhor processo de ensino aprendizagem.

Devemos pensar que as provas no contexto da escola são importantes e

palpáveis, visto que, é a partir delas que podemos verificar as habilidades

desenvolvidas pelos alunos, bem como a qualidade do ensino.

De acordo com Caldeira (2000, p.122) “a avaliação não é o fim em si mesmo”,

mas sim parte da formação do aluno, que é contínua para a construção de suas

capacidades, o qual permite ao aluno refletir diferentes estratégias para a execução

da atividade solicitada, a execução e interações para chegar ao resultado.

Avaliar é uma maneira de propiciar oportunidades de aprendizagem, para que

a avaliação aconteça satisfatoriamente, precisa-se que o professor amplie o

processo avaliativo com o objetivo de atuar como mediador colaborando para o

aprendizado do aluno, e este por sua vez, aprende por ser um ser construtor de seu

próprio conhecimento.

Neste artigo, foram abordadas as seguintes variáveis para chegar ao foco da

pesquisa macro que é “Leitura e compreensão de enunciados em questões

avaliativas”.

- Enunciados de compreensão de texto de questões avaliativas de Língua

Portuguesa;

- Respostas produzidas pelos alunos a partir de situações problemas em língua

portuguesa, a partir de imagens e textos;

- Atividades propostas de diversos gêneros textuais;

- Mobilizar o aluno a refletir sobre as estruturas linguísticas presentes nos textos;

De acordo com as diretrizes curriculares do Estado do Paraná:

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto tais como atividades de revisão, de reestruturação ou refacção do texto, de análise coletiva de um texto selecionado – e sobre outros textos de diversos gêneros (...) O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise (PARANÁ, 2008, p. 37)

Neste item, procurou-se descrever a metodologia utilizada para investigar

como os alunos compreendem os enunciados de questões avaliativas, seja ela de

múltipla escolha ou não.

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3.1 IMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA DA UNIDADE DIDÁTICA

A pesquisa foi implementada a partir do desenvolvimento de oito oficinas

totalizando 32 horas de atividades com os alunos do 8º ano. Nas oficinas, as

atividades foram desenvolvidas com foco na aplicação de questões no formato de

múltipla escolha, leitura interpretativa de imagens, textos, propaganda, placas,

poesia, poemas, entre outros, relatando dessa forma questões que tragam ao nosso

aluno maior diversidade de gêneros textuais, que propiciaram o debate, a interação

e a discussão em sala de aula, proporcionando não somente respostas prontas, mas

aferir como foi seu entendimento para chegar à resposta.

Para essa proposta ser efetivada, há um empenho por parte do professor

regente, visto que, no que tange os encaminhamentos, os alunos precisam se

habituar e essa nova metodologia, com este intuito é importante que as “oficinas”,

tenham sido orientadas e a utilização de atividades significativas harmonizou o

processo educacional.

3.2 ANÁLISE E RESULTADOS

Neste item de análise abordaremos na sequência algumas intervenções

realizadas e resultados obtidos com os alunos a partir dos enunciados trabalhados.

Durante o trabalho realizado as diversas atividades propostas abordadas de

17/03 a 08/09 do presente ano, utilizando o material didático elaborado, em diversos

momentos percebeu-se que na maioria os alunos têm dificuldades de apropriação

do conteúdo e em outros momentos a dificuldade em fazer uma leitura

compreensiva, dessa maneira pode-se aferir com os relatos a partir da feitura dos

enunciados que os alunos vêm com defasagem de conhecimento e pouca leitura e

ao serem cobrados, ficam irritados e nervosos.

As oficinas foram realizadas com alunos de três turmas de oitavo ano, sétima

série, no mesmo turno e no contra turno, sendo que no contra turno não eram todos

que compareciam.

Nas atividades realizadas observou-se que a feitura das atividades que

demandam uma leitura compreensiva na sua maioria, cerca de 70%, além de ter

dificuldades, também prefere perguntar ao professor como realizar a atividade e não

ter a necessidade de refletir sobre como chegar ao resultado da questão a ser

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realizada.

Outra observação realizada no decorrer das atividades propostas foi a de

construir um painel no mural do colégio para colocar a produção textual, gênero

poesia, está atividade surtiu um efeito inesperado com o Aluno A, doravante

nomeados por Aluno A, B ... que possui laudo, fazia todas as semanas às poesias,

trazia para a professora verificar e ajudá-lo na concordância e erros ortográficos.

Outro caso é do aluno B, que era indisciplinado, apático para a realização das

atividades e ao ser solicitado que produzisse um texto poético, escreveu inúmeras

linhas em prosa, no entanto, com muitos erros ortográficos e de concordância ao ser

questionado pela professora diz:

Aluno B: “não gosto de estudar”

No entanto, foi propiciado que lesse seu texto novamente juntamente com a

professora, foi observando suas inconstâncias e neste momento disse que:

Aluno B “não sabia que tinha tantos erros e com a leitura da professora

percebi a minha dificuldade”.

Este aluno está fora da faixa etária do oitavo ano, está com 16 anos,

enquanto na maioria da sala os alunos apresentam somente 12, no entanto a partir

da metodologia adotada pelas oficinas e os textos abordados, o aluno começou a

participar mais das aulas.

Com relação a uma questão de entendimento de palavras para a

compreensão e realização do enunciado, podemos citar a intervenção realizada em

sala e a situação ocorrida com o aluno C:

A leitura compreensiva do enunciado leva a uma reflexão. No entanto alguns

alunos não percebem a necessidade de ler e entender o que se pede, muitas vezes

por aguardar a explicação do professor ou por uma palavra desconhecida não

consegue responder, o enunciado questionava o motivo que levou o autor a utilizar o

referencial gráfico à resposta era: utilizou as aspas por ser a fala de outra

personagem, porém o aluno por desconhecer a palavra referencial gráfico, não

soube responder. A professora então inferiu:

Professora “conhece a acentuação gráfica, quais temos?” O aluno respondeu:

Aluno C “ os acentos: agudo, circunflexo, aspas”

Percebe-se então que o problema que o deixou sem resposta correta foi o

desconhecimento, ou a não compreensão da palavra “referencial” que significa “que

se refere a, ou um conjunto de elementos que formam um sistema de referência

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sobre determinado contexto”, ou seja, a semântica da palavra utilizada não permite

que o aluno entenda o enunciado, necessita que o professor faça a intervenção e de

novas abordagens, novos questionamentos, para que ele entenda e de a resposta

correta.

Com relação às atividades objetivas de textos extraídos do simulado Prova

Brasil 2011, e de autores consagradas da língua portuguesa, percebe-se que em

alguns itens dos descritores (habilidades leituras) os alunos conseguem se sair bem,

ou seja, conseguem chegar à resposta correta.

Diante ao exposto, sobre todo o trabalho com a leitura com o enunciado neste

ínterim, promove-se a avaliação, e com este entrelaçamento podemos afirmar que,

as questões avaliativas têm o predomínio de uma só voz, já que é conferida a ela, a

interação somente entre o aluno e o enunciado em questão, acatando passivamente,

o que está ali imposto pelo enunciado, não promovendo a possibilidade do aluno

interagir, questionar, ou até mesmo perguntar a respeito do texto lido, suas

considerações, ou suas dúvidas. Os enunciados da prova Brasil 2011, com o texto

As Amazônias, pretende-se instigar o aluno, a observar que esse é um texto

descritivo abordando o descritor 14, oportunizando que o aluno seja capaz de

identificar referências ou fatos dentro do contexto. De acordo com o SAEB (2008)

“Há, neste item, a intenção de que o aluno identifique uma opinião sobre um fato

apresentado. É importante que ele tenha uma visão global do texto e do que está

sendo solicitado no enunciado do item”. (BRASIL, 2008, p.65)

O resultado obtido ao realizar a atividade do texto, As Amazônias, com os

alunos foi positivo, visto que na maioria conseguiram identificar as respostas

corretas dos 3 enunciados questionados no simulado 2011, Língua Portuguesa 8º

série/ 9º ano EF – Bloco 3, pg. 17.

Enunciado 1 “O que significava a expressão água que não acaba mais, no

texto:”

Enunciado 2 “Qual é a abordagem do texto, do que se trata”

Enunciado 3 “Qual foi a opinião relatada pelo texto”

Outro enunciado trabalhado foi com o texto, As meninas de Carlos Drumond

de Andrade, o enunciado questionava o que se alterou no decorrer do texto, com as

meninas personagens protagonistas do mesmo, a resposta de dos alunos foi que

64% acertaram e 36% erraram.

Neste caso específico do enunciado os alunos deveriam compreender o texto,

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ao ter contato com as informações explícitas e fazer inferências com as informações

contidas nele.

GRÁFICO 1 Análise de interpretação textual

Fonte: autora – 2014

Outro texto trabalhado foi de um autor consagrado Mario Quintana. Com o

texto “Velha história” no seguinte enunciado: “O homem muda de opinião sobre a

melhor forma de vida para o peixinho quando:”

Houve 50% de acertos nos enunciados propostos de compreensão textual.

A partir da análise e reflexão realizada no decorrer da intervenção verificou-se

que os alunos têm várias limitações no entendimento de vocabulário, ou seja, a

semântica das palavras interferindo na compreensão dos enunciados, seja este

pelas hipóteses elencadas no início deste artigo como a não compreensão pelo fato

de não conhecer a semântica de palavras no contexto do enunciado, ou o fato de

não realizar uma leitura compreensiva.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo destaca a importância da leitura e compreensão de enunciados

em questões avaliativas de língua portuguesa, seja ela para obtenção de índices

governamentais, ou para a realização de avaliações em sala de aula, reconhece-se,

no entanto, que este é um debate que só está iniciando, visando o progresso de

ensino aprendizagem do aluno, sabedores que a complexidade dada às questões

leva por diversas vezes os alunos a não alcançarem resultados positivos, fato que se

associa a dificuldade de aprendizagem nas disciplinas e desencadeia um

distanciamento entre a leitura, a escrita e a interpretação do enunciado.

Este relato apresentado sobre a intervenção pedagógica nos faz refletir o que

é a escola hoje, mostrando que a importância de oportunizar os alunos a produção e

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compreensão textual, de forma a abstrair e entender o que se pede no enunciado é

essencial. Percebeu-se ainda que segundo Ligeski & Guérios (2013) “a posição

teórica de Bakhtin de que a um enunciado espera-se uma compreensão responsiva

ativa não se verifica, se o aluno não compreende o que lê”, foi reconhecida nos

diversos âmbitos das leituras e atividades propostas no decorrer da intervenção

pedagógica, proporcionada pelo Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE,

que possibilitou este estudo mais aprofundado, com relação à leitura dos alunos.

Apresentou-se neste relato que o resultado esperado foi de que com a

realização de atividades com enunciados com diversos gêneros do discurso,

intensificou o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita do aluno,

propiciando o processo de ensino-aprendizagem.

Diante ao exposto, é notório no decorrer da pesquisa, que se o aluno tem

dificuldade em uma leitura compreensiva, infelizmente não terá êxito na realização

da atividade proposta.

Assume-se que o presente artigo constitui uma contribuição para o

desenvolvimento da compreensão leitora dos alunos do oitavo ano do ensino

fundamental, possibilitando um maior índice de aproveitamento no processo de

ensino-aprendizagem.

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