os desafios da escola pÚblica paranaense na … · alunos do segundo ano do ensino médio de ......
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
PARANÁ GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
CADERNO PEDAGÓGICO: A importância das atividades lúdicas nas
aulas de Educação Física no Ensino Médio.
RICARDO CARLOS HIRT JUNIOR
REBOUÇAS
2013
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PARANÁ GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
CADERNO PEDAGÓGICO: A importância das atividades lúdicas nas aulas de Educação Física no Ensino Médio
Caderno Pedagógico apresentado por Ricardo Carlos Hirt Junior, a Secretaria e Estado da Educação do Paraná, por meio do Programa de Desenvolvimento Educacional. Orientador: Prof.Ms. Alderenik Antonio Oliveira
REBOUÇAS 2013
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1. IDENTIFICAÇÃO
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013 Título: A importância das atividades lúdicas nas aulas de Educação Física no Ensino Médio.
Autor:Ricardo Carlos Hirt Junior
Disciplina/Área:
Educação Física
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual de Faxinal dos Francos
Município da escola: Rebouças
Núcleo Regional de Educação: Irati
Professor Orientador: Alderenik Antonio Oliveira
Instituição de Ensino Superior: Unicentro
Relação Interdisciplinar:
Resumo:
O Caderno pedagógico a seguir busca por meio de aulas práticas e teóricas o resgate das atividades lúdicas no Ensino Médio , onde vemos que as modalidades esportivas vêem tomando todo o espaço . Para tanto, é necessário motivar nossos alunos , despertando o espírito de cooperação e a ludicidade . Este trabalho é destinado a todos os professores que possuem esta dificuldade em ministrar aulas lúdicas. Porém , lembramos que a capacitação dos mesmos deve ser constante. O Caderno pedagógico será dividido em quatro unidades : Atividades de Socialização , Jogos cooperativos , Jogos pré- desportivos e Gincana.
Palavras-chave:
Lúdico, jogo, cooperação ,Ensino Médio
Formato do Material Didático: CADERNO PEDAGÓGICO Público:
Alunos do segundo ano do Ensino Médio de uma escola localizada na área rural.
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2. APRESENTAÇÃO
Sou professor de licenciatura em Educação Física. Faço parte da Rede Estadual
de Ensino, no Ensino Fundamental e Médio, há dezesseis anos.
Este caderno pedagógico foi produzido para buscar a exploração e porque não
dizermos o resgate das atividades lúdicas pelos alunos do Ensino Médio,bem como,
novas metodologias de aplicabilidade na escola.
O objetivo principal no desenvolvimento desse projeto intervencionista é a
promoção do lúdico em nossas escolas, mais especificamente no Ensino Médio,
onde detectei a maior dificuldade de aceitação e aplicabilidade durante as aulas.
A necessidade em ministrar as atividades lúdicas na escola é um grande
desafio, principalmente em se tratando do Ensino Médio, onde as mesmas, são
ainda maiores, nas aulas de Educação Física. Especificamente tentamos construir
uma identidade voltada a compreender os preceitos curriculares com relevância para
a sociedade e o desenvolvimento dos alunos inseridos no contexto escolar. Por meio
de experiências práticas dividimos este trabalho em quatro etapas a serem
aplicadas: na primeira etapa atividades de socialização, na segunda etapa jogos
cooperativos, na terceira etapa jogos pré desportivos e na quarta etapa gincanas.
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3. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Na seqüência do nosso trabalho dar-se-à a realização de um Caderno
Pedagógico, caderno este que consistirá em atividades organizadas, dando
ênfase no objeto de estudo do nosso projeto , o qual, poderemos definir então
como atividades lúdicas. Essas atividades serão elaboradas, com embasamento
teórico nos autores citados posteriormente por meio de uma revisão de literatura.
A aplicação do projeto, sendo este, modelo intervencionista, será
realizado no Colégio Estadual de Faxinal dos Francos, no Segundo Ano do
Ensino Médio.
A avaliação será feita de maneira diagnóstica e comparativa para
obtermos resultados sobre a aceitação das atividades propostas.
Os materiais utilizados para aplicabilidade do projeto terão como recursos
físicos os seguintes: bolas, arcos, cordas, bastões, quadra, materiais de sucata e
outros. Também serão apresentados alguns vídeos sobre a temática em questão,
utilizando para isso os recursos áudio visuais, tais como: multimídia, pendrive,
data show,TV , CD-ROM entre outros.
Em uma quarta etapa será elaborado um artigo cientifico para
disseminarmos teoricamente os elementos propostos citados no referido projeto.
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4. UNIDADE 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nos últimos anos é notado que o lúdico esta sendo substituído pelos desportos,
em nossas escolas, e principalmente no Ensino Médio, onde os alunos perderam
quase todos os laços com as atividades recreativas, as quais acreditamos que foram
trabalhadas de maneira exaustiva nos anos iniciais do Ensino Fundamental e com
menos ênfase nos anos finais desta etapa. O presente projeto detectou o problema
da falta de utilização de atividades lúdicas no Ensino Médio, instigando-nos a
remeter para a seguinte indagação: Por que o lúdico não é trabalhado no Ensino
Médio?
Atividades como a recreação e o lazer, fazem parte do currículo , porém , ainda
com certa resistência de serem trabalhadas, justamente pela complexidade dos
temas para alguns profissionais que não buscam o aperfeiçoamento.
De acordo com RONCA (1989)
“O movimento lúdico, simultaneamente, torna-se fonte prazerosa de
conhecimento, pois nele a criança constrói classificações, elabora
seqüências lógicas, desenvolve o psicomotor e a afetividade e
amplia conceitos das várias áreas da ciência”. (RONCA.1989, p.
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Podemos chamar de ludicidade, o elemento que envolve o jogo, brinquedo e a
brincadeira, com tais elementos, busca-se desenvolver a criatividade, a capacidade
de tomada de decisões, além de auxiliar no desenvolvimento motor, pois, as aulas
tornam-se mais atrativas para os alunos e propiciam situações de descontração que
possibilita o docente desenvolver diversos conteúdos voltados a problemas como :
indisciplina , buling, drogas.
Nesta linha de pensamento, temos como ponto de partida, o lúdico. É esta
angústia que nos trouxe a tentar investigar onde e como ele esta sendo trabalhado
na escola. Nota-se que após os anos iniciais do Ensino Fundamental, onde
incansavelmente o lúdico é trabalhado para contribuir de maneira prazerosa com o
desenvolvimento psicomotor e social dos alunos, sofre uma diminuição de
aplicabilidade gradativa nos anos finais do Ensino Fundamental, pois, a
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esportivizaçao entra com maior ênfase no currículo, e os professores buscam
ensinar os alunos os fundamentos e regras, tornando as aulas de Educação Física
pautadas quase na totalidade em esporte e jogos.
Segundo ELIAS P. (1992)
O termo “esportivização” deriva do que Norbert Elias (1992) denomina de “desportivização” ou o processo mediante o qual, os passatempos, divertimentos e jogos vão se convertendo em práticas institucionalizadas denominadas desportos, no âmbito da sociedade inglesa do século XIX, daí exportados em escala global como avanço civilizatório. Utilizo o termo “esportivização” para designar a substancial passagem do esporte, nas aulas de educação física, de conteúdo escolarizado a conteúdo exclusivo, sendo gerador de uma nova forma de organizar o conhecimento, os espaços, tempos e relações sociais dentro e fora da escola. (ELIAS P. 1992,218)
A busca por metodologias adequadas para o desenvolvimento de atividades
recreativas nas aulas de Educação Física, vem de encontro com a proposta deste
estudo, ou seja , propiciar momentos de atividades lúdicas aos alunos de maneira
motivadora, bem como, preparar os professores desenvolvê-las.
A disciplina de Educação Física no Brasil vem passando por inúmeras
discussões sobre sua identidade e afirmação, voltadas para a atividade humana.
Essas discussões são frutos da falta de todos os envolvidos no contexto escolar,
para delinearem uma postura e um objetivo em comum sobre o que trabalhar em
suas aulas.
Segundo Coletivo de Autores (2009). Na perspectiva da reflexão sobre cultura corporal, a dinâmica curricular, no âmbito da Educação Física, tem características bem diferenciadas das da tendência anterior. Busca desenvolver uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da historia, exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esportes , malabarismos , contorcionismo, mímica e outros, que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas. (Coletivo de Autores, 2009.p.39 ) .
A facilidade do acesso, espaço físico, materiais e proposta de trabalho mais
facilitada aos professores fazerem com que as modalidades esportivas tomem a
maioria dos momentos das aulas de Educação física, porém isso, pode gerar um
grande problema que é a esportivizaçao.
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Para GUEDES, J. E. R. P. (1997.) [...] não existe uma abordagem significativa de conteúdos mais complexos. Estes estão resumidos à prática desportiva, principalmente aos esportes coletivos como voleibol, basquetebol, handebol e futebol, limitando a produção de conhecimento corporal e cultural do aluno.
Para o professor de Educação Física a preparação de sua aula voltada para
uma modalidade esportiva é muito mais fácil, do que, uma aula voltada as atividades
lúdicas, pois, a complexidade pela flexibilização de regras e o improviso de uma
atividade lúdica ,exige do professor mais preparo na elaboração e na execução da
aula , porém, alguns profissionais na maioria das vezes não possuem esse perfil ,
não se aperfeiçoam , ou até mesmo acham mais viável trabalhar uma modalidade
com regras e tempo de duração definidos. Podemos exemplificar, o esporte.
Concluindo, vemos que não podemos deixar de enfatizar a importância do
esporte na escola, porém, devemos incluir nas aulas as atividades lúdicas, pois,
fazem parte do crescimento pessoal, social e cognitivo de nossos alunos.
As atividades lúdicas devem estar presentes em todas as fases de nossas
vidas, sejam elas nas mais variadas formas: no brinquedo/jogo, na brincadeira
tradicional infantil, na brincadeira de faz de conta e jogos e brincadeiras de
construção, pois, além de socializar grupos, proporciona a descontração e a
flexibilização nas regras e no tempo de duração tornando-as imprevisíveis e
atrativas.
Kishimoto (1996),comenta algumas modalidades de brincadeiras presentes
na educação infantil, fazendo uma diferenciação entre elas:
a)O brinquedo/jogo educativo ao assumir, por exemplo, a função lúdica, propicia diversão, prazer e até mesmo desprazer quando é escolhido por vontade própria, enquanto ao assumir a função educativa, o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. Como ilustração, a autora coloca que a criança ao manipular livremente um quebra-cabeça, diferenciando cores, a função educativa e a lúdica estão presentes. Mas, se a criança preferir apenas empilhar peças, fazendo de conta que está construindo um castelo em uma situação imaginária, a função lúdica está presente. É a intenção da criança que vale e não exatamente o que o professor deseja.
Em alguns momentos os professores programam atividades lúdicas com
alguns objetivos, porém, na medida em que há a interação dos alunos, os objetivos
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podem se tornar diferentes dos planejados , o que não desvirtua a atividade , pois,
de uma forma ou outra a aprendizagem esta ocorrendo.
Kishimoto (1996) complementa definindo
b) A brincadeira tradicional infantil, por sua vez, é um tipo de jogo livre, espontâneo, no qual a criança brinca pelo prazer de o fazer. c) A brincadeira de faz-de-conta ,é a que deixa mais evidente a presença da situação imaginária. No entanto, é importante ressaltar que o conteúdo do imaginário provém de experiências anteriores adquiridas pelas crianças em diferentes contextos... d) Os jogos ou brincadeiras de construção são de grande importância para a experiência sensorial, estimulando a criatividade e desenvolvendo habilidades da criança.
Explorar o cotidiano e o conhecimento do aluno ajudam no desenvolvimento
das atividades lúdicas, pois, ele explora os limites de sua imaginação e de suas
vivencias principalmente em atividades de faz de conta e que necessitem de gestos
e movimentos , de nada adianta propormos uma atividade deste caráter e
trabalharmos um assunto que o aluno nunca teve conhecimento alguns objetivos,
porém, a medida que há a interação dos alunos , os objetivos podem se tornar
diferentes dos planejados , o que não desvirtua a atividade , pois, de uma forma ou
outra a aprendizagem esta ocorrendo.
Um fator importante no desenvolvimento das atividades lúdicas é a
preparação dos professores de Educação Física para ministrá-las, a capacitação
deve ser contínua, pois, as metodologias e inovações nos dias atuais acontecem
com uma velocidade intensa, e, os profissionais da área não podem afugentar-se
destas atividades em suas aulas.
No Ensino Médio nos deparamos com a falta de atividades lúdicas com mais
freqüência, mas como podemos solucionar este problema? Como podemos motivar
nossos alunos?
Propiciar aulas dinâmicas envolventes e com objetivos definidos se torna uma
missão cada vez mais árdua aos professores de Educação Física, principalmente
em se tratando do lúdico para o Ensino Médio, pois, infelizmente muitos professores
acham mais cômodo trabalhar com o esporte em si, o mesmo, gera menos
planejamento e desafios do que uma aula de atividades lúdicas .É fundamental que
nós profissionais de Educação Física busquemos novas formas de possibilitar aulas
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dinâmicas que resgatem esse ato de brincar, realizando a tarefa com prazer ,
enfatizando o lazer e a importância das relações, sem competitividade definida .
O lúdico dá oportunidade aos alunos de vivenciarem situações que podem
contribuir com a formação necessária para sua personalidade, possibilitando-o a
integração com diversos grupos sociais de forma prazerosa e produtiva. A partir do
instante em que são apresentadas atividades lúdicas, (jogos e brincadeiras),
acontece certo receio por parte dos alunos, e, se os professores não os motivarem
para prática eles não participam e com isso podem estar perdendo de vivenciar
atividades importantíssimas no seu desenvolvimento como: interagir, socializar,
representar, ser espontâneo, testar seus limites, correr, saltar, agachar. Assim
sendo, as atividades lúdicas servem como uma forma de entretenimento, diversão, e
lazer, e propiciam um incentivo as atividades físicas, mostrando para os alunos que
a Educação Física é muito mais que as modalidades esportivas, suas regras e o
fenômeno da esportivizaçao;eles conseguem aprender e desenvolver capacidades
físicas e de socialização com o grupo por meio de aulas dinâmicas , longe das
regras tabuladas que o esporte exige.
Os profissionais de Educação Física que atuam do Ensino Médio, em nossa
ótica, devem,ousar e arriscar inúmeras atividades lúdicas em suas aulas ,pois,
acreditamos que somente com estas atitudes estarão motivando seus alunos a
participarem e sentirem atraídos por uma dinâmica diferente com regras
flexibilizadas.
5. UNIDADE : PLANOS DE AULAS 5.1 ATIVIDADE
Na seqüência de nosso trabalho será elaborado um Caderno
Pedagógico, caderno este que consistira em atividades organizadas, dando
ênfase no objeto de estudo de nosso projeto que poderemos definir então como
atividades lúdicas. Essas atividades serão elaboradas, com embasamento teórico
nos autores citados anteriormente por meio de uma revisão de literatura.
Para aplicação das atividades serão desenvolvidas quatro unidades de
oito aulas totalizando, trinta e duas aulas, sendo estas, no modelo
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intervencionista. As aulas serão ministradas no Colégio Estadual de Faxinal dos
Francos, em uma turma do Segundo Ano do Ensino Médio.
Na primeira unidade serão realizadas atividades de socialização, na
segunda unidade os jogos cooperativos serão explorados, na terceira unidade o
lúdico será trabalhado na forma do jogo, mas precisamente em jogos pré-
desportivos de iniciação nas modalidades de atletismo, handebol, futsal, voleibol e
basquetebol e na quarta unidade serão trabalhadas atividades que abrangem
brincadeiras em forma de gincanas.
5.2 UNIDADE 1 – BRINCADEIRAS DE SOCIALIZAÇÃO
Na primeira unidade do nosso caderno pedagógico, estarei trazendo aos para
os alunos, atividades de socialização para ”quebrar o gelo”, entre eles. E com
relação às atividades lúdicas, para tanto, demonstraremos que as atividades com as
adaptações observando-se o número de alunos , idade e até mesmo a
receptividade. Esta etapa será realizada em um bloco de oito aulas.
Aula 1 Formar grupos para formar grupo. (Silva E. ,2006 p. 51) adaptação
Objetivo: Propiciar um clima de descontração e integração entre os participantes do
grupo.
Material necessário: aparelho para ouvir CD
Descrição da dinâmica:
1. Grupo espalhado pela sala, de pé.
2. Pedir que todos se movimentem pela sala de acordo com a música, explorando os
movimentos do corpo. Pôr música com ritmo cadenciado. Tempo.
3. Parar a música. Solicitar que formem dupla com a pessoa mais próxima e que, de
braços dados, continuem a se movimentar no mesmo ritmo, procurando um passo
comum, quando a música recomeçar.
4. Após um tempo, formar quartetos, e assim sucessivamente, até que todo o grupo
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esteja se movimentando junto, no mesmo passo.
5.Pedir que se espalhem novamente pela sala, parando num lugar e fechando os
olhos.
6. Solicitar que respirem lentamente, até que se acalmem.
7. Abrir os olhos, sentar em círculo.
8. Plenário - refletir sobre os seguintes pontos:
- O que pôde perceber com esta atividade?
- Que dificuldades encontrou na realização da dinâmica?
- Como está se sentindo?
Comentário: Além de a atividade socializar, por meio do movimento e da imitação, a criatividade é explorada dando inúmeras possibilidades e variações
Dinâmica do Nome – (Domínio Público).
Esta dinâmica propõe um "quebra gelo" entre os participantes. Ela pode ser
proposta no primeiro dia em que um grupo se encontra. É ótima para gravação dos
nomes de cada um.
Em círculo, assentados ou de pé, os participantes vão um a um ao centro da roda
(ou no próprio lugar) falam seu nome completo, juntamente com um gesto qualquer .
Em seguida todos devem dizer o nome da pessoa e repetir o gesto feito por ela.
Variação: Essa dinâmica pode ser feita apenas com o primeiro nome e o gesto da
pessoa, sendo que todos devem repetir em somatória, ou seja, o primeiro diz seu
nome, com seu gesto e o segundo diz o nome do anterior e gesto dele e seu nome e
seu gesto... e assim por diante. Geralmente feito com grupos pequenos, para facilitar
a memorização. Mas poderá ser estipulado um número máximo acumulativo, “por
exemplo”, após o 8º deve começar um outro ciclo de 1-8 pessoas.
Adaptação: Pegar papéis com nomes diferenciados (ex. Setembrino, Juvenal,
Dioclécio, etc), distribuir para os alunos , e continuar a brincadeira com os novos nomes, essa variação pode ser feita depois dos alunos se conhecerem mais , daí para não perder a motivação incrementa-se.
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Aula 2
Jogo das algemas (domínio público)
Entrega para os alunos um cordão, eles irão amarar as pontas formando uma
algema. Na seqüência algema-os em duplas e dá um tempo para que eles
tentem fugir. Não pode arrebentar a algema e nem tirar as mãos delas. Só existe
uma maneira de sair e depois de alguns minutos o professor começa desvendar
o mistério e soltar os alunos.
Comentário: além do contato da dupla a percepção e a busca conjunta pela solução do problema proposto tornam a atividade sociabilizadora e intelectual, pois, só existe uma forma de fuga e ambos tem que deduzi-la.
Reconhecendo o amigo (Silva ,E. , 2006 , p. 90)
O professor dividira uma turma em equipes, correspondendo às colunas de
cadeiras da sala de aula. O professor pedirá que duas equipes fiquem em fileira uma
de frente para outra, sendo que em uma delas os seus componentes estarão de
olhos vendados.
Os participantes dessa equipe tentaram sentir, com as mãos, os rostos dos
seus colegas em, um período de tempo de um minuto. Após esse tempo, as equipes
se separam e a equipe “cega” tentará descobrir, tocando os rostos de seus colegas,
agora sem as vendas, qual era o colega que estava a sua frente.
O numero de acertos significara o numero de pontos que a equipe fará.
O professor fará o rodízio das equipes dando oportunidade para que todas
tentem adivinhar quais os colegas estavam a sua frente. Vencerá a equipe que fizer
o maior numero de pontos.
Comentário: além de ser uma atividade de contato e socialização podemos incluir um, debate sobre as pessoas com necessidades especiais, tendo em
vista que estamos aguçando a percepção pelo tato durante o desenvolvimento.
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Aula 3 Nó Humano ( Silva T., 2010, p. 307)
Faz-se uma roda com todos os participantes. Todos deverão estar com os brações
estendidos à frente do corpo. Ao sinal do recreador a roda vai fechando, e cada
pessoa deverá segurar duas outras mãos, escolhidas de forma aleatória. Após essa
etapa, teremos a configuração do nó humano.
O objetivo é desatar o nó, sem soltar as mãos. O grupo criará as suas estratégias.
Comentário: Na atividade proposta o desafio é resolvido em equipe, o dialogo se faz necessário porque senão trabalharem juntos o “Nó Humano “ só vai se
emaranhando cada vez mais . Uma dica importante ao professor é que durante a atividade se for observado que os alunos estão com dificuldades para desmanchar o nó pode-se dar uma ajudinha, soltando umas mãos e fazendo novas pegadas.
Pessoa pra Pessoa ( Brotto ,2001,p.131)
Participação:
Joga-se com um único grupo e com participação ilimitada.
Espaço: Espaços abertos ou fechados, compatíveis com o número de participantes e
livres de obstáculos.
Inicia-se incentivando as pessoas a caminhar livre e criativamente pelo
ambiente (andar com passo de gigante; de formiguinha; andar como se o chão
tivesse pegando fogo; com um tique nervoso etc.). Depois de alguns poucos minutos
fala-se, em voz bem alta, duas partes do corpo (mão na testa; dedo no nariz; orelha
com orelha; cotovelo na barriga etc.).A este estímulo, todos deverão formar uma
dupla e tocar, um no outro, as partes faladas pelo Focalizador, o mais rápido
possível! Por exemplo: – “Mão na testa”. Cada pessoa deverá encontrar um par e
tocar sua mão na testa do outro e vice-versa. Quando todos estiverem em duplas e
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tocando as partes faladas, o Focalizador reinicia o processo, propondo a caminha
livre e criativa. Após 2 ou 3 dessas combinações o Focalizador pode dizer em voz
alta o nome do jogo: “Pessoa pra pessoa”. Nesse momento, todos – inclusive o
Focalizador – devem formar uma nova dupla e abraçar um ao outro, bem
agarradinho para garantir o encontro. Com a entrada do Focalizador diretamente no
Jogo, haverá um desequilíbrio numérico: alguém irá ficar sem par. – “E o quê a
gente faz com quem sobra?!” Diferente dos Jogos convencionais, aquele que sobra
não será nem castigado nem excluído. Quem sobrou virará Focalizador e re-iniciará
o Jogo servindo ao grupo, ao invés de ser servido por ele.
Comentário: O professor irá propor a realização da mesma atividade em trios quartetos ou em grupos maiores tornando o jogo mais divertido e
desafiador .Através desta atividade busca-se a socialização, combate aos preconceitos, criatividade, atenção e tempo de reação.
Aula 4
Dança do Minue (Silva T. ,2010,p.155)
Em circulo voltados para o sentido horário ou anti-horário. Com as mãos nos
ombros do colega da frente, depois na cintura, Ao cantar, elevar as pernas para
cima ao ritmo da musica.
Musica: Minue, minuê, mi gusta la dance
Mi gusta la dance, a dança minuê.
Na dança do Minuê podemos fazer uma contextualização anteriormente, contando a historia de um rei muito ruim para seu povo, contando sobre um povo que passava fome e várias dificuldades, mas, depois de um sonho o rei resolveu fazer uma festa e abriu as portas de seu reino para que todos entrassem, porém, com uma regra: “ninguém pode encostar-se a ninguém
quando estiverem dançando” . No meio da festa o rei regado de um bom, vinho ficou bem animado e começou uma dança circular onde poderia encostar primeiramente sua mão direita no ombro de seu companheiro da frente, e assim sucessivamente até finalizar a atividade.
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Dinâmica do " Pegadinha do Animal" (domínio público).
Entrega-se a cada participante um papel com o nome de um animal, sem ver
o do outro. Em seguida todos ficam em círculo de mãos dadas. Quando o animal for
chamado pelo coordenador, a pessoa correspondente ao animal, deve se agachar
tentando abaixar os colegas da direita e da esquerda.
E os outros devem tentar impedir que ele se abaixe.
Obs: todos os animais são iguais, e quando o coordenador chama o nome do animal
todos vão cair de "bumbum" no chão, causando uma grande risada geral.
Comentário: esta é uma atividade de quebra gelo e descontração entre os alunos .
Variação: O professor escreve em um papel o nome de quatro o cinco
bichos (ex.: leão, boi, cachorro, gato e sapo ) , distribui aleatoriamente aos alunos . Na seqüência os alunos são vendados e distribuídos em um amplo e livre espaço, ao sinal do professor eles começam imitar os bichos e tentam se agrupar pelas afinidades dos sons. È importante
quando o aluno pegar o papel não mostrar para ninguém, pois, a brincadeira fica mais eficiente com o segredo .
Aula 5 Pak man (Cavallari, 1994, p. 109)
Os alunos espalhados em cima das linhas existentes na quadra ou
demarcadas para a atividade.
Um dos participantes fará o papel do pegador e devera deslocar-se por cima das
linhas, assim como todos os participantes. Ao serem pegos passarão a
desempenhar o papel de pegador, ou aumentarão o numero de pegadores. A
atividade se desenvolvera sempre em cima das linhas, como se fossem labirintos e
os participantes só poderá ser pegos se estiverem em cima das mesmas linhas.
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Comentário: estipular as regras, o aluno não pode correr , ele tem que andar ,
caso contrário a atividade perde sua essência e fica desorganizada.
Pega -rabo (Cavallari 1994,p.111)
Os recreacionistas preparam previamente tiras de pano ou material que o
substitua, de aproximadamente 60 cm de comprimento, em número suficiente para
que cada participante tenha uma . Os participantes prenderão essas tiras em suas
roupas, às costas, de forma que fiquem como um rabinho. Todos estarão
espalhados aleatoriamente por todo o espaço demarcado. Ao sinal de inicio, os
participantes tentarão roubar o rabo dos colegas, e ao mesmo tempo, proteger o
seu, o participante não poderá segurar seu próprio rabo, apenas protege-lo com
movimentos do corpo. Também não é permitido segurar o adversário nem toca-lo
propositalmente. Ao perder seu rabo, o participante não será desclassificado: ele
continuará na atividade tentando pegar o rabo de seus companheiros. Porém, não
será permitido que o participante tenha rabos em suas mãos e não o tenha em suas
costas. Cada vez que ele perder seu rabo, devera passar uma das tiras em que têm
nas mãos pás as costas. A atividade terminará por tempo predeterminado. Será
vencedor quem tiver consigo o maior numero de rabos.
Comentário: Nas atividades desta aula os alunos estarão socializando mas competindo entre si de maneira descontraída e regras flexibilizadas.antes de sua aplicabilidade o professor deve salientar o valor do respeito com o colega ,
pois, alguns podem quere se aproveitar da situação .
Aula 6
Dominó humano Em grupos, com mesmo numero de participantes. Um dos participantes ficara
posicionado de forma criativa e os demais participantes do grupo deverão juntar as
partes iguais do corpo, como peças de domino. Desta forma irão formar uma
corrente unidos uns aos outros pelas partes do corpo. Executada a primeira
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formação com todos os participantes do grupo, troca-se a pessoa que deu inicio a
brincadeira e repete-se os procedimentos, ate que todos tenham passado pela
posição inicial.
Dança do Chep-Chep (Silva T. ,2010,p.156)
Organização: Em circulo, na posição em pé.
O animador fica no meio dos participantes, primeiramente ensina a letra da música,
orientando que na primeira parte todos devem movimentar-se livremente, na
segunda parte da música o animador para na frente de um dos participantes e dança
ao seu estilo, a pessoa deverá repetir os gestos do animador. Em seguida este
participante também irá parar em frente de uma outra pessoa e dançar ao seu jeito
até que todos que todos tenham passado pela posição de imagem e espelho. Ao
final pode-se dançar em formação de trenzinho, com o animador à frente orientando
os movimentos.
Música:
Quando fui à Nova Iorque visitar a minha tia, ela me ensinou a dançar o chep-chep
(1ª parte)
Dança o chep-chep, pula o chep-chep, roda o chep-chep,...
Comentário: Nesta aula continuamos o trabalho de socialização dos alunos , porém como todos já estão se conhecendo melhor e provavelmente mais
desinibidos incluímos a música e dança nas atividades.
Aula 7
Autógrafos ( Militão ,2000, p. 78- adaptação)
Objetivos: promover uma maior aproximação e conhecimento entre os participantes,
descontrair, “quebrar o gelo”, desenvolver a criatividade e a competitividade.
Duração: aproximadamente quarenta minutos
Material: lista de autógrafos, lápis ou caneta , para todos os participantes.
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Distribuir “Autógrafos” e caneta ou lápis para todos os participantes . Orientar que
cada pessoa escolha e assinale, da forma que quiser (personalizado ou escolha
aleatória), DEZ ITENS da lista. Informar, também, que, após a escolha, todos irão
em busca das pessoas que se enquadrem nos itens que cada um assinalou.
Aguardar até que todos tenham concluído sua escolha – lembra: nem mais, nem
menos itens, apenas dez.
Vocês vão agora, transformas esse ambiente numa feira livre – todos irão estar
falando e se movimentando ao mesmo tempo.
Cada item assinalado, você vai perguntar pra outra pessoa. Ex: Gosta de praia? Se
a pessoa responder que SIM , VOCÊ pede pra ela assinar em, algum lugar, na linha
correspondente. Se ela responder que NÂO você poderá perguntar os outros nove
itens ou sair em busca de outra pessoa. Um mesmo item pode se encaixar em varias
pessoas. Uma mesma pessoa pode se enquadrar em vários itens. premiar ao final
quem conseguir o maior número de autógrafos possível .
Ao final o facilitador monitorara os comentários que julgar necessário:
1- O que você ouviu de curioso nas respostas de cada pessoa ?
2- Teve alguém com quem você se identificou?
3- Quem conseguiu mais autógrafo?
4- Quais os critérios para escolha dos itens?
E assim sucessivamente.
Comentário: ótima atividade para o contato social entre o grupo , comunicação e conhecimento dos colegas.
Aula 8 Dinâmica do "Spider barbante” ( Silva T. ,2010,p.307)
Material: rolo de barbante
Todos os jogadores deverão estar sentados numa grande roda.
O primeiro participante segurará a ponta do rolo do barbante e deverá jogá-lo à
pessoa de mais gosta, à que mais admira ou à que gostaria de conhecer melhor.
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Após a escolha, o primeiro jogador deverá lançar o rolo ao jogador escolhido. A
pessoa segurará o rolo e jogará ao próximo jogador. Ao final, teremos uma enorme
teia de aranha.
Adaptação: Depois da teia de aranha formada o professor pode amarrar uma
caneta no centro e pedir para que os alunos em um trabalho de equipe e com
agilidade coloquem a caneta em uma garrafa no centro do círculo. Outra
variante é com os alunos de costas para caneta olhando por cima do ombro.
5.3 –UNIDADE 2 – JOGOS COOPERATIVOS . Na unidade anterior deste caderno pedagógico foram ministradas aulas
buscando a socializaçao dos alunos, um “quebra gelo”, para que todos se
conhecessem melhor e aprendessem respeitar ao próximo. O lúdico volta a nos
embasar nesta segunda unidade, onde iremos desenvolver atividades cooperativas
(jogos cooperativos ) , com equipes formadas trabalhando unidas para um bem
comum. Esta Unidade será desenvolvida em oito aulas.
Nas atividades envolvendo “Jogos Cooperativos” busca-se unir pessoas
reforçando a confiança e as relações sociais, possibilitando a participação de todos,
pois, vitória ou derrota não é o que realmente importa, mas sim ,o processo como
um todo.
Para Brotto (2001) Os Jogos Cooperativos são jogos de compartilhar, unir pessoas, despertar a coragem para assumir riscos, tendo pouca preocupação com o fracasso e o sucesso em si mesmos. Eles reforçam a confiança pessoal e interpessoal, uma vez que ganhar e perder são apenas referências para o continuo aperfeiçoamento de todos.( Brotto ,2001, p.46)
Os jogos cooperativos devem motivar os alunos a continuarem jogando , e
aceitar todos como são verdadeiramente, com seus defeitos e qualidades .
Aula 1 .
21
Dança das Cadeiras Cooperativas (Silva T. ,2010, p.145 ) Materiais: cadeiras ( o mesmo número de cadeiras para os jogadores ) , CD com
músicas animadas e aparelho de som.
Colocam-se as cadeiras em circulo, uma de costas para outra. Para iniciar o jogo, o
recreador deverá colocar uma música bem animada e posicionar os jogadores de
frente para as cadeiras. Os participantes dançarão em volta das cadeiras . Quando
a música parar de tocar, os jogadores deverão sentar nas cadeiras. Após essa
primeira fase, tira-se uma cadeira, ou seja, teremos uma cadeira a menos do que o
número de participantes.
Na próxima rodada, os participantes terão de sentar, todos com uma cadeira a
menos, e assim sucessivamente, até restarem três cadeiras e todo o grupo estiver
sentado, uma pessoa no colo da outra .
Comentário: antes de iniciar esta atividade é importante salientar dois fatores :
o respeito ao próximo e a cooperação entre todos , porque caso contrário a atividade perde seus objetivos.
Aula 2 Formar letras com o corpo( Cavallari, 1994, p. 103)
Os participantes divididos em grupos esperarão o sinal de inicio, encostados
em uma das laterais do espaço. O recreacionista combina com os participantes qual
deverá ser a posição em que deverão cumprir a tarefa a seguir ( ex: em pé, de
cócoras, deitados, etc). A tarefa é a seguinte: o recreacionista fala uma determinada
letra do alfabeto e os grupos deverão formar essa letra utilizando-se de seus corpos,
virados para o lado onde se encontra o recreacionista, para que ele leia. Todos os
participantes deverão estar sendo utilizados na formação da letra, nenhum podendo
ficar de fora, nem em posição errada. A equipe que primeiro terminar a tarefa fará
um ponto. Retornarão à lateral do espaço e o recreacionista dará outra posição que
deverão estar, e dirá outra letra. Tudo se reiniciara. A atividade terminara por pontos
ou por vezes, sendo vencedora a equipe que acumular o maior número de ponto.
Comentário: Nesta atividade o grupo tem que trabalhar em equipe , despertando o raciocínio lógico.
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Variação: pode-se variar com números, formas geométricas ou temas ( ex: mar
– qualquer coisa que tiver no mar.) . Aconselha-se nestas variações ter juizes para julgar os trabalhos.
Aula 3 Passa- arco (Cavallari, 1994, p.110)
Os participantes farão uma roda com as mãos dadas. O recreacionista terá
vários arcos consigo. Ele colocará um dos arcos no braço de um dos participantes.
Este, por sua vez, terá que passar todo o seu corpo por dentro do arco, fazendo com
que o mesmo chegue até o seu outro braço. Em seguida, passara o arco para o
companheiro que estará ao seu lado, o qual terá o mesmo procedimento. Tudo isso
acontecerá sem que os participantes soltem as mãos uns dos outros. O arco
passara sempre da mesma direção, ate que retorne ao primeiro participante.
Variações: depois de um tempo, em que os alunos já estão mais hábeis ,
coloca-se vários arcos passando. O trabalho de equipe definira o bom andamento da brincadeira.
Aula 4 Golfinhos e Sardinhas (Brotto,2001, p. 129) Há um tipo de Jogo Cooperativo muito especial: Os Jogos Infinitos.
Neste jogo todos têm a oportunidade para exercer o poder pessoal e grupal sobre a
vivência que estão compartilhando. “Golfinhos e Sardinhas” é um pega-pega muito
parecido com os vários já conhecidos, senão por uma pequena mudança capaz de
promover grandes transformações.
Nesta brincadeira propomos o exercício do Livre Arbítrio, da Tomada de Decisão, da
Iniciativa para Correr Riscos e da Aventura de Compartilhar a Liberdade.
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Este jogo está baseado no pega-corrente. Começamos com todos os participantes
(menos 1) agrupados numa das extremidades do espaço. Este é o “Cardume de
Sardinhas”. Aquele 1 separado das “Sardinhas”, será o “Golfinho” e ficará sobre
uma linha transversal demarcada bem no centro do espaço. Ele somente poderá se
mover lateralmente e sobre essa linha.
O objetivo das “sardinhas” é passar para o outro lado do oceano (linha central)
sem serem pegas pelo “Golfinho”. Este por sua vez, tem o propósito de pegar o
maior número possível de sardinhas (bastando toca-las com uma das mãos).
Toda “Sardinha” pega, transforma-se em “Golfinho” e fica junto com os demais
golfinhos sobre a linha central. Lado a lado e de mãos dadas, formando uma
“corrente de golfinhos”. Na “corrente de golfinhos” somente as extremidades podem
pegar. O jogo prossegue assim até que a “corrente de golfinhos” ocupe toda a linha
central. Quando isto acontecer, a “corrente” poderá sair da linha e se deslocar por
todo o “oceano” para pescar as sardinhas.
ATENÇÃO: Quando a “corrente de golfinhos” for maior que a quantidade de
“sardinhas” restantes, propomos a seguinte ação: Agora, as “sardinhas” poderão
SALVAR os “golfinhos” que desejarem ser salvos.
Como? Basta a “sardinha” passar por entre as pernas do “golfinho”. Daí o
“golfinho” solta-se da “corrente” e vira “sardinha”, de novo.
Re-Creação:
• Formar mais que uma “corrente de golfinhos” pode dinamizar mais a
atividade.
• Experimentar diferentes formas para SALVAR os “golfinhos”: coçar a cabeça
dele, dar um abraço etc.
Comentário: tomar cuidado com a integridade física dos alunos quando as
“sardinhas” tentam passar pelo meio da “corrente de golfinhos”. Esta atividade Estimula o exercício da cidadania e solidariedade em o ato de poder ajudar ao próximo cooperando.
Aula 5
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Navegar é ( Im) possível ... para todos! ( Brotto,2001, p. 133)- adaptação.
Perceber e vivenciar o poder de realização coletiva quando saltamos do
paradigma do individualismo para a Consciência da Cooperação. Estimular a
criatividade, empatia, diálogo grupal, apoio mútuo, confiança, organização-caótica,
resolução de problemas e disposição para realizar o (im)possível.
Objetivo Comum:· Navegar do “porto seguro” para o “ponto futuro”… Todos
juntos!
Participação:
· O Grupo é organizado em 04 Times (“barcos”) com aproximadamente o mesmo
número de participantes.Cada Time é formado por “tripulantes” sentados cada um
numa cadeira (“parte do barco”), lado a lado.Os Times formados são posicionados
como lados de um grande quadrado (“porto seguro”). Porém, deixando os cantos
mais espaçados. Isto é, um “barco” não se encosta ao outro.
Espaço:
· Um salão amplo para acolher todo o Grupo.
Material:
Uma folha de jornal para cada participante.
Desenvolvimento:
É importante criar uma atmosfera lúdica desde o início. Para isso, pode-se criar um
enredo, um cenário adequado ao momento. Por exemplo, imaginando um grupo de
velejadores sendo desafiado a realizar diferentes manobras para aperfeiçoar suas
co-opetências de navegação.
1o. Desafio:
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· Cada barco deverá sair de seu “porto seguro” e chegar no “ponto futuro”. Isto é,
navegar para o outro lado do quadrado, imediatamente à frente de cada respectivo
barco. Todos os tripulantes devem chegar levando o próprio barco (as próprias
cadeiras). Quando todos os barcos alcançarem seu “ponto futuro”, o desafio é
vencido por todos! Imaginando que todo o piso do ambiente corresponde às águas
de um oceano muito frio e povoado por tubarões, todos os barcos deverão navegar
respeitando 2 condições:
a) Nenhuma parte do corpo pode tocar a água (o piso). Incluindo calçados, roupa e
qualquer outro tipo de material. Afinal, a água é muito fria e cheia de TUBARÕES!!!
b) O barco (folhas de jornais ) não pode ser arrastado.
2o. Desafio:
· Depois de todos os barcos terem alcançado o “ponto futuro” e celebrado essa
conquista, desafiamos o Grupo, como um único Time, a se posicionar em ordem
alfabética… Respeitando as mesmas Condições de Navegação!!!Um aspecto
fundamental do Jogo Cooperativo é a comemoração de cada pequena-grande
realização do Grupo. Ao final do 2o. Desafio, convidamos todos os “tripulantes” (que
a essa altura, provavelmente, estarão em pé sobre as folhas de jornais ) a darem as
mãos e “mergulharem” no oceano… Agora com as águas aquecidas pelo calor
compartilhado durante toda a Navegação (im) possível!
Existem muitas variações para este Jogo, para torná-lo mais desafiador e divertido.
Vão desde a colocação de alguns obstáculos (“rodamoinhos”, “piratas”, “furacões”
etc.), até a implementação de diferentes características de “tripulação” (vendar,
amordaçar ou amarrar braços e pernas). Durante o Jogo é muito interessante
também utilizar músicas relacionadas ao tema (ex.: “como uma onda no mar” – Lulu
Santos). Até porque, depois de uma boa Navegação Cooperativa, provavelmente
“nada do que foi será do jeito que já foi um dia”!
Comentários: Nesta atividade vemos que as equipes têm que se organizar para facilitar a tarefa proposta, pois, com a dinâmica certa e a cooperação elas
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saberão usar suas folhas de jornais. O dialogo e busca pela solução de
problemas são despertadas em nossos alunos. A música e todo clima criado diante da atividade ajudam na motivação e torna-a mais divertida .
Aula 6 Falabum ticabum (Silva T.,2010, p. 158)
Falabum ticabum (2x)
Falabum ticauaca ticauaca ticabum
Ahã(2x)
Oh , yes! (2x)
Mais uma vez !
Comentário: neste brinquedo cantado colocamos os alunos em um circulo,
ensinamos a letra da música e iniciamos a atividade envolvendo todos os alunos . Cada aluno inicia a música uma vez e os outros repetem, para tanto, a cada inicio podemos usar uma variação diferente: cantar baixo, alto, grave, agudo, acelerado, lento, com sotaques.
Aula 7 e aula 8
Nestas duas aulas serão feitas analises sobre as atividades propostas, a
importância da socialização e cooperação será explorada teoricamente através de
textos e pesquisa realizadas pelos alunos de possibilidades de jogos cooperativos e
de socialização.
5.4 - UNIDADE 3 -JOGOS PRÉ DESPORTIVOS. Os jogos pré desportivos iniciam um trabalho voltado ao esporte em si ,
porém , com a flexibilização e adaptação das regras , tornando a atividade atrativa
através do jogo .São jogos que tem por objetive ensinar os fundamentos e os
movimentos básicos de uma determinada modalidade.
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Nesta unidade serão desenvolvidas atividades envolvendo o jogo nas
modalidades de futsal, handebol, basquetebol, voleibol e atletismo , para tanto, o
tempo necessário para aplicabilidade será de oito horas .
Segundo (Huizinga, 1993): O jogo é uma atividade praticada dentro de limites temporais e espaciais próprios. Sendo limitado no tempo, não tem contato com qualquer realidade exterior a si mesmo. No que se refere aos limites espaciais, o autor afirma que os terrenos de jogo são “lugares proibidos, isolados, fechados, sagrados, em cujo interior se respeitam determinadas regras” (Huizinga, 1993, p.13):
Aula 1 Base 4 (Cavallari ,1994 ,p. 95) – Pré-desportivo para atlestimo e futsal. No espaço, serão colocados quatro arcos, dispostos num quadrado, distante
cerca de 20 metros um do outro. Serão as bases, numeradas de 1 a 4.
Os participantes serão divididos em duas equipes, uma será tacante e outra
defesa. Os jogadores da defesa se espalharão por onde quiserem dentro do espaço.
Os atacantes virão um por vez à base de número 1 . Ali receberão um bastão, que
deverão segurar em suas mãos.
Do centro do quadrado, um recreacionista arremessará uma bola pequena,
tipo bola de tênis em, direção ao jogador que se encontra na base 1. O jogador
tentará rebate-la com o bastão , arremessando-a o mais longe possível. Não será
permitido que a bola seja rebatida para trás do rebatedor. Ele terá três tentativas.
Conseguindo rebater, soltara o bastão e correrá à base 2 , enquanto a equipe da
defesa tentará recuperar a bola. A equipe da defesa, com a bola recuperada, tentará
“queimar” o atacante, bastando para isso encostar a bola do ataque ou na base de
número 1, enquanto o jogador do ataque estiver fora da base. As bases servirão
como “pique”, ou seja, o jogador não será queimado se estiver em alguma das
bases. Se for queimado, o atacante estará fora daquela jogada, retirando-se para
laterais do campo. Se conseguir chegar à base 2, tentara alcançar a base 3 e assim
sucessivamente, até fechar todos os lados do quadrado. Caso o atacante fique
parado em uma das bases intermediárias ( para não ser queimado), outro atacante
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vira à base 1 e procederá da mesma forma . Se o próximo atacante a rebater a bola,
correrá tentando alcançar a próxima base, enquanto o companheiro anterior que se
encontrava adiantado também poderá correr tentando completar o seu quadrado.
Cada atacante que conseguir completar o quadrado, sem ser queimado fará um
ponto para sua equipe. O jogo prosseguira até que todos os componentes da equipe
do ataque tenham tido sua vez de rebater a bola. Depois disso, trocam-se os papeis
e os atacantes irão para a defesa, enquanto os defensores irão para o ataque e o
jogo se reiniciará. Quando as duas equipes já estiverem passadas pelo ataque,
completa-se uma rodada. O Jogo poderá ter quantas rodadas os jogadores
quiserem, desde que o combinado anteriormente. Os pontos serão acumulados a
cada rodada. Vencerá a equipe que fizer o maior número de pontos ao final de todas
as rodadas preestabelecidas. Pode-se variar esta atividade fazendo-se com que os
participantes rebatam uma bola maior, chutando-a ou socando-a, eliminando o
bastão, que dificultara o procedimento. Também podem-se atribuir parciais para
cada base alcançada.
Aula 2
Vôlei de toalhas ( Cavallari ,1994, p. 113) – Pré-desportivo para voleibol
Adaptação de um jogo de voleibol, com a diferença de que os jogadores da
mesma equipe deverão permanecer em duplas e ter em suas mãos uma toalha. As
duplas deverão segurar a toalha pelas extremidades ao invés das mãos, usarem a
toalha para receber e passar a bola.No mais prosseguirá como voleibol propriamente
dito . O recreacionista será o arbitro.
Nesta atividade temos uma adaptação divertida da modalidade de voleibol, podem acorrer flexibilização das regras ( ex.: a bola pode quicar uma vez ) , conforme a aceitação e motivação dos alunos .
Aula 3
Corrida das Estafetas. (Miranda ,1992 , p. 242)
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_Pré-desportivo para o atletismo.
Os jogadores divididos em dois partidos são dispostos em duas colunas,
separadas pelo espaço de três metros. O primeiro jogador de cada coluna ficará na
linha de partida, segurando um pequeno bastão. Terão à sua frente a distancia de
10 metros, uma bandeirinha. Dado o sinal de inicio, os primeiros jogadores das
colunas saem correndo, contornando-a uma volta por trás das bandeirinhas e voltam
aos seus lugares. Ai chegando, entregam o bastão ao jogador imediato, que repetirá
a ação do antecessor. E assim sucessivamente. Será considerado vencedor o
partido cuja última criança entregar o bastão ao jogador inicial, em primeiro lugar.
Outras tarefas que podem ser desenvolvidas: passar por dentro de um arco, fazer zig-zag com uma bola por entre as pernas, deixar uma bola sobre um
cone, assoprar uma bexiga sem que esta caia ao chão, equilibrar uma bola de ping-pong sobre uma raquete de tênis, etc... Nos estafetas podemos realizar inúmeras variações, e além de ser um pré- desportivo para o atletismo pode ser usado na iniciação de todas as
modalidades esportivas, possibilitando a participação de todos os alunos.
Aula 4 Vinte passes ( Cavallari, 1994, p. 112). -Pré-desportivo para handebol e basquetebol.
Os participantes divididos em duas equipes estarão espalhados livremente
por todo o espaço demarcado. Será interessante utilizar-se algum artifício para
identificar jogadores da mesma equipe. Utilizando-se de uma bola de basquete ou
handebol os grupos terão o intuito de fazer vinte passes entre seus componentes,
sem interrupção. Enquanto isso, os adversários tentarão roubar-lhes a bola.
Conseguindo, eles é que irão iniciar sua tentativa de fazer vinte passes. Cada vez
que a seqüência de passes for interrompida, a contagem dos passes reinicia do
zero. Durante os passes, todos os participantes da equipe de posse de bola deverão
contar esses passes em voz alta, juntos. O jogador que estiver com posse da bola
não poderá deslocar-se com ela, enquanto todos os outros se deslocarão
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livremente. A equipe que conseguir fazer os vinte passes sem interrupção marcará
um ponto. A atividade terminará por pontos ou por tempo, desde que estipulado
previamente. Vencerá a equipe que somar o maior numero de pontos.
Esta atividade pode ser adaptada para o handebol e para o futsal (neste caso
com os pés).
Aula 5 Quadribol (Silva T.,2010, p.299) -Pré-desportivo para handebol, futsal e basquetebol.
Materiais: dois arcos, frisbee e uma bola de borracha.
O jogo desenvolvido é um inspirado no quadribol, modalidade esportiva praticada
no filme Harry Potter. O recreador divide o grupo em duas equipes. O Objetivo é
marcar o maior número de pontos, conquistados de duas maneiras : acertando as
bolas nos arcos móveis ou pegando o “pomo de ouro” (frisbee).
As equipes são distribuídas em seus respectivos campos de jogo. Um representante
de cada equipe será escolhido para ser o “arco móvel”. Ao sinal de início, as equipes
devem tentar marcar gols nos arcos móveis adversários ou interceptar o pomo de
ouro que é lançando constantemente entre os recreadores. Arremessar a bola entre
o arco vale dois pontos, e interceptar o pomo de ouro vale três pontos. É declarada
vencedora a equipe que marcar o maior numero de pontos em um determinado
tempo.
Nesta atividade vemos um jogo divertido e de estratégia, é importante deixarmos os alunos livres para elaborarem suas estratégias desenvolvendo
desta forma o senso crítico e a percepção.
Aula 6 Basquetebol móvel (Silva T.,2010 p.229) - Pré - desportivo para basquetebol.
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Materiais : dois arcos e bolas .
A turma será dividida em duas equipes ambas com o mesmo número de jogadores.
Cada equipe estará disposta em meia quadra. Um jogador de cada equipe deverá
ficar com o arco acima da cabeça, movimentando-se lateralmente sobre a linha de
fundo da quadra adversária. Ele deverá estar segurando o arco de forma que as
bolas arremessadas passem pelo seu interior, configurando o ponto. Cada equipe
deverá atacar em direção ao arco que corresponde a sua equipe. A equipe
adversária dificultara a passagem da bola pelo arco, interceptando-a. A cada dois
pontos marcados, troca-se o jogador que esta de posse do arco. Ganha a equipe
que fizer o maior número de pontos no tempo determinado pelo recreador.
Aula 7
Galinhas e pintinhos (Cavallari 1994, p.104) -Pré-desportivo para marcação no handebol e basquetebol.
Os participantes, em número de cinco a sete aproximadamente, formarão
uma coluna. Todos segurarão firmemente na cintura do companheiro da frente, para
que seja difícil separarem-se. O primeiro da coluna, a “Galinha”, estará de braços
abertos, para defender seus “Pintinhos”, que serão os companheiros de trás. Um
outro participante, a “Raposa”, estará de frente para a galinha, a uma distancia
aproximadamente de 1 metro. Ao sinal de inicio, dado pelo recreacionista , a raposa
tentará pegar o ultimo pintinho da coluna. Enquanto isso, a galinha tentará proteger
seus pintinhos, movendo-se em direção à raposa e dificultando sua passagem . A
raposa terá que ser rápida em sua movimentação e mudança de direção, tentando
burlar a defesa da galinha. A coluna também não poderá se quebrar, pois será
atingido o intento da raposa. A galinha em nenhuma circunstancia poderá segurar a
raposa.
De acordo com seu interesse, os participantes mudarão as posições
aleatoriamente, até que passem por todas . a atividade prosseguirá enquanto houver
motivação.
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Atividade que trabalha com as noções de marcações individuais, ótima para as
modalidades de Handebol e Basquete. O único cuidado que devemos ter é se os alunos começarem a puxar uns aos outros para caírem . Neste caso deve-se parar a atividade e colocar regras proibindo.
Multiesporte – (adaptado de BROTTO, 2001, p. 145). -Pré-desportivo para as modalidades de futsal, handebol e basquetebol.
É uma combinação de varias modalidades dentro de uma mesma
atividade, handebol, basquetebol, futsal. É um desenvolvido de forma normal, com
regras convencionais, a idéia é circular as três modalidades sucessivamente durante
o tempo da atividade. Combina-se antes a seqüência das modalidades e a cada gol
ou ponto convertido muda-se a bola e a modalidade jogada.
A atividade irá propiciar aos alunos a oportunidade de reorganizarem-se de diferentes formas dentro da quadra, tendo noção de espaço e de forma motivante.
Aula 8 Futsal torre –(Esportes e Jogos Alternativos Rogério Melo, 2011, p.45).
-Pré-desportivo para o futsal
Duas equipes. Um jogador de cada equipe (jogador torre) se coloca
dentro de um arco sobre a linha de fundo da quadra e não pode sair. Os outros
jogadores jogam uma partida onde só será permitido cada jogador dar dois toques
na bola. Se o jogador torre receber um passe de um companheiro, consegue um
ponto. Nesse caso, a bola passa para a equipe contraria.
A atividade pode ser aproveitada para as modalidades de basquete e handebol, pois, possui objetivos de estratégia e deslocamento, que se fazem necessários para à prática dos esportes.
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Futtotó (pebolim) –(Esportes e Jogos Alternativos Rogério Melo, 2011, p.46). -Pré-desportivo para o futsal
Formar duas equipes, cada equipe com um goleiro e os demais,
dividida em dois grupos, ataque e defesa, estes grupos deverão jogar de mãos
dadas, sendo um grupo atacante e outro defensor. Cada grupo ocupará meia
quadra, podendo, a critério do professor, trocar de função.
Nesta atividade podemos usar inúmeras variações, o objetivo é definir as posições em quadra, portanto, é importante que os alunos vivenciem todas as
posições.
5.5 - UNIDADE 4 – GINCANA Na quarta unidade deste caderno pedagógico realizaremos uma gincana
entre os alunos, para tanto, essa atividade será dividida em dois blocos de quatro
horas cada um.
A Gincana é uma coletânea de tarefas e provas a serem disputadas entre
grupos diversos, com o mesmo objetivo final.
Segundo Cavallari (1994) Gincanas são competições caracterizadas por regras fixas , onde há sempre a busca por vitória, podendo conter atividades físicas e/ou mentais, sendo que o caráter lúdico é predominante, e na qual se leva e, conta não apenas a rapidez com que as equipes cumprem as tarefas determinadas, mas também a habilidade com que o fazem. (Cavallari ,1994, p. 66).
O objetivo da gincana é tentar desenvolver o espírito de cooperação,
entrosamento e socialização dos alunos. A estratégia usada será a divisão da turma
em três equipes. Dividida a turma cada equipe poderá convidar outras turmas para
fazerem parte de seu time, envolvendo assim a escola num todos nesta prazerosa
atividade.
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A escola toda é envolvida pela gincana que será motivada pelos alunos do
Ensino Médio onde já fora realizadas as tarefas relacionadas ao lúdico e o jogo. Os
professores das outras disciplinas podem se envolver como jurados ou
organizadores de provas, principalmente as culturais.
Caracterização: cada equipe deverá caracterizar-se de maneira igual para
melhor identificação. A caracterização pode ser feita de diversas formas : por cor,
nome bicho, personagens infantis e outros.
Os tipos de provas da gincana utilizadas serão :
De solicitação : onde o organizador pede coisas difíceis de serem encontradas e
estipula um tempo determinado para entrega. Cultural: com atividades que envolvem perguntas e respostas, nesta etapa a
interdisciplinaridade esta presente.
Esportivas: as tarefas baseiam-se nas modalidades esportivas.
Circuito: é montado um circuito de tarefas de diferentes habilidades e cada um do
grupo cumpre uma tarefa por vez, todos ao mesmo tempo. Quando acabar o tempo
determinado, todos mudam de tarefa e assim sucessivamente.
Rústica: que possui tarefas que colocam nossos alunos em contato direto com a
natureza.
Salão: possui tarefas de habilidades físicas em situações hilariantes, paródias e
situações corriqueiras.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAS
Esperamos que com este caderno pedagógico apresentado possamos
contribuir para a solução de problemas que norteiam nosso dia a dia. O lúdico é um
desses problemas, pois, além de um rompimento dessas atividades no Ensino
Médio, vemos as dificuldades dos professores em trabalhar com recreação, e por
muitas ocasiões a falta de incentivo é predominante para esta situação como
também a atualização dos professores envolvidos no contexto. A própria sociedade
e sua classe dominante que é conceituada segundo a wikipédia como :
Classe dominante é um termo utilizado para designar a classe social que controla o processo econômico e político. Especificamente para a análise marxista, dentro do sistema capitalista, classe dominante corresponde à burguesia, ou seja, refere-se especificamente à classe social detentora dos meios e da capacidade de organizar a produção capitalista, ainda que não necessariamente tenha o controle total do processo de expansão econômica. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_dominante> Acesso em :05 de outubro de 2013.
Na maioria das vezes influenciada pela mídia, vem excluindo as brincadeiras,
tudo porque, o desporto vende mais, material, camisetas, ingressos entre outros se
tornando uma indústria cultural que para Adorno, na Indústria Cultural, tudo se torna
negócio. Enquanto negócios, seus fins comerciais são realizados por meio de
sistemática e programada exploração de bens considerados culturais. (1999)
È papel da escola, por intermédio dos professores, a facilitação ao acesso ao
lúdico, mostrando que podemos sorrir, nos divertir e sentir o prazer de uma atividade
proposta de maneira flexível e incentivadora. Não queremos de maneira alguma
tornar o desporto um inimigo de nossas aulas , pois, ele ocupa um lugar especial nos
nossos planejamentos tendo em vista que o esporte é difundido como uma
ferramenta de combate a drogas e prevenção de doenças e socialização , porém,
abordar as atividades lúdicas torna-se-a prazeroso , pois, nossos alunos
vivenciarão brincadeiras com regras flexibilizadas e até mesmo sem regras
definidas por tempo , mas sim , por motivação por parte deles.
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Por meio da metodologia utilizada, esperamos a participação de nossos
alunos em um trabalho que contribua para a socialização dos alunos envolvidos no
contexto, colaborando na compreensão de sua realidade, ou seja, ausência de
atividades lúdicas.
Esperamos que por meio das aulas de Educação Física visando a
socialização, criemos um ambiente propício e prazeroso para que possamos incluir
tanto os jogos pré desportivos, como os jogos cooperativos em nossas aulas, não
somente, pelo ato de jogar , mas, pelo resgate de valores que nos dias atuais vem
deixando de serem praticados , exercitando o principio da ajuda ao próximo e a
sensibilização que não somos sozinhos. Com os jogos pré desportivos traremos a as
modalidades desportivas, porém, com uma visão lúdica e flexível destas atividades,
o que de maneira natural fará com que os alunos façam a modalidade, iniciando os
fundamentos e algumas regras de maneira natural e significativa, sem o
compromisso de competir, e o que é pior a obrigação de vencer.
Sabemos que este trabalho não é a solução de todos os problemas
encontrados no contexto escolar enquanto ação pedagógica, mas que , pelo menos
oriente e contribua para o crescimento pedagógico de nossos professores, pois,só
quem tem a ganhar com isso são nossos alunos.
7- REFERÊNCIAS
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Paulo: Nova Cultura,1999 . (Os Pensadores) .
BRACHT, V. Esporte na escola e esporte de rendimento. Rev. Movimento -
Ano VI - Nº 12 - 2000/1.
BRANDÃO, Heliano. O livro dos jogos e das brincadeiras para todas as
idades. Belo Horizonte: Ed. Leitura, 1997.
BROTTO, Fabio Otuzi. Jogos Cooperativos: O jogo e o Esporte como um
Exercício de Convivência . Editora Projeto Cooperação.São Paulo . 2001.
CARNEIRO, Simone Cristina Iubel.JogosI/Curitiba:Expoente,2003.
37
CAVALLARI, Vinicius Ricardo; ZACHARIAS, Vani. Trabalhando com
recreação. 2ªedição, São Paulo Ícone, 1994
CIVITATE, Hector Pedro Oscar. Jogos recreativos para clubes, academias,
hotéis, acampamentos, spas e colônia de férias. Rio de Janeiro: Ed.
Sprint, 1999.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. 2
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ELIAS, N. A gênese do desporto: um problema sociológico. In: A busca
da excitação. Tradução: Maria Manuela Almeida e Silva. Lisboa: Difel, 1992.
p.187-221.
FARIA, Anália Rodrigues de. O desenvolvimento da criança e do adolescente segundo Piaget. Ed. Ática, 3º edição, 1995.
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GUEDES, J. E. R. P.; GUEDES, D. P. Características dos Programas de
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HUIZINGA, J. Homo Luddens: o jogo como elemento da cultura. São
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Artigo de revista (impressa)
Sites Consultados:
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_dominante> Acesso em :05 de outubro
de 2013.