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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

APRENDER MATEMÁTICA JOGANDO

Siqueira, R. A. N.1

Szezech Jr, D.2

Resumo

Este trabalho tem como objeto de estudo as principais Tendências Metodológicas em Educação Matemática da atualidade e sua aplicação objetivando aprimorar o ensino e a aprendizagem em sala de aula, presentes nas diretrizes curriculares de Matemática, ampliadas com a inclusão dos Jogos para uma abordagem pedagógica que se adapte a esta realidade tecnológica. Será enfatizado como recurso didático os Jogos Matemáticos nas séries finais do Ensino Fundamental. Os Jogos Matemáticos são de fundamental importância para a Educação Matemática. Por meio dos Jogos Matemáticos é possível tornar as atividades escolares mais atraentes e ainda estimular o raciocínio lógico dos alunos. Contudo, é necessário que o uso dos Jogos Matemáticos tenha objetivos bem definidos pelos professores. Embora o trabalho com Jogos Matemáticos possa ser utilizado em qualquer momento, deve-se ter definido a forma e o tipo de jogo apropriado para o momento. Neste trabalho será proposto a construção de Jogos Matemáticos, bem como a aplicação dos mesmos em sala de aula nas séries finais do Ensino Fundamental.

Palavras-chave: Ensino Fundamental. Tendências Metodológicas em Educação Matemática. Jogos

Matemáticos.

INTRODUÇÃO

Com o mundo globalizado e o desenvolvimento das tecnologias ocorrem

mudanças no comportamento da sociedade. Essas mudanças também se refletem

nas salas de aula. Torna-se cada vez mais difícil despertar nos alunos, os quais

vivem numa sociedade amplamente tecnológica, o interesse por aulas cuja

metodologia baseia-se em exposição oral e têm como único recurso o quadro de giz.

Este trabalho tem como objeto de estudo as principais Tendências

Metodológicas em Educação Matemática da atualidade e sua aplicação objetivando

aprimorar o ensino e a aprendizagem em sala de aula, presentes nas diretrizes

curriculares de Matemática, ampliadas com a inclusão dos Jogos para uma

abordagem pedagógica que se adapte a esta nova realidade tecnológica. Será

enfatizado como recurso didático os Jogos Matemáticos nas séries finais do Ensino

Fundamental. Os Jogos Matemáticos são de fundamental importância para a

1Professor PDE. 2Professor Orientador - UEPG.

Educação Matemática. Por meio dos Jogos Matemáticos é possível tornar as

atividades escolares mais atraentes e ainda estimular o raciocínio lógico dos alunos.

Contudo, é necessário que o uso dos Jogos Matemáticos tenha objetivos bem

definidos pelos professores. Embora o trabalho com Jogos Matemáticos possa ser

utilizado em qualquer momento, deve-se ter definido o momento, a forma e o tipo de

jogo apropriado para o momento.

1. TENDÊNCIAS METODOLÓGICAS DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica - DCEB propõe-se articular

os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos em relações de

interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonar

abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em

patamares distintos e sem vínculo (DCEB, 2008).

De acordo com as DCEB, existem publicadas e entendidas como tal, seis

tendências para o ensino da Matemática que propiciam um trabalho ativo por parte

do educando, que desperta o interesse desse educando pelas aulas, das quais

destaca-se:

• resolução de problemas;

• modelagem matemática;

• mídias tecnológicas;

• etnomatemática;

• história da matemática;

• investigações matemáticas.

Estas tendências foram ampliadas com a inclusão dos Jogos afim de propiciar

uma abordagem pedagógica mais atrativa aos alunos, despertando maior interesse

pelas aulas. O uso dos Jogos no Ensino de Matemática pode ser considerado

didaticamente como estratégia de ensino e também como Tendência da Educação

Matemática, assim como a História da Matemática, a Etnomatemática, a

Modelagem, a Resolução de Problemas, Tecnologias e Investigação.

Será enfatizado a História da Matemática fazendo uso do Jogo Matemático

como recurso didático para estratégia de Ensino.

História da Matemática

A História da Matemática, é uma tendência da Educação Matemática bastante

interessante. Ela permite compreender a origem das idéias que deram forma à

cultura e observar também os aspectos humanos do seu desenvolvimento, como por

exemplo, os homens que criaram essas idéias e estudar as circunstâncias em que

elas se desenvolveram.

Existem propostas de que a História da Matemática ministrada nas escolas

deve ser a contada nos livros de “História da Matemática”. Existem ainda, correntes

que definem que essa História da Matemática foi contada por matemáticos, e o

correto deveria ser a contada por historiador. Há também a metodologia de que no

espaço escolar não se deve apresentar a História da Matemática, mas que a mesma

deve ser construída a partir da formulação dos conceitos.

Segundo Siqueira (2007), é nítido que a História é um valioso instrumento

para o ensino-aprendizagem da Matemática. Por ela, pode-se entender porque cada

conceito foi introduzido na Matemática e que, na verdade, ele sempre foi algo natural

no seu momento. Permite também estabelecer conexões com a História, a Filosofia,

a Geografia e várias outras manifestações da cultura.

A História da Matemática visa a construção histórica do conhecimento

matemático de forma a contribuir com uma melhor compreensão da evolução do

conceito, dando ênfase às dificuldades epistemológicas inerentes ao conceito que

está sendo desenvolvido. Conhecendo a História da Matemática é possível perceber

que as teorias que hoje aparecem acabadas e elegantes resultaram sempre de

desafios que os matemáticos enfrentaram, que foram desenvolvidas com grande

esforço e, quase sempre, numa ordem bem diferente daquela em que são

apresentadas após todo o processo de descoberta.

Segundo Pinheiro (2005), para que o educando possa compreender como a

Matemática ajuda a modelar a realidade por ele vivenciada, entender, analisar e

resolver os problemas nela existentes é preciso que ele também possa concebê-la

como um conhecimento construído por essa mesma sociedade na qual ele atua.

A História da Matemática possibilita o educando entender a Matemática como

um conhecimento em construção, com erros e acertos e não com verdades

absolutas de forma acabada e elegante. A História da Matemática ainda apresenta-

se importante para reforçar o caráter dinâmico do conhecimento matemático e,

assim, permitir que os educandos realizem conexões entre os conhecimentos. A

ênfase ao contexto histórico atua como uma proposta metodológica que, entre

outros objetivos, motiva o educando a descobrir a origem dos conceitos e métodos

que aprenderá em sala de aula, possibilitando-lhe, dessa forma, relacionar as idéias

matemáticas vistas em sala de aula com suas origens na sociedade.

A História da Matemática permite a contextualização do saber, mostrando que

seus conceitos e algoritmos aparecem numa época histórica, dentro de um contexto

social e político. Nesse sentido, a Matemática passa a ser entendida pelo educando,

como um saber que tem significado, construído pelo homem para auxiliá-lo em sua

prática.

Como conhecimento em geral, a matemática é resposta às preocupações do homem com a sobrevivência e a busca de novas tecnologias, que sintetizam as questões existenciais da vida. Ou seja, é a necessidade que leva o homem a aprender mais, sendo que a matemática não pode estar desvinculada desse processo evolutivo (PINHEIRO, 2005, p. 74).

Ainda, segundo Pinheiro (2005), o conhecimento sobre a História da

Matemática deveria ser parte indispensável de todos os graus de ensino, seja ele

fundamental, médio ou superior. Tal necessidade não se caracteriza pelo fato de,

assim poder proporcionar um ensino motivador e mais agradável aos educandos,

mas principalmente porque a História pode proporcionar uma visão crítica e reflexiva

da Matemática, uma vez que a imagem que os educandos possuem dessa disciplina

tende a estar desvinculada da realidade.

Ao compreender como a Matemática se desenvolveu, como ela influencia

outros conhecimentos e também sofre a influência deles, o educando poderá

também compreender melhor as dificuldades do homem na elaboração das idéias

matemáticas. Dessa forma, a História da Matemática poderá proporcionar ao

educando uma visão dinâmica da evolução da Matemática na ciência, na tecnologia

e na sociedade.

A História da Matemática possibilita, também, perceber que a Matemática é

um conjunto de conhecimentos em contínua evolução e que desempenha um

importante papel na formação do educando. A perspectiva histórica permite a inter-

relação com outros conhecimentos, de forma que os educandos possam observar

por que eles surgiram e qual a necessidade de desenvolver determinados modelos,

tornando a Matemática desafiadora.

Jogos

Para Melo & Sardinha (2009) os jogos sempre estiveram presentes na vida

cultural dos povos, sendo de grande importância para o ser humano, de qualquer

idade. Desde muito cedo as crianças aprendem a brincar e isso _e importante para

elas, pois as brincadeiras e os jogos estão relacionados ao seu universo e idade, o

que possibilita o início do desenvolvimento de suas habilidades.

O jogo deve ser educativo e permitir a aprendizagem de conceitos

matemáticos e culturais. Nesse contexto Desplanches & Santos (2008) afirmam que

o jogo deve ser assumido com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução

de problemas, possibilitando ao aluno condição de planejar ação para atingir

determinados objetivos e de poder avaliar a eficácia nos resultados obtidos. A

importância do jogo está nas possibilidades de aproximar o aluno do conhecimento

científico, levando-o a vivenciar "virtualmente" situações de solução de problemas

que o aproximem da realidade muitas vezes vividas por ele ou por outras pessoas.

Ao optar pelo jogo como estratégia de ensino, o professor o faz com uma

intenção: propiciar a aprendizagem. E ao fazer isto tem como propósito o ensino de

um conteúdo ou de uma habilidade. Dessa forma, o jogo escolhido deverá permitir o

cumprimento deste objetivo. Para Moura, o jogo para ensinar Matemática deve

cumprir o papel de auxiliar no ensino do conteúdo, propiciar a aquisição de

habilidades, permitir o desenvolvimento operatório do sujeito e, mais, estar

perfeitamente localizado no processo que leva a criança do conhecimento primeiro

ao conhecimento elaborado.

É fundamental proporcionar aos alunos atividades em que estes confrontem

os conhecimentos. É nestes confrontos que eles vão construindo novos saberes,

ampliando os seus conhecimentos. Para Sa & Zenhas (2004), o jogo é uma

experiência de aprendizagem que, pelo seu caráter motivador, deveria estar mais

presente na aula de Matemática.

Por meio de atividades com jogos, os alunos vão adquirindo autoconfiança,

são incentivados a questionar e corrigir suas ações, analisar e comparar pontos de

vista, organizar e cuidar dos materiais utilizados. Outro motivo que justifica valorizar

a participação do sujeito na construção do seu próprio saber é a possibilidade de

desenvolver seu raciocínio.

Para Silva & Kodama (2004), os jogos são instrumentos para exercitar e

estimular um agir-pensar com lógica e critério, condições para jogar bem e ter um

bom desempenho escolar.

2. APRENDER MATEMÁTICA JOGANDO

O estudo da equação do segundo grau resulta, tradicionalmente, à conhecida

fórmula a

acbbx

2

42 −±−= para resolução de equações na forma geral

02 =++ cbxax . Em muitos casos, é associado essa fórmula ao nome de um

importante matemático hindu do século XII - Bhaskara. É difícil estabelecer a origem

exata dessa associação, entretanto essa relação é exclusiva do ensino de

Matemática no Brasil. Segundo historiadores da Matemática, Bhaskara, em duas de

suas obras, apresenta e resolve diversos problemas envolvendo equações do

segundo grau.

Segundo Celestino & Pacheco (2013), a partir do início do século IX,

matemáticos árabes já haviam se empenhado na resolução de equações do

segundo grau, cujos procedimentos utilizaram álgebra e geometria dos gregos, e,

em decorrência, fórmulas específicas para tipos diferentes de equação surgiram.

Contudo, o aparecimento de uma fórmula geral para se obter as raízes de uma

equação do segundo grau ocorreu por volta do final do século XVI.

Segundo Eves (1997), em textos babilônicos, escritos há cerca de 4000 anos,

encontram-se descrições de procedimentos para resolução de problemas

envolvendo equações do segundo grau.

Os escribas da Babilônia resolviam muitas equações do 2º grau que podiam

ser expressas na forma:

cbxx =−2 .

Mas a resolução vinha sempre gravada na tabuleta sem nenhuma explicação,

seguindo fielmente esta fórmula:

22

2b

cb

x ++

=

obtida do seguinte modo:

22

22

22

22

2

2

22

22

2

2

bc

bx

bc

bx

bc

bx

bc

bbxx

cbxx

++

=

+=−

+=

+=

+−

=−

Desde a antiguidade, a Matemática tem alcançado grandes progressos, que facilitaram os cálculos e possibilitaram resultados rápidos e precisos. No entanto, essa precisão já era obtida pelos matemáticos antigos, que contavam apenas com sua inteligência e intuição. Por isso, cada vez mais nos admira a enorme habilidade dos matemáticos da Antiguidade. (GUELLI, 1994)

O estudo das equações de segundo grau se dará por meio das atividades

descritas na sequência.

3. ATIVIDADES

1º momento: Apresentação da unidade didática

Duração: 1 aula.

Objetivo: Apresentar e divulgar o trabalho de pesquisa realizado no programa de

desenvolvimento educacional - PDE

Para se iniciar o desenvolvimento do Projeto, será realizado encontro com a

Direção e Equipe Pedagógica da Escola, a fim de apresentar a Produção Didática

Pedagógica, a ser implementada na escola, durante o primeiro semestre. Durante o

encontro, a professora PDE apresentará a proposta a ser desenvolvida, bem como o

seu objetivo, evidenciando pontos referentes a produção didático pedagógica que

nortearão o desenvolvimento da pesquisa, que foca o tema Avaliação em

Matemática, enfatizando o uso de jogos durante as aulas como instrumentos de

aprendizagem.

2º momento: Dinâmica de grupo

Duração: 2 aulas.

Objetivo: Socializar e promover a interação entre os educandos.

Cada aluno recebe uma cartela ao entrar na sala. O professor se apresenta

brevemente e, em seguida, combina o programa didático, definindo regras a serem

cumpridas durante o ano letivo. Após propõe o jogo, para que os alunos possam se

conhecer.

Atividade: Dinâmica - Bingo das equações de 1º grau

Material: cartelas e canetas

Regras: - Participação de todos.

- Cada aluno pode assinar somente uma vez cada cartela.

Desenvolvimento: Todos os alunos devem participar. Os alunos devem completar

suas cartelas com assinaturas dos colegas que possuem o resultado da equação

proposta na cartela. O primeiro aluno a completar a cartela será o vencedor. O

professor poderá conferir a cartela corrigindo as equações e revisando conteúdos.

NOME:_____________________

065 =+− x 086 =+− x 01875 =−− x 0127 =+− x 01012 =+− x

049 =−x 0128 =+− x 962 =− xx 01610 =+x xx =+− 910

0107 =+x 0168 =+x 18124 =+x xx 3158 =+ 7149 +=+ xx

063 =+x 048 =+x 084 =+− x 0124 =−x xx 3189 =+−

xx =− 45 082 =−x 062 =+x 0357 =−− x 0283 =−− xx

Após concluída a dinâmica em grupo, a professora explicará para a turma como será

desenvolvida as atividades da Produção Didática da professora PDE, a ser realizada

no período de fevereiro a junho de 2014.

3º momento: Avaliação Diagnóstica

Duração: 2 aulas.

Objetivo: Analisar a partir de um instrumento avaliativo os conhecimentos prévios

dos alunos sobre resolução de equações, para obter um diagnóstico da

aprendizagem destes conteúdos, visando ações pedagógicas de intervenções e

revisões.

Conteúdo estruturante: Números e álgebra

Conteúdo Básico: Equações

4º momento: Vídeo: Equação Quadrática, Raízes de uma função quadrática e

Bhaskara.

Duração: 2 aulas.

Objetivo: Estabelecer relações entre as situações apresentadas no vídeo com o seu

cotidiano, refletindo sobre a importância da Matemática em sua vida.

Atividade: Filme

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=BmuWuMJZlQs

Sinopse: Relaciona a História da Matemática e a necessidade de resolver equações

do 2º grau.

5º momento: Pesquisa

Duração: 2 aulas.

Objetivo: Descobrir como surgiu a equação do 2º grau, qual sua importância e onde

é utilizada.

Atividade: Responder as questões

- Como surgiu a equação do 2º grau?

- Qual sua importância?

- Onde ela é utilizada?

6º momento: Conteúdo

Duração: 4 aulas.

Objetivo: Desenvolver o conteúdo explicando a resolução de equações do 2º grau.

Denomina-se equação do 2° grau, qualquer sentença matemática que possa ser

reduzida à forma 02 =++ cbxax , onde x é a incógnita e a , b e c são números

reais, com 0≠a . a , b e c são coeficientes da equação. Observe que o maior índice

da incógnita na equação é igual a dois e é isto que a define como sendo uma

equação do segundo grau.

• Equação do 2° grau completa e equação do 2° grau incompleta

Da definição acima temos obrigatoriamente que 0≠a , no entanto podemos ter 0=b

e/ou 0=c .

Caso 0≠b e 0≠c , temos uma equação do 2° grau completa. A sentença

matemática 0532 2 =−+− xx é um exemplo de equação do 2° grau completa, pois

temos 3=b e 5−=c , que são diferentes de zero.

072 =+− x é um exemplo de equação do 2° grau incompleta, pois 0=b .

Neste outro exemplo, 043 2 =− xx a equação é incompleta, pois 0=c .

Veja este último exemplo de equação do 2° grau incompleta, 08 2 =x , onde tanto b ,

quanto c são iguais a zero.

• Resolução de equações do 2° grau

A resolução de uma equação do segundo grau consiste em obtermos os possíveis

valores reais para a incógnita, que torne a sentença matemática uma equação

verdadeira. Tais valores são a raiz da equação.

Fórmula Geral de Resolução

Para a resolução de uma equação do segundo grau completa ou incompleta,

podemos recorrer à fórmula geral de resolução:

a

acbbx

2

42 −±−=

Esta fórmula também é conhecida como fórmula de Bhaskara.

O valor acb 42 − é conhecido como discriminante da equação e é representado pela

letra grega ∆ . Temos então que acb 42 −=∆ , o que nos permitir escrever a fórmula

geral de resolução como:

a

bx

2

∆±−=

• Resolução de equações do 2° grau incompletas

Para a resolução de equações incompletas podemos recorrer a certos artifícios.

Vejamos:

Para o caso de apenas 0=b temos:

a

cx

a

cxcax

caxcxaxcbxax

−±=⇒−=⇒−=⇒

⇒=+⇒=++⇒=++

22

222 0000

Portanto para equações do tipo 02 =+ cax , onde 0=b , podemos utilizar a fórmula

simplificada para calcularmos as suas raízes. Observe no entanto que a equação só

possuirá raízes no conjunto dos números reais se

+⇒=+

=⇒

⇒=++

axx

bax

x

axcbxax22

0

0

Para o caso de apenas c

Portanto para equações do tipo

será igual a zero e a outra será dada pela fórmula

Para o caso de 0=b e c

Podemos notar que ao contrário dos dois casos anteriores, neste caso temos

apenas uma única raiz real, que será sempre igual a zero.

• Discriminante da equação do 2° grau

O cálculo do valor do discriminante é muito importante, pois através deste valor

podemos determinar o número de raízes de uma equação do segundo grau.

Como visto acima, o discriminante é representado pela letra grega

expressão acb 42 − , isto é:

Discriminante menor que zero

Caso 0<∆ , a equação não tem raízes reais, pois neste caso não existe

−=⇒=++ xcbxax 02

Discriminante igual a zero

Caso 0=∆ , a equação tem duas raízes reais e iguais, pois

xcbxax 02 =⇒=++

Discriminante maior que zero

Caso 0>∆ , a equação tem duas raízes reais e diferentes, pois

=⇒=++ xcbxax 02

Exemplo de resolução de uma equação do segundo grau

Encontre as raízes da equação:

⇒−=⇒−=⇒=

=⇒=⇒+

=

+⇒=+⇒=++

xa

bxbaxb

xxbax

axxbxaxbx

2

1

2

0

000

(000

0=c temos:

Portanto para equações do tipo 02 =+ bxax , onde 0=c , uma das raízes sempre

será igual a zero e a outra será dada pela fórmula .

0=c temos: a

bx −=

Podemos notar que ao contrário dos dois casos anteriores, neste caso temos

apenas uma única raiz real, que será sempre igual a zero.

Discriminante da equação do 2° grau

alor do discriminante é muito importante, pois através deste valor

podemos determinar o número de raízes de uma equação do segundo grau.

Como visto acima, o discriminante é representado pela letra grega

, isto é: acb 42 −=∆ .

Discriminante menor que zero

, a equação não tem raízes reais, pois neste caso não existe

ℜ∈⇒∆±−

xexisteoana

b ~

2

Discriminante igual a zero

, a equação tem duas raízes reais e iguais, pois ∆+

a

bx

a

b

22

−=⇒

∆±−

Discriminante maior que zero

, a equação tem duas raízes reais e diferentes, pois +

∆−−

∆+−

=⇒∆±−

=

a

b

a

b

xa

b

2

22

Exemplo de resolução de uma equação do segundo grau

aízes da equação: 05662 2 =−− xx

−=

⇒=+

a

b

b 0)

, uma das raízes sempre

Podemos notar que ao contrário dos dois casos anteriores, neste caso temos

alor do discriminante é muito importante, pois através deste valor

podemos determinar o número de raízes de uma equação do segundo grau.

Como visto acima, o discriminante é representado pela letra grega ∆ e equivale à

, a equação não tem raízes reais, pois neste caso não existe ℜ∈∆ :

0=∆−=∆ :

∆−≠∆+ :

Aplicando a fórmula geral de resolução à equação temos:

−=

−=

−=

=+

=+

=

=⇒=−−

4

226

4

48464

226

4

4846

05662 2

x

x

xxx

Logo:

As raízes da equação 2x

7º momento: Jogo

Duração: 4 aulas.

Objetivo: Fixar o conteúdo abordado com um jogo semelhante a um bingo. Para

tanto os alunos deverão resolver as equações de 2º grau da sua cartela.

Atividade: Dinâmica - Bingo das equações de 2º grau

Material: cartelas e canetas

Regras: - Participação de todos.

- Cada aluno pode assinar somente uma vez cada cartela.

Desenvolvimento: Todos os alunos devem participar.

suas cartelas com assinaturas dos colegas que possuem o resultado da equação

proposta na cartela. O primeiro aluno a completar a ca

professor poderá conferir a cartela corrigindo as equações e revisando conteúdos.

NOME:_____________________

0652 =+− xx 62 +− xx

0492 =−x 82 +− xx

01072 =+− xx

123 2 − xx

0693 2 =+− xx

84 2 − xx

0452 =+− xx 22 −− xx

Aplicando a fórmula geral de resolução à equação temos:

−=−

==

⇒−−−±−−

=

44

16

74

28

2.2

)56.(2.4)6()6( 2

05662 =−− xx são: -4 e 7.

conteúdo abordado com um jogo semelhante a um bingo. Para

tanto os alunos deverão resolver as equações de 2º grau da sua cartela.

Bingo das equações de 2º grau

cartelas e canetas

Participação de todos.

luno pode assinar somente uma vez cada cartela.

Desenvolvimento: Todos os alunos devem participar. Os alunos devem completar

suas cartelas com assinaturas dos colegas que possuem o resultado da equação

proposta na cartela. O primeiro aluno a completar a cartela será o vencedor. O

professor poderá conferir a cartela corrigindo as equações e revisando conteúdos.

08 =+ 01872 =−− xx 1272 =+− xx

012 =+ 062 2 =− xx 16102 =++ xx

09 =+x 012142 2 =+− xx

1582 =++ xx

04 =+ 0892 =+− xx 1242 =−− xx

08 =− 0652 =++ xx 3522 =−+ xx

conteúdo abordado com um jogo semelhante a um bingo. Para

tanto os alunos deverão resolver as equações de 2º grau da sua cartela.

luno pode assinar somente uma vez cada cartela.

Os alunos devem completar

suas cartelas com assinaturas dos colegas que possuem o resultado da equação

rtela será o vencedor. O

professor poderá conferir a cartela corrigindo as equações e revisando conteúdos.

0 010122 2 =+− xx

0= 09102 =+− xx

0 01492 =++ xx

0 01892 =+− xx

0= 02832 =−− xx

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabe-se que o sucesso no processo educacional depende da transposição

dos obstáculos e desafios impostos aos docentes nos dias de hoje. Uma das formas

de alcançar esse sucesso é através da exploração do cotidiano do discente trazendo

para a sala de aula a realidade dos mesmos. Dessa forma, ensinar matemática por

meio de jogos pode auxiliar com um olhar mais contextualizado, já que vivencia-se a

prática de conceitos matemáticos em atividades que os alunos sentem prazer em

realizar.

Dessa forma, este projeto PDE-2013 foi pensado, elaborado e implementado

na Escola Halia T. Gruba que funciona junto ao CAIC - UEPG, com o objetivo maior

de prestar auxílio aos discentes do Ensino Fundamental na organização de seus

conteúdos teóricos e aplicação na prática dos Jogos Matemáticos. Assim, durante as

aulas, apresentou-se o conteúdo de Equações do 2º grau como uma importante

ferramenta na resolução de problemas e indispensável para exeutar a prática dos

jogos.

Observou-se, durante a implementação, que a necessidade da abordagem

dos conteúdos da maneira como foi proposta no projeto e estruturada na unidade

pedagógica, foi realmente, ao encontro dos anseios do público alvo. Essa

constatação deu-se em razão da observância pelo interesse e participação dos

discentes em cada etapa do processo desenvolvido. Apesar de não haver

mensuração, coleta de dados e avaliação dos conceitos, da maneira

tradicionalmente trabalhada em sala de aula, é possível afirmar, com convicção, que

o objetivo deste projeto foi alçancado na sua totalidade.

Portanto, o ensino da matemática por meio de jogos, compreendida e aceita

em seu funcionamento, pôde servir de auxílio a pesquisadora em sua prática de

ensino, tornando-a mais consciente. Por outro lado, o interesse dos discentes, pelas

equações do 2ºgrau tornou o aprendizado desse conteúdo, significativo para os

mesmos. Sendo assim, a prática explanada neste trabalho, mostra a importância do

ensino consciente e centrado no educando.

REFERÊNCIAS

CELESTINO, K. G., PACHECO, E. R. Bhaskara: Algumas evidências. Disponível em: <www.>, acesso em 10 de out. 2013. DESPLANCHES, A. J., SANTOS, M. A. O jogo na educação matemática. Tuiuti: Ciência e Cultura, 2008. EVES, Howard Whitley. Introdução à história da Matemática. Campinas: Unicamp, 1997. GUELLI, Oscar. Contando a História da Matemática. História da Equação do 2º grau. São Paulo, Ática, 1994. GOVERNO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Matemática. Paraná, 2008. MELO, S. A., SARDINHA, M. O. B. Jogos no ensino aprendizagem de Matemática: uma estratégia para aulas mais dinâmicas. Revista Fapciência, Apucarana-PR, ISSN 1984-2333, v.4, n. 2, p. 5-15, 2009. MOURA, M. O. O jogo e a construção do conhecimento matemático. Labrimp da Feusp. Faculdade de Educação da USP. PINHEIRO, N. A. M. Educação critíco-reflexiva para um ensino médio cientifico-tecnologico: a contribuição do enfoque CTS para o ensino-aprendizagem do conhecimento matemático. Tese (Doutorado em educação Cientifica e Tecnológica) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. 306 p. SA, A. C., ZENHAS, M. G. Um jogo na aula de matemática. Educação e Matemática, n. 76, p. 5-8, 2004. SILVA, A. F., KODAMA, H. M. Y. Jogos no ensino da matemática. II Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática, UFBa, 2004. SIQUEIRA, R. A. N. Tendências da educação matemática na formação de professores. Monografia (Especialização em Educação Científica e Tecnológica) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa. Departamento de Pesquisa e Pós-Graduação. Ponta Grossa, 2007.