os desafios da escola pÚblica paranaense na perspectiva do ...€¦ · 1. apresentação 4 2....

49
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

Upload: others

Post on 23-Jun-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Page 2: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

1

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

UNESPAR - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ

CAMPUS PARANAVAÍ

PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: UNIDADE

DIDÁTICA

CONSELHO DE CLASSE: INSTRUMENTO DE QUALIFICAÇÃO DO

PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

SANDRA REGINA MECCA

PARANAVAÍ,

Page 3: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

2

2013

SANDRA REGINA MECCA

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: UNIDADE

DIDÁTICA

CONSELHO DE CLASSE: INSTRUMENTO DE QUALIFICAÇÃO DO

PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

Produção didático-pedagógica apresentado à Secretaria de estado da Educação - SEED como requisito parcial de participação no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE na Área de Pedagogia, sob a orientação da professora Cássia Regina Dias Pereira.

PARANAVAÍ,

2013

Page 4: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

3

SUMÁRIO

1. Apresentação 4

2. Introdução 5

3. Identificação 7

4. 1º Encontro: O papel do Conselho de Classe como órgão

colegiado. 9

5. 2º Encontro: A gestão democrática e o Conselho de Classe. 20

6. 3º Encontro: A prática pedagógica e o ensino aprendizagem. 32

7. 4º Encontro: A Avaliação. 41

Page 5: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

4

APRESENTAÇÃO

Caros educadores.

Apresento-lhes esta produção que advêm do trabalho realizado no Programa

de Desenvolvimento Educacional PDE- Constituído como Capacitação continuada

aos professores da Rede Pública de Ensino Fundamental e Médio do Estado do

Paraná.

A produção contém textos de fundamentação teórica com estudos realizados

sobre Conselho de Classe como instrumento de qualificação do processo ensino

aprendizagem, buscando a melhoria do processo educativo e a oferta de um ensino

de qualidade.

Este material oferece subsídios para o projeto de intervenção que ocorrerá no

primeiro semestre de 2014, por intermédio de um curso d extensão com certificação

pela UNESPAR- FAFIPA, para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont –

EFM.

A escolha desse tema se deu a fim de mostrar as possibilidades de mudanças

para superar essa visão equivocada que permeia as reuniões de Conselho de

Classe, sempre apresentando características mais burocráticas que reflexivas,

perdendo a função real de instância coletiva de avaliação do processo de

ensino/aprendizagem.

O trabalho visa promover um novo olhar sobre Conselho de Classe para que

não perca sua real função de instrumento de qualificação do processo ensino

aprendizagem criando possibilidades de transformação, valorização, reorganização

e a partir daí acontecer uma nova caracterização desse colégiado gerando mudança

e melhorias no ensinar e no aprender.

Bom estudo a todos

Sandra Regina Mecca

Page 6: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

5

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem a finalidade de propor momentos de reflexão através

de leituras críticas de estudiosos da área, confrontando a teoria e a prática atual do

Conselho de Classe do Colégio Estadual Santos Dumont- EFM.

A finalidade é reconhecer o Conselho de Classe como um órgão democrático

e integrador que reúne todos envolvidos no processo educacional, para construção

coletiva de caminhos que superem a distância que ocorre entre a teoria e a prática

de ensino, oportunizando ao educando a superação dos problemas e das

dificuldades relacionadas ao processo ensino/aprendizagem.

Porém o que se percebe é que muitos profissionais envolvidos no processo

educacional demonstram ter uma visão equivocada sobre o Conselho de Classe, e

ainda vêem esse momento como um julgamento do aluno, em questões

disciplinares, conferência de nota, problemas familiares, sem ater-se a

individualidade de cada um, não há questionamento da prática pedagógica do

professor, levando-se em consideração apenas a validação da imagem já construída

com relação ao aluno.

O Conselho de Classe diante de suas atribuições deverá ser conduzido para

mudanças que resgate seu conceito, seu objetivo, sua organização e

funcionamento, para compreender melhor a importância que o mesmo tem no

processo de ensino/aprendizagem e as suas implicações na vida do aluno.

Em um Conselho de Classe, conceitos e notas servem para diagnóstico do

aluno, como instrumento e não finalidade do processo educativo.

O Conselho de Classe faz a parte do processo avaliativa da escola, que

auxilia para discutir a função do professor, do aluno, da direção, dos pedagogos e

dos pais, assim oferece oportunidade de rever práticas pedagógicas procurando

encontrar mecanismos para facilitar o bom desempenho do ensino/ aprendizagem.

Conforme afirma Dalben (2006, p.56):

Page 7: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

6

Na gestão democrática todos são chamados a pensar, avaliar e agir coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações educativas, percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnostico do conhecimento e das possibilidades do contexto. Nesse trajeto, a equipe de profissionais vai traçando os objetivos que nortearão a construção das ações cotidianas, encontrando sua forma original de trabalho. Essa travessia permite a cada escola a construção coletiva de sua identidade.

A construção deste Material Didático propõe que a prática do Conselho de

Classe vivenciada na escola seja reflexiva, enfatizando a importância da

organização do mesmo, discutindo e propondo encaminhamentos que superem a

visão classificatória com práticas excludentes e favoreça ações pedagógicas

centradas no processo de ensino/aprendizagem.

A LDBN 9394/96, em seus artigos 14 e 15, trás junto com a autonomia a idéia

de gestão colegiada, abrindo especo para iniciativa e participação interna e externa

da escola e garante uma educação de qualidade, com importância social. Dessa

forma promove a descentralização e vivencia a democracia no cotidiano da escola.

Com isso, compreende-se que através da descentralização do poder abre-se

espaço à autonomia e permite a prática da gestão democrática e a escola passa a

ser um instrumento com intenção política e pedagógica em defesa dos interesses

coletivos.

Pensando na melhoria de qualidade da prática pedagógica na escola em

questão, mais especificamente nos eixos que direta ou indiretamente influenciam no

desenvolvimento do Conselho de Classe e que compromete a qualidade do

ensino/aprendizagem.

Dessa forma, a presente proposta está organizada com unidades de estudos

e reflexão. É composta por quatro unidades, cada uma delas trata de um tema

específico composto por textos reflexivos direcionados para o grupo de educadores.

Cada unidade contemplará conceitos básicos sobre: Conselho de Classe, Avaliação,

Gestão Democrática e Prática Pedagógica do Professor.

O material apresentado pretende analisar e apontar fatores que interferem na

prática do Conselho de Classe que prejudicam a qualidade do trabalho do professor,

atuação do pedagogo e principalmente a aprendizagem do aluno. E fazer reflexão e

Page 8: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

7

aprofundamento destes temas para criar alternativas possíveis para o enfrentamento

e/ ou superação dos problemas e buscar um ensino de qualidade.

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

1. IDENTIFICAÇÃO

1.1. ÁREA: Pedagogia

1.2. PROFESSOR PDE: Sandra Regina Mecca

1.3. PROFESSOR ORIENTADOR: Cássia Regina Dias Pereira

2. TIPO DE MATERIAL DIDÁTICO: Unidade didática

3. TEMA DO MATERIAL DIDÁTICO: Formação continuada dos educadores

do Colégio Estadual Santos Dumont- EFM.

4. TÍTULO: Conselho de Classe: Instrumento de qualificação do Ensino

Aprendizagem

5. JUSTIFICATIVA:

O Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE, traduz a intenção da

Secretaria de Estado da Educação em promover uma formação permanentes dos

educadores, de forma que os saberes produzidos histórica e socialmente, através de

estudos e pesquisas, ganhem capilaridade em todas as escolas públicas do Paraná.

A proposta deste material é Formação Continua dos Docentes do Colégio

Estadual Santos Dumont- EFM, levando maior formação teórica que propicie a

compreensão da realidade da escola.

6. OBJETIVOS:

Page 9: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

8

Propiciar a reflexão sobre os procedimentos efetivos que viabilize a

concretização do Conselho de Classe como um instrumento de construção da

escola de qualidade.

Criar condições efetivas, no interior do Colégio Estadual Santos Dumont, para

a discussão, reflexão e a construção coletiva do saber pedagógico.

7. CONTEÚDOS:

1º Encontro: O papel do Conselho de Classe como órgão colegiado.

2º Encontro: A gestão democrática e o Conselho de Classe.

3º Encontro: A prática pedagógica e o ensino aprendizagem.

4º Encontro: A Avaliação.

8. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

Cada encontro será desenvolvido, perfazendo oito horas de estudo sendo,

32h presenciais e 8h em EaD:

- Leitura previa dos textos selecionados;

- Levantamento da prática social e pedagógica, através de questões que os

cursistas discutiram, a respeito do tema do encontro;

- Levantamento de outras dúvidas e questionamento;

- Leitura dos textos selecionados;

- Discussão das idéias apresentadas pelos autores;

- Reflexão sobre vídeos e filmes;

- Avaliação geral do curso;

Page 10: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

9

Encontro 1

Tema

O Conselho de Classe: instrumento de qualificação do ensino aprendizagem.

Objetivo

Propiciar a reflexão sobre os procedimentos efetivos que viabilize a

concretização do Conselho de Classe como instrumento de construção da escola de

qualidade.

Conteúdo

Papel do Conselho de Classe como órgão colegiado.

Introdução

Este encontro prioriza discutir o Conselho de Classe como um dos desafios

da escola atual. A importância do mesmo na definição e redefinição das práticas

pedagógica e seus reflexos no ensino/aprendizagem.

Para a compreensão a cerca do papel do Conselho de Classe faz se

necessário o conhecimento histórico dessa instância colegiada conforme o disposto

na legislação.

O PAPEL DO CONSELHO DE CLASSE COMO ÓRGÃO COLEGIADO

Dentre os colegiados escolares o Conselho de Classe se destaca como

espaço de participação coletiva que atua no sentido de avaliar e intervir nas práticas

pedagógicas no sentido de promover as transformações atender as expectativas dos

alunos e da comunidade escolar.

Page 11: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

10

A instituição do Conselho de Classe no sistema escolar brasileiro, remonta à

segunda metade da década de 1950. Segundo Rocha (1982, p. 19) dez educadores

brasileiros do Rio de Janeiro, estagiavam no Instituto de Pesquisas Educacionais de

Sérvres, França, no ano de 1959, período em que o ensino desse país passava por

um processo de reforma com o objetivo de democratizá-lo. Essas mudanças tinham

entre os objetivos, a organização de um sistema escolar cujo foco estivesse na

observação sistemática e contínua dos alunos, para oferecer a eles um ensino de

acordo com as suas escolhas e aptidões.

Na época, foram criados vários conselhos, inclusive o Conselho de Classe,

referente a cada turma de alunos. Entre as atribuições desse Conselho estava a de

elaborar relatório sobre os alunos e posteriormente transmiti-los ao Conselho de

Orientação que, além de responsável por informar aos pais sobre os resultados,

também deveria proceder orientações para as famílias dos alunos sobre as formas

de acesso às diferentes modalidades de ensino do sistema francês, levando em

consideração as “ aptidões” e o seu “ caráter”. Dessa forma, os alunos eram

encaminhados ao ensino clássico ou ensino moderno e técnico.

Referindo-se a esses conselhos Dalbem (2006, p.22) afirma que “Considera

discutível a atuação pedagógica desses Conselhos, centrada na avaliação

classificatória, determinando a vida futura dos alunos, papel bastante dirigido para o

objetivo do sistema de ensino francês no período”. Entretanto, esse modelo foi à

referência utilizada para na maioria dos Conselhos organizados e implantados em

algumas escolas brasileiras, como o Colégio de Aplicação da Universidade Federal

do Rio de Janeiro, Colégio Santa Cruz em São Paulo de São João d` El Rei em

Minas Gerais.

De acordo com Rocha (1982), inicialmente ficou sob o encargo da orientação

educacional o processo de implantação e divulgação dos Conselhos de Classe,

posteriormente, a coordenação dos Conselhos passaram a ser de responsabilidade

do núcleo de orientação pedagógica da escola. As iniciativas para implantar e

difundir os Conselhos de Classe no Brasil no final da década de 1950 e início da

década de 1960, não estava circunscrito a nenhuma legislação específica.

O Conselho de Classe e as Bases Legais: Lei 5692/71 e Lei 9394/96

Page 12: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

11

De acordo com Dalben (2006, p. 26) “Anteriormente à Lei nº 5692/71, o

Conselho de Classe não se apresentava como instância formalmente instituída na

escola [...]” Segundo a autora, a mudança se deu quando na década de 1960, o

Brasil firmou acordos de consultoria com agência americana, que ficou conhecido

como MEC/USAID (Agência Americana de Desenvolvimento Internacional). Desse

acordo, surge o Programa de Expansão e Melhoria do Ensino- PREMEN,

regulamento pelo decreto nº 63.914, de 27/12/68. Esse programa foi implantado em

vários estados do país a partir do ano de 1970, por meio do qual a USAID propõe o

Conselho de Classe como órgão constituinte da escola.

Após a regulamentação do PREMEN, foi sancionada a Lei 5692/71 a Lei de

Diretrizes a Bases da Educação Nacional- LDBEN, que ofereceu abertura para que

os Conselhos Estaduais de Educação procedessem com as orientações adequadas

sobre a implantação da LDB para os seus sistemas de ensino, como se observa no

Parágrafo Único 2º da Lei 5692/71:

A organização administrativa, didática e disciplinar de cada estabelecimento de ensino será regulada no respectivo regimento, a ser aprovado pelo órgão próprio do sistema de ensino, com observância de normas fixadas pelo respectivo Conselho de educação.

Desse fato, resultou a formalização do Conselho de Classe através dos

regimentos escolares, elaborado por técnicas da hierarquia elevada do sistema de

educação e aprovado em meados da década de 1970.

Com a implantação da LDB 9394/96, o trabalho pedagógico passou a ser

compreendido a partir de uma perspectiva democrática. Nesse contexto, o Conselho

de Classe passou a fazer parte dos órgãos colegiados que compõem a Gestão

Democrática da escola pública.

Conforme consta na LDB nº 9394/96 em seu artigo 14, a gestão democrática

é princípio norteador das instituições públicas de ensino:

Os sistemas de ensino definirão as formas de gestão democrática do ensino público na educação básica de acordo com as peculiaridades e conforme e conforme os seguintes princípios: I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola.

Page 13: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

12

II- participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes (BRASIL, 1996).

Ainda sobre a questão da Gestão Democrática na escola e sobre a

importância da organização do Conselho de Classe é possível perceber que, a

Deliberação 16/99, do Conselho Estadual de Educação do Paraná define em seu art.

4º: “a comunidade escolar é o conjunto constituído pelo corpo docente e discente,

pais de alunos, funcionários e especialistas, todos protagonistas da ação educativa

em cada estabelecimento de ensino” (Paraná, 1999).

Desta maneira é possível observar que existe uma necessidade da

participação de pais, de alunos, de funcionários e de especialistas no Conselho de

Classe, para que se possa garantir sua responsabilidade na efetivação do Projeto

Político Pedagógico da instituição a função dessa instância, como um dos

importantes mecanismos de gestão democrático da escola.

A deliberação 16/99 o Conselho de Classe nas Instituições de Ensino do

Paraná. Desta forma estabelece o seguinte:

Art. 30- O conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos com atuação restrita a cada classe, tendo por objetivo avaliar o processo ensino- aprendizagem na relação professor- aluno e os procedimentos adequados a cada caso. Art. 31- O Conselho de Classe tem por finalidade: - estudar e interpretar os dados da aprendizagem, na sua relação com o trabalho do professor, na direção do processo ensino- aprendizagem, proposto pelo plano curricular. - acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir- lhes valor; - analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e com o encaminhamento metodológico; - utilizar procedimentos que assegurem comparação com parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si; - responder a consultas feitas sobre assuntos didáticos- pedagógicos, restritas a cada turma do estabelecimento de ensino; Art. 32- O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pela Coordenação Pedagógica e por todos os Professores que atuam na mesma classe. (PARANÁ, 1999).

Essa deliberação esclarece as características do Conselho de Classe,

enquanto momento de avaliação do processo ensino aprendizagem, estabelecendo

planos viáveis de recuperação dos alunos, em consonância com o Plano Curricular

Page 14: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

13

do Estabelecimento de Ensino, propondo retomada de conteúdos essenciais,

mudança de estratégias metodológicas e do processo de avaliação quando

necessário.

Ela esclarece, também, a finalidade do Conselho de Classe e a sua

organização, deixando claro que o aluno será o centro desse processo de avaliação,

mas o professor também se auto avaliará, analisando e refletindo sobre a sua

própria prática e colhendo, assim, novos elementos para o seu auto

aperfeiçoamento.

Cabe aos envolvidos nesse processo discutir no Conselho de Classe não a

aprovação ou reprovação do aluno, como se fosse resultado de um processo

educativo fragmentado, não se resumindo ao voto, pura e simplesmente, para

decidir a sorte dos alunos que apresentaram problemas no decorrer do ano.

Cabe lembrar que, esta instância, o conselho de classe, é uma instância

deliberativa e consultoria e que votar não tem o mesmo significado de deliberar. O

voto se resume a uma escolha que expressa uma opinião própria, já a deliberação

implica em uma decisão precedida pela discussão, pela reflexão, ponderação,

consideração de diferentes aspectos do problema, exame das possibilidades, para

então tomar uma decisão de modo a encaminhar uma providência ou uma

determinação (PARANÁ, 2008).

Frente a essa visão é possível pensar no Conselho de Classe, como uma

possibilidade de organizar e de priorizar os direitos do aluno estabelecendo um

equilíbrio entre a teoria e a prática docente, desafio este que estão postos e que

abrem novas possibilidades de pensar no Conselho de Classe como um dos

desafios da educação contemporânea que precisam ser enfrentados na educação

pública brasileira.

Como organizar o Conselho de Classe Participativo

O Conselho de Classe se organiza a partir de momentos conforme as

orientações da Secretaria Estadual de Educação do Paraná (CGE/NRE Curitiba,

2007).

Page 15: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

14

1º MOMENTO: O PRÉ- CONSELHO DE CLASSE

É um espaço para diagnosticar o processo ensino e aprendizagem. Sendo

realizado pelo professor pedagogo e/ou professor regente em cada turma com

duração em média de uns quarenta minutos e na semana que antecede a reunião do

conselho de classe.

Realiza-se com a participação de todos os alunos e/ou representantes da

turma através de uma conversão seguindo um roteiro de questões sobre os

problemas que estão acontecendo, o que esta dando certo e sugestão para melhorar

em sala de aula e/ou na estrutura da escolar. O mesmo processo é feita com os

funcionários e os professores da turma. Sendo tudo registrado e assinado pelos

participantes para posteriormente ser apresentado na reunião do conselho de classe

pela equipe pedagógica.

2º MOMENTO: O CONSELHO DE CLASSE

É quando se reúne o colegiado no espaço escolar, para priorizar a discussão

pedagógica em torno do processo ensino, aprendizagem e de avaliação. Sendo um

momento privilegiado para redefinir práticas pedagógicas, decidirem ações coletivas,

tendo como objetivos superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar

formas diferenciadas de ensino.

Realiza-se no final de bimestre, direcionado pela equipe pedagógica, em data

prevista no calendário escolar, com duração em média de trinta minutos por turma.

Com a participação da direção, equipe pedagógica, todos os professores da turma,

representantes dos funcionários, representantes dos alunos e se possível

representantes dos pais. Com auxilio do programa Microsoft Office Access, nesse

programa poderá ser acrescentadas informações a cada bimestre, ficando assim

registradas as ações que deram certo ou não com cada aluno, sempre focando o

principal ensino e aprendizagem do educando.

3º MOMENTO: O PÓS-CONSELHO DE CLASSE

São encaminhamentos e ações previstas no Conselho de Classe

propriamente dito, que podem implicar em retorno aos alunos sobre sua situação

Page 16: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

15

escolar, retomada plano de trabalho docente no que se referem à organização

curricular, encaminhamentos metodológicos, instrumentos e critérios de avaliação

etc.

Sendo realizado na semana após a reunião do conselho de classe pelo

professor pedagogo e/ou professor regente na questão de comunicar em cada turma

o que foi decidido no conselho de classe, com duração em média de uns trinta

minutos. E na questão de desenvolver as ações propostas no conselho de classe é

de obrigação de todo o coletivo escolar. Também a equipe pedagógica faz um

retorno aos pais e/ou responsáveis, entre outras ações. Todos estes

encaminhamentos devem ser registrados em ata.

NO FINAL DO ANO LETIVO: O CONSELHO FINAL

O Conselho Final é realizado para fundamentar a decisão de promoção ou

retenção. Na ata final deve expressar:

- A relação entre os parâmetros, as discussões e encaminhamentos realizado

durante o ano no processo de Conselho.

- Os parâmetros devem servir de referenciais para que a equipe pedagógica

da escola, juntamente com o corpo docente, defina critérios (qualitativos e não de

corte) para discutir a situação de todos os alunos que não obtiveram nota para

promoção.

Portanto, o parâmetro para promoção não esta no outro aluno, mas nos

critérios definidos em conjunto e que não são quantitativos e restritivos. Não existe

peso no voto do professor da disciplina. O caso do aluno que será discutido no

Conselho Final passa pelo olhar pedagógico de todos os professores, portanto a

discussão não se sustenta em critérios subjetivos.

- A ata final não deve se constituir na lista dos alunos aprovados ou não, e sim

na expressão das discussões das reflexões acima indicadas.

CRITERIOS PARA O CONSELHO DE CLASSE: QUALITATIVOS E NÃO

QUANTITATIVOS, OU SEJA:

- Não há nota mínima estabelecida;

Page 17: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

16

- O processo de desenvolvimento escolar de todos os alunos que não

atingirem média para a análise de decisões do conselho;

- Não há número de disciplina para aprovar ou reprovar. Mesmo que o aluno

tenha sido reprovado em todas as disciplinas o que está em análise é sua

possibilidade de acompanhar a série seguinte;

- Questões disciplinares não são indicativos para reprovação. A avaliação

deve priorizar o nível de conhecimento que o aluno demonstra ter e não suas

atitudes ou seu comportamento;

- Ter sido aprovado em conselho de classe no ano anterior não quer dizer que

não possa ser novamente aprovado no ano seguinte. Isto pode ser um sistema de

que o acompanhamento pedagógico deste aluno não foi efetivo de modo a mudar os

encaminhamentos para que o aluno tivesse oportunidade de outras formas de

entendimento dos conteúdos.

Os critérios são conforme as orientações da Secretaria Estadual de Educação

do Paraná; (CGE/NRE Curitiba 2007).

NO CONSELHO DE CLASSE É IMPORTANTE OBSERVAR QUESTÕES

COMO:

- Avanços obtidos na aprendizagem.

- Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem.

- Desempenho do aluno em todas as disciplinas.

- Acompanhamento do aluno no ano seguinte (quando for conselho de classe

final).

-Situação de inclusão.

- Questões estruturais que prejudicam os alunos (ex. falta de professores sem

reposição).

As questões são conforme as orientações da Secretaria Estadual de

Educação do Paraná; (CGE/NRE Curitiba. 2007).

Page 18: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

17

Para refletir

Filme: Entre os muros da escola.

O filme Entre os muros da escolado diretor Laurent Cantet conta a história de Françoais e

seus colegas professores que preparam o novo ano letivo de uma escola da periferia

parisiense. Munidos de boas intenções, eles se apoiam para tentar manter vivo o estímulo de

dar a melhor educação a seus alunos.

Na sala de aula, um microcosmo da França contemporânea, choque entre as diferentes

culturas dos jovens que por mais inspiradores e divertidos que sejam, desanimam seus

professores e os desestimulam com seus projetos de melhorias que beneficiariam os

adolescentes.

Duração: 2h 8min

Classicação: 12 anos

LINK: http://baixardegraca.com.br/download-%E2%80%93-entre-os-muros-da-escola/

O que teimamos em não ver

É uma história do lenhador muito pouco inteligente e extremamente arrogante a ponto de

jamais conseguir admitir que nem tudo sabia. Precisando cortar um grande número de árvores,

comprou uma serra elétrica. No primeiro dia cortou duas árvores. No segundo dia, apenas uma e

como no terceiro dia não fosse capaz de abater nenhuma, foi devolver a serra. O vendedor

querendo testá-la ligou-a tomada. Tomado de surpresa ante o barulho e intenso movimento da

serra, o lenhador pergunta:

- Deus do céu... que “ barulhão” é esse

Celso Antunes p. 23

Page 19: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

18

Vídeo: Marina Elali (Música: EU VOU SEGUIR).

Eu vou tentar

Sempre

E acreditar que sou capaz

De levantar uma vez mais

Duração: 3 min 53 seg

LINK: http://www.youtube.com/watch?v=lIg0xlk31W4

Questões para debate:

I- Analise o Conselho de Classe e a realidade de sua escola e responda

às seguintes questões:

a) O que e quem é avaliado no conselho de Classe?

b) Há discussões sobre o processo de ensino- aprendizagem no Conselho

de Classe?

II- Elabore sugestões para orientar a dinâmica do Conselho de Classe de

sua escola.

Dinâmica

O Naufrágio

Objetivos: Saber definir as prioridades e manter o foco no que é realmente

importante;

Recursos: Cópia da história do Naufrágio para cada participante e canetas;

Page 20: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

19

Número de participantes: A partir de 3;

Tempo: 20 minutos;

Link : WWW.lideraonline.com.br

Referências:

1. ANTUNES, Celso. Casos, Fabulas, Anedotas ou inteligências capacidades,

competência. Ed 2. Petropolis, Rio de Janeiro: vozes, 2004 p23.

2. BRASIL. Lei de Diretrizes da Educação Nacional. Lei n° 5692/71. Brasilia:

MEC, 1971.

3. BRASIL. Lei de Diretrizes da Educação Nacional. LBD 9394/96. Brasilia:

MEC, 1996.

4. DALBEM, Angela Imaculada de Freitas. Conselho de Classe e Avaliação:

Perspectivas na gestão pedagógica da escola. Ed 3. Campinas, São Paulo:

Papirus, 2006.

5. PARANÁ. Deliberação n° 16/99 Normatiza o Conselho de Classe nas

Instituições de Ensino do Paraná. Curitiba, CEE, 1999.

6. PARANÁ. A avaliação no contexto da concepção de Educação:

Instrumentos critérios e relações existentes no processo de ensino-

aprendizagem. Curitiba: SEE/CGE, 2008.

7. ROCHA, Any Dutra Coelho da. Conselho de Classe: burocratização ou

Participação?. Ed. 3, Rio de Janeiro: F. Alves, 1982.

Page 21: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

20

Encontro 2

Tema

A gestão escolar democrática

Objetivo

Analisar o Conceito e os fundamentos da gestão escolar democrática, o

papel dos principais gestores e abordar seus aspectos legais.

Conteúdo

A gestão escolar democrática e o conselho de classe.

Introdução

Neste encontro pretende-se estudar e discutir a gestão escolar democrática,

pois atualmente se tornou um assunto de grande relevância no ambiente escolar.

Porém antes de nos aprofundarmos sobre esse tema, se faz necessário

esclarecermos o que é gestão escolar.

De acordo com Luck (2000):

A gestão escolar é uma dimensão, um enfoque de atuação, um meio e não

um fim em si mesmo, uma vez que o objetivo final da gestão é a

aprendizagem efetiva e significativa dos alunos de modo que, no cotidiano

que vivenciam na escola, desenvolvam as competências que a sociedade

demanda, dentre as quais se evidenciam: pensar criativamente; analisar

informações e proposições diversas, de forma contextualizada; expressar

idéias com clareza, tanto oralmente, como por escrito; empregar a aritmética

e a estatística para resolver problemas; ser capaz de tomar decisões

fundamentadas e resolver conflitos, dentre muitas outras competências

Page 22: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

21

necessárias para a prática de cidadania responsável. Portanto, o processo

de gestão escolar deve estar votado para garantir que os alunos aprendam

sobre o seu mundo e sobre si mesmos em relação a esse mundo,

adquiram conhecimentos úteis e aprendam a trabalhar com informações de

complexidades gradativas e contraditórias da realidade social, econômica,

política e científica, como condição para o exercício da cidadania

responsável.

O fundamento principal da gestão democrática é a descentralização da

educação, que conforme Luck (2000) entende-se que:

(...) apenas localmente é possível promover a gestão da escola e do

processo educacional pelo qual é responsável, tendo em vista que, sendo a

escola uma organização social e o processo educacional que promove,

altamente dinâmico, qualquer esforço centralizado e distante estaria fadado

ai fracasso, como de fato, tem-se verificador. Também, é sobretudo como

reconhecimento da força dos movimentos democráticos, como condição de

transformação e desenvolvimento social.

A descentralização deve ser praticada tendo como pano de fundo não apenas

essa perspectiva de democratização da sociedade, mas também a de promover a

melhor gestão de processos e recursos.

Para que haja a efetivação da gestão escolar democrática, surge aliado à

descentralização o conceito de autonomia.

Conforme Conceitua Luck (2000):

O conceito de autonomia da escola está relacionado com tendências

mundiais de globalização e mudança de paradigma que têm repercussões

significativas nas concepções de gestão educacional e nas ações dela

decorrentes. Descentralização do poder, democratização do ensino,

instituição de parcerias, flexibilização de experiências, mobilização social

pela educação, sistema de cooperativas, interdisciplinaridade na solução de

problemas são estes alguns dos conceitos relacionados com essa

mudança. Entende-se, nesse conjunto de concepções, como fundamental, a

mobilização de massa crítica para se promover a transformação e

sedimentação de novos referencias de gestão educacional para que a

escola e os sistemas educacionais atendam às novas necessidades de

formação social a que a escola deve responder, conforme anteriormente

apontado.

Assim, autonomia e a descentralização constituem-se um binômio construído

reciprocamente, mediante processos de democratização.

Page 23: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

22

Gestão escolar Democrática

Gestão escolar é o termo que surgiu para substituir o termo administração

escolar, significando não apenas uma simples mudança terminológica, mas uma

alteração conceitual, que tem sido alvo de muitos estudos e discussões.

A alteração no termo trouxe também uma mudança no papel da direção

escolar que ainda não foi muito bem definida pela comunidade escolar.

Ao assumir o conceito de gestão democrática a escola tem o compromisso de

ser um ambiente autônomo e participativo, isso implica trabalho coletivo e

compartilhado para atingir os objetivos comuns a todos. Para que isso aconteça se

faz necessários que os envolvidos sejam preparados para esse fim.

Aspectos legais

A Constituição Federal de 1988 foi importante marco para a democratização

da educação. A constituição cidadã reforçou o movimento de gestão democrática da

educação que teve um grande avanço nas décadas de 80 até meados da década de

90, quando foi, então, promulgada a atual lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (Lei 9394/96)- LDB, que contemplou em seus arts. 14 e 15 os princípios

norteados da gestão democrática, in verbis:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática

do ensino público na educação básica, de acordo com as suas

peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola;

II- participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou

equivalentes. Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão

às unidades escolares publicas de educação básica que os integram

progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão

financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público.

O art. 15 contempla o princípio da autonomia delegada, pois esta lei decreta a

gestão democrática com seus princípios vagos, no sentido de que não estabelece

diretrizes bem definidas para delinear a gestão democrática, apenas aponta o lógico,

a participação de todos os envolvidos.

Page 24: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

23

A Constituição Federal de 1988 já apontava para modificações necessárias

na gestão educacional, com vistas a imprimir- lhe qualidade. Do conjunto dos

dispositivos constitucionais sobre educação, é possível inferir que essa qualidade diz

respeito ai caráter democrático, cooperativo, planejado e responsável da gestão

educacional, orientado pelos princípios arrolados em seu artigo 206:

Art. 206- O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I- igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a

arte e o saber;

III- pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistências de

instituições públicas e privadas de ensino;

IV- gratuidade do ensino público em estabelecimento oficiais;

V- valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma

da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso

público de provas e títulos, aos das redes públicas;

VI- gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII- garantia de padrão de qualidade;

VIII- piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação e

escolar pública, nos termos de lei federal

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores

considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo

para a elaboração ou adequação de seus planos de careira, no âmbito da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

A Constituição federal é o eixo norteador de todo o sistema de educação no

Brasil, que é legitimado por leis específicas que tentam viabilizar políticas que

possam contribuir para o crescimento da educação pública no país. Essas leis estão

contidas na LDB (Leis de Diretrizes e Bases/ 1996). Na LDB, Art. 12, Incisos I a VII,

estão as principais delegações que se referem à gestão escolar no que diz respeito

as suas respectivas unidades de ensino:

Art. 12- Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e

as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

I- elaborar e executar sua proposta pedagógica;

II- administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;

III- assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas- aula estabelecidas;

IV- velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

V- prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

VI- articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de

integração da sociedade com a escola;

VII- informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos

alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.

Page 25: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

24

Dentre os sete incisos descritos acima, é interessante observar a dimensão

da gestão escolar na relação com a comunidade escolar. A relação escola-

comunidade é uma relação onde ambas requer a visibilidade e transparência da

participação tanto da escola quanto da comunidade no processo de educação de

qualidade.

A gestão escolar é legalmente fundamentada e a legislação pertinente

determina que tal gestão seja democrática, conforme estabelecida no artigo 18 da

LDB, no qual a democratização da gestão se reduz a um ideal de orientação de

atividades de escolas e universidades e ao incentivo à participação da comunidade.

Os principais incisos do artigo são:

A gestão democrática constitui princípio fundamental da organização e da

administração das instituições públicas de ensino, compreendendo:

I- a existência de mecanismo de co- participação na gestão das instituições

de ensino, com representação dos segmentos que a integram, incluídos, no

caso das instituições destinadas á educação e ao ensino de crianças e

adolescentes, os pais ou responsáveis;

1º- o cumprimento do disposto neste artigo dar-se à com observância dos

seguintes preceitos:

I- existência de órgãos colegiados e conselhos escolares, competência

sobre o conjunto de todas as atividades desenvolvidas pela instituição;

III- avaliação permanente da qualidade de serviços prestados e dos

resultados das atividades educacionais oferecidas à sociedade;

V- utilização de métodos participativos para escolha de dirigentes,

ressalvado o provimento de cargos por concurso público;

VI- incentivo para a criação de associações de profissionais do ensino,

alunos, ex- alunos e pais, além das de caráter acadêmico, assegurada sua

participação nos processos decisórios internos das instituições.

A LDB regulamenta a gestão democrática do ensino público em geral,

contribuindo de forma transparente para que as leis sejam aplicadas na educação

básica oferecendo autonomia as unidades federativas para um planejamento

adequado as pretensões de cada unidade.

Contudo vale ressaltar que não é somente a legislação que vai efetivar gestão

democrática na escola:

Não é suficiente a democratização do processo de tomada de decisões,

eleições para cargos diretivos, participação de pais e professores,

assembléias, conselhos escolares, é preciso democratizar, o conhecimento,

Page 26: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

25

isto é buscar uma adequação pedagógica didática à clientela majoritária que

hoje freqüenta a escola pública. Democratizar o ensino é ajudar os alunos a

se expressarem bem, se comunicarem de diversas formas, desenvolverem

o gosto pelo estudo, a dominarem o saber escolar; isto é ajudá-los na

formação de sua personalidade, na sua organização enquanto coletividade

(LIBÂNEO, 2005, p. 12).

A gestão democrática da escola significa a conjunção entre instrumentos

formais- eleição de direção, conselho escolar, descentralização financeira- e práticas

efetivas de participação, que conferem a cada escola sua singularidade, articuladas

em um sistema de ensino que igualmente promova a participação nas políticas

educacionais mais amplas.

A participação da comunidade é necessária, mas são muitos os obstáculos

que se encontram não se pode desistir diante das dificuldades.

A escola estatal só será verdadeiramente pública no momento em que a

população escolarizável tiver o acesso geral e indiferenciado a uma boa

educação. [...] o Estado não tem se interessado pela universalização do

ensino de boa qualidade (PARO, 2002, p. 17).

Faz se necessário que a comunidade escolar venha desempenhar o seu

papel exercendo a sua função de pressionar o Estado para que cumpra seu dever

em garantir uma escola democrática e com ensino de qualidade.

Formação dos gestores escolares

De acordo com Luck (2000), com a nova concepção de gestão,

intensificaram-se os debates sobre a necessidade da profissionalização das pessoas

envolvidas na administração escolar como condição para a melhoria da qualidade da

educação básica. Nesse sentido a LDB 9394/96 pouco inovou em relação ai cargo

de diretor escolar e contemplou apenas a formação dos profissionais com o curso de

pedagogia e a forma de escolha dos dirigentes. Em seu Art. 67, determinou a

exclusividade de ingresso no cargo por meio do concurso público de provas e títulos

(sem definir os seus critérios) e o pré- requisito da experiência docente para o

exercício do cargo. Sendo assim, ficou a cargo da prática administrativa escolar a

Page 27: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

26

adaptação aos novos paradigmas e políticas, bem como a adequação da

comunidade escolar a essa nova concepção de administração que passa a ser

coletiva e democrática.

O novo modelo da administração escolar traz, junto com a autonomia, a idéia

e a recomendação de gestão colegiada, com responsabilidades compartilhadas

pelas comunidades interna e externa da escola. O novo modelo não só abre espaço

para iniciativa e participação, como cobra isso da equipe escolar, alunos e pais. Esta

nova situação sugere o papel do de um gestor que enfrenta todos os problemas

buscando soluções que nem sempre são técnicas, mas, em várias situações são de

engajamento e sintonia com o grupo que está envolvido e que tem muito a ganhar

com a superação do desafio.

A qualidade da educação é interessante tanto da equipe escolar, quanto dos

alunos e de suas famílias (além do Estado, das autoridades educacionais e da

nação como um todo). Sua melhoria depende da busca da sintonia da escola com

ela mesma e com seus usuários.

Conforme Souza (2013):

(...) uma escola de qualidade tem uma personalidade especial, que integra

os perfis (aspirações e valores) de suas equipes internas, alunos, pais, e

comunidade externa. Desenvolvimento profissional de professores e

funcionários. Estados planejaram investir em programas de capacitação de

professores e dirigentes escolares, incluiu um programa de capacitação em

liderança de escolas estaduais inovador baseado na escola. O enfoque da

capacitação prático e não teórico. Os programas e seu material de apoio

são desenvolvidos por grupo de treinamento central. O objetivo dos estados

participantes é reforçar o conteúdo de capacitação e desenvolver escolas

para demonstração. O fator crítico para o alcance do objetivo do estado é

de descentralizar o processo divisório das escolas. Por que incentivar o

desenvolvimento dos professores e funcionários. As duas razões principais

para que se tenha uma forte ênfase ao desenvolvimento dos funcionários e

professores são: crescimento profissional e desenvolvimento pessoal.

Nessa perspectiva, os funcionários devem se sentir motivados para aprender

mais na área em que atua, isto acrescenta tanto para o funcionário como para a

escola. Os diretores poderão crescer mais em seus projetos e desenvolver cada vez

melhor seu “perfil”, sendo capaz de solucionar problemas com decisões certas.

Estratégias participativas do desenvolvimento de pessoal. Tanto os professores

Page 28: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

27

como os gestores devem ser envolvidos na concepção de programas de

desenvolvimento de pessoal.

Gestão Democrática e Conselho de Classe

A garantia de acesso à escola pública não é suficiente para a inclusão social.

Há necessidade de se garantir a permanência dos alunos, possibilitando- lhes

desenvolvimento máximo possível, ou seja, um ensino de qualidade que lhes

permita participação consciente na transformação da sociedade. Assim, a gestão

democrática efetivada nas escolas poderá oportunizar tais conquistas, atendendo

desta forma a sua função social.

A gestão democrática implica que a comunidade escolar assuma o papel de

dirigente e não apenas de fiscalizadores ou meros receptores dos serviços

educacionais.

Assim, pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parcela de

responsabilidade no Projeto Político- Pedagógico da escola, por meio de

participação efetiva.

A participação efetiva da comunidade nos assuntos escolares é embasada na

partilha do poder, isto é o poder desloca- se do diretor para as decisões tomadas no

conjunto da escola com seus profissionais e com os pais. A condição necessária

para dividir o poder é sua socialização e a tomada de decisões no coletivo. Em

decorrência das praticas de partilha de poder, o compromisso com a escola é

assumido por todos e, não simplesmente por uma pessoa, no caso, o diretor.

Conseqüentemente, tanto pais, como profissionais, se motivam a assumir sua

responsabilidade no processo educativo, pois percebem que os aspectos discutidos

e as direções anunciadas vão ao encontro de suas necessidades.

No processo de gestão democrática, o Conselho de Classe é essencial, pois

[...] “guarda em si a possibilidade de articular os diversos segmentos da escola e tem

por objeto de estudo o processo de ensino que é o eixo central em torno do qual

desenvolve-se o processo de trabalho escolar” (Dalbem, 1994, p. 16).

Essa afirmação enfatiza dois pontos básicos: o primeiro relaciona-se ao

caráter articulador dos diversos segmentos da escola e nesta perspectiva, preocupa-

Page 29: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

28

se com a redução do individualismo e da fragmentação, buscando a construção e a

efetivação de um processo de gestão democrática. O segundo é direcionado para o

processo de ensino e sua relação com a aprendizagem, ou seja, o objeto de

Conselho de Classe é o ensino e suas relações com a avaliação de aprendizagem, e

a ele cabe dar conta de importantes questões didáticos- pedagógicas, aproveitando

seu potencial de gerador de idéias (políticas e administrativas) e de espaço

educativo, de modo a garantir assim o seu espaço de avaliação coletiva e o seu

papel de órgão democratizador da escola.

Para tanto, gestão democrática da escola não pode ser entendida como uma

questão de cunho simplesmente administrativo, pois todo o momento se faz política,

inclusive no próprio ambiente de trabalho ao se estabelecer os critérios de seleção,

a matricula, a organização das turmas, a distribuição dos professores por turma e

turno; a distribuição do número de aulas para os professores, a seleção de

conteúdos, os horários de aulas, o atendimento aos pais e a relação da escola com

a família, entre outras.

Assim sendo, devem–se aproveitar as características constitutivas do

Conselho de Classe e esse é um grande desafio. Contudo, olhar a educação como

instrumento de transformação social auxiliará na superação dessa realidade e o

modelo de gestão adotado nas escolas poderá colaborar com as mudanças

delineadas pela comunidade escolar.

Page 30: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

29

Para Refletir

Pense, Reflita e responda:

- Quais problemas precisam de mudanças na instituição para que sejam solucionados?

- Já aconteceram ou estão acontecendo situações que geram problemas e não há na

instituição coragem de enfrentá-los?

- Quais problemas são gerados por atitudes pessoais e como poder agir no sentido de

provocar mudanças pessoais?

Conhecendo

Característica da Gestão Participativa

As árvores doentes

Numa certa região, o povo começou a notar que ano após ano muitas árvores ficavam com as folhas mais

amareladas. Não eram mais tão verdes, já não eram tão viçosas. Alguma coisa estava acontecendo com as árvores.

Chamaram então um especialista para examiná-las. Este, após uma série de estudo, concluiu que as árvores estavam

doentes. O povo queria sabe de onde vinha a doença. E o especialista, após uma série de estudos, concluiu que a

doença das árvores era proveniente do próprio povo. Tinha-se posto cimento e asfalto por tudo quanto era lado, já

não havia lugar suficiente para a água penetrar a terra, e, com isso, após a chuva, a água escorria toda para o riacho,

sem permanecer muito no chão. Sem muita água no chão, as árvores já não conseguiam captar umidade suficiente.

Além disso o especialista notou que o sabão, o detergente e outros produtos que o povo usava para limpeza iam

simplesmente para o esgoto, que corria também para o riacho, de modo que, no tempo da estiagem, pouca água que

corria no riacho era muito poluída. As árvores que tinham esticado suas raízes em direção ao riacho para poder

captar mais água, captavam assim mais poluição. E tinha mais, concluiu o especialista: os carros que todos usavam e

queimavam muito combustível, junto com diversas fábricas que haviam sido construída na região, estavam poluindo

o ar, de modo que a chuva, quando caía, tinha uma acidez muito grande, afetando as folhas das árvores.

Tudo isto, e muito mais, era causa da doença das árvores. O especialista novamente examinou as árvores e concluiu

que nem todas estavam doentes. Umas eram talvez mais fortes ou mais novas e não estavam ainda afetadas. Alem

disso, as árvores sempre têm algumas folhas amareladas. Quando, porém, um terço das folhas da árvore estavam

amarelados, era sinal claro de que estava doente.

O povo ficou muito penalizado, vendo que uma boa parte das árvores tinha mais de um terço de suas folhas

amarelado. Foi feita uma comissão e exigiu-se do governo que contratasse alguém para cuidar das árvores doentes.

O governo então contratou uma pessoa com a missão de cuidar das árvores doentes: toda árvore que tivesse pelo

menos a terça parte de suas folhas comprometida devia receber um cuidado especial. A pessoa contratada começou

então o seu trabalho. Examinava as árvores e, quando era necessário, ele colocava algum adubo e água ao seu redor.

E, no final do ano, o contratado tinha de apresentar um relatório do número de árvores que estava doente e que

merecia cuidados. O povo ficava cada vez mais preocupado e pressionava o governo para melhor cuidar das árvores,

pois do jeito que a coisa ia, o número de árvores doentes só aumentava. Resolveu-se, então, contratar mais uma

pessoa para ajudar no cuidado das árvores. Mas nada mudou, pois ano após ano o número de árvores doentes

continuava a aumentar.

Não sabendo mais o que fazer, o governo teve uma idéia: resolveu fazer uma lei sobre os critérios para se considerar

doente uma árvore. Após muita discussão foi finalmente aprovado que seria considerada doente a árvore que tivesse

a metade de suas folhas amarelada. Este critério foi passado aos contratados que cuidavam das árvores. Eles deviam

dar um trato especial a essas árvores. E ao ler o relatório final do ano sobre os números de arvores doentes,

governo e povo ficaram muito satisfeitos. Havia diminuído muito o número de árvores doentes.

Page 31: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

30

Como agem diretores eficazes

Saiba mais

Leia o texto

GESTÃO DEMOCRÁTICA COM PARTICIPAÇÃO POPULAR NO PLANEJAMENTO

E NA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Moacir Gadotti

Link: http://conae2014.mec.gov.br/images/pdf/artigogadotti_final.pdf

Dinâmica

Compartilhamento de autoridade.

Delegação de poder.

Responsabilidades assumidas em conjunto.

Valorização e mobilização da sinergia da equipe.

Canalização de talentos e iniciativas em todos os

segmentos da organização.

Compartilhamento constante e aberto de informações.

Definem objetivos claros.

Exibem confiança e receptividade com relação aos outros.

Discutem fatos abertamente.

Solicitam e ouvem ativamente o ponto de vista dos outros.

Convivem com situações ambíguas e com circunstâncias que

mudam constantemente, aceitando- as.

Utilizam a gestão participativa para conseguir a ajuda dos

outros.

Page 32: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

31

Desenho do Barco

Objetivo: Fazer um desenho em grupo onde cada participante esteja em uma

situação especial.

Propósito: Trabalhar a cooperação, a comunicação, planejamento, raciocínio lógico,

confiança, e a empatia.

Recurso: 1 papel, canetas, vendas.

Numero de participantes: grupo de 5.

Duração: A tarefa de desenha o barco deve ser cumprida em cinco minutos.

Link: Revista dados cooperativos p. 21

Referências

1. BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília, Ministério

da Educação, Explanada dos Ministérios, 1988.

2. BRASIL. Lei de Diretrizes da Educação Nacional. LBD 9394/96. Brasilia: MEC,

1996.

3. BERKENBROCK, Volney J. Histórias para dinamizar reuniões: Para reuniões

de planejamento de avaliação de motivação, de entrosamento em outras

ocasiões ou instituições e organizações. Ed. 2, Petrópolis, Rio de Janeiro:

Vozes, 2005.

4. DALBEM, Angela Imaculada de Freitas. Trabalho Escolar e Conselho de

Classe. Ed 3. Campinas, São Paulo: Papirus, 1994.

5. LIBANEO, José Carlos. Democratização de Escola Publica: a pedagogia

critico- social dos conteúdos. Ed. 20 São Paulo: Atica 2005.

6. LUCK, Heloisa. Perspectivas da gestão escolar e implicação quanto a

formação de seus gestores. IN: Em aberto, n° 72 ( A GESTÃO ESCOLAR E

FORMAÇÃO DE GESTORES, Jun de 2000, pag 11-34)

7. LUCK, Heloisa. A escola participativa: O trabalho do gestor escolar/ Heloisa

Luck [et al.] Rio de Janeiro: DP&A, 1998.

8. PARO. Vitor Henrique. Gestão democrática da escola Publica. Ed. 3 São Paulo:

Atica, 2002.

9. Souza, Valdevino Alves de. Gestão Escolar. Disponivel em: HTTP://

WWW.webartigos.com/articles/1509/1/agestaoescolarpagina1.html2007. Acesso

em : 10/10/2013

Page 33: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

32

Encontro 3

Tema

A prática pedagógica e o ensino Aprendizagem

Objetivo

Proporcionar aos educadores subsídios teóricos e práticas que propiciem a

transformação da ação docente, possibilitando a melhoria do processo ensino

aprendizagem.

Conteúdo

A prática pedagógica e o ensino Aprendizagem.

Introdução

Este encontro objetiva refletir sobre o processo ensino, aprendizagem a

prática pedagógica do professor, a importância da relação e mediação professor-

aluno como contribuição na melhoria do ensinar e aprender. A garantia do sucesso

do processo ensino aprendizagem não se dá apenas pelo professor e suas

estratégias didático-pedagógicas, mas também através do diálogo, a participação

efetiva do aluno e , sobretudo, a construção de relações afetivas.

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua

produção ou a sua construção (Freire, 2004, p.21).

A Prática Pedagógica e o Ensino Aprendizagem

Todos somos aprendizes desde o nascimento. A aprendizagem acontece ao

longo da vida. Além da família, a escola é um lugar privilegiado de fazer experiência

de aprendizagem.

Page 34: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

33

A teoria de Vygotsky fundamenta- se no desenvolvimento humano como

resultado de um processo sócio-histórico, dando maior importância ao papel da

linguagem e da aprendizagem, tendo como centro das atenções a aquisição do

conhecimento pela interação do sujeito com o meio, através das relações entre o

pensamento e a linguagem, questões culturais na construção de significados,

processos de internalização é o papel da escola enquanto transmissora de

conhecimentos (EMAT , 2012, p. 160).

A linguagem representa uma grande importância para a evolução humana. É

por meio dela que criamos conceitos, formas de organização do real, a interação

entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Desta forma a interação entre professor

e aluno poderá conduzir uma aprendizagem, pois descentraliza o processo

comunicativo em sala de aula, e assim, a participação do aluno ocorrerá de forma

direcionada estabelecendo uma proximidade entre professor e aluno.

Para isso, o professor precisava estar atento ás várias diferenças existentes

entre os alunos, como: graus de linguagem, culturas, expectativas sociais, e outros,

pois tudo isso são obstáculos para uma boa comunicação entre professor e o aluno.

Para que a aprendizagem se concretize depende das características de cada

um.

É o educador que dispõe as condições para que a construção que o aluno faça seja mais ampla ou restrita, é por meio da orientação do professor que o aluno melhor utilizará seus conhecimentos prévios, pois, é através da apresentação que o professor faz dos conteúdos, ao mostrar os elementos essenciais e possibilitando ao aluno relacionar o que já sabem, que o mesmo proporcionará aos educandos experiências para melhor explorar, comparar e analisar em conjunto ou forma autônoma as diversas situações de aprendizagem. (ZABABA, 1998, p.25)

Contudo, a tarefa de orientar e facilitar o conhecimento é de maior carga do

professor, pois o que se tem é o aluno que deseja ser promovido e se vê com a

obrigação de absorver uma enorme quantidade de informação: conceitos, datas,

fórmulas etc. Todavia, para que essa ação se realize, deve haver uma boa relação

entre professor e aluno, pois através dela depende além da aprendizagem, o

respeito mútuo, a cooperação e a criatividade.

Page 35: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

34

(Re)Pensando a Prática Pedagógica

Assistimos a um processo de reforma educacional em defesa da autonomia

escolar e docente na determinação dos conteúdos e metodologias do processo de

ensino e aprendizagem. Tal movimento cobra-nos novas concepções acerca do

professor e da atividade pedagógica, redesenhando um novo paradigma de

formação docente.

Os caminhos teóricos apontam para uma formação docente que tenha como

base a reflexão do professor sobre a sua própria prática, intencionando

proporcionar sua imersão em suas teorias tácitas, às vezes veladas, para então lhe

permitir um repensar sobre suas atitudes frente ao desenvolvimento dos processos

de ensinar e aprender.

Desta forma, sustentam estes trabalho os pressupostos da incompletude e

da continuidade da formação docente, que não se satisfaz com a formação inicial,

apenas inicia-se a partir dela e se completa com os estudos e reflexões sobre a

prática desenvolvida nos anos subsequentes, num continuum. Assim, assume-se a

formação docente se constrói a partir de processo de formação continuada, isto é

porque, entende-se que a natureza do processo pedagógico constitui-se em um

reconstruir e refazer constantes, tornando necessário centrar a formação docente

“na atividade cotidiana da sala de aula, próxima dos problemas reais dos

professores” (Garcia, 1992, p.54).

Isto significa assumir a natureza humana da mudança, da ruptura, da

insatisfação e da originalidade em sonha com a perfeição sem nunca alcançá-la,

quebrando os vínculos da imposição do estabelecido, completo e concluído, que

impedem o movimento da criatividade e da inovação, próprios do ser humano. O

desafio, portanto, está em “superar a relação linear e mecânica existente entre o

conhecimento científico-técnico e a prática de sala de aula” (Gómez, 1992, p.102) e

partir da análise das práticas dos professores quando enfrentam problemas

complexos da vida escolar, para a compreensão do modo como utilizam o

conhecimento científico, como resolvem situações incertas e desconhecidas, como

elaboram e modificam rotinas, como experimentam hipóteses de trabalho, como

Page 36: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

35

utilizam técnicas e instrumentos conhecidos e como recriam estratégias e inventam

procedimentos e recursos” (Gómez, 1992, p. 1028).

A proposta, no desenvolvimento deste trabalho, foi a de impulsionar as

professoras envolvias a compreenderem sua formação como um processo contínuo

que necessita se alimentado pelo estudo, leitura, análise e reflexão e a

considerarem sua prática pedagógica como eixo articulados deste processo.

Pensar e Repensar: Um Movimento Epistemológico e Metodológico

Durante o desenvolvimento deste trabalho, cerca de sete meses com

encontros quinzenais, buscou-se, através de leituras, análise dos fazeres docentes

de cada um dos sujeitos envolvidos e debates, promover um espaço tempo para que

alunas do curso de Pedagogia das Faculdades Integradas – FIAN –, que já atuavam

como docentes do ensino regular, desenvolvessem reflexões sobre a sua própria

prática, vislumbrando a construção de um questionamento crítico de algumas de

suas posturas e crenças. A pretensão era a de ajudá-las a “encontrar alternativas

para o redimensionamento do saber e do fazer docentes” (André, 1995, p.07).

Estiveram reunidas neste processo 10 professoras, alunas do 1º e 2º anos,

que atuam na Educação Infantil às séries iniciais do Ensino Fundamental, das

cidades Pirassununga, Leme e Porto Ferreira.

Os questionamentos, neste período, voltaram-se para conduzir estas

professoras a buscarem, em suas teorias tácitas, seus conceitos sobre: ensino,

aprendizagem e as suas relações para em seguida, pensarem sobre como

ensinarem e porque ensinam assim e, finalmente, questionarem-se sobre como

sabem que ensinaram alguma coisa aos seus alunos e como sabem que eles

aprenderam aquilo que supõem lhes terem ensinado.

Na verdade, tentar responder e tais questões cobrou de todas envolverem-se

em reflexões que cobravam a busca, na literatura, de conhecimentos para que

conseguissem entender e clarear melhor as ideias que traziam consigo, as ideias

das outras colegas do grupo e as ideias apresentadas pelas leituras obrigatórias

desenvolvidas.

Page 37: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

36

As discussões, a cada encontro, marcavam os momentos culminantes do

projeto, visto que funcionavam como catarse de um processo dialético de rever

posturas, teorias, literatura e ação pedagógica. Na verdade, este cara o momento e

rever as mesmas coisas com outros e novos olhares sobre si e sobre o outro, pelo

próprio olhar e pelo olhar do outro.

A importância de proporcionar tais momentos para que estas professoras

pudessem tentar desvelar suas concepções teórico-práticas, apoia-se no

pressuposto de que, não há, quando se consideram as ações pedagógicas, como

dicotomizar a relação teoria e prática, pois

Uma ‘prática’, por conseguinte, não é um tipo qualquer de comportamento

não pensado que existe separadamente da ‘teoria’ e ao qual ‘aplica-se’ uma teoria.

Na realidade todas as práticas, como todas as observações, incorporam algo de

‘teoria’ (...) As crenças simétricas de que tudo o ‘teórico’ não é prático e todo ‘prático’

não é teórico são, portanto, complemente errôneas. (...) As teorias não são corpos

de conhecimentos que podem gerar-se em um vazio prático, como tampouco o

ensino é um trabalho tipo robótico-mecânico, alheio a toda reflexão teórica. ( Carr e

Kemmis, 1988, p. 126 – tradução nossa)

Por conta deste posicionamento, considerou-se a dinâmica do processo

pedagógico, desenvolvido por estas professoras, no movimento de construção

singular da própria escola, vista enquanto viva, ativa, dinâmica e considerada a partir

da complexidade das relações sócias que nela ocorrem, para se poder captar os

diferentes entendimentos do processo de ensino e aprendizagem.

A importância de Pensar sobre a Ação Pedagógica Docente

Certamente, as atividades desenvolvidas (leituras e debates) faziam com que

estas professoras fossem, aos poucos, deixando transparecer suas crenças através

do relato de algumas das ações pedagógicas desenvolvidas em sua sala de aula,

para questionar, exemplificar ou clarear alguns de seus comentários e/ou

posicionamentos. Era esta postura que impulsionava a reflexão e a discussão, no

grupo, sobre o que estava “por detrás” das ações docentes. Este era o momento do

Page 38: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

37

crescimento profissional, do tornar-se professora, no sentido de buscar formar-se

para desenvolver novas competências para ensinar.

A própria fala das professoras nos remete à importância do parar para pensar

e libertar-se da correria dos horários, do cumprimento burocrático do planejamento,

da cobrança dos papéis, às vezes mais importantes que o desenvolvimento das

próprias crianças.

Somente quando professor e aluno trocam experiências e aprendem juntos, é

que realmente ocorre o processo de educação. Repensar a prática pedagógica é um

processo difícil e demorado, mas só assim conseguiremos “achar” nossas “falhas” e

tentar saná-las, tornando a educação da nossa importância na vida das crianças.

(Prof. Elaine)

Nossas reuniões e reflexões permitiram estabelecer meios mais adequados

para ajudar o professor a repensar a sua prática pedagógica. Durante o processo de

ensino e aprendizagem é necessário fazermos umas análise de nosso trabalho:

como trabalhamos, o que fazemos, porque fazemos. (Prof. Sílvia)

É imprescindível repensar sobre a prática pedagógica, pois isto trará benefício

não só para as crianças como também para o professor. Este deve ter em mente

que o seu trabalho é com o aluno e que deve fazer o máximo por ele. (Prof. Denise)

É preciso que os educadores revejam sua pessoa e a sua prática profissional.

Como está escrito no livro “Construtivismo e Mudança” vivemos um momento em

que não há receitas, nem modelos, há dúvidas. Então, é preciso retomar, revisar,

reinventar. (Prof. Mariana)

A busca de um novo caminho fomentado pelas mudanças às quais estamos

vivendo, faz com que o professor necessite repensar sobre a sua didática, para

compreender o que, realmente, significa ser mediador, organizador e estimulador o

processo de ensino e aprendizagem. A autonomia e o despertar da cidadania, do

aluno e do professor, devem ser o objetivo da educação e, portanto, necessitam ser

vivenciadas e transpostas das paredes escolares para a vida.

Page 39: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

38

É fascinante e gratificante ver um aluno aplicar e relacionar o conhecimento a

um fato de sua vida, é neste momento que me sinto imortal. Por isso, tenho orgulho

em dizer: EU SOU PROFESSORA! (Prof. Estela)

Para refletir

O diretor e um aluno extraordinário

Um aluno verdadeiramente extraordinário procura a orientadora pedagógica de sua escola e

apresenta, com palavras claramente definidas em frases lindamente organizadas, o argumento

indiscutível:

- Prezada mestra, pelo que sei e pelo que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

prescreve, creio que mereço estar na 5ª série e não na 4ª, onde por mera contingência etária estou

matriculado. Reitero um sereno estudo para meu caso!

Diligente e responsável, a orientadora procura o novo diretor e sugere o exame da situação. O

diretos, após refletir por alguns minutos, propõe que seja aplicado um teste oral e, dessa forma, avaliem

se o que o aluno solicita é ou não pertinente. O aluno é chamado à sala da Direção e sua professora,

usando como referencial os saberes essências à vida e não explícitos aos currículos, propõem-lhe uma

primeira questão:

-Caro aluno, responda-me. O que tenho duas e uma vaca possui em dobro?

-Pernas!, cara professora, posto que ambas são mamíferos, mas o ser humano é bípede e a vaca um

quadrupede!

-Perfeito, meu bom jovem. Responsa agora à minha segunda questão: O que podemos encontrar nas

calças de um homem, que nas minhas não se encontra?

-Bolsos, prezada mestra, posto que a indumentária masculina e feminina se apresentem diferentes

quanto à moda e estilo, ainda que sua finalidade última seja análoga!

A professora agradece, solicita ao aluno que volte á sala e pede a opinião do diretos: -Passo,

prezado mestres, matriculá-lo na 5ª série?

-Creio, estimada professora, que a senhora pode matriculá-lo na 6ª série, pois garanto

que eu mesmo erraria as duas questões que a senhora apresentou!

Page 40: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

39

Saiba mais

Leia o texto:

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DAS AULAS PARA ORGANIZAÇÃO

DO TRABALHO DO PROFESSOR EM SUA PRÁTICA DOCENTE.

Link: http://www.faculdadeexpoente.edu.br/upload/noticiasarquivos/1243985734.PDF

ENSINO/APRENDIZAGEM: UMA ANÁLISE DA PRÁTICA DOCENTE.

Link: http://dialogica.ufam.edu.br/PDF/no2/ensinoaprendizagem_marly.pdf

Dinâmica

Construindo o Boneco

Objetivo: Construir um boneco, onde cada dupla desenha as partes do corpos

humana que foi designada.

Propósito: Trabalhar comunicação, interação, planejamento, articulação e objetivo.

Recursos: Papel grande, caneta, tesoura e cola.

Número de participantes: 2.

Duração da tarefa: 40 minutos.

Referências

1. ANTUNES, Celso. Casos, Fabulas, Anedotas ou inteligências capacidades,

competência. Ed 2. Petropolis, Rio de Janeiro: vozes, 2004 p33.

2. EMAT, Paula Mendonça. FW/ Psicologia do desenvolvimento. Curitiba IESDE

Brasil S. A., 2012

3. GODOY, Anterita Cristina de Souza. (Re) Pensando a Prática Pedagogica.

Revista de Educação Volume 4 – n°4 Novembro 2001 p- 241-244.

4. FREIRE Paulo, Pedagogia da atonomia: saberes necessários a prática

educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

5. LIMA, Elvira Souza. Avaliação educação e formação humana. In Avaliação

de desempenho e progresso continuado. Secretaria Estadual de Educação

de Minas Gerais. Procad- guia de estudos n°6 p- 27- 41, 2001.

Page 41: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

40

6. LUCKESI, Cipriano C. Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola?.In

Avaliação da Aprendizagem escolar: Estudos e Proposições Ed 15 São Paulo:

Cortez p. 60-84 e 85-101, 2003.

7. VILAS, Boas Bengna M de F. Avaliação Formativas: em busca do

desenvolvimento do aluno do professor e da escola. In: Veiga. Ilma P.A. As

dimenções do PROJETO POLITICO PEDAGOGICO: Novos desafios para a

escola. Campinas- São Paulo (Coleção Magisterio: formação e trabalho

pedagógico) p- 175-212, 2001.

8. ZABALA, Antoni. A pratica educativa como ensinar. Ed 5 Porto Alegre: Artmed,

1998.

Page 42: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

41

Encontro 4

Tema

Avaliação.

Objetivo

Contribuir por meio de embasamento teórico as concepções de avaliação que

encontram no Projeto Político Pedagógico, analisando e refletindo sobre as

mudanças necessárias para o momento que se vivencia no ambiente escolar.

Conteúdo

A avaliação e o conselho de classe.

Introdução

Percebe-se assim que o ato de avaliar é amplo e não se restringe ao único

objetivo, vai além da medida, posicionando-se favorável ou desfavorável à ação

avaliada, propiciando uma tomada de decisão. Diante do exposto, a avaliação

representara sempre a ótica ou olhar de quem avalia, e quem avalia tem uma visão

da realidade, uma competência científica e técnica e um engajamento político que

irá se refletir na forma de avaliar e no critério definido que pode não ser o mais ético

e o mais atento em promover as potencialidades de cada pessoa humana; do aluno

enquanto cidadão.

As reflexões teóricas e a prática pedagógica mostram que é inevitável falar de

avaliação sem falar sobre a própria educação. Então, é fundamental para o sucesso

da avaliação, não só dominar a aplicabilidade da mesma, mas possuir conhecimento

para saber o que está sendo feito durante todo o processo.

Avaliação

Page 43: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

42

A escola desde os primórdios da sua criação incluiu o ato de avaliar como

elemento constitutivo de suas práticas de ensino, instrumento que sofreu poucas

variações ao longo do tempo, adquirindo características que refletem e conservam

as marcas dessa história. Entre essas características está no seu caráter seletivo,

classificatório, punitivo e controlador onde aparecem as diferenças, rótulos

desigualdades e exclusão do aluno no seu caminhar escolar.

O ato de avaliar traz consigo desafios que exigem enfrentamentos e respostas que geram necessidades de uma ação coletiva, pelo envolvimento de toda comunidade educacional, mas traz também a alegria e a beleza da Constatação da engenharia do crescimento pelo processo interativo de ensinar e aprender (PARANÁ, 1993, p.21).

Conforme consta no Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Santos Dumont :

Avaliar é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, o sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar obstáculos (PPP, 2011, p.26).

No entanto, prática avaliativa na maioria das escolas, bem como na Instituição

acima referida, estão na contra mão do que se aponta ser avaliar. Muito além do

que se prega, a avaliação escolar que deveria ter como prioridade o ensino

aprendizagem, tem na “nota” o ponto principal da prática educativa.

Frente a essa concepção errônea sobre o processo de avaliar, a “nota”

tornou-se o instrumento principal do processo avaliativo para as famílias que

desejam sempre a promoção de seus filhos para a série seguinte, para os alunos

que só se interessam pelo resultado e para escola que não quer que seu índice

(IDEB) caia, pois o que interessa para maioria são os resultados e não o ensino

aprendizagem.

Durante o ano letivo, as notas vão sendo observadas, médias vão sendo obtidas. O que predomina é a nota: não importa como elas foram obtidas nem por quais caminhos são operadas e manipuladas como se nada tivesse a ver com o processo ativo de aprendizagem (LUCKESI, 1996, p.18).

Page 44: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

43

O professor por sua vez cumpre as exigências burocráticas, muitas vezes

pressionadas pela questão administrativa, limite de prazos e os alunos acabam

sofrendo as consequências de um processo avaliativo muitas vezes injusto.

A avaliação da aprendizagem vem sendo praticada de forma desvinculada do

ensino aprendizagem, os critérios e instrumentos de avaliação são realizados

conforme a vontade do professor, sem levar em consideração a aprendizagem do

aluno.

Mais importante do que ser uma oportunidade de aprendizagem significativa, a avaliação tem sido uma oportunidade de prova de resistência do aluno aos ataques do professor. As notas são operadas como se nada tivesse haver com a aprendizagem. As médias são médias entre números e não expressões de aprendizagens bem ou malsucedidas (LUCKESI, 1996, p. 23).

Porém, entre os professores o que se observa é a inúmeras contradições

entre o discurso e a prática que exercem, talvez isso ocorra pela formação que

tiveram e até mesmo como reflexo da sua história de vida enquanto aluno, acabando

por percebem a ação de educar e a ação de avaliar com dois momentos distintos e

não relacionados.

Uma professora definiu avaliação como “conjunto de sentenças irrevogáveis de juízes inflexíveis sobre seus, em uma grande maioria, culpados.” Definição acrescida do personagem de outra professora: “São Pedro: o que decide quem entra (ou não) no céu!“ (HOFFMANN, 1993, p.15).

A partir dessas definições podemos perceber como a arbitrariedade, o

autoritarismo se converte em julgamento durante o ato de avaliar. Considerando-se

que avaliar é uma tarefa necessária e permanente no âmbito da educação para que

haja um acompanhamento do ensino aprendizagem.

Para que a avaliação possa exercer o seu verdadeiro papel, tem que deixar

de lado esse autoritarismo, tem que acontecer uma transformação para uma prática

democrática. De acordo com Luckesi “a avaliação diagnóstica será com certeza, um

instrumento fundamental para auxiliar cada educando no seu processo de

competência e crescimento para a autonomia” (LUCKESI, 1996, p.44).

Em qualquer modalidade de avaliação faz sentido o que propõem Teresa

Esteban:

Page 45: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

44

Avaliar o aluno deixa de significar fazer um julgamento sobre a aprendizagem do aluno, para servir como momento capaz de revelar o que o aluno, já sabe, os caminhos que percorreu para alcançar o conhecimento demonstrado, seu processo de construção de conhecimento o que o aluno não sabe, o que pode vir a saber, o que é potencialmente revelado em seu processo, suas possibilidades de avanço e suas necessidades para que a superação transitória, do não saber, possa ocorrer (ESTEBAN, 2004, p.92).

Funções da Avaliação

A avaliação faz parte do processo didático de ensino e aprendizagem, por

isso não deve ser deixada para as etapas finais do processo. Ela deve anteceder,

acompanhar e suceder o trabalho pedagógico. Assim fornecerá subsídios para

tomadas de decisão que direcionarão os rumos do trabalho pedagógicos. No

processo ensino e aprendizagem a avaliação pode ter função diagnóstica, formativa

ou somática.

A função de diagnóstico antecede a elaboração do plano de ação do docente

ou de uma aula, pois fornecerá dados sobre a forma em que o trabalho pedagógico

irá se realizar, bem como os sujeitos que participarão desse trabalho.

Já função formativa ajuda a captar os avanços e as dificuldades que forem

acontecendo durante o processo, ainda em tempo de tentar resolver as dificuldades.

Pode informar constantemente o que está acontecendo. Os resultados dessa função

será mostrar a necessidade de rever os planos e realizar mudanças tomadas

anteriormente.

Referente à função somativa deverá ocorrer ao final de um bimestre, tendo

como preocupação o resultado, o produto alcançado.

As três funções de avaliação são interdependentes, porém cada uma é usada

no momento específico, com maior ou menor ênfase de acordo com a necessidade.

Avaliação Escolar e Conselho de Classe

Page 46: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

45

Quando se discute o Conselho de Classe, discutem-se as concepções de

avaliação escolar presentes nas práticas educativas dos professores. Neste sentido,

a importância dos Conselhos de Classe e dos processos avaliativos da escola está

nas possibilidades e capacidades de leitura coletiva da prática, bem como diante do

reconhecimento compartilhando das necessidades pedagógicas, de modo a

mobilizar esse coletivo no sentido de alterar as relações nos diversos espaços da

instituição.

Avaliar é tarefa antiga das escolas, existe desde a sua criação e, embora haja

variedade nas formas da atividade avaliativa, ela manteve, ao longo dos séculos, um

certo caráter punitivo, presente, ainda, hoje nas escolas que valorizam a verificação

em detrimento da avaliação, conforme afirma Luckesi (2003). Assim o que hoje se

observa é que a avaliação está centrada no desempenho cognitivo dos alunos, sem

referência a um projeto de escola ou ao trabalho docente, objetos também de

avaliação.

Os processos de avaliação escolar refletem os posicionamentos dos

profissionais e são fundamentar pelas concepções de escola, do papel do professor,

do papel do aluno, que cada um possui. A organização e as condições de trabalho

do professor apresentam-se como fatores determinantes no processo e orientam as

diferentes práticas docentes. A transformação da prática pedagógica liga-se

estreitamente à alteração da concepção de avaliação porque a construção do

processo avaliativo expressa o conhecimento da e sobre a escola.

A concepção de avaliação que aponta para os atos de aprovar ou reprovar o

aluno com base em um registro numérico, são procedimentos nos qual o professor

assume o papel de juiz ao utilizar-se de provar, consubstanciado por mecanismos de

verificação da aprendizagem de conteúdos específicos, num determinado momento

do processo. Assim, entende-se que existe uma visão reduzida e equivocada do

processo de avaliação, já que a nota, produto concreto dessa aferição, reflete

apenas o resultado do desempenho cognitivo do aluno e nunca o processo

educativo que o levou a tal resultado.

Page 47: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

46

É importante ressaltar que esta simples verificação não possibilita a melhoria

do ensino e, consequentemente, da aprendizagem, pois ela é estática, somente

constatando erros e acertos que classificam os alunos em aprovados ou reprovados,

provocando a exclusão e a evasão escolar.

Repensar esta prática deve ser tarefa urgente e substituí-la pela avaliação

enquanto processo de formação humana é uma necessidade. A avaliação, enquanto

atividade dinâmica presente na escola, deve subsidiar decisões e

reencaminhamentos da prática docente por intermédio da coleta, da analise, e da

síntese de dados resultantes da prática pedagógica que considera aprendizagem um

processo onde a socialização do saber científico deve ser garantida, contribuindo

com a inclusão e a melhoria da qualidade da aprendizagem.

Avaliar democraticamente supõe democratizar a relação professor-aluno,

valorizando o dialogo, o diagnostico das necessidades e a qualidade das

intervenções a serem realizadas, para manter os alunos informados do processo

ensino-aprendizagem para que possa sugerir e até intervir na escola nos meios, nos

instrumentos e critérios dos processos de avaliação. Esta possibilidade sugere a

necessidade de implementação de uma auto-avaliação do próprio aluno e do grupo,

caracterizando, uma avaliação democrática e formativa, ao favorecer o

desenvolvimento do aluno e do professor conforme analise de Villas Boas (2001, p.

181).

Neste sentido, mudar a forma de avaliar pressupõe alterar a relação ensino-

aprendizagem. É necessário ver a aprendizagem como um processo e as disciplinas

curriculares como um meio para se chegar a ser um cidadão e não como conteúdos

que se dominam pela memorização. Daía necessidade de um currículo centrado no

desenvolvimento, na construção, na experiência que oportuniza a autonomia e

transformações sociais significativas de uma avaliação que contribua para a

formação humana. Nesta perspectiva, Lima (2001, p.32), afirma que a avaliação

para a formação humana contrapõe-se à noção vigente, uma vez que seus objetivos

são nortear o aluno, informar o professor o estagio de desenvolvimento em que ele

se encontra, e orientar os próximos passos do processo. Dessa forma, ela não

classifica, mais situa. E situa para auxiliar no processo de formação do aluno,

Page 48: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

47

decorrendo daí, sua importância para a prática pedagógica, que deve sempre

propiciar ao educando novas possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem.

Saiba Mais

Lendo o texto:

A ATUAL PRÁTICA DA AVALIAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO

Link:https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&

cd=1&ved=0CC0QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.nre.seed.pr.gov.br%2Fciano

rte%2Farquivos%2FFile%2FPEDAGOGAS%2FAatualpraticadaavaliacaoedemoc

ratizacaodoensinoLuckesi.doc&ei=_sKnUp_LK8_joATml4LIDA&usg=AFQjCNH

wZDSSV_xbcYuQOqJym3G9Y1DHaw&sig2=c5oYIyEEQYwPnOuOiO2EEg

Curiosidades

Leia:

Imagens representativas de avaliação do livro Avaliação Mitos e desafios uma

perspectiva construtivista

Pagina 118- 122.

(Jussara hoffmann).

Dinâmica

A árvore da felicidade

Objetivos: Identificar na disciplina uma ferramenta importante para o sucesso

de qualquer atividade humana e para o crescimento pessoal e profissional dos

indivíduos.

Recursos: Folhas de papel em branco, canetas, fita adesiva, quadro de

anotações, desenho de uma árvore grande e uma faixa de papel com a palavra

disciplina.

Page 49: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ...€¦ · 1. Apresentação 4 2. Introdução ... para educadores do Colégio Estadual Santos Dumont – ... difundir

48

Numero de participantes: A partir de 3.

Tempos estimado: 1 hora.

Link: WWW.lideraonline.com.br

Referências

1. Colegio Estadual Santos Dumont EFM. Projeto Político Pedagógico. Santa

Cruz de Monte Castelo: NRE/Loanda, 2011.

2. Esteban, Maria Tereza. Avaliação uma pratica em busca de novos sentidos.

Ed 15, Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

3. Hoffman, Jussara. Avaliação: Mitos e desafios uma perspectiva

construtivista. Ed 12, Porto Alegre, Educação e Realidade 1993.

4. LIMA, Elvira Souza. Avaliação educação e formação humana. In Avaliação

de desempenho e progresso continuado. Secretaria Estadual de Educação

de Minas Gerais. Procad- guia de estudos n°6 p- 27- 41, 2001.

5. LUCKESI, Cipriano C. A. Avaliação da Aprendizagem escolar: Estudos e

Proposições Ed 3 São Paulo: Cortez, 1996.

6. PARANÁ. Avaliação escolar: um compromisso ético. Secretaria do Estado de

Educação. Curitiba: 1993.

7. VILAS, Boas Bengna M de F. Avaliação Formativas: em busca do

desenvolvimento do aluno do professor e da escola. In: Veiga. Ilma P.A. As

dimenções do PROJETO POLITICO PEDAGOGICO: Novos desafios para a

escola. Campinas- São Paulo (Coleção Magisterio: formação e trabalho

pedagógico) p- 175-212, 2001.